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A Importância Da Cadeia De Suprimentos Humanitária

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X FATECLOG
LOGÍSTICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
FATEC GUARULHOS – GUARULHOS/SP - BRASIL
31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019
ISSN 2357-9684
A IMPORTÂNCIA DA CADEIA DE SUPRIMENTOS HUMANITÁRIA NO ATENDIMENTO ÁS VÍTIMAS DE DESASTRE AMBIENTAL: ESTUDO DE CASO MSF – MÉDICOS SEM FRONTEIRAS
	
Kátia Frediane Paiva (FATEC GUARULHOS) katiafrediane@gmail.com
Rebecka Mariane Sacharo (FATEC GUARULHOS) rebeckasacharo@outlook.com
 Célia de Lima Pizolato (FATEC GUARULHOS) 
celiapizolato@gmail.com
Wanny Arantes Bongiovanni Di Giorgi (FATEC GUARULHOS)
 wanny@uol.com.br
Milton Francisco de Brito (FATEC GUARULHOS)
milton.brito@fatec.sp.gov.br
 
RESUMO: Este trabalho refere-se ao estudo das operações logísticas humanitárias do MSF Internacional e Brasil, e propõe analisar a logística da cadeia de suprimentos envolvida nos processos de atuação e a logística interna envolvida no atendimento médico e ajuda humana às pessoas atingidas por catástrofes ambientais. O estudo foi elaborado com base no levantamento da literatura com relação ao assunto, envolvendo as variáveis do problema e foi completado pelo estudo de caso específico. Observou-se que uma boa gestão da cadeia de suprimentos humanitária é fundamental visto que ela abrange as atividades de preparação, planejamento, obtenção, transporte, armazenagem e rastreamento.
PALAVRAS-CHAVE: MSF – Médicos sem Fronteiras. Logística Humanitária. Cadeia de Suprimentos.
A B S T R A C T: This work refers to the study of the humanitarian logistics operations of MSF International and Brazil, and proposes to analyze the logistics of the supply chain involved in the processes and the internal logistics involved in medical care and human help to people affected by environmental disasters. The study was based on a literature review on the subject, involving the variables of the problem and was completed by the specific case study. It was noted that good management of the humanitarian supply chain is critical since it covers the activities of preparation, planning, procurement, transportation, warehousing and tracking.
KEYWORDS: MSF - Doctor Without Borders. Humanitarian Logistics. Supply chain.
INTRODUÇÃO
Desastres podem ser definidos como eventos súbitos e calamitosos que interrompem os afazeres de uma sociedade ou comunidade e podem resultar em mortos e feridos. As vítimas de desastres ambientais no mundo vem aumentando a cada década segundo uma pesquisa da ONU (2016). Conforme Gonçalves (2011) determinados eventos como tsunamis, furacões, terremotos, tem posto em evidência a logística humanitária.
Imediatamente logo depois do evento dessas catástrofes, são iniciadas ações humanitárias de auxílio às vítimas, por meio da retirada de mortos, atendimento de urgência aos feridos, fornecimento de suprimentos, distribuição de alimentos, alojamento aos desabrigados, assistência social e médica, bem como a chegada aos locais de difícil acesso. Durante essas ações é fundamental a eficiência logística nas entregas de suprimentos, um pequeno atraso nesta cadeia pode custar uma vida. Logo, a eficiência desse sistema logístico é um fator crítico no sentido de obter êxito na atuação humanitária, por assegurar a fluidez dos recursos e serviços. Segundo Thomas & Kopczak (2007) neste sentido, o sistema logístico de auxílio às vítimas afetadas por desastres ambientais está sendo intitulada de Logística Humanitária.
O propósito da logística humanitária é a minimização da aflição e padecimento das populações que estão em estado vulnerável, é importante enfatizar que a falta de infraestrutura gera vários obstáculos: onde se destaca o impedimento de passagem (chegada e saída de socorristas; voluntários; pessoas).
