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A respeito do mencionado concurso de causas de aumento de pena previstas na parte especial, trata-se, conforme destaca José Antonio Paganella Boschi1, de “fórmula ponderadora voltada ao equilíbrio, isto é, que concilia a necessidade da pena aos princípios e às finalidades que a norteiam. Na sua base, vê-se implícito o princípio da necessidade e da suficiência da pena (proporcionalidade em sentido estrito)”. Ao concreto, cuida-se de agente que, primário, não responde a outras ações penais, maculando seu histórico pessoal tão somente um feito, pelo qual cumpriu medida socioeducativa, conforme certidão de antecedentes infracionais que ora se anexa. Em razão disso é que reputo suficiente a limitação a um só dos aumentos previstos na Parte Especial, consoante faculta o §único do art.68 do CP. Por derradeiro, no tocante ao concurso de delitos, adequado seu ajuste à figura do concurso formal, uma vez que os quatro fatos foram praticados mediante ação única, o que se ajusta ao disposto no art.70, do CP. Entendo, contudo, tratar-se de concurso formal próprio, já que concretizada a rapina de modo indiscriminado, sem perquirição de desígnio autônomo. E, diversamente do acenado pela defesa, o acusado obrou com plena consciência de que estava a lesar patrimônios diversos, o que era evidente no cenário dos fatos. Fincadas tais premissas, passo à dosimetria das penas. 1BOSCHI, José Antonio Paganella. Das penas e seus critérios de aplicação, 5° ed., p.271 Roubo entendimento, causa de aumento de pena.
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