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Audição Suelen Marques Como ouvimos o mundo? A captação do som até sua percepção e interpretação é uma seqüência de transformações de energia iniciando pela sonora, passando pela mecânica, hidráulica e finalizando com a energia elétrica dos impulsos nervosos que chegam ao cérebro. ESTÍMULOS SONOROS SOM • As ondas sonoras se propagam de forma tridimensional e tem 4 principais aspectos: – FORMA DA ONDA (ciclos senoidais, amplitude variando no tempo) – FASE – AMPLITUDE (Intensidade ou Volume, expressa em decibéis –db) – FREQÜÊNCIA (Tom, expressa em ciclos por segundo ou Hertz – Hz) •Espectro de som audível: 20 Hz a 20KHz PROPRIEDADES DO SOM Sistema Auditivo •Função Auditiva: •Converter o som em impulsos nervosos •Som: •Definição: ondas de pressão geradas pela vibração das moléculas de ar •Característica: compressão e expansão (rarefação) alternadas do ar •Velocidade do som: 340 m/seg. Rarefação Compressão Função Auditiva •Transmissora: •Mecanismos que permitem a adequada transmissão da energia acústica •Protetora: •elementos capazes de atenuar intensidades sonoras excessivas •Transdutora: • Transforma as ondas sonoras (energia mecânica) em padrões distintos de atividade neural (energia elétrica) Captação do estímulo auditivo Aparelho auditivo – Organização do orgão auditivo Orelha externa Orelha média Orelha interna Capta energia mecânica (ondas sonoras) Transmite energia mecânica a seus orgãos receptores (até a janela oval) Contem receptores para audição e para o equilíbrio •Nervo acústico •Centros auditivos no tronco cerebral, tálamo e córtex auditivo (primário e secundário). REFLEXÕES NO PAVILHÃO AUDITIVO Membrana Timpânica •Forma afunilada (área = 55 a 64 mm2 x 0,1mm) •Recebem as ondas sonoras (compressão e relaxamento). •A parte central está ligada aos ossículos (martelo, bigorna e estribo) auditivos, que conduzem as vibrações para a orelha interna •Promove amplificação do estímulo sonoro •Transmissão ar-água (Diferença de densidade) •Apresenta comportamento diferente em função das freqüências dos sons •Diferença das áreas: do tímpano x janela oval (17x); do tímpano x ossículos (1,3x) ANATOMIA DO ORELHA MÉDIA Como funciona: As ondas sonoras vibram o tímpano → compressão e relaxamento da membrana movimenta os ossículos → movimento de pistão da platina do estribo sobre a janela oval → vibrações mecânicas se transformam em ondas de pressão hidráulica cíclicas que se propagam no fluído que preenche a cóclea → ondas no fluído são detectadas pelas células ciliadas que enviam ao cérebro sinais nervosos (elétricos) que são interpretados como som. Anatomia da Audição: ouvido médio (modelo) Orelha externa Tímpano Orelha média Orelha interna Trompa de Eustáquio Janela oval Janela redonda LíquidoArticulação Escala do vestíbulo Escala do tímpano Ossículos (Martelo, Bigorna e Estribo) Janela oval Cóclea Janela RedondaTímpano Músculo Tensor do tímpano Músculo estapédio Músculos Protetores da Audição Tensor do tímpano – limita o movimento impedindo lesão (traciona a membrana timpânica e a janela oval para o interior do ouvido médio) Estapédio – amortece grandes vibrações no estribo, produzidas por som de grande intensidade. Diminui a sensibilidade da audição (posiciona os ossículos em condições de transferirem toda ou apenas parte da energia mecânica recebida do tímpano). REFLEXO DE ATENUAÇÃO Situação para nível sonoro menor que 70 dB. Músculo estapédio relaxado. Estribo tem movimento de pistão sobre a membrana da janela oval. Situação para nível sonoro maior que 70 dB. Músculo estapédio contraído A platina