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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
 FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Contabilidade das Instituições Financeiras
Profª: Denize Lemos Duarte
Uberlândia-MG
2019
MERCADO FINANCEIRO
O mercado financeiro é onde as pessoas negociam o dinheiro. Ele faz a ligação entre pessoas ou empresas que têm dinheiro e pessoas ou empresas que precisam de dinheiro. Para que isto ocorra, é preciso um intermediário: os bancos. O mercado financeiro leva o dinheiro de quem tem para quem não tem, cobrando uma taxa (juros).
No mercado financeiro as pessoas também vão buscar serviços como seguro de vida, planos de previdência, cobrança bancária, etc. 
O mercado financeiro é dividido em:
Mercado de crédito: cuida dos empréstimos bancários. Quando você paga juros para um banco significa que o banco lhe emprestou dinheiro, ou seja, investiu em você. Isto pode ocorrer quando você usa o cheque especial, desconta duplicatas, desconta cheques, faz um financiamento, etc.
Mercado de câmbio: cuida da relação justa entre as moedas dos países. Muitos países adotaram o dólar para comparar com a sua moeda. Assim, quando um negócio é feito entre dois países, primeiro eles comparam os valores de suas moedas com o dólar para facilitar a transação. No Brasil quem pode ter conta em dólares é só o Banco Central e alguns bancos autorizados e mesmo assim, os dólares não podem ficar de um dia para outro na conta. Além dos bancos, quem negocia com dólares são: os importadores, que precisam comprar dólares para pagar suas compras; os exportadores, que recebem dólares, vendem aos bancos e ficam com reais e os investidores estrangeiros, que trazem dólares para investir, trocam por reais e quando vão embora compram dólares novamente. Diariamente os bancos ficam vendendo e comprando dólares dos importadores, exportadores, investidores estrangeiros e de outros bancos. No fim do dia, faz-se um balanço: se houve mais compradores que vendedores a cotação sobe, pois a procura por dólares foi maior. A cotação cai quando a oferta é maior que a procura.
Mercado aberto: se refere às empresas que têm Capital Aberto, que são as Sociedades Anônimas. Empresa de Capital Aberto significa que qualquer pessoa pode ser sócia desta, desde que compre partes da mesma - que chamamos ações. As negociações das ações são feitas na bolsa de valores - onde o preço é público, assim todos podem comprar pelo mesmo preço que é definido pela oferta e procura.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Sistemas financeiros são definidos pelo conjunto de mercados financeiros existentes numa dada economia, pelas instituições financeiras participantes e suas inter-relações e pelas regras de participação e intervenção do poder público nesta atividade. Uma conceituação mais abrangente de sistema financeiro poderia ser a de um conjunto de instituições dedicado ao trabalho de propiciar condições satisfatórias para a manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores. O mercado financeiro, onde se processam essas transações, permite que um agente econômico (um indivíduo ou uma empresa, por exemplo), sem perspectivas de aplicação em algum empreendimento próprio, da poupança que é capaz de gerar (denominado agente econômico superavitário), seja colocado em contato com outro, cujas perspectivas de investimento superem as respectivas disponibilidades de poupança (denominado agente econômico deficitário).
O objetivo do Sistema Financeiro é facilitar a transferência de recursos entre os agentes superavitários (poupadores) e os agentes deficitários (tomadores).
No início período colonial, o Brasil não possuía uma moeda própria, as transações comerciais eram realizadas por exclusivamente trocas diretas entre mercadorias, onde açúcar e algodão, por exemplo, serviam como valores de referência, na forma de “moedas-mercadorias”. Moedas metálicas, oriundas de Portugal ou de nações economicamente dominantes, eram também utilizadas.
A chegada da família real em 1808 marcou a criação do primeiro Banco do Brasil, instituição pública que passou, desde a origem, por diversas fases. Por meio de um alvará do Príncipe Regente D. João, em 12 de outubro de 1808, foi constituído por um capital de 1.200 ações de um conto de réis cada, emitia notas bancárias, novidade que alterou significativamente o meio circulante na colônia. Não havia, entretanto, intenção em fomentar produção ou comércio local. Sua função era assegurar a emissão de moeda para atender as necessidades da coroa portuguesa, pois a cobrança direta de tributos era deficitária. A primeira oferta pública de ações só se completou, no entanto, nove anos depois, em 1817. Limitando-se a emissão de moeda, o sistema de crédito existente pouco se alterou.
D. João VI retornou para Portugal em 1821. O Banco, que já vinha sendo dilapidado pelo governo, sofreu o golpe fatal, pois o monarca levou consigo todas as reservas de metais preciosos (ouro e prata), resultando no encerramento das atividades em 1829 e sua liquidação por decreto em junho de 1833. Foram retiradas de circulação as cédulas de emissão do Banco, substituídas por cédulas de emissão do Tesouro Nacional. Este período, entre 1821 e 1829 é conhecido como o segundo Banco do Brasil.
Apenas a partir de 1838 apareceu um sistema bancário orientado ao fomento econômico, captando recursos e concedendo crédito. A primeira instituição bancária privada do país, iniciativa dos comerciantes mais abastados da cidade, foi o Banco Comercial do Rio de Janeiro, com marcante melhoria do cenário econômico-financeiro regional. Expandiu-se a produção agrícola e a atividade comercial. No período do Segundo Reinado, entre 1840-1889, o sistema bancário já contava com várias casas bancárias, a maioria no Estado do Rio de Janeiro. Não podiam emitir moeda, dedicavam-se a coleta de depósitos e concessão de empréstimos.
Irineu Evangelista de Souza, que se tornaria o Barão e Visconde de Mauá, pelo Decreto nº 801, de 02.08.1851, deu origem a uma nova instituição financeira, com controle privado, conhecida como o terceiro Banco do Brasil, com um capital de 10.000 contos de réis. Em 1853, surgiu o quarto Banco do Brasil, decorrente da fusão bancária: o Banco do Brasil criado em 1851 com o Banco Comercial do Rio de Janeiro (Lei nº 683, de 05.07.1853), iniciativa dirigida pelo Visconde de Itaboraí, hoje considerado o verdadeiro fundador do Banco do Brasil. A Lei 1.223, de 31 de agosto de 1853, aprovou seus estatutos e a fusão. O novo estabelecimento se consolidou, expandindo-se pelo país.
Em 1906 surgiu o quinto Banco do Brasil, fruto de nova fusão: o Banco do Brasil de 1853 uniu-se ao Banco da República do Brasil (Decreto nº 1.455, de 30.12.1905). É a origem do atual Banco do Brasil.
No período de 1838, início das operações bancárias no país, até 1906, quando o Banco do Brasil foi consolidado e tornou-se a única instituição autorizada a emitir moeda, não havia articulação entre as diversas regiões produtivas do território brasileiro. Essa desarticulação, decorrente da precária infraestrutura em comunicações e transportes na época, gerava as chamadas “regiões monetárias isoladas”. Legislações regionais regulamentadoras da emissão de títulos de crédito mantinham a criação de “moedas locais ou regionais” equivalentes, decorrentes da inexistência de uma autoridade monetária nacional.
Não havia, até 1905, uma regulamentação legal do sistema bancário existente. A consolidação do Banco do Brasil, como agente do Estado, iniciou a normatização e controle estatal do setor. Em 1920 foi criado o primeiro órgão fiscalizador dos bancos existentes: a Inspetoria Geral dos Bancos, amparada pelos artigos 5º do Decreto nº 4.182, de 13Nov20, e 2º da Lei nº 4.230, de 31Dez20. O Decreto nº 14.728, de 16Mar21, aprovou o regulamento para a fiscalização dos bancos e das casas bancárias, criando a Carteira de Redesconto, que possibilitava maiores garantias às operações de crédito dos bancos nacionais, pois poderiam recorrer ao Banco do Brasil, reduzindo-se consideravelmente a vulnerabilidade do sistema.Através do Decreto-Lei nº 7.293, de 02Fev45, criou-se a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), responsável pelo “controle do mercado monetário”, recebendo, do Banco do Brasil, as atribuições da Carteira de Redesconto, início dos depósitos compulsórios dos bancos, ou seja, autoridade monetária nacional. Foi substituída pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central do Brasil, por meio da Lei nº 4.595, de 31Dez64, que regulamentou o SFN. Além de institucionalizá-lo por meio de agentes bem definidos, a reforma, em 1964/1965, introduziu a correção monetária, proporcionando ao sistema bancário maior capacidade de captação de recursos. Inicialmente foi aplicada apenas aos títulos públicos, estendendo-se, posteriormente, a todos os depósitos bancários. Assim foi contornada a lei da Usura de 1933, que limitava a 12% a cobrança juros anuais, viabilizando a cobrança de juros reais positivos nas transações financeiras.
Houve uma grande mudança no enfoque do sistema bancário em 1988. Até então restrito a determinadas operações, todos os serviços financeiros foram permitidos, viabilizando os bancos múltiplos, instituídos pela Resolução nº 1.524, de 21Set88, do CMN.
