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OS INDICADORES SOCIAIS E ESTATÍSTICOS PARA A INTERVENÇÃO PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL – NA ÁREA DE TRABALHO, RENDA E POBREZA NO BRASIL. Acadêmicos1 Andreza Tomé Diego Pizzetti Cipriano Gladys Lenuzia kestering Manuela Francisconi Lopes Priscila de Oliveira Costa Rosane Ugioni Tutora Externa2 Samara Corrêa Demétrio Bilh RESUMO O presente trabalho tem por objetivo caracterizar os principais pontos para apresentação dos trabalhos através de uma reflexão sobre a importância dos indicadores sociais para a construção de políticas públicas adequadas para a atuação do serviço social, onde através desses indicadores o Índice de Desenvolvimento Humano criado pela ONU para tentar medir o grau econômico e, principalmente, como as pessoas estão vivendo nos países de todo o mundo. Sendo assim este trabalho busca discutir sobre a importância dos indicadores sociais. Indicadores Sociais, esses que são estatísticas sobre aspectos da vida de uma nação que, em conjunto retratam o estado social dessa nação e permite conhecer o nível de desenvolvimento social. Palavras-chave: Indicadores Sociais, Estatística, Serviço Social. 1 INTRODUÇÃO No âmbito do Serviço Social, indagava – nos em saber por que a Estatística era disciplina curricular da grade do curso. Ao longo dos nossos estudos, podemos compreender que para elaborar projetos, implantar políticas públicas, coordenar e implementar programas e ações são necessários dados que vão gerar informações possibilitando caracterizar qual ou quais são as demandas 1 Acadêmicos: Andreza Tomé, Diego Pizzetti Cipriano, Gladys Lenuzia kestering, Manuela Francisconi Lopes, Priscila de Oliveira Costa, Rosane Ugioni. 2 Tutora Externa: Samara Corrêa Demétrio Bilh. Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, Curso (T.0455) – Prática do Módulo V, 05/03/2019. prioritárias de determinada região ou cidade. Essas informações são obtidas através de levantamentos que podem ser entendidos como um conjunto de operações que permite a coleta de dados que vai determinar as características dos fatos ou eventos a serem trabalhados. Esses levantamentos ou coleta necessitam de um planejamento de qualidade e de um conjunto de técnicas previamente estabelecidas para se ter o resultado desejado. Conhecer a realidade a partir dos dados quantitativos significa constatar e compreender o mundo real e o mundo social. Daí entendermos a Estatística como um processo colaborador na busca do conhecimento no tempo e no espaço em que nos inserimos como um novo intelectual político. Os registros estatísticos do final do século XIX tinham uma finalidade precisa: melhor delimitar o fenômeno para melhor controlá-lo ou nele intervir. Mas, progressivamente, esta finalidade "social e política" se desdobrou numa finalidade científica: melhorar o conhecimento de certos fenômenos sociais ou humanos. A crença na idéia de que um conhecimento quantificado dos fatos da sociedade permite melhor conhecê-los e eventualmente modificá-los era muito promissora, tanto para os administradores do Estado quanto para os cientistas. A estatística estava "quase por toda parte", era largamente difundida. (MARTIN 2001) Para o Serviço Social o conhecimento da realidade é fruto de uma relação pensada, vivida e transformada pelo homem sobre suas condições objetivas e materiais. Conhecendo os principais problemas de um território é possível organizar trabalhos mais efetivos que atendam as reais necessidades da população e ao mesmo tempo, reformular projetos. Esses indicadores são estatísticas sobre aspectos da vida de uma nação que, em conjunto retratam o estado social dessa nação e permite conhecer o nível de desenvolvimento social. A partir da Constituição Federal e da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), apolítica de assistência social passou a ser respeitada como uma política de proteção social, passando a fazer parte do tripé da seguridade social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social), bem como se configura como mecanismo de garantia de um padrão básico de inclusão social às pessoas que dela necessitam. Nesse sentido, ela passou a ser compreendida como direito do cidadão e dever do Estado. Sua definição pode ser encontrada no primeiro artigo