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A Teoria do Campo Cristalino retrata a interação entre os ligantes e o íon metálico, onde os ligantes são cargas negativas ou dipolos pontuais que repelem os elétrons dos orbitais d do íon metálicos. Está interação envolve a liberação ou absorção de energia que resulta em alteração de cor do metal central. Vale ressaltar que os metais de transição são conhecidos como elementos do bloco d, sendo este o orbital de maior energia, sua modificação é de acordo com as interações dos ligantes. No sistema octaédrico temos seis pontos de cargas negativas ligadas ao íon metálico, sendo sua posição definida pela força de atração entre o metal e o ligante no orbital d. Os elétrons dos orbitais dz² e dx²-Y² na posição cartesiana e os elétrons dos orbitais dxy , dzy e dzx estão localizados na região adjacente aos orbitais dz² e dx²-Y² . Os orbitais “p” nos compostos octaédricos se desdobram em dois níveis de energias, sendo Eles o eg e teg esta variação de energia do composto octaédrico ira mostrar onde os pares de elétrons irão se arranjar. O eg da origem ao campo de maior energia e o teg formam o nível de menor energia. Este nível de energia é definido com base na energia do orbital d do íon livre. A diferença entre o eg e teg no composto octaédrico é definido com ∆0, que representa o desdobramento do campo cristalino. O Valor do ∆0 poderá ser calculado através do espectro de absorção, que por sua vez irá apresentar o máximo de energia necessária para que o desdobramento ocorra. O complexo poderá ser de spin alto ou de spin baixo, o que define os spins é o campo dos ligantes, ou seja campo fraco spin alto e campo forte spin baixo. O campo octaédrico forte ou fraco é definido pelo ∆0 e o P que representa a energia necessária para forçar o emparelhamento dos elétrons em um mesmo orbital. ∆ for menor que P teremos o campo fraco e ∆ maior que P teremos o campo forte. Outra forma de definir o campo é através da série espectroquímica, onde os ligantes são posicionados, dos elementos com campo mais fraco direcionando para o campo mais forte. Sendo eles: I - < Br - < S2 - < Cl - < NO3 - < F - < OH - < EtOH < oxalato < H2O < EDTA < (NH3 e piridina) < etilenodiamina < bipiridina < o- fenantrolina < NO2 - < CN - < CO. Através do espectro de absorção é possível visualizar as reações de alternância de coloração. O comprimento de ondas variam de 380 nm ( cor violeta) até o 780 nm ( cor vermelha), sendo as cores complementares oscilando do verde amarelado até o verde azulado, de acordo com o disco de Newton. Como exemplo da teoria do campo cristalino, podemos descrever as alterações de cores sofridas pelo elemento Cobalto quando possui ligantes com números de elétrons alterados. A cor dos complexos de Cobalto, está relacionada com transições envolvendo os orbitais t2g → eg (complexos octaédricos) ou e → t2 (complexos tetraédricos). Co 3+ complexo – ligantes [Co(NH3)5Cl] 2+ - a Luz de absorção com ondas de 535 nm - Apresentando a cor violeta. [Co(NH3)5H2O] 3+ - a Luz de absorção com ondas de 500 nm - Apresentando a cor vermelha. [Co(NH3)6] 3+ - a Luz de absorção com ondas de 475 nm - Apresentando a cor amarelo - laranja. [Co(H2O)6] 3+ - a Luz de absorção com ondas de 600 nm - Apresentando a cor azul. (CoF6) 3- - a Luz de absorção com ondas de 700 nm - Apresentando a cor verde. [Co(CN6)] 3- - a Luz de absorção com ondas de 310 nm - Apresentando a cor amarelo pálido. Como exemplo em atendimento a questão 01, citamos o complexo [Co(NH3)6] 3+ que apresenta a transição de mais alta energia, pois o NH3 é um ligante de campo mais forte comparado os elementos da série espectroquimica. Esse complexo será amarelo - laranja, pois apenas uma pequena parte da luz visível, na região azul do espectro, será absorvida. Este exemplo deixa claro que o Cobalto ao sofrer as ligações com ligantes diferentes ou até mesmo com os mesmos ligantes, porém com excitações eletrônicas diferentes, irá apresentar-se com energias diferentes alterando o comprimento de onda, ou seja o desdobramento do campo cristalino. O Cobalto tem numero de coordenação constante, ou seja 6, está no orbital d7 apresenta uma excelente estabilidade e é o elemento que apresenta a maior força no campo mais forte. O Cobalto atua na bateria de lítio recarregável como catalisador na forma de LiCoO2, e dentre os metais usados como catalisador o Cobalto foi o que apresentou o melhor resultado, pois devido a tendência de interações fortes entre o metal cobalto e o oxigênio causam a provável diminuição da capacidade do oxigênio a se ligar no lítio, possibilitando a liberação do Lítio para a realização do processo de carga.
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