A partir dos anos 50 inicia-se uma fase intermediária, caracterizada pela expansão econômica do país, com o consequente crescimento da atividade bancária. Era visível, entretanto, a precariedade da gestão administrativa do setor. A criação, em 1945, da Superintendência da Moeda e Crédito (SUMOC), por meio do Decreto-Lei n° 7.293, foi o marco inicial de controle do mercado monetário. No mesmo decreto, surgiu o conceito do depósito compulsório como “instrumento de controle do volume e dos meios de pagamento”. Nos anos que se seguiram ocorreu o saneamento do setor, com fusões, incorporações e encerramento de atividades de alguns bancos. O sistema bancário brasileiro passou a operar enquadrado jurídica e legalmente pelo programa governamental conhecido como PAEG – Plano de Ação Econômica do Governo, delineado pela Reforma Bancária (Lei n° 4.595, de 31.12.64) e pela Reforma do Mercado de Capitais (Lei n° 4.728, de 14.07.65).
Em 1964, o governo permitiu que o Brasil tivesse um sistema financeiro segmentado e supervisionado pelo Banco Central, entidade federal que regulamenta e controla o setor bancário, executando também as políticas monetárias e cambiais do país.
Em 14.07.65 foi criada a Lei n. 4.728, (Lei do Mercado de Capitais), que disciplinou e reformou o mercado de capitais, bem como estabeleceu medidas para seu desenvolvimento. Estabeleceu normas e regulamentos básicos para a estruturação de um sistema de investimentos destinado a apoiar o desenvolvimento nacional e atender à crescente demanda por crédito. O problema de popularização do investimento estava contido na nítida preferência dos investidores por imóveis de renda e de reserva de valor. Ao governo interessava a evolução dos níveis de poupança internos e o seu direcionamento para investimentos produtivos.
A partir desses institutos legais, o sistema financeiro brasileiro passou a contar com maior e mais diversificado número de intermediários financeiros não bancários, com áreas específicas e bem determinadas de atuação. Ao mesmo tempo, foi significativamente ampliada a pauta de ativos financeiros, abrindo-se novo leque de opções para captação e aplicação de poupanças e criando-se, assim, condições mais efetivas para a ativação do processo de intermediação.
As reformas bancária e do mercado de capitais foram inspiradas no sistema norte-americano de organização do sistema financeiro, voltando-se para a especialização das instituições. Apesar desta opção, em virtude de condicionamentos econômicos e, em especial, da necessidade de buscar economia de escala e melhor racionalização do sistema, os bancos comerciais passaram a assumir o papel de líderes de grandes conglomerados, no âmbito do qual atuavam coordenadamente diversas instituições especializadas nas diferentes modalidades financeiras que, embora com grande número de pequenos bancos regionais, passaram a deter o maior volume de negócios de intermediação financeira e prestação de serviços.
Nos anos subsequentes foram instituídas outras leis importantes para o reordenamento institucional do Sistema Financeiro Nacional, quais sejam:
Lei n. 6385, de 1976 (Lei da CVM), que criou a Comissão de Valores Mobiliários-CVM, transferindo do Banco Central a responsabilidade pela regulamentação e fiscalização das atividades relacionadas ao mercado de valores mobiliários (ações, debêntures etc.). Esta lei deu solução à falta de uma entidade que absorvesse a regulação e fiscalização do mercado de capitais, especialmente no que se referia às sociedades de capital aberto.
Lei n. 6.404, de 1976 (Lei das Sociedades Anônimas), que estabeleceu regras quanto às características, forma de constituição, composição acionária, estrutura de demonstrações financeiras, obrigações societárias, direitos e obrigações de acionistas e órgãos estatutários e legais. Esta lei veio ao encontro da necessidade de atualização da legislação sobre as sociedades anônimas brasileiras, especialmente quanto aos aspectos de composição acionária, negociação de valores mobiliários (ações, debêntures etc.) e modernização do fluxo de informação.
Lei n. 10.303, de 2001 (Nova Lei das S.A.), Decreto 3.995 e MP 8 (estes de 2002), que consolidam os dispositivos da Lei da CVM e da Lei das S.A., melhorando a proteção aos minoritários e dando força à ação da CVM como órgão regulador e fiscalizador do mercado de capitais, incluindo os fundos de investimento e os mercados de derivativos. A questão associada a esta legislação é que o mercado de capitais cada vez mais perdia espaço para o exterior pela ausência de proteção ao acionista minoritário e insegurança quanto às aplicações financeiras
1ª Linha: Órgão Normativo
2ª linha: Entidades Supervisoras.
3ª linha: Operadores
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL – CMN
Órgão Máximo do Sistema Financeiro Nacional
 
Composição: Ministro da Fazenda (Presidente do conselho); Ministro do Orçamento, Planejamento e Gestão e o Presidente do Banco Central;
 Principais competências da CMN:
Autorizar as emissões de Papel Moeda;
Fixar as diretrizes e normas política cambial, inclusive quanto à compra e venda de ouro;
Disciplinar o Crédito em todas as modalidades;
Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos, comissões entre outras;
Determinar o Percentual de recolhimento de compulsório;
Regulamentar as operações de redesconto;
Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financeiras que operam no País.
BANCO CENTRAL DO BRASIL – BACEN:
Autarquia:
Diretoria colegiada composta de 8 membros (Presidente + 7 Diretores), todos nomeados pelo Presidente da República. Sujeito à aprovação no Senado.
Principal órgão executivo do sistema financeiro. Faz cumprir todas as determinações do CMN;
É por meio do BC que o Governo intervém diretamente no sistema financeiro.
Principais atribuições e competências do BACEN:
Formular as políticas monetárias e cambiais, de acordo com as diretrizes do Governo Federal;
Regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional;
Administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e o meio circulante;
Emitir papel-moeda;
Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos;
Autorizar e fiscalizar o funcionamento das instituições financeiras, punindo-as, se for o caso;
Controlar o fluxo de capitais estrangeiros;
Exercer o controle do crédito.
Os tipos de atos normativos editados pelo Banco Central do Brasil são: Circulares (para regulamentação), Cartas Circulares (para instruções) e comunicados (para esclarecimentos de interesse geral).
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM
Entidade autárquica, vinculada ao governo através do Ministério da Economia. O presidente e seus diretores são escolhidos diretamente pelo Presidente da República.
Órgão normativo voltado para o desenvolvimento do mercado de títulos e valores mobiliários; Títulos eValores Mobiliários: ações, debêntures, bônus de subscrição, e opções de compra e venda de mercadorias.
Objetivos da CVM:
Estimular investimentos no mercado acionário;
Assegurar o funcionamento das Bolsas de Valores;
Proteger os titulares contra a emissão fraudulenta, manipulação de preços e outros atos ilegais;
Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação dos títulos emitidos pelas sociedades anônimas de capital aberto;
Fortalecer o Mercado de Ações.
3- CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO)
O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país durante certo período. Isso inclui do pãozinho até um avião produzido pela Embraer, por exemplo. O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é levada em conta. No caso de um pão, a farinha de trigo usada não entra na contabilidade.
O PIB é obtido pela equação:
PIB = Consumo + Investimentos + Gastos do Governo + Saldo da Balança Comercial
(Exportação – Importação)
SELIC META X SELIC OVER
A taxa Selic Over taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido Sistema na forma de operações compromissadas.
A taxa Selic Meta é Definida pelo Copom, com base na Meta de Inflação. É a Selic – Meta que regula a taxa Selic over assim como todas as outras taxas do Brasil.
COPOM – COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA: FINALIDADE E DEFINIÇÃO
Criado em Junho de 1996;
Junho de 1999 o Brasil passou a adotar as “Metas de Inflação” (definida pelo C.M.N)
Índice utilizado na meta: IPCA
É composto atualmente é diretoria colegiada do BACEN – (7 Diretores + 1 Diretor Presidente)
É o Copom quem define a taxa de juros “Selic – Meta” e também a existência ou
não do Viés.
Uma vez definido o viés, compete ao presidente do BACEN a tarefa de executar
Reunião em dois dias, sendo o primeiro dia reservado para apresentação de dados e discussões e no segundo dia acontece a votação e definição da taxa de juros.
Calendário de reuniões (8 vezes ao ano) divulgado em até o fim de Outubro, podendo reunir-se extraordinariamente, desde que convocado pelo Presidente do Banco Central.
Divulgação da ATA de reunião em 6 dias úteis em português e 7 em Inglês;
Caso a Inflação (medida pelo IPCA) ultrapasse a meta estipulada pelo C.M.N (somado o intervalo de tolerância), o Presidente do Banco Central deve explicar os motivos do não cumprimento da meta através de uma Carta Aberta ao Ministro da Fazenda;
Não confunda: Determinar a Meta da taxa de Juros: COPOM e Determinar a Meta de inflação: CMN
IPCA (ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO)
3.1 Política Monetária
Conjunto de medidas adotadas pelo Governo visando adequar os meios de pagamento disponíveis às necessidades da economia do país, bem como, controlar da quantidade de dinheiro em circulação no mercado e que permite definir as taxas de juros. É a administração do volume de moeda (dinheiro) e crédito disponíveis no mercado, na economia, bem como da estrutura de taxa de juros e seus efeitos sobre o nível de emprego, produção, preços e transações internacionais.
MECANISMOS DE TRANSMISSÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA
Instrumentos:
1- Depósito compulsório;
2- Operações de Redesconto;
3- Open market (operações de mercado aberto). 
Depósito Compulsório
Representa uma parcela dos recursos depositados nos bancos comerciais que não pode ser aplicado, devendo ser depositadas no banco central;
Limita a criação de moedas feita pelas instituições monetárias;
O compulsório é feito através de determinação legal;
Atualmente existem 3 tipos de compulsórios: Compulsório sobre depósito à vista, depósito à prazo e poupanças.