da LOAS, LEI Nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. (LOAS, BRASIL, 1993). Os registros estatísticos do final do século XIX tinham uma finalidade precisa: melhor delimitar o fenômeno para melhor controlá-lo ou nele intervir. Mas, progressivamente, esta finalidade "social e política" se desdobrou numa finalidade científica: melhorar o conhecimento de certos fenômenos sociais ou humanos. A crença na idéia de que um conhecimento quantificado dos fatos da sociedade permite melhor conhecê-los e eventualmente modificá-los era muito promissora, tanto para os administradores do Estado quanto para os cientistas. A estatística estava "quase por toda parte", era largamente difundida. (MARTIN 2001). Surgiam, assim, no cenário histórico os primeiros assistentes sociais, como executores da pratica da assistência social, atividade que se profissionalizou sob a denominação de “Serviço Social”, acentuando seu caráter de pratica de prestação de serviços. (MARTINELLI, 2009, p.66). No encaminhamento de nossas reflexões partimos do pressuposto que o espaço privilegiado da intervenção profissional é o cotidiano das instituições; é ali que, por sua vez demanda uma determinada compreensão de realidade e onde teoria e prática são indissociáveis. Nesse sentido, para efeitos didático-pedagógicos destacaremos alguns elementos que consideramos importantes no exercício profissional, ousando dialogar para além das verdades únicas e entendendo que a compreensão da realidade pode e deve ser analisada na perspectiva do pluralismo teórico metodológico. O presente Paper define quais os instrumentos e técnicas que serão utilizados na intervenção, quais os objetivos profissionais, ou seja, o ato de agir que requer planejamento para a execução da ação profissional. O trabalho possibilitara ao leitor a analise sucinta através da ótica de profissionais habilitados, assistentes sociais, atuantes na área social, entrevistados em loco pelas acadêmicas, sobre aplicabilidade do instrumento Processo de Trabalho do Assistente Social – Perícia e Vistoria. 1.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Indicador Social e Estatísticos Conhecendo os principais problemas de um território é possível organizar trabalhos mais efetivos que atendam as reais necessidades da população e ao mesmo tempo, reformular projetos. Essas informações são obtidas através de levantamentos que podem ser entendidos como um conjunto de operações que permite a coleta de dados que vai determinar as características dos fatos ou eventos a serem trabalhados. Esses levantamentos ou coleta necessitam de um planejamento de qualidade e de um conjunto de técnicas previamente estabelecidas para se ter o resultado desejado. Os registros estatísticos do final do século XIX tinham uma finalidade precisa de melhor delimitar o fenômeno para melhor controlá-lo ou nele intervir. Para o Serviço Social o conhecimento da realidade é fruto de uma relação pensada, vivida e transformada pelo homem sobre suas condições objetivas e materiais. Conhecer a realidade a partir dos dados quantitativos significa constatar e compreender o mundo real e o mundo social. Daí entendermos a Estatística como um processo colaborador na busca do conhecimento no tempo e no espaço em que nos inserimos como um novo intelectual político. De acordo com Jannuzzi (2002, p5), o Indicador Social é uma medida em geral quantitativa, dotada de significado social substantivo, utilizado para substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito social abstrato. O autor relata que o indicador social é um recurso metodológico, empiricamente referido, que informa algo sobre o aspecto da realidade social ou sobre mudanças que estão ocorrendo. Indicadores tem a finalidade de subsidiar as atividades de planejamento público e formulação de políticas sociais nas diferentes esferas de governo, bem como possibilita aprofundamento sobre as mudanças sociais e os determinantes dos diferentes fenômenos sociais. Jannuzzi (2002, p7) afirma ainda que a seleção de indicadores é uma tarefa delicada, pois não existe uma teoria formal que permita orientá-la com estrita objetividade. Assim, é preciso garantir que existe, de fato, uma relação recíproca entre indicando (conceito) e os indicadores propostos. No entanto, percebe-se que os