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OS INDICADORES SOCIAIS E ESTATISTICOS PARA A INTERVENÇÃO PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL

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OS INDICADORES SOCIAIS E ESTATÍSTICOS PARA A INTERVENÇÃO 
PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL – NA ÁREA DE TRABALHO, 
RENDA E POBREZA NO BRASIL. 
 
Acadêmicos1 
Andreza Tomé 
Diego Pizzetti Cipriano 
Gladys Lenuzia kestering 
Manuela Francisconi Lopes 
Priscila de Oliveira Costa 
Rosane Ugioni 
Tutora Externa2 
Samara Corrêa Demétrio Bilh 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem por objetivo caracterizar os principais pontos para apresentação dos 
trabalhos através de uma reflexão sobre a importância dos indicadores sociais para a construção 
de políticas públicas adequadas para a atuação do serviço social, onde através desses indicadores 
o Índice de Desenvolvimento Humano criado pela ONU para tentar medir o grau econômico e, 
principalmente, como as pessoas estão vivendo nos países de todo o mundo. Sendo assim este 
trabalho busca discutir sobre a importância dos indicadores sociais. Indicadores Sociais, esses que 
são estatísticas sobre aspectos da vida de uma nação que, em conjunto retratam o estado social 
dessa nação e permite conhecer o nível de desenvolvimento social. 
 
 
Palavras-chave: Indicadores Sociais, Estatística, Serviço Social. 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 No âmbito do Serviço Social, indagava – nos em saber por que a Estatística era disciplina 
curricular da grade do curso. Ao longo dos nossos estudos, podemos compreender que para elaborar 
projetos, implantar políticas públicas, coordenar e implementar programas e ações são necessários 
dados que vão gerar informações possibilitando caracterizar qual ou quais são as demandas 
 
1
 
 Acadêmicos: Andreza Tomé, Diego Pizzetti Cipriano, Gladys Lenuzia kestering, Manuela Francisconi 
Lopes, Priscila de Oliveira Costa, Rosane Ugioni. 
2 Tutora Externa: Samara Corrêa Demétrio Bilh. Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, 
Curso (T.0455) – Prática do Módulo V, 05/03/2019. 
 
 
 
 
 
prioritárias de determinada região ou cidade. Essas informações são obtidas através de 
levantamentos que podem ser entendidos como um conjunto de operações que permite a coleta de 
dados que vai determinar as características dos fatos ou eventos a serem trabalhados. Esses 
levantamentos ou coleta necessitam de um planejamento de qualidade e de um conjunto de técnicas 
previamente estabelecidas para se ter o resultado desejado. Conhecer a realidade a partir dos dados 
quantitativos significa constatar e compreender o mundo real e o mundo social. Daí entendermos a 
Estatística como um processo colaborador na busca do conhecimento no tempo e no espaço em que 
nos inserimos como um novo intelectual político. 
 
 Os registros estatísticos do final do século XIX tinham uma finalidade precisa: 
 melhor delimitar o fenômeno para melhor controlá-lo ou nele intervir. Mas, 
 progressivamente, esta finalidade "social e política" se desdobrou numa finalidade 
 científica: melhorar o conhecimento de certos fenômenos sociais ou humanos. A 
 crença na idéia de que um conhecimento quantificado dos fatos da sociedade 
 permite melhor conhecê-los e eventualmente modificá-los era muito promissora, 
 tanto para os administradores do Estado quanto para os cientistas. A estatística 
 estava "quase por toda parte", era largamente difundida. (MARTIN 2001) 
 
 Para o Serviço Social o conhecimento da realidade é fruto de uma relação pensada, vivida e 
transformada pelo homem sobre suas condições objetivas e materiais. Conhecendo os principais 
problemas de um território é possível organizar trabalhos mais efetivos que atendam as reais 
necessidades da população e ao mesmo tempo, reformular projetos. Esses indicadores são 
estatísticas sobre aspectos da vida de uma nação que, em conjunto retratam o estado social dessa 
nação e permite conhecer o nível de desenvolvimento social. 
 A partir da Constituição Federal e da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), apolítica 
de assistência social passou a ser respeitada como uma política de proteção social, passando a fazer 
parte do tripé da seguridade social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social), bem como se 
configura como mecanismo de garantia de um padrão básico de inclusão social às pessoas que dela 
necessitam. Nesse sentido, ela passou a ser compreendida como direito do cidadão e dever do 
Estado. Sua definição pode ser encontrada no primeiro artigo da LOAS, LEI Nº 8.742, de 7 de 
dezembro de 1993. 
 