Operações de Redesconto 
O BACEN concede “empréstimos” aos bancos comerciais a taxas acima das praticadas no mercado. Os chamados empréstimos de assistência à liquidez são utilizados pelos bancos comerciais somente quando existe uma insuficiência de caixa (fluxo de caixa), ou seja, quando a demanda de recursos depositados não cobre suas necessidades. 
É um instrumento ágil e dinâmico de política monetária que permite o BACEN administrar as taxas de juros e controlar a oferta monetária (dinheiro). Consiste na compra e venda de títulos públicos.
Quando o BACEN quer injetar dinheiro no mercado, ele baixa a taxa de juros para estimular os bancos comerciais a pegar estes empréstimos. Os bancos comerciais por sua vez, terão mais disponibilidade de crédito para oferecer ao mercado, consequentemente a economia aquece.
Quando o BACEN tem por necessidade retirar dinheiro do mercado, as taxas de juros concedidas para estes empréstimos são altas, desestimulando os bancos comercias a pegá-los. Desta forma, os bancos comerciais que precisam cumprir com suas necessidades imediatas, enxugam as linhas de crédito, disponibilizando menos crédito ao mercado, com isso a economia desacelera
Open Market
Operações de mercado Aberto: (Open Market) São compras e vendas de títulos do Governo pelo BACEN, e o mais importante instrumento de política monetária, e o fator que determina os movimentos da base monetária e a ofertada moeda. Permite regular diariamente a oferta monetária e a taxa de juros gerando liquidez aos títulos negociados.
Importante!
Uma elevação na alíquota do depósito compulsório provoca uma redução da liquidez e uma elevação nas taxas de juros.
Relação entre Juros e Atividade Econômica
Por que juros altos impactam na atividade econômica (PIB)?
Com um cenário de juros altos, o crédito fica mais caro (custo do dinheiro), com isso as pessoas consomem menos (menos compras), resultando em uma atividade econômica menor (indústrias produzem menos, pois a demanda está menor).
Por que não temos juros baixos para que a atividade econômica (PIB) cresça?
Em um cenário de juros baixos, o crédito fica mais barato (custo do dinheiro), com isso as pessoas consomem mais (mais compras), resultando em uma atividade econômica maior. Porém, esse aquecimento na demanda (procura por produtos/serviços) irá gerar um aumento nos preços (lei da oferta e demanda), gerando muitas vezes inflação (que se estiver em um nível muito alto não é positivo para o país).
3.2 Política Fiscal
Conjunto de medidas adotadas pelo Governo, dentro do orçamento do Estado, que visam obter as rendas indispensáveis à satisfação das despesas públicas.
Chamamos de política fiscal as decisões do governo sobre como e quanto irá arrecadar de tributos (impostos, taxas e contribuições) e sobre quanto e de que forma irá gastar os recursos disponíveis.
Contas do Setor Público:
3.3 Política Cambial
Política federal que orienta o comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio. O Brasil adota um regime de Política Cambial Flutuante SUJA sem Banda Cambial.
Em um regime de taxas perfeitamente flutuantes o Bacen não intervém no mercado, permanecendo inalterado as reservas internacionais.
TAXA DE CÂMBIO
Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de outra moeda
PTAX é a taxa que expressa à média das taxas de câmbio praticada no mercado interbancário.
Divulgada pelo BACEN. TODAS as operações devem ter registro OBRIGATÓRIO no SISBACEN pelas instituições autorizadas por ele a atuar
• DÓLAR Spot: Taxa à vista;
• DÓLAR forward: Taxa negociada no mercado futuro (Contratos a termo).
Reservas Internacionais
As Reservas Internacionais de um país são formadas por ativos em moedas estrangeiras, como
títulos depósitos bancários, ouro, etc., que podem ser usados para pagamentos de dívidas internacionais.
Valorização e Desvalorização Cambial
4- INSTITUIÇÕES BÁSICAS DO SISTEMA FINANCEIRO
Conforme artigo 17 da Lei 4.595 de 1964, as Instituições Financeiras são pessoas jurídicas públicas ou privadas que tem como atividade principal ou adicional a coleta,intermediação ou aplicação de seus recursos financeiros ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira e a custódia de valores de propriedade de terceiros.
As instituições financeiras nacionais são classificadas como monetárias e não-monetárias. A classificação de uma instituição financeira é definida pelos seguintes parâmetros:
mercado no qual atuam;
operações que estão aptas a exercer;
regulamentos aplicados sobre suas atividades;
riscos incidentes em suas operações.
4.1 Instituições Financeiras Bancárias - Monetárias
As Instituições Financeiras Bancárias englobam os Bancos Comerciais, Bancos Múltiplos, Caixas Econômicas e Cooperativas de Crédito, que operam com ativos financeiros monetários, pertencendo a um subsistema do Sistema Financeiro Nacional, que pode ser caracterizado como subsistema monetário, ao qual é dada a faculdade de emissão de moeda escritural.
BANCOS COMERCIAIS: são instituições Financeiras constituídas obrigatoriamente sob a forma de sociedades anônimas, que executam operações de créditos caracterizadas de curto e a médio prazo, atendendo dessa maneira as necessidades de recursos para capital de giro de pessoas jurídicas como, comércios, indústrias, empresas prestadoras de serviços, e atendendo também pessoas físicas e terceiros em geral.
São a base do sistema monetário.
São intermediários financeiros que recebem recursos de quem tem (captação) e os distribuem através do crédito seletivo a quem necessita de recursos (aplicação), criando moeda através do efeito multiplicador do crédito. (Instituição Monetária)
O objetivo é fornecer crédito de curto e médio prazos para pessoas físicas, comércio, indústria e empresas prestadoras de serviços.
Captação de Recursos:
- Depósitos à vista: conta corrente;
- Depósitos a prazo: CDB, RDB;
- Recursos de Instituições financeiras oficiais;
- Recursos externos;
- Prestação de serviços: cobrança bancária, arrecadação e tarifas e tributos públicos, etc.
Aplicação de Recursos:
- Desconto de Títulos;
- Abertura de Crédito Simples em Conta Corrente: Cheques Especiais;
- Operações de Crédito Rural, Câmbio e Comércio internacional.
BANCOS MÚLTIPLOS: os bancos múltiplos surgiram como reflexo da própria evolução dos bancos comerciais e do crescimento do mercado. São organizados sob forma de sociedade anônima, e sua denominação social deve constar a expressão “Banco” (resolução CMN 2099, de 1994). Estes bancos devem ser privados ou públicos onde realizam as operações ativas, passivas e acessórias das distintas instituições financeiras. Para que a instituição seja configurada como um banco múltiplo, ela deve operar pelo menos com duas carteiras, sendo uma delas obrigatoriamente comercial (podem captar depósitos à vista) ou de investimentos, podendo ter também sociedade de crédito, financiamento e investimento e sociedade de crédito mobiliário, conforme dispõe o BACEN (2010).
Carteiras de um banco múltiplo:
a) comercial;
b) de investimento e/ou de desenvolvimento (esta última exclusiva de bancos públicos);
c) de crédito imobiliário;
d) de crédito, financiamento e investimento;
e) de arrendamento mercantil.
Para configurar a existência do banco múltiplo, ele deve possuir pelo menos duas das carteiras mencionadas, sendo uma delas comercial ou de investimentos.
Um banco múltiplo deve ser constituído com um CNPJ para cada carteira, podendo publicar um único balanço.
Caixa Econômica Federal – CEF: A Caixa Econômica Federal criada em 1.861 é o principal agente das políticas públicas do Governo Federal. Executa atividades características dos bancos comerciais e múltiplos podendo fazer recebimentos de depósitos a vista, depósitos a prazo, cadernetas de poupança, concessões de empréstimos, adiantamento a governos com garantidas futuras de recolhimento de impostos.
É responsável pela operacionalização das políticas do governo federal para a habitação popular e saneamento básico, utilizando os recursos de cadernetas de poupança e depósitos judiciais para o financiamento de habitações por meio do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Como gestora dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), direciona seus recursos para o saneamento e a infraestrutura urbana. 
Cooperativas de Crédito: são instituições constituídas sob a forma de sociedade limitada com forma e natureza jurídica próprias não sujeitas a falência. Sua finalidade é de atender exclusivamente aos seus associados. Se classificam em dois grupos: Cooperativas de crédito mútuo e Cooperativas de crédito rural.
Cooperativas de Economia de crédito mútuo: cujo quadro social é formado por pessoas físicas que exercem determinada profissão ou atividades comuns. 
Cooperativas de crédito rural: cujo quadro social é formado por pessoas físicas que, de forma efetiva e preponderante, desenvolvem na área de atuação da cooperativa, atividades agrícolas, pecuárias ou extrativas.
4.2 Instituições Financeiras Não Bancárias – Não Monetárias
As Instituições Financeiras não bancárias são aquelas que operam com ativos financeiros não monetários, pertencendo assim ao subsistema não monetários do Sistema Financeiro Nacional. Não apresentam capacidade de emitir moeda ou meios de pagamento, como os bancos comerciais.
 As principais instituições financeiras não bancárias são: Agências de Fomento, Bancos de Desenvolvimento e Bancos de Investimentos. 
