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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA, 
CAMPUS VITÓRIA DA CONQUISTA 
 
 
 
PABLO OLIVEIRA SANTOS 
RAPHAEL AUGUSTO CARVALHO BACELAR 
RODRIGO FRUTUOSO DOS SANTOS 
VALDEIR ANDERSON FERREIRA COSTA 
WANDERSON ALVES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSMISSOR FM:​ FATORES QUE DIFEREM A PRÁTICA DA TEORIA EM SUA 
CONSTRUÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória da Conquista 
2019 
PABLO OLIVEIRA SANTOS 
RAPHAEL AUGUSTO CARVALHO BACELAR 
RODRIGO FRUTUOSO DOS SANTOS 
VALDEIR ANDERSON FERREIRA COSTA 
WANDERSON ALVES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de 
Eletromagnetismo do curso de Engenharia Elétrica 
do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia da 
Bahia, Campus Vitória da Conquista, tendo caráter 
avaliativo da unidade. 
 
 
Professor: Dr. Kenedy Marconi Geraldo dos 
Santos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória da Conquista 
2019 
 
1.​ ​Resumo 
Este artigo apresenta a montagem de um circuito elétrico de transmissão de 
rádio FM na placa de circuito impresso com o intuito de verificar as diferenças da 
prática para a teoria e de expor as dificuldades de sua montagem. Assim, foi feito 
um estudo no intuito de entender os possíveis erros ocorridos durante o processo de 
montagem, visando solucioná-los. Deste modo, foi possível verificar e comprovar as 
diferenças entre a teoria e a prática na construção de dispositivos. 
 
2.​ ​Introdução 
Capacitores e indutores são elementos de circuitos elétricos que trabalham 
com tensões e correntes que variam com o tempo, como os resistores, porém ao 
invés de dissipar energia eles são os que absorvem e fornecem energia. Assim, a 
energia absorvida fica armazenada como campo elétrico ou magnético. Desse 
modo, são uns dos elementos mais antigos e mais utilizados. 
Desta forma, o capacitor é um dispositivo que armazena a energia em forma 
de campo elétrico e seu formato consiste em duas placas condutoras separadas por 
um material não condutivo, chamado de dielétrico, com cargas de pólos contrários. 
Assim, ela é medida ​através do quociente entre a quantidade de carga (Q) e a 
diferença de potencial (V) existente entre as placas do capacitor. 
Por outro lado, o indutor ​é essencialmente um condutor enrolado em forma 
helicoidal. Pode ser enrolado de forma auto sustentada ou sobre um determinado 
núcleo. A unidade de medida da indutância é o henry. Também temos os 
submúltiplos, onde os mais comuns são o milihenry, microhenry e o nanohenry. Em 
relação ao seu funcionamento, quando uma corrente circula por esse dispositivo 
aparece um campo magnético ao redor dele induzida no indutor devido ao seu 
próprio campo. Deste modo, os indutores também acumulam energia no campo 
magnético, sendo que essa energia só depende da indutância e da corrente elétrica 
que circula pelo indutor. 
Além disso, neste artigo é descrito o processo de fabricação de um circuito 
transmissor FM, assim como todo o referencial teórico envolvido no processo. Um 
dos pontos chaves envolvidos no desenvolvimento do trabalho é o circuito RLC, 
sendo que, (R designa uma resistência, L uma indutância e C um capacitor). Este 
tipo de circuito elétrico é oscilante por excelência e sua simplicidade permite 
controlar facilmente os parâmetros que caracterizam o seu funcionamento. 
Explanando os termos conceituais, um transmissor é um componente 
eletrônico que através de uma antena envia os sinais eletromagnéticos para um 
receptor. Desta forma, um transmissor de rádio permite que pessoas consigam 
entrar em contato com outras que possuem equipamentos receptores sintonizados 
na mesma frequência. Dentre os componentes pertencentes ao transmissor, 
podemos destacar o amplificador de áudio, oscilador, amplificador de RF, e a 
antena. 
Para explicar o funcionamento de um transmissor é fundamental 
entendermos os conceitos de onda de rádio, que condiz com a movimentação de 
corrente elétrica em fios condutores produz perturbações de natureza 
eletromagnética que podem se propagar pelo espaço. Estas ondas se propagam 
com a mesma velocidade da luz (que também é uma onda eletromagnética), ou 
seja, 300.000 quilômetros por segundo. Estas ondas se propagam em linha reta, 
mas podem mudar de trajetória ligeiramente quando passam de um meio de maior 
densidade para outro de menor densidade (refração) ou quando se refletem em 
objetos de porte. 
Neste sentido, o circuito foi projetado utilizando o programa Proteus e sua 
impressão foi feita num circuito impresso para que houvesse a menor quantidade de 
interferência possível. Assim, foi feita análises no circuito verificando a aplicabilidade 
da teoria estudada. A princípio o circuito apresentou algumas falhas de execução, o 
que levou a equipe a aprofundar os estudos no intuito de solucionar os problemas 
encontrados. 
 
