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AÇÃO DE NULIDADE DE REGISTRO DE MARCA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA XXX VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE XXX 
GUILHERME RODOLFO, nacionalidade XXX, estado civil XXX, profissão XXX, CPF sob o nº XXX, residente e domiciliado no endereço completo XXX, e-mail XXX, vem, mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, endereço profissional XXX (procuração em anexo), com fulcro no Art. 173 da Lei 9279/96, propor a presente 
AÇÃO DE NULIDADE DE REGISTRO DE MARCA
em face de LUDMILA, nacionalidade XXX, estado civil XXX, profissão XXX, CPF sob o nº XXX, residente e domiciliado no endereço completo XXX, e-mail XXX, pelos motivos de fato e de Direito a seguir expostos. 
1. DOS FATOS 
O autor da presente demanda é titular da marca “Frio Gostoso”, referente ao ramo de congeladores. Ocorre que, o autor foi surpreendido quando informado por um fornecedor que a referida marca estaria sendo utilizada no mercado pela parte ré. 
Buscando informações a respeito, o autor descobriu que sua marca havia sido registrada no Instituto nacional de Propriedade Industrial (INPI) pela parte ré há dois anos, em flagrante desrespeito à marca de sua propriedade. Além disso, no procedimento para a concessão da marca a parte ré, o INPI não publicou o pedido de registro da marca da ré, o que impediu a impugnação administrativa pelo autor. 
Assim, o autor pleiteia judicialmente para obter a nulidade do registro da parte ré no INPI e colocar fim na exploração indevida de sua marca. 
2. DO DIREITO 
A proteção à propriedade das marcas encontra resguardo no texto constitucional, tendo sido inserida pelo legislador no título relativo aos direitos e garantias fundamentais, revelando-se, assim, sua suma importância. Nesse viés, o art. 5º, XXIX, CRFB/88, determina ao legislador ordinário que proteja, entre outros direitos, à propriedade das marcas, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do país. 
Assim, a lei 9279/96 veio para tutelar os direitos e obrigações relativos á propriedade industrial, em especial, no que tange às marcas, o Art. 129 deste diploma prescreve que a aquisição da propriedade se dá com o registro validamente expedido, o que assegura ao seu titular o uso em todo território nacional exclusivamente. No caso em tela, o autor é titular da marca frio gostoso e desse modo possui exclusividade em seu uso, sendo, com isso, afrontado seu direito pela parte ré. Diante da legislação tal situação não deve perdurar. 
Ainda, muito embora a ré tenha conseguido registrar a marca, por conta de algumas irregularidades, tal concessão desrespeitou o requisito da novidade relativa, indispensável para a caracterização da marca como sendo registrável. O art. 123, I, da Lei 9279/96 considera como marca de produto aquela usada para distinguir produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, com isso, não se trata de uma novidade absoluta que alcance todas as classes de produtos mas basta que não seja dentro do mesmo ramo de atividade. No caso concreto, vê-se que tanto o autor como a ré dedicam-se ao mesmo ramo de atividade, o de venda de congeladores, sendo assim, por desrespeito a novidade relativa por parte da ré deve ser declarada a nulidade da marca. 
Não bastasse isso, o registro da marca pela ré não obedeceu aos requisitos previstos em lei a partir do Art. 130 da LPI, isto porque não houve a publicação do pedido do registro da marca da ré como está previsto no diploma legal. Não restando dúvidas de que a ré encontra-se irregular e merece ter declarada nula o registro da marca Frio Gostoso. 
3. DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer-se: 
a) que seja o presente petitório recebido com sua total procedência, qual seja: a declaração de nulidade da marca registrada pela parte ré; 
b) a juntada de documentos anexados à exordial para fazer prova quanto ao alegado; 
c) a produção de todos os meios de provas admitidas em Direito, em especial, documental, testemunhal e pericial, se necessário; 
d) a citação da ré, para que venha compor a lide 
e) a condenação da ré as custas e honorários advocatícios, na forma da lei; 
f) a procedência da presente ação, no escopo de anular o registro com efeitos ex tunc e em pedido sucessivo a adjudicação do registro. 
Dá-se á causa o valor de R$ XXX. 
Termos em que,
pede-se deferimento.
Local e data XXX.
Advogado OAB/UF

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