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Engenharia Civil de Infraestrutura – Monitoria de Mecânica de Solos II Guia prático da disciplina Profs. Orientadores: Julio Cesar Bizarreta Ortega; Noé Villegas Flores Monitoras: Deborah Nardi; Samanta Klering 2017.2 COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO 1) Se realizará um projeto de uma rodovia que transmitirá uma carga de 200kPa sobre um deposito argiloso normalmente adensado de 10 metros de profundidade. O deposito argiloso está apoiado sobre a rocha basáltica considerada impermeável para o exercício. Dados: cv=0,04 m²/dia; 𝛾𝑤 = 10𝑁/𝑚³; 𝛾𝑠𝑜𝑙𝑜 = 15𝑘𝑁/𝑚³. a) Plote o diagrama de poro-pressões no topo, no meio e na base da camada argilosa para a condição inicial (sem aterro) e nas condições do adensamento para tempo = 0 anos, 1 ano, 5 anos, e tempo infinito. Solução a: i) Condição inicial (sem carregamento), uwo = poro-pressão inicial. Topo: uwo = 0 Meio: uwo = 10*5=50 kPa Base: uwo = 10*10= 100kPa ii) Em t=0 do adensamento temos: 𝑈𝑜 = 200𝑘𝑃𝑎; 𝑈𝑒 = 200𝑘𝑃𝑎 (já que em t=0 ainda não ocorre a dissipação da poro-pressão); e, por fim, por (1) 𝑈𝑧 = 0. Condição de drenagem é no Topo, por isso para t>= 0, 𝑈𝑒 = 0𝑘𝑃𝑎. Topo: uw (t=0) = 0 + 200 = 200kPa / uwo = 0 kPa (drenagem) Meio: uw (t=0) = 50 + 200= 250 kPa Base: uw (t=0) = 100+ 2000= 300kPa / (sem drenagem) 2 iii) Em t=1 ano (365 dias) Temos que 𝑈𝑧 = 1 − 𝑈𝑒 𝑈𝑜 (1), onde 𝑈𝑧 corresponde ao grau de adensamento (ou porcentagem de adensamento), 𝑈𝑒 o excesso de poro-pressão e 𝑈𝑜 o excesso de poro-pressão inicial (no caso da rodovia, aterro infinito, 𝑈𝑜 é igual a carga, 200kPa). Primeiramente, precisamos encontrar o grau de adensamento em função da profundidade e do fator tempo. Assim, temos que 𝑇 = 𝐶𝑣∗𝑡 (𝐻𝑑)² (2), onde 𝑇 é o fator tempo, 𝐶𝑣 é o coeficiente de adensamento, 𝑡 é o tempo e 𝐻𝑑 é a distância de drenagem. 𝐻𝑑 =10 m pois só o topo da camada de argila é drenante, com o tempo igual a 365 dias, temos 𝑇 = 14,6%. Com o ábaco porcentagem de adensamento vs Z (fator profundidade : 𝑍 = 𝑧 𝐻𝑑 , onde 𝑧 é a profundidade estudada) No topo da camada (𝑧 = 0), 𝑈𝑧 = 0, por ser uma condição de drenagem. No meio da camada (𝑧 = 5𝑚),com 𝑇 = 14,6%, 𝑈𝑧 = 34%; Na base (𝑧 = 10𝑚), com 𝑇 = 14,6%, 𝑈𝑧 = 12%; Para plotarmos o diagrama de poro-pressões, precisamos saber para cada tempo e cada camada a dissipação de poro-pressão (𝑈𝑒). Conhecendo 𝑈𝑧 de cada camada, podemos obter 𝑈𝑒 a partir de (1), onde temos então que 𝑈𝑒 = (1 − 𝑈𝑧) ∗ 𝑈𝑜. Assim, sabemos que em 𝑧 = 5𝑚, 𝑈𝑒 = 132𝑘𝑝𝑎; 𝑧 = 10𝑚, 𝑈𝑒 = 176𝑘𝑝𝑎. A poro-pressão (𝜇), que é dada por 𝜇 = 𝛾𝑤 ∗ 𝑧 (3), em 𝑧 = 0 é 𝜇 = 0; 𝑧 = 5𝑚, 𝜇 = 50𝑘𝑝𝑎; 𝑧 = 10𝑚, 𝜇 = 100𝑘𝑝𝑎. Sendo assim, o diagrama de poro-pressão irá representar a poro- pressão existente em cada camada mais o excesso devido ao carregamento que chamaremos então de ∆𝜇. Em 𝑧 = 5𝑚 temos um valor correspondente de 182kpa e em 𝑧 = 10𝑚 um valor de 276kpa. Topo: uw (t=1ano) = 0 Meio: uw (t=1ano) = 50+132= 182 kPa Base: uw (t=1ano) = 100 + 176 = 276 kPa Em t=5 anos (1825 dias) Seguindo o mesmo procedimento para t=1 ano, obtemos que 𝑇 = 73%. O quadro 1 apresenta os valores de 𝑈𝑧, 𝑈𝑒, 𝜇 e ∆𝜇 para cada camada analisada. 