3.​ ​Fundamentação Teórica 
3.1 Transmissor 
Um transmissor consiste em um dispositivo eletrônico que, com auxílio de uma 
antena propaga um sinal eletromagnético, podendo ser este de rádio, TV e outras 
telecomunicações. 
O transmissor de rádio, faz uso de um conjunto de circuitos eletrônicos 
integrados para transmissão de dados e sinais sonoros como música e voz. 
Basicamente ele, recebe um sinal sonoro digital ou analógico os converte em ondas 
eletromagnéticas, as envia para o espaço com auxílio de uma antena e essas ondas 
são detectadas por equipamentos denominados receptores que estejam 
sintonizados na mesma frequência de transmissão. 
 
3.1.1 Ondas de Rádio 
As ondas de rádio se define basicamente em uma movimentação de corrente 
em fio condutor que causa perturbações eletromagnéticas que podem se propagar 
pelo espaço, essas perturbações eletromagnéticas apresentam o comprimento de 
onda maior e frequência menor do que a radiação infravermelha. Estas ondas 
eletromagnéticas também recebem o nome de onda hertziana, fisicamente 
apresentam as mesmas características das demais ondas eletromagnéticas. 
As ondas de radiofrequência propagam-se preferencialmente em linha reta, 
porém podem sofrer uma refração quando mudam de meio de propagação, ou seja, 
a mudança de densidade do meio de propagação pode fazer uma pequena 
mudança na trajetória de tais ondas. 
 
 ​Figura 3.1​ - Propagação das ondas de rádio. 
 
O alcance das ondas hertziana na prática está diretamente ligada a potência 
e frequência de transmissão, isto ocorre por conta da interação das ondas com 
alguns fenômenos. Estes fenômenos permitem que ondas curtas com frequências 2 
Mhz (mega-hertz) a 30 Mhz sejam capazes de percorrer longas distâncias e ondas 
de frequências acima de 50 Mhz tenha um alcance limitado pela linha visual. O 
principal fenômeno causador disso é a presença da ionosfera e da própria curvatura 
da terra que são capazes de refletir ondas curtas e permitem a passagemde ondas 
de com frequências mais elevadas, desta maneira um sinal relativamente fraco pode 
teoricamente dar a volta ao mundo sofrendo reflexões sucessivas e um sinal de 
transmissor FM (frequência Modulada) potente terá um alcance limitado a linha do 
horizonte. Porém se pegarmos um transmissor FM de potência relativamente alta e 
apontarmos para cima tal sinal poderá ser captado em locais como a lua e até 
Marte, que estão a distâncias bem elevadas isso ocorre por não haver nenhum 
obstáculo a esse sinal. 
 
 ​ Figura 3.2 ​ – Alcance de ondas de rádio. 
 