indicadores são elementos utilizados para medir informações quantitativas e qualitativas coletadas durante e/ou após a implementação de uma ação, projeto ou programa, visando medir resultados e efeitos de sua implantação. Assim, a construção de uma planilha que contemple vulnerabilidades de uma pessoa e/ou família, tem a possibilidade de contribuir para a elaboração de um plano. A assistência social é uma política pública de direito a quem dela necessitar. E segundo Mioto: Quando se assume a assistência social como direito de cidadania, considera-se, por um lado, que o acesso dos indivíduos à assistência social não está prioritariamente vinculado às condições de sua família, mas à sua própria condição. Por outro, se desvincula da ideia de falência da família na provisão de bem-estar. Então é quando a política é pensada no sentido de “socializar antecipadamente os custos enfrentados pela família, sem esperar que a sua capacidade se esgote (MIOTO, 2013, p7e8). Com isso, a assistência social como política de proteção social configura-se como mecanismo de garantia de um padrão básico de inclusão social. E para isso uma das funções é o acompanhamento de pessoas e ou famílias que vivem em situação de vulnerabilidade e ou risco social. Intervenção profissional Para que o profissional construa junto com a família um plano de ação que irá intervir na direção dos interesses dos usuários , é preciso que o conheça com propriedade a organização da família. Para Mioto (2008, p. 134), independente das formas que assume, "a família ainda é o espaço privilegiado na história da humanidade onde aprendemos a ser e a conviver". Mioto acrescenta: É preciso reconhecer a família como um espaço complexo, que se constrói e reconstrói histórica e cotidianamente por meio das relações e negociações que se estabelecem entre seus membros, entre seus membros e outras esferas da sociedade e entre ela e outras esferas da sociedade, tais como Estado, trabalho e mercado. Reconhece-se que, além de sua capacidade de produção de subjetividades, ela também é uma unidade de cuidado e de redistribuição interna de recursos. Tem um papel importante na estruturação da sociedade em seus aspectos sociais, políticos e econômicos e, portanto, não á apenas uma construção privada, mas também pública (MIOTO, 2008, p. 3). Sendo assim, para que as assistentes sociais tenham a possibilidade de intervir na interesses de seus usuários – priorizando o resgate destes como sujeitos de direitos sociais, o trabalho profissional exige procedimentos metodológicos claros e objetivos. Com base na experiência de docentes que interagem com profissionais no exercício cotidiano da profissão bem como com estudantes nos campos de estágio em Serviço Social, elencamos alguns procedimentos que consideramos importantes para a intervenção profissional: a) Definição do objeto de intervenção profissional considerando os objetivos, finalidades e critérios de atendimento de cada Instituição; esse procedimento requer um profundo conhecimento por parte do profissional de Serviço Social acerca da Instituição que o contratou: sua estrutura burocrática, formato jurídico (leis, normas, regras que a conduzem), estrutura hierárquica (correlação de forças), direção política (ou religiosa, no caso das Instituições Filantrópicas), entre outros. b) Identificação das necessidades dos usuários que pode ser conhecida e construída através de levantamento sócio econômico, entrevistas, visitas domiciliares, fichas, prontuários, documentação institucional, estudos já efetuados propondo, sempre que possível, com os usuários, um plano de ação que possibilite a resolutividade das demandas na perspectiva dos direitos e da cidadania; c) Utilização de instrumentos e técnicas durante o processo de intervenção tais como acolhimento, escuta social qualificada, observação participante, entrevista, levantamento socioeconômico, visita domiciliar, trabalho com grupos, informação e documentação (conhecimentos de informática, elaboração de relatórios técnicos, levantamento das redes sócio assistenciais, cartilhas informativas) entre outros; é a partir das formas de comunicação (oral e escrita) no espaço das instituições que o profissional de serviço social poderá criar, construir e utilizar diferentes instrumentos. d) Compreensão da realidade