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Currículo lattes e adequação vocabular

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J. A. L. Português – Layane Viana
Currículo Lattes
O que é: 
Criada primeiramente como uma forma de integrar dados de pesquisadores, a plataforma Lattes do CNPq é uma poderosa base de dados de currículos que une grupos de pesquisa e instituições, registrando a vida pregressa e atual de acadêmicos de todo o país. Hoje, a utilização foi bem ampliada e, uma vez que a visualização é pública, o Lattes vem sendo usado comumente como um currículo profissional online.
O cadastro é simples e o site é bem autoexplicativo. Os campos que as páginas apresentam são bastante claros e vão pedir desde a compreensão em diferentes línguas até suas áreas de atuação. Suas informações curriculares, como graduações e pós, participações em eventos e pesquisas, assim como atuações profissionais, serão destacadas no currículo. 
Adequação Vocabular 
O que é adequação vocabular?
É obter das palavras os melhores efeitos. É conseguir usar as palavras adequadas ao contexto em que elas são produzidas: para quem são produzidas, quem produz, com que finalidade, em que ambiente e momento. É conseguir usar as palavras corretamente e, como recurso, conseguir substituí-las por outras sem prejuízo de sentido.
A adequação ao referente
Baseia-se na utilização de vocábulos gerais frente a vocábulos específicos. Por exemplo, a palavra ver, que tem emprego mais amplo que observar, contemplar, distinguir, espiar, fitar etc. O que é mais adequado? Pedro estava muito triste com a separação. Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e viu o sol. Pedro estava muito triste com a separação. Por isso, foi à praia, sentou-se na areia e contemplou o sol.
Adequação ao ponto de vista
Aqui serão levados em consideração os vocábulos positivos, neutros e negativos. Em você me deu um café gelado, a palavra gelado assume valor negativo, entretanto, assume valor positivo em Depois do trabalho vamos tomar uma cerveja gelada?
Adequação aos interlocutores
Há, nesse critério, quatro tipos de seleção vocabular: Quanto à atividade profissional com o uso dos jargões; Quanto à imagem social de um dos interlocutores, ou seja, um chefe de estado se expressa como se espera dele; Quanto à idade com o uso de vocábulos modernos (luminária) ou antigos (abajur);Quanto à origem dos interlocutores com emprego do vocábulo regional (piá – criança).
Adequação à situação de comunicação
Refere-se, ao uso de vocábulos formais ou informais e ainda aos estrangeirismos. Lembrando que palavras estrangeiras devem ser grafadas entre aspas nas redações e só devem ser usadas quando necessárias, ou seja, quando forem importantes para o entendimento; em uma situação de estilo ou quando não houver palavra equivalente na Língua Portuguesa.
Adequação ao código
É relevante para esse critério a correção não só ortográfica, mas também semântica, respeitando os significados dicionarizados. Ressalta-se que os empregos “de moda” devem evitados, pois não contribuem para enriquecer um idioma, como colocar em lugar de apresentar e assumir em lugar de responsabilizar-se:- Vou colocar aqui um problema...- Se der errado, eu assumo...
Adequação ao contexto 
As situações textuais revelam-se nas relações desenvolvidas entre as palavras do texto. Por exemplo, se há relação de causa e efeito – tropeçar / cair; se há relação de finalidade – livro / estudar; se há relação de parte e todo – rei / xadrez; se há relação de sinonímia – aroma / perfume; se há relação de antonímia – entrar / sair; se há relação de unidade e coletivo – livro / biblioteca; se há relação de objeto e ação – cadeira / sentar e se há relação simbólica – pomba / paz.
Como adequar as palavras?
Uma das formas de adequação vocabular, é a substituição de um termo por um hipônimo ou hiperônimo. Hiperônimo é uma palavra que apresenta um significado mais abrangente que o seu hipônimo, palavra com significado mais restrito. É o que acontece com as palavras doença (hiperônimo) e gripe (hipônimo).
