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PEDOLOGIA AMBIENTAL (22)

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II Seminário Iniciação Científica – IFTM, Campus Uberaba, MG. 20 de outubro de 2009. 
 
 
INFLUÊNCIA E IMPACTOS AMBIENTAIS DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA 
QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO UBERABA 
 
RAMOS, T.G. 1; VALLE JR., R.F. 2; NOGUEIRA, M.A.S. 3; GÓIS, H.C.; 
ABDALA, V.L. 3 
1 Estudante do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental - bolsista FAPEMIG; 
2
 Prof. I F TM - Campus Uberaba – orientador; 
3
 Prof. IFTM - Campus Uberaba. 
 
 
RESUMO 
Com o avanço da fronteira agrícola na região do Triangulo Mineiro, em especial o setor 
sucroalcooleiro, torna-se necessário alertar em relação aos impactos ambientais causados devido à 
redução da disponibilidade hídrica, decorrente da captação superficial e o risco de contaminação do 
solo e dos recursos hídricos. Este artigo objetiva a apresentação de resultados parciais do diagnóstico 
ambiental do Rio Uberaba, visando definir medidas de monitoramento da qualidade da água e da 
gestão ambiental da referida bacia. Diagnosticou-se as classes de uso das águas, avaliando o nível de 
poluição dos recursos hídricos e a caracterização do uso e ocupação do solo, utilizando o Sistema de 
Informações Geográficas – SIG, contribuindo desta forma para a melhoria do planejamento integrado 
de manejo hídrico da bacia apoiada em três sustentáculos: a preservação, a reabilitação de áreas 
degradadas e a utilização equilibrada de seus recursos. 
Palavras-chave: diagnóstico ambiental, recursos hídricos, SIG. 
 
 
INTRODUÇÃO 
A disponibilidade e a qualidade da água correlacionam-se diretamente com o padrão de qualidade de 
vida de uma população, influenciando e impondo limites ao desenvolvimento em várias regiões do 
mundo. O crescimento populacional global, a expansão das atividades econômicas e o processo 
intensivo de urbanização a partir da década de 1950 levaram o homem a explorar de forma predatória 
os recursos naturais, particularmente os recursos hídricos, resultando em sua escassez. Segundo MAIA 
(2002) a escassez do recurso hídrico se dá, principalmente, pela deterioração da qualidade da água, 
que inviabiliza a utilização de importantes mananciais e ocasiona uma demanda superior à oferta. 
Desta forma, o conhecimento da qualidade, dos usos atuais e potenciais de cada trecho de um corpo 
d’água e seu planejamento é indispensável para a recuperação e a conservação dos recursos hídricos de 
uma bacia. Segundo SOUZA (1999) são inúmeras as vantagens de trabalhar em bacias alcançando 
propósitos institucionais, sócio-econômicos e ambientais, descritos como segue: a) Institucionais: 
possibilitam o monitoramento e a avaliação constantes dos recursos aplicados na área de sua 
abrangência; impõem a integração das instituições; incentivam a participação em discussões grupais; 
estimulam a organização de grupos com interesses comuns; exercitam a criação de redes naturais de 
difusão de conhecimento e práticas ambientais; concentram ações de assistência técnica e 
II Seminário Iniciação Científica – IFTM, Campus Uberaba, MG. 20 de outubro de 2009. 
 