social mais ampla e local (leitura de conjuntura) tomando como referência a Constituição Federal, a Lei Orgânica do Município, a Lei de Diretrizes Orçamentária, análise das Políticas Municipais o Código de Ética Profissional, a Lei de Regulamentação da Profissão, não só tornando-os públicos para os usuários atendidos, mas transformando-os em instrumentos de defesa e objeto de reivindicação e luta. Esse conhecimento requer apropriação prévia por parte do profissional de serviço social contratado, para entender o processo de correlação de forças em que está inserido e o grau de controle social exercido seja pelo Estado ou pela Sociedade Civil na sua relação com o Estado. e) Organização e planejamento do trabalho profissional, com base em estudos e pesquisas que deem visibilidade às necessidades e interesses dos segmentos com os quais está trabalhando; conhecimento sobre as políticas sociais a qual a instituição está vinculada (habitação, saúde, assistência social, criança e adolescente, idoso, mulheres entre outras); f) Levantamento de recursos humanos, materiais e financeiros que a Instituição dispõe para a resolução das necessidades e das demandas trazidas pelos usuários; conhecimento sobre as diferentes fontes de recursos disponíveis e possíveis de serem acessados e/ou conquistados e das informações necessárias a este processo e os recursos; g) Intervenção centrada na perspectiva de redes: ter conhecimento das redes sócio assistenciais existentes no Município, Estado ou Federação (exemplo: CADúnico), no sentido de articular com colegas profissionais da mesma área o correto encaminhamento dos usuários para os lugares onde estes efetivamente possam ter seus direitos garantidos com a eficiência e a qualidade que um atendimento profissional competente e comprometido requer. h) Democratização de informações e conhecimentos necessários e fundamentais tendo em vista o controle social e a participação cultural e política, o que exige a transformação das condições de subalternidade cultural e política dos sujeitos que acessam, processam e trabalham estas informações, sejam assistentes sociais, usuários, corpo técnico ou outros; i) Participação nos mecanismos de controle social assegurados pela Constituição Federal – os Conselhos de Direitos e de Políticas – em cada área específica de atuação (saúde, idoso, criança e adolescente, assistência social, educação, direitos das mulheres, da juventude, dos portadores de deficiência, meio ambiente entre outros), nos seus vários níveis de gestão: municipal, estadual e federal. Reconhecimento da importância da participação de representantes dos profissionais e dos usuários nos Conselhos e Fóruns, fomentando a articulação entre estas instâncias, incentivando a participação em Conferências de Políticas Públicas, contribuindo para a realização sistemática do controle social. A complexidade das situações que se apresentam no cotidiano de prática profissional nos campos de atuação das (dos) assistentes sociais demonstra a multidimensionalidade das formas contemporâneas de exploração, desigualdade, opressão e de luta social a que os sujeitos com os quais trabalhamos estão submetidos. Daí a importância de uma perspectiva interdisciplinar no exercício profissional. Renda E Pobreza No Brasil Os indicadores sociais são meios utilizados para designar os países como sendo Ricos (desenvolvidos), em Desenvolvimento (economia emergente) ou Pobres (subdesenvolvidos). Com isso, organismos internacionais analisam os países segundo a: Expectativa de vida (É a média de anos de vida de uma pessoa em determinado país). Taxa de mortalidade (Corresponde ao número de pessoas que morreram durante o ano). Taxa de mortalidade infantil (Corresponde ao número de crianças que morrem antes de completar 1 ano). Taxa de analfabetismo (Corresponde ao percentual de pessoas que não sabem ler e nem escrever). Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na paridade de poder de compra dos habitantes. Saúde (Refere-se à qualidade da saúde da população). Alimentação (Refere-se à alimentação mínima que uma pessoa necessita, cerca de 2.500 calorias, e se essa alimentação é balanceada). Condições médico-sanitárias (Acesso a esgoto, água tratada, pavimentação etc.) Qualidade de vida e acesso ao consumo (Correspondem ao número de carros, de computadores, televisores, celulares, acesso à internet entre outros). Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. Foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para tentar medir o grau econômico e, principalmente, como as pessoas estão vivendo nos países de todo o mundo. O IDH avalia os países em uma escala de 0 a 1. O índice 1 não foi alcançado por nenhum país do mundo, pois tal índice iria significar que determinado país apresenta uma realidade quase que perfeita, por exemplo, uma elevada renda per capita, expectativa de vida de 90 anos e assim por diante. Também é bom ressaltar que não existe nenhum país do mundo com índice 0, pois se isso ocorresse era o mesmo que apresentar, por exemplo, taxas de analfabetismo de 100% e todos os outros indicadores em níveis desastrosos. 3 MATERIAIS E MÉTODOS Tem como objeto de estudo pesquisas bibliográficas, pesquisa exploratória, descritiva e analítica com revisão de literatura sobre o tema, fundamentado em base teórico-histórico crítico. Inclui análise de documentos de fontes oficiais como IBGE, IPEA, MDS. Diante do estudo realizado, temos como um dos objetos de estudo o livro a baixo: 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Após a conceituação dos Indicadores Sociais, verificou-se a importância dos mesmos para o trabalho do Assistente Social. A dificuldade está em construí-los, bem como mudar as práticas espontâneas dos profissionais em deixar de fazer um trabalho assistemático ou reprodutivo. Os indicadores sociais, embora possam ser também um instrumento de controle, são um dos elementos que contribuem para uma gestão democrática, preocupada com a construção de respostas profissionais que atendam às demandas sociais e, aí está o desafio do assistente social, tomar posse desse instrumento na dimensão ético-político profissional. O Assistente social por meio de indicadores sociais e estatísticos ou seja o embasamento teórico-empírico pode basear seu trabalho de intervenção diante das políticas sociais para que suas ações que são destinadas a população. São estas ações, projetos e programas que serão geridos de forma a obter respostas profissionais às demandas da população. Os indicadores sociais possibilitam informações importantes que os assistentes sociais podem avaliar onde está, para onde ir e de que forma irá, para fazer a intervenção e atender os objetivos previamente identificados. Os indicadores não são apenas números e dados, eles permitem conferir os dados de acordo com as questões postas diante da realidade social. Os indicadores servirão para traçar diagnósticos sobre uma determinada realidade e com isso construir planos e ações para políticas públicas de enfrentamento de pobreza, violência entre outras, permitindo direcionar programas e projetos, como também medir a efetividade destes programas e das políticas sociais. Por isso os indicadores sociais são ferramentas importantes para os assistentes sociais para conhecer uma determinada realidade que o mesmo queira intervir objetivando alcançar seus resultados. Desta forma pode-se concluir que é muito importante que o assistente social tenha conhecimento dos indicadores para poder fazer as intervenções. 5 CONCLUSÃO A estatística não é um ramo da matemática onde apenas se investigam os processos de obtenção, organização e análise de dados sobre uma determinada população. Não se limita a um conjunto de elementos numéricos relativos a um fato social. Não se resume somente a números, tabelas e gráficos usados para o resumo, a organização e apresentação dos dados percebidos no cotidiano. É uma ciência multidisciplinar, permite a análise de dados com fundamentos concretos na realidade social. Este trabalho visa destacar a constituição histórica da Estatística inicialmente como instrumento de controle social, em seguida como as Ciências Sociais se apropriam da estatística nos estudos sobre a sociedade e no Estado moderno, como poder público utiliza os resultados estatístico para formulação, implementação, monitoramento e avaliação de Políticas Públicas. Nos dias de hoje não podemos negar a importância de formulação de políticas sociais e a contribuição da Estatística como importante ferramenta de informação no trabalho do assistente social. Entretanto temos que compreender que