 A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de 
 Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada 
 através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, 
 para garantir o atendimento às necessidades básicas. (LOAS, BRASIL, 1993). 
 
 Os registros estatísticos do final do século XIX tinham uma finalidade precisa: melhor 
delimitar o fenômeno para melhor controlá-lo ou nele intervir. Mas, progressivamente, esta 
 
 
 
 
 
finalidade "social e política" se desdobrou numa finalidade científica: melhorar o conhecimento de 
certos fenômenos sociais ou humanos. A crença na idéia de que um conhecimento quantificado dos 
fatos da sociedade permite melhor conhecê-los e eventualmente modificá-los era muito promissora, 
tanto para os administradores do Estado quanto para os cientistas. A estatística estava "quase por 
toda parte", era largamente difundida. (MARTIN 2001). 
 Surgiam, assim, no cenário histórico os primeiros assistentes sociais, como executores da 
pratica da assistência social, atividade que se profissionalizou sob a denominação de “Serviço 
Social”, acentuando seu caráter de pratica de prestação de serviços. (MARTINELLI, 2009, p.66). 
No encaminhamento de nossas reflexões partimos do pressuposto que o espaço privilegiado da 
intervenção profissional é o cotidiano das instituições; é ali que, por sua vez demanda uma 
determinada compreensão de realidade e onde teoria e prática são indissociáveis. 
 Nesse sentido, para efeitos didático-pedagógicos destacaremos alguns elementos que 
consideramos importantes no exercício profissional, ousando dialogar para além das verdades 
únicas e entendendo que a compreensão da realidade pode e deve ser analisada na perspectiva do 
pluralismo teórico metodológico. 
 O presente Paper define quais os instrumentos e técnicas que serão utilizados na 
intervenção, quais os objetivos profissionais, ou seja, o ato de agir que requer planejamento para a 
execução da ação profissional. O trabalho possibilitara ao leitor a analise sucinta através da ótica de 
profissionais habilitados, assistentes sociais, atuantes na área social, entrevistados em loco pelas 
acadêmicas, sobre aplicabilidade do instrumento Processo de Trabalho do Assistente Social – 
Perícia e Vistoria. 
 
1.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Indicador Social e Estatísticos 
 Conhecendo os principais problemas de um território é possível organizar trabalhos mais 
efetivos que atendam as reais necessidades da população e ao mesmo tempo, reformular projetos. 
Essas informações são obtidas através de levantamentos que podem ser entendidos como um 
conjunto de operações que permite a coleta de dados que vai determinar as características dos fatos 
ou eventos a serem trabalhados. Esses levantamentos ou coleta necessitam de um planejamento de 
qualidade e de um conjunto de técnicas previamente estabelecidas para se ter o resultado desejado. 
 Os registros estatísticos do final do século XIX tinham uma finalidade precisa de melhor 
delimitar o fenômeno para melhor controlá-lo ou nele intervir. Para o Serviço Social o 
conhecimento da realidade é fruto de uma relação pensada, vivida e transformada
pelo homem 
 
 
 
 
 
sobre suas condições objetivas e materiais. Conhecer a realidade a partir dos dados quantitativos 
significa constatar e compreender o mundo real e o mundo social. Daí entendermos a Estatística 
como um processo colaborador na busca do conhecimento no tempo e no espaço em que nos 
inserimos como um novo intelectual político. 
 De acordo com Jannuzzi (2002, p5), o Indicador Social é uma medida em geral quantitativa, 
dotada de significado social substantivo, utilizado para substituir, quantificar ou operacionalizar um 
conceito social abstrato. O autor relata que o indicador social é um recurso metodológico, 
empiricamente referido, que informa algo sobre o aspecto da realidade social ou sobre mudanças 
que estão ocorrendo. Indicadores tem a finalidade de subsidiar as atividades de planejamento 
público e formulação de políticas sociais nas diferentes esferas de governo, bem como possibilita 
aprofundamento sobre as mudanças sociais e os determinantes dos diferentes fenômenos sociais. 
 Jannuzzi (2002, p7) afirma ainda que a seleção de indicadores é uma tarefa delicada, pois 
não existe uma teoria formal que permita orientá-la com estrita objetividade. Assim, é preciso 
garantir que existe, de fato, uma relação recíproca entre indicando (conceito) e os indicadores 
propostos. 
 No entanto, percebe-se que os indicadores são elementos utilizados para medir informações 
quantitativas e qualitativas coletadas durante e/ou após a implementação de uma ação, projeto ou 
programa, visando medir resultados e efeitos de sua implantação. Assim, a construção de uma 
planilha que contemple vulnerabilidades de uma pessoa e/ou família, tem a possibilidade de 
contribuir para a elaboração de um plano. 
 A assistência social é uma política pública de direito a quem dela necessitar. E segundo Mioto:
 