3 Quadro 1 – Valores de 𝑈𝑧, 𝑈𝑒, 𝜇 e ∆𝜇. 𝑧 = 0𝑚 𝑈𝑧 = 0; 𝑈𝑒 = 0; 𝜇 = 0; ∆𝜇 = 0; 𝑧 = 5𝑚 𝑈𝑧 = 0,85; 𝑈𝑒 = 30𝑘𝑝𝑎; 𝜇 = 50𝑘𝑝𝑎; ∆𝜇 = 80𝑘𝑝𝑎; 𝑧 = 10𝑚 𝑈𝑧 = 0,79; 𝑈𝑒 = 42𝑘𝑝𝑎; 𝜇 = 100𝑘𝑝𝑎; ∆𝜇 = 142𝑘𝑝𝑎; Topo: uw (t=5anos) = 0 (zona de drenagem) Meio: uw (t=5anos) = 50 + 30 = 80 kPa Base: uw (t=5anos) = 100 + 42 = 142 kPa Em t=∞ Em t=∞, sabemos que toda a água já foi dissipada. Assim, 𝑈𝑒 = 0, 𝑈𝑜 = 200𝑘𝑝𝑎 e 𝑈𝑧 = 1. Topo: uw (t=∞) = 0 (zona de drenagem) Meio: uw (t=∞ ) = 50 + 0 = 50 kPa Base: uw (t=∞) = 100 + 0 = 100 kPa Obtemos então o diagrama abaixo. Diagrama de poro-pressões 4 b) Idem para o diagrama de tensões efetivas. Solução: Em t=0 temos: Δ𝜎𝑣 = 0. Em t=1 ano temos: Para plotarmos o diagrama correspondente, precisamos saber que 𝜎𝑣𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ′ = Δ𝜎𝑣 + 𝜎𝑣′, onde 𝜎𝑣′ refere-se a tensão vertical efetiva, dada por 𝜎𝑣 ′ = (𝛾𝑠𝑜𝑙𝑜 ∗ 𝑧) − 𝜇 (4). No quadro 2, temos as relações necessárias calculadas para o diagrama. Quadro 2 – Valores de 𝜎𝑣 ′ , Δ𝜎𝑣 e 𝜎𝑣𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ′ para t=1. 𝑧 = 0𝑚 0 = 𝜎𝑣 ′ = Δ𝜎𝑣 𝑧 = 5𝑚 𝜎𝑣 ′ = 25𝑘𝑝𝑎; Δ𝜎𝑣 = 68𝑘𝑝𝑎; 𝜎𝑣𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ′ = 93𝑘𝑝𝑎; 𝑧 = 10𝑚 𝜎𝑣 ′ = 50𝑘𝑝𝑎; Δ𝜎𝑣 = 24𝑘𝑝𝑎; 𝜎𝑣𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ′ = 74𝑘𝑝𝑎; Em t=5 anos: Apresenta-se o quadro 3. Quadro 3 – Valores de 𝜎𝑣 ′ , Δ𝜎𝑣 e 𝜎𝑣𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ′ para t=5. 𝑧 = 0𝑚 0 = 𝜎𝑣 ′ = Δ𝜎𝑣 𝑧 = 5𝑚 𝜎𝑣 ′ = 25𝑘𝑝𝑎; Δ𝜎𝑣 = 170𝑘𝑝𝑎; 𝜎𝑣𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ′ = 195𝑘𝑝𝑎; 𝑧 = 10𝑚 𝜎𝑣 ′ = 50𝑘𝑝𝑎; Δ𝜎𝑣 = 158𝑘𝑝𝑎; 𝜎𝑣𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ′ = 208𝑘𝑝𝑎; Assim, tem-se o diagrama de tensões efetivas apresentado abaixo. 5 Diagrama de tensões efetivas c) Que solução adotaria para reduzir o tempo recalque? Para diminuir o tempo de recalque deve-se realizar a compactação do solo de maneira mais eficiente possível em período prévio as obras. 2) Pretende-se executar uma obra sobre o perfil abaixo. A argila é normalmente adensada e o nível d’água coincide aproximadamente com o topo da camada de argila. A obra irá gerar um acréscimo de tensão total da ordem de 40kPa constante ao longo do perfil. Para a execução deste projeto foi realizado ensaio de adensamento que forneceu: cr = 0,16; cc = 1,91, eo=2,5 , cv = 6x10-4cm2/s Pede-se: a) Traçar a curva recalque vs tempo; b) Traçar a distribuição de poro-pressão em TODO o perfil (incluir a camada acima da argila), para o instante em que o recalque atinge 40% do valor total; c) Estimar o recalque ao final da execução da obra, dado que o tempo de construção será de 8 meses; d) Para acelerar os recalques, estimar a altura de sobrecarga tal que 60% do recalque de adensamento ocorra em 12 meses (aterro ɤ = 20 kN/m3) Areia ɤt=18kN/m3 (6m) Argila ɤt=15,5kN/m3 (10m) 6 Areia siltosa pouco argilosa Solução a: Calcula-se primeiramente o recalque total da camada de argila, para então, juntamente com o grau de adensamento descobrir o recalque ao longo do tempo. Para isto é necessário encontrar as tensões iniciais e após o carregamento. 