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Lima Barreto - análise - Manel capineiro

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS
ALINE NEVES
CRISTIANO DOS SANTOS
LORENA GALVÃO
MANEL CAPINEIRO – LIMA BARRETO
PONTA GROSSA
SETEMBRO/2014
 
ALINE NEVES
CRISTIANO DOS SANTOS
LORENA GALVÃO
MANEL CAPINEIRO – LIMA BARRETO
Relatório apresentado à disciplina de Teoria Literária I, ministrada pela Profª. Drª. Keli C. Pacheco, como requisito parcial para avaliação e conclusão da disciplina.
PONTA GROSSA
SETEMBRO/2014
RESUMO: Este trabalho foi realizado a partir da leitura sobre o conto de Lima Barreto chamado Manel Capineiro. Pode-se dizer que é uma narrativa curta, que tem como característica principal nos apresentar o modo de vida das pessoas que vivem em uma região menos abastada do Rio de Janeiro. A narrativa relata sobre a diferença entre a burguesia e a favela carioca, mencionando como o povo que reside na periferia e, contudo, não deixam de serem bem alegres e como não se deixam abater por causa do serviço cansativo que devem realizar para conseguir sobreviver com o pouco que tem. Neste trabalho estão presentes a análise extrínseca e análise intrínseca da obra analisada, a estória, o enredo, a intriga, as classificações dos personagens, o tipo de narrador, o foco narrativo, o clímax, o desfecho e o tempo cronológico foram de fundamental importância para a elaboração deste trabalho.
Palavras-chave: Manel Capineiro, Contos - Lima Barreto. 
SOBRE O AUTOR - LIMA BARRETO
Aos treze dias do mês de maio 1881, nasce no Rio de Janeiro Afonso Henriques de Lima Barreto, romancista, contista, cronista, jornalista e mulato. Fez de suas obras uma construção crítica progressista, na qual, denuncia a sua postura contrária às desigualdades sociais, política e dos primeiros anos do regime republicano. 
Lima Barreto retratava em suas obras a sua realidade e indignação com o meio, com objetivo de ser um elo transformador da realidade social daquele Brasil, recém-alforriado, com mudanças políticas fortes e voltado para as políticas elitistas, como diz Sainte - Beuve:
 "O poeta não é uma resultante, nem mesmo um simples foco refletor; possui o seu próprio espelho, a sua mônada individual e única. Tem o seu núcleo e o seu órgão, através do qual tudo o que passa se transforma, porque ele combina e cria ao devolver à realidade".
Desse modo, no desenrolar de suas obras percebemos a ideologia de Lima Barreto, na sua época tão incompreendida, por ser contrária a modernidade conservadora de um país com tantos problemas sociais, mesmo assim, Lima Barreto utilizou- se de uma nova forma de linguagem coloquial, que retratava as condições da sociedade republicana, principalmente da sociedade menos favorecida e descriminada.
O literário, Lima Barreto, morre em primeiro de novembro 1922, aos 41 anos vitima de infarto agudo do miocárdio, deixando como herança a sua obra, em sua maioria publicada postumamente.
ANÁLISE INTRÍNSECA
	A análise intrínseca é uma desfragmentarão do texto, com objetivo de facilitar a analise da obra literária, referentes à relação da interpretação do texto por seu leitor.
	No entanto, em uma narrativa literária, devemos perceber que a narrativa deve entreter o leitor, em sua trama, o que exige uma atenção própria de quem escreve o texto, assim como dos recursos linguísticos utilizados para compor os demais elementos narrativos , presentes na obra.
	Em uma narrativa o autor deixa a sua marca, conforme as suas experiências sociais, assim como o seu estilo linguístico, que passa a ser a sua marca própria, abrindo um leque de possibilidades para a interpretação de seus leitores.
	No caso da obra de Lima Barreto, Manel Capineiro a linguagem de Lima é coloquial, que foge dos padrões literários dos escritores da época. Nesse conto Lima Barreto retrata o desaparecido de um subúrbio rural onde as pequenas profissões se acabam e vão abrindo espaço para os novos ares da modernidade, além da influência estrangeira no cotidiano de um Brasil pobre, dividido por desigualdades sociais. 