Atualmente existem inúmeras instituições tais como MSF que se movem para auxiliar populações atingidas durante catástrofes.
MSF é uma instituição civil sem intenção de lucros, de caráter social e humanitário, constituída em 22 de dezembro de 1995 e MSF Brasil é uma instituição civil sem intenção de lucros, de caráter social e humanitário, constituída em 05 de maio de 2011.
MSF International tem como objetivos, na medida das suas disponibilidades em recursos humanos, oferecer auxílio nos eventos com máxima prioridade em regiões de difícil acesso onde não há unidade de atendimento médico ou sistema público de saúde.
Na implementação dos processos logísticos a agilidade em cadeias de suprimento busca responder rápida e adequadamente às necessidades da organização para a maximização do atendimento às vítimas, para isso a organização envia um grupo de assistentes para à região atingida com o intuito de analisar os acontecimentos, averiguar as emergências médicas e nutrimentais, sistemas de serviços públicos, estrutura das construções e do local. 
A organização dispõe de quatro núcleos operantes de logística, que encontram-se espalhados por todo o mundo de forma a auxiliar as áreas necessitadas.
Neste contexto, o objetivo deste artigo é analisar a logística da cadeia de suprimentos envolvida nos processos de atuação e do MSF, e no atendimento médico e ajuda humanitária a quem sofre com os desastres ambientais.
Os dados para este estudo foram fornecidos pela empresa objeto do estudo. 
Este artigo começa pelo resumo, na sequência, a introdução, justificativa, embasamento teórico, metodologia, resultados obtidos; e, por fim, há as considerações finais. A primeira parte deste irá examinar a atuação do MSF de uma forma geral e ao longo deste trabalho, o termo MSF irá se referir a Médico Sem Fronteiras.
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO
Os desastres ambientais ocorrem em todos os continentes do planeta e suas vítimas precisam ser socorridas. A organização MSF se destaca nesta área. Para atender as populações necessitadas a MSF articula médicos voluntários do mundo todo e profissionais da área de administração e logística e os direciona às regiões críticas para que façam o atendimento à população atingida pelo desastre ambiental e façam uma avaliação detalhada das necessidades do local. 
Neste contexto, o problema que se coloca é o seguinte:
“No deslocamento de médicos e agentes da área de saúde e demais profissionais de outras áreas e na movimentação de suprimentos médicos e nutricionais, em direção às regiões afetadas pelas tragédias da natureza, qual é a contribuição da logística humanitária na otimização dos processos da cadeia de suprimento e de deslocamento de profissionais para atendimento à população atingida?”
 JUSTIFICATIVA
Um dos pontos necessários para a eficácia no socorro das vítimas é a atuação do MSF e de outras instituições de ajuda humanitária, pois sempre há uma omissão do poder público.
Fazendo uma comparação da atuação do MSF com outras organizações humanitárias em situação de crise como terremotos, tsunamis, desastres ambientais, guerras, nota-se o quão são parecidas as operações nas organizações. A atuação dessas organizações se faz necessária pois qualquer situação de crise pode intensificar a instabilidade das políticas locais gerando problemas maiores, em toda operação humanitária há divergências políticas, cabe então as organizações manterem a sua neutralidade.
MSF é uma instituição de socorro humanitário mundial que busca dar atendimento médico e emergencial às populações atingidas por catástrofes e problemas humanitários. Tem como compromisso mostrar os problemas e dificuldades enfrentados pelas pessoas atendidas nos seus programas.
 A instituição foi fundada em 1971, na França, por jovens médicos e jornalistas. 
Durante o tempo que prestavam socorro às pessoas vítimas de guerra eles compreenderam as deficiências do socorro humanitário internacional: obstáculos na entrada de suportes assistenciais, obstáculos burocraciais e de governo, o que levavam muitos a se calarem, mesmo na frente de um cenário chocante. Nasce, então, a instituição de socorro humanitário internacional que unifica atendimento médico e humanização social, tornando visível fatos até então negligenciados. 