a realidade não está totalmente expressa em apenas um conjunto de números, mas se juntarmos os números, o nosso conhecimento sobre o sistema de produção capitalista, as desigualdades sociais, a má distribuição de renda, podemos nos aproximar da realidade em que estão inseridas as pessoas que atendemos no dia a dia. O crescente uso da estatística vem ao encontro da necessidade de realizar análises e avaliações objetivas, fundamentadas em conhecimentos científicos. Os gestores públicos estão se tornando cada vez mais dependentes de dados estatísticos para obter informações essenciais que auxiliem suas análises sobre a conjuntura econômica e social. A estatística é responsável pelo desenvolvimento científico em geral principalmente para as ciências humanas e sociais. Aqui se insere o profissional de serviço social na apropriação da Estatística como instrumento auxiliar para a definição de ações de intervenção comprometidas com a autonomia dos sujeitos sociais. Entende-se que o assistente social utiliza instrumentos de trabalho coerentes com a sua finalidade: a cidadania dos sujeitos. Os procedimentos do assistente social são condizentes com a expectativa de uma sociedade onde a democracia, a participação e a cidadania sejam seus alicerces. No exercício profissional apresenta um olhar inclusivo, acolhedor, imprimindo à sua ação estratégias articuladas na direção da obtenção da cidadania. Esses profissionais visam produzir as mudanças necessárias no cotidiano da vida social dos usuários atendidos. E é através da competência técnico-operativa que o assistente social encontra o resultado da capacidade criativa e da compreensão da realidade social, para que a intervenção possa ser realizada com eficácia, responsabilidade e competência profissional. Trata-se de uma forma de trabalhar com o reconhecimento das forças internas e externas que envolvem e interferem nas relações dos sujeitos, permitindo a atenção aos seus aspectos coletivos, sem, contudo, perder de vista a sua dimensão individual. Dentro desse enfoque, a profissão de Serviço Social está inserida numa relação direta, pois, através de sua prática e intervenções, está fundamentada no seu discurso teórico, e tem tido papel importante. Os indicadores sociais são meios utilizados para designar os países como sendo Ricos, em Desenvolvimento ou Pobres, através de analises dos países segundo a: Expectativa de vida, Taxa de mortalidade, Taxa de analfabetismo, Taxa de mortalidade infantil, Renda Nacional Bruta, Qualidade de vida e acesso ao consumo entre outros. Índice de Desenvolvimento Humano foi criado pela ONU para tentar medir o grau econômico e, principalmente, como as pessoas estão vivendo nos países de todo o mundo. Lembrando que não existe nenhum país do mundo com índice 0, pois se isso ocorresse era o mesmo que apresentar, por exemplo, taxas de analfabetismo de 100% e todos os outros indicadores em níveis desastrosos. REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à fome. Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS – NOB/RH/SUAS. 2006. FRANCISCO, Wagner de Cerqueria e. "Os Indicadores Sociais"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/os-indicadores-sociais.htm>. Acesso em 19 de maio de 2019. JANNUZZI, P. M. Considerações sobre o uso, mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulação e avaliação de políticas públicas municipais. Revista do Serviço Público. Brasília: ENAP, 2002. MARTIN, Olivier. Da estatística política à sociologia estatística. Desenvolvimento e transformações da análise estatística da sociedade (séculos XVII-XIX). Rev. bras. Hist., São Paulo, v. 21, n. 41, 2001 em 06/08/13 às 20h07min. Disponível em: http://conic- semesp.org.br/anais/files/2013/trabalho-1000015974.pdf acessado em 17/04/2019. MARTINELLI, Maria Lucia. Serviço Social, Identidade e Alienação. Cortez .2009.São Paulo. MIOTO, Regina Célia Tamaso. Famílias e Famílias Práticas e Conversações Contemporâneas. (Organizadores: DUARTE, Marco José de Oliveira; ALENCAR, Mônica Maria Torres de). Ed.Lumen Juris 3° edição, Rio de Janeiro, 2013, p. 07 e 08. JUSBRASIL disponivel em: https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/104422/lei-da-assistencia- social-lei-8742-93 acesso em 28 de março de 2019.
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