ESTÓRIA
 A estória é um resumo da narrativa, com objetivo de fazer com que o leitor perceba as partes principais do texto a ser narrado, facilitando para os que ouvem a narrativa, os objetivos principais dentro do texto, como até mesmo o uso da linguagem pelo autor. No conto de Manel Capineiro a estória é voltada para um português pobre onde habita em uma favela do Rio de Janeiro e tem gosto pela terra e por seus bois – Estrela e Moreno, com a ajuda dos bois consegue ganhar a vida colhendo capim e entregando-os com seus “amigos”. Em certo dia, um carro e acabam trucidando os dois animais, fazendo com que Manel perca totalmente o sentido da vida.
ENREDO
 O enredo refere-se à forma que os fatos são narrados dentro da história do texto, assim de como eles se organizam,criando sentidos para a narrativa. Ao mesmo tempo em que estrutura o estilo de linguagem utilizada pelo autor.
	Dessa forma o leitor tem a possibilidade de construir a sua leitura por meio da analise descritiva e interpretativa do texto, organizada de uma forma mais simples, mas que possibilita o processo de investigação do texto. Inicialmente o conto começa com a pergunta: “Quem conhece a estrada Real de Santa Cruz? ’’. Após, o autor começa a descrever como vivem as pessoas dessa região localizada no estado do Rio de Janeiro. Ao descrever a região o autor também faz descrições sobre as personagens, principalmente retratando as suas características físicas. Na metade do enredo o autor começa a descrever a vida de Manel Capineiro, em rotina e trabalho”.
INTRIGA
A Intriga nada mais é do que a noção de conflito que é realizado a partir dos interesses que caracterizam os personagens e, principalmente, referente ao personagem protagonista e também sobre os elementos (ação; personagem) que veiculam a noção de motivo.
	 Neste conto de Manel, a intriga será referente à pobreza em que vivem as personagens daquela determinada região do estado do Rio de Janeiro e a relação de sentimento de afeto pelos seus bois.
PERSONAGENS
As personagens são os elementos que constroem uma narrativa, e por meio delas que uma história toma forma e chega ao seu desfecho, como cita Moisés: “O que vem a ser personagem no romance são pessoas que vivem dramas e situações dentro da narrativa, à imagem e semelhança do ser humano, “representações”, “ilusões”, “sugestões”, “ficções”, “máscaras”, de onde “personagens” (derivado da forma latina persona (m), máscara). Via de regra, só “gente” pode ser personagem de romance” (MOISÉS, 1978, p.138).
PERSONAGEM PRINCIPAL
 A personagem principal é a personagem no qual as principais ações da obra são realizadas por ele ou em volta dele. No conto já citado anteriormente o personagem protagonista é: Manel Capineiro, esse, por sua vez é descrito como português que sente falta de sua terra natal, sendo um trabalhador zeloso, que ao perde os seus bois em um acidente de trem, passa a perder o sentido da vida.
PERSONAGENS SECUNDÁRIOS
Os personagens secundários não compõem o conflito dramático, nem ao menos as suas ações influenciam o conflito, ou seja, o personagem secundário é quando a ação do enredo não está focada as ações fundamentais da história, ou seja, atrai menos atenção e menos interesse do leitor. A partir deste conhecimento temos como personagens secundários: Senhor Antônio do Açougue, Tutu (carvoeiro), Parafuso (preto domador de cavalos), “O Garoto”, “Jupira”, Rapariga (vagabunda), Companheiro de Manel (que vigia enquanto Manel está capinando), Estrela e Moreno (bois).
PERSONAGEM PLANA / ESTEREÓIPO
Não há no conto de Manel Capineiro personagens com a característica plana estereótipo, pois os personagens citados não possuem muitas características de significações.