A MSFfoi escolhida como objeto de estudo de logística, por ter como foco a logística humanitária. 
2.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral deste estudo é evidenciar o valor da utilização da logística para fins humanitários.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Dentre os objetivos específicos destacam-se:
Realizar o levantamento da literatura com relação ao assunto proposto, incluindo pesquisa bibliográfica, consultas a trabalhos acadêmicos e utilização de fontes primárias oferecidas pela organização MSF.
Apresentar os conceitos relativos às variáveis do problema: MSF, Logística Humanitária e Cadeia de Suprimentos Humanitária.
Evidenciar como há a possibilidade dos conceitos logísticos serem usados diante de momentos críticos.
EMBASAMENTO TEÓRICO
3.1 LOGÍSTICA HUMANITÁRIA
Dentro da proposta de trabalho do MSF pode-se fazer um comparativo com o trabalho humanitário internacional e brasileiro praticado entre organizações, empresas e países com finalidade de ajuda social voluntária, como exemplo, o terremoto de magnitude de 7,1 graus na escala Richter, que atingiu a Cidade do México no dia 19/09/2017.
O conceito de logística humanitária aplicada nestas organizações se baseia nos princípios da logística que são vencer o tempo e a distância na movimentação de materiais e serviços de forma eficiente e eficaz quando se depara com um país em estado de emergência.
Conforme Meirim (2012), é necessário ressaltar alguns aspectos das dificuldades apontadas para a logística humanitária:
Infraestrutura: obstáculos de passagem (chegada e saída de pessoas, transportes, equipamentos);
Recursos Humanos: número excessivo de voluntários sem qualificação adequada;
Materiais: definir a necessidade para que seja evitado o desperdício;
Falta de procedimentos planejados: suprimentos, materiais, pessoas informações;
Ballou (2006) afirma que a noção de logística empresarial como um fluxo do ponto de origem da matéria-prima até o ponto final do descarte deste material, incluindo aqui não só a finalidade material deste fluxo, mas as informações e serviços correlatos, frisando o caráter processual da área nas empresas. 
Costa (2015, p.38), em sua dissertação comenta que o conceito de logística humanitária pode ser entendido como uma aplicação do conceito de logística empresarial à prestação de serviços de atendimento humanitário.
3.2 CADEIA DE SUPRIMENTOS HUMANITÁRIA
 
Conforme Ballou (2006), a cadeia de suprimentos compreende as atividades relacionadas com o fluxo e modificação da extração da matéria prima até a entrega do produto ao cliente. Similar a uma cadeia de fornecimento comercial, na cadeia de socorro humanitário a fluidez dos suprimentos recebidos por doadores e/ou abastecedores, segue a princípio de estoques pré-estabelecidos. Geralmente, os suprimentos são transferidos de diversas localidades do mundo para uma matriz de repartição, posicionada em um local planejado. Em seguida, os suprimentos são transferidos para uma nova matriz de repartição, geralmente posicionada em uma região mais ampla. Nesta nova matriz de repartição, os suprimentos são selecionados, marcados e transportados para unidades de repartição locais. Enfim, os suprimentos de ajuda humanitária são oferecidos aos beneficiados. Os suprimentos obtidos de fontes locais precisam da mesma forma serem encaminhados para as unidades de repartição locais, ou prontamente entregues aos beneficiados. (Figura 1).
Figura 1 - Estrutura de uma cadeia de assistência humanitária.
Fonte: Beamon, 2006, adaptado.
3.3 MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM
De um modo geral os produtos quando são fabricados geralmente não encontram-se no local de consumo. Desta forma, é preciso eliminar a distância que existe entre o fabricante e o cliente por meio do transporte e da quantidade de mercadoria armazenada nos depósitos.