do estribo passa a escorregar sobre a membrana da janela oval. A contração do músculo estapédio altera o padrão de vibração do estribo na janela oval. Membrana De Reissner Membrana tectorial Órgão de Corti Membrana Basilar Escala Vestibular Escala Média Escala Timpânica ANATOMIA DA ORELHA INTERNA ANATOMIA DA CÓCLEA Escala Timpânica Membrana Basilar Escala Vestibular Helicotrema Janela Oval Estribo Janela Redonda ANATOMIA DA CÓCLEA TONOTOPIA NA MEMBRANA BASILAR MAPEAMENTO TOPOGRÁFICO DAS FREQUÊNCIAS NA MEMBRANA BASILAR ORGANIZAÇÃO DA MEMBRANA BASILAR A MB NÃO É UNIFORME: A BASE É PEQUENA E DENSA E O ÁPICE É LARGO E FROUXO ORGANIZAÇÃO DA MB ORGANIZAÇÃO DA MB AO SOM COMPLEXO ÓRGÃO DE CORTI Modíolo Lâmina reticular Membrana TectorialEstereocílios Célula Ciliada externa Célula Ciliada externa Pilares de Corti Membrana Basilar Gânglio espiral Nervo auditivo ANATOMIA DO ÓRGÃO DE CORTI ANATOMIA DO ÓRGÃO DE CORTI CHEGADA DE UM SOM Estereocílios Membrana tectorial Lâmina Reticular Modíolo Células Ciliadas Externas Membrana Basilar Pilares de Corti Células Ciliadas internas Deflexão da membrana basilar Deslocamento dos cílios MOVIMENTAÇÃO DA MB MOVIMENTAÇÃO DA MB O movimento da membrana basilar cria uma força lateral que inclina os estereocílios das células ciliadas, levando a alteração de voltagem na membrana destas células. Deflexão dos feixes ciliares no sentido excitatório (em direção a borda maior, despolarização da célula) Quando a membrana basilar se move para baixo, os feixes ciliares são movidos na direção inibitória (hiperpolarização) O MOVIMENTO DA ONDA QUE SE PROPAGA PELA MB INICIA A TRANSDUÇÃO SENSORIAL CÉLULAS CILIADAS E SEUS ESTEREOCÍLIOS “ESTEREOCÍLIOS” POTENCIAL DO RECEPTOR É BIFÁSICO: • ALGUNS CANAIS ESTÃO ABERTOS; • DESPOLARIZAÇÃO EM DIREÇÃO AO MAIOR CÍLIO; • HIPERPOLARIZAÇÃO EM DIREÇÃO AO MENOR CÍLIO. “ESTEREOCÍLIOS” ESTEREOCÍLIOS DE ACTINA MOTORES DOS ESTEREOCÍLIOS TRANSDUÇÃO AUDITIVA TRANSDUÇÃO AUDITIVA TRANSDUÇÃO AUDITIVA Inervação do Orgão de Corti Células ciliadas externas Células ciliadas internas Células do gânglio espiral Para o núcleo coclear (aferente) Do complexo olivar superior (eferente) SISTEMA AUDITIVO - VIAS ANATÔMICAS Bulbo Mesencéfalo Tálamo Córtex Cortex Auditivo Os sinais nervosos levados pelo nervo auditivo ao cérebro já contém as informações das freqüências que compõem o som que está sendo recebido pelo ouvido. Essa análise se processa na membrana basilar da cóclea sobre a qual estão dispostas as milhares de células ciliadas. Tipos de surdez •Surdez neurossensorial: •Causada por comprometimento das células ciliadas da cóclea ou por lesão do ramo no nervo vestíbulo-coclear (VIII) •Causado por aterosclerose que reduz o suprimento sanguineo para os ouvidos, pela exposição a ruídos altos que destroem as células ciliadas, ou por certos medicamentos como aspirina e estreptomicina •incapacidade dos sinais auditivos atingirem o cortex auditivo (por lesão da cóclea) •Surdez de condução: •Causada por comprometimento dos mecanismos dos ouvidos externo e médio, para a transmissão dos sons à cóclea. •Bloqueio da Tuba Auditiva de Eustáquio, por cerumen impactado, por lesão do tímpano e pelo avanço da idade (produz espessamento do tímpano e aumento da rigidez articular) Surdez Grau de surdez Perda (decibéis) Deficiência auditiva ligeira 20 a 40 Deficiência auditiva moderada 1º grau2º grau 41 a 55 56 a 70 Deficiência auditiva severa 1º grau 2º grau 71 a 80 81 a 90 Deficiência auditiva profunda 1º grau 2º grau 3º grau 91 a 100 101 a 110 111 a 119 Deficiencia auditiva total 120
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