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RESUMO DIREITO ADMINISTRATIVO

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Direito administrativo
CONCEITO.: É toda manifestação unilateral de vontade da administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direito, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EXPRESSOS
LEGALIDADE – completa submissão da administração pública a lei e ao direito. OBS: Na administração pública só é permitido fazer o que a lei autoriza, enquanto na administração privada só é possível fazer o que a lei não proíbe.
IMPESSOALIDADE – A finalidade é o interesse público.
MORALIDADE – A atividade administrativa não deve somente obedecer a lei, mas, também seguir princípios éticos. OBS: Qualquer cidadão é parte legitima para propor ação popular que vise anular ato lesivo à moralidade administrativa.
PUBLICIDADE – A administração pública é obrigada a publicar seus atos para que a sociedade tenha conhecimento e possam contesta-los.
EFICIÊNCIA – O exercício da atividade administrativa deve atender requisitos de presteza, adequabilidade, perfeição técnica produtividade e qualidade.
PRINCÍPIO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO – Supremacia jurídica do interesse público sobre o interesse particular. Não significando para isso o desrespeito total do interesse particular, pois a administração pública deve obediência ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito.
INDISPONIBILIDADE – Os bens, direitos, interesse e serviços públicos não estão a livre disposição dos órgãos públicos, ou do agente público, mero gestor da coisa pública. O detentor desta disponibilidade é o estado.
FINALIDADE - É o atendimento do interesse público.
AUTOTUTELA – A administração deve anular seus próprios atos quando eivados de vício de legalidade e pode revoga-los por conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
MODIVAÇÃO – O dever de indicar os pressupostos de fato e de direito que motivarem uma decisão tomada.
AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO – Contraditório é a garantia que cada parte tem de se manifestar sobre todas as provas e alegações produzidas pela parte contrária. Já a ampla defesa é a garantia que a parte tem de usar todos meios legais para provar a sua inocência ou para defender as suas alegações. OBS: Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa.
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE – Adequação entre os meios e os fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.
PODERES ADMINISTRATIVOS – são instrumentos de trabalho essenciais para que a administração possa atender o interesse público.
PODER VINCULADO – Neste poder a administração prática seus atos sem qualquer margem de liberdade. A lei descreve quando e como a administração deve agir, determinando os elementos e os requisitos necessários.
PODER DISCRICIONÁRIO – Neste a administração pratica seus atos de forma explicita ou implícita com liberdade de escolha ou conveniência, oportunidade e conteúdo. É a liberdade de escolha dentro dos limites da lei.
PODER HIERARQUICO – Por meio deste distribui e escalona as funções de seus órgãos, ordena e rever a atuação de seus agentes e estabelece a relação de subordinação.
PODER DISCIPLINAR – Por meio deste a lei permite a administração publicar aplicar penalidades às infrações funcionais de seus servidores e demais pessoas ligadas à disciplina dos órgãos e serviços da administração.
PODER REGULAMENTAR – Inerente aos chefes dos poderes executivos (Presidente, Governadores e Prefeitos) para expedir decretos e regulamentos para complementar, explicitar a lei visando sua fiel execução. OBS: Sendo que cabe exclusivamente ao presidente sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução.
PODER DE POLÍCIA – através deste a administração tem a faculdade de condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do interesse público. – Só deve ser adotado para evitar ameaças reais ou reprováveis de perturbações ao interesse público. – para ser eficaz a administração não precisa recorrer aos poder judiciário para executar suas decisões... chamado auto executoriedade.
◘ USO REGULAR E IRREGULAR DO PODER – Quando o agente exerce adequadamente suas competências, atuando em conformidade com o regime jurídico administrativo, sem excessos ou desvios, fala-se em uso regular do poder. Porém, quando a competência é exercida fora dos limites legais ou visando interesse alheio ao interesse público, ocorre o uso irregular do poder, conhecido como abuso de poder.
◘ ABUSO DE PODER – abuso de poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições ou desvia das finalidades administrativas. Desta forma o abuso de poder afetaria os requisitos motivo, objeto (excesso de poder) ou finalidade (desvio de poder), porém o ato não teria vício quanto à competência e à forma.
◘ EXCESSO DE PODER – admite convalidação quando considerado defeito na competência.
ATOS ADMINISTRATIVOS – Tem finalidade pública e é uma espécie de ato jurídico.
◘ nem todo ato da administração pública é um ato administrativo.
SÃO ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE (OU VERACIDADE) – ou presunção de legalidade, significa que, até prova em contrário, o ato administrativo é considerado válido para o direito.
IMPERATIVIDADE - o ato administrativo pode criar unilateralmente obrigações aos particulares, independente da aceitação destes.
EXIGIBILIDADE – consiste no atributo que permite a administração aplicar punições aos particulares por violação da ordem jurídica, sem necessidade de ordem judicial. Resume-se em aplicar sanções administrativas, como multas, advertências e interdição de estabelecimentos comerciais.
AUTO EXECUTORIEDADE – permite a administração pública a realizar a execução material dos atos administrativos ou de dispositivos legais, usando a força física se preciso for para desconstituir situação violadora da ordem jurídica. Dispensa autorização judicial.
TIPICIDADE – diz respeito à necessidade de respeitar-se a finalidade específica definida na lei para cada espécie de ato administrativo.
◘ o ato administrativo é unilateral, enquanto o contrato administrativo é bilateral (duas partes com objetivo diverso).
Requisitos de validade do ato administrativo: competência, finalidade, forma, motivo e objeto.
COMPETÊNCIA – é o poder atribuído ao agente para o desempenho específico de suas funções. OBS: exceder os limites de suas competências configura excesso de poder, que é uma espécie de abuso de poder.
FINALIDADE – É o objetivo de atingir interesse público, sobre pena de nulidade do ato. Alteração de finalidade caracteriza desvio de poder ou desvio de finalidade.
MOTIVO – É a situação ou fato de direito que determina ou autoriza a realização do ato administrativo.
OBJETO – É o conteúdo do ato. Todo ato administrativo tem um efeito jurídico, ou seja, tem por objeto a criação, modificação ou comprovação de situações concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à ação do poder público.
 CASSAÇÃO – extinção do ato administrativo que ocorre quando o administrado deixa de preencher condição necessária para a permanência da vantagem, ex: habilitação cassada porque o condutor ficou cego.
 ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO – A administração deve anular seus próprios atos quando eivados de vícios de legalidades, ou seja, quando ilegais, e revoga-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. O direito administrativo de anular seus atos de que decorrem efeitos favoráveis a seus destinatários, decai em cinco anos, contados da data que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
◘ Revogação – Só pode ser praticado pela própria administração.
◘ Anulação – Pode ser praticado pela administração ou pelojudiciário.
◘ A administração exerce a autotutela, ou seja, ela controla todos os seus atos em toda plenitude.
◘ O controle judicial sobre o ato administrativo restringisse ao exame dos aspectos de legalidade.
◘ A revogação gera efeitos EX NUNC – ou seja, a partir da sua declaração. Não retroage.
◘ A anulação gera efeitos EX TUNC (retroage à data de inicio dos efeitos do ato).
 CONVALIDAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS – É o refazimento de modo válido e com efeitos retroativos (ex tunc) do que fora produzido de modo inválido. Ou seja, os atos que apresentem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria administração em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros.
ATOS DE DIREITO PRIVADO PRATICADOS PELA ADMINISTRAÇÃO – A administração pode praticar certos atos ou celebrar contratos em regime de direito privado (direito civil ou comercial). Ao praticar esses atos a administração pública se nivela ao particular, e não com supremacia de poder.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS – Variam com relação aos critérios adotados.
○ ATO VINCULADO – são aqueles no qual a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização. (COM FI FORM OB)
○ ATO DISCRICIONÁRIO – são aqueles que a administração pode praticar com a liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua oportunidade e do modo de sua realização.
○ ATO AUTO EXECUTÓRIO – possibilidade de ser executado pela própria administração.
○ ATO NÃO AUTO EXECUTÓRIO – depende de pronunciamento do judiciário.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS QUANTO A FORMA DE EXTERIORIZAÇÃO
DECRETOS – são editados pelos chefes do poder executivo para fiel execução das leis.
RESOLUÇÕES - praticados pelos órgãos colegiados em suas deliberações administrativas, a exemplos dos diversos tribunais (contas e judiciário) e conselhos.
INSTRUÇÕES, ORDENS DE SERVIÇO, AVISOS – utilizados para a administração transmitir aos subordinados a maneira de conduzir determinado serviço.
ALVARÁS – utilizados para a expedição de autorização e licença, denotam aquiescência da administração no sentido de ser desenvolvida certa atividade pelo particular.