𝜎𝑖 ′ = (6 ∗ 18) + (5 ∗ 5,5) = 135,5𝐾𝑃𝑎 𝜎𝑓 ′ = 135,5 + 40 = 175,5𝐾𝑃𝑎 Trata-se de uma argila normalmente adensada, ou seja: Δ𝐻 = 𝐻𝑜 1 + 𝑒𝑜 ∗ 1,91 ∗ 𝑙𝑜𝑔 𝜎𝑓 ′ 𝜎𝑖 ′ Δ𝐻 = 10 1 + 2,5 ∗ 1,91 ∗ 𝑙𝑜𝑔 175,5 135,5 = 0,613𝑚 → 61,3𝑐𝑚 Transformando coeficiente de adensamento C para unidades usuais tem-se: 𝐶𝑣 = 0,156 𝑚2 𝑚ê𝑠 Para plotar o gráfico faz-se necessário descobrir o grau de adensamento em diferentes tempos. → 1 mês T = 𝐶𝑣∗𝑡 𝐻𝑑2 = 0,156∗( 1 2 ) 52 =0,00132 Observando a tabela, a qual fornece o grau de adensamento Uz(%) em função do fator tempo T, temos que, Uz:6,5% ∴ ρ(t = 1) = 61,3 ∗ 0,065 = 3,98𝑐𝑚 → 2 meses T = 0,156∗( 2 2 ) 52 =0,00624 → Uz = 9% ∴ ρ(t = 2) = 61,3 ∗ 0,09 = 5,52𝑐𝑚 → 4 meses T = 0,156∗(4 2 ) 52 =0,01248 → Uz = 13% ∴ ρ(t = 4) = 61,3 ∗ 0,13 = 7,97𝑐𝑚 7 → 8 meses T = 0,156∗( 8 2 ) 52 =0,02496 → Uz = 18% ∴ ρ(t = 8) = 61,3 ∗ 0,18 = 11,03𝑐𝑚 → 1 ano (12meses) T = 0,156∗( 8 2 +4) 52 =0,04992 → Uz = 25% ∴ ρ(t = 12) = 61,3 ∗ 0,25 = 15,33𝑐𝑚 → 2 anos (24meses) T = 0,156∗( 8 2 +16) 52 =0,1248 → Uz = 40% ∴ ρ(t = 24) = 61,3 ∗ 0,40 = 24,52𝑐𝑚 → 5 anos (60meses) T = 0,156∗( 8 2 +52) 52 =0,34944 → Uz = 65% ∴ ρ(t = 60) = 61,3 ∗ 0,65 = 39,85𝑐𝑚 → 10 anos (120meses) T = 0,156∗( 8 2 +112) 52 =0,72384 → Uz = 86% ∴ ρ(t = 120) = 61,3 ∗ 0,86 = 52,72𝑐𝑚 → 20anos (240meses) T = 0,156∗( 8 2 +232) 52 =1,44768 → Uz = 98% ∴ ρ(t = 240) = 61,3 ∗ 0,98 = 60,07𝑐𝑚 8 Obs: Nota-se que no período correspondente a 8 meses dividiu-se t pela metade, isto se deve ao fato que este intervalo compreende a fase de construção da obra. Solução b: Sabe-se que na camada de areia o acréscimo de poro-pressão é nulo, visto que o nível d’água está abaixo desta. Sendo assim, com relação a camada de argila o instante em que o recalque atinge 40% corresponde a um fator tempo T igual a 0,126. Pode-se então encontrar o excesso de poro- pressões Ue. Lembrando que, devido as duas camadas drenantes o excesso de poro-pressões no topo e na base da camada é igual a zero, sendo assim, calcula-se Ue para profundidades z igual a 2,5m; 5m; a7,5m. → 2,5m Z = 𝑧 𝐻𝑑 = 2,5 5 = 0,5 e Uz=0,31 Ue=(1-Uz)*Uo=(1-0,31)*40= 27,6KPa → 5m Z = 𝑧 𝐻𝑑 = 5 5 = 1 e Uz=0,1 Ue=(1-Uz)*Uo=(1-0,1)*40= 35KPa → 6,5m Z = 𝑧 𝐻𝑑 = 7,5 5 = 1,5 e Uz=0,31 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 0 50 100 150 200 250 300 R E C A L Q U E ( cm ) TEMPO (meses) Recalque vs Tempo 9 Ue=(1-Uz)*Uo=(1-0,31)*40= 27,6KPa Procede-se ao cálculo das poro-pressões: Quadro 4 – Valores de acréscimo de poro-pressões na camada de argila. 