Buscar

Guia_para_Educadores

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Guia do sistema de 
implante coclear Nucleus®
para educadores
GUIA PARA EDUCADORES • 3
Capítulo 1:
Introdução aos implantes cocleares ..................................................................................................................................4
Capítulo 2:
Histórico dos implantes cocleares ......................................................................................................................................8
Capítulo 3:
Necessidades das crianças usuárias de implantes cocleares na escola ......................................................10
Capítulo 4:
Professores: parte da equipe de apoio à criança com implante coclear ..................................................24
Capítulo 5:
Como preparar a sala de aula para uma criança usuária de implante coclear ....................................32
Capítulo 6:
Diagnóstico e solução de problemas com o processador de som da criança ....................................40
Capítulo 7:
Acessórios e dispositivos auxiliares de audição ......................................................................................................58
Capítulo 8:
Recursos ..........................................................................................................................................................................................70
Índice
4 • GUIA PARA EDUCADORES
Audição normal
Antes de tratarmos de implantes cocleares, examinemos como 
o ouvido normal funciona. O ouvido é composto de três seções:
o ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno. O ouvido
externo é a parte visível que capta e direciona as ondas sonoras
para o ouvido médio através do canal externo. O ouvido médio
inclui o tímpano e três ossos minúsculos que enviam som para 
o ouvido interno. O ouvido interno contém a cóclea, que inclui as
células sensoriais da audição. As células sensoriais são chamadas
de células ciliares.
• Audição normal 
• Perda de audição
• O que é implante 
coclear?
• Qual é a diferença 
entre aparelho auditivo 
e implante coclear?
CAPÍTULO 1
Introdução aos implantes cocleares
2 3
1. O som é transmitido através
de ondas sonoras no meio
ambiente. O ouvido externo
capta as ondas sonoras e as
envia pelo canal auditivo até 
o tímpano.
2. As ondas sonoras fazem o
tímpano vibrar, colocando os
três ossos minúsculos do 
ouvido médio em movimento.
3. O movimento desses
ossos faz com que o fluido
no ouvido interno, ou cóclea,
se movimente.
4. O movimento do fluido no ouvido interno faz
com que as células ciliares na cóclea se dobrem.
As células ciliares transformam este movimento
em impulsos elétricos. Os impulsos elétricos são
transmitidos ao nervo auditivo e, por fim, ao
cérebro, onde são interpretados como sons.
4
1
Como o ouvido normalmente funciona:
GUIA PARA EDUCADORES • 5
Perda de audição
Ocorre perda auditiva sensório-neural quando os
ossos, o tímpano e as membranas do ouvido estão
intactos, mas as minúsculas células ciliares que
revestem a cóclea foram danificadas. As células
ciliares danificadas impedem que os impulsos
elétricos cheguem às fibras nervosas
remanescentes e, portanto, não transmitem as
informações ao cérebro. Embora o termo médico
seja perda auditiva sensório-neural, este tipo de
perda auditiva é geralmente conhecida como
surdez nervosa. A perda sensório-neural pode ser
causada por vários fatores, incluindo genéticos,
lesão, enfermidade, processo de envelhecimento
natural ou drogas ototóxicas usadas para tratar 
de doenças que apresentam risco de vida.
O que é implante coclear?
Um implante coclear é um dispositivo eletrônico
que estimula diretamente o nervo auditivo, sem
passar pelas células ciliares danificadas. O implante
proporciona ao usuário um nível de audição útil e
melhor capacidade de comunicação. O implante
coclear é um tratamento seguro, confiável e eficaz
para a perda auditiva grave ou profunda em
adultos e para a perda auditiva profunda em
crianças. (Ver os critérios na página 12).
O primeiro estudo sobre implantes cocleares teve
seu início na França, em 1957. Desde então, a
tecnologia de implantes cocleares evoluiu de um
dispositivo com um único eletrodo (ou canal) para
um sistema complexo, que transmite informações
sonoras detalhadas através de até 22 eletrodos.
2. O processador envia
os sinais digitais ao
implante interno.
1. O processador de
som externo capta o
som e o converte em
sinais digitais.
3. O implante interno converte 
os sinais em energia elétrica, que é 
transmitida a um conjunto de 
eletrodos situado dentro da cóclea.
4. Os eletrodos estimulam o
nervo auditivo, sem passar pelas
células ciliares danificadas.
O cérebro capta os sinais e o
som é ouvido.
Como o implante coclear funciona:
1
2
3
4
6 • GUIA PARA EDUCADORES
A Cochlear lidera continuamente o setor de
implantes cocleares em termos de inovações que
até hoje ajudaram a mais de 80.000 usuários de
implantes no mundo inteiro (dados de 2006).