OFÍCIOS – utilizados pelas autoridades administrativas para se comunicar entre si ou terceiros. por meio delas expedem-se agradecimentos, encaminham-se papéis, documentos e informações em geral.
PARECERES – manifestam opiniões ou pontos de vista sobre matéria submetida a apreciação de órgãos consultivos.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS QUANTO AO CONTEÚDO DOS MESMOS
ADMISSÃO – ato unilateral, vinculado pela qual a administração faculta alguém a inclusão em estabelecimento governamental para o gozo de um serviço público.
APROVAÇÃO – ato unilateral e discricionário pelo qual a administração faculta a prática de ato jurídico (aprovação prévia) ou manifesta sua concordância com ato jurídico já praticado (aprovação posteriori)
LICENÇA – consente ao particular o exercício de uma atividade.
AUTORIZAÇÃO – ato unilateral e discricionário pelo qual a administração, analisando aspectos de conveniência e oportunidade faculta ao particular o exercício de atividade de caráter material. Ou, em outra linguagem, faculta o particular o uso privativo de um bem público. Ex: porte de arma, exploração de jazidas.
HOMOLOGAÇÃO – ato unilateral e vinculado de controle pelo qual a administração concorda com um ato jurídico, ou série de atos (procedimentos), já praticados verificando a consonância deles com os requisitos legais condicionadores de sua válida emissão.
De acordo com o código civil (âmbito interno), são pessoas de direito público interno: A União, Estados e distrito federal, Municípios.
No âmbito internacional: Compete a União manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais. Ou seja, a República Federativa do Brasil, representada pela união, é pessoa jurídica de direito externo.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 A organização político-administrativa brasileira compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos nos termos da constituição.
A administração direto e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do distrito federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.
A Administração pública é compreendida pela: Administração federa, Administração Estadual, Administração do Distrito Federal e Administração Municipal.
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
○ É o conjunto de órgãos integrados na estrutura da chefia do Executivo e na estrutura dos órgãos auxiliares da chefia do Executivo.
○ Os órgãos públicos não têm personalidade jurídica (possibilidade de assumir direitos e obrigações), que são atributos do corpo e não das partes.
○ Os órgãos públicos não expressam a sua própria vontade, mas, a vontade da entidade a que pertencem e a vinculam por seus atos, manifestados através de seus agentes (pessoas físicas).
○ Os órgãos podem ter prerrogativas funcionais próprias que, quando infringidas por outros órgãos, admitem defesa até mesmo por mandado de segurança. Essa prerrogativa é denominada de capacidade judiciária ou capacidade processual.
○ essa capacidade processual só a têm os órgãos independentes e os autônomos, visto que os demais – superiores e subalternos -, em razão de sua hierarquização, não podem demandar judicialmente, uma vez que seus conflitos de atribuições serão resolvidos administrativamente pelas chefias a que estão subordinados.
CLASSIFICAÇÃO DOS ORGÃOS PÚBLICOS
○ Órgãos Independentes – são os originários da Constituição, no topo da pirâmide governamental, sem subordinação hierárquica ou funcional, sujeitos apenas aos controles constitucionais de um poder pelo outro. Estes detêm as funções políticas, judiciais e quase judiciais outorgadas diretamente pela constituição, para serem desempenhadas diretamente pelos seus membros (agentes políticos, distintos de seus servidores, que são agentes administrativos)
○ Órgãos autônomos – imediatamente abaixo dos órgãos independentes e diretamente subordinado aos seus chefes. Têm ampla autonomia administrativa, financeira e técnica. (ministérios, secretarias estaduais e municipais, advocacia-Geral da União, procuradorias dos estados e municípios)
○ Órgãos superiores – não gozam de autonomia administrativa ou financeira, que são atributos dos órgãos independentes e dos autônomos a que pertencem. Sua liberdade funcional restringe-se ao planejamento e soluções técnicas, dentro de sua área de competência.
○Órgãos subalternos – destinam-se à realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos administrativos.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
○ Constitui-se das entidades dotadas de personalidade jurídica própria e compreende as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
○ Descentralização – é distribuição de competências entre Entidades de uma para outra pessoa.
○Desconcentração – distribuição de competências entre Órgãos dentro da mesma pessoa jurídica.
CARACTERISTICAS DAS ENTIDADES
◘ AUTARQUIAS – criação por lei específica, é pessoa jurídica de direito público, o seu pessoal é ocupante de cargo público (estatutário) e pode admitir pessoal no regime de emprego público, imunidade de impostos, desempenha serviço público descentralizado.
◘ FUNDAÇÃO PÚBLICA – criação por lei específica e lei complementar define a sua área de atuação, é pessoa jurídica de direito público, o seu pessoal é ocupante de cargo público (estatutário) e pode admitir pessoal no regime de emprego público, imunidade de impostos.
◘ EMPRESA PÚBLICA – criação por lei específica, é pessoa jurídica de direito privado – titular de direitos e obrigações próprios da pessoa que a instituiu, forma de organização societária, a titularidade do capital é pública porem, desde que a maioria do capital com direito a voto permaneça com a União, admite-se a participação de outras pessoas de direito público, o seu pessoal é ocupante de emprego público e necessita realizar concurso, regimetributário é o mesmo das empresas privadas. Foro judicial para solução de conflito é a justiça federal
◘ SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA – criação por lei específica, pessoa jurídica de direito privado, não estão sujeitas a falência – mas seus bens são penhoráveis e a pessoa jurídica que a controla responde, subsidiariamente, pelas suas obrigações. O seu pessoal é ocupante de emprego público e precisa realizar concurso, regime tributário é o mesmo das empresas privadas. Forma de organização societária unicamente anônima. A titularidade do capital pode ser pública ou privada. Foro judicial para solução de conflito é a justiça estadual
AGENTES PÚBLICOS
○ abrange todas as pessoas que, de uma forma ou de outro, mesmo que transitoriamente e sem remuneração, prestam algum tipo de serviço ao Estado.
○ podem ser Agente Políticos, Agentes de Delegação e os Servidores Públicos.
AGENTE POLÍTICOS – são os que compõe os altos escalões do governo, como presidente da república, governador, prefeito, senador, deputado, vereador e magistrado.
AGENTES EM DELEGAÇÃO – são aqueles particulares que recebem do Estado a competência para executar determinada atividade pública, ou prestação de serviço público ou, ainda, construção de obras públicas. São os leiloeiros, peritos, tradutores, concessionários, permissionários e autorizatários.
SERVIDORES PÚBLICOS -são todos os que prestam serviço ao estado incluindo a administração pública indireta, tendo vínculo empregatício e pagos pelos cofres públicos. São também chamados de agentes administrativos. Nessa classificação estão tanto os servidores estatutários, sujeitos ao regime legal, quanto os empregados públicos, do regime contratual, além dos temporários.
SERVIDORES ESTATUTÁRIOS – conhecidos como funcionários públicos, são os titulares de cargo público e estão sujeitos ao regime legal, ou estatutário, pois é lei de cada ente da federação que estabelece as regras de relacionamento entre os servidores e a administração pública.
◘ tais regras podem ser alteradas unilateralmente, respeitando aos direitos já adquiridos.
EMPREGADOS PÚBLICOS – são aqueles contratados seguindo o regime trabalhista, próprio da iniciativa privada. Tem acesso mediante a concurso público, obedecem ao regime da CLT, possuem limitação de remuneração e acumulação remunerada de cargos e empregos públicos.
CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS
AGENTE POLÍTICOS – são os que compõe os altos escalões do governo, como presidente da república, governador, prefeito, senador, deputado, vereador e magistrado.
AGENTES ADMINISTRATIVOS – todos que se vinculam ao Estado por relações profissionais, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico determinado pela entidade estatal a que servem. Não são membros de poder de Estado, nem o representam, nem exercem atribuições políticas ou governamentais – são unicamente servidores públicos com maior ou menos hierarquia. São eles: servidores concursados, servidores exercentes de cargo ou empregos em comissão, servidores temporários.
AGENTES HONORÍFICOS – são cidadãos convocados, designados ou nomeados para prestar, transitoriamente, determinado serviço ao Estado, em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional, mas sem qualquer vinculo empregatício ou estatutário, normalmente, sem remuneração. não são servidores públicos, mas normalmente exercem uma função publica e, enquanto a desempenham, sujeitam-se à hierarquia e disciplina do órgão a que estão servindo. São eles: jurados do tribunal do júri, mesário eleitoral, membro de comissão de estudo ou de julgamento.
AGENTES DELEGADOS – são particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade, obra ou serviço público e realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do delegante. Não são servidores públicos e nem honoríficos, nem representantes do estado, toda via constituem uma categoria a parte de colaboradores do poder público. São eles: concessionários e permissionários, os leiloeiros, tradutores e intérpretes públicos.
