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PÁG.1 1. Verifique se o caderno de questões contém a quantidade de questões indicada em sua folha de respostas (80 QUESTÕES), correspondentes à prova objetiva. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito, ou apresente divergência quanto ao tipo, solicite ao fiscal de sala mais próximo que tome as providências cabíveis, pois não serão aceitas reclamações posteriores nesse senti- do. 2. Não se comunique com outros candidatos nem se levante sem autorização do fiscal de sala. 3. O início da prova ocorrerá às 13h pontualmente e o término da mesma ocorrerá exatamente às 17h. Na duração da prova (4 horas), está incluído o tempo destinado à identificação – que será feita no decorrer da prova – e ao preenchimento da folha de respostas. 4. O candidato só poderá levar o caderno de prova após 1 (uma) hora do início da mesma. 5. Para marcar a resposta de uma questão, preencha totalmente com caneta transparente de tinta preta apenas a quadrícula correspondente à sua opção. 6. O GABARITO PRELIMINAR será divulgado no dia 30/06/19 (DOMINGO – 18H); OS RECURSOS devem ser enviados para o e-mail: simuladotiradentesconcursos@gmail.com até o dia 01/07/19 (SEGUNDA – 18H) e o RESULTADO FINAL será divulgado no dia 09/07/19 (TERÇA – 12H). 7. Ao terminar a prova, chame o fiscal de sala mais próximo, devolva-lhe a sua folha de respostas e deixe o local de prova. 8. A desobediência a qualquer uma das determinações constantes em edital, no presente caderno ou na folha de respostas poderá implicar a anulação da sua prova. PÁG.2 PÁG.1 TEXTO I O jivaro Um sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à América do Sul, conta a um jornal sua conversa com um índio jivaro, desses que sabem reduzir a cabeça de um morto até ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações, e o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo. O Sr. Matter: Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça de um macaco. E o índio: Por que um macaco? Ele não me fez ne- nhum mal! (Rubem Braga, Recado de primavera) TEXTO II Anedota búlgara Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que também se caçam borboletas [e andorinhas ficou muito espantado e achou uma barbaridade. (Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia) 01. Os dois textos aproximam-se bastante quanto ao sen- tido de fundo, pois em ambos representa-se uma mesma (A) preocupação com a legitimidade: até mesmo o exercício da violência deve obedecer a algum cri- tério. (B) convicção moral: todo ato cruel atinge não apenas a vítima, mas o conjunto da humanidade. (C) atitude arbitrária: a violência do mais forte justifica- se por si, dispensando-se qualquer explicação. (D) norma jurídica: em todo julgamento será garantido ao réu o direito à mais ampla defesa. (E) preocupação com a ética: só se justifica um ato de violência em resposta a uma ação excessivamen- te violenta. 02. Quanto às normas de concordância verbal, está intei- ramente correta a frase: (A) Quem informou ao czar que também se caçam borboletas e andorinhas talvez não suspeitasse que isso causaria reações de espanto. (B) Não costumam os chamados homens civilizados considerarem que a caça de borboletas e de an- dorinhas representem um ato de selvageria. (C) As "operações" a que se aludem nessa crônica re- ferem-se à redução de uma cabeça humana a proporções mínimas. (D) A violência contra os homens, a quem perseguia como se persegue animais, pareciam ao czar mais natural do que a dirigida contra borboletas e ando- rinhas. (E) Subentendem-se, nas palavras do índio jivaro, que a morte e a redução da cabeça de alguém se dá como represália contra um inimigo. 03. Tanto o espanto demonstrado pelo índio jivaro quanto o expresso pelo czar naturalista sugerem que (A) os regimes totalitários regem-se pelos mesmos princípios. (B) a bondade natural é pervertida pelos costumes da civilização. (C) os princípios da civilização têm um valor universal. (D) as diferenças culturais implicam a relativização dos valores. (E) a violência do homem civilizado é maior que a do primitivo. 04. No Texto I, a frase “que fez uma viagem de explora- ção à América do Sul” pode ser substituída por esta outra, igualmente correta, que preserva o sentido do contexto: (A) numa viagem exploratória da América do Sul. (B) tendo incursionado como explorador pela América do Sul. (C) ao incursionar à explorada América do Sul. (D) numa eventual exploração da América do Sul. (E) quando realizava uma viagem pela América do Sul. 05. A transposição para a voz passiva de uma frase de um dos textos está correta em: (A) Foi feita por ele uma viagem de exploração à América do Sul. (B) Nenhum mal ele lhe havia feito! (C) Uma dessas operações queria ser assistida pelo Sr. Matter. (D) Tinha contado a um jornal sua conversa com um índio jivaro. (E) A cabeça de um morto sabe reduzir-se até ficar bem pequenina. 06. Está clara e correta a redação do seguinte comentário sobre um dos textos: (A) O termo "naturalista", empregado no poema, pa- rece referir-se à uma ocupação com a natureza, apesar de que os seres caçados pelo czar trata- vam-se de homens. (B) O fato de haverem diferenças de forma entre os dois textos não eliminam as semelhanças de fun- do que eles sugerem, numa leitura bem compara- da. (C) O cronista Rubem Braga leu num jornal que um tal de Sr. Matter, numa viagem de exploração, travara um singular e revelador diálogo com um índio jiva- ro. PÁG.2 (D) Depreende-se da crônica que o Sr. Matter não consideraria qualquer crueldade do índio a redu- ção de uma cabeça de macaco, ainda que nada de mal o tivesse feito. (E) O poema de Drummond se inicia como uma histó- ria tradicional, cujo o começo de "era uma vez" lo- caliza as ações num tempo em que ainda nem bem se determinou. 07. É adequado o emprego da expressão sublinhada na seguinte frase: (A) A barbaridade com cuja se espantou o czar era a caça de andorinhas e borboletas. (B) A barbaridade à qual serviu ao poeta de tema não costuma espantar os civilizados. (C) O jornal de cujo o Sr. Matter se valeu para contar sua história foi lido pelo cronista. (D) A notícia à qual se deparou o cronista estimulou-o a escrever uma crônica. (E) O índio jivaro, com cuja reação o Sr. Matter não contava, espantou-se com a proposta. 08. Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período: (A) Nunca ocorreu, ao Sr. Matter, que, um índio jivaro, tivesse qualquer critério para escolher aquele, de quem reduziria a cabeça. (B) A curiosidade do explorador Matter, não deixava de ser mórbida, mas por vezes, somos levados a apreciar a crueldade, sem pensar no que, esta, significa para a vítima. (C) Certamente, os homens caçados pelo czar preferi- riam que este, como outros caçadores, tomasse como alvo apenas alguma borboleta, ou uma an- dorinha, ou mesmo um macaco. (D) Macacos, borboletas, e andorinhas, são, para mui- ta gente, interessantes alvos de caça, mas não para o índio jivaro, nem tampouco, para o czar na- turalista. (E) Tanto Rubem Braga em sua crônica, quanto Drummond, em seu poema motivam uma ampla discussão, acerca do que se pode ou não classifi- car, como uma ação bárbara. 09. Estão corretas ambas as formas verbais sublinhadas na frase: (A) Alguéminterveio, dizendo ao czar que a caça de borboletas e andorinhas constitue, para muitos homens, uma prática esportiva. (B) Alguém interveio, dizendo ao czar que a caça de borboletas e andorinhas constitue-se, para muitos homens, uma prática esportiva. (C) Alguém interviu, dizendo ao czar que a caça de borboletas e andorinhas constitue, para muitos homens, uma prática esportiva. (D) Alguém interveio, dizendo ao czar que a caça de borboletas constitui, para muitos homens, uma prática esportiva. (E) Alguém interviu, dizendo ao czar que a caça de borboletas e andorinhas constitui, para muitos homens, uma prática esportiva. 