Desta forma para curtas distâncias, um transmissor de alta frequência pode 
ser mais eficiente para transmissão de dados do que os transmissores que operam 
em baixas frequências. 
 
3.1.1.1 Ondas Moduladas 
Ondas de baixa frequência sofrem atenuações por conta do ar, isso faz com 
que as mesmas percorrem distâncias muito curtas, tornando assim ineficientes para 
transmissão de dados e informações, as ondas de rádio estudadas neste trabalho 
são exemplo de ondas que emitem uma baixa frequência. Por outro lado, ondas de 
frequências maiores são capazes de percorrer distâncias maiores, a fim de que os 
dados possam ser transmitidos por maiores distâncias o sinal de baixa frequência e 
combinado com um sinal de alta. 
O sinal que contém as informações é denominado onda moduladora, já a 
onda de alta frequência que atua que fundida a esse sinal a fim de ampliar o 
alcance é denominado onda portadora. A onda portadora é adaptada em função das 
variações presentes na onda moduladora, todo esse processo de fusão das ondas é 
chamado de modulação e resultado é a onda modulada. 
Existem dois tipos principais de ondas moduladas, a amplitude modulada 
(AM) e a frequência modulada FM. Com o nome bem sugestivo observa que as 
ondas AM têm a amplitude da onda portadora modificada em relação a onda 
modulada, já a frequência modulada tem como nome sugere a frequência da onda 
portadora modificada em função da onda modulada. 
Para transmissão em AM a uma variação de potência para poder modificar a 
amplitude da onda portadora. Já a transmissão em FM a amplitude permanece 
constante enquanto a frequência varia, na FM a frequência é quem contém as 
informações. O sinal de FM é um sinal de maior qualidade, menos sensível a ruídos 
e interferências, porém de curto alcance e opera na frequência comercial de 88 Mhz 
a 108 Mhz enquanto o sinal de AM tem um alcance maior, mas a qualidade não é 
tão boa, por ser muito sensível a interferências operando comercialmente na 
frequência de 535 Khz (quilohertz) a 1,7 Mhz. 
 
 
 
 
 
 
 
3.1.1.2 Banda de onda de Rádio 
 
Tabela 1 -​ Bandas radioelétricas 
 
 
O que difere uma banda da outra é sua frequência de atuação e seu poder de 
alcance, estas bandas ainda podem ser classificadas em três grupos ondes a 
frequências se classificam em baixa, média e alta onde na última contém as ondas 
curtas de rádio. 
 
 3.1.2 Maxwell e Hertz descoberta do rádio 
Na década de 1870 o físico escocês James Clerk Maxwell formulou a teoria 
unificada do eletromagnetismo, prevendo também a existência das ondas de rádio. 
Já em 1886, um físico alemão de prenome Heinrich Hertz usou as teorias do 
escocês para realizar um experimento que produziu a primeira transmissão de rádio. 
Hertz fez uso ferramentas comuns, além de uma bobina de indução e jarra de 
Leyden, que era uma espécie de capacitor. 
Desta maneira Hertz foi o primeiro a transmitir e receber as ondas de rádio, 
assim para homenageá-lo a unidade de medida de frequência ficou conhecida como 
Hertz. 
 
 Figura 3.3 - ​Experimento de Hertz. 
 