Também podemos adequar bem as palavras usando e aplicando os conceitos de homonímia, paronímia, sinonímia, antonímia, conotação e denotação, discutidos em aulas anteriores. A adequação vocabular depende de uma boa escolha lexical.
Campos lexicais e semanticos
Léxico é o conjunto de palavras pertencentes a determinada língua. Por exemplo, temos um léxico da língua portuguesa que é o conjunto de todas as palavras que são compreensíveis em nossa língua. Quando essas palavras são materializadas em um texto, oral ou escrito, são chamadas de vocabulário. O conjunto de palavras utilizadas por um indivíduo, portanto, constituem o seu vocabulário.
Semântica é o estudo do significado, no caso das palavras, a semântica estuda a significação das mesmas individualmente, aplicadas a um contexto e com influência de outras palavras.
O campo semântico, por sua vez, é o conjunto de possibilidades que uma mesma palavra ou conceito tem de ser empregada(o) em diversos contextos. O conceito de campo semântico está ligado ao conceito de polissemia.
Polissemia
Polissemia é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar mais de um significado nos múltiplos contextos em que aparece.
Veja alguns exemplos de palavras polissêmicas:
cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da vassoura, da faca)
banco (instituição comercial financeira, assento)
manga (parte da roupa, fruta)
Homônimos
São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados diferentes.
Veja alguns exemplos abaixo:
	acender (colocar fogo)
	ascender (subir)
	acento (sinal gráfico)
	assento (local onde se senta)
	acerto (ato de acertar)
	asserto (afirmação)
	bucho (estômago)
	buxo (arbusto)
	caçar (perseguir animais)
	cassar (tornar sem efeito)
	cegar (deixar cego)
	segar (cortar, ceifar)
	cela (pequeno quarto)
	sela (forma do verbo selar; arreio)
Parônimos
É a relação que se estabelece entre palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita.
Veja alguns exemplos no quadro abaixo.
	absolver (perdoar, inocentar)
	absorver (aspirar, sorver)
	apóstrofe (figura de linguagem)
	apóstrofo (sinal gráfico)
	aprender (tomar conhecimento)
	apreender (capturar, assimilar)
	arrear (pôr arreios)
	arriar (descer, cair)
	ascensão (subida)
	assunção (elevação a um cargo)
	bebedor (aquele que bebe)
	bebedouro (local onde se bebe)
	cavaleiro (que cavalga)
	cavalheiro (homem gentil)
	comprimento (extensão)
	cumprimento (saudação)
Sinônimos
As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimos. Veja alguns exemplos:
casa-lar-moradia-residência
longe-distante
delicioso-saboroso
carro - automóvel
Observe que os sentidos dessas palavras são próximos, mas não são exatamente equivalentes. Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a mesma coisa que outra.
Há uma pequena diferença de significado entre palavras sinônimas. Veja que, embora casa e lar sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos a seguinte frase: Comprei um novo lar.
Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de elementos que inter-relacionam as partes dos textos.
Antônimos
São palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplos:
mal/bem
ausência/presença
fraco/ forte
claro/escuro
subir/descer
cheio/vazio
possível / impossível
Em resumo:
Sinônimos = sentidos, significados semelhantes, próximos
Antônimos = significação oposta à de outra palavra
Homônimos = mesma pronúncia
Parônimos = pronúncia e grafia parecidas, semelhantes
Resenha acadêmica 
A resenha pode ser definida como um tipo de texto com a finalidade de analisar um objeto e escrever sobre ele. Esse objeto pode ser um artigo publicado online ou em revistas acadêmicas, livros, reportagens, filmes, entre outros.
O objetivo é trabalhar com a construção de descrições, análises, observação e desenvolvimento de um conteúdo que, no final, resultará em uma produção opinativa, mesmo que isso não fiqueexplícito.
Resenhas são interessantes pois de acordo com a realidade do autor, seu background na área, suas opiniões e ponto de vista ao entrar em contato com aquele material terão como resultado um conteúdo original e interessante.