AGENTES CREDENCIADOS - são os que recebem a incumbência da administração para representa-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante remuneração do poder público credenciante.
LICITAÇÃO – procedimento obrigatório que antecede a celebração de contratos pela administração pública. Tem com finalidade a busca da melhor proposta, estimulando a competitividade entre os potenciais contratados, a fim de atingir o negócio mais vantajoso para a administração pública. Tem também como finalidade a promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
◘ a licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
◘ compete privativamente à União criar normas gerais sobre licitações e contratos administrativos.
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS – no exercício da função administrativa, o poder público estabelece diversas relações jurídicas com particulares, além de criar vínculos especiais de colaboração intergovernamental. Sempre que tais conexões subjetivas tiverem natureza contratual e forem submetidas aos princípios e normas do direito administrativo, estaremos diante de contratos administrativos. Ex: concessão de serviço público, parceria público-privada, contrato de gestão, etc.
◘ é o ajuste estabelecido entre a administração pública, agindo nessa qualidade, e terceiros, ou somente entre entidades administrativas, submetido ao regime jurídico-administrativo para a consecução de objetivos de interesse público.
◘ compete privativamente à União criar normas gerais sobre licitações e contratos administrativos.
SERVIÇO PÚBLICO
CONCEITO – é toda atividade material ampliativa, definida pela lei ou pela constituição como dever estatal, consistente no oferecimento de utilidades e comodidades ensejadoras de benefícios particularizados a cada usuário, sendo prestada pelo Estado ou pelos seus delegados, e submetida predominantemente aos princípios e normas de direito público.
◘ o único critério admitido pela doutrina moderna para conceituação do serviço público é o critério formal.
◘ o titular do serviço publico é a pessoa jurídica de direito público.
◘ empresas publicas e sociedade de economia mista prestadoras de serviços públicos, embora pertencentes ao Estado, nunca detêm a titularidade do serviço, na medida que titularizam somente a prestação do serviço público.
CLASSIFICAÇÃO
◘ serviços públicos propriamente ditos – são privativos do poder público por serem considerados indispensáveis e necessários para sobrevivência do grupo social e do próprio Estado. Ex: Defesa Nacional.
◘ serviços de utilidade pública – sua prestação não é indispensável para a sociedade, mas conveniente e oportuna na medida em que facilita a vida do indivíduo. Ex: energia elétrica.
◘ serviços próprios do estado – são aqueles vinculados às atribuições essenciais do Poder Público, sendo em regra prestado diretamente pelo Estado, de modo gratuito ou mediante baixa remuneração. Ex: saúde pública.
◘ serviços impróprios do estado – aqueles que não afetam substancialmente as necessidades da coletividade, razão pela qual pode ter a prestação outorgada a entidades estatais descentralizadas ou delegada a particulares. Ex: telefonia fixa.
◘ serviços administrativos – prestados para atender necessidades internas da administração. Ex: imprensa oficial.
◘ serviços industriais – consistem na exploração de atividades econômicas pelo Estado, produzindo renda e lucro para o prestador. Ex: venda de refeições a preços populares por empresa pública municipal.
FORMAS DE PRESTAÇÃO
◘ Prestação indireta - é aquelarealizada pelo próprio Estado (Administração Pública direta).
◘ Prestação indireta por outorga – se houver lei especifica nesse sentido, a prestação de serviços públicos pode ser realizada por meio de pessoas jurídicas especializadas criadas pelo Estado.
◘ Prestação indireta por delegação ou por colaboração – é realizada, após regular licitação, por meio de concessionários e permissionários, desde que a delegação tenha previsão em lei específica (concessão) ou autorização legislativa (permissão). Prestação direta por delegação só pode acontecer em relação a serviços públicos uti singuli.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – desrespeito ao princípio da moralidade
◘ Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação prevista em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
◘ Ação popular x Ação de improbidade – ação popular só pode ser proposta por pessoa física em pleno gozo de direitos políticos (cidadão) e a sentença promove essencialmente a anulação do ato lesivo à moralidade, assim como a condenação do réu ao pagamento de perdas e danos. Pelo contrário, a ação de improbidade administrativa só pode ser intentada pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, e tem como efeitos possíveis da sentença: perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente, ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, multa civil, proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
◘ compete privativamente a União Legislar contra atos de improbidade administrativa.
◘ agente público é todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades da administração direta e indireta.
◘ a LIA (improbidade impropria) pode ser aplicadas a não agentes públicos, desde que induzam, concorram ou se beneficiem dos atos de improbidade, ou ainda sejam sucessores daquele que praticou a conduta punível (neste caso as sanções vão até o limite do valor da herança).
◘ a LIA estabelece que a posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores componentes de seu patrimônio privado.
◘ o princípio de insignificância e a teoria dos delitos de bagatela não se aplicam aos atos de improbidade administrativa.
◘ é punível a improbidade tentada.
◘ cabe privativamente ao poder judiciário aplicar as sanções.
◘ o crime prescreve com 5 anos após o final mandato que foi praticado o ato. Se for considerado o prazo de lei específica para falta disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, a diferença é que o prazo de 5 anos começa a contar a partir da data do ato.
◘ atos de improbidade que importam enriquecimento do agente e os que atentam contra princípios da administração, só podem ocorrer diante de condutas dolosas.
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO
◘ CONTROLE JUDICIAL – promovido por meio das ações constitucionais perante o Poder Judiciário. Pode ser exercido a priori ou a posteriori, conforme se realize antes ou depois do ato controlado, respectivamente. É sempre realizado mediante aprovação da parte interessada. Ex: mandado de segurança e ação civil pública, habeas corpus, ação popular, mandado de injunção, habeas data, ação de improbidade.
◘ CONTROLE LEGISLATIVO – sua abrangência inclui o controle político sobre o próprio exercício da função administrativa e o controle financeiro sobre a gestão dos gastos públicos dos três poderes. é aquele realizado pelo parlamento com o auxílio dos Tribunais de Contas. Ex: comissões parlamentares de inquérito, legislar sobre criação e esticão de ministérios, convocar ministro de estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à presidência da república..
◘ CONTROLE ADMINISTRATIVO – fundamentado no poder de autotutela que a administração exerce sobre seus próprios atos. Tem como objetivos a confirmação, correção ou alteração de comportamentos administrativos. é o controle interno no âmbito da própria administração. Pode ser realizado de ofício ou por provocação da parte interessada. Ex: recurso hierárquico próprio (endereçado a autoridade superior à que praticou o ato), recurso hierárquico improprio (dirigido a autoridade que não ocupa posição de superioridade hierárquica em relação a que praticou o ato recorrido).
◘ prazo para interposição de recursos no direito administrativo é de 5 dias.
◘ prazo para propositura de ações judiciais é de cinco anos.
◘ medidas administrativas não transitam em julgado, elas sempre podem ser objeto de revisão perante o poder judiciário.
ESTATUTO DA POLÍCIA MILITAR
• hierarquia e disciplina são a base institucional da polícia militar.
REQUISITOS E CONDIÇÕES PARA INGRESSO
• ser brasileiro nato ou naturalizado; ser eleitor e achar-se em gozo dos seus direitos políticos; possuir idoneidade moral; aptidão física e psicológica; homem >= 1,6m e mulher>=1,55m; escolaridade exigida; CNH B.
• o ingresso na PM é assegurado aos aprovados em concurso público de provas e provas de títulos, mediante matrícula em curso profissionalizante.
HIERARQUIA
• oficiais: coronel > tenente coronel > major > capitão > tenente; praças especiais: aspirante a oficial > aluno a oficial > aluno oficial complementar > aluno oficial auxiliares > aluno formação de sargento > aluno formação de cabos > aluno formação de soldados; praças: subtenente > 1º sargento > cabo > soldado 1ª classe.
• O posto do oficial é conferido por ato do governador e registrado em carta patente; já graduação é conferido ao praça por ato do comandante geral da polícia militar.
• a antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da assinatura do ato da respectiva promoção ou nomeação, salvo quando for fixada outra data.
• em igualdade de posto ou graduação os militares da ativa têm precedência sobre os da inatividade
FORMA DE PROVIMENTO DOS CARGOS
Nomeação – caráter permanente quando se tratar de provimento de cargo da carreira ou caráter temporário, para cargos de livre nomeação e exoneração.
• a investidura nos cargos dar-se-á com a posse e o efetivo exercício com desempenho das atribuições inerentes aos cargos.
• cabe ao governador e ao comandante dar posse.