3.2 Capacitores e capacitância 
O capacitor é um componente eletrônico capaz de armazenar carga elétrica 
ao ser conectado a uma fonte de tensão. Dentro do capacitor os terminais são 
conectados por placas metálicas e essas placas são separadas por um material 
dielétrico. Os capacitores podem ser encontrados em diferentes materiais, tais 
como: capacitores cerâmicos, de poliéster, eletrolíticos, variáveis etc. 
Um material dielétrico é um material isolante que é capaz de se tornar 
condutor quando submetido a um determinado valor de tensão elétrica. Quando o 
campo elétrico consegue superar a rigidez dielétrica o material deixa de atuar como 
um isolante e passa a atuar como um condutor. 
A capacitância, ou capacitância elétrica, de um capacitor é a grandeza 
escalar que mede a capacidade de armazenamento de energia elétrica em 
equipamentos elétricos. A sua unidade é dada em farad e é representada pela letra 
F. 
A capacitância de um dado capacitor pode ser calculada através da relação 
entre a diferença de potencial que atua nas placas do capacitor e a quantidade de 
cargas elétricas que nele pode ser armazenada. Essa relação pode ser escrita da 
seguinte forma: 
 q/VC = (3.1) 
Onde C é a capacitância expressa em farad (F), q é a quantidade de carga 
elétrica armazenada no capacitor e é medida em coulomb (C) e V é a diferença de 
potencial (V) existente entre as placas do capacitor. 
 
3.2.1 Capacitores em CC vs capacitores em CA 
Em circuitos de corrente contínua os elétrons não podem passar diretamente 
através do dielétrico de uma placa do capacitor para a outra. Quando uma tensão 
contínua é aplicada a um capacitor a corrente flui para uma das placas e a deixa 
carregada, enquanto que para a outra placa flui uma corrente de polaridade 
contrária a primeira placa, carregando-a inversamente. Quando o capacitor atinge o 
seu limite de cargas a corrente no circuito é nula. 
 
Figura 3.4 - ​Enquanto toda a carga positiva fica em uma das placas do 
capacitor, as cargas negativas ficam na placa oposta. 
Em circuitos de corrente alternada cada mudança de tensão ocasiona na 
carga ou na descarga do capacitor, fazendo com que a corrente consiga fluir. A 
"resistência" de um capacitor sob efeito da corrente alternada chama-se reatância 
capacitiva e essa reatância varia de acordo a frequência que atua no capacitor. 
Essa reatância é dada pela seguinte fórmula: 
 c 1/2πfCX = (3.2) 
No qual X ​c é a reatância capacitiva que é dada em ohms (​Ω​), f é a frequência 
(Hz) do sinal alternado que atua no capacitor e C é a capacitância medida em farad 
(F). 
 
3.3 Indutores e indutância 
O indutor é um componente eletrônico capaz de armazenar a energia criada 
em um campo magnético gerado através de uma corrente alternada. Um indutor é 
geralmente construído como uma bobina a partir do enrolamento de um material 
condutor com um núcleo de material ferromagnético, que tem como função 
aumentar a indutância concentrando as linhas de campo magnético que fluem no 
interior das espiras. 
 A indutância tem como unidade de medida o henry (H) e pode ser 
definida como a capacidadede uma bobina de N espiras em criar o fluxo magnético 
(​ф​) com determinada corrente (I) que percorre o circuito. A indutância pode ser 
escrita como a razão entre o fluxo e a corrente elétrica (I), conforme a equação a 
seguir: 
 (3.3) NΦ/IL = 
Onde L é a indutância, N é o número de espiras envolvidas, é o fluxo Φ 
magnético e I é a corrente envolvida. 
Quando uma corrente alternada flui por um indutor, uma tensão é induzida. 
Quando isso acontece em um circuito elétrico o indutor apresenta uma "resistência" 
a passagem de corrente alternada. Essa "resistência" é chamada de reatância 
indutiva e pode ser definida por: 
 (3.4)l 2πfLX = 
Onde ​X​L é a reatância indutiva medida em ohms (​Ω​), f é a frequência (Hz) do 
sinal alternado que atua no indutor e L é a indutância dada em henry (H). 
 
3.4 Circuito LC 
Os circuitos LC na eletrônica comportam-se como ressonadores eletrônicos, 
sendo utilizados em diversas aplicações tais como osciladores, filtros e misturadores 
de frequência. O circuito LC é formado por um indutor e um capacitor e é muito 
utilizado em transmissores sem fio como as comunicações de rádio e são usados 
tanto para a emissão do sinal quanto para a recepção. 
 