 
monitoramento; b) Sócio-econômicos: racionalizam a aplicação de recursos financeiros e humanos; 
reduzem os gastos operacionais na implantação de práticas comuns; aumentam, de forma sustentável, 
a produtividade no uso dos recursos naturais; c) Ambientais: estabelecem uma nova consciência e 
sistema responsável pela convivência entre o homem, a sociedade e os recursos naturais; reduzem 
riscos com inundação; mantêm efetivo controle de poluição; conservam as características do potencial 
hídrico do solo e da biodiversidade para diversos usos, tanto atuais como para as gerações futuras. 
PIÃO (1995) destaca que existem várias maneiras de se verificar a qualidade dos corpos d’água e 
níveis de poluição provindos de fontes pontuais e ou difusas. Em geral utilizam-se parâmetros de 
qualidade de água, tais como: pH, temperatura, turbidez, oxigênio dissolvido (OD), demanda 
bioquímica de oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio (DQO), sólidos suspensos, sólidos 
dissolvidos, nitrogênio total, nitrito, nitrato, fósforo total, entre outros, e indicadores complementares 
que são os biológicos. Os fatores ambientais geológicos, pedológicos e geomorfológicos podem 
facilitar, de acordo com suas características, a poluição do solo. Consequentemente esta poluição 
contribui para a poluição das águas, causando diversos impactos sobre a sua qualidade. Desta forma, 
este artigo apresenta resultados parciais obtidos através da análise de uso e ocupação do solo na área 
do Rio Uberaba, nos Municípios de Uberaba, Veríssimo, Conceição das Alagoas, Planura e Campo 
Florido, através de monitoramento e avaliação do nível de poluição dos recursos hídricos utilizando-se 
do Sistema de Informações Geográficas – SIG. 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
Na elaboração do banco de dados, inclusive da rede de drenagem e do mapa de uso e ocupação dos 
solos da bacia do rio Uberaba, foram utilizadas imagens do satélite CBERS 2, sensor CCD, com 
resolução espacial de 20 m, obtidas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Na 
confecção das redes de drenagem e altimetria da bacia, utilizou-se as cartas topográficas editadas pelo 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 1972, na escala 1:100.000, com eqüidistância 
vertical entre curvas de nível de 50 m. As folhas utilizadas foram: SE-23-Y-C-IV, SE-22-Z-D-VI, SE-
22-Z-D-V, SF-22-X-B-II, SF-22-X-B-III. Os mapas e demais componentes do banco de dados, 
referentes à área de estudo, utilizados neste projeto, foram produzidos no Laboratório de 
Geoprocessamento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro 
antigo CEFET/UBERABA). Todo o banco de dados tem como base cartográfica a projeção de 
Mercator ou Universal Transverse Mercator (UTM); fuso 22; datum planimétrico WGS84 (World 
Geodetic System 1984), equivalente ao SIRGAS2000 (Sistema de Referência Geocêntrico para as 
Américas), novo sistema geodésico de referência adotado oficialmente no Brasil em 25 de fevereiro de 
2005. Os equipamentos empregados na confecção deste trabalho são: Computador Pentium 4, 
II Seminário Iniciação Científica – IFTM, Campus Uberaba, MG. 20 de outubro de 2009. 
 
 
memória RAM 1 GB, disco rígido 160 GB, monitor de 17”; Mesa digitalizadora SummaGrid V - 
Formato A0; Scanner HP Scannjet 5300C; Plotter HP DesignJet 800ps; GPS Garmin – 12 XL; 
Softwares: IDRISI 32; SPRING 5.0; ENVI; AutoCAD. Para a geração do mapa de elevação do 
terreno, a partir das cartas do IBGE, Uberaba (analógico) e Veríssimo (digital) na escala 1:100.000, 
com espaçamento entre curvas de nível a cada 50m, procedeu-se ao pré-processamento dos dados 
digitais de elevação, mediante transformação dos arquivos digitais do formato (DGN) para (DXF) 
utilizando-se o software “Bentley Red Line”. Posteriormente, os arquivos foram exportados para o 
software “IDRISI”, onde finalizou-se a digitalização da carta curva de nível e rede de drenagem na 
respectiva escala, elaborando-se o mapa vetorial das curvas de nível. Utilizando-se o módulo de 
interpolação “SURFACE ANALYSIS – INTERPOLATION - TIN INTERPOLATION – TIN”, gerou-
se a valores altimétricos de uma superfície contínua, obtendo-se desta forma o modelo digital de 
elevação do terreno. Após a elaboração do modelo digital de elevação do terreno procedeu-se na 
criação do mapa de declividade, acessando-se o menu “GIS ANALYSIS” e módulo “CONTEXT 
OPERATORS – SURFACE” do “IDRISI 32”, gerando-se o mapa do declive, onde após 
reclassificação “RECLASS” foram definidas as classes de declive para os intervalos. A partir de 
imagens do satélite CBERS 2, utilizando-se o SPRING 5.0 na montagem do mosaico que, em seguida, 
foi exportado para o software ENVI, onde elaborou-se o arquivo vetorial da digitalização das redes de 
drenagem da bacia do rio Uberaba. Para a elaboração do mapa de uso atual foi montado ummosaico 
de imagens do satélite CBERS-2, sensor CCD, com resolução espacial de 20 m. Sobre as imagens 
inseridas no banco de dados, aplicaram-se os procedimentos de pré-processamento, ou seja, realce de 
imagens, registro e recorte da área de estudo. O trabalho de campo foi realizado através do 
reconhecimento geral da área. Durante os trabalhos de campo realizou-se a verificação da verdade 
terrestre, onde foram analisadas, em especial, as áreas com possíveis erros de classificação. Foi 
utilizado o receptor GPS para o georreferenciamento das áreas verificadas. Nas análises físico-
químicas foi utilizado o HORIBA W22XD, que avalia como parâmetros: transparência da água, PH, 
condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, turbidez, temperatura da água, salinidade e sólidos em 
suspensão. Para as análises laboratoriais foram feitas três coletas para cada estação, atendendo a dois 
ciclos completos de chuva e estiagem, analisando Nitrato, Nitrito, Amônio, Fosfato total e inorgânico 
dissolvidos, Silicato reativo, Fósforo, Nitrogênio totais, além de coliformes fecais e totais. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
A partir da elaboração do mapa de declividade, verificou-se que os maiores valores de declividade, 
acima de 20 %, ocorrem ao norte da bacia, próximos a sua divisa, onde predomina o relevo de serras 
o qual ocupa área de 39,70 km2, correspondendo a 1,65 % da área da bacia. Contudo, a classe de 
II Seminário Iniciação Científica – IFTM, Campus Uberaba, MG. 20 de outubro de 2009. 
 