𝑧 = 6 + 2,5𝑚 𝜇 = 2,5 ∗ 10 + 27,6 = 52,5𝐾𝑃𝑎 𝑧 = 6 + 5𝑚 𝜇 = 5 ∗ 10 + 36 = 86𝐾𝑃𝑎 𝑧 = 6 + 7,5𝑚 𝜇 = 7,5 ∗ 10 + 27,6 = 102,6𝐾𝑃𝑎 Solução c: O termino da construção corresponde a 8 meses, portanto: T = 𝐶𝑣∗𝑡 𝐻𝑑2 = 0,156∗( 8 2 ) 52 =0,02496 → Uz = 18% ∴ ρ(t = 8) = 61,3 ∗ 0,18 = 11,03𝑐𝑚 Solução d: 60% do recalque equivale a 31,78cm, ou seja, deve-se encontrar a altura h do aterro para que ocorra um recalque de 31,78cm. Segundo o ítem a), no período de 12 meses ocorrerá apenas 25% do recalque total 𝜌𝑡 = 𝜌𝑒𝑠𝑝 ∗ 0,25 𝜌𝑒𝑠𝑝 = 31,78 0,25 = 127,12𝑐𝑚 Deve-se então calcular o acréscimo de carga provocado pelo aterro, que irá gerar um recalque de 1,2712m. 10 𝜎𝑓 ′ = (6 ∗ 18) + (5 ∗ 5,5) + (ℎ ∗ 20) = 135,5 + 20ℎ Assume-se distintos valores para h na equação abaixo, o valor de h será aquele que resultara o mais próximo de 1,2712m Δ𝐻 = 10 1 + 2,5 ∗ 1,91 ∗ 𝑙𝑜𝑔 135,5 + 20ℎ 135,5 Quadro 5 – Valores de h e seus respectivos recalques. h (m) 𝜌𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 2 0,32 5 0,69 10 1,13 12,1 1,27 Deverá ser construído um aterro, com altura de 12,1m, para que 60% do recalque seja atingindo em 1 ano. 3) Um projeto de engenharia prevê nos primeiros seis meses um recalque por adensamento primário no centro da camada argilosa de 12,5 cm, devido ao carregamento retangular colocado nas proximidades, conforme mostra a Figura 2. Sabendo que o OCR em toda a camada argilosa é igual a 1, determine o valor do recalque por adensamento primário total e o valor de Cc (coeficiente de compressão). Estime se for necessário Δσ’prom no centro da camada usando a regra de Simpson. Solução: 11 Temos que o recalque nos primeiros 6 meses é de 12,5cm. Além desse dado, nos é informado o coeficiente de adensamento. Pode-se, então, encontrar o respectivo grau de adensamento para descobrir qual é o recalque total gerado. 𝑇 = 𝐶𝑣∗𝑡 𝐻𝑑² , logo T= 0,64. Portanto, U(%)=83%. 83% --------- 12,5cm 100% -------- x x=15,06cm (recalque total). Conhecendo agora o recalque total, utiliza-se, para encontrar o Cc, a equação correspondente a solo normalmente adensado (CR=1). 𝜌 = 𝐻𝑜 ∗ 𝐶𝑐 (1 + 𝑒𝑜) ∗ 𝑙𝑜𝑔 𝜎𝑓 𝜎𝑖 Precisamos conhecer 𝜎𝑓, o qual corresponde a tensão inicial no ponto calculado mais o acréscimo de tensões gerado pela nova carga aplicada. Para conhecer esse acréscimo, podemos aplicar o método da teoria da elasticidade, citada por PINTO (2006). Quadro 6 – Valores de Incremento. z (m) m (a/2) n (b/2) I m (a/2) n (b/2) I nº de quadros 3 4/3 6/3 0,216465 8/3 6/3 0,23698 2 4,5 4/4,5 6/4,5 0,180615 8/4,5 6/4,5 0,21434 2 6 4/6 6/6 0,14914 8/6 6/6 0,188235 2 ∆𝜎𝑡 = 2 ∗ 300 ∗ (0,2398 − 0,216465) = 12,309𝑘𝑃𝑎 ∆𝜎𝑚 = 2 ∗ 300 ∗ (0,21434 − 0,180615) = 20,235𝑘𝑃𝑎 ∆𝜎𝑡 = 2 ∗ 300 ∗ (0,188235 − 0,14914) = 23,457𝑘𝑃𝑎 Por Simpson, teremos então: ∆𝜎𝑝𝑟𝑜𝑚 = 12,309+20,235∗4+23,457 6 , ∆𝜎𝑝𝑟𝑜𝑚 = 19,451𝑘𝑃𝑎. 