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ESTABILIDADE DE TALUDES INTRODUÇÃO TALUDE Pode ser definido como uma superfície inclinada que delimita um maciço terroso ou rochoso. Pode-se dizer que é composto de: ANALISES DE ESTABILIDADE TÊM COMO OBJETIVO, NO CASO DE: Encostas naturais: estudar a estabilidade de taludes, avaliando a necessidade de medidas de estabilização. ANALISES DE ESTABILIDADE TÊM COMO OBJETIVO, NO CASO DE: Cortes ou escavações: estudar a estabilidade, avaliando a necessidade de medidas de estabilização; ANALISES DE ESTABILIDADE TÊM COMO OBJETIVO, NO CASO DE: Barragens: definir seção da barragem de forma a escolher a configuração economicamente mais viável. Neste caso são necessários estudos considerando diversos momentos da obra: final de construção, em operação, sujeita a rebaixamento do reservatório, etc. ANALISES DE ESTABILIDADE TÊM COMO OBJETIVO, NO CASO DE: Aterros: estudar seção de forma a escolher a configuração economicamente mais viável. Neste caso são necessários estudos considerando diversos momentos da obra: final de construção e em longo prazo. ANALISES DE ESTABILIDADE TÊM COMO OBJETIVO, NO CASO DE: Rejeitos (industriais, de mineração ou urbano): A exploração de minas (carvão, etc.) e a produção de elementos químicos (zinco, manganês, etc.) implica na necessidade de se desfazer ou estocar volumes apreciáveis de detritos ou rejeitos. ANALISES DE ESTABILIDADE TÊM COMO OBJETIVO, NO CASO DE: Retro analisar taludes rompidos (naturais ou construídos) possibilitando reavaliar parâmetros de projeto. MECANISMO DE RUPTURA A ruptura em si é caracterizada pela formação de uma superfície de cisalhamento contínua na massa de solo. Existe, portanto, uma camada de solo em torno da superfície de cisalhamento que perde suas características durante o processo de ruptura, formando assim a zona cisalhada. Inicialmente há a formação da zona cisalhada e, em seguida, desenvolve-se a superfície de cisalhamento. Este processo é bem caracterizado, tanto em ensaios de cisalhamento direto, como nos escorregamentos de taludes. MECANISMO DE RUPTURA Figura: Zona fraca, zona cisalhada e superfície de cisalhamento (LEROUEIL, 2001). ANÁLISE DE ESTABILIDADE A análise da estabilidade de uma determinada estrutura é feita seguindo a seguinte metodologia: recolhe-se amostra indeformada no campo realizam-se ensaios de laboratório determinam-se os parâmetros que definem o comportamento tensão x deformação x resistência utilizam-se teorias e metodologias de dimensionamento que fornecem o Fator de segurança ANÁLISE DE ESTABILIDADE TIPOS DE TALUDES Tipos e formas geométricas de encostas TIPOS DE TALUDES Respostas geodinâmicas de encostas de acordo com a forma TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Os movimentos de massa se diferenciam em função de: Velocidade de movimentação Forma de ruptura A partir da identificação destes fatores, os movimentos de massa podem ser agrupados em 3 categorias: escoamentos; subsidências; escorregamentos. TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA As erosões, que também são movimentos de massa, muitas vezes não podem ser classificadas em um único grupo. Os mecanismos deflagradores dos processos erosivos podem ser constituídos de vários agentes, fazendo com que as erosões sejam tratadas separadamente. TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Escoamento Rastejo ou fluência Característica: Escorregamentos lentos e contínuos, sem superfície de ruptura bem definida, podendo englobar grandes áreas Causa: ação da gravidade associada a efeitos causados pela variação de temperatura e umidade O deslocamento se dá quando se atinge a tensão de fluência, a qual é inferior a resistência ao cisalhamento TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Escoamento Rastejo ou fluência Escoamento Rastejo ou fluência Pode eventualmente ser observado em superfície mudando a verticalidade de arvores, postes, etc. TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Escoamento Corridas Característica: Movimentos rapidos ( vel ≥ 10km/h) . Em planta a corrida de terra se assemelha a uma língua Causa: Perda de resistência em virtude de presença de água em excesso (fluidificação) TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Escoamento Corridas O processo de fluidificação pode ser originado por adição de água (areias) esforços dinâmicos (terremoto, cravação de estacas, etc) amolgamento