Reversão – forma pelo qual o PM retorna ao serviço ativo. A reversão é o ato pelo qual o policial militar agregado retorna à escala hierárquica, tão logo cesse o motivo que determinou a sua agregação, ocupando lugar que lhe competir na respectiva escala numérica, na primeira vaga que ocorrer. Parágrafo único - A competência para a reversão é da mesma autoridade que efetuou a agregação, nos termos do art. 26 desta Lei."
• quando cessar o período de exercício de mandato eletivo, devendo retornar ao mesmo grau hierárquico ocupado e mesmo lugar que lhe competir na escala numérica no momento de sua transferência para a reserva remunerada.
• a competência para reversão será da mesma autoridade que efetuou a agregação.
• a competência para reversão será da autoridade competente para efetuar a transferência do policial militar para a reserva remunerada.
• o retorno para o serviço ativo deve ocorrer no primeiro dia útil imediatamente subsequente ao término do mandato eletivo.
• Não poderá haver interrupção entre o momento da transferência do Policial Militar para a inatividade, em razão do exercício de mandato eletivo, e o seu posterior retorno à Corporação
Reintegração - A reintegração é o retorno do policial militar demitido ao cargo anteriormente ocupado ou o resultante de sua transformação, quando invalidado o ato de afastamento pela via judicial, por sentença transitada em julgado, ou pela via administrativa, nos termos do art. 91 desta Lei.
SITUAÇÕES INSTITUCIONAIS DA PM
◘ Os PM organizam-se em carreira, em uma das situações.
Quando na ativa - os de carreiras,os convocados, os praças especiais, os agregados, os excedentes, os ausentes e desertores, os desaparecidos e extraviados. Quando na inatividade – os da reserva remunerada, os reformados. Os da reserva não remunerada.
• os de carreira – concluiu o curso de formação com aproveitamento e encontra-se no desempenho do serviço.
• O policial militar da reserva remunerada, por conveniência da Administração, em caráter transitório e mediante aceitação voluntária, poderá ser convocado para o serviço ativo, por ato do Governador do Estado.
◘ O Policial Militar convocado nos termos deste artigo terá os direitos e deveres dos da ativa de igual situação hierárquica, exceto quanto à promoção, a qual não concorrerá, fazendo jus ao respectivo acréscimo no seu tempo de serviço e a uma indenização no valor de 50% (cinqüenta por cento) dos seus proventos, enquanto perdurar a convocação.
◘ A convocação de que trata este artigo terá a duração necessária ao cumprimento da atividade ou missão que lhe deu origem e deverá ser precedida de inspeção de saúde, vedado o exercício de cargo ou função de comando, direção e chefia.
◘ nomeação para cargo em comissão não implica em convocação.
◘ Durante o período de realização do curso profissionalizante, os alunos oficiais receberão, a título de bolsa de estudo, o equivalente a 30% (trinta por cento) os do 1º ano, 35% (trinta e cinco por cento) os do 2º ano e 40% (quarenta por cento) os do 3º ano, da remuneração do posto de 1º Tenente. O aluno pode optar, se já for PM de carreira, por receber a bolsa de estudo ou a remuneração do seu posto ou graduação acrescida das vantagens pessoais.
◘ A agregação é a situação na qual o policial militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala hierárquica de seu Quadro, nela permanecendo sem número.
◘ - O policial militar será agregado e considerado, para todos os efeitos legais, como em serviço ativo, quando: 1º caso -nomeado para cargo policial militar ou considerado de natureza policial militar, estabelecido em Lei, não previsto no Quadro de Organização da Polícia Militar;2º caso - estiver aguardando sua transferência, a pedido ou "ex officio", para a reserva remunerada, por ter sido enquadrado em quaisquer dos requisitos que a motivarem.
◘ - A agregação do policial militar, no caso 1, é contada a partir da data de posse no novo cargo até o regresso à Polícia Militar ou à transferência "ex officio" para a reserva remunerada.
◘ A agregação do policial militar, no caso 2, é contada a partir da data indicada no ato que a torna pública.
◘ A agregação do policial militar, no caso do inciso II deste artigo, é contada a partir da data indicada no ato que a torna pública
 O policial militar será agregado quando for afastado, temporariamente, do serviço ativo por motivo de:
○ ter sido julgado incapacitado, temporariamente, para o serviço policial militar e submetido a gozo de licença para tratamento de saúde própria, a pedido ou ex officio, ou por motivo de acidente;
○ ter ultrapassado doze meses em licença para tratamento de saúde própria;
○ ter entrado em gozo de licença para tratar de interesse particular ou para acompanhar cônjuge ou companheiro
○ ter ultrapassado seis meses contínuos em gozo de licença para tratar de saúde de pessoa da família
○ ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o processo de reforma
○ ter sido considerado oficialmente extraviado
○ ter-se esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserção previsto no Código Penal Militar, se oficial ou praça com estabilidade assegurada
○ ter, como desertor, se apresentado voluntariamente, ou ter sido capturado e reincluído a fim de se ver processar;
○ se ver processar administrativamente ou através de processo judicial, após ficar exclusivamente à disposição da Justiça
○ ter sido condenado a pena restritiva de liberdade superior a seis meses, por sentença transitada em julgado, enquanto durar a execução, incluído o período de sua suspensão condicional, se concedida esta, ou até ser declarado indigno de pertencer à Polícia Militar ou com ela incompatível;
○ ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função prevista no Código Penal Militar ou em outros diplomas legais, penais ou extra-penais
○ ter passado à disposição de órgão ou entidade da União, de outros Estados, do Estado ou do Município, para exercer cargo ou função de natureza civil
○ ter sido nomeado para qualquer cargo, emprego ou função público civil temporário, não eletivo, inclusive da administração indireta
○ ter se candidatado a cargo eletivo, desde que conte dez ou mais anos de serviço
○ permanecer desaparecido por mais de trinta dias, na forma do art. 30 desta Lei.
◘ O policial militar agregado fica sujeito às obrigações disciplinares concernentes às suas relações com outros policiais militares e autoridades civis, salvo quando titular de cargo que lhe dê precedência funcional sobre outros policiais militares ou militares mais graduados ou antigos.
◘ - O policial militar agregado, quando no desempenho de cargo policial militar, ou considerado de natureza policial militar, concorrerá à promoção, por qualquer dos critérios, sem prejuízo do número de concorrentes regularmente estipulado.
◘ A agregação se faz: por ato do Governador do Estado ou da autoridade por ele delegada, quanto aos Oficiais; por ato do Comandante Geral ou da autoridade por ele delegada, quanto aos praças.
 Excedente é a situação transitória a que, automaticamente, passa o policial militar que:
○ tendo cessado o motivo que determinou sua agregação, seja revertido ao respectivo Quadro, estando o mesmo com seu efetivo completo
○ seja promovido por bravura, sem haver vaga;
○ sendo o mais moderno da respectiva escala hierárquica, ultrapasse o efetivo de seu Quadro, em virtude da promoção de outro policial militar em ressarcimento de preterição;
○ tendo cessado o motivo que determinou sua reforma por incapacidade, retorne ao respectivo Quadro, estando este com seu efetivo completo.
◘ - O policial militar, cuja situação é de excedente, ocupará a mesma posição relativa, em antigüidade, que lhe cabe na escala hierárquica e receberá o número que lhe competir, em conseqüência da primeira vaga que se verificar.
◘ O policial militar, na situação de excedente, é considerado para todos os efeitos como em efetivo serviço e a ele se aplicam, respeitados os requisitos legais, em igualdade de condições e sem nenhuma restrição, as normas para indicação para cargo policial militar, curso ou promoção
◘ O policial militar, excedente por haver sido promovido por bravura sem haver vaga, ocupará a primeira vaga aberta, deslocando o critério de promoção a ser seguido para a vaga seguinte.
 É considerado ausente o policial militar que, por mais de vinte e quatro horas consecutivas:
○ deixar de comparecer à sua organização policial militar sem comunicar motivo de impedimento;
○ ausentar-se, sem licença, da organização policial militar onde serve ou do local onde deva permanecer;
○ deixar de se apresentar no lugar designado, findo o prazo de trânsito ou férias;
○ deixar de se apresentar à autoridade competente após a cassação ou término de licença ou agregação ou ainda no momento em que é efetivada mobilização, declarado o estado de defesa, de sítio ou de guerra
○ deixar de se apresentar a autoridade competente, após o término de cumprimento de pena
◘ É também considerado ausente o policial militar que deixar de se apresentar no momento da partida de comboio que deva integrar, por ocasião de deslocamento da unidade em que serve
◘ É considerado desaparecido o policial militar na ativa, assim declarado por ato do Comandante Geral, quando no desempenho de qualquer serviço, em viagem, em operação policial militar ou em caso de calamidade pública, tiver paradeiro ignorado por mais de oito dias.