𝜎𝑖 = (3 ∗ 18) + (1,5 ∗ 15,5) = 77,25𝑘𝑃𝑎 12 𝜎𝑓 = 𝜎𝑖 + ∆𝜎𝑝𝑟𝑜𝑚 = 77,25 + 19,451 = 96,70𝑘𝑃𝑎 Portanto, 𝜌 = 𝐻𝑜 ∗ 𝐶𝑐 (1 + 𝑒𝑜) ∗ 𝑙𝑜𝑔 𝜎𝑓 𝜎𝑖 𝐶𝑐 = 𝜌 ( 𝐻𝑜 1 + 𝑒𝑜 ) ∗ log ( 𝜎𝑓 𝜎𝑖 ) 𝐶𝑐 = 0,1506 ( 3 1 + 1) ∗ log ( 96,7 77,25) 𝐶𝑐 = 1,03 4) Apresente um resultado típico de ensaio de compressão confinada (odométrico ou adensamento) para uma areia e para uma argila. Referindo-se ao gráfico (resultado típico) assinale as diferencias mais importantes de ambos materiais. Nota-se que para mesmos valores de tensões aplicadas, a variação do índice de vazios para a areia é bem menor, isto ocorre porque a argila é mais porosa, logo, possui maior índice de vazios. 4) O projeto da construção de um aterro de grandes dimensões (tanto longitudinal quando transversal) consiste em uma areia compacta de 3 metros de altura sobre o solo natural: uma camada de argila de 10 metros apoiada sobre uma camada de areia grossa. Inicialmente é colocado um aterro de 5 metros de altura para acelerar o recalque até um 80% do recalque do projeto. Passado esse tempo é retirado os 2 metros ficando o aterro com sua altura de projeto. Para fins práticos assumir os carregamentos instantâneos, e desconsiderar as possíveis expansões. Dados da camada argilosa: ᵞt=15kN/m3, eo= 2.2, cv=14,6 m2/ano. Dados dos aterros: ᵞt=20kN/m3. Nível 13 de água no topo da camada de argila. Ensaios de laboratório mostram que a tensão efetiva de pré-adesamento igual a 25kPa e um Cc = 0,85 e Cr=0,085. a) Trace a curva de tempo (meses) vs recalque (cm) da camada argilosa. b) Após 3 meses, determine a tensão efetiva no meio da camada de argila. (a) Passo 1) Determinar recalque do projeto: tensão inicial (Q'o)= 25 kpa tensão de preadensamento: 25kPa carga aplicada (3*20)= 60 kpa Ho= 10 m log- 3,4 0,531478917 eo= 2,2 ∆H= 141,1740873 cm Cc= 0,85 Passo 2) Determinar o tempo para conseguir o 80% do recalque total (colocando o aterro de 5 metros), sendo que 80% do recalque total do projeto é 0,8*∆H=141,1741=112,94cm. (Cv=1,22m²/MESES) tensão inicial (Q'o)= 25 kpa tensão de preadensamento: 25kPa carga aplicada= 100 kpa Ho= 10 m log- 5 0,698970004 eo= 2,2∆H= 185,6639074 cm Cc= 0,85 % de recalque = 112,94/185,66=0,608299. Temos que , logo, com carga de 100kpa, isolando t, obtemos t=5,897. t (meses) T U% Recalque (cm) 5,897260274 0,287 0,6083 -112,9393549 2,589041096 0,126 0,4 -74,26556296 0,645205479 0,0314 0,2 -37,13278148 0 0 0 0 Passo 3) A partir do tempo de 5,89 meses é retirado instantaneamente a carga de 2*20= 40kpa, ficando unicamente a carga de projeto, lembrando que já se tem o 80% do recalque que é -119,58 cm. t (meses real) t (meses) T U% Recalque (cm) 5,897260274 11,65068493 0,567 0,8 -112,939 11,67123288 17,42465753 0,848 0,9 -127,057 + + = 0v v0v c 0 0 ' '' logC e1 H H 14 17,42465753 23,17808219 1,128 0,95 -134,115 Assim, como resposta obtemos: (b) após 3 meses estamos ainda com a carga de 100kPa (20*5 aterro de 5 m), no processo de pré carregamento, pois é menor de 5,9 meses tempo 3 meses uo= 100 kpa T= 0,146 excesso de poro-pressão inicial = carga aplicada Uz-no meio= 0,14 eu/uo= 0,86 Então eu= 86 excesso de poro presão dQ'= 14 variação da tensão efetiva Qo=25KPa; Q(t=3 meses)=Qo+dQ’=25+14=39KPa ROMPIMENTO DE TALUDES 1) Verificar a