 Quando se assume a assistência social como direito de cidadania, considera-se, por um 
 lado, que o acesso dos indivíduos à assistência social não está prioritariamente vinculado 
 às condições de sua família, mas à sua própria condição. Por outro, se desvincula da 
 ideia de falência da família na provisão de bem-estar. Então é quando a política é 
 pensada no sentido de “socializar antecipadamente os custos enfrentados pela família, 
 sem esperar que a sua capacidade se esgote (MIOTO, 2013, p7e8). 
 
 Com isso, a assistência social como política de proteção social configura-se como 
mecanismo de garantia de um padrão básico de inclusão social. E para isso uma das funções é o 
acompanhamento de pessoas e ou famílias que vivem em situação de vulnerabilidade e ou risco 
social. 
 
 
 
 
 
 
 
Intervenção profissional 
 Para que o profissional construa junto com a família um plano de ação que irá intervir na 
direção dos interesses dos usuários , é preciso que o conheça com propriedade a organização da 
família. Para Mioto (2008, p. 134), independente das formas que assume, "a família ainda é o 
espaço privilegiado na história da humanidade onde aprendemos a ser e a conviver". 
 Mioto acrescenta: 
 É preciso reconhecer a família como um espaço complexo, que se constrói e reconstrói 
 histórica e cotidianamente por meio das relações e negociações que se estabelecem entre 
 seus membros, entre seus membros e outras esferas da sociedade e entre ela e outras 
 esferas da sociedade, tais como Estado, trabalho e mercado. Reconhece-se que, além de 
 sua capacidade de produção de subjetividades, ela também é uma unidade de cuidado e 
 de redistribuição interna de recursos. Tem um papel importante na estruturação da 
 sociedade em seus aspectos sociais, políticos e econômicos e, portanto, não á apenas uma 
 construção privada, mas também pública (MIOTO, 2008, p. 3). 
 
 Sendo assim, para que as assistentes sociais tenham a possibilidade de intervir na interesses 
de seus usuários – priorizando o resgate destes como sujeitos de direitos sociais, o trabalho 
profissional exige procedimentos metodológicos claros e objetivos. Com base na experiência de 
docentes que interagem com profissionais no exercício cotidiano da profissão bem como com 
estudantes nos campos de estágio em Serviço Social, elencamos alguns procedimentos que 
consideramos importantes para a intervenção profissional: 
 a) Definição do objeto de intervenção profissional considerando os objetivos, finalidades e 
critérios de atendimento de cada Instituição; esse procedimento requer um profundo 
conhecimento por parte do profissional de Serviço Social acerca da Instituição que o 
contratou: sua estrutura burocrática, formato jurídico (leis, normas, regras que a conduzem), 
estrutura hierárquica (correlação de forças), direção política (ou religiosa, no caso das 
Instituições Filantrópicas), entre outros. 
 b) Identificação das necessidades dos usuários que pode ser conhecida e construída através 
de levantamento sócio econômico, entrevistas, visitas domiciliares, fichas, prontuários, 
documentação institucional, estudos já efetuados propondo, sempre que possível, com os 
usuários, um plano de ação que possibilite a resolutividade das demandas na perspectiva dos 
direitos e da cidadania; 
 c) Utilização de instrumentos e técnicas durante o processo de intervenção tais como 
acolhimento, escuta social qualificada, observação participante, entrevista, levantamento 
socioeconômico, visita domiciliar, trabalho com grupos, informação e documentação 
 
 
 
 
 