O implante coclear é reconhecido pela 
Associação Americana de Medicina e pela
Academia Americana de Otolaringologia – 
Cirurgia da Cabeça e Pescoço, como o padrão de
tratamento para perda auditiva bilateral profunda.
Qual é a diferença 
entre aparelho auditivo 
e implante coclear?
Os aparelhos auditivos amplificam o som. Até
mesmo os sons produzidos pelos mais sofisticados
aparelhos auditivos podem não proporcionar
benefícios suficientes às pessoas com perda auditiva
grave a profunda nos dois ouvidos. Isto porque não
importa o volume do som produzido pelo
aparelho auditivo, um ouvido com deficiência
auditiva profunda não consegue processar as
informações que recebe, pois suas células ciliares
estão danificadas.
O implante coclear não amplifica o som. Ao invés
disso, transmite informações sonoras úteis ao
estimular diretamente as fibras nervosas auditivas
remanescentes na cóclea, permitindo que a pessoa
ouça sons.
8 • GUIA PARA EDUCADORES
CAPÍTULO 2
Histórico dos implantes cocleares
Cochlear™— mais uma vez cumprimos 
nossa promessa de compromisso vitalício
21
1978
Primeiro implante
realizado em
âmbito de pesquisa
na Austrália
1982
Primeira cirurgia
de implante
coclear de 
22 canais
1983
Início de ensaios
clínicos para
adultos nos EUA
1985
Primeiro sistema de
implante coclear
Nucleus® aprovado
para uso em adultos
Primeira cirurgia de
implante coclear
Nucleus® no Japão
1984
Primeira 
cirurgia de
implante coclear
Nucleus® na
Europa
1986
Início de ensaios
clínicos para
crianças nos
EUA
1988
Número de
pacientes que
receberam
implantes 
= 1.000
1992
Número de
pacientes que
receberam
implantes 
= 5.000
1994 
Número de
pacientes que
receberam
implantes 
= 10.000
1996
Primeira empresa
de implantes
cocleares a
oferecer garantia
de 10 anos
1990
Primeiro sistema
de implante
coclear
aprovado para
uso em crianças
1993 
Primeira cirurgia
de implante de
tronco cerebral
auditivo
GUIA PARA EDUCADORES • 9
21
1997 
Primeiro sistema
de implante
Nucleus® 24 
2001
Número de
pacientes que
receberam
implantes = 30.000
Primeiro processador
retroauricular com
bobina telefônica
integrada e
tecnologia Whisper
Lançamento do
Sistema de
Programação Portátil
(PPS – Portable
Programming System)
2000
Nucleus® 24
Contour™,
o primeiro
implante aprovado
para crianças com
um ano ou mais
de idade
Lançamento do
ESPrit™ 22
2002
Lançamento da
tecnologia
ADRO (Adaptive
Dynamic Range
Optimization –
Otimização de
Faixa Dinâmica
Adaptativa)
2003
Primeiro sistema
de FM sem fio
2004
Número de pacientes
que receberam
implantes = 60.000
Lançamento do conjunto
de eletrodos
perimodiolar 
Nucleus® 24 
Contour Advance™
Ajuste otimizado 
reduz significativamente 
o tempode
programação inicial
Lançamento do 
ESPrit™ 3G para o N22
2006
Número de pacientes
que receberam
implantes = 80.000
Lançamento do
Freedom™ para o
Nucleus® 24
2005
Lançamento do 
sistema 
de implante 
Nucleus® Freedom™
com SmartSound™
Primeiro processador de
som resistente à água
Primeira opção de audição
direcionada (Beam™)
Primeiro processador de
som com mais de um
microfone
Lançamento do 
Custom Sound™
1998
Número de pacientes
que receberam implantes
= 20.000
Primeiro processador de
som retroauricular de vários
canais, o ESPrit™
Primeiro implante a ser
usado por mais de 
10.000 crianças
1999 
Primeira cirurgia do 
Nucleus® 24 Contour™,
um exclusivo conjunto
de eletrodos com
auto-enrolamento
Lançamento do
Nucleus® NRT™
10 • GUIA PARA EDUCADORES
Tendências em serviços educacionais
Muitas famílias recorrem ao implante coclear em parte porque
desejam que a criança que sofre de surdez freqüente a escola com
seus colegas com audição normal. É normal que todos os pais
queiram que seus filhos sejam bem-sucedidos na escola, no
trabalho e em tudo mais que desejem realizar em suas vidas. Os
pais de crianças surdas não são exceção e, em geral, consideram o
ambiente escolar normal como o ponto de partida do caminho a
ser seguido por seus filhos rumo a vidas produtivas na sociedade.
No passado, a maioria das crianças com perda auditiva grave ou
profunda era educada em salas de aula independentes onde era
possível concentrar a atenção nas necessidades especiais das
crianças com perda auditiva significativa. A tendência atual —
respaldada por legislação federal no âmbito da educação — 
é colocar todas as crianças com deficiências no ambiente
considerado menos limitador possível que atenda às suas
necessidades. Para uma criança com implante coclear, a meta 
de colocação em um ambiente escolar normal é agora possível 
e desejável.