em argilas muito sensitivas TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Escoamento Corridas TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Subsidência e Recalques A subsidência por definição é o resultado do deslocamento da superfície gerado por adensamento ou afundamento de camadas, como resultado da remoção de uma fase sólida, liquida ou gasosa. TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Subsidência e Recalques Em geral envolve grandes áreas e as causas mais comuns são : Ação erosiva das águas subterrâneas Atividades de mineração Efeito de vibração em sedimentos não consolidados Exploração de petróleo Bombeamento de águas subterrâneas TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Subsidência e Recalques Os recalques são movimentos verticais de uma estrutura, causados pelo peso próprio ou pela deformação do solo gerada por outro agente. As causas mais comuns são: Ação do peso próprio Remoção do confinamento lateral devido a escavações Rebaixamento do lençol d’água TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Subsidência e Recalques Os desabamentos ou quedas são subsidências bruscas, envolvendo colapso na superfície. Quedas Característica: Movimentos tipo queda livre ou em plano inclinado Velocidades muito altas (vários m/s) TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Subsidência e Recalques Quedas ou desprendimentos (falls) destacamento ou “descolamento” de solo ou rocha de um talude íngreme. TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Subsidência e Recalques Desprendimento (topples): rotação de massa de solo ou rocha em um ponto ou eixo abaixo do centro de gravidade da massa deslizante. Pode levar ao movimento de queda ou escorregamento propriamente dito, dependendo da geometria do terreno. TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Escorregamentos Escorregamentos Definição: Movimentos rápidos ao longo de superfícies bem definidas Causas: O escorregamento ocorre quando as tensões cisalhantes se igualam a resistência ao cisalhamento; isto é TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Escorregamentos Escorregamento (propriamente dito ou slide): movimento de descida de massa de solo ou rocha, tendo uma superfície de ruptura bem definida. Geralmente o centro de rotação está acima do centro de gravidade da massa deslizante. TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Escorregamentos Espalhamento (Spread): descreve movimentos relativamente rápidos de massas de argila, que podem ter estado estáveis por muito tempo, que se deslocam para frente por uma distância considerável. TIPOS DEMOVIMENTOS DE MASSA Escorregamentos Corridas de lama (mood flow): Movimentos muito rápidos de solo argiloso mole, que se move como se fosse um fluido viscoso. Movimentos de “fluxo” também podem acontecer com outros materiais, por exemplo, areia seca. TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Erosão À ação antrópica, tem sido o fator condicionante na deflagração dos processos erosivos, nas suas várias formas de atuação, como desmatamento e construção de vias de acesso, sem atenção às condições ambientais naturais. TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Erosão o processo de evolução da voçoroca pode provocar escorregamentos sucessivos conforme indicam as seguintes fases: a infiltração reduz a sucção do talude da voçoroca, que dependendo da duração e intensidade da chuva pode ocorrer um escorregamento; após o período chuvoso o solo começa a secar e volta a ganhar resistência; TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Erosão material coluvionar resultante do escorregamento é levado pelo próprio escoamento superficial das chuvas que causaram o escorragemento e principalmente pela exfiltração contínua no pé da voçoroca; novas chuvas poderão causar novos escorregamentos. TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA Erosão A potencialidade do desenvolvimento de processos erosivos depende de fatores externos e internos, conforme mostrado na Tabela: CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA Existem diversas propostas de sistemas de classificação de movimentos, em que as ocorrências são agrupadas em função do tipo de movimento: rastejos ou fluência; escorregamentos; quedas e corridas ou fluxos. Nenhuma delas inclui processos erosivos (ravinas e voçorocas). Quanto aos grupos A classificação mais utilizada internacionalmente