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Trabalho Historia-palestina e conflitos arabe-israelenses(individual)

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PALESTINA E OS CONFLITOS ÁRABE-ISRAELENSES
Gabriela Fernandes Barreto
Nº de matrícula: 0017956
Discente do curso de Mineração
Turma D3IMIN1
INTRODUÇÃO
Tantos conflitos e uma pergunta: de que lado está à razão para estarem em constante conflito? Palestina, essa terra que foi motivo dos conflitos que ocorreu entre árabes e judeus, que também relaciona questões políticas e religiosas, ainda vive um drama enorme. Essa guerra entre esses povos que ocorre no Oriente Médio é um terror que abala o mundo. O texto de Keila Grinberg, o documentário de Simone Bitton e a monografia de Lorena Senna mostram muito bem toda história que ocorreu no Oriente Médio. Dois povos lutando por uma região, por uma identidade. Esses conflitos tiveram origem com a criação do Estado de Israel. Será que tudo o que é apresentado sobre essa história traz uma resposta, um motivo que faça com que entendemos o porquê de tantos confrontos, e se um dia isso irá acabar. A questão da Palestina relaciona vários acontecimentos como, por exemplo, o sofrimento do povo judeu com o anti-semitismo europeu até a questão do petróleo. Essa história começa a partir do final do século XIX, com a migração em massa de judeus para a Palestina. 
TANTOS CONFLITOS POR UMA PALESTINA
Os judeus se espalharam pelo mundo depois que seus templos em Jerusalém foram destruídos pelos romanos, e somente no século XIX os judeus decidiram e se organizaram para construir um estado nacional judeu, e a Palestina foi escolhida. Surge o sionismo, um movimento que prega o retorno dos judeus a Terra Prometida, da qual se defendia os direitos dos judeus de terem um estado nacional. Essa época é marcada com as perseguições de judeus, o anti-semitismo se intensifica na Europa, principalmente na Alemanha, e começa um grande genocídio aos judeus. Com isso, o apoio de criar um estado judaico aumenta. O Império Otomano entra em crise, e a Palestina é controlada pelo Reino Unido.
No inicio os árabes e os judeus conviviam bem. O povo judeu comprava terras de proprietários árabes e se instalavam. Eles ajudaram muito e trouxeram benefícios ao povo da região no início. Mas por que veio tanta revolta depois? A questão era que a imigração de judeus cada vez mais aumentava, e com isso o povo árabe começou a se sentir incomodado e ameaçado por estarem cada vez mais perdendo seu espaço. A partir disso começou vários conflitos, por causa do território.
Em 1947, já com a situação fora de controle, ás Nações Unidas decide por um fim no mandato dos ingleses e dividir o território em duas partes, um para os árabes e outro para os judeus. Os árabes não aceitam acreditando que seria uma injustiça e uma derrota para eles. Tem-se uma idéia para refletir: “A situação é compreensível - para quem não tinha nada, qualquer proposta é uma vitória, mas para quem ocupava o território inteiro, a mínima cessão já significaria uma derrota (...)” (GRINBERG, 2002, p.107), essa idéia justifica o motivo da revolta do povo árabe. Os árabes estavam se sentindo prejudicados e ameaçados de perderem seu território para o povo judeu que cada vez mais ocupava mais espaço.
O Estado de Israel é fundado em 1948, “De certo, pode-se considerar esse um dos dias mais importantes para o povo judeu, e ao mesmo tempo, o mais lamentável para o povo árabe-Palestino.” (SENNA, 2008, p.23). Os países árabes revoltados com a criação do Estado de Israel começam a atacar, é o inicio de uma guerra. Os israelenses derrotam os países árabes, e expandem suas fronteiras além do que a ONU determinou.
Líderes dos países árabes criam a OLP (Organização pela Libertação da Palestina), sob o controle do Egito, tinha o objetivo de criar o Estado da Palestina e acabar com o Estado de Israel. Também foi criado um movimento palestino, o Fatah liderado por Iasser Arafat. Depois de um tempo Arafat se torna líder da OLP. Na Guerra de Seis Dias, em 1967, Israel vence mais um confronto. Israelenses derrubaram a força aérea egípcia, e conquista o território da Cisjordânia, Sinai, Jerusalém, faixa de Gaza e as colinas de Golã. Mas depois de assinarem um acordo com governo egípcio os israelenses se retiraram da faixa de Gaza. O Estado de Israel demonstrava que era um país militarmente muito forte naquela região. 