(conhecimentos de informática, elaboração de relatórios técnicos, levantamento das redes 
sócio assistenciais, cartilhas informativas) entre outros; é a partir das formas de 
comunicação (oral e escrita) no espaço das instituições que o profissional de serviço social 
poderá criar, construir e utilizar diferentes instrumentos. 
 d) Compreensão da realidade social mais ampla e local (leitura de conjuntura) tomando 
como referência a Constituição Federal, a Lei Orgânica do Município, a Lei de Diretrizes 
Orçamentária, análise das Políticas Municipais o Código de Ética Profissional, a Lei de 
Regulamentação da Profissão, não só tornando-os públicos para os usuários atendidos, mas 
transformando-os em instrumentos de defesa e objeto de reivindicação e luta. Esse 
conhecimento requer apropriação prévia por parte do profissional de serviço social 
contratado, para entender o processo de correlação de forças em que está inserido e o grau 
de controle social exercido seja pelo Estado ou pela Sociedade Civil na sua relação com o 
Estado. 
 e) Organização e planejamento do trabalho profissional, com base em estudos e pesquisas 
que deem visibilidade às necessidades e interesses dos segmentos com os quais está 
trabalhando; conhecimento sobre as políticas sociais a qual a instituição está vinculada 
(habitação, saúde, assistência social, criança e adolescente, idoso, mulheres entre outras); 
 f) Levantamento de recursos humanos, materiais e financeiros que a Instituição dispõe para 
a resolução das necessidades e das demandas trazidas pelos usuários; conhecimento sobre as 
diferentes fontes de recursos disponíveis e possíveis de serem acessados e/ou conquistados e 
das informações necessárias a este processo e os recursos; 
 g) Intervenção centrada na perspectiva de redes: ter conhecimento das redes sócio 
assistenciais existentes no Município, Estado ou Federação (exemplo: CADúnico), no 
sentido de articular com colegas profissionais da mesma área o correto encaminhamento dos 
usuários para os lugares onde estes efetivamente possam ter seus direitos garantidos com a 
eficiência e a qualidade que um atendimento profissional competente e comprometido 
requer. 
 h) Democratização de informações e
conhecimentos necessários e fundamentais tendo em 
vista o controle social e a participação cultural e política, o que exige a transformação das 
condições de subalternidade cultural e política dos sujeitos que acessam, processam e 
trabalham estas informações, sejam assistentes sociais, usuários, corpo técnico ou outros; 
 i) Participação nos mecanismos de controle social assegurados pela Constituição Federal – 
os Conselhos de Direitos e de Políticas – em cada área específica de atuação (saúde, idoso, 
criança e adolescente, assistência social, educação, direitos das mulheres, da juventude, dos 
 
 
 
 
 
portadores de deficiência, meio ambiente entre outros), nos seus vários níveis de gestão: 
municipal, estadual e federal. Reconhecimento da importância da participação de 
representantes dos profissionais e dos usuários nos Conselhos e Fóruns, fomentando a 
articulação entre estas instâncias, incentivando a participação em Conferências de Políticas 
Públicas, contribuindo para a realização sistemática do controle social. 
 A complexidade das situações que se apresentam no cotidiano de prática profissional nos 
campos de atuação das (dos) assistentes sociais demonstra a multidimensionalidade das formas 
contemporâneas de exploração, desigualdade, opressão e de luta social a que os sujeitos com os 
quais trabalhamos estão submetidos. Daí a importância de uma perspectiva interdisciplinar no 
exercício profissional. 
 
Renda E Pobreza No Brasil 
 
 Os indicadores sociais são meios utilizados para designar os países como sendo Ricos 
(desenvolvidos), em Desenvolvimento (economia emergente) ou Pobres (subdesenvolvidos). Com 
isso, organismos internacionais analisam os países segundo a: 
 Expectativa de vida (É a média de anos de vida de uma pessoa em determinado país). 
 Taxa de mortalidade (Corresponde ao número de pessoas que morreram durante o ano). 
Taxa de mortalidade infantil (Corresponde ao número de crianças que morrem antes de 
completar 1 ano). 
 Taxa de analfabetismo (Corresponde ao percentual de pessoas que não sabem ler e nem 
escrever). 
 Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na paridade de poder de compra dos 
habitantes. Saúde (Refere-se à qualidade da saúde da população). 
 Alimentação (Refere-se à alimentação mínima que uma pessoa necessita, cerca de 2.500 
calorias, e se essa alimentação é balanceada). 
 Condições médico-sanitárias (Acesso a esgoto, água tratada, pavimentação etc.) 
 Qualidade de vida e acesso ao consumo (Correspondem ao número de carros, de 
computadores, televisores, celulares, acesso à internet entre outros). 
 