10. O czar caçava homens, não ocorrendo ao czar que, em vez de homens, se caçassem andorinhas e borbo- letas, parecendo-lhe uma barbaridade levar andori- nhas e borboletas à morte. Evitam-se as repetições viciosas da frase acima subs- tituindo-se, de forma correta, os elementos sublinha- dos por, respectivamente, (A) não ocorrendo-o - dos cujos - as levarem. (B) não lhe ocorrendo - destes - levá-las. (C) não o ocorrendo - de tais - levá-las. (D) não ocorrendo-lhe - dos mesmos - levar-lhes. (E) lhe não ocorrendo - destes - as levar-lhes. 11. As VPNs usam vínculos ... ... para assegurar que apenas usuários autorizados possam se conectar à rede, além de usarem ... ... para garantir que outros não possam interceptar e usar dados que trafeguem na Internet. O Windows 7 consegue essa segurança usando os protocolos de segurança. A tecnologia VPN também permite que uma empresa se conecte às suas filiais ou a outras empresas por meio de uma ... ... ao mesmo tempo em que mantém as comunicações seguras. Preenchem as lacunas correta e respectivamente: (A) -autenticados -criptografia -rede pública (B) -dinâmicos -firewall -rede local (C) -criptografados -senha -rede local (D) -autenticados -protocolos -intranet (E) - criptografados - autenticados -intranet 12. Considerando a figura abaixo, que ilustra uma janela do Word 2007 com um documento em edição, assina- le a opção correta a respeito de conceitos e modos de utilização dos aplicativos Microsoft Office e BR Office. PÁG.3 (A) O documento em edição pode ser carregado e al- terado pelo aplicativo Writer, do BR Office, desde que a ferramenta Convertext esteja instalada no computador em uso. (B) Por meio de funcionalidades disponibilizadas ao se clicar na seta em é possível aplicar marcadores no documento em edição. (C) O documento em edição não contém valores nu- méricos; portanto, não pode ser transferido para uma planilha do Excel. (D) Caso o documento em edição seja copiado e co- lado no PowerPoint, serão criados três slides: um para o título do documento; outro para o parágra- fo; e o terceiro para o parágrafo. (E) Podemos afirmar que o documento em edição possui três parágrafos. 13. Uma Política de Segurança da Informação (PSI) visa preservar os ativos de informação, descrevendo a conduta adequada para o seu manuseio, controle, pro- teção e descarte. De acordo com os preceitos de uma PSI, (A) manter autenticação de informações pressupõe garantir a prestação contínua do serviço, sem in- terrupções no fornecimento de informações para quem é de direito. (B) deve haver um conjunto de princípios que norteie a gestão de segurança de informações e que deva ser seguido somente pelo grupo gerencial e pelos usuários internos de uma organização. (C) a manutenção da integridade pressupõe a garan- tia de não violação dos dados com intuito de alte- ração, gravação ou exclusão, seja acidental ou proposital. (D) manter a disponibilidade pressupõe assegurar que as pessoas não tomem conhecimento de informa- ções, de forma acidental ou proposital, sem que possuam autorização para tal procedimento. (E) A confidencialidade é um método aplicado usando a Assinatura Digital. 14. No Mozilla Firefox mais recente, para se definir a pá- gina inicial como http://www.agepen.gov.br/index.php/pagina- inicial deve-se: (A) no canto superior direito da tela, clicar no símbolo na forma de um quadrado com listas, que se refe- re a Personalizar e Controlar o Mozilla, selecionar Página inicial: digitar o endereço do site e clicar em OK. (B) selecionar o menu Ferramentas, selecionar Op- ções da internet; na aba Geral, no campo Home- page: digitar o endereço do site e clicar em Apli- car. (C) selecionar o menu Ferramentas, selecionar Op- ções; na aba Geral, no campo Página inicial: digi- tar o endereço do site e clicar em OK. (D) selecionar o menu Editar, selecionar Opções da internet; na aba Geral, no campo Página inicial: digitar o endereço do site e clicar em OK. (E) selecionar o menu Exibir, selecionar Opções da in- ternet; na aba Geral, no campo Página inicial: digi- tar o endereço do site e clicar em OK. 15. Ana, uma PC, foi solicitada por seu chefe a criar, utilizando o LibreOffice.org Calc 5 em português, a planilha a se- guir: Na célula D3, utilizou a fórmula =(ANO(C3)-ANO(B3))*12+MÊS(C3)-MÊS(B3) para calcular a quantidade aproximada de meses existentes entre a data contida na célula B3 e a data contida na célula C3. Na célula E3 utilizou a fórmula =D3/12 para calcular o equivalente em meses do valor contido na célula D3. Na célula F3 utilizou uma fórmula que verifica o valor contido na célula E3. Se esse valor for maior ou igual a 3 é exibida a palavra Liberado, senão, é exi- bida a palavra Internado. A fórmula contida na célula F3 é (A) =SOMASE(E3>=3,"Liberado","Internado") (B) @SE(E3>=3;"Liberado";"Internado") (C) =CONT.SE(E3>=3;"Liberado";"Internado") (D) =SE(E3>=3;"Liberado";"Internado") (E) =SES(E3<=3;"Liberado";"Internado") PÁG.4 16. Sobre manipulação de arquivos no Windows 7 em português, é correto afirmar que, (A) quando você exclui um arquivo do disco rígido, ele é apagado permanentemente e não pode ser pos- teriormente recuperado caso tenha sido excluído por engano. (B) para excluir um arquivo de um pen drive, basta cli- car com o botão direito do mouse sobre ele e se- lecionar a opção Enviar para a lixeira. (C) se um arquivo for arrastado entre duas pastas que estão no mesmo disco rígido, ele será comparti- lhado entre todos os usuários que possuem aces- so a essas pastas. (D) se um arquivo for arrastado de uma pasta do disco rígido para uma mídia removível, como um pen drive, ele será copiado. (E) se um arquivo for arrastado de uma pasta do disco rígido para uma mídia removível, como um pen drive, ele será movido. 17. Para o funcionamento da Internet, há um sistema de gerenciamento de nomes hierárquico e distribuído, que resolve nomes de domínios em endereços de re- de (IP), que é o: (A) DSN (B) DNS (C) DHCP (D) SDN (E) NDS 18. Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e 10, assinale a opção correta. (A) Arquivos criados no Windows 7 podem ser lidos no Windows 10 por meio da ferramenta Restaura- ção do sistema, existente no menu Iniciar do Win- dows 10. (B) No Windows 7, o programa PlanCalc permite a elaboração de planilhas eletrônicas, de forma equivalente ao Excel no Windows 10. (C) No sistema Windows 10, o aplicativo Windows Explorer tem a função exclusiva de facilitar o ge- renciamento das informações em um computador, permitindo criar, excluir e renomear arquivos e pastas; enquanto o InternetExplorer é um browser que permite a navegação na Internet. (D) A Cortana é um recurso do Windows 10 que simu- la disco virtual. (E) Por meio da opção Visão de Tarefas, é possível criar áreas de trabalho virtual. 19. À vista das disposições constitucionais, os direitos e garantias fundamentais (A) são apenas aqueles especificamente expressos na Constituição Federal, no tópico a eles especi- almente destinado, podendo ser aumentados ou diminuídos por meio de Emenda Constitucional. (B) expressos na Constituição Federal não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. (C) poderão ser assegurados em tratados e conven- ções internacionais, que serão equivalentes às emendas constitucionais se forem aprovados, em dois turnos, em cada uma das Casas do Congres- so Nacional, pelo voto de 2/5 de seus membros. (D) não expressos na Constituição Federal serão as- segurados em território nacional apenas se cons- tarem de tratados internacionais que forem apro- vados pela maioria absoluta dos integrantes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e homologados por Decreto do Presidente da Repú- blica. (E) somente terão aplicação, por meio de suas nor- mas definidoras, após a edição de lei complemen- tar aprovada por 4/5 dos membros do Congresso Nacional. 20. De acordo com a Constituição Federal, compete I. à União organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. II. privativamente à União legislar sobre direito civil, penal, eleitoral e do trabalho. III. concorrentemente à União, aos Estados, ao Distri- to Federal e aos Municípios legislar sobre desa- propriação. IV. privativamente à União zelar pela guarda da Cons- tituição Federal. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) II e IV. (C) III e IV. (D) I, III e IV. (E) I, II e III. 21. A respeito do que estabelece a Constituição Federal sobre a nacionalidade e os direitos políticos, (A) não podem alistar-se como eleitores os estrangei- ros e, durante o período do serviço militar obriga- tório, os conscritos. PÁG.5 (B) as idades mínimas para a elegibilidade relativa aos cargos de Presidente da República e Senador são, respectivamente, de 35 e 30 anos. (C) entre os cargos privativos de brasileiro nato, estão o de Presidente da República, Senador, Ministro do Supremo Tribunal Federal e oficial da Forças Armadas. (D) o alistamento eleitoral e o voto são facultativos pa- ra os maiores de 60 anos. (E) a lei não poderá estabelecer distinção entre brasi- leiros natos e naturalizados, salvo nos casos pre- vistos na Constituição ou na Lei de Migração. 