Agências de Fomento: tem como objetivo social a concessão de financiamento de capital fixo e de giro associado a projetos na Unidade da Federação. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital fechado e estar sob o controle de Unidade da Federação, sendo que cada Unidade só pode constituir uma agência. Estas entidades têm status de instituição financeira, mas não podem captar recursos junto ao público, recorrer ao redesconto, ter conta de reserva no Banco Central, contratar depósitos interfinanceiros na qualidade de depositante ou de depositaria e nem ter participação societária em outras instituições financeiras. Sua denominação social deve constar a expressão “Agência de Fomento” acrescida da indicação da Unidade da Federação Controladora. É vedada a sua transformação em qualquer outro tipo de instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional. Conforme resolução CMN 2.828, de 2001 as agências de fomento, devem constituir e manter permanentemente, fundo de liquidez equivalente no mínimo a 10% do valor de suas obrigações a serem integralmente aplicado em títulos públicos federais, conforme exposto no BACEN (2010).
Bancos de Desenvolvimento: são instituições controladas pelos governos estaduais e tem como objetivo principal, proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento a médio e a longo prazo de programas e projetos que visem promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo Estado. Devem se constituídos sob forma de sociedade anônima com sede na capital do Estado que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatoriamente e privativamente em sua denominação social a expressão “Banco de Desenvolvimento” seguida do nome do Estado em que tenha sede, assim dispõe a resolução CMN 394 (1976).
BANCOS DE INVESTIMENTO: foram criados visando o surgimento de instituições mais poderosas e dotadas de recursos para operarem com depósitos e empréstimos tendo seus prazos superiores há um ano. São instituições criadas para conceder créditos de médio e longo prazo para as empresas.
Tipos de Crédito:
Podem manter contas correntes, desde que essas contas não sejam remuneradas e não movimentáveis por cheques; (resolução 2.624)
Administração de fundos de investimentos;
Abertura de capital e na subscrição de novas ações de uma empresa (IPO e underwriting).
Capital de Giro;
Capital Fixo (investimentos): sempre acompanhadas de projeto;
Captam recursos através de CDB/RDB ou venda de cotas de fundos.
Praticam operações de compra e venda, por conta própria ou de terceiros, de metais preciosos, no mercado físico, e de quaisquertítulos e valores mobiliários, nos mercados financeiros e de capitais;
Operam em bolsas de mercadorias e futuros, bem como em mercados de balcão organizados, por conta própria e de terceiros;
Participam do processo de emissão, subscrição para revenda e distribuição de títulos e valores mobiliários;
Operam em câmbio, mediante autorização específica do Banco Central do Brasil;
Coordenam processos de reorganização e reestruturação de sociedades e conglomerados, financeiros ou não, mediante prestação de serviços de consultoria, participação societária e/ou concessão de financiamentos ou empréstimos.
Comentário: Com o crescimento do Mercado de Capitais, cada vez mais se torna importante a presença dos bancos de Investimento.
4.3 Bolsa: B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) – Antiga BM&FBOVESPA
Empresa criada pelos acionistas da Bovespa Holding S.A. e da Bolsa de Mercadorias & Futuros-BM&F S.A., é listada no Novo Mercado depois de obtido o seu registro de companhia aberta a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criada dia 12 de agosto de 2008.
A negociação das ações de sua emissão em bolsa iniciou-se no dia 20 de agosto do mesmo ano.
A bolsa opera um elenco completo de negócios com ações, derivativos, commodities, balcão e operações estruturadas.
As negociações se dão em pregão eletrônico (Bovespa), e via internet, com facilidades de Home Broker.
A nova companhia é líder na América Latina nos segmentos de ações e derivativos, com participação de aproximadamente 80% do volume médio diário negociado com ações e mais de US$ 67 bilhões de negócios diários no mercado futuro.
5- CARACTERISTICAS DA ATIVIDADE BANCÁRIA 
As operações autorizadas as essas instituições, podem ser divididas em operações ativas, operações passivas, acessórias, especiais e prestação de serviço. 
5.1 Operações Ativas
As operações ativas são aquelas em que o banco oferece crédito aos clientes, ou seja, aquelas em que a instituição bancária empresta dinheiro. São elas:
Abertura de crédito, simples e em conta corrente;
Desconto de títulos;
Concessão de crédito rural;
Concessão de empréstimo para capital de giro;
Aplicações (próprias) em títulos e valores mobiliários;
Depósitos interfinanceiros;
Operações de repasses e refinanciamentos
Concessões de financiamentos de projetos do Programa de Fomento à Competitividade Industrial.
5.2 Operações Passivas
As operações passivas são aquelas em que os clientes deixam seu dinheiro sob responsabilidade ou administração dos bancos, seja depositando em conta, investindo em CDB etc.
Depósitos a vista (de pessoas físicas ou jurídicas);
Depósitos a prazo fixo (de pessoas físicas ou jurídicas);
Obrigações contraídas no país e no exterior relativas a repasses e refinanciamentos;
Emissões de certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDIs).
5.3 Operações Acessórias
As operações tidas como acessórias ou especiais geralmente são aquelas em o banco atua como intermediador entre duas pessoas, sejam físicas ou jurídicas.
Operações de câmbio;
Custódia de títulos e valores;
Prestação de fianças e outras garantias;
Operações compromissadas (de mercado aberto ou open market)
Compra e venda no mercado (físico) de ouro;
Administração de fundos de investimentos.
5.4 Operações Especiais
Cobrança de Títulos;
Ordens de pagamento;
Serviços de Correspondente;
5.5 Prestação de Serviço
recebimento de tributos (água, luz, energia elétrica, gás, telefone, INSS e DARF);
prestação de serviços a outras instituições financeiras e a empresas de atividades complementares ou subsidiárias, cartão de crédito, administração de bens e processamento de dados;
prestação de outros serviços, (vinculados à arrecadação e ao pagamento de interesse público).
6-ÉTICA E RESPONSABILIDADE DO PROFISSIONAL PERANTE AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
O Profissional das Instituições Financeiras, deve oferecer e proporcionar serviços profissionais com integridade e devem ser considerados por seus clientes como merecedores de total confiança. 
Integridade pressupõe honestidade e sinceridade que não devem estar subordinadas a ganhos e vantagens pessoais. 
Deve ser objetivo na prestação de serviços profissionais aos clientes.
Objetividade requer honestidade intelectual e imparcialidade.
Trata-se de uma qualidade essencial a qualquer profissional, independente do serviço particular prestado ou da competência com que um Profissional trabalhe, esse deve proteger a integridade do seu trabalho, manter sua objetividade e evitar que a subordinação de seu julgamento viole este Código.
Um Profissional das Instituições Financeiras, não deve revelar nenhuma informação confidencial do cliente sem o seu específico consentimento, a menos que em resposta a qualquer procedimento judicial.
Um cliente, ao buscar os serviços de uma Instituição Financeira pode estar interessado em criar um relacionamento de confiança pessoal com o Profissional. Este tipo de relacionamento só pode ser criado tendo como base o entendimento de que as informações fornecidas e/ou outras informações serão confidenciais. Para prestar os serviços eficientemente e proteger a privacidade do cliente, o Profissional deve salvaguardar a confidencialidade das informações e o escopo de seu relacionamento com os clientes finais.
A conduta profissional exige comportar-se com dignidade, agindo com respeito para com os clientes e outros profissionais, em conformidade com as regras, regulamentações e os requisitos profissionais adequados.
Ser justo e imparcial nos relacionamentos profissionais.
A probidade exige de o Profissional manter com os clientes uma relação profissional íntegra, revelando e gerenciando possíveis conflitos de interesse. Envolve compatibilizar os próprios sentimentos, preconceitos e desejos, de forma a alcançar um equilíbrio entre os interesses conflitantes. A probidade é tratar os outros da mesma maneira que gostaríamos de ser tratado.
6.1 PREVENÇÃO CONTRA A LAVAGEM DE DINHEIRO
Lavagem de dinheiro é o processo pelo qual o criminoso transforma, recursos obtidos através de atividades ilegais, em ativos com uma origem aparentemente legal.
Para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de dinheiro realiza-se por meio de um processo dinâmico que requer: primeiro, o distanciamento dos fundos de sua origem, evitando uma associação direta deles com o crime; segundo, o disfarce de suas várias movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos; e terceiro, a disponibilização do dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido suficientemente movimentado no ciclo de lavagem e poder ser considerado "limpo".
Os mecanismos mais utilizados no processo de lavagem de dinheiro envolvem teoricamente essas três etapas independentes que, com frequência, ocorrem simultaneamente.
Há mais de 20 anos percebeu-se a necessidade da adoção de um esforço internacional conjunto para combater a lavagem de dinheiro, envolvendo não só os Governos dos diversos
países, mas também o setor privado, especialmente o sistema financeiro. Mais recentemente, os atentados terroristas em diversas partes do mundo revigoraram a necessidade desse esforço global com o objetivo de buscar a eliminação das fontes de financiamento ao terrorismo.
CRIMES ANTECEDENTES DE LAVAGEM DE DINHEIRO
Foi revogado pela nova lei de Lavagem de Dinheiro, hoje caracteriza-se como crimes de lavagem de dinheiro ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. Também estão sujeitos a mesma pena (multa + reclusão de 3 a 10 anos) aqueles que ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de infração penal:
I - os converte em ativos lícitos;
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;
III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.