 
 
 
 
 
 
Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. 
 
Foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para tentar medir o grau econômico e, 
principalmente, como as pessoas estão vivendo nos países de todo o mundo. 
O IDH avalia os países em uma escala de 0 a 1. O índice 1 não foi alcançado por nenhum país do 
mundo, pois tal índice iria significar que determinado país apresenta uma realidade quase que 
perfeita, por exemplo, uma elevada renda per capita, expectativa de vida de 90 anos e assim por 
diante. Também é bom ressaltar que não existe nenhum país do mundo com índice 0, pois se isso 
ocorresse era o mesmo que apresentar, por exemplo, taxas de analfabetismo de 100% e todos os 
outros indicadores em níveis desastrosos. 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 Tem como objeto de estudo pesquisas bibliográficas, pesquisa exploratória, descritiva e 
analítica com revisão de literatura sobre o tema, fundamentado em base teórico-histórico crítico. 
Inclui análise de documentos de fontes oficiais como IBGE, IPEA, MDS. Diante do estudo 
realizado, temos como um dos objetos de estudo o livro a baixo: 
 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 Após a conceituação dos Indicadores Sociais, verificou-se a importância dos mesmos para o 
trabalho do Assistente Social. A dificuldade está em construí-los, bem como mudar as práticas 
espontâneas dos profissionais em deixar de fazer um trabalho assistemático ou reprodutivo. Os 
 
 
 
 
 
indicadores sociais, embora possam ser também um instrumento de controle, são um dos elementos 
que contribuem para uma gestão democrática, preocupada com a construção de respostas 
profissionais que atendam às demandas sociais e, aí está o desafio do assistente social, tomar posse 
desse instrumento na dimensão ético-político profissional. 
 O Assistente social por meio de indicadores sociais e estatísticos ou seja o embasamento 
teórico-empírico pode basear seu trabalho de intervenção diante das políticas sociais para que suas 
ações que são destinadas a população. São estas ações, projetos e programas que serão geridos de 
forma a obter respostas profissionais às demandas da população. Os indicadores sociais possibilitam 
informações importantes que os assistentes sociais podem avaliar onde está, para onde ir e de que 
forma irá, para fazer a intervenção e atender os objetivos previamente identificados. 
 Os indicadores não são apenas números e dados, eles permitem conferir os dados de acordo 
com as questões postas diante da realidade social. Os indicadores servirão para traçar diagnósticos 
sobre uma determinada realidade e com isso construir planos e ações para políticas públicas de 
enfrentamento de pobreza, violência entre outras, permitindo direcionar programas e projetos, como 
também medir a efetividade destes programas e das políticas sociais. 
 Por isso os indicadores sociais são ferramentas importantes para os assistentes sociais para 
conhecer uma determinada realidade que o mesmo queira intervir objetivando alcançar seus 
resultados. Desta forma pode-se concluir que é muito importante que o assistente social tenha 
conhecimento dos indicadores para poder fazer as intervenções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 CONCLUSÃO 
 