◘ A situação de desaparecimento só será considerada quando não houver indício de deserção.
◘ O policial militar que, na forma do artigo anterior, permanecer desaparecido por mais de trinta dias,será oficialmente considerado extraviado e agregado na forma do art. 23, inciso XV
◘ O policial militar da reserva remunerada é aquele afastado do serviço que, nessa situação, perceba remuneração do Estado, ficando sujeito à ação disciplinar da Instituição e à prestação de serviços na ativa
◘ O policial militar reformado é o que está dispensado definitivamente da prestação do serviço ativo, percebendo remuneração pelo Estado e permanecendo sujeito ao controle disciplinar da Instituição.
◘ O oficial militar da reserva não remunerada é aquele ex-integrante do serviço ativo exonerado; - O oficial da reserva não remunerada não está sujeito à ação disciplinar da Instituição nem a convocação.
DA ESTABILIDADE
○ adquirirá estabilidade ao completar três anos de efetivo exercício, desde que seja aprovado no estágio probatório, por ato homologado pela autoridade competente.
◘ O estágio probatório compreende um período de trinta e seis meses, durante o qual serão observadas a aptidão e capacidade para o desempenho do cargo, observados, entre outros, os seguintes fatores: assiduidade, disciplina, observância das normas hierárquicas e ética militar, capacidade de adequação para cumprimento dos deveres militares, eficiência. - A autoridade competente terá o prazo improrrogável de trinta dias para a homologação do resultado do estágio probatório.
◘ O período em que o praça especial encontrar-se no curso de formação será computado para o estágio probatório de que trata este artigo.
DOS VALORES POLICIAIS MILITARES
◘ Da organização – a dignidade do homem, a disciplina, a hierarquia, a credibilidade, a ética, a efetividade, a solidariedade, a capacitação profissional, a doutrina, a tradição.
◘ Do profissional – a eficiência e a eficácia, o espírito profissional, a aparência pessoal, a autoestima, o profissionalismo, a bravura, a solidariedade, a dedicação.
 São manifestações essenciais dos valores policiais militares:
○ o sentimento de servir à sociedade, traduzido pela vontade de cumprir o dever policial militar e pelo integral devotamento à preservação 27/06/2017 Casa Civil - Legislação Estadual http://www.legislabahia.ba.gov.br/ 12/71 da ordem pública e à garantia dos direitos fundamentais da pessoa humana;
○ o civismo e o respeito às tradições históricas;
○ a fé na elevada missão da Polícia Militar
○ o orgulho do policial militar pela Instituição
○ o amor à profissão policial militar e o entusiasmo com que é exercida;
○ o aprimoramento técnico-profissional
DA ÉTICA POLICIAL MILITAR – Tanto no serviço como fora dele.
○ amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade pessoal
○ respeitar a dignidade da pessoa humana
○ cumprir e fazer cumprir as Leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades competentes, à exceção das manifestamente ilegais
○ ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
○ zelar pelo preparo moral, intelectual e físico próprio e dos subordinados, tendo em vista o cumprimento da missão comum
○ praticar a solidariedade e desenvolver permanentemente o espírito de cooperação
○ ser discreto em suas atitudes e maneiras e polido em sua linguagem falada e escrita;
○ abster-se de tratar de matéria sigilosa, de qualquer natureza, fora do âmbito apropriado
○ manter conduta compatível com a moralidade administrativa
○ comportar-se educadamente em todas as situações
○ conduzir-se de modo que não sejam prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro policial militar;
○ abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros
○ abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas quando em atividade político-partidária, em atividade comercial ou industrial; para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou policiais militares, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; no exercício de funções de natureza não policiais militares, mesmo oficiais.
○ zelar pelo bom conceito da Polícia Militar;
○ zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público.
◘ Ao policial militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
◘ No intuito de aperfeiçoar a prática profissional é permitido aos oficiais do Quadro Complementar de Oficiais Policiais Militares o exercício de sua atividade técnico-profissional no meio civil, desde que compatível com as atribuições do seu cargo e com o horário de trabalho, respeitadas as limitações constitucionais
DOS DEVERES POLICIAIS MILITARES
○ a dedicação integral ao serviço policial militar e a fidelidade à Instituição a que pertence
○ o respeito aos Símbolos Nacionais
○ a submissão aos princípios da legalidade, da probidade, da moralidade e da lealdade em todas as circunstâncias;
○ a disciplina e o respeito à hierarquia;
○ o cumprimento das obrigações e ordens recebidas, salvo as manifestamente ilegais;
○ o trato condigno e com urbanidade a todos
○ o compromisso de atender com presteza ao público em geral, prestando com solicitude as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
○ a assiduidade e pontualidade ao serviço, inclusive quando convocado para cumprimento de atividades em horário extraordinário.
COMANDO E SUBORDINAÇÃO
◘ Aplica-se aos Comandantes de Operações Policiais Militares e de Bombeiros Militares, Comandantes de Policiamento Regional e Comandante de Policiamento Especializado, à Direção, à Coordenação, à Chefia de Organização Policial Militar, no que couber o estabelecido para o comando.
◘ A subordinação é o respeito ao princípio da hierarquia, em face do qual as ordens dos superiores, salvo as manifestamente ilegais, devem ser plena e prontamente acatadas. - A subordinação não afeta, de modo algum, a dignidade pessoal do policial militar e decorre, exclusivamente, da estrutura hierarquizada da Polícia Militar.
◘ As funções de comando, de chefia, de coordenação e de direção de organização policial militar são privativas dos integrantes do Quadro de Oficiais Policiais Militares.
◘ Compete aos Oficiais Auxiliares do Quadro de Oficiais Auxiliares da Polícia Militar - QOAPM e do Quadro de Oficiais Auxiliares Bombeiros Militares - QOABM o exercício de atividades operacionais e administrativas, excetuando-se o comando de Unidades e Subunidades e o subcomando de Unidades.
◘ Aos integrantes do Quadro Complementar de Oficiais Policiais Militares cabe, ao longo da carreira, o exercício das funções técnicas de suas respectivas especialidades.
◘ - O Quadro de Oficiais Auxiliares da Polícia Militar - QOAPM e o Quadro de Oficiais Auxiliares Bombeiros Militares - QOABM serão integrados por policiais militares oriundos do círculo de praças, cujo acesso ocorrerá por promoção, preenchidos os requisitos previstos neste Estatuto e em regulamento de conclusão e aprovação no respectivo Curso de Formação previsto em regulamento.
◘ O maior grau hierárquico do Quadro de Oficiais Auxiliares da Polícia Militar - QOAPM e do Quadro de Oficiais Auxiliares Bombeiros Militares - QOABM é o Posto de Major
◘ Somente poderão concorrer à promoção ao posto de Major do QOAPM e do QOABM os Capitães que possuam graduação em curso de nível superior reconhecido pelo Ministério da Educação, preenchidos os demais requisitos legais, inclusive conclusão com aproveitamento do Curso de Especialização no Serviço Público - CESP promovido pela Polícia Militar
◘ No exercício das suas atividades profissionais e no comando de subordinados, os Subtenentes, 1º Sargentos e Cabos deverão impor-se pela capacidade técnicoprofissional, pelo exemplo e pela lealdade, incumbindo-lhes assegurar a observância minuciosa e ininterrupta das ordens, das regras de serviço e das normas operativas, pelos Praças que lhes estiveremdiretamente subordinados, bem como a manutenção da coesão e do moral da tropa, em todas as circunstâncias.
◘ Os soldados poderão, excepcional e temporariamente, exercer o comando de fração de tropa em locais e situações que assim o exijam.
◘ Aos praças especiais, em curso de formação, cabe a rigorosa observância das prescrições dos regulamentos que lhes são pertinentes, exigindo-se-lhes inteira dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico-profissional, ficando vedado o emprego em atividade operacional ou administrativa, salvo em caráter de instrução.
DA ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADE
○ O policial militar em função de comando responde integralmente pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir, pelos atos que praticar, bem como pelas conseqüências que deles advierem
○ Cabe ao executante que exorbitar no cumprimento de ordem recebida, a responsabilidade pessoal e integral pelos excessos e abusos que cometer.
○ A violação das obrigações ou dos deveres policiais militares poderá constituir crime ou transgressão disciplinar, segundo disposto na legislação específica.
○ O policial militar responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
◘ A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo do erário ou de terceiros, na seguinte forma: a indenização de prejuízos causados ao erário será feita por intermédio de imposição legal ou mandado judicial, sendo descontada em parcelas mensais não excedentes à terça parte da remuneração ou dos proventos do policial militar; tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o policial militar perante a Fazenda Pública, em ação regressiva, de iniciativa da Procuradoria Geral do Estado.