3.4 MOVIMENTAÇÃO DOS MATERIAIS
Conforme Ballou (1993), esta movimentação intensa de suporte à logística poderia ser vista como o ato de transportar quantidades pequenas de produtos por distâncias curtas e dentro do seu próprio espaço físico em que encontram-se dispostos. O objetivo maior deste ramo de atividade é movimentação dos produtos ou materiais de forma veloz e com baixo custo.
3.5 ARMAZENAGEM DOS MATERIAIS
 Dentre as atividades de apoio à logística temos a armazenagem, que compreende a proteção dos materiais e o gerenciamento da estocagem. O controle dos estoques é fundamental para o desempenho de toda organização. Conforme Ballou (2001), a armazenagem é vista como uma peça chave nas atividades logísticas visto que ela concentra junto com a movimentação, de 12 a 40% das despesas logísticas.
3.6 AJUDA HUMANITÁRIA MSF
MSF International e Brasil são organizações humanitárias que levam ajuda médica a vítimas de conflitos armados, epidemias, desastres naturais e exclusão ao acesso à saúde. São organizações não governamentais sem intenções de lucros cujos fundos provêm de donativos. Eventos críticos e emergenciais têm necessidade de respostas rápidas, com assistência médica especializada e suporte logístico, no entanto erros crônicos no método de atuação de saúde local, tais como carência de alojamento específicos para área de saúde e de profissionais capacitados, vêm a ser fatores motivadores para a ação da organização. Independente e isenta de parcialidade, MSF define, conforme sua avaliação particular onde, quando e como agir. Em casos emergenciais repentinos como um desastre ambiental, a ação da organização se dá entre 48 e 72 horas. Por detrás da rapidez de MSF, existe um sistema logístico muito eficaz: em 1980, a organização começou a usar kits personalizados e adaptados para cada tipo de situação. Os kits inclui remédios, suprimentos e utensílios básicos, kits de higiene pessoal e promovem desde campanhas de vacinação até a instalação de um hospital inflável.
A organização envia um grupo de assistentes para à região atingida com o objetivo de analisar os acontecimentos, averiguar as emergências médicas e nutrimentais, sistemas de serviços públicos, estrutura das construções e do local, pois dentre todas as dificuldades geralmente encontradas para a operação da cadeia de suprimentos sempre se destacam os gargalos administrativos e logísticos devido a infraestrutura precária.
 A organização dispõe de quatro núcleos operantes de logística, onde contam com um estoque de suprimentos e equipamentos.
As doações de suprimentos e os suprimentos adquiridos são enviados para um centro de distribuição em local estratégico, onde há uma triagem dos diversos materiais. Conforme a situação, esses suprimentos são enviados a outro ponto de distribuição.
Na sua estratégia de atuação estão inclusos entre outros procedimentos:
Atendimento médico primário e cirúrgico nas unidades de saúde 
 existentes ou nas suas unidades móveis;
Assistência alimentar e nutricional;
Diagnose de patologias;
Ações para aplicação de vacinas;
Divisão de itens alimentícios e de higiene pessoal;
Capacitação dos agentes de saúde e técnicos responsáveis;
3.7 ESTRUTURA MSF
MSF é dirigido por uma equipe de profissionais de diversas partes do mundo e a grande parte deles já estiveram envolvidos em causas humanitárias. Todos os profissionais que atuam na instituição aspiram a ideologia humanitarista e seguem a Carta de Princípios de Médicos Sem Fronteiras. Os polos de concentração da instituição estão distribuídos entre 28 países. (Figura 2).
Figura 2: Polos de Concentração de Médicos Sem Fronteiras.