22. À luz da organização político-administrativa do Estado brasileiro, na qual prevalece a autonomia das entida- des federativas, (A) a autonomia baseia-se na existência de uma única esfera governamental atuante sobre a população, em um mesmo território. (B) a Constituição Federal prevê mecanismos de pro- teção do sistema federativo, tais como a reparti- ção de competências administrativas e legislativas entre os entes federados. (C) a Constituição Federal prevê a possibilidade de instituição de regiões metropolitanas por iniciativa legislativa dos municípios limítrofes interessados na associação. (D) a autonomia é assegurada a todos os entes sob os aspectos administrativo e fiscal, cabendo, no entanto, somente à União a autonomia legislativa. (E) a soberania, na qualidade de poder supremo con- sistente na capacidade de autodeterminação do ente federado, cabe à União e aos Estados mem- bros. 23. Consideradas as formas de aquisição da nacionalida- de previstas na Constituição Federal, são brasileiros (A) naturalizados os estrangeiros de qualquer nacio- nalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de dez anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacio- nalidade brasileira. (B) natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes estejam a serviço de seu país. (C) naturalizados os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro e mãe brasileira, desde que qualquer de- les esteja a serviço da República Federativa do Brasil. (D) natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente. (E) naturalizados os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigida dos originários de países de língua portuguesa apenas residência por cinco anos ininterruptos e idoneidade moral. 24. A Constituição Federal, ao disciplinar o direito funda- mental à propriedade, ao mesmo tempo estabelece mecanismos de proteção, e enumera algumas situa- ções de intervenção do Estado na propriedade priva- da, regime esse que compreende a regra segundo a qual (A) aos autores pertence o privilégio temporário para utilização de sua obra, transmissível aos herdei- ros, pelo tempo que a lei complementar fixar. (B) a autoridade competente poderá utilizar, no caso de perigo público iminente, a propriedade particu- lar, assegurado, nessa hipótese, direito à prévia indenização, em dinheiro. (C) a desapropriação poderá ocorrer por necessidade, utilidade pública ou por interesse social, tendo como requisito constitucional inafastável a ulterior indenização em dinheiro. (D) o direito de herança é garantido, sendo que a su- cessão de estrangeiros situados no país será re- gulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. (E) a lei assegurará aos autores de inventos industri- ais o direito exclusivo de sua utilização, publicação ou reprodução, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas, imagem, moral e voz humanas e a outros signos distintivos, tendo em vista a função social e o desenvolvimento tecnológico e econô- mico do País. 25. Considerando a disciplina constitucional acerca da competência legislativa concorrente da União, Estados e Distrito Federal, (A) está prevista nessa espécie de competência a da União e dos Estados para matéria pertinente ao comércio exterior e interestadual. (B) no âmbito dessa competência, cabe à União esta- belecer normas gerais, sendo que, na ausência de lei federal, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiarida- des. (C) está excluída dessa espécie de competência a au- torização para legislar sobre criação, funciona- mento e processo do juizado de pequenas causas, por se tratar de matéria de competência privativa da União. (D) a União somente pode legislar sobre direito finan- ceiro enquanto o Estado não o fizer. (E) lei complementar federal poderá autorizar os Es- tados a legislar sobre questões específicas nas matérias sujeitas a essa espécie de competência. 26. Sobre a responsabilidade do Presidente da República, levando-se em conta que em regimes democráticos não existem governantes irresponsáveis, e conside- rando o que estabelece sobre o tema a Constituição Federal, PÁG.6 (A) são considerados crimes de responsabilidade aqueles que, contrariando leis complementares, atentaremcontra o patrimônio público e social. (B) admitida a acusação de infração penal comum contra o Presidente da República por três quintos da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Senado Federal. (C) nos casos de crime de responsabilidade, admitida a acusação contra o Presidente da República, compete o julgamento ao Supremo Tribunal Fede- ral. (D) na vigência de seu mandato, poderá o Presidente da República ser responsabilizado por atos não correlatos ao exercício de suas funções, desde que autorizada a acusação pelo Congresso Naci- onal. (E) admitida a acusação contra o Presidente da Re- pública por infrações penais comuns ou por crime de responsabilidade, ficará ele suspenso de suas funções pelo prazo de até cento e oitenta dias. 27. A Constituição Federal assegura a liberdade de reli- gião como direito individual fundamental, (A) mas sujeita o exercício dos cultos religiosos à pré- via autorização administrativa, salvo se praticados em locais abertos ao público. (B) mas não permite a prestação de assistência religi- osa nas entidades militares de internação coletiva por razões de segurança. (C) mas não permite que seja invocada pelo indivíduo para que se exima de obrigação legal imposta a todos, não lhe garantindo a opção pelo cumpri- mento de obrigação alternativa em caso de recusa por motivo religioso. (D) mas exige prévia autorização administrativa para que seja exercida coletivamente em locais abertos ao público, para que não seja prejudicado o exer- cício de outras liberdades. (E) permitindo, nos termos da lei, a prestação de as- sistência religiosa em hospitais públicos. 28. De acordo com o sistema de repartição de competên- cias previsto na Constituição Federal, (A) é vedado aos Municípios suplementar a legislação federal e estadual, ainda que para atender ao inte- resse local. (B) cabe aos Estados estabelecer os requisitos dos contratos de trabalho firmados em seus territórios. (C) cabe à União, aos Estados e aos Municípios legis- lar em regime de concorrência sobre todas as ma- térias. (D) cabe aos Estados legislar, privativamente, sobre normas gerais de licitação e contratação, em to- das as modalidades, para as empresas públicas e sociedades de economia mista estaduais. (E) cabe aos Estados o exercício das competências que não lhes sejam vedadas, além de outras enumeradas pela Constituição, como a explora- ção, direta ou mediante concessão, dos serviços locais de gás canalizado, na forma da lei. 29. Servidor público com 31 anos de idade, nomeado para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público, pretende candidatar-se ao cargo de Governa- dor do Estado. Considerando que o servidor contará com três anos e sete meses de efetivo exercício por ocasião do pleito eleitoral, (A) não poderá candidatar-se, salvo se exonerar-se do cargo público, visto que ainda não terá comple- tado o tempo necessário para a aquisição da es- tabilidade no cargo. (B) poderá candidatar-se, mas ficará afastado de seu cargo efetivo enquanto durar o mandato eletivo, contando-se o seu tempo de serviço nesse perío- do para todos os efeitos legais, exceto para pro- moção por merecimento. (C) poderá candidatar-se, sendo-lhe facultado exercer o cargo efetivo e o mandato eletivo concomitan- temente, desde que haja compatibilidade de horá- rios, situação em que perceberá as vantagens de ambos os cargos. (D) poderá candidatar-se, mas ficará afastado de seu cargo efetivo enquanto durar o mandato eletivo, devendo perder seu cargo público efetivo, no en- tanto, caso fique afastado por mais de dez anos para o exercício de mandato eletivo. (E) não poderá candidatar-se, por não ter preenchido o requisito de elegibilidade quanto à idade mínima, que, para esse cargo eletivo, é de 35 anos. 30. Está em conformidade com os direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal a de- cisão (A) judicial que autoriza a autoridade competente a ingressar no domicílio do réu, durante a noite, sem seu consentimento, para que seja cumprido man- dado de prisão expedido após o trânsito em julga- do de sentença condenatória penal. (B) judicial que autoriza a quebra do sigilo telefônico para fins de investigação criminal ou instrução processual penal, sendo incabível decisão judicial para determinar a mesma providência para fins de instrução processual civil. (C) de membro do Ministério Público que autoriza o ingresso em domicílio, sem consentimento do mo- rador, durante o dia, para que seja preso o deve- dor de obrigação alimentícia. (D) de membro do Ministério Público que determina a suspensão das atividades de associação que per- siga fins ilícitos. (E) administrativa segundo a qual o direito à razoável duração do processo e aos meios que garantam a celeridade de sua tramitação não se aplica no âmbito administrativo, mas apenas no judicial. PÁG.7 31. Acerca dos atos administrativos e do Poder de Polícia, é correto afirmar que: (A) a licença é o ato administrativo editado a partir do poder discricionário da administração pública, con- ferindo ao particular o direito à prática de determi- nada atividade de natureza privada; (B) a permissão condicionada pode ser revogada a qualquer tempo, desde que obedecidos os crité- rios de conveniência e oportunidade; (C) o consentimento de polícia, de acordo com a juris- prudência do Superior Tribunal de Justiça, é pas- sível de delegação a um particular; (D) os denominados atos de consentimento, tais como licença, autorização e permissão, têm natu- reza declaratória, ou seja, limitam-se a enunciar um direito do particular; (E) a admissão é espécie de ato administrativo edita- do para que seja admitido ao serviço público o candidato regularmente aprovado em concurso de provas ou de provas e títulos. 