PERSONAGEM PLANA / TIPO
Essa classificaçãoé usada principalmente para definir e limitar pessoas ou um grupo de pessoas na sociedade. Neste conto os personagens que se enquadram nessa classificação são: O “Seu” Antonio do Açougue; “Tutu”; “Parafuso”; o “Garoto’’; “Jupira”; Rapariga; Companheiro de Manel; Estrela e Moreno”.
PERSONAGEM PLANA
 Caracteriza-se por uma linearidade que caracterizam seu ser (psicologia) e seu fazer (ações). Exemplo: “[...] Manel ama tenazmente e evita o mais possível feri-los com a farpa que lhes dá a direção requerida. [...]”.
NARRADOR
No conto de Manel Capineiro o narrador é homodiegético, ou seja, o narrador é personagem, porém não é o protagonista da história. Faz uso da primeira pessoa do discurso. Exemplo: “Nós todos vivemos tão presos à avenida [...]”; “Eu a vejo todo dia de manhã [...]” “Vejo-a no Capão do Bispo [...]”
FOCO NARRATIVO
 No foco narrativo o “Eu” como testemunha é o narrador que vive por ele descritos como personagem secundária. É um ponto de vista mais limitado, uma vez que ele narra à periferia dos acontecimentos.
CLÍMAX 
O clímax dentro de uma narrativa é o ponto de tensão do drama (complicador da ação). Exemplo: “[...] uma imprudência de Manel, um comboio, uma expresso, implacável como a fatalidade, inflexível, inexorável, veio-lhe em cima do carro e lhe trucidou os bois [...]”
NÓ 
É o que dá origem ao conflito dramático, ou seja, é o mesmo que o clímax.
DESFECHO
É o final, a conclusão, o resultado final de uma história que está sendo contada. No conto se encerra a narrativa com Manel saindo de madrugada entregar seu capim com seus bois, quando de repente um veículo perde o controle e mata seus bois. Exemplo: “[...] veio-lhe em cima do carro e lhe trucidou os bois. O capineiro, diante dos despojos sangrentos do “Estrela” e do “Moreno”, Diante daquela quase ruína de sua vida, chorou como se chorasse um filho uma mãe e exclamou cheio de pesar, de saudade, de desespero:
- Ai mô gado! Antes fora eu!...
ESPAÇO
É aquilo que identifica os lugares onde acontece o desenrolar da história. Em Manel acontece nos seguintes lugares: Estrada Real de Santa Cruz, Rua do ouvidor, cidade do Rio de Janeiro, avenida, Capão do Bispo, armazém e Rua José dos Reis.
TEMPO CRONOLÓGICO
Pode ser a contagem dos meses, dias, horas, minutos, segundos, enfim toda marcação que seja temporal objetiva. Exemplo: “Eu a vejo todo dia de manhã, ao sair de casa e é a minha admiração apreciar a intensidade de sua vida [..]”, “Mora nas redondezas e sua vida se faz no capinzal, em cujo seio vive, a vigiá-lo de dia e de noite dos ladrões [..]” Manel Capineiro saiu de madrugada, como de hábito, com seu carro de capim.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
Apud René Bady, Introduction à L'Étude de La Littérature Française, Éditions de la Librairie de l'Université, Friburgo, 1943, p. 31.
BARRETO, Lima. Prosa Seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar;2001
BELCHIOR, Pedro. Tristes Subúrbios, Literatura, Cidade e Memória em Lima Barreto (1881- 1922). Dissertação de Mestrado, Universidade Federal. fluminense, Instituto de ciências humanas e filosofia, Departamento de História, 2011.
FRANCO. JR; Arnaldo. “Operadores da Leitura e da Narrativa” in. Teoria Literária. 3.Ed. Maringá: Eduem, 2009.
MAURO Ross, “Lima Barreto versus Coelho Neto: um Fla-Flu Literário”, Rio de Janeiro, Difel, 2010.
MOISÉS, Massaud. A criação literária: prosa. São Paulo: Cultrix, 1978. http://elementosnarrativa.blogspot.com.br/2010/06/personagem_20.html

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