Não importa o tipo de ambiente escolar — normal, independente
ou algo intermediário — a maioria das crianças com implantes
cocleares ainda precisará de serviços especiais e apoio em algum
momento ao longo de sua carreira escolar. Os tipos de serviços e
a freqüência com que precisam ser prestados variarão conforme a
criança e podem mudar com o tempo para qualquer criança.
Podem existir períodos nos quais a criança não precise de serviço
algum. Basta ter um ambiente propício à audição e/ou um sistema
CAPÍTULO 3
Necessidades das crianças usuárias de
implantes cocleares na escola
• Tendências em serviços 
educacionais
• A equipe de apoio 
ao aluno com 
implante coclear
• Equipe clínica – 
cirurgião, audiologista
• Equipe pedagógica e 
de reabilitação – 
professores,
fonoaudiólogo, etc.
• Formação da equipe 
da criança
• O que esperar
• Resultados de 
desempenho
• Variações de 
intervenção 
• Outras considerações
• CLIC It
• Problemas de leitura
• Para crianças que usam 
linguagem de sinais
de FM. Não obstante, é importante continuar a
monitorar a criança que usa implante coclear, pois
suas necessidades podem mudar. Mesmo alunos
que tenham adquirido capacidade de expressão
oral condizente com sua faixa etária podem se
deparar com novos obstáculos à medida que o
conteúdo do currículo escolar fica mais complexo
ou outro fator específico à criança cria novas
complexidades na escola. O aluno que usa
implante coclear deve ser avaliado e monitorado
continuamente para assegurar que esteja
recebendo o apoio que precisa no momento em
que o precisa.
Impacto dos programas
universais de triagem auditiva
de recém-nascidos
Com a implementação de programas de triagem
auditiva de recém-nascidos em todos os Estados
Unidos, um número bem mais elevado de crianças
surdas está ingressando em programas de
intervenção precoce durante os seus primeiros
meses de vida. Em 2005, 93% dos bebês nascidos
nos Estados Unidos passaram por triagem para
detectar perda auditiva antes de completarem um
mês de idade.1 Esta é uma diferença extraordinária
em relação há dez anos, quando o período médio
de identificação de perda auditiva era de 30 meses!
Esta ênfase recente na identificação da perda
auditiva alguns dias após o nascimento da criança
permite que a intervenção precoce se inicie
enquanto a criança surda ainda está na idade ideal
para começar o desenvolvimento da linguagem, ao
invés de iniciar o processo depois de a criança já
ter passado por vários marcos de desenvolvimento
da linguagem e apresentar
um atraso acentuado em relação
aos seus colegas. Estudos
demonstraram que as crianças que recebem
serviços de intervenção precoce apropriados antes
dos seis meses de idade apresentam melhor
desenvolvimento da linguagem do que as que
começam depois dos seis meses.2
Para uma criança considerada boa candidata para
receber um implante coclear, o processo pode ter
início imediatamente após a identificação da perda
auditiva, começando com o uso de aparelhos
auditivos e de um programa de terapia auditiva
para a criança e sua família. Algumas famílias podem
optar por usar linguagem de sinais básica com a
criança surda até que tenha idade suficiente para
receber um implante coclear — 12 meses no caso
de perda profunda de audição. A decisão da família
de usar linguagem de sinais básica não deve atrasar
a introdução de abordagens que empregam a
1 National Center for Hearing Assessment and Management (NCHCAM). State summary statistics: universal newborn hearing 
screening. Obtido em 27 de maio de 2006 no site http://www.infanthearing.org/status/unhsstate.html
2 C.Yoshinaga-Itano et al.The language of early- and later-identified children with hearing loss. Pediatrics 1998 
Nov: 102 (5):1161-71
12 • GUIA PARA EDUCADORES
linguagem falada (amplificação, terapia auditiva)
antes do implante coclear. Quando a criança
recebe o implante coclear aos 12 meses de idade
ou um pouco depois (ou 25 meses para
candidatos apropriados com perda de audição
grave a profunda), o período de surdez é
minimizado e o acesso à gama completa de sons
proporciona maior potencial para o
desenvolvimento da linguagem falada. O período
imediatamente subseqüente à realização do
implante proporciona uma oportunidade especial
para procurar desenvolver seriamente a habilidade
auditiva e maximizar a oportunidade para a criança
chegar ao mesmo nível de entendimento que seus
colegas com audição normal. Um período intensivo
de terapia deve ser personalizado segundo a idade,
os níveis de habilidade auditiva e outros elementos
das necessidades singulares da criança.