32. Maria é médica e pretende prestar concurso público, com a intenção de obter mais de um cargo público. A propósito do tema, é correto afirmar que: (A) é ilícita a acumulação de cargo de médico de um hospital público com o cargo de professor de uma universidade pública; (B) na acumulação remunerada de cargos públicos, o limite remuneratório incide sobre a soma das re- munerações percebidas pelo servidor público; (C) a administração pública deverá adequar a carga horária da servidora para possibilitar a acumula- ção remunerada de cargos; (D) o cargo de auditor do Tribunal de Contas poderá ser acumulado com o cargo de médico, pois am- bos são cargos com profissão regulamentada; (E) no âmbito do Estado, a acumulação de cargo téc- nico-científico com um cargo de professor é condi- cionada à correlação de matérias entre os cargos. 33. Acerca da responsabilidade civil extracontratual do Estado, é correto afirmar que: (A) há responsabilidade do Estado por danos causa- dos a particulares decorrentes de lei declarada inconstitucional pelo Poder Judiciário; (B) a responsabilidade civil das concessionárias e permissionárias de serviço público pressupõe a existência de falha na prestação do serviço; (C) o Estado é solidariamente responsável por quais- quer danos decorrentes de condutas das conces- sionárias e permissionárias de serviços públicos; (D) o direito de regresso é exercido pelo Estado con- tra seus agentes que, agindo no horário de traba- lho, tenham intencionalmente dadocausa a da- nos a terceiros; (E) a indenização devida pelo Estado à vítima deve ser proporcional ao grau de culpabilidade do agen- te estatal causador do dano. 34. A Constituição de 1988 procurou cuidar de vários te- mas sobre os servidores públicos, como o teto remu- neratório; a perspectiva da revisão geral dos valores vencimentais e a estabilidade. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir: I. A percepção de subsídio por servidor público ex- clui o direito a quaisquer outras vantagens, inclu- sive diárias e verbas indenizatórias. II. A revisão geral anual da remuneração dos servi- dores públicos se dá de forma automática, pres- cindindo de lei que a preveja. III. A estabilidade alcança os empregados públicos que hajam sido admitidos por aprovação em con- curso público de provas ou provas e títulos. São corretas as seguintes alternativas: (A) I, II e III; (B) somente I e II; (C) somente I e III; (D) somente II e III; (E) nenhuma delas. 35. Uma ambulância do Município, ao transportar um pa- ciente de emergência, com os avisos luminosos e so- noros ligados, atropelou um pedestre que atravessava a rua fora da faixa, distraído com o seu telefone celu- lar. Considerando o tema da responsabilidade civil da Administração Pública, assinale a afirmativa correta. (A) Está configurada a responsabilidade civil do Muni- cípio, com suporte na teoria do risco integral, que afasta a necessidade de demonstração de culpa. (B) A responsabilidade civil do Município está afasta- da, mas o motorista da ambulância responde pe- los danos causados, se agiu com culpa. (C) A responsabilidade do Município, no caso, depen- de da presença dos seguintes elementos: ação do agente estatal, dano, nexo de causalidade e culpa. (D) Não se configura, no caso descrito, a responsabi- lidade do Município, uma vez que as pessoas jurí- dicas de direito público somente respondem por atos ilícitos. (E) A responsabilidade do Município independe da demonstração de culpa do agente público, mas pode ser mitigada ou mesmo excluída caso seja demonstrada a culpa concorrente ou exclusiva da vítima. 36. O Estado X pretende criar uma empresa pública para atuar no financiamento de projetos de desenvolvimen- to sustentável para pequenos produtores rurais. Con- siderando a disciplina constitucional a respeito das empresas públicas, assinale a afirmativa incorreta. PÁG.8 (A) Apesar de o seu pessoal estar sujeito ao regime trabalhista próprio das empresas privadas, não se dispensa a realização de concurso público. (B) Somente por lei complementar pode ser autoriza- da a criação de empresa pública. (C) Empresa pública está sujeita à exigência de prévia licitação para a compra de bens e para a contrata- ção de serviços. (D) Sua formação societária será, obrigatoriamente, uma sociedade anônima, podendo ter capital aber- to ou fechado. (E) A empresa pública que explore atividade econô- mica não poderá gozar de privilégios fiscais não extensivos às empresas do setor privado. 37. A respeito dos agentes públicos, analise as afirmativas a seguir. I. O servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão está sujeito ao Regime Geral de Previ- dência Social. II. O servidor temporário está sujeito, enquanto man- tiver o vínculo, ao Regime Próprio de Previdência do Servidor Público. III. Um servidor efetivo, ocupante de cargo técnico, não pode acumular o seu cargo com outro de igual natureza, mas pode fazê-lo em relação aos em- pregos públicos. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa III estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e II estiverem corre- tas. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corre- tas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 38. Após várias denúncias, o Poder Público municipal realizou vistoria ao mercado “Super Vende Tudo”. Nessa oportunidade, verificou-se que vários produtos estavam com o prazo de validade vencido. Foi deter- minada, então, como medida de polícia, a interdição temporária do estabelecimento, durante o período ne- cessário ao recolhimento das mercadorias vencidas. O gerente do mercado, entretanto, recusou-se a permitir a retirada das mercadorias, argumentando que não havia qualquer decisão judicial que amparasse o com- portamento dos fiscais. A esse respeito, assinale a afirmativa correta. (A) Não é possível aos agentes de fiscalização deter- minar a interdição do estabelecimento e o reco- lhimento de mercadorias, uma vez que não foram garantidos ao particular o contraditório e a ampla defesa. (B) A interdição do estabelecimento e o recolhimento das mercadorias, como atos de polícia, são autoe- xecutórios, dispensando prévia decisão judicial e admitindo o diferimento do contraditório e da am- pla defesa para momento posterior. (C) A interdição temporária de estabelecimento e o recolhimento de mercadorias não estão ampara- dos pelo chamado poder de polícia, uma vez que este somente tem por objeto a preservação da segurança pública. (D) As medidas de fiscalização de polícia somente podem resultar, como sanção, na aplicação de multa, não se admitindo as medidas de interdição de estabelecimento e recolhimento de mercadori- as. (E) A interdição do estabelecimento e o recolhimento das mercadorias não poderiam ser determinados pelos agentes de fiscalização, uma vez que não há decisão judicial que legitime tais atos. 39. José da Silva, que ocupou o cargo de Secretário de Estado de Administração, mas já não possui qualquer vínculo com o Poder Público, responde a uma ação de improbidade, com fundamento na prática de ato que causa prejuízo ao erário, por ter autorizado o uso de uma série de imóveis do Estado por um particular, sem qualquer remuneração e sem a observância de qualquer formalidade legal. Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta. (A) José da Silva não pode responder por improbida- de, uma vez que não é servidor ocupante de cargo efetivo. (B) José da Silva, caso seja condenado pelo ato de improbidade, poderá estar sujeito à perda dos di- reitos políticos. (C) A ação de improbidade em face de agente público é imprescritível. (D) Na ação de improbidade, qualquer que seja o fun- damento, é necessário demonstrar o dolo do agente. (E) Eventual condenação de José da Silva na ação de improbidade afastará, obrigatoriamente, qualquer outra sanção civil, penal ou administrativa. 40. Prefeito Municipal, no exercício da função e utilizando verba pública, determinou a confecção e distribuição de milhares de panfletos, às vésperas do dia dos pais, com os seguintes dizeres: “O Prefeito Fulano, na qua- lidade de melhor administrador público do país e ver- dadeiro pai para seus administrados, deseja feliz dia dos pais a todos. Nas próximas eleições, continuem me prestigiando com o seu voto!”. Essa conduta do agente político feriu, frontal e mais diretamente, os seguintes princípios administrativos expressos no art. 37, caput, da Constituição Federal: (A) probidade e pessoalidade; (B) indisponibilidade e legalidade; (C) autotutela e igualdade; (D) impessoalidade e moralidade; (E) isonomia e eficiência. PÁG.9 41. Sobre o regime disciplinaraplicado ao Policial Civil do Estado, é correto afirmar: (A) A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que corresponda à prática de crime contra a Fazenda Pública ou a terceiros. (B) A importância da indenização na responsabilidade civil será descontada do vencimento e o desconto não excederá a décima parte do valor destes, mesmo nos casos de alcance, desfalque, remis- são ou comissão em efetuar recolhimento ou en- trada nos prazos legais. (C) Em caso de prejuízo a terceiros, o servidor res- ponderá perante o Estado, através de ação re- gressiva proposta depois de transitar em julgado a decisão judicial, que houver condenado a Fazenda Pública a indenizar o terceiro prejudicado. (D) A apuração da responsabilidade funcional será procedida através de Sindicância ou de Processo Administrativo, onde não será assegurado o con- traditório e ampla defesa, o que só será deferido no âmbito judicial. (E) O exercício da legítima defesa e do estado de ne- cessidade serão causas de extinção da responsa- bilidade administrativa quando não houver exces- so na conduta funcional. 42. São deveres atribuídos ao Policial Civil do Estado, em conformidade com a Lei nº 12.124/93: I. zelar pela economia e conservação dos bens do Estado, salvo daqueles que lhe sejam entregues para guarda ou utilização. II. prestar informação correta e de modo polido à par- te ou encaminhar o solicitante a quem a caiba prestar. III. portar a carteira de identidade funcional e apre- sentá-la mesmo fora do exercício funcional. IV. ser leal para com os companheiros de trabalho, com eles cooperar e manter o espírito de solidari- edade. V. frequentar com assiduidade, cursos de aperfeiço- amento, atualização e especialização instituídos pela Academia de polícia. (A) II e IV. (B) II, IV e V. (C) I e V. (D) I, II e IV. (E) II, III e V. 43. A respeito da lei penal no tempo e no espaço, julgue os seguintes itens, tendo como referência o Código Penal e a jurisprudência dos tribunais superiores. I. A lei penal mais benéfica retroagirá em benefício do réu, de acordo com o princípio da retroativida- de benéfica penal. II. Em relação ao tempo do crime, o direito penal brasileiro adota a teoria da atividade. III. Em relação ao lugar do crime, o direito penal bra- sileiro adota a teoria do resultado. IV. A lei penal mais benéfica aplica-se ao crime conti- nuado ou ao crime permanente, ainda que ocorra superveniência de lei penal mais gravosa ao longo da atividade delitiva. Estão certos apenas os itens (A) I e II. (B) I e IV. (C) II e III (D) I, III e IV. (E) II, III e IV. 44. À luz das disposições do Código Penal acerca do erro, julgue os itens a seguir. I. De acordo com a teoria da culpabilidade adotada pelo Código Penal, todo erro que recai sobre uma causa de justificação configura erro de proibição. II. No chamado aberratio ictus, quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, em vez de vitimar a pessoa que pretendia ofender, o agente atingir pessoa diversa, consideram-se as condi- ções e qualidades não da vítima, mas da pessoa que o agente pretendia atingir. III. O erro sobre elemento constitutivo do tipo penal exclui o dolo, se inevitável, ou diminui a pena de um sexto a um terço, se evitável. IV. Constitui crime impossível a prática de conduta delituosa induzida por terceiro que assegure a im- possibilidade fática da consumação do delito. Estão certos apenas os itens (A) I e III. (B) I e IV. (C) II e IV. (D) I, II e III. (E) II, III e IV. 45. Potêncio pratica o furto de diversos bens valiosos que retirou da residência de Ana. Após dois anos do even- to ilícito, no curso das investigações policiais, a vítima recebe os seus bens de volta com um bilhete pedindo desculpas pelo evento ilícito ocorrido. De acordo com a parte geral do Código Penal, o enunciado caracteri- zaria: PÁG.10 (A) o perdão incondicional (B) a desistência voluntária (C) a apropriação temporária (D) o arrependimento posterior (E) a atividade de uso 46. Acerca do erro sobre elementos do tipo é correto afir- mar: (A) Não exclui o dolo, mas reduz a pena de um a dois terços. (B) Configura circunstância atenuante. (C) Configura crime impossível por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto. (D) Exclui a imputabilidade. (E) Exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 47. Ao final das comemorações da noite de Natal com sua família, Paulo, quando deixava o local, acabou por le- var consigo o presente do seu primo Caio, acreditando ser o seu, tendo em vista que as caixas dos presentes eram idênticas. Após perceber o sumiço do seu pre- sente e acreditando ter sido vítima de crime patrimoni- al, Caio compareceu à Delegacia para registrar o ocor- rido, ocasião em que foram ouvidas testemunhas pre- senciais, que afirmaram ter visto Paulo sair com aque- le objeto. Paulo, ao tomar conhecimento da investiga- ção, compareceu em sede policial e indicou onde o objeto estava, sendo o bem apreendido no dia seguin- te em sua residência. Preocupado com sua situação jurídica, Paulo procurou a Defensoria Pública. Sob o ponto de vista jurídico, sua conduta impõe o re- conhecimento de que: (A) ocorreu erro de proibição, afastando a culpabilida- de ou gerando causa de redução de pena, a de- pender de ser considerado vencível ou invencível; (B) foi praticado crime de furto, mas deverá ser reco- nhecida a causa de diminuição de pena do arre- pendimento posterior; (C) houve erro sobre a pessoa, devendo ser conside- radas as características daquele que se pretendia atingir; (D) ocorreu erro de tipo, o que faz com que, no caso concreto, sua conduta seja considerada atípica; (E) houve erro na execução (aberratio ictus), logo a conduta deverá ser considerada atípica. 48. Assinale a alternativa que apresenta crimes que admi- tem a forma culposa. (A) Homicídio, lesão corporal e emprego irregular de verbas ou rendas públicas. (B) Concussão, injúria e dano. (C) Prevaricação, homicídio e omissão de socorro. (D) Homicídio, lesão corporal e peculato. (E) Advocacia administrativa, dano e lesão corporal. 49. Para formação do nexo de causalidade, no sistema legal brasileiro, a superveniência de causa relativa- mente independente (A) não exclui a imputação do resultado supervenien- te. (B) exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado, imputando-se os fatos anteriores a quem os praticou. (C) exclui a imputação quando em concurso com ou- tra concausa produz o resultado, atenuando-se a responsabilidade do autor pelo fato anterior. (D) exclui a imputação quando produz o resultado com restrição da responsabilidade de quem prati- cou o fato subjacente ao limite de sua responsabi- lidade material. (E) exclui parcialmente a imputação, tornando os au- tores responsáveis pelo fato subjacente no limite de suas responsabilidades. 50. Considerando as disposições do Código Penal em relação ao concurso de pessoas, assinale a alternativa INCORRETA. (A) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (B) Se a participação for de menor importância, a pe- na pode ser diminuída de um sexto a um terço.