 A estatística não é um ramo da matemática onde apenas se investigam os processos de 
obtenção, organização e análise de dados sobre uma determinada população. Não se limita a um 
conjunto de elementos numéricos relativos a um fato social. Não se resume somente a números, 
tabelas e gráficos usados para o resumo, a organização e apresentação dos dados percebidos no 
cotidiano. É uma ciência multidisciplinar, permite a análise de dados com fundamentos concretos na 
realidade social. Este trabalho visa destacar a constituição histórica da Estatística inicialmente como 
instrumento de controle social, em seguida como as Ciências Sociais se apropriam da estatística nos 
estudos sobre a sociedade e no Estado moderno, como poder público utiliza os resultados estatístico 
para formulação, implementação, monitoramento e avaliação de Políticas Públicas. 
 Nos dias de hoje não podemos negar a importância de formulação de políticas sociais e a 
contribuição da Estatística como importante ferramenta de informação no trabalho do assistente 
social. Entretanto temos que compreender que a realidade não está totalmente expressa em apenas 
um conjunto de números, mas se juntarmos os números, o nosso conhecimento sobre o sistema de 
produção capitalista, as desigualdades sociais, a má distribuição de renda, podemos nos aproximar 
da realidade em que estão inseridas as pessoas que atendemos no dia a dia. O crescente uso da 
estatística vem ao encontro da necessidade de realizar análises e avaliações objetivas, 
fundamentadas em conhecimentos científicos. Os gestores públicos estão se tornando cada vez mais 
dependentes de dados estatísticos para obter informações essenciais que auxiliem suas análises 
sobre a conjuntura econômica e social. A estatística é responsável pelo desenvolvimento
científico 
em geral principalmente para as ciências humanas e sociais. Aqui se insere o profissional de serviço 
social na apropriação da Estatística como instrumento auxiliar para a definição de ações de 
intervenção comprometidas com a autonomia dos sujeitos sociais. 
 Entende-se que o assistente social utiliza instrumentos de trabalho coerentes com a sua 
finalidade: a cidadania dos sujeitos. Os procedimentos do assistente social são condizentes com a 
expectativa de uma sociedade onde a democracia, a participação e a cidadania sejam seus alicerces. 
No exercício profissional apresenta um olhar inclusivo, acolhedor, imprimindo à sua ação 
estratégias articuladas na direção da obtenção da cidadania. 
 Esses profissionais visam produzir as mudanças necessárias no cotidiano da vida social dos 
usuários atendidos. E é através da competência técnico-operativa que o assistente social encontra o 
resultado da capacidade criativa e da compreensão da realidade social, para que a intervenção possa 
ser realizada com eficácia, responsabilidade e competência profissional. 
 
 
 
 
 
Trata-se de uma forma de trabalhar com o reconhecimento das forças internas e externas que 
envolvem e interferem nas relações dos sujeitos, permitindo a atenção aos seus aspectos coletivos, 
sem, contudo, perder de vista a sua dimensão individual. Dentro desse enfoque, a profissão de 
Serviço Social está inserida numa relação direta, pois, através de sua prática e intervenções, está 
fundamentada no seu discurso teórico, e tem tido papel importante. 
Os indicadores sociais são meios utilizados para designar os países como sendo Ricos, em 
Desenvolvimento ou Pobres, através de analises dos países segundo a: Expectativa de vida, Taxa 
de mortalidade, Taxa de analfabetismo, Taxa de mortalidade infantil, Renda Nacional Bruta, 
Qualidade de vida e acesso ao consumo entre outros. 
Índice de Desenvolvimento Humano foi criado pela ONU para tentar medir o grau econômico e, 
principalmente, como as pessoas estão vivendo nos países de todo o mundo. Lembrando que não 
existe nenhum país do mundo com índice 0, pois se isso ocorresse era o mesmo que apresentar, por 
exemplo, taxas de analfabetismo de 100% e todos os outros indicadores em níveis desastrosos. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à fome. Norma Operacional Básica 
de Recursos Humanos do SUAS – NOB/RH/SUAS. 2006. 
 
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<https://brasilescola.uol.com.br/geografia/os-indicadores-sociais.htm>. Acesso em 19 de maio de 
2019. 
 
JANNUZZI, P. M. Considerações sobre o uso, mau uso e abuso dos indicadores sociais na 
formulação e avaliação de políticas públicas municipais. Revista do Serviço Público. Brasília: 
ENAP, 2002. 
 
 
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transformações da análise estatística da sociedade (séculos XVII-XIX). Rev. bras. Hist., São 
Paulo, v. 21, n. 41, 2001 em 06/08/13 às 20h07min. Disponível em: http://conic-
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MARTINELLI, Maria Lucia. Serviço Social, Identidade e Alienação. Cortez .2009.São Paulo. 
 
MIOTO, Regina Célia Tamaso. Famílias e Famílias Práticas e Conversações Contemporâneas. 
(Organizadores: DUARTE, Marco José de Oliveira; ALENCAR, Mônica Maria Torres de). Ed.Lumen 
Juris 3° edição, Rio de Janeiro, 2013, p. 07 e 08. 
 
 
JUSBRASIL disponivel em: https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/104422/lei-da-assistencia-
social-lei-8742-93 acesso em 28 de março de 2019.

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