PENA: Reclusão de três a dez anos e multa
A multa pecuniária,aplicada pelo COAF, será variável não superior:
a) ao dobro do valor da operação; b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação; ou
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);
PRINCIPAIS OPERAÇÕES QUE SÃO INDÍCIOS DE CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO
I. aumentos substanciais no volume de depósitos de qualquer pessoa física ou jurídica, sem causa aparente, em especial se tais depósitos são posteriormente transferidos, dentro de curto período de tempo, a destino anteriormente não relacionado com o cliente;
II. troca de grandes quantidades de notas de pequeno valor por notas de grande valor; 
III. proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por moeda estrangeira e vice-versa;
IV. compras de cheques de viagem e cheques administrativos, ordens de pagamento ou outros instrumentos em grande quantidade - isoladamente ou em conjunto -, independentemente dos valores envolvidos, sem evidencias de propósito claro;
V. movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras;
VI. movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira presumida do cliente;
VII. numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos em nome de um mesmo cliente, cujos valores, somados, resultem em quantia significativa;
VIII. abertura de conta em agencia bancaria localizada em estação de passageiros - aeroporto, rodoviária ou porto - internacional ou pontos de atração turística, salvo se por proprietário, sócio ou empregado de empresa regularmente instalada nesses locais;
IX. utilização de cartão de crédito em valor não compatível com a capacidade financeira do Usuário;
FASES DA LAVAGEM DO DINHEIRO
1. Colocação – a primeira etapa do processo é a colocação do dinheiro no sistema econômico.
Objetivando ocultar sua origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em países com regras mais permissivas e naqueles que possuem um sistema financeiro liberal.
A colocação se efetua por meio de:
depósitos,
compra de instrumentos negociáveis.
compra de bens.
Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como:
fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro,
utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com dinheiro em espécie.
Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos aplicam técnicas
2. Ocultação – a segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos.
O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas – preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou realizando depósitos em contas "fantasmas".
3. Integração – nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades – podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.
IDENTIFICAÇÃO DOS CLIENTES
A lei sobre crimes de “lavagem” de dinheiro, exige que as instituições financeiras entre outros:
identifiquem seus clientes mantendo cadastro atualizado; inclusive dos proprietários e
representantes das empresas clientes;
mantenham registro das transações em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar o limite fixado pela autoridade competente e nos termos de instruções por esta expedida;
atendam no prazo fixado pelo órgão judicial competente, as requisições formuladas pelo COAF, que se processarão em segredo de justiça.
Arquivem por cinco anos os cadastros e os registros das transações.
COMUNICAÇÃO AO COAF
COAF - CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS
O COAF está vinculado ao Ministério da Justiça e tem como finalidade disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades.
Porém, para que as atividades do COAF sejam bem-sucedidas, é importante que, todas as instituições visadas, no que diz respeito à lavagem de dinheiro, proveniente do crime, mantenham em registro, todas as informações de relevância sobre seus clientes e suas operações.
Além dos bancos, devem combater a lavagem de dinheiro empresas e instituições que trabalham com a comercialização de joias, metais preciosos e obras de arte.
De acordo com a Circular 2852/98, Carta-Circular 2826/98 e a complementação da Carta-Circular 3098/03, as instituições financeiras deverão comunicar ao Banco Central:
as operações suspeitas envolvendo moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, metais ou qualquer outro ativo passível de ser convertido em dinheiro de valor acima de R$ 10.000,00;
as operações suspeitas que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo, em um mesmo mês calendário, superem, por instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de R$ 10.000,00;
depósito em espécie, retirada em espécie ou pedido de provisionamento para saque, de valor igual ou superior a R$100.000,00, independentemente de serem suspeitas ou não.
Toda a operação realizada por uma instituição financeira acima de R$ 10 mil deve ficar registrada no banco. A operação que for igual ou acima de R$ 10 mil e SUSPEITA deve ser reportada ao Bacen, através do SICOAF.
7- RISCO DO SETOR BANCÁRIO
Bancos centrais dos países detentores das dez maiores economias mundiais assinaram, em julho de 1988, na cidade de Basiléia, Suíça, um acordo visando regular procedimentos para proporcionar liquidez às instituições financeiras globais, buscando garantir a “solvência internacional”. Este acordo constituiu o Primeiro Acordo de Capital do Comitê da Basiléia.
No Brasil, o CMN decidiu enquadrar todos os bancos brasileiros nos princípios de composição de capital estabelecidos pelo Acordo de Basiléia. Por meio da Resolução 2.543, de 26/08/98, regulamentou o limite mínimo de capital realizado e do patrimônio líquido das instituições financeiras nacionais.
As regras de Basiléia atualmente exigem que instituições financeiras retenham no mínimo 11% de seu patrimônio líquido sobre o total do ativo, ponderado por seu percentual predeterminado de risco, conforme circular 2.784, de 27/11/97, referente a resolução 2.399, de 25/06/97.
No primeiro acordo de Basiléia foram abordados os princípios para prevenir o risco bancário. Entre os princípios debatidos, buscando-se reparar as maiores fragilidades do sistema financeiro mundial, merecem especial destaque:
- implementação de um sistema eficiente de supervisão bancária, capaz de proporcionar independência operacional, mas enquadrando os recursos de cada agente envolvido na supervisão;
- definição das autoridades de licenciamento e devida estruturação desses supervisores bancários;
- rígida avaliação dos supervisores bancários no gerenciamento de riscos e exigência da adequação de capital proporcionalmente ao ativo da instituição;
- exigência de informações claras sobre a condição financeira do banco e sua lucratividade;
- delegação de poder e amparo legal a ações dos supervisores bancários para agir com medidas reguladoras quando os bancos não cumprirem requisitos dos regulamentos.
Ainda sob o espectro das especulações e manipulações que afetavam os mercados financeiros, houve novo acordo, agora designado por Acordo de Basiléia II. Medidas fiscalizadoras e regulatórias foram ampliadas, focalizando maior segurança, estabilidade e transparência para o sistema financeiro mundial. Buscou-se realinhar as necessidades regulatórias de capital dos bancostanto quanto possível aos riscos primários tacitamente assumidos por estas instituições. Novos instrumentos foram concebidos para que bancos e supervisores estimem com segurança suficiência de capital em relação a riscos assumidos.
O Novo Acordo de Basiléia pode ser resumido e destacado por três recomendações:
- requerimento de capital mínimo: gerenciamento de riscos de crédito e risco operacional, propondo reter capital em 30% do total das receitas provenientes da intermediação financeira e da prestação de serviços.
- supervisão bancária: estímulo a supervisão, buscando assegurar que processos internos nas instituições financeiras sejam ativos no gerenciamento dos riscos.
- disciplina de mercado: tolerância zero com a transparência das instituições financeira: ética e disciplina como cláusulas pétreas.
O BACEN, atualmente, exige dos bancos diversas ações contra a exposição aos riscos na concessão de crédito. Entre elas, bancos devem adotar sistemas de análise do “rating” (nível de risco) de empresas tomadoras. Nos momentos de elevada liquidez dos mercados financeiros mundiais, os avanços decorrentes de Basiléia amadureceram e solidificaram o sistema financeiro mundial. Foram estabelecidos importantes mecanismos de prevenção aos riscos das transações financeiras globais. Apesar das dificuldades dos últimos meses no cenário mundial com as crises na região do euro, há unanimidade entre os especialistas: teria sido muito pior se este acordo não existisse...
No Brasil, assim como outros países da América Latina, sob inspiração ou pelo reconhecimento tácito da urgência em atender as recomendações de Basiléia, experimentou significativa redução do número de instituições financeiras bancárias, com queda no número de postos de trabalho do setor. Houve também redução no número de agências bancárias e significativa concentração do mercado bancário varejista em poucas instituições públicas e privadas. A robustez do sistema bancário brasileiro indica o desejável ajuste aos novos critérios do “Acordo de Basiléia” e à globalização dos mercados.
Estes ajustes, inicialmente, pareciam apenas uma medida de reengenharia das estruturas bancárias mais frágeis. Foi decorrente das iniciativas tomadas pelo governo federal por meio dos programas de reestruturação bancária (PROER: Programa de Estímulo a Reestruturação e PROES: Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Estadual na Atividade Bancária), a partir de 1995/96, adicionada à complacência na entrada de bancos estrangeiros no mercado interno. O segundo ato foi conduzido pelo próprio mercado, uma onda de fusões e de aquisições liderada por bancos estrangeiros e por bancos privados nacionais. Lastreada na emissão de títulos públicos federais, o PROER criou linhas especiais de assistência financeira, buscando incentivar a reestruturação das instituições financeiras. O mérito foi evitar que a crise dos bancos privados no final dos anos noventa contaminasse o sistema financeiro como um todo. A Lei n. 9447 (1997) armou o BANCEN com instrumentos importantes para intervir, mesmo antes de deflagradas, quaisquer crises bancárias. Ela estendeu a responsabilidade solidária aos controladores e outorgou poderes ao BACEN de exigir medidas corretivas ou preventivas, acima do controle acionário da instituição, reorganizando a participação societária mediante incorporação, fusão ou cisão, entre outros atos importantes, preconizados como adesão tácita ao Acordo de Basiléia.