Figura 3.5 - ​Modelo de um circuito LC. 
Suponhamos que inicialmente o capacitor está carregado. No momento que o 
indutor é ligado, uma corrente surge no circuito e faz com que a energia acumulada 
no capacitor seja transferida para o indutor. Como no indutor a corrente não varia 
instantaneamente, esse processo atinge o seu ponto máximo quando toda a energia 
do capacitor tiver sido transferida para o indutor. A partir desse momento a energia 
acumulada no indutor passa a se transferir para o capacitor através do surgimento 
de uma corrente contrária a corrente inicial. 
A quarta Lei de Maxwell, a Lei de Faraday-Lenz, juntamente a terceira Lei de 
Maxwell, a Lei de Ampère-Maxwell, explica como o processo acima é possível. 
A terceira Lei de Maxwell diz que um campo magnético que varia no tempo 
cria um campo elétrico que varia no tempo e que um campo elétrico que varia no 
tempo gera um campo magnético que varia no tempo, ou seja, no circuito LC toda a 
energia que é armazenada em forma de campo elétrico no capacitor é transformada 
em corrente elétrica que é transferida para o indutor. 
A quarta Lei de Maxwell descreve como um campo magnético que varia no 
tempo induz um campo elétrico. No circuito LC, após o capacitor transferir a energia 
para o indutor, o indutor irá transformar toda a energia recebida e guardar em forma 
de campo magnético. Posteriormente o indutor irá induzir uma corrente elétrica 
contrária a que foi inicialmente recebida e vai carregar novamente o capacitor, 
fazendo com que todo o processo seja repetido. 
A terceira e a quarta Lei de Maxwell podem ser escritas da seguinte forma: 
 
Figura 3.6 - ​Quarta e terceira Leis de Maxwell na forma integral e diferencial, 
respectivamente. 
 
 
 
3.5 Ressonância em um circuito LC 
A ressonância em um circuito LC acontece quando uma determinada 
frequência é atingida fazendo com que a reatância capacitiva seja igual a reatância 
indutiva. A essa frequência é atribuída o nome de frequência de ressonância e pode 
ser calculada da seguinte forma: 
 (3.5) 1/2πf = √LC 
Onde f é a frequência de ressonância, L é a indutância e C é a capacitância 
dos componentes do circuito. 
 
4. Metodologia 
4.1. Transmissor FM 
 O trabalho consistiu em construir um circuito transmissor FM em uma placa 
de circuito impresso. Para isso primeiro foi pesquisado como seria esse circuito e o 
adaptamos um circuito para o que queríamos e o que nos era disponível. Circuito 
esse montado no software Proteus, mostrado na figura 4.1. 
 
Figura 4.1​. Esquema do circuito do transmissor FM. 
Nesse caso os resistores R1 e R2 servem para polarizar a base do transistor 
e definir a corrente de condução que será utilizada. O transistor 2n2218 foi utilizado 
por suportar uma corrente e temperatura maiores que dos transistores mais 
facilmente encontrados. O R3 polariza o emissor que define a corrente do coletor. O 
C1 é responsável por impedir a entrada de corrente contínua na entrada de sinal. O 
VC1 e o L1 funcionam como um circuito ressonante para gerar a frequência da onda 
portadora do sinal. O C4 está em série com a antena para que não haja fuga de 
corrente contínua na antena, somente corrente alternada passa por ele. O C5 é 
responsável por manter a tensão constante dentro do circuito. O C3 impede que 
altas frequências entrem pelo coletor do transistor. E para a antena foi utilizado um 
fio de cobre com aproximadamente 15cm. 
Depois disso foi montado esse circuito num layout que seria impresso (Figura 
4.2). 
 