◘ A responsabilidade penal abrange os crimes militares, bem como os crimes de competência da Justiça comum e as contravenções imputados ao policial militar nessa qualidade.
◘ A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo, praticado no desempenho de cargo ou função capaz de configurar, à luz da legislação própria, transgressão disciplinar.
◘ As responsabilidades civil, penal e administrativa poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
◘ A responsabilidade administrativa do policial militar sujeita-se aos efeitos da elisão e da prescrição na seguinte forma:
○ será elidida no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou de sua autoria;
○ prescreverá em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, em três anos, quanto às infrações puníveis com sanções de detenção, em cento e oitenta dias, quanto às demais infrações.
○ o prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido
○ sendo a falta tipificada penalmente, prescreverá juntamente com o crime
○ a abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição até a decisão final por autoridade competente
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
◘ São transgressões do policial militar:
○ não levar ao conhecimento da autoridade competente, no mais curto prazo, falta ou irregularidade que presenciar ou de que tiver ciência e couber reprimir
○ deixar de punir o transgressor da disciplina;
○ retardar a execução de qualquer ordem, sem justificativa;
○ não cumprir ordem legal recebida;
○ simular doença para esquivar-se ao cumprimento de qualquer dever, serviço ou instrução;
○ deixar, imotivadamente, de apresentar a tempo à autoridade imediatamente superior, impossibilidade de comparecer ä OPM ou a qualquer ato de serviço;
○ faltar ou chegar atrasado injustificadamente qualquer ato de serviço em que deva tomar parte ou assistir;
○ permutar serviço sem permissão da autoridade competente;
○ abandonar serviço para o qual tenha sido designado;
○ afastar-se de qualquer lugar em que deva estar por força de disposição legal ou ordem;
○ deixar de apresentar-se à OPM para a qual tenha sido transferido ou classificado e às autoridades competentes nos casos de comissão ou serviços extraordinários para os quais tenha sido designado;
○ não se apresentar, findo qualquer afastamento do serviço ou ainda, logo que souber que o mesmo foi interrompido;
○ deixar de providenciar a tempo, na esfera de suas atribuições, por negligência ou incúria, medidas contra qualquer irregularidade de que venha a tomar conhecimento;
○ portar arma sem registro;
○ sobrepor ao uniforme insígnia ou medalha não regulamentar, bem como, indevidamente, distintivo ou condecoração;
○ sair ou tentar sair da OPM com tropa ou fração de tropa, sem ordem expressa da autoridade competente;
○ abrir ou tentar abrir qualquer dependência da OPM fora das horas de expediente, desde que não seja o respectivo chefe ou sem sua ordem escrita com a expressa declaração de motivo, salvo em situações de emergência;
○ deixar de portar o seu documento de identidade ou de exibi-lo quando solicitado.
○ deixar deliberadamente de corresponder a cumprimento de subordinado ou deixar o subordinado, quer uniformizado, quer em traje civil, de cumprimentar superior, uniformizado ou não, neste caso desde que o conheça ou prestar-lhe as homenagens e sinais regulamentares de consideração e respeito;
○ dar, por escrito ou verbalmente, ordem ilegal ou claramente inexeqüível, que possa acarretar ao subordinado responsabilidade ainda que não chegue a ser cumprida;
○ prestar informação a superior hierárquico induzindo-o a erro, deliberadamente.
DAS PENALIDADES
 São sanções disciplinares a que estão sujeitos os policiais militares: advertência, detenção, demissão.
◘ Decorrerão da aplicação das sanções disciplinares, a que forem submetidos os policiais militares, submissão a programa de reeducação, suspensão de férias ou licenças em gozo ou desligamento de curso, conforme decisão da autoridade competente, constante do ato de julgamento.
◘ Na aplicação das penalidades, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os antecedentes funcionais, os danos que dela provierem para o serviço público e as circunstâncias agravantes e atenuantes.
◘ A advertência será aplicada, por escrito, nos casos de violação de proibição e de inobservância de dever funcional previstos em Lei, regulamento ou norma interna, que não justifiquem imposição de penalidade mais grave.
◘ A detenção será aplicada em caso de reincidência em faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a demissão, não podendo exceder de trinta dias, devendo ser cumprida em área livre do quartel.
◘ A penalidade de advertência e a de detenção terão seus registros cancelados, após o decurso de dois anos, quanto à primeira, e quatro anos, quanto a segunda, de efetivo exercício, se o policial militar não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
• O cancelamento da penalidade não produzirá efeitos retroativos.
◘ a demissão será aplicada nos casos de:
○ a prática de violência física ou moral, tortura ou coação contra os cidadãos, pelos policiais militares, ainda que cometida fora do serviço;
○ a consumação ou tentativa como autor, coautor ou partícipe em crimes que o incompatibilizem com o serviço policial militar, especialmente os tipificados como:
• de homicídio quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente; qualificado; de latrocínio; de extorsão qualificado pela morte; mediante sequestro e na forma qualificada; de estupro; de atentado violento ao pudor; de epidemia com resultado morte; contra a fé pública, puníveis com pena de reclusão; contra a administração pública; de deserção
○ tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins;
○ prática de terrorismo
○ integração ou formação de quadrilha
○ revelação de segredo apropriado em razão do cargo ou função;
○ a insubordinação ou desrespeito grave contra superior hierárquico
○ improbidade administrativa;
○ deixar de punir o transgressor da disciplina nos casos previstos neste artigo
○ utilizar pessoal ou recurso material da repartição ou soba guarda desta em serviço ou em atividades particulares;
○ fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
○ participar o policial militar da ativa de firma comercial, de emprego industrial de qualquer natureza, ou nelas exercer função ou emprego remunerado, exceto como acionista ou quotista em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada;
○ dar, por escrito ou verbalmente, ordem ilegal ou claramente inexeqüível, que possa acarretar ao subordinado responsabilidade, ainda que não chegue a ser cumprida;
○ permanecer no mau comportamento por período superior a dezoito meses, caracterizado este pela reincidência de atitudes que importem nas transgressões previstas
◘ Aos policiais militares da reserva remunerada e reformados incursos em infrações disciplinares para qual esteja prevista a pena de demissão nos termos deste artigo e do artigo 53 será aplicada a penalidade de cassação de proventos de inatividade, respeitado, no caso dos Oficiais, o disposto no art. 189 deste Estatuto.
APURAÇÃO DISCIPLINAR
◘ A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço é obrigada a promover a sua imediata apuração mediante sindicância ou processo disciplinar
○ Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada por falta de objeto.
◘ Como medida cautelar, e a fim de que o policial militar acusado do cometimento de falta disciplinar não interfira na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá, fundamentadamente, de ofício ou por provocação de encarregado de feito investigatório, requerer ao escalão competente o seu afastamento do exercício do cargo ou da função, pelo prazo de trinta dias, sem prejuízo da remuneração, devendo permanecer à disposição da Instituição para efeito da instrução da apuração da falta.
○ O afastamento deverá determinar a proibição temporária do uso de uniforme e arma e ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo de apuração regular da falta.
DA SINDICÂNCIA
◘ A sindicância será instaurada para apurar irregularidades ocorridas no serviço público, identificando a autoria e materialidade da transgressão, dela podendo resultar: arquivamento do procedimento; instauração de processo disciplinar sumario; instauração de processo administrativo disciplinar; instauração de inquérito policial militar; encaminhamento ao Ministério Público, quando resultar provado o cometimento de ilícito penal de competência da Justiça Comum.
◘ A sindicância poderá ser conduzida por um ou mais policiais militares, que poderão ser dispensados de suas atribuições normais, até a apresentação do relatório final.
◘ O prazo para conclusão da sindicância não excederá trinta dias, podendo ser prorrogado por metade deste período, a critério da autoridade competente.
◘ O processo disciplinar sumario destina-se a apuração de falta que, em tese, seja aplicada a pena de advertência e detenção.
◘ O processo administrativo disciplinar será instaurado quando, em tese, sobre a falta se aplique a pena de demissão, mediante a nomeação pela autoridade competente da Comissão do Processo Administrativo Disciplinar
DO PROCESSO DISCIPLINAR
◘ O processo disciplinar sumário desenvolver-se-á com as seguintes fases: publicação da portaria, com descrição do fato objeto da apuração e indicação do dispositivo legal supostamente violado, além da nomeação de um ou mais policiais militares que conduzirão o processo, bem como o presidente dos trabalhos na hipótese de mais de um policial militar na comissão apuradora; citação, defesa inicial, instrução, defesa final e o relatório; julgamento.