O conjunto de regulamentações e saneamento no mercado bancário, provocados por eventos como globalização, abertura econômica, o Plano Real, a adesão do Brasil ao Acordo da Basiléia e a vertiginosa revolução da Tecnologia da Informação (TI) mudou completamente os métodos e as práticas da atividade bancária nacional. Estas mudanças são cada vez mais evidentes no cotidiano das instituições financeiras. Em particular, destacam-se a redução e controle dos custos operacionais e a universalização dos serviços.
CATEGORIAS DE RISCO NA ATIVIDADE BANCÁRIA
Sob o ponto de vista de atividades específicas de um banco, o risco pode ser dividido em 3 grandes categorias, conforme a causa das possíveis perdas:
- Risco de Crédito
Risco de não pagamento, por um devedor ou contraparte, de operações de empréstimo ou financiamento, ou seja, descumprindo o contrato firmado com a Instituição Financeira.
- Risco Operacional
Risco de perdas resultantes de deficiências ou falhas nos processos internos, sistemas, pessoas e ou exposição à eventos externos.
- Risco de Mercado
Risco de perdas decorrentes da posição assumida pela instituição no Mercado Financeiro, envolvendo compra ou venda de ativos, empréstimos à clientes e administração de recursos em moeda estrangeira.
8- PLANO CONTÁBIL DAS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL(COSIF)
Criado pelo Banco Central por meio da circular n° 1.273, de 29.12.87 o Cosif tem como objetivo uniformizar os registros, a divulgação dos dados das Instituições Financeiras, devendo expressar com fidedignidade e clareza a real situação das mesmas que tem maior responsabilidade perante a sociedade, quanto a seus atos praticados, como captar recursos de poupança popular.
As normas são criadas pelo Conselho Monetário Nacional, essa competência foi delegada ao Banco Central em reunião do Conselho em 19/07/78 conforme dispõe o BACEN (2010). As normas devem estar de acordo com os princípios contábeis, como sugere Niyama e Gomes (2006).
	Os principais Princípios são: 
Adoção de métodos uniformes, quando houver alterações devem ser evidenciadas em notas explicativas;
Respeitar o princípio da competência, onde receitas e despesas devem ser registradas conforme o seu acontecimento;
Apuração semestral dos resultados, respeitando o período de 1° de janeiro a 30 de junho e 1° de julho a 31 de dezembro. 
Efetuar as conciliações de títulos e arquivar as devidas documentações por pelo menos cinco anos.
8.1 Estrutura do COSIF
O Cosif é estruturado em Capítulo1 Normas Básicas, Capítulo 2 Elenco de Contas e o Capítulo 3 Documentos.
Capítulo 1: “contem os procedimentos contábeis específicos que devem ser obedecidos e seguidos pelas instituições, destacando as principais considerações sobre cada grupo de contas” (NIYAMA; GOMES, 2006, p.22.). 
Capítulo 2: refere à uniformidade dos registros nas contas do Balanço Patrimonial.
Capítulo3: retrata os modelos de documentos, elaboração e publicação exigidas pelo Banco central.
O site do BACEN descreve que os capítulos são hierarquizados na ordem de apresentação, assim na dúvida entre Normas Básicas e Elemento de contas, prevalece Normas Básicas.
Características Básicas
Cada Instituição tem seu próprio elenco de contas, as associações de poupança e empréstimos devem usar o das sociedades de crédito imobiliário, as contas são as expostas no COSIF, sendo permitido as instituições usar apenas as contas ali constantes que contenha o atributo próprio da instituição, conforme descrito pelo BACEN (2010).
1° digito – corresponde aos grupos
i. – Ativo:
1. Circulante e Realizável a Longo Prazo;
2. Permanente;
3. Compensação;
ii. – Passivo:
4. Circulante e Exigível a Longo Prazo;
5. Resultados de Exercícios Futuros;
6. Patrimônio Líquido;
7. Contas de resultados Credoras;
8. Contas de Resultados Devedoras;
9. Compensação
2º digito – Subgrupos
3º digito – Desdobramento dos subgrupos
4º e 5º digito – Títulos Contábeis
6º e 7º digito – Subtítulos contábeis
8º digito – controle
O dígito de controle da conta é obtido segundo a regra abaixo: 
a) Multiplica-se cada algarismo do código, respectivamente, por 3, 7 e 1, da direita para a esquerda; 
b) Somam-se as 7 (sete) parcelas resultantes; 
c) Divide-se o total obtido por 10 (dez); 
d) A diferença entre 10 (dez) e o resto (R) dessa divisão, ou seja, (10 – R) é o dígito de controle, conforme exemplo abaixo; 
e) Se o resto da divião for 0 (zero), o dígito de controle também é 0 (zero). Exemplos: 
Exemplo 1 
Código 4.1.1.00.00 
3 1 7 3 1 7 3 Da direita para a esquerda! 
 3 x0 = 0 
 7 x 0 = 0
1 x 0 = 0 
 3 x 0 = 0 
 7 x 1 = 7 
 1 x 1 = 1 
3 x 4 = 12
Soma: 0 + 0 + 0 + 0 + 7 + 1 + 12 = 20 
Divide-se por 10: 20/10 = 2; resto = 0 
Controle (dígito verificador) = 0
Portanto, o código da conta com o dígito verificador ser· 4.1.1.00.00 – 0.
No fim da descrição de cada conta figuram códigos, os atributos, que indica os títulos que devem ser usados por cada instituição conforme descrito pelo site do BACEN:
U Bancos Múltiplos;
B Bancos Comerciais;
D Bancos de Desenvolvimento;
K Agências de Fomento ou de Desenvolvimento
I Bancos de Investimento
F Sociedades de Crédito, Financiamento e Desenvolvimento;
J Sociedades de Crédito ao Microempreendedor, sociedades de crédito direto e sociedades de empréstimo entre pessoas;
A Sociedades de Arrendamento Mercantil;
C Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários e Câmbio;
T Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários;
S Sociedade Crédito Imobiliário e Associação de Poupança e Empréstimo;
W Companhias Hipotecárias
E Caixas Econômicas;
R Cooperativas de Crédito;
O Fundo de Investimento;
L Banco do Brasil;
M Caixa Econômica Federal;
N Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social;
H Administradoras de Consórcios;
P Grupos de Consórcio;
Z Empresas em Liquidação Extrajudicial. (BACEN, 2010)
 
Abaixo o link para acesso Balancetes e Balanços Patrimoniais (Transferência de arquivos, essas informações são públicas e podem ser obtidas por qualquer cidadão no site do Banco Central. http://www4.bcb.gov.br/fis/cosif/balancetes.asp.
Critérios de Avaliação e Apropriação Contábil:
1 - Operações com Taxas Prefixadas:
a. As operações ativas e passivas contratadas com rendas e encargos prefixados contabilizam-se pelo valor presente, registrando-se as rendas e os encargos a apropriar em subtítulo de uso interno do próprio título ou subtítulo contábil utilizado para registrar a operação;
b. As rendas e os encargos dessas operações são apropriados mensalmente, a crédito ou a débito das contas efetivas de receitas ou despesas;
c. As rendas e os encargos proporcionais aos dias decorridos no mês da contratação da operação devem ser apropriados dentro do próprio mês, "pro rata temporis", considerando-se o número de dias corridos.
2 - Operações com Taxas Pós-Fixadas ou Flutuantes:
a. As operações ativas e passivas contratadas com rendas e encargos pós-fixados ou flutuantes
contabilizam-se pelo valor do principal, a débito ou a crédito das contas que as registram. Essas mesmas contas acolhem os juros e os ajustes mensais decorrentes das variações da unidade de correção ou dos encargos contratados, no caso de taxas flutuantes;
b. As rendas e os encargos dessas operações são apropriados mensalmente, a crédito ou a débito das contas efetivas de receitas ou despesas;
c. As rendas e os encargos proporcionais aos dias decorridos no mês da contratação da operação devem ser apropriados dentro do próprio mês, "pro rata temporis", considerando-se o número de dias corridos.
Controle:
O sistema de compensação tem como objetivo propiciar maior controle à empresa, permitindo o registro de possíveis futuras alterações do patrimônio e sendo fonte de dados para a elaboração das notas explicativas.
As contas de compensação devem ser apresentadas com títulos elucidativos e com base em valores fixados documentação. Quando do término do contrato ou da operação que originou o registro contábil, as mesmas serão encerradas mediante lançamento inverso entre as contas que registram a operação.
Versão COSIF atualizada no site BACEN: http://www.bcb.gov.br/?MANUCOSIF
O COSIF está dividido em quatro capítulos:
No capítulo 1, Normas Básicas, estão consolidados os princípios, critérios e procedimentos contábeis que devem ser utilizados por todas as instituições integrantes do SFN.
No capítulo 2, Elenco de Contas, são apresentadas as contas integrantes do plano contábil e respectivas funções.
No capítulo 3, Documentos, são apresentados os modelos de documentos de natureza contábil que devem ser elaborados pelas instituições integrantes do SFN.
No capítulo 4, Anexos, são apresentadas as normas editadas por outros organismos (CPC, IBRACON, etc) que foram recepcionadas para aplicação às instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN.
9- OPERAÇÕES DE CRÉDITOS 
As operações de crédito representam, usualmente, a principal aplicação de recursos captados pelas instituições financeiras, sendo, portanto, a fonte de receita mais significativa.