Como fazer uma resenha em 7 passos
1. Identifique e apresente a obra analisada
Não deixe o leitor confuso. Nas primeiras linhas do texto, esclareça qual é a obra resenhada. Apresente o nome do autor, ano de publicação e outras informações bibliográficas importantes.
2. Faça um panorama inicial
Após apresentar os dados técnicos, faça o primeiro parágrafo como forma de introdução. Sobre o que fala a obra? Quais são as principais ideias trabalhadas? Qual foi o objetivo do autor com o material?
Com isso, você estará contextualizando o público e preparando-os a respeito do que será discorrido no texto.
3. Descreva a estrutura da obra
É importante destacar a estrutura do objeto. Se for um livro, ele é dividido em capítulos? Qual é o modo narrativo do texto? Se couber ou for necessário, ainda é interessante dizer de forma suave o número de páginas.
4. Discorra sobre conteúdo
Agora assim, hora de resenhar! Conte, em suas palavras, o que foi dito no texto. Cuidado com o tamanho, não estamos trabalhando nem com sinopses e nem com uma releitura da obra. Encontre o meio termo trabalhando com aquele recorte que já falei acima.
Neste momento, não é hora de apresentar opiniões próprias ou interferir nas ideias propostas pelo autor.
5. Faça sua análise crítica
Caso a resenha seja crítica, a hora de analisar sistematicamente o conteúdo é logo após a parte descritiva.
Ao fazer esta análise, cuidado: opiniões devem ter embasamento. Busque por autores que pensam como você, justifique as ideias a partir de exemplos concretos e tome cuidado para não transformar esta parte em algo “pessoal demais”, pois o fato pode tirar toda a sua credibilidade enquanto autor.
6. Identifique o público-alvo e faça recomendações
Para quem é aquele texto? Quem pode tirar proveito da leitura da obra? É interessante sinalizar o público-alvo da obra no meio da resenha. Isso facilita o trabalho de quem entrar em contato com o seu texto e segmenta a produção de forma assertiva.
7. Discorra um pouco sobre o autor
Quem escreveu/produziu o conteúdo é um jornalista? Poeta? Cineasta? Médico? Faça um pequeno balanço a respeito da vida do autor do conteúdo resenhado e apresente um ou dois outros títulos famosos (quando for o caso).
Concordância nominal e verbal 
A concordância verbal ocorre quando o verbo de flexiona para concordar com o sujeito gramatical. Essa flexão verbal é feita em número (singular ou plural) e em pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa).
A concordância nominal ocorre quando há flexão de um termo (artigo, adjetivo, pronome,…) para concordar com um substantivo. Essa flexão é feita em gênero (masculino ou feminino) e em número (plural ou singular).
Exemplos de concordância verbal
Eu aprendi;
Ele aprendeu;
Nós aprendemos;
Eles aprenderam.
Exemplos de concordância nominal
O amigo verdadeiro;
A amiga verdadeira;
Os amigos verdadeiros;
As amigas verdadeiras.
Casos específicos de concordância verbal
Existem diversos casos específicos de concordância verbal. Os principais são:
Concordância verbal com verbos impessoais
Os verbos impessoais, como não apresentem sujeito, são conjugados sempre na 3.ª pessoa do singular:
Havia várias pessoas esperando. (verbo haver com sentido de existir)
Faz cinco anos que eu te conheci. (verbo fazer indicando tempo decorrido)
Aqui onde moro, chove todos os dias. (verbos que indicam fenômenos atmosféricos)
Concordância verbal com a partícula apassivadora se
Com a partícula apassivadora se, o objeto direto assume a função de sujeito paciente. Assim, o verbo estabelece concordância em número com o objeto direto:
Vende-se casa.
Vendem-se casas.
Concordância verbal com a partícula de indeterminação do sujeito se
Quando a partícula se atua como indeterminadora do sujeito, o verbo fica sempre conjugado na 3.ª pessoa do singular:
Precisa-se de empregado.
Precisa-se de empregados.
Concordância verbal com a maioria, a maior parte, a metade,...