◘ O policial militar ou a Comissão escolherá livremente o secretário para os trabalhos, observada a hierarquia.
◘ O prazo para a conclusão do processo disciplinar será de trinta dias, prorrogável pela metade do período mediante ato da autoridade competente
◘ Para garantir a celeridade da instrução no curso do processo disciplinar sumario, o policial militar ou a comissão apuradora poderá ficar dispensados dos demais trabalhos regulares.
◘ O policial militar ou a comissão apuradora deverá iniciar seus trabalhos, no prazo máximo de trinta dias, contados da sua instauração, só podendo ultrapassar o período de trinta dias, na hipótese de pedido motivado e despacho fundamentado da autoridade competente, desde que comprovada a existência de circunstância excepcional
◘ O processo disciplinar sumario não poderá ser conduzido por cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
◘ O processo administrativo disciplinar destina-se a apurar responsabilidade do policial militar por infração praticada no exercício de suas funções ou relacionada com as atribuições do seu cargo, inclusive conduta irregular do mesmo, verificada em sua vida privada, que tenha repercussão nas atribuições do cargo ou no serviço público.
◘ - O processo administrativo disciplinar somente será precedido de sindicância quando não houver elementos suficientes para a constatação da materialidade do fato ou identificação da autoria.
◘ O processo administrativo disciplinar desenvolver-se-á com as seguintes fases: instauração, com a publicação da portaria do ato que constituir Comissão Processante responsável pelo feito; lavratura do termo de acusação; citação, defesa inicial, instrução, defesa final e relatório; julgamento.
◘ A autoridade competente, mediante portaria, designará a Comissão, composta por três policiais militares de hierarquia igual ou superior à do acusado, determinará que esta lavre o termo de acusação, descrevendo detalhadamente os fatos imputados ao policial militar além indicar o dispositivo legal supostamente violado e as penalidades a que o acusado estará sujeito.
◘ A cópia do termo mencionado no parágrafo anterior integrará o ato de citação, sendo peça indispensável, sob pena de nulidade da citação.
◘ Na portaria será indicado também o membro que será o presidente da Comissão, permitindo livremente a escolha por este do secretário dos trabalhos.
◘ O prazo para a conclusão do processo disciplinar será de sessenta dias, prorrogável por igual período pela autoridade competente.
◘ Sempre que necessário, e mediante requerimento fundamentado à autoridade que instaurou o feito, os membros da Comissão dedicarão tempo integral aos seus trabalhos, ficando dispensados de suas funções, até a entrega do relatório final.
◘ A Comissão deverá iniciar seus trabalhos, no prazo de cinco dias, contados da data de sua instauração, só podendo ultrapassar o período previsto nesta Lei para sua conclusão na hipótese de pedido motivado pelo seu Presidente e despacho fundamentado da autoridade competente, desde que comprovada a existência de circunstância excepcional.
◘ A Comissão, ao emitir o seu relatório final, indicará se a falta praticada torna o Praça ou o Oficial indigno para permanecer na Polícia Militar ou com a Instituição incompatível.
◘ Não poderá participar de comissão cônjuge, companheiro ou parente do indiciando, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
◘ O policial militar da reserva remunerada e o reformado poderão ser também submetidos a Processo Disciplinar, podendo ser apenados com sanções compatíveis com sua situação institucional
◘ O processo administrativo disciplinar de que possa resultar a indignidade ou incompatibilidade do Oficial para permanência na Polícia Militar será julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia para decisão quanto a perda do posto e da patente.
◘ Os membros da Comissão exercerão suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou quando exigido pelo interesse público, sob pena da responsabilidade.
◘ As reuniões e as audiências da Comissão terão caráter público, excetuando-se as sessões de julgamentoe os casos em que o interesse da disciplina assim não o recomende.
DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS
◘ O presidente da Comissão, após nomear o secretário, determinará a autuação da portaria e das demais peças existentes e instalará os trabalhos, designando dia, hora e local para as reuniões e ordenará a citação do acusado para apresentar defesa inicial e indicar provas, inclusive rol de testemunhas com no máximo de cinco nomes.
◘ Quando o acusado se encontrar em lugar incerto ou não sabido ou quando houver fundada suspeita de ocultação para frustrar a diligência, a citação será feita por edital.
◘ - O edital será publicado, por uma vez, no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação da localidade do último domicílio conhecido, se houver, e fará remissão expressa ao termo de acusação.
◘ A designação da data para apresentação da defesa inicial e o interrogatório do acusado respeitará o interstício mínimo de cinco dias contados da data da citação.
DA INSTRUÇÃO
◘ A instrução respeitará o princípio do contraditório, assegurando-se ao acusado ampla defesa, com meios e recursos a ela inerentes.
◘ Os autos da sindicância, se realizada, integrarão o processo disciplinar como peça informativa.
◘ A designação dos peritos recairá, preferencialmente, em policiais militares com capacidade técnica especializada, e na falta deles, em pessoas estranhas ao serviço público estadual, com a mesma capacidade técnica específica para a investigação a ser procedida, assegurado ao acusado a faculdade de formular quesitos.
◘ A defesa do acusado será promovida por advogado por ele constituído ou por defensor público ou dativo.
◘ Caso o acusado, regularmente intimado, não compareça sem motivo justificado, o presidente da Comissão designará defensor público ou dativo.
◘ - Nenhum ato da instrução poderá ser praticado sem a prévia intimação do acusado e do seu defensor.
◘ Em qualquer fase do processo poderá ser juntado documento aos autos, antes do relatório
◘ Se a testemunha for policial militar, a intimação poderá ser feita mediante requisição ao chefe da repartição onde serve, com indicação do dia, hora e local marcados para a audiência.
◘ - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a Comissão proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame por Junta Médica oficial, da qual participe, pelo menos, um médico psiquiatra, que emitirá o respectivo laudo, facultada ao acusado a indicação de assistente técnico.
◘ A ausência do policial militar acusado, regularmente citado, não importará no reconhecimento da verdade dos fatos
◘ A Comissão terá o prazo de vinte dias, prorrogável por mais dez, para entregar o relatório final à autoridade competente que a instituiu, a contar do término do prazo de apresentação da defesa final.
◘ O processo disciplinar, com o relatório da Comissão, será remetido para julgamento pela autoridade que determinou a instauração.
DO JULGAMENTO
◘ No prazo de trinta dias, contados do recebimento do processo, a autoridade que o instaurou, investida no papel de julgadora, proferirá a sua decisão.
◘ - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo
◘ Havendo acusados pertencentes a unidades diversas e pluralidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição da pena mais grave.
◘ Se a penalidade prevista for a demissão, a sanção, no tocante aos Oficiais, caberá ao Governador do Estado.
◘ O julgamento acatará, ordinariamente, o relatório da Comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.
◘ - Quando o relatório contrariar as evidências dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, discordar das conclusões do colegiado, e, fundamentadamente, com base nas provas intra-autos, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o policial militar de responsabilidade.
◘ Se constatado que a Comissão laborou propositadamente em erro, de modo a conduzir as conclusões no sentido da absolvição ou da condenação, será imposta a seus membros penalidade disciplinar correspondente à transgressão e na medida de sua culpa, mediante procedimento disciplinar próprio, com as garantias constitucionais a este inerente, em especial o contraditório e a ampla defesa.
◘ O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo, ressalvada a hipótese de procrastinação intencional.
◘ Quando a transgressão disciplinar também estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério Público para instauração da ação penal, ficando os autos suplementares arquivados na repartição.
◘ O policial militar submetido a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido ou passar, voluntariamente, para a reserva, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
REVISAO DO PROCESSO
◘ O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
◘ Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.