A legislação define quais as modalidades de operações que cada instituição está autorizada a realizar, e o Banco Central estabelece nomenclatura contábil a ser utilizada, de acordo com a destinação dos recursos e a atividade predominante do tomador de crédito.
Em termos contábeis as operações são classificadas em:
Empréstimos: são operações realizadas sem destinação específicas ou vínculo à comprovação da aplicação de recursos. Exemplos: capital de giro, pessoal, adiantamento a depositantes;
Títulos descontados: operações de desconto de títulos. Exemplo: duplicatas, notas promissórias;
Financiamento: ao contrário do empréstimo essas operações têm destinação específicas, “vinculada à comprovação da aplicação de recursos”. Exemplos: financiamento imobiliário, automotivo, equipamentos. (BACEN, 2010). 
É vedado às Instituições realizar operações de crédito com:
Diretores e membros do conselho, seus cônjuges e parentes ate 3° grau;
Sócios ou acionistas que tenham mais de 10% do capital social;
Pessoas jurídicas nas quais a instituição financeira ou os membros de sua diretoria ou dos conselhos participe com mais de 10%¨do capital social;
Empresas cuja diretoria seja total ou parcialmente a mesma da instituição financeira. (NIYAMA; GOMES, 2002, p. 48) 
As operações de crédito devem ser classificadas em ordem crescente de risco, o BACEN estabelece os níveis: AA, A, B, C, D, E, F, G e H. A classificação no nível de risco é responsabilidade da instituição detentora, com base em critérios consistentes, fundamentado em informações externas e internas.
a) atraso entre 15 e 30 dias: risco nível B, no mínimo:
b) atraso entre 31 e 60 dias: risco nível C, no mínimo;
c) atraso entre 61 e 90 dias: risco nível D, no mínimo;
d) atraso entre 91 e 120 dias: risco nível E, no mínimo;
e) atraso entre 121 e 150 dias: risco nível F, no mínimo;
0 atraso entre 151 e 180 dias: risco nível G, no mínimo;
g) atraso superior a 180 dias: risco nível H.
Para as operações classificadas no nível de risco H o BACEN estabelece que sua contabilização deve ser efetuada da seguinte forma: “ deve ser transferida para conta de compensação, com o correspondente débito em provisão, após decorridos 6 (seis) meses da sua classificação nesse nível de risco, desde que apresente atraso superior a 180 dias, não sendo admitido o registro em período inferior. A operação classificada na forma deste item deve permanecer registrada em conta de compensação pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos e enquanto não esgotados todos os procedimentos para cobrança”. (BACEN, 2010)
À Resolução n a 2.682, de 1999, veda o reconhecimento dos encargos nas operações que apresentem atrasos superiores a 60 dias no pagamento de principal ou juros. Dessa maneira, não há reconhecimento de receitas para operação de difícil ou duvidosa realização.
A Constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa a carteira em níveis de risco implicará a constituição de provisão não inferior ao somatório dos seguintes percentuais:
I ‐ 0,5% (meio por cento) para operações classificadas no nível "A';
II ‐ 1% (um por cento) para operações classificadas no nível "B";
III ‐ 3% (três por cento) para operações classificadas no nível "C";
IV ‐ 10% (dez por cento) para operações classificadas no nível "D";
V ‐ 30% (trinta por cento) para operações classificadas no nível "E";
VI ‐ 50% (cinquenta por cento) para operações classificadas no nível "F";
VII ‐ 70% (setentapor cento) para operações classificadas no nível a G";
VIII ‐ 100% (cem por cento) para operações classificadas no nível "H".
9.1 Custo Efetivo Total (CET)
Custo Efetivo Total (CET) é a taxa que corresponde a todos os encargos e despesas incidentes nas operações de crédito e de arrendamento mercantil financeiro, contratadas ou ofertadas a pessoas físicas, microempresas ou empresas de pequeno porte.
As instituições financeiras e as sociedades de arrendamento mercantil devem informar o CET previamente à contratação de operações de crédito e de arrendamento mercantil financeiro.
Deve ser fornecida ao proponente do crédito a planilha de cálculo do CET, na qual devem ser explicitados, além do valor em reais de cada componente do fluxo da operação, os respectivos percentuais em relação ao valor total devido. 
A instituição deve assegurar-se também de que o tomador, na data da contratação, ficou ciente dos fluxos considerados no cálculo do CET, bem como de que essa taxa percentual anual representa as condições vigentes na data do cálculo.
O CET também deve constar dos informes publicitários de operações destinadas à aquisição de bens e de serviços quando forem veiculadas ofertas específicas (com divulgação do valor a ser financiado, da taxa de juros cobrada, do valor das prestações, etc).
O CET deve ser expresso na forma de taxa percentual anual, incluindo todos os encargos e despesas das operações, isto é, o CET deve englobar não apenas a taxa de juros, mas também tarifas, tributos, seguros e outras despesas cobradas do cliente, representando as condições vigentes na data do cálculo.
Por exemplo, suponha um financiamento nas seguintes condições:
Valor Financiado - R$ 1.000,00
Taxa de juros - 12% ao ano ou 0,95% ao mês
Prazo da operação - 5 meses
Prestação mensal - R$ 205,73
Além desses dados, considere também a hipótese de pagamento à vista (sem inclusão no valor financiado), dos seguintes valores:
Tarifa de confecção de cadastro para início de relacionamento - R$ 50,00
IOF - R$ 10,00
De acordo com a fórmula da Resolução CMN 3.517, de 2007, o FCo (valor do crédito concedido) e o FCj (valores cobrados pela instituição), seriam os seguintes:
FCo = R$ 940,00
FCj = R$ 205,73
10- OPERAÇÕES DE INVESTIMENTOS
Investimento financeiro é a aplicação de um recurso, em geral na forma de dinheiro, na perspectiva de obter um retorno futuro superior ao capital inicial, compensando os custos e gerando lucro.
Dependendo do tipo de investidor e do plano escolhido, um investimento financeiro pode ser feito com uma expectativa de rendimento de curto, médio ou a longo prazo, sendo que os graus de risco de um investimento financeiro aumentam gradualmente conforme diminui o prazo em causa.
As aplicações mais comuns no mercado financeiro são a Poupança, o Certificado de Depósito Bancário (CDB), o Recibo de Depósito Bancário (RDB) e os Fundos de Investimento.
Considerando que os investidores são racionais, concluímos que os mesmos só estarão dispostos a correr maior risco em uma aplicação financeira para ir em busca de maiores retornos.
Segundo o princípio da dominância, entre dois investimentos de mesmo retorno, o investidor prefere o de menor risco e entre dois investimentos de mesmo risco, o investidor prefere o de maior rentabilidade.
Risco pode ser definido como a probabilidade de perda ou ganho numa decisão de investimento.
 10.1 Análise do Perfil do Investidor
Perfil Conservador: Cliente que busca segurança acima de tudo em seus investimentos. Perfil voltado para aplicações em renda fixa.
Perfil Moderado: Cliente disposto a correr um pouco de risco para obter ganhos maiores que a inflação. Este perfil sugere aplicações em fundos de renda fixa, multimercados, podendo aplicar uma pequena parte em fundos de ações.
Perfil Agressivo: Cliente disposto a correr risco para obter ganhos no médio e longo
prazo. Este perfil sugere que o cliente pode disponibilizar a maior parte de seus recursos em fundos multimercados e fundos de ações.
LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA (CLEARING): ATRIBUIÇÕES E BENEFÍCIOS PARA O INVESTIDOR
Principal objetivo de uma clearing house: Mitigar o risco de liquidação
SELIC: Títulos Públicos Federais (LFT, LTN e NTN-B, NTN-B Principal e NTN-F)
CETIP: Câmara de custódia e liquidação – Cetip (Balcão Organizado de Ativos e Derivativos) principais títulos e contratos custodiados no Cetip (CDB, Swap, Debêntures, LCI, NP, Cotas de Fundos, Letras Financeiras) e as operações realizadas na Bolsa de Valores B3.
10.2 Mercado de Renda Fixa
Renda fixa é o retorno de capital cujo rendimento (taxa de juros) é determinado no momento da aplicação. Esse rendimento pode ter sua remuneração prefixada ou pós-fixada.
Definições
Rentabilidades
• Pré-Fixada: Um título é prefixado quando o valor dos rendimentos é conhecido no início da operação;
• Pós Fixada: Um título é pós-fixado quando o valor dos juros somente é conhecido no momento do resgate.
Títulos Públicos
A dívida pública federal interna e externa é composta, em sua maior parte, por títulos mobiliários que diferem entre si conforme o contexto e a finalidade da emissão. Para os títulos pós-fixados, por exemplo, tem-se diferentes indexadores, que variam conforme o tipo. Existem também aqueles que não possuem indexadores, os chamados títulos prefixados.
É a aplicação livre de Risco de Crédito.
Aplicação Inicial: R$ 30,00.
A venda de títulos públicos no Brasil pode ser realizada:
• Oferta pública com a realização de leilão;
• Oferta pública sem a realização de leilão (Tesouro Direto);
• Tesouro Direto: Sistema de negociação de títulos públicos federais em mercado de varejo, diretamente com o investidor. A operação pode ser realizada diretamente pela Internet.
Caderneta de Poupança
• É a aplicação mais popular;
• Possui total liquidez, porém com perda de rentabilidade. Remunera sobre o menor saldo do período;
Rentabilidade
A poupança passa a render 70% da Selic mais a TR, sempre que essa taxa básica de juros estiver em 8,5% ao ano ou menos.