Fonte: Médicos Sem Fronteiras – Relatório Anual 2017 
O Escritório Internacional de Médicos Sem Fronteiras está localizado em Genebra, Suíça. Atualmente contam com cinco divisões operacionais localizadas na Bélgica, França, Holanda, Espanha e Suíça. São estas divisões operacionais que decidem diretamente o início de cada projeto, local, término e quais necessidades terão prioridades, além disto dispõem de departamentos médico, financeiros, comunicação,recursos humanos e logístico. 
desenvolvimento da temática
A pesquisa realizada tem caráter descritivo e exploratório. O estudo foi desenvolvido a partir do levantamento da literatura com relação ao assunto, envolvendo as variáveis do problema, incluindo pesquisas em livros, em trabalhos acadêmicos e a utilização das informações publicadas no Relatório Anual da organização social MSF, escolhida especialmente por incluir em seu grupo de profissionais: especialistas em medicina, administração e logística.
resultados e discussão
 Por trás de toda a atuação do MSF existe um eficiente sistema logístico. Ele se baseia no princípio de que a equipe do MSF deve sempre ter exatamente aquilo que precisa para dar início à operação, para isso é necessário um planejamento e um controle de toda cadeia de suprimentos.
	
Segundo Slack (2007, p.415), usamos a expressão cadeia de abastecimento a fim de definir todos os itens produtivos que ficam juntos para abastecer o fornecimento dos bens e serviços até os clientes finais.
	Geralmente no MSF, as cadeias de suprimento/abastecimento dividem-se em algum ponto para atender uma ou mais vítimas.
O MSF desenvolve e produz kits pré-embalados para desastres, prontos para serem transportados dentro de poucas horas, incluindo uma completa “sala de cirurgia” do tamanho de uma pequena mesa de conferências e um kit de obstetrícia do tamanho de um arquivo com duas gavetas. Esses kits são hoje utilizados como modelo por instituições de socorro emergencial em todo o mundo.
O MSF atua como uma das principais organizações atuantes nas crises humanitárias. Essa ação se dá basicamente de duas formas: mediante a distribuição de kits de auxílio e a coordenação entre as necessidades das vítimas e os especialistas e agentes da área e gestores de políticas públicas. Para essa atuação, há um recrutamento de voluntários já cadastrados. Uma das principais dificuldades encontradas para coordenar a ação dos especialistas e agentes da área e gestores é a comunicação. Para resolver esse problema, o MSF sempre traduz os materiais informativos utilizados para o dialeto local. É preciso salientar que todos os envolvidos no processo, não só as vítimas, precisam de orientação, os especialistas e agentes da área que irão atendê-los também. Por isso é ensinado aos especialista e agentes como atender adequadamente as vítimas, levando em consideração também as necessidades referente a saúde mental.
O trabalho do MSF envolve desde ações para vacinar adultos e crianças até cirurgias de reconstrução, e garante atendimento médico às pessoas excluídas dos sistemas de saúde locais.
O departamento de Unidade Médica Brasileira entre outras funções oferece: orientação em saúde realizada por especialistas e organizações respeitadas no Brasil; realização de treinos qualificados para os responsáveis e técnicos; e atuação junto a órgãos e instituições para reforçar prioridades relativas às atividades do MSF no mundo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O objetivo geral desta pesquisa, de evidenciar o valor da utilização da logística para fins humanitários foi atingido e ilustrado pelo estudo de caso da organização social MSF, que inclui em seu quadro de funcionários, os tecnólogos em logística.
O problema foi elucidado pela confirmação da hipótese que estabelece a contribuição da logística como variável interveniente no processo de gestão de recursos financeiros e humanos no atendimento médico emergencial a populações vitimadas por desastres ambientais.
Este artigo envolve a comunicação de uma pesquisa preliminar de dados de uma pesquisa que ainda está em andamento. A continuidade deste estudo envolverá o aprofundamento dos estudos envolvendo a conexão dentre os aspectos qualitativos e quantitativos dos benefícios da logística humanitária.
REFERÊNCIAS
BALLOU, R. H. Logística empresarial: Transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo, Atlas, 1993. 