DOS DIREITOS E PRERROGATIVAS DOS POLICIAIS MILITARES
 São direitos dos Policiais Militares:
• a garantia da patente e da graduação, em toda a sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas e deveres a ela inerentes
• os proventos calculados com base na remuneração integral do seu posto ou graduação quando, não contando com trinta anos de serviço, for transferido para a reserva remunerada ex officio por ter atingido a idade limite de permanência em atividade no posto ou na graduação;
• os proventos calculados com base na remuneração integral do posto ou graduação imediatamente superior quando, contando com trinta anos ou mais de serviço, for transferido para a reserva remunerada
• - os proventos calculados com base na remuneração integral do seu próprio posto ou graduação acrescida de 20% (vinte por cento) quando, contando com trinta e cinco anos ou mais de serviço, for ocupante do último posto da estrutura hierárquica da Corporação no seu quadro e, nessa condição, seja transferido para a reserva remunerada;
• nas condições ou nas limitações impostas na legislação e regulamentação peculiares:
○ o uso das designações hierárquicas; a ocupação de cargo correspondente ao posto ou à graduação, satisfeitas as exigências de qualificação e competência para o seu exercício; a percepção de remuneração; a alimentação, assim entendida as refeições ou subsídios com esse objetivo, fornecido aos policiais militares durante o serviço; o fardamento, constituindo-se no conjunto de uniformes necessários ao desempenho de suas atividades, incluindo-se as roupas indispensáveis no alojamento; indenização de transporte; indenização de diárias; auxílio transporte, devido ao policial militar nos deslocamentos da residência para o trabalho e vice-versa, na forma e condições estabelecidas em regulamento; honorário de ensino, observado o disposto em regulamento; a promoção; a transferência, a pedido, para a reserva remunerada; as férias, os afastamentos temporários do serviço e as licenças; a exoneração a pedido; adicional de férias correspondente a um terço da remuneração percebida; redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na mesma forma e condições dos funcionários públicos civis; adicional noturno; adicional por serviço extraordinário; o auxílio-natalidade, licença-maternidade e paternidade, garantindo-se à gestante a mudança de função, nos casos em que houver recomendação médica, sem prejuízo de seus vencimentos e demais vantagens do cargo, posto ou graduação; seguro contra acidentes do trabalho;
• o policial militar acidentado em serviço, que necessite de tratamento especializado, recomendado por Junta Médica Oficial, terá garantido os recursos médico-hospitalares, medicamentos e prótesesnecessários à sua recuperação conforme dispuser o regulamento;
• outros direitos previstos em Lei.
DOS DEPENDENTES DO POLICIAL MILITAR
◘ Consideram-se dependentes econômicos do policial militar:
○ para efeito de previdência social: cônjuge ou o(a) companheiro(a); os filhos solteiros, desde que civilmente menores; os filhos solteiros inválidos de qualquer idade; os pais inválidos de qualquer idade.
○ - para efeito de fruição dos serviços de assistência à saúde: cônjuge, ou o(a) companheiro(a); os filhos solteiros, menores de 18 anos; os filhos solteiros inválidos com dependência econômica.
◘ - Considera-se dependente econômico, para os fins desta Lei, a pessoa que não tenha renda, não disponha de bens e tenha suas necessidades básicas integralmente atendidas pelo policial militar.
◘ Perdurará até vinte e quatro anos de idade, para efeitos previdenciários a condição de dependente para o filho solteiro, desde que não percebam qualquer rendimento, na forma do parágrafo anterior, e sejam comprovadas, semestralmente, suas matrículas e freqüência regular em curso de nível superior ou a sujeição a ensino especial, nas hipóteses previstas no art. 9º, da Lei Federal nº 5.692, de 11 de agosto de 1971.
◘ Dos dependentes inválidos exigir-se-á prova de não serem beneficiários, como segurados ou dependentes, de outros segurados de qualquer sistema previdenciário oficial, ressalvada a hipótese do parágrafo seguinte.
◘ - No caso de filho maior, solteiro, inválido e economicamente dependente, admitir-se-á a duplicidade de vinculação previdenciária como dependente, unicamente em relação aos genitores, segurados de qualquer regime previdenciário
◘ A condição de invalidez será apurada por Junta Médica Oficial do Estado ou por instituição credenciada pelo Poder Público, devendo ser verificada no prazo nunca superior a seis meses nos casos de invalidez temporária.
◘ A perda da qualidade de dependente ocorrerá: para o cônjuge, pela separação judicial ou pelo divórcio, desde que não lhe tenha sido assegurada a percepção de alimentos, ou pela anulação do casamento; para o companheiro(a), quando revogada a sua indicação pelo policial militar ou desaparecidas as condições inerentes a essa qualidade; para o filho e os referidos no § 2º, deste artigo, ao alcançarem a maioridade civil, ressalvado o disposto no § 5º, do mesmo artigo, ou na hipótese de emancipação; para o maior inválido, pela cessação da invalidez; para o solteiro, viúvo ou divorciado, pelo casamento ou concubinato; para o separado judicialmente com percepção de alimentos, pelo concubinato; para os beneficiários economicamente dependentes, quando cessar esta situação; para o dependente em geral, pela perda o posto ou graduação aquele de quem depende.
◘ - A qualidade de dependente é intransmissível.
DO DIREITO DE PETIÇÃO
◘ É assegurado ao policial militar o direito de requerer, representar, pedir reconsideração e recorrer, dirigindo o seu pedido, por escrito, à autoridade competente.
◘ - Se não houver pronunciamento da autoridade competente no prazo de trinta dias, considerar-se-á indeferido o pedido.
◘ Preclui, em trinta dias, a contar da publicação, ou da ciência, pelo policial militar interessado, do ato, decisão ou omissão, para apresentar pedido de reconsideração ou interpor recurso.
◘ - Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado, devendo ser apresentado em quinze dias corridos, a contar do recebimento da comunicação oficial ou do efetivo conhecimento pelo interessado, quanto a ato relacionado com a lista de composição para acesso.
◘ Em caso de deferimento do requerimento ou provimento do pedido de reconsideração, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.
◘ Caberá recurso, nas hipóteses de indeferimento ou não apreciação do pedido de reconsideração, sendo competente para apreciar o recurso a autoridade hierarquicamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão.
◘ - Entende-se indeferido, para todos os efeitos, o recurso que não for examinado pela autoridade competente, no prazo de trinta dias do seu encaminhamento pelo policial militar interessado.
◘ - Acolhido o recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.
◘ O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente, em despacho fundamentado.
◘ O direito de requerer prescreve em cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de inatividade ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes da relação funcional e nos demais casos em cento e vinte dias.
◘ O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da ciência, pelo policial militar, quando não for publicado.
◘ - O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, suspendem a prescrição administrativa, recomeçando a correr, pelo restante, no dia em que cessar a causa da suspensão.
◘ São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste capítulo, salvo quando o policial militar provar evento imprevisto, alheio à sua vontade, que o impediu de exercer o direito de petição.
◘ - A administração deverá rever seus atos a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
DOS DIREITOS POLÍTICOS
◘ os militares são alistáveis como eleitores.
◘ são elegíveis segundo as seguintes regras: se tiver menos de 10 anos de serviço devera afastar-se da atividade; se tiver mais de 10 anos de serviço, ao se candidatar a cargo eletivo, três meses antes da data limite para realização das convenções dos partidos políticos, agregado ex officio e considerado em gozo de licença para tratar de interesse particular; se eleito, passará, automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade, fazendo jus a remuneração proporcional ao seu tempo de serviço.
Obs.: Enquanto em atividade, os policiais militares não podem filiar-se a partidos políticos.
DA REMUNERAÇÃO
◘ se na ativa o vencimento é constituído de: soldo, gratificações, indenizações.
◘ se na inatividade: soldo ou quotas de soldo, gratificações incorporáveis.
◘ gratificações no serviço ativo: exercício de cargo temporário; natalina; adicional por tempo de serviço , sob a forma de anuênio; exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas; prestação de serviço extraordinário; adicional noturno; adicional de inatividade; gratificação de atividade policial militar; honorários de ensino; gratificação por condições especiais de trabalho; gratificação pelo exercício funcional em regime de tempo integral e dedicação exclusiva.
◘ são indenizações ao policial militar no serviço ativo: ajuda de custo; diária; transporte; transporte de bagagem; auxílio acidente; auxílio moradia; auxílio invalidez; auxílio fardamento.
◘ O policial militar fará jus, ainda, a seguro de vida ou invalidez permanente em face de riscos profissionais custeado integralmente pelo Estado.
◘ O policial militar terá direito a perceber, pelo exercício do cargo de provimento temporário, gratificação equivalente a 30% (trinta por cento) do valor correspondente ao símbolo respectivo ou optar pelo valor integral do símbolo, que neste caso, será pago como vencimento básico enquanto perdurar a investidura ou ainda pela diferença entre este e o soldo respectivo.
• O policial militar substituto perceberá, a partir do décimo dia consecutivo, a remuneração do cargo do substituído, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, sendo-lhe facultado exercer qualquer das opções previstas neste artigo.
◘ Ao policial militar que tiver exercido, por dez anos contínuos ou não, cargo de provimento temporário, é assegurada estabilidade econômica, consistente no direito de continuar a perceber, no caso de exoneração ou dispensa, como vantagem pessoal, retribuição equivalente a 30% (trinta por cento) do valor do símbolo correspondente ao cargo de maior hierarquia que tenha exercido por mais de dois anos ou a diferença entre o maior valor e o vencimento do cargo de provimento permanente.
• O direito à estabilidade econômica

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