Outro conflito que ocorreu foi em 1973, Egito e Síria invadem Israel no Dia do Perdão (Yom Kippur), com o objetivo de recuperar seus territórios perdidos. Surpreendidos com o ataque árabe, israelenses contam com o apoio dos EUA. Os países árabes usam uma estratégia, “usaram o petróleo como arma política: ameaçando reduzir a produção enquanto Israel continuasse ocupando terras árabes.” (GRINBERG, 2002, p.115), essa estratégia teve sucesso. E o petróleo sendo usado como arma, EUA com seus interesses para ser um mediador entre os confrontos, e com URSS tentam criar uma solução para os conflitos. 
Entre outros confrontos que ocorreram, chega um momento em que a OLP entra em crise. Com tantos conflitos e perda de territórios os palestinos reagem com a intifada ou “revolução das pedras”, em que usavam como armas pedras e paus e atacavam os soldados israelenses. Arafat aproveita e usa a intifada como instrumento de propaganda, com medo de perder o controle do povo palestino. Em 1988, no Conselho Nacional Palestino, Arafat anuncia reconhecimento do Estado de Israel e o fim do terrorismo. 
A primeira conferência de paz foi em 1991, mais o que não levou a nada. Somente depois de algumas negociações, em 1993, o primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin e Iasser Arafat aceitam os termos do acordo de Oslo, e realizam um aperto de mãos histórico como símbolo da paz, sob a presença do presidente Bill Clinton.
Mesmo depois de tanto conflito e algumas negociações, a violência parecia não ter limites. Yitzhak Rabin é assassinado por um judeu, que afirmava que Rabin estava impedindo o processo messiânico. Em 1996 Benjamin Netanyahu assume o governo israelense, e promete acabar com as negociações com os palestinos. “Tal posição radical fez com que os Estados Unidos interferissem e pressionassem o novo governo israelense, obrigando-o a fazer concessões, que resultaram nos acordos de Wye, em 1998.” (SENNA, 2008, p.36). 
Em 2000 ocorre a Segunda Intifada ou a intifada de Al-Aqsa que representava a resistência palestina contra a ocupação de israelenses na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. A partir disso aumentaram os atentados terroristas. 
Terror, essa é uma palavra que fica fixada em nossa mente. O documentário de Bitton possui cenas que demonstram claramente o drama que as pessoas passavam e ainda passam por consequência desses conflitos. Tanto Bitton como Grinberg demonstram e relatam muito bem a história da Palestina, e o que se entende não só nessas obras, como em outros, é que um convívio forçado entre diferentes costumes pode não dar muito certo. E um confronto que começou com uma disputa por terras se tornou uma guerra, faz pensar se algum dia tudo isso terá um fim.
CONCLUSÃO
Ao longo do tempo a relação entre palestinos e israelenses foi perdendo o controle. Desde que o povo árabe foi perdendo seu espaço e os judeus sendo atacados, não tem como apontar quem é o culpado e quem está com a razão nessa história. Tantos conflitos e acordos nessa longa trajetória mostram como essa guerra parece não ter um fim. Esse conflito entre esses dois povos foi além do que uma briga por uma terra, que com o tempo criaram um ódio muito grande um pelo outro. Parece que não há nada que faça esses conflitos pararem. 
REFERÊNCIAS
Palestina: História de uma Terra. Direção: Simone Bitton. França. 1992. 115min. 
GRINBERG, Keila. O mundo árabe e as guerras árabe-israelenses. In: REIS FILHOS, Daniel A., FERREIRA, Jorge, ZENHA, Celeste. O século XX o tempo das incertezas. Vol.3. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.p. 97-131. 
SENNA, Lorena Estrela de. Israel e Palestina: Aspectos históricos, táticos e a situação da paz. 2008. 67p. Monografia para obtenção de título de bacharel em Línguas Estrangeiras Aplicadas ás Negociações Internacionais - Universidade Estadualde Santa Cruz, Bahia, 2008.

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