(C) Se algum dos concorrentes quis participar de cri- me menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipóte- se de ter sido previsível o resultado mais grave. (D) Não se comunicam as circunstâncias e as condi- ções de caráter pessoal, ainda que elementares do crime. (E) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 51. Tendo em vista as normas referentes ao concurso de crimes, previstas no Código Penal, assinale a alterna- tiva correta. (A) No crime continuado, que se caracteriza quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, prati- ca dois ou mais crimes, aplicar-se-á a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços). (B) No concurso formal, que se caracteriza quando o agente, mediante duas ou mais ações, pratica 2 (dois) ou mais crimes, aplicar-se-á a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de 1/6 (um sexto) até a metade. (C) No crime continuado, tratando-se de crimes dolo- sos, contra vítimas diferentes, cometidos com vio- lência ou grave ameaça à pessoa, a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, será aumentada, até o dobro. PÁG.11 (D) No concurso material, que se caracteriza quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pra- tica 2 (dois) ou mais crimes, aplicar-se-á a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de 1/6 (um sexto) até a metade. (E) No concurso formal, que se caracteriza quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, prati- ca 2 (dois) ou mais crimes, aplicar-se-á a pena dos crimes, cumulativamente, se se tratar de ação ou omissão dolosa e os crimes concorrentes resul- tem de desígnios autônomos. 52. A respeito das causas excludentes de culpabilidade e de ilicitude previstas no Código Penal, é INCORRETO afirmar: (A) Entende-se em legítima defesa apenas quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, à sua integridade física ou de outrem. (B) A embriaguez, mesmo completa, não exclui a im- putabilidade penal, se voluntária ou mesmo culpo- sa. Se preordenada, enseja ainda a aplicação de agravante genérica na segunda fase da dosimetria da pena. (C) A coação moral irresistível exclui completamente a culpabilidade do agente que pratica a conduta típi- ca, sendo punível apenas o autor da coação, em- bora, no caso de coação resistível, seja punível o agente que, coagido, praticou a conduta, cabendo, nessa segunda hipótese, a aplicação de atenuante genérica na segunda fase de dosimetria da pena. (D) Considera-se em estado de necessidade, o qual exclui a ilicitude, apenas quem pratica o fato típico para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, di- reito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circuns- tâncias, não era razoável exigir-se. Se, porém, era razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. (E) nenhuma das anteriores. 53. No que se refere aos crimes contra a pessoa, é cor- reto afirmar que (A) o homicídio funcional é aquele delito praticado contra autoridade ou agente membro das forças armadas, policiais federais em geral, policiais civis ou militares, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercí- cio da função ou em decorrência dela, ou, ainda, contra seu cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau, em razão dessa condição, incidindo pena privativa de liberdade de doze a vinte anos de reclusão. (B) a prática de feminicídio na presença de descen- dente, ascendente ou colateral da vítima implica no aumento da pena de um sexto a um terço. (C) é incompatível o crime de homicídio simples ten- tado com o caráter hediondo. (D) a pena é duplicada para crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio praticado contra vítima menor ou com diminuição da capacidade de resistência. (E) nenhuma das anteriores. 54. Maria soltou o animal da propriedade vizinha à sua, fazendo-o desaparecer. A ação praticada por Maria é: (A) Crime de dano. (B) Atípica. (C) Crime de furto. (D) Crime de introdução ou abandono de animais em propriedade alheia. (E) Apropriação indébita de animal. 55. Em 07 de julho de 2017, Márcio, primário e de bons antecedentes, subtraiu a carteira de Antônio, mediante grave ameaça exercida com o emprego de uma faca. Ainda na execução, para assegurar que Antônio não fugisse durante o ato de subtração, Márcio segurou a vítima pelo braço por cerca de 1 minuto, impedindo-a de deixar o local dos fatos. Logo após a subtração, po- liciais militares passaram pelo local e foram informa- dos por Antônio sobre o ocorrido, iniciando uma per- seguição ao autor do fato na direção apontada pela ví- tima, vindo Márcio a ser preso, cerca de 10 minutos depois, ainda na posse da coisa subtraída e com a fa- ca utilizada na ação criminosa. Foi constatado que a res furtiva constante no interior da carteira era de aproximadamente R$ 20,00 (vinte reais). Após seu curso regular, com integral confirmação dos fatos, em 13 de fevereiro de 2019, o processo foi encaminhado ao magistrado para sentença. Considerando a situação narrada e a jurisprudência que prevalece nos Tribunais Superiores, Márcio deve- rá ser: (A) condenado pelo crime de roubo majorado apenas pelo emprego de arma, podendo, porém, haver redução da pena em razão da tentativa; (B) condenado pelo crime de roubo majorado apenas pela restrição da liberdade da vítima, na forma consumada; (C) absolvido em razão do reconhecimento da atipici- dade da conduta, com fundamento no princípio da insignificância; (D) condenado pelo crime de roubo simples, na forma tentada; (E) condenado pelo crime de roubo simples, na forma consumada. PÁG.12 56. No dia 23 de abril de 2013, Jailson, aproveitando que sua esposa havia saído de casa para fazer compras, decidiu ir até o quarto de sua enteada Jéssica, que à época contava com 19 anos de idade. Ao perceber que Jéssica estava dormindo, Jailson se aproximou de sua cama, apalpou seus seios e começou a acariciar sua vagina por dentro da calcinha. Ocorre que, nesse momento, o irmão de Jéssica chegou à casa e, ao presenciar a cena, começou a gritar, momento em que Jailson se afastou da jovem e fugiu. O tipo penal em que incorreu Jailson, sem analisar se o delito teria se dado na forma consumada ou tentada, é: (A) Constrangimento ilegal (art. 146, caput, do CP). (B) Estupro (art. 213, caput, do CP). (C) Estupro de vulnerável (art. 217-A, §1º, do CP). (D) Violação sexual mediante fraude (art. 215, caput, do CP). (E) Importunação sexual (art. 215-A, do CP). 57. Sobre o inquérito policial é correto afirmar: (A) Pode a autoridade policial mandar arquivar autos de inquérito, desde que vislumbre, desde logo, a impossibilidade da deflagração de ação penal. (B) Ordenado o arquivamento do inquérito, por falta de base para a denúncia, não poderá mais a auto- ridade policial proceder a novas pesquisas. (C) Não concordando o juiz com a pretensão de ar-quivamento do inquérito, deverá devolvê-lo ao promotor de justiça. (D) O prazo para a sua conclusão é de 30 dias no ca- so de réu preso. (E) O despacho que decide pelo arquivamento do in- quérito é irrecorrível. 58. Em face do que dispõe o Código de Processo Penal, em relação ao inquérito policial, assinalar a alternativa CORRETA: (A) Nos crimes de ação pública o inquérito policial se- rá iniciado somente mediante requisição da auto- ridade judiciária ou do Ministério Público. (B) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o Chefe de Polícia. (C) Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comu- nicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, encaminhará ao Ministério Público. (D) O inquérito, nos crimes em que a ação pública de- pender de representação, poderá sem ela ser ini- ciado. (E) Nenhuma das anteriores. 