e esta mostrada na Tabela CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA Quanto a velocidade Quanto à velocidade os movimentos de massa podem ser classificados como CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA Quanto a profundidade Quanto à profundidade os movimentos de massa podem ser classificados como TIPOS DE ESCORREGAMENTO Os escorregamentos são os movimentos de massa mais freqüentes e de conseqüências catastróficas. A forma da superfície de ruptura varia dependendo da resistência dos materiais presentes na massa. Tanto em solos como em rochas a ruptura se da pela superfície de menor resistência. TIPOS DE ESCORREGAMENTO Rotacional Em solos relativamente homogêneos a superfície tende a ser circular. Caso ocorra materiais ou descontinuidades que representem com resistências mais baixas, a superfície passa a ser mais complexa, podendo incluir trechos lineares. TIPOS DE ESCORREGAMENTO Rotacional A anisotropia com relação a resistência pode acarretar em achatamento da superfície de ruptura. Os escorregamentos rotacionais podem ser múltiplos conforme mostra a Figura 21 e, na realidade, ocorrem sob forma tridimensional ( Figura 22). TIPOS DE ESCORREGAMENTO Rotacional TIPOS DE ESCORREGAMENTO Rotacional TIPOS DE ESCORREGAMENTO Translacional Os escorregamentos translacionais se caracterizam pela presença de descontinuidades ou planos de fraqueza. TIPOS DE ESCORREGAMENTO Translacional Os escorregamentos translacionais podem ocorrer no contato entre colúvio e solo residual e até mesmo no manto de alteração do solo residual. TIPOS DE ESCORREGAMENTO Misto: Rotacional e Translacional CAUSAS GERAIS DOS ESCORREGAMENTOS A instabilidade do talude será deflagrada quando as tensões cisalhantes mobilizadas se igualarem à resistência ao cisalhamento; isto é CAUSAS GERAIS DOS ESCORREGAMENTOS Esta condição pode ser atingida com o aumento das tensões cisalhantes mobilizadas ou pela redução da resistência. Varnes (1978) divide os mecanismos deflagradores em 2 grupos. A Tabela 5 propõe uma classificação adaptada CAUSAS GERAIS DOS ESCORREGAMENTOS CAUSAS GERAIS DOS ESCORREGAMENTOS CAUSAS GERAIS DOS ESCORREGAMENTOS CAUSAS GERAIS DOS ESCORREGAMENTOS CAUSAS GERAIS DOS ESCORREGAMENTOS CAUSAS GERAIS DOS ESCORREGAMENTOS CAUSAS GERAIS DOS ESCORREGAMENTOS CAUSAS GERAIS DOS ESCORREGAMENTOS CAUSAS GERAIS DOS ESCORREGAMENTOS A cobertura vegetal pode produzir efeitos favoráveis ou desfavoráveis na estabilidade das encostas, por exemplo: O sistema raticular pode atuar como reforço e/ou caminho preferencial de infiltração. A presença da copa das arvores reduz o volume de água que chega à superfície do talude Os caules das arvores geram um caminho preferencial de escoamento de água; A cobertura vegetal aumenta o peso sobre o talude; etc. CAUSAS GERAIS DOS ESCORREGAMENTOS Apesar dos efeitos contrários, a retirada da cobertura vegetal é indiscutivelmente um poderoso fator de instabilização Com relação à ação antrópica, as principais modificações indutoras dos movimentos gravitacionais de massa são: CAUSAS GERAIS DOS ESCORREGAMENTOS Remoção da cobertura vegetal. Lançamento e concentração de águas pluviais e/ou servidas. Vazamentos na rede de abastecimento, esgoto e presença de fossas. Execução de cortes com geometria incorreta (altura/inclinação). Execução deficiente de aterros (geometria, compactação e fundação). Lançamento de lixo nas encostas/taludes. SIGNIFICADO SÓCIO-ECONÔMICO DE ESCORREGAMENTOS Pode-se dizer que a ocorrência dos mesmos deve aumentar, devido principalmente a: Aumento da urbanização e do desenvolvimento de áreas sujeitas a escorregamentos; Desflorestamento contínuo destas áreas; Aumento das taxas de precipitação causadas pelas mudanças de clima. SIGNIFICADO SÓCIO-ECONÔMICO DE ESCORREGAMENTOS É obvio que os escorregamentos geram custos, que podem ser classificados como diretos e indiretos. Custos diretos: reparo de danos relocação de estruturas manutenção de obras instalações de contenção SIGNIFICADO SÓCIO-ECONÔMICO DE ESCORREGAMENTOS Custos indiretos: Perda de produtividade industrial, agrícola e florestal, bem como potencial turístico devido aos danos locais e interrupção de sistemas de transporte; Perda de valor de propriedades, bem como de impostos referenciados por ele; Perda de vidas humanas, invalidez física ou trauma psicológico em moradores de locais afetados por escorregamentos.
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