_____________. Gerenciamento da cadeia de suprimentos – Planejamento, organização e logística empresarial. 4.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
_____________. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. 5ª ed. Porto Alegre/SC: Bookman, 2006.
BEAMON, B.M.; Kotleba, S.K. (2006), Inventory management support systems for emergency humanitarian relief operations in South Sudan, The International Journal of Logistics Management, Vol. 17.
BLOGISTICANDO, Logística Humanitária. Disponível em: <http://fateclog.blogspot.com.br/2012/05/logistica-humanitaria.html> Acesso em 22 mar. 2019. 10h44.
CONCEITOS. Médicos Sem Fronteiras (2010). Disponível em: <https://conceitos.com/medicos-sem-fronteiras/>.Acesso em 27 fev. 2019. 12h13.
COSTA, Otávio Augusto Fernandes. Coordenação em Logística Humanitária: Análise por Dinâmica de Sistemas. Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, sob orientação do Prof. Dr. Hugo T. Y. Yoshizaki,2015. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3148/tde-21072016-161544/. php>. Acesso em: 27 fev. 2019.
GONÇALVES, M.B. O enfoque da logística humanitária no desenvolvimento de um modelo de micros simulações para situações de evacuação de multidões (2011). Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_238_379_32667.pdf>. Acesso: 23 mar. 2019. 14h50.
MEIRIM, Hélio. Logística Humanitária e Logística Empresarial (2006). Artigo sobre a Logística Humanitária. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/logistica-humanitaria-logistica-empresarial/12685/>. Acesso em 20 mar. 2019. 20h19.
MÉDICOS SEM FRONTEIRAS. Desvendando a cadeia de suprimentos de MSF em Nairóbi (2015). Disponível em:<https://www.msf.org.br/noticias/desvendando-cadeia-de-suprimentos-de-msf-em-nairobi> acesso em: 10 mar. 2019. 11h12.
MÉDICOS SEM FRONTEIRAS. Doctors Without  Borders (2017). Disponível em: <.https://engvagnerlandi.com/2017/02/16/medicos-sem-fronteiras/> Acesso em 27 fev. 2019. 11h58.
MÉDICOS SEM FRONTEIRAS. O que fazemos (2017). Disponível em: <https://www.msf.org.br/o-que-fazemos>Acesso em 29 mar. 2019. 12h22.
MÉDICOS SEM FRONTEIRAS. Relatório anual 2017. Disponível em: <https://www.msf.org.br/publicacoes/relatorio-atividades-msf-2017.pdf>. Acesso em: 25 fev. 2019. 19h40.
ONU – Organização das Nações Unidas. Desastres Naturais Causam Perdas na América Latina e no Caribe. (2016). Disponível em: <https://nacoesunidas.org/?post_type=post&s=desastres+naturais>. Acesso em: 15 mar. 2019. 18h19.
SLACK, N, S.C. e JOHNSTON, R. (2007) Administração da Produção. 2ª ed. São Paulo/ SP: Atlas.
SOARES, José Renato; LEIRAS, Adriana; BRITO JUNIOR, Irineu; YOSHIZAKI, Hugo. Crise de Refugiados Haitianos no Brasil. A Atuação Logística Dos Médicos Sem Fronteiras. Em Tabatinga (2012). Disponível em:<http://www.hands.ind.puc-rio.br/doc/artigos/2012f_anpet_222_ac.pdf>.acesso em 22 mar. 2019. 16h26.
THOMAS, A., & Kopczak, L. R. (2007). Life-saving supply chains – challenges and the path forward. In H. L. Lee & C.-Y. Lee (Eds.), Building supply chain excellence in emerging economies (pp. 93-111). New York: Springer.
 
"O conteúdo expresso no trabalho é de inteira responsabilidade do(s) autor(es)."
X FATECLOG - LOGÍSTICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
 FATEC GUARULHOS – GUARAULHOS/SP - BRASIL
31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019
ISSN 2357-9684

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