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Direito Penal II - Extinção de Punibilidade

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE GOIÁS
FACULDADE LIONS
LEANDRO GOETZ
DIREITO PENAL II
Extinção da Punibilidade
Goiânia – Goiás
Dezembro, 2018
SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO..........................................................................................
	02
	DESENVOLVIMENTO..............................................................................
2.1 CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE (art. 107, CP)............................................................................................................
2.1.1 Morte do agente.......................................................................
2.1.2 Anistia, graça ou indulto.........................................................
2.1.3 Abolitio Criminis......................................................................
2.1.4 Renúncia ao Direito de queixa ou perdão do ofendido.........
2.1.5 Retratação................................................................................
2.1.6 Perdão Judicial........................................................................
2.1.7 Prescrição, Decadência ou Perempção.................................
	02
03
03
04
05
05
06
07
07
	CONCLUSÃO...........................................................................................
	08
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................
	09
1. INTRODUÇÃO
De acordo com a doutrina a punibilidade é o direito do Estado em punir, porém de forma abstrata antes do crime ser cometido. Porém após o acontecimento do crime este direito assume a forma concreta da punição e esta pode ser definida como a maneira do Estado de impor uma sanção (punição) ao infrator responsável pela prática do fato ilícito e típico. A punibilidade pertence ao grupo do Direito Material.
Todavia devido a criação do “Jus Puniendi” existem causas adversas que podem impossibilitar que o Estado venha a aplicar as sanções penais, ocorrendo a renúncia por parte deste da aplicação da punição, a estas causas dá-se o nome de extinção de punibilidade, pois impedem a “persecutio criminis” ou cancelamento da condenação imposta ao infrator.
2. DESENVOLVIMENTO
Encontramos em todo o ordenamento jurídico brasileiro causas que podem provocar a extinção da punibilidade. Porém estaremos tratando neste trabalho em especial as causas contidas no artigo 107 do Código Penal brasileiro.
Vale ressaltar que estas causas de extinção previstas no artigo 107 não pertence ao rol de imposições taxativas da lei mas sim exemplificativos, pois não são apenas estas causas que ocasionam a extinção da punibilidade.
Podemos reparar por exemplo os artigos 82 e 90 do Código Penal, bem como, ao §3º do artigo 312 do Código Penal.
2.1 CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE (art. 107, CP)
2.1.1 Morte do agente
Existe dois princípios básicos no âmbito jurídico que devem ser observados que são eles mors omnia solvi (a morte tudo apaga) e o de que nenhuma pena passará da pessoa do delinquente (art. 5º, XLV, 1ª Parte da C.F.). quando o agente responsável pelo crime morre o juiz levando em conta estes princípios e em posse da certidão do óbito, extinguirá a punibilidade do ato praticado, sendo assim afirmamos que o que está extinto não renasce.
Porém no caso de o infrator falsificar certidão de óbito com o intuito de se beneficiar, e sua punibilidade sofrer extinção, o STF já se manifestou definindo que caso ocorra e seja comprovada a falsificação deverá ocorrer a revisão do ato de extinção e o infrator deverá ser processado também pelo crime de falsificação, pois de acordo com o STF, somente a morte extingue a punibilidade, não havendo morte, a premissa se torna inexistente e o ato de extinguir a punibilidade não gera coisa julgada em sentido estrito.
2.1.2 Anistia, graça ou indulto
No caso da anistia, ela é um ato de renúncia do Estado quanto ao direito de punir o infrator. Compete unicamente o ato da anistia a União conforme previsto no artigo 21, XVII, CF e privativa ao Congresso Nacional conforme descrito no texto constitucional contido no artigo 48, VIII, sendo necessário ainda a sanção por parte do Presidente da República. A anistia pode ocorrer através de concessão tanto após a condenação (IMPRÓPRIA), bem como, até antes de haver sentença final (PRÓPRIA). Os efeitos da anistia são ex tunc, pois apaga o passado, apagando assim tanto o crime como a punibilidade e demais efeitos da sentença, uma vez acontecendo a anistia de um delito nunca mais este ato será revogado. São considerados insuscetíveis de anistia os crimes hediondos, a prática tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e terrorismo. A anistia divide-se em:
Especial: Crimes políticos;
Comum: Crimes não políticos (eleitorais e organizações de trabalho);
Plena ou Geral;
Parcial ou Restrita;
Incondicionada;
Condicionada.
