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Linfoma: Tipos, Agentes Infecciosos e Diagnóstico

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LINFOMA
Neoplasia de origem linfóide, tipicamente causando linfadenopatia
Proliferação de células nativas tecido linfoide: linfoma de Hodgkin (LH) e Linfoma não-Hodgkin (LNH)
Mecanismos de linfomagênese: alterações genéticas, infecção, estimulação antigênica, imunossupressão
Agentes infecciosos associados aos tipos de linfoma
Vírus Epstein-Barr (EBV): acredita-se que o paciente tenha pre-disposição genética e ao entrar em contato com o vírus desenvolva
Linfoma de Burkitt endêmico na África
Linfoma de Burkitt esporádico
Linfoma associados à Aids
Linfoma T nasal
Linfomas de Hodgkin
HTLV-I 
Leucemia 
Linfomas de células T do adulto
Herpes vírus humano tipo B (HHV8)
Linfoma de cavidade ou primary effusion lymphoma
Vírus da hepatite C (HCV)
Linfoma linfoplasmocitóide associado à crioglubulinemia (é auto-imune, faz anticorpos após entrar em contato com temperaturas baixas) mista tipo II
Linfoma de zona marginal esplênico
Helicobacter pylori
Linfoma MALT (mucosa associated lymphoid tissue) do estômago
Chlamydia psittaci 
Linfomas MALT de anexos oculares
Epidemiologia
5 doença maligna + diagnosticada em adultos
Homens > mulheres
Incidência: o LNH crescendo progressivamente, e o LH estável
Manifestações clínicas:
Variável: assintomáticos ou extremamente doentes
Evolução variável ( semanas, meses ou anos)
Manifestações sistêmicas: febre, sudorese noturna, perda de peso, anorexia, prurido
Principal sinal é o linfonodo palpável, é indolor e móvel não adere profundos não fica quente ( sem sinais flogísticos), confirma o diagnóstico com a biópsia
Manifestações locais: linfadenopatia, esplenomegalia
Qualquer tecido pode ser potencialmente infiltrado
Outras complicações: infiltração da medula óssea, anemia hemolítica ou trombocitopenia, compressão de estruturas ( medula espinhal, ureteres) por doença volumosa, derrame pleural ou pericárdico, ascite 
Diagnóstico deve ser por BIÓPSIA para ser confirmado = SÃO EXTREMAMENTE SENSÍVEIS À QUIMIOTERAPIA 
Precisa de tecido suficiente para acessar células e arquitetura
BX CÉU ABERTO (extrai todo o linfonodo) X CORE NEEDLE (introduz a agulha no meio do linfonodo e trás parte dele pra dentro)
Estadiamento do linfoma: I, II, III e IV
I: 1 cadeia ganglionar palpável, acima ou abaixo do diafragma
II: 2 cadeias acima ou abaixo do diafragma
III: 3 ou mais acima ou abaixo do diafragma, e comprometimento do baço
IV: metástase para outros órgãos 
Diferenças LH e LNH 
LH
Único grupo axial de linfonodos-RS
Propagação por contiguidade
Extranodal raro
Não atinge Anel de Waldeyer (fica localizado na boca, e o Hodgkin chance de cura é maior não o atinge)
LNH
 Múltiplos linfonodos periféricos – não RS
Propagação não-contígua
Extranodal comum
Atinge Anel de Waldeyer
LINFOMAS NÃO-HODKING
BAIXO GRAU
Linfocítico de pequenas células: cerca de 4% dos LNH, 6 e 7 década de vida, linfadenopatia generalizada e hepatoesplenomegalia, pequenos linfócitos não estimulados núcleo redondo e pouco citoplasma, 90% do comprometimento da Medula Óssea (MO), 60% de quadro semelhante à LLC
Foliculares com predomínio de células clivadas, e misto de pequenas células clivadas e grandes células: sem distinção de sexo, 30% evolui para difuso de alto grau para todos os foliculares, 40% dos LNH, 5 e 6 década de vida, MO em 75%, sobrevida de 7 a 9 anos, contorno nuclear clivado com fendas e invaginações lineares
Com predomínio de grandes células: 15% dos LNH foliculares, células neoplásicas grandes, núcleo clivado e não-clivado, mitoses mais numerosas, evolução precoce para linfomas difusos, pior prognóstico