Com essas expressões, o verbo fica conjugado, preferencialmente, na 3.ª pessoa do singular. Contudo, já se considera aceitável o uso da 3.ª pessoa do plural:
A maioria dos alunos vai…
A maior parte dos alunos vai…
A maioria dos alunos vão…
A maior parte dos alunos vão…
Concordância verbal com pronome relativo que
O verbo concorda com o termo antecedente ao pronome relativo que:
Fui eu que pedi…
Foi ele que pediu…
Fomos nós que pedimos…
Concordância verbal com pronome relativo quem
O verbo concorda com o termo antecedente ao pronome relativo quem ou fica conjugado na 3.ª pessoa do singular:
Fui eu quem pedi…
Fomos nós quem pedimos…
Fui eu quem pediu…
Fomos nós quem pediu…
Concordância verbal com o infinitivo pessoal
O infinitivo é flexionado, principalmente, quando se pretende definir o sujeito e quando o sujeito da segunda oração é diferente do da primeira:
Isto é para nós fazermos.
Eu pedir para eles fazerem tudo.
Concordância verbal com o infinitivo impessoal
O infinitivo não é flexionado, principalmente, em locuções verbais e em verbos preposicionados:
As pessoas conseguiram entender a verdade.
Foram incentivados a entender a verdade.
Foram impedidos de entender a verdade.
Concordância verbal com o verbo ser
Com o verbo ser, a concordância em número é estabelecida com o predicativo do sujeito:
Isto é brincadeira!
Isto são brincadeiras!
Concordância verbal com um dos que
Com a expressão um dos que, o verbo fica sempre na 3.ª pessoa do plural:
Um dos que foram…
Um dos que querem…
Um dos que podem…
Veja aqui outros casos específicos de concordância verbal.
Casos específicos de concordância nominal
Existem diversos casos específicos de concordância nominal. Os principais são:
Concordância nominal com pronomes pessoais 
O pronome pessoal e o adjetivo estabelecem concordância em gênero e número:
Ele é falador.
Ela é faladora.
Eles são faladores.
Elas são faladoras.
Concordância nominal com vários substantivos
O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo ou assume a forma no masculino plural:
mochila e livro emprestado;
livro e mochila emprestada;
mochila e livro emprestados;
livro e mochila emprestados.
Concordância nominal com vários adjetivos 
O substantivo fica no singular quando há vários adjetivos no singular que se encontram determinados por artigos. Sem a presença de artigos, o substantivo fica no plural:
a professora simpática e a antipática;
o professor simpático e o antipático;
as professoras simpática e antipática;
os professores simpático e antipático.
Concordância nominal com bastante, muito, pouco, meio, caro, barato, longe
As palavras bastante, muito, pouco, meio, caro, barato e longe, enquanto adjetivos, concordam em gênero e número com o substantivo:
muitas joias;
bastantes joias;
poucas joias;
joias caras;
joias baratas.
Nota: Essas palavras permanecem invariáveis apenas quando assumem a função de advérbios, modificando um verbo.
Concordância nominal com é permitido e é proibido
Com estas expressões, o adjetivo varia em gênero e número quando houver a presença de um artigo determinando o substantivo. Quando não houver artigo, o adjetivo permanece invariável no masculino singular:
É permitida a entrada de animais.
É proibida a entrada de animais.
É permitido entrada de animais.
É proibido entrada de animais.
Nota: Essa mesma regra de concordância é também aplicada às expressões: é necessário, é preciso, é bom.
Concordância nominal com mesmo e próprio 
As palavras mesmo e próprio estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo quando atuam como adjetivo:
na mesma função;
no mesmo trabalho;
nas mesmas funções;
nos mesmos trabalhos;
na própria casa;
no próprio escritório;
nas próprias casas;
nos próprios escritórios.
Nota: Esta regra de concordância estende-se também às palavrasobrigado, quite, anexo e incluso.
Concordância nominal com menos 
A palavra menos permanece sempre invariável:
menos alegria;
menos alegrias;
menos problema;
menos problemas.

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