59. Quanto ao inquérito policial – IP –, analise as asserti- vas e indique a alternativa correta: I. O IP é um procedimento sigiloso, não se esten- dendo o sigilo ao advogado, que poderá ter amplo acesso aos elementos de prova que já estiverem documentados nos autos e se refiram ao exercício do direito de defesa. II. Nas hipóteses de ação penal pública, condiciona- da ou incondicionada, a autoridade policial deverá instaurar, de ofício, o inquérito, sem que seja ne- cessária a provocação ou a representação. III. No inquérito policial, o ofendido, ou seu represen- tante legal, e o indiciado poderão requerer qual- quer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. IV. A polícia judiciária tem total autonomia em relação ao MP. (A) Apenas as assertivas I e III são verdadeiras. (B) Apenas as assertivas I e IV são verdadeiras. (C) Apenas as assertivas II e III são verdadeiras. (D) Apenas as assertivas II e IV são verdadeiras. (E) Apenas as assertivas III e IV são verdadeiras 60. Indique o meio de prova que prescinde de autorização judicial para a sua produção. (A) Gravação ambiental (B) Interceptação de conversa telefônica (C) Transcrição de dados constantes de aplicativo tipo Whatsapp constante em aparelho celular apreen- dido (D) Interceptação de dados de telemática (E) Quebra do sigilo de dados de informática 61. Quanto à prova e aos seus meios de produção no processo penal, assinale a opção correta. (A) A acareação no processo penal é admitida entre acusados ou entre estes e testemunhas, sendo legalmente vedado tal procedimento entre acusa- do ou testemunha e a pessoa ofendida. (B) O interrogatório, a ser realizado em momento an- terior à inquirição das testemunhas e da produção de outras provas, constitui ato restrito à autoridade judiciária e ao acusado, não podendo o defensor do acusado intervir ou influir, de qualquer modo, nas perguntas e nas respostas. (C) Estão dispensados de depor na condição de tes- temunha o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que separado ou di- vorciado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado. (D) A lei não prevê qualquer medida coercitiva contra o ofendido que, intimado para depor, deixar de comparecer em juízo, com ou sem justificado mo- tivo, porquanto sua inquirição no processo não é obrigatória. PÁG.13 (E) Para os fins de prova documental a ser formaliza- da na ação penal, consideram-se documentos apenas os escritos, instrumentos ou papéis públi- cos cuja originalidade possa ser oficialmente com- provada. 62. No que diz respeito às provas no processo penal, as- sinale a opção correta. (A) Para se apurar o crime de lesão corporal, exige-se prova pericial médica, que não pode ser suprida por testemunho. (B) Se, no interrogatório em juízo, o réu confessar a autoria, ficará provada a alegação contida na de- núncia, tornando-se desnecessária a produção de outras provas. (C) As declarações do réu durante o interrogatório de- verão ser avaliadas livremente pelo juiz, sendo va- liosas para formar o livre convencimento do ma- gistrado, quando amparadas em outros elementos de prova. (D) São objetos de prova testemunhal no processo penal fatos relativos ao estado das pessoas, co- mo, por exemplo, casamento, menoridade, filiação e cidadania. (E) O procedimento de acareação entre acusado e testemunha é típico da fase pré-processual da ação penal e deve ser presidido pelo delegado de polícia. 63. Sobre as provas no processo penal, (A) após realização do reconhecimento pessoal, deve ser lavrado auto pormenorizado, subscrito pela au- toridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presen- ciais. (B) em virtude do princípio do livre convencimento motivado, o juiz pode suprir a ausência de exame de corpo de delito, direto ou indireto, pela confis- são do acusado nos crimes que deixam vestígios. (C) de acordo com o sistema acusatório, o interrogató- rio é o ato final da instrução, não podendo ocorrer mais de uma vez no mesmo processo. (D) segundo a Convenção Americana de Direitos Hu- manos, a confissão do acusado só é válida se fei- ta sem coação de nenhuma natureza, de modo que não há mácula na confissão informal feita no momento da prisão quando apenas induzida por policiais. (E) diante da notícia concreta de tráfico de drogas e da presença de armas em determinada favela, é possível a expedição de mandado de busca domi- ciliar para todas as casas da comunidade. 64. A prisão em flagrante consiste em medida restritiva de liberdade de natureza cautelar e processual. Em rela- ção às espécies de flagrante, assinale a alternativa correta. (A) Flagrante próprio constitui-se na situação do agen- te que, logo depois, da prática do crime, embora não tenha sido perseguido, é encontrado portando instrumentos, armas, objetos ou papéis que de- monstrem, por presunção, ser ele o autor da infra- ção. (B) Flagrante preparado é a possibilidade que a polí- cia possui de retardar a realização da prisão em flagrante, para obter maiores dados e informações a respeito do funcionamento, componentes e atu- ação de uma organização criminosa. (C) Flagrante presumido consiste na hipótese em que o agente concluiu a infração penal, ou é interrom- pido pela chegada de terceiros, mas sem ser pre- so no local do delito, pois consegue fugir, fazendo com que haja perseguição por parte da polícia, da vítima ou de qualquer pessoa do povo. (D) Flagrante esperado é a hipótese viável de autori- zar a prisão em flagrante e a constituição válida do crime. Não há agente provocador, mas simples- mente chega à polícia a notícia de que um crime será cometido, deslocando agentes para o local, aguardando-se a ocorrência do delito, para reali- zara prisão. (E) Flagrante impróprio refere-se ao caso em que a polícia se utiliza de um agente provocador, indu- zindo ou instigando o autor a praticar um determi- nado delito, para descobrir a real autoridade e ma- terialidade de outro. 65. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encon- tre serão comunicados imediatamente ao juiz compe- tente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada e: (A) Em até 48 (quarenta e oito) horas após a realiza- ção da prisão, será encaminhado ao juiz compe- tente o auto de prisão em flagrantee, caso o au- tuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. (B) Em até 12 (doze) horas após a realização da pri- são, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não in- forme o nome de seu advogado, cópia integral pa- ra a Defensoria Pública. (C) Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. (D) Em até 36 (trinta e seis) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. (E) Nenhuma das anteriores. PÁG.14 66. Tem em curso, perante Promotoria de Investigação Criminal, inquérito policial instaurado para apurar a prática do crime de receptação qualificada (art. 180, §1º - pena: 03 a 08 anos de reclusão e multa). Antes da denúncia, o Ministério Público formula apenas re- querimento de busca e apreensão, encaminhando os autos ao juízo e solicitando que, após decisão, sejam encaminhados para Delegacia para prosseguimento das investigações. Ao analisar o pedido, o juiz defere o requerimento ministerial de busca e apreensão e, ainda, decreta a prisão preventiva do indiciado. De acordo com o Código de Processo Penal, a decisão do juiz foi: (A) incorreta, pois não cabe, em hipótese alguma, pri- são preventiva decretada de ofício no processo penal; (B) válida, pois o juiz pode, a qualquer momento das investigações ou da ação penal, decretar a prisão preventiva do indiciado/acusado de ofício; (C) incorreta, pois a pena prevista ao delito não admi- te a decretação de prisão preventiva, já que o cri- me foi praticado sem violência; (D) incorreta, pois decretada de ofício no curso das investigações e não no curso de ação penal; (E) válida, pois no momento em que o Ministério Pú- blico formulou requerimento de busca e apreen- são, a decisão do magistrado de decretar a prisão não é considerada de ofício. 67. No curso de um IP, segundo a Lei n.º 7.960/1989, será possível decretar a prisão temporária do indiciado quando, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, houver fundadas razões de autoria ou participação dele no delito, se o crime investigado for o de (A) estelionato. (B) roubo. (C) extorsão indireta. (D) apropriação indébita. (E) furto qualificado. 68. Observe as situações: • Cláudio responde a IP por supostamente ter co- metido crime sujeito a pena de reclusão. • Ana é ré em processo criminal por supostamente ter cometido crime sujeito a pena de detenção. • Clóvis responde a IP por supostamente ter come- tido crime sujeito a pena de detenção. Nessas situações hipotéticas, poderá ocorrer a inter- ceptação das comunicações telefônicas (A) de Cláudio e de Clóvis, mediante requerimento da autoridade policial. (B) somente de Ana, por meio de requerimento do re- presentante do MP. (C) somente de Clóvis, mediante requerimento do re- presentante do MP. (D) de Ana, de Clóvis e de Cláudio, por meio de des- pacho de ofício do juiz ou mediante requerimento da autoridade policial ou do representante do MP. (E) somente de Cláudio, por meio de despacho de ofício do juiz. 69. Sobre os crimes contra as relações de consumo do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.069/90) mar- que o item incorreto (A) São circunstâncias agravantes dos crimes tipifica- dos código de Defesa do Consumidor: quando cometidos em detrimento de rurícola. (B) São circunstâncias agravantes dos crimes tipifica- dos código de Defesa do Consumidor: quando cometidos em detrimento de menor de dezoito anos. (C) São circunstâncias agravantes dos crimes tipifica- dos código de Defesa do Consumidor: quando cometidos em detrimento maior de sessenta anos. (D) São circunstâncias agravantes dos crimes tipifica- dos código de Defesa do Consumidor: quando cometidos em detrimento de pessoas portadoras de deficiência mental, interditadas ou não; (E) São circunstâncias agravantes dos crimes tipifica- dos código de Defesa do Consumidor: quando cometidos em detrimento de gestante. 