estabilidade do talude esquematizado abaixo utilizando: a) Os ábacos de Taylor b) O método de Fellenius c) O método de Bishop simplicado. Dados: Características do solo S = 3 + σ*tg 20º (tf/m²) e γ = 1,85 tf/m³ 15 Características do talude i = 33º e H = 15m Obs: para os itens b e c considerar o centro de rotação obtido pela tabela de Fellenius e ruptura de pé de talude. a) Ábacos de Taylor Solução Para o caso em questão, em que c ǂ 0 e Ø ǂ 0, a solução do problema é dada por tentativas. O ábaco a ser utilizado, é o gráfico de número de estabilidade (Taylor) mais geral (LAMBE e WHITMAN, 1979). 1º Tentativa Arbitrando-se F1’ = 1,9 para 1º tentativa, vem: 𝑡𝑔∅𝑑 = 𝑡𝑔∅ 𝐹1 ≫ 𝑡𝑔 20° 1,9 = 0,1916 ≫ ∅𝑑 = 10,85° No gráfico citado, obtém-se ponto correspondente a: Ângulo do talude i = 33° no eixo das abcissas, e Ød = 10,85° (interpolação aproximada entre as curvas Ød = 10° e Ød = 15°). Determinado o ponto, verifica-se no eixo das ordenadas o valor do número de estabilidade N correspondente. No caso, N = 0,078. Sabe-se que 𝑁 = 𝐶𝑑 𝛾∗𝐻 ≫ 𝐶𝑑 = 𝑁 ∗ 𝛾 ∗ 𝐻 ≫ 𝐶𝑑 = 0,078 ∗ 1,85 ∗ 15 = 2,16 𝑡𝑓/𝑚² 𝐹1 ′ = 𝐶 𝐶𝑑 ≫ 3 2,16 = 1,39 Como o valor de F1’ calculado, resultou diferente de F1’ arbitrado, deve- se fazer nova tentativa. 2º Tentativa Arbitrando-se F2’ = 1,6 vem: 𝑡𝑔∅𝑑 = 𝑡𝑔∅ 𝐹1 ≫ 𝑡𝑔 20° 1,6 = 0,2275 ≫ ∅𝑑 = 12,82° Do gráfico de número de Estabilidade, com i = 33° e Ød = 12,82°, obtém-se N = 0,067 Como 𝐶𝑑 = 𝑁 ∗ 𝛾 ∗ 𝐻 ≫ 𝐶𝑑 = 0,067 ∗ 1,85 ∗ 15 = 1,86 𝑡𝑓/𝑚². 16 𝐹2 ′ = 𝐶 𝐶𝑑 ≫ 3 1,86 = 1,6 Como F2’ resultou igual a F2’, o seu valor será o coeficiente de segurança do talude, ou seja, F = 1,6. Conclusão: Talude estável, pois F > 1,5. b) Método de Fellenius Solução: Para determinação do centro de rotação conforme admitido no enunciado do exercício, obtém-se da tabela de Fellenius os valores dos ângulos α e β em função da inclinação do talude. Para i = 33°, o valor de α = 26° e β = 35°, conforme indicado no esquema a seguir. (ver a tabela, por exemplo, em Lambe e Whitman, 1979). Com centro no ponto 0 obtido desta forma, e ruptura de pé de talude conforme o anunciado do problema, traça-se a superfície de ruptura. No exemplo, a cunha de ruptura (na seção transversal) foi dividida em 5 fatias. A resolução esta apresentada no esquema, quadro e cálculos a seguir. Quadro 7 – Obtenção dos respectivos pesos. 17 Fatia nº Área (m²) Peso = Área x 𝛾(tf) Componentes do Peso (tf) Normal Tangencial 1 (8,0x7,7)/2 56,98 54 -19 2 (8,0x13,5)/2 153,14 152 -6 3 (13,5x16,5)/2 213,68 206 55 4 (16,5x11,8)/2 191,11 160 100 5 (7,3x11,8)/2 79,68 50 62 ∑ =622 ∑ =192 Comprimento da linha de deslizamento (sup. de ruptura) L = Raio x Ângulo central em radianos 𝐿 = 25,50 ∗ 105° ∗ − 𝜋 180° = 46,73𝑚 Coeficiente de Segurança 𝐹 = (𝑡𝑔Ø𝛴𝑃𝑛) + (𝑐 ∗ 𝐿) 𝛴𝑃𝑡 ≫ (𝑡𝑔20° ∗ 622) + (3 ∗ 46,73) 192 = 1,91 > 1,5 Portanto o talude estável para o centro de rotação e a superfície de ruptura adotados. c) Método de Bishop simplificado Solução: Também neste mpetodo, a resolução