Figura 4.2​. Layout da placa de circuito impresso. 
O papel utilizado para impressão foi o couchê por ter uma superfície que 
quando aquecida ele libera a tinta quase sem deformação em outra superfície. O 
circuito impresso foi então colocado sobre uma placa de cobre, que antes foi lixada 
para retirar o esmalte que as impede de oxidar, e então aquecida com um ferro de 
passar para que esta placa ficasse com o layout do circuito em sua superfície. Com 
o uso de percloreto de ferro o cobre que não fazia parte do esquema foi corroído ao 
deixarmos a placa mergulhada nele. Depois perfuramos os pontos onde seriam 
colocados os dispositivos eletrônicos e através de um ferro de solda e estanho eles 
foram soldados na placa. 
Um cabo com saída P2 foi utilizado como entrada de sinal do transmissor. 
Ele foi cortado ao meio e foram pegos os cabos que correspondem a um dos canais 
e ao terra. A ponta P2 foi conectada a um celular que estava reproduzindo um som. 
Também foi confeccionado um indutor e sua indutância verificada, para isso 
pegamos um fio de cobre esmaltado 22 AWG e lixamos suas pontas para que 
perdesse o esmalte e pudesse ser conectada ao circuito. Para que ele tivesse sua 
indutância verificada demos 5 voltas nesse fio ao redor de um núcleo de plastico 
para manter fixa sua indutância e o colocamos em série com um resistor de baixa 
resistência. Sabendo que em um circuito LC de corrente alternada quando temos 
metade da amplitude sobre o indutor nós podemos encontrar a frequência de corte 
através da equação 4.1. Porém, sabendo a frequência de corte e a resistência do 
resistor encontramos a indutância conforme é mostrado na equação 4.2. 
 cF = R2πL (4.1) 
 L = R2πFc (4.2) 
Onde R é a resistência do resistor em série. Fc é a frequência de corte do 
indutor e L é a indutância do indutor testado. 
Através de uma resistência de 56Ω, de uma frequênciade 15,3 Mhz e da 
tensão de 10Vpp no sinal de entrada medimos a indutância do nosso indutor cuja 
valor é por volta 426 nH. 
Quando o circuito foi ligado ele não estava transmitindo na frequência 
desejada. Foi então feito uma série de métodos para encontrar o problema, a 
primeira delas foi verificar no regulador de tensão se havia corrente circulando 
dentro do circuito, e havia. Depois verificamos a continuidade das trilhas para saber 
se havia um curto onde não deveria ou se uma trilha tinha se partido, a partir disso 
verificamos que o problema não era nas trilhas. Depois comparamos o circuito que 
estava impresso na placa com o do esquema a ser utilizado, descobrimos que 
nesse caso havia um resistor errado soldado na placa e, depois de algumas 
pesquisas, verificamos que o capacitor de poliester usado no nosso circuito não 
funciona propriamente em altas frequências, foi então feito a trocas desses 
componentes. 
Havia também a possibilidade do problema está situado no transistor, foi 
então feito alguns testes para verificar se ele poderia estar queimado ou não 
polarizado. Verificamos que, com o circuito ligado, a tensão entre a base e o 
emissor estava entre 0,6 a 0,8 volts, o que estava correto no transistor. Depois, 
utilizando a teoria dos transistores NPN que se comportam como dois diodos onde 
no meio deles está o ânodo e nas pontas os catodos, verificamos se havia 
condução da base para o coletor e emissor e se não havia condução quando a 
ponta positiva do multímetro estava ou no coletor ou no emissor, com a outra ponta 
negativa na base. Depois de realizado esses testes constatamos que o problema 
também não estava no transistor. 
Também verificamos se havia algum outro componente com problema, para 
isso utilizamos um multímetro para saber se em algum desses componentes havia 
uma tensão que não deveria estar lá. Os resistores R1 e R2 quando somados 
tinham um valor de tensão parecido com a fonte de alimentação, o mesmo 
aconteceu para os capacitores que impedem que a corrente contínua entre no 
sistema e onde não deveria haver tensão graças a esses capacitores realmente não 
tinha. 
Com a ajuda do analisador de espectro foi verificado em que frequência o 
sinal estava oscilando colocando um sinal de 10 kHz na entrada ao invés do áudio. 
Com o transmissor ligado numa tensão de 12V e com a entrada recebendo o 
áudio do celular utilizamos um rádio como receptor do sinal por ele conter um 
circuito mais sensível a sinais com menor amplitude. Ajustamos sua frequência de 
recepção a uma faixa fixa e variamos o trimmer (capacitor variável de 3pF a 30pF) 
mudando a frequência da portadora até encontrá-la no rádio. 
 