Graça ou indulto individual é um benefício individual que será concedido através de provocação da parte interessada, bem como por parte do Ministério Público, do Conselho Penitenciário ou de uma autoridade administrativa. A graça e o indulto não consideram os fatos, como ocorre no caso da anistia, mas sim a pessoa ou grupo de pessoas, já o indulto coletivo atingirá várias pessoas caso estas preencham os requisitos determinados no decreto presidencial. Umas das restrições para a concessão do indulto ou da graça são os crimes contidos no artigo 5º, XLIII, CF. Sendo eles os hediondos, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e terrorismo.
2.1.3 Abolitio Criminis
De acordo com o artigo 2º do Código Penal “Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória”. Ainda de acordo com a Constituição Federal no artigo 5º, XL, “a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”, sendo assim ocorrerá a extinção da punibilidade, bem como a reincidência, e maus antecedentes.
2.1.4 Renúncia ao Direito de queixa ou perdão do ofendido
A renúncia nada mais é que o ato da vítima desistir de propor ação penal privada, e ela deve ocorrer antes da ação ser recebida, já o perdão ocorrerá após o ajuizamento da ação, esta é a maior diferença entre eles, no mais são bem semelhantes. Ambos podem ocorrer na forma expressa, ou seja, na forma de declaração escrita e assinada pelo ofendido ou seu procurador, não necessitando ser um advogado e na forma tácita.
 2.1.5 Retratação
Ocorrerá a Retratação do agente se este vir a assumir que o crime por ele praticado estava firmado em um erro ou ausência de verdade, como nos casos da Difamação e na Calúnia (Crimes contra a honra objetiva).
Ainda de acordo com Greco (2011, p. 696) “é pela retratação, que o agente volta atrás naquilo que disse, fazendo com que a verdade dos fatos seja, efetivamente, trazida à luz” e também pelo art. 143, do CP “o querelado antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena”.
É neste caso o ato de desdizer o que foi afirmado anteriormente pelo agente, sendo aceita nos casos de crimes contra a honra, nos casos de calúnia e difamação, e no caso dos crimes de falso testemunho ou falsa perícia.
2.1.6 Perdão Judicial
O Perdão judicial é um ato do juiz concedido ao réu, deixando o juiz de aplicar a pena, embora este reconheça a prática da infração penal. Esta modalidade de extinção da punibilidade só pode ser aplicada em hipóteses expressamente previstas em lei (Artigos 107, IX e 120 do Código Penal).
Segundo o STF a sentença que concede ao réu o perdão judicial é de caráter condenatório, já para o STJ de acordo com a súmula 18 é uma sentença declaratória.
2.1.7 Prescrição, Decadência ou Perempção
Prescrição consiste na perda do poder-dever de punir do estado pelo não exercício da pretensão executória após o decurso de determinado período. A prescrição pode ocorrer devido ao Decurso do tempo que significa que a condenação se torna ineficaz com a passagem dotempo (teoria do esquecimento do fato), quanto a Inércia da autoridade que significa que para ocorrer à prescrição é necessário que o estado tenha sido inerte ou quanto a Correção do condenado que é caso em que o condenado torne-se reincidente, dificulta-se a ocorrência da prescrição (da pretensão executória), cujo prazo se interrompe (CP art. 117 V). A prescrição poderá ocorrer tanto antes como depois de transito em julgado.
A decadência ocorrerá antes do trânsito em julgado, mas deverá ocorrer antes de iniciada a ação penal e deverá incidir nos crimes da ação privada ou pública condicionada à representação. A decadência é a perda do direito de ação privada ou de representação, em decorrência de não ter sido exercido no prazo previsto pela lei
A perempção só pode ocorrer depois de recebida a queixa até antes do trânsito em julgado do processo e ocorrerá nos casos em que ocorrer a desídia ou venha ocorrer o desinteresse do querelante e está previsto no artigo 60 do Código Penal.
3. CONCLUSÃO
Podemos então concluir através deste estudo que somente o Estado possui o direito de impor aos indivíduos que cometem crimes as sanções penais. Porém em algumas situações pode ocorrer do Estado perder este direito e a estas causas é dado o nome de causas de extinção da punibilidade.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: parte geral. 13. ed. Rio de Janeiro:
Impetus, 2011.
VADEMECUM Saraiva. 14. ed. Revista, ampliada e atualizada. São Paulo: Saraiva, 2017.
RODRIGUES, Roberto. Direito Penal Fundamental: Parte Geral / Roberto Rodrigues e Lívia Mara Abrão Pacheco. – Goiânia: Ed. PUC, 6ª edição, 2016.

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