Garantias: Possuem cobertura do FGC até o limite vigente, atualmente de R$ 250.000,00.
CDB – Certificado de Depósito Bancário
O CDB É um título privado de renda fixa para a captação de recursos de investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte dos bancos.
O CDB pode ser emitido por bancos comerciais, bancos de investimento e bancos múltiplos, com pelo menos uma destas carteiras descritas.
Rentabilidade
• Pré-Fixada;
• Pós-Fixada.
Liquidez
O CDB pode ser negociado no mercado secundário. O CDB também pode ser resgatado antes do prazo final caso o banco emissor concorde em resgatá-lo. No caso de resgate antes do prazo final, devem ser respeitados os prazos mínimos.
Garantias: Possuem cobertura do FGC até o limite vigente, atualmente de R$ 250.000,00.
RDB –Recibo de Depósito Bancário
O RDB É um título privado de renda fixa para a captação de recursos de investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte dos bancos.
O RDB pode ser emitido por bancos comerciais, bancos de investimento e bancos múltiplos, com pelo menos uma destas carteiras descritas.
Rentabilidade
• Pré-Fixada;
• Pós-Fixada.
Liquidez
O RDB NÃO pode ser resgatado antes do prazo final.
Letras Financeiras
Quem pode emitir
• Bancos Comerciais, Investimento e Múltiplo;
• Sociedades de crédito, financiamento e investimento;
• Caixas econômicas;
• Companhias hipotecárias;
• Sociedades de crédito imobiliário;
• BNDES.
A LF terá prazo mínimo de 24 meses para o vencimento, vedado o resgate, total ou parcial, antes do vencimento pactuado.
A LF não pode ser emitida com valor nominal unitário inferior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).
Remuneração:
• Prefixada;
• Pós fixada;
Importante!
LF não está coberta pelo FGC.
Letras de Crédito Imobiliário
Título emitido por bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, a Caixa Econômica Federal, sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo, companhias hipotecáriase demais espécies de instituições que venham a ser expressamente autorizadas pelo Banco Central. Obrigatoriamente, registrada na Cetip.
Emitido sob a forma nominativa, podendo ser transferível mediante endosso em preto. É lastreado por créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de coisa imóvel, conferindo aos seus tomadores direito de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso, atualização monetária nelas estipulados.
A letra conterá: o nome da instituição emitente e as assinaturas de seus representantes; número de ordem, o local e a data de emissão; a denominação “Letra de Crédito Imobiliário”; o valor nominal e a data de vencimento; a forma, a periodicidade e o local de pagamento do principal, dos juros e, se for o caso, da atualização monetária; os juros, fixos ou flutuantes, que poderão ser renegociáveis, a critério das partes; a identificação dos créditos caucionados e seu valor; o nome do titular; e a cláusula à ordem, se endossável.
A LCI poderá ser garantida por um ou mais créditos imobiliários, mas a soma do principal das LCI emitidas não poderá exceder o valor total dos créditos imobiliários em poder da instituição emitente.
Prazos: O prazo de vencimento destes papéis é limitado pelo prazo das obrigações imobiliárias que serviram de base para o seu lançamento.
Garantias: Aplicações em LCI contam com garantia real e também com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito – FGC, até o limite vigente que atualmente de R$ 250.000,00.
Letra de Crédito do Agronegócio - LCA
• São títulos de crédito representativos de promessa de pagamento em dinheiro, de execução extrajudicial, emitidos com base em lastro de recebíveis originados de negócios realizados com produtores rurais e cooperativas, relacionados com a produção, comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos ou insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na atividade agropecuária;
• Título de crédito representativo de uma promessa de pagamento em dinheiro, este título só pode ser emitido por bancos e por cooperativas de crédito (instituição financeira pública ou privada);
• Os recebíveis vinculados ao LCA deverão ser registrados em sistemas de registro e liquidação financeira de ativos e custodiados em instituição autorizada;
• Garantias: As LCA’s estão cobertas pelo FGC, limitadas a R$ 250.000,00.
Certificado de Recebíveis do Agronegócio - CRA
Podem emitir CRA as companhias securitizadoras de direitos creditórios do agronegócio, ou seja, instituições não financeiras constituídas sob a forma de sociedade por ações com a finalidade de aquisição e securitização desses direitos e de emissão e colocação de Certificados de Recebíveis do Agronegócio no mercado financeiro e de capitais.
O CRA deverá conter, no mínimo, os requisitos exigidos na legislação aplicável ao título.
Pode ser distribuído publicamente e negociado na Bolsa, bem como em mercados de balcão organizados autorizados a funcionar pela Comissão de Valores Mobiliários.
Garantias: CRA não está coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito – FGC.
Tributação: os rendimentos são isentos de IR, quando a CRA for emitida em favor de pessoa física.
Certificados de Recebíveis Imobiliário (CRI)
São títulos de renda fixa de longo prazo emitidos exclusivamente por uma companhia securitizadora, com lastro em um empreendimento imobiliário que pagam juros ao investidor.
Os lastros mais comuns de um CRI são os créditos decorrentes de contratos de compra e venda com alienação fiduciária do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
A oferta pública de distribuição de CRI só pode ser iniciada após a concessão de registro e estando o registro de companhia aberta da companhia securitizadora atualizado junto a CVM.
Os CRIs representam uma ótima opção de investimento para pessoas físicas, bancos, fundações e fundos de investimento.
Somente CRI com valor nominal mínimo de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) pode ser objeto de distribuição pública.
Algumas das vantagens de se investir em CRIs:
• Investimento de longo prazo com rentabilidade acima dos títulos públicos;
• Possuem garantia real, porém não estão cobertos pelo FGC;
• Isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas;
• Substitui os investimentos imobiliários, reduzindo os custos administrativos de vacância e reformas.
Importante!
Investimento em CRI não estão cobertos pelo FGC.
Letra de Cambio (LC)
Letras de Câmbio são títulos de renda fixa, como o CDB. São oferecidas por sociedades de crédito, investimento e financiamento, conhecidas como Financeiras, onde o emitente é o devedor, o beneficiário é a pessoa física ou jurídica que investe o seu dinheiro, e o aceitante é a financeira, como a Fininvest e a Crefisa.
A LC, tem uma aplicação mínima de R$ 30.000
Rentabilidade
• Pré-Fixada;
• Pós-Fixada.
Garantias: Possuem cobertura do FGC até o limite vigente, atualmente de R$ 250.000,00.
TRIBUTAÇÃO
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
Debêntures
Objetivo Captação de recursos de médio e longo prazo para sociedades anônimas (S.A.) não financeiras de capital aberto.
Importante:
Não existe padronização das características deste título. Ou seja, a debênture pode incluir:
• Qualquer prazo de vencimento;
• Amortização (pagamento do valor nominal) programada na forma anual, semestral, trimestral, mensal ou esporádica, no percentual que a emissora decidir;
• Remunerações através de correção monetária ou de juros;
• Remunerações através do prêmio (podendo ser vinculado à receita ou lucro da emissora).
Direito dos debenturistas: além das três formas de remuneração, o debenturista pode gozar de outros direitos/atrativos, desde que estejam na escritura, com o propósito de tornar mais atrativo o investimento neste ativo:
• Conversão da debênture em ações da companhia;
• Garantias contra o inadimplemento da emissora.
Como regra geral, o valor total das emissões de debêntures de uma empresa não poderá ultrapassar o seu capital social.
Resgate Antecipado: as debêntures podem ter na escritura de emissão cláusula de resgate antecipado, que dá ao emissor (a empresa que está captando recursos) o direito de resgatar antecipadamente, parcial ou totalmente as debêntures em circulação.
Aplicação em debêntures não estão cobertas pelo FGC.
Agente Fiduciário
A função do agente fiduciário é proteger o interesse dos debenturistas exercendo uma fiscalização permanente e atenta, verificando se as condições estabelecidas na escritura da debênture estão sendo cumpridas.
Entende-se por relação fiduciária a confiança e lealdade estabelecida entre a instituição participante (administradora, gestora, custodiante, etc.) e os cotistas.
A emissão pública de debêntures exige a nomeação de um agente fiduciário. Esse agente deve
ser ou uma pessoa natural capacitada ou uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central para o exercício dessa função e que tenha como objeto social a administração ou a custódia de bens de terceiros (ex.: corretora de valores).
O agente fiduciário não tem a função de avalista ou garantidor da emissão.
O Agente Fiduciário poderá usar de qualquer ação para proteger direitos ou defender interesses dos debenturistas, sendo-lhe especialmente facultado, no caso de inadimplemento da emitente:
• executar garantias reais, receber o produto da cobrança e aplicá-lo no pagamento, integral ou proporcional dos debenturistas;
• requerer falência da emitente, se não existirem garantias reais;
• representar os debenturistas em processos de falência, concordata, intervenção ou liquidação extrajudicial da emitente, salvo deliberação em contrário da assembleia dos debenturistas;
• tomar qualquer providência necessária para que os debenturistas realizem os seus créditos.
Garantia Debêntures
A debênture poderá, conforme dispuser a escritura de emissão, ter garantia real, garantia flutuante, garantia sem preferência (quirografária), ou ter garantia subordinada aos demais credores da empresa.
• garantia real: fornecida

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