5. Resultados e discussões 
Após realizar a montagem do arranjo em uma placa de circuito impresso 
(Figura 5.1), foi observado o seu comportamento, a fim de comprovar a aplicação 
correta da teoria e metodologia aplicada e assim garantir que os objetivos propostos 
foram cumpridos. 
 
Figura 5.1 ​: Placa do transmissor FM. 
A montagem de um circuito eletrônico começa na aquisição dos 
componentes necessários para a execução do projeto. Desta forma a primeira 
dificuldade enfrentada está diretamente ligada a esta etapa. Foi necessária a 
utilização de alguns capacitores de poliéster, estes não funcionam bem quando 
utilizados em altas frequências pela falta de capacitores cerâmicos na capacitância 
necessária. 
É primordial que a frequência de transmissão esteja dentro da faixa de 
frequência que varia entre 88Mhz a 108Mhz. Primeiramente, foi observado que a 
frequência em que o transmissor operou estava adequada à faixa FM. Para obter tal 
resultado foram feitos ajustes tanto no trimmer (Capacitor variável) quanto no 
indutor previamente projetado, ambos compõem o circuito LC ressonante presente 
no transmissor FM. 
Para análise do funcionamento do oscilador foi necessário verificar através do 
osciloscópio o comportamento do arranjo sem alimentar o circuito com o gerador de 
sinal, o circuito oscilador deveria gerar uma onda senoidal mesmo sem um sinal de 
entrada, para isso o transistor deveria estar polarizado. 
Como o arranjo utilizado para a transmissão FM foi uma adaptação de um 
outro projeto, as dificuldades em sua construção foram concentradas no controle do 
oscilador do circuito. O trimmer utilizado primordialmente tinha faixa de operação 
entre 6,8pF e 45pF, este posteriormente foi substituído por um com faixa de 
operação menor que variava entre 3pF e 30pF, desta forma foi possível ter melhor 
controle sobre a frequência de transmissão. Outra dificuldade no controle do 
oscilador foi identificar a indutância oferecida pelo indutor construído, tendo em vista 
que no IFBA não existem aparelhos específicos para medir tal grandeza, para 
solucionar esta dificuldade o indutor foi colocado em série a um resistor de 41 Ω, 
desta forma, foi possível determinar a indutância através da equação 4.2. 
A montagem do circuito foi feita previamente no laboratório D8, este tem 
problemas relacionados ao seu aterramento e esta característica interferiu 
diretamente no funcionamento do circuito montado. Também foram encontrados 
problemas tanto em aparelhos de medição quanto em instrumentos presentes nos 
laboratórios (Osciloscópios e geradores de sinal), a resolução destes problemas em 
grande parte foi atingida com a mudança para o laboratório F7, este garantiu 
melhores equipamentos para a execução do projeto. 
Ainda assim o circuito não funcionou. Após isso, foi apontado que o problema 
do circuito poderia estar ligado a algumas trilhas do circuito que poderiam não 
permitir que o circuito LC funcionasse propriamente. Foi então feita uma nova placa 
e da segunda vez verificou-se seu funcionamento diretamente num rádio, cujo 
circuito receptor é mais sensível do que dos celulares, e depois de alguns minutos 
variando a capacitância do trimmer foi encontrada a frequência de oscilação do 
transmissor. 
 