INTERMEDIÁRIO
Linfoma folicular, com predomínio de grandes células: 15% dos LNH foliculares, células neoplásicas grandes, núcleo clivado e não-clivado, mitoses mais numerosas, evolução precoce para linfomas difusos, pior prognóstico
Difuso de pequenas células clivadas: H>M, sobrevida de 2 a 4 anos, maior incidência na Europa,linfoma de zona do manto
Difuso, misto de pequenas e de grandes células: raro, núcleo de contorno irregular, citoplasma escasso e pálido, nucléolos proeminentes 
Difuso, misto de grandes células: mais comum, clivado e não-clivado
ALTO GRAU
Linfoma imunoblástico de grandes células: atinge o anel de waldeyer em 50%, autoanticorpo com células exócrinas, 50% dos LNH no adulto e 20% na criança, homens na 6 década, massa de crescimento rápido, sintomática, síndrome de sjogren e tireoidite de Hashimoto, 80% das células B, células plasmocitóides, núcleos polimorfos e citoplasma claro
Linfoma linfoblástico: H2:1M até 2 década, 55% dos LNH e 40% dos linfomas da infância, massa media, padrão de “céu estrelado”, disseminação para MO, sangue e meninges (semelhante à LLA), células tumorais semelhantes a linfoblastos
Linfoma de Burkitt: infecção por Epstein-barr, acometimento maxilar, nucléolos múltiplos e sucessivas mitoses, endêmico na africa pela infestao alta de Epstein-barr, sensível à quimioterapia, crianças e adultos jovens
Micose fungóide e Síndrome de Sézary: parece uma infecção por fungo, linfoma cutâneo de célula T
FASES: PRÉ-MITÓTICA -> EM PLACAS -> TUMORAL
Infiltração de epiderme e derme
Disseminação ganglionar e visceral
Eritrodermia esfoliativa generalizada
Infecção suspeita por HTLV-1 e HTLV-2
Pequenas células não clivadas
LINFOMAS HODKING
Células-B de origem, células de Reed-Sternberg (ou variantes RS) nos tecidos afetados, a maioria das células afetadas nos linfonodos são células linfoides policlonais reativas, não células neoplásicas
RS na mononucleose e micose fungóide 
SUBTIPOS HISTOLÓGICOS (Classificação de Rye)
Esclerose nodular (+ comum)
Celularidade mista
Predominância linfocítica
Depleção linfocítica 
Esclerose nodular
+Comum, afeta mais mulheres jovens, linfonodos cervicais inferiores, supraclaviculares e mediastinais, variante RS- célula lacunar, faixas de colágeno dividem tecido linfoide, prognóstico excelente
Celularidade mista
2a forma mais comum, sexo masculino, RS típicas e abundantes, comprometimento difuso dos linfonodos, manifestações sistêmicas, disseminado no diagnóstico 
Predominância linfocítica
Incomum (6% dos casos), variante RS- célula pipoca – pés de elefante, ausência de necrose fibrose e inflamação, homens na 4 década, doença limitada, prognóstico excelente 
Depleção linfocítica
Mais rara, homens idosos, doença disseminada, manifestações sistêmicas, fibrose difusa: hipocelular, variante reticular: células pleomórficas
CÉLULAS RS E VARIANTES...
RS CLÁSSICA: celularidade mista
Célula lacunar: esclerose nodular
Célula pipoca: predominância linfocítica 
Epidemiologia DO LINFOMA HODKING
- Menos frequente que linfoma não-Hodgkin
- M>F
- 3 década
- Forma mais comum de doença maligna em adultos jovens
Fatores associados
- Infecção por EBV
- Alto padrão sócio-econômico
- Caucasianos > não-caucasianos
- Predisposição genética 
- HIV, OCUPAÇÃO, HERBICIDAS
Manifestações clínicas
- Linfadenopatia indolor
- Disseminação contígua
- Envolvimento extranodal raro (exceto na doença avançada)
- Sintomas “B”
- Anergia cutânea 
Prognóstico 
- I e IIA: 90% sobrevida em 5 anos
- IVA e IVB: 60 a 70% sobrevida em 5 anos
- Leucemia não-linfocítica aguda
- Câncer de pulmão
- Câncer de mama, gástrico
- LNH e melanoma maligno

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