70. Sobre os crimes contra as relações de consumo do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.069/90), mar- que o item incorreto: (A) Em todos os crimes há a previsão de pena privati- va de detenção. (B) Nos crimes lá previstos há a previsão da pena de multa, que poderá ser aplicada de forma isolada ou cumulativamente, conforme o tipo penal. (C) Podem ser impostas, cumulativa ou alternadamen- te, observado o disposto Código Penal, a pena de a interdição temporária de direitos. (D) Podem ser impostas, cumulativa ou alternadamen- te, observado o disposto Código Penal, a publica- ção em órgãos de comunicação de grande circu- lação ou audiência, às expensas do condenado, de notícia sobre os fatos e a condenação; (E) Podem ser impostas, cumulativa ou alternadamen- te, observado o disposto Código Penal, a pena de prestação pecuniária. 71. De acordo com a lei de antidrogas (Lei 11.343/06) e sua respectiva atualização, a destruição das drogas apreendidas (A) Com a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando- se amostra necessária à realização do laudo defi- nitivo. PÁG.15 (B) sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 15 (quinze) dias contados da data da apreensão, guardando- se amostra necessária à realização do laudo defi- nitivo. (C) sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, imediatamente, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definiti- vo. (D) sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando- se amostra necessária à realização do laudo defi- nitivo. (E) sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. 72. De acordo com a Lei de antidrogas (Lei 11.343/06), alterada pela Lei nº 13.840, de 5 de Junho de 2019 , o tratamento do usuário ou dependente de drogas deve- rá ser ordenado em uma rede de atenção à saúde, com prioridade para as modalidades de tratamento ambulatorial, incluindo excepcionalmente formas de in- ternação em unidades de saúde e hospitais gerais nos termos de normas dispostas pela União e articuladas com os serviços de assistência social e em etapas. Nesse sentido, todas as internações e altas de que trata a Lei deverão ser informadas (A) Imediatamente ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização, por meio de sistema informatizado único, na forma do regulamento desta Lei. (B) em, no máximo, de 24 (vinte e quatro) horas, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização, por meio de sistema infor- matizado único, na forma do regulamento desta Lei. (C) em, no máximo, de 48 (quarenta e oito) horas, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização, por meio de sistemainfor- matizado único, na forma do regulamento desta Lei. (D) em, no máximo, de 60 (sessenta) horas, ao Minis- tério Público, à Defensoria Pública e a outros ór- gãos de fiscalização, por meio de sistema informa- tizado único, na forma do regulamento desta Lei. (E) em, no máximo, de 72 (setenta e duas) horas, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização, por meio de sistema infor- matizado único, na forma do regulamento desta Lei. 73. Quando preenchidos os requisitos legais do art. 12-C Lei Maria da Penha, o Delegado de polícia ou policial deverão determinar a medida protetiva de urgência prevista no respectivo dispositivo legal. Nesse caso, o juiz será comunicado (A) imediatamente e decidirá sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ci- ência ao Ministério Público concomitantemente. (B) no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciên- cia ao Ministério Público concomitantemente. (C) no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciên- cia ao Ministério Público concomitantemente. (D) no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Públi- co concomitantemente. (E) no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá imediatamente sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciên- cia ao Ministério Público concomitantemente. 74. e acordo com a ei aria da Penha, art. – , verificada a e ist ncia de risco atual ou iminente vi- da ou integridade f sica da mulher em situa o de violência doméstica e familiar, ou de seus dependen- tes, é possível que o delegado de polícia (quando o Município não for sede de comarca); ou o policial (quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia) conceda a(s) seguinte(s) medida protetivas de urgên- cia (A) suspensão da posse ou restrição do porte de ar- mas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; bem como a prestação de alimentos provi- sionais ou provisórios. (B) afastamento do lar, domicílio ou local de convi- vência com a ofendida; (C) proibição de determinadas condutas, entre as quais: aproximação da ofendida, de seus familia- res e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor. (D) restrição ou suspensão de visitas aos dependen- tes menores, ouvida a equipe de atendimento mul- tidisciplinar ou serviço similar. (E) qualquer medida protetiva de urgência prevista na Lei Maria da penha. 75. Não constitui abuso de autoridade: (A) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder. PÁG.16 (B) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei; (C) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz com- petente a prisão ou detenção de qualquer pessoa; (D) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada; (E) levar à prisão e nela deter quem quer que se pro- ponha a prestar fiança, vedada em lei. 76. Sobre o crime de tortura, marque o item incorreto (A) O crime de tortura é inafiançável; (B) O crime de tortura é insuscetível de graça; (C) O crime de tortura é de anistia. (D) O crime de tortura é imprescritível. (E) O crime de tortura não é crime hediondo. 77. Marque o crime de tortura punido com detenção (A) Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causan- do-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação, declaração ou confissão da ví- tima ou de terceira pessoa. (B) Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causan- do-lhe sofrimento físico ou mental para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; (C) Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causan- do-lhe sofrimento físico ou mental: em razão de discriminação racial ou religiosa; (D) Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou auto- ridade, com emprego de violência ou grave amea- ça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de ca- ráter preventivo. (E) Pratica crime de tortura aquele que se omite em face das condutas de tortura, quando tinha o de- ver de evitá-las ou apurá-las. 78. Aponte o crime que não é tipificado como crime hedi- ondo (A) homicídio é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; (B) homicídio contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, inte- grantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, com- panheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição. (C) Crime de roubo, quando da violência resulta mor- te. (D) Crime de extorsão, quando da violência resulta morte. (E) Crime de extorsão, quando o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e es- sa condição é necessária para a obtenção da van- tagem econômica. 79. Não serão submetidos, obrigatoriamente, à identifica- ção do perfil genético, mediante extração de DNA - ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e in- dolor (A) Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra pessoa. (B) Os condenados por tráficos de drogas, previsto na lei 11.343 de 2006. (C) Os condenados por crime de estupro. (D) Os condenados por crime de genocídio previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de ou- tubro de 1956; (E) Os condenados por crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, to- dos tentados ou consumados. 80. Sobre o trabalho externo do preso, previsto na Lei de Execução Penal, marque o item incorreto. (A) O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. (B) O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados na obra. (C) Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a remuneração desse tra- balho. (D) A prestação de trabalho à entidade privada inde- pende do consentimento expresso do preso. (E) A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena. RASCUNHO PÁG.17
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