6. Considerações Finais 
Por meio do estudo feito sobre o circuito RLC e de como funciona um 
transmissor e as ondas de rádio que ele produz foi possível compreender como 
funciona a modulação de sinais e o porquê dela ser necessária para a transmissão 
de informação a longas distâncias. 
Através do experimento realizado foi possível verificar as diversas 
dificuldades que surgem devido a diferença do conhecimento teórico para a prática. 
Desde a confecção do projeto do transmissor FM, passando pela procura dos 
materiais necessários e finalmente verificando se o circuito funcionava da maneira 
desejada. Enfrentamos diversos intempéries onde tivemos que fazer análises tanto 
do projeto, quanto da placa pronta para encontrar o problema. Análises essas que 
que tínhamos que levar em consideração vários fatores que são desconsiderados 
na teoria, como a falta de precisão dos componentes, a interferênciade sinais 
eletromagnéticos e o uso de equipamentos de medição não calibrados. 
Neste sentido, este trabalho foi muito importante para a formação acadêmica 
dos componentes envolvidos, visto que, foi possível aprender e conviver com 
problemas relacionados à prática. Ou seja, os assuntos teóricos apresentam 
resultados precisos e aparentemente confiáveis, porém quando resolve-se aplicar 
estes dados no projeto, na maioria das vezes, percebe-se distorções, variações, 
devido a vários fatores supracitados. Dessa forma, é de suma importância ter 
paciência, estudar os componentes envolvidos no projeto e principalmente, 
apresentar perseverança. 
 
 
7. Referências 
 
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Disponível em:<​ ​https://blog.brlogic.com/pt/am-fm-web/​>. Acessado em: 14.jul.2019. 
 
Weslleywmn Ferramentas Internet. Indutores e Capacitores.​.Disponível 
em:<https://weslleywmn.wordpress.com/2013/05/24/indutores-e-capacitores/>. 
Acessado em: 15.jul.201 
 
James Dimitri Straub Gibson . ​Rádio Digital - Resumo Teórico​. Disponível em 
<​https://www.ebah.com.br/content/ABAAAgn2gAE/radio-digital-resumo-teorico​> 
Acesso em 15.jul.2019 
 
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<https://escolaeducacao.com.br/o-que-sao-ondas-de-radio/>. Acessado em: 
13.jul.2019. 
 
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2003-2019. Disponível na Internet: 
<​https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$ondas-de-radio-e-televisao>. Acessado em: 
14 jul.2019 
 
TONI ELETRÔNICA. ​Circuito de transmissor FM potente com transistor 2n2218 
até 1 KM​. Disponível em: 
<https://www.te1.com.br/2008/12/transmissor-de-fm-potente-com-2n2218/amp/>. 
Acesso em: 15 jul. 2019. 
 
Munda da Educação. ​As Equações de Maxwell. ​Disponível 
em:<​https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/as-equacoes-maxwell.htm ​>. 
Acesso em : 14.jul.2019. 
 
Athos Electronics. ​Q que são Indutores? Como funciona um indutor. ​Disponível 
em​: < ​https://athoselectronics.com/como-funciona-indutor/​>. Acessado em: 
14.jul.2019. 
 
Athos Electronics.Capacitor- ​O que é e como funciona? ​Disponível em: 
<​https://athoselectronics.com/capacitor/​>. Acessado em: 14.jul.2019. 
 
Mundo da Elétrica.​O que é um capacitor e qual sua função? ​Disponível em: 
<​https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-um-capacitor-e-qual-a-sua-funcao/​>.
Acessado em: 14.jul.2019. 
 
Braga, Newton. ​Circuitos ressonantes LC. ​Instituto NCB, Disponível em: 
<​http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/almanaque/1368-alm18.html​>. 
Acessado em: 14.jul.2019.

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