 
relevo plano a suave ondulado ocupa 64,67 % da área total, prevalecendo desta forma na bacia 
declividades de 0 a 5 %. Na bacia verifica-se que a agricultura ocupa 27,99 % da área (677,07 km2), 
pecuária 50,21 % (1.214,57 km2) e a vegetação nativa 17,96 % (434,45 km2). CRUZ (2003) observou 
que no uso e ocupação da bacia do rio Uberaba, no ano 1998, predominava 19,60 % da área (408,8 
km2) agricultura; 58,50 % (1.415,11 km2) pastagem e 19,70 % (476,54 km2) vegetação nativa. 
Observou-se então, que nos últimos 10 anos ocorreu decréscimo da vegetação nativa em 1,70 % da 
área, com simultâneo aumento da área agrícola em 8,39 %, gerando redução das áreas de pastagem em 
8,29 %. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 1. Mapa de declividades da bacia do Rio Uberaba. 
II Seminário Iniciação Científica – IFTM, Campus Uberaba, MG. 20 de outubro de 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONCLUSÃO 
Com o crescimento das áreas agrícolas, compostas em maioria pelas culturas da cana-de-açúcar, sorgo 
e soja, aliado ao respectivo decréscimo das áreas de pastagem e vegetação nativa, pode-se perceber a 
seriedade dos impactos causados em função das atividades antrópicas, ocorrendo uma modificação do 
o meio. Percebe-se nitidamente que na bacia do rio Uberaba há o predomínio do uso da área em 
questão para criação de gado com decréscimo de áreas que foram suplantadas pelas culturas anuais. 
Figura 1. Mapa de declividades da bacia do rio Uberaba. 
 
 
 
Figura 2. Mapa de uso e ocupação do solo da bacia do Rio Uberaba. 
II Seminário Iniciação Científica – IFTM, Campus Uberaba, MG. 20 de outubro de 2009. 
 
 
Observou-se então, que nos últimos 10 anos ocorreu decréscimo da vegetação nativa em 1,70 % da 
área, com simultâneo aumento da área agrícola em 8,39 %, gerando redução das áreas de pastagem em 
8,29 %. 
 
LITERATURA CITADA 
CRUZ, L.S.B. Diagnóstico ambiental da bacia hidrográfica do rio Uberaba. Campinas – SP. Tese 
de Doutorado, Feagri, Unicamp, 181p. 2003. 
MAIA, Anna Paula Alves. Gestão de recursos hídricos em Pernambuco: o comitê de Bacia 
Hidrográfica do Rio Pirapama. Dissertação (Mestrado em Gestão e Políticas Ambientais). Recife, 
UFPE, 2002 
PIÃO, A. C. S. (1995). Transporte de nitrogênio, fósforo e sedimentos pelo ribeirão dos 
Carrapatos (município de Itaí – SP), sua relação com usos do solo e outros impactos 
antropogênicos e sua deposição no braço do Taquari (represa de Jurumirim). São Carlos. 192p. 
Tese (Doutorado). Escola de Engenharia de São Carlos-USP. 
SOUZA, E. R. Manejo integrado de bacias hidrográficas. Belo Horizonte: EMATER-MG, 1999. 
20p.

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