apresentada é por tentativas neste caso. O centro de rotação, superfície de ruptura e fatias utilizadas foram idênticos aos do método de Fellenius. A sequencia de calculo esta apresentada a seguir. Os valores de bi, hi e αi foram obtidos na seção transversal do talude. Os valores de Mαi podem ser calculados por: M αi = (1 + 𝑡𝑔 ∝∗ 𝑡𝑔Ø 𝐹 ) ∗ 𝑐𝑜𝑠 ∝𝑖 Ou então obtidos graficamente em função de αi e de tgØ’/F (ver LAMBE e WHITMAN, 1979) as tentativas devem ser repetidas, até que se obtenha um coeficiente de segurança calculado (F’’), igual ao arbitrado (F’). a expressão que fornece o valor de F’’ é: 18 𝐹′′ = 1 𝛴(𝑃𝑖 ∗ 𝑠𝑒𝑛 ∝𝑖) ∗ 𝛴 𝑏𝑖(𝑐 ′ + 𝛾 ∗ ℎ𝑖 ′ ∗ 𝑡𝑔Ø′) 𝑀𝛼𝑖 Porque B = 0 Quadro 8 – Dados por fatia Fatias 1 2 3 4 5 Base bi (m) 7,7 7,7 7,7 7,3 7,3 Alt. Média hi’ (m) 4,6 11,3 15,7 15,0 8,0 Peso = (bix hix𝛾) (tf) 65,53 160,97 223,65 202,58 108,04 αi -24° -4° 14° 32° 56° Pxsen αi -26,65 -11,23 54,11 107,35 89,57 ∑ = 213,15 xi= bi x(c’+𝛾hi′tgØ′) 46,95 81,69 104,5 95,63 61,22 Com F’1=1,5- > tgØ′/F’1=0,242 Assim, 𝑀αi 0,81 0,98 1,03 0,98 0,76 x/𝑀αi 57,96 83,36 101,46 97,58 80,55 ∑ = 420,91 Com F’2=3,0- > tgØ′/F’2=0,121 Assim, 𝑀αi 0,86 0,99 1,00 0,91 0,66 x/𝑀αi 54,59 82,52 104,5 105,09 92,76 ∑ = 439,46 Com F’3=1,5- > tgØ′/F’3=0,181 Assim, 𝑀αi 0,84 0,98 1,01 0,94 0,72 x/𝑀αi 55,89 83,36 103,47 101,73 85,03 ∑ = 429,48 19 1º Tentativa: F1 = 1,5 𝐹′′1 = 𝛴( 𝑥𝑖 𝑀∝𝑖 ) 𝛴(𝑃𝑖 ∗ 𝑠𝑒𝑛 ∝ 𝑖) ≫ 420,91 213,15 = 1,97 ∴ 𝐹′1 ≠ 𝐹′′1 2º Tentativa: F’2 = 3 𝐹′′2 = 439,46 213,15 = 2,06 ∴ 𝐹′2 ≠ 𝐹′′2 3º Tentativa: F’3 = 2,01 𝐹′′2 = 429,48 213,15 = 2,01 ∴ 𝐹′3 = 𝐹′′3 Então F = F’3 = F’’3 = 2,01. Como F > 1,5 o talude é estável para o centro de rotação e a superfície de ruptura adotados. 2) É realizado um corte num solo com 𝛾 = 16,51 𝑘𝑁/𝑚3, 𝑐′ = 28,7 𝑘𝑁/𝑚3 e 𝜑′ = 15°. A face do corte formará um ângulo de 45° com a horizontal. Qual deve ser a profundidade do corte para que um fator de segurança igual a 3 seja respeitado? Solução: Dados: 𝜑′ = 15°; 𝑐′ = 28,7 𝑘𝑁/𝑚3; 𝐹𝑠 = 𝐹𝑐 = 𝐹𝜑 = 3 𝐹𝑐′ = 𝑐′ 𝑐′𝑑 → 𝑐′𝑑 = 𝑐′ 𝐹𝑐′ = 𝑐′ 𝐹𝑠 = 28,75 3 = 9,59 𝑘𝑁/𝑚3 𝐹𝜑′ = 𝑡𝑔𝜑′ 𝑡𝑔𝜑′𝑑 → 𝑡𝑔𝜑′ 𝑑 = 𝑡𝑔𝜑′ 𝐹𝜑′ = 𝑡𝑔𝜑′ 𝐹𝑠 = 𝑡𝑔15° 3 → 𝜑′ 𝑑 = 𝑡𝑔−1 ( 𝑡𝑔15° 3 ) = 5,1° 20 𝐻 = 4𝑐′𝑑 ϒ ( Senβ.Cos𝜑′𝑑 1−Cos(β−𝜑′𝑑) ) = 4∗9,58 16,51 ( Sen45°.Cos5,1° 1−Cos(45°−5,1°) ) = 7,02 𝑚 3) Determinar a máxima profundidade que um corte vertical poderá ter, num solo com: 𝛾 = 1,80 𝑡𝑓/𝑚3, 𝜏𝑓 = 4 + 𝜎 ′. 𝑡𝑔25°, para que resulte num fator de segurança 𝐹𝑠 = 2. Solução: Dados: 𝜑′ = 25°; 𝛽 = 90°; 𝑐′ = 4 𝑡𝑓/𝑚3; 𝐹𝑠 = 𝐹𝑐 = 𝐹𝜑 = 2 𝐹𝑐′ = 𝑐′ 𝑐′𝑑 → 𝑐′𝑑 = 𝑐′ 𝐹𝑐′= 𝑐′ 𝐹𝑠 = 4 2 = 2 𝑡𝑓/𝑚3 𝐹𝜑′ = 𝑡𝑔𝜑′ 𝑡𝑔𝜑′𝑑 → 𝑡𝑔𝜑′ 𝑑 = 𝑡𝑔𝜑′ 𝐹𝜑′ = 𝑡𝑔𝜑′ 𝐹𝑠 = 𝑡𝑔25° 2 → 𝜑′ 𝑑 = 𝑡𝑔−1 ( 𝑡𝑔25° 2 ) = 13,1° 𝐻 = 4𝑐′𝑑 ϒ ( Senβ.Cos𝜑′𝑑 1−Cos(β−𝜑′𝑑) ) = 4∗2 1,80 ( Sen90°.Cos13,1° 1−Cos(90°−13,1°) ) = 5,6 𝑚 MÉTODO DAS FATIAS COM PERCOLAÇÃO PERMANENTE 1) Determine o fator de segurança mínimo (𝐹𝑠) para um talude com os seguintes parâmetros: H=10,5m, 𝛽 = â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑎𝑙𝑢𝑑𝑒 = 25°, c’=10,5kN/m², ∅ = 25°, 𝛾=18,5kN/m³, 𝑟𝑢 = 0,35 (valor médio). Use os gráficos de Cousins. Solução: Passo 1: tem-se que 𝜆 = 𝛾∗𝐻∗𝑡𝑔∅ 𝑐′ = 18,5∗10,5∗𝑡𝑔25 10,5 = 8,63. Passo 2: Por meio de BRAJA (2012), utiliza-se os gráficos 14.29 de fator de estabilidade (𝑁𝑠)/Ângulo de talude (𝛽), verifique a possibilidade de ruptura de pé. Para 𝑟𝑢 = 0,35 e 𝛽 = 25°, 𝑁𝑠 = 26 com D=1,05. Também para 𝑟𝑢 = 0,5 e 𝛽 = 25°, 𝑁𝑠 = 19 com D=1,05. Passo 3: Com os gráficos 14.30 (BRAJA, 2012) de fator de estabilidade (𝑁𝑠)/Ângulo de talude (𝛽), verifique a possibilidade de ruptura de pé. Para 𝑟𝑢 = 0,25 e 𝛽 = 25°, 𝑁𝑠 = 19 com D=1,00. Passo 4: Com base nos resultados do passo 2 e 3, por interpolação, o círculo de ruptura passa próximo a D=1,0. Para 𝑟𝑢 = 0,35, o valor mínimo de 𝑁𝑠 é aproximadamente 21,5. 𝐹𝑠 = 𝑁𝑐 ′ 𝛾 ∗ 𝐻 = 21,5 ∗ 10,5 18,5 ∗ 10,5 = 1,16 21 PROCEDIMENTO DE MASSA-TALUDE EM SOLO HOMOGÊNEO 1) Deseja-se construir um talude com β=45º que tem 𝝋′=20º e c’ = 24 KN/m2. O peso especifico do solo compactado será de 18,9 KN/m3. Encontre a altura crítica do talude. Solução: Para calcular a altura crítica, utilizamos a equação: 𝑚 = 𝐶′ 𝛶𝐻𝑐 E por meio da tabela acima e os dados fornecidos β=45º e Ø = 20º, obtém-se o número de estabilidade m = 0,06. Assim tem-se 𝐻𝑐𝑟 = 𝐶′ 𝛶𝑚 = 24 18,9∗0,06 = 21,1 𝑚 22 2) Para um talude de 10 m de altura com β=45º, um ângulo de atrito 𝜑′=20º, coesão c’=24 KN/m2 e o peso especifico do solo compactado que será de 18,9KN/m3. Qual é o fator de segurança? Solução: Para o cálculo do fator de segurança, assumimos que todo o atrito é mobilizado, então consultado a tabela com β = 45º e 𝜑′𝑑 = 𝜑′ = 20º), obtemos o número de estabilidade m = 0,06. Assim, procede-se ao cálculo do valor da coesão: m = 0,06 = 𝑐′𝑑 𝛶𝐻𝑐 Cd= (0,06) (18,9) (10) = 11,34 KN/m 2 Logo, calcula-se 𝐹∅ = 𝑡𝑔∅′ 𝑡𝑔∅′𝑑 = 𝑡𝑔20 𝑡𝑔20 = 1 𝐹𝑐 = 𝐶′ 𝐶′𝑑 = 24 11,34 = 2,12 Como 𝐹∅ ≠ 𝐹𝐶, esse não corresponde ao fator de segurança em relação a resistência. Fazendo agora outra tentativa. Seja o ângulo de atrito desenvolvido igual a 15º e β = 45º calculamos o número de estabilidade m = 0,083 a partir da tabela. Assim tem-se, 𝐶𝑑= (0,083) (18,9) (10) = 15,69 KN/m 2 F∅ = tg∅′ tg∅′d = tg20 tg15 = 1,36 Fc = C′ C′d = 24 15,69 = 1,53 Cálculos similares podem ser feitos para 𝐹𝐶′ 𝑒 𝐹∅′ , assumindo vários valores para 𝜑′𝑑, que são apresentados na Tabela a seguir: Quadro 9 –Cálculos de 𝐹∅′ 𝐹𝐶 para vários valores de 𝜑′𝑑 . 𝜑d tan𝜑′d F∅′ m C ′ d(KN/m 2) FC′ 20 0,364 1,0 0,06 11,34 2,12 15 0,268 1,36 0,083 15,69 1,53 10 0,176 2,07 0,0105 19,85 1,21 5 0,0875 4,16 0,136 25,70 0,93 Os valores de 𝐹∅′ e os valores de 𝐹𝐶′ foram plotados no seguinte gráfico: Figura: Gráfico dos valores de F∅′ e FC′ 23 Fonte: Adaptado de Braja M. Das (2007) Do gráfico obtém-se: 𝐹𝑆𝐶′ = 𝐹𝑆∅′ = 𝐹𝑆𝑆 = 1,42 Para uma altura de 10 m, obtivemos um fator de segurança FS = 1,42 que ≤ 2 para se considerar seguro, então pode dizer que o talude não é estável e falhara para uma altura de 10m.
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