Critérios para determinar a
qualificação para receber
implante coclear pediátrico
12 meses a 24 meses
• Perda auditiva sensório-neural bilateral profunda
• Aparelhos auditivos binaurais apropriados 
proporcionam benefício limitado
• Nenhum progresso no desenvolvimento das 
habilidades auditivas
• Nenhuma contra-indicação médica
• Alto nível de motivação e expectativas 
apropriadas por parte da família
25 meses a 17 anos e 11 meses
• Perda auditiva sensório-neural bilateral grave 
a profunda
• Escores de 30% ou menos no teste MLNT nas 
condições mais favoráveis (crianças na faixa 
etária de 25 meses a 4 anos e 11 meses)
• Escores de 30% ou menos no teste LNT nas 
condições mais favoráveis (crianças na faixa 
etária de 5 anos a 17 anos e 11 meses)
• Nenhum progresso no desenvolvimento das 
habilidades auditivas
• Nenhuma contra-indicação médica
• Alta motivação e expectativas apropriadas 
(por parte da criança, quando apropriado,
e da família)
GUIA PARA EDUCADORES • 13
Implante precoce = melhores
resultados para crianças surdas
de baixa idade
A identificação precoce da surdez de uma criança
permite que ela comece a ser avaliada quanto à
possibilidade de receber um implante coclear com
uma idade inferior do que jamais fora possível.
Conseqüentemente, a idade média de realização do
implante (paracrianças com menos de três anos de
idade) diminuiu para 21,5 meses em 2005.3
Estudos4 demonstram que as crianças que recebem
o implante quando ainda bem jovens desenvolvem
aptidões de percepção e produção da fala mais
próximas das exibidas por crianças com audição
normal, pois as vias de audição do cérebro reagem
melhor quando estimuladas precocemente. Sem a
exposição ao estímulo proporcionado pelo
implante coclear, o sistema auditivo começa a
perder sua capacidade (ou plasticidade) de
responder aos sinais sensoriais.5 Os importantes
benefícios do implante precoce foram
documentados em vários estudos6 que examinam o
impacto da idade da criança ao receber o implante
sobre seus resultados em termos de linguagem.
Embora três anos já tenha sido considerada uma
idade “jovem” para receber um implante coclear
pediátrico, hoje em dia os pesquisadores
consideram ser benéfica a realização do implante
em uma idade precoce.7 Crianças com 12 a 18
meses de idade na ocasião da cirurgia podem
apresentar os melhores resultados entre todo o
grupo.8 Os profissionais que trabalham com as
famílias de crianças pequenas surdas em programas
de intervenção precoce desempenham um papel
crucial em termos de informar as famílias sobre
implante coclear, para que os pais tenham as
informações necessárias para tomar decisões sobre
o futuro de seus filhos. Se uma família decidir ir
adiante com a opção de implante coclear para a
criança, poderá fazê-lo no momento em que a
intervenção produza os melhores resultados.
Uma vez que as crianças recebem implantes
cocleares quando são mais jovens, agora
geralmente é menor o tempo que passam em uma
escola ou programa especial para surdos. As
crianças podem freqüentar programas especiais
para deficientes auditivos durante vários anos e
depois “graduarem” para ingresso ao sistema
pedagógico normal.Também não é incomum que
uma criança com implante precoce que receba
terapia auditiva intensiva freqüente programas
normais de pré-escola junto com seus colegas que
têm audição normal, e nunca freqüente escola
especial para crianças com deficiências auditivas.
Independentemente de onde a criança passe seus
anos pré-escolares, muitas crianças com implantes
cocleares agora estão prontas para começar 
o primeiro ano do ensino fundamental em 
escolas normais!
3 Estimativa da Cochlear Americas para todo o setor.
4 Hammes, Dianne et al. Early Identification and Implantation: Critical Factors for Spoken Language. Annals of Otology, Rhinology,
and Laryngology, Supplement 2003; Maio: 189:79-4.
5 K. Robinson. Implications of developmental plasticity for the language acquisition of deaf children with cochlear implants.
Int j Ped Otorhinolaryngol 1998; 46:71-80.
6 Karen Kirk et al.The Volta Review,Vol 102(4) (monografia), 127-144.
7 K.I. Kirk et al. Cochlear implantation in young children: effects of age at implantation and communication mode.
Volta Review 2002. 102(4):127-144.
8 D. Hammes et al. Early identification and implications: critical factors for spoken language development.
Annals Otol Rhin Laryngol Supplement 2002, Maio. 180:74-78.
14 • GUIA PARA EDUCADORES
De quais serviços 
educacionais a criança com
implante precisará?
Os serviços educacionais necessários para apoiar
uma criança com implante coclear dependerão de
seu desenvolvimento da linguagem e de outras
necessidades. Estima-se que 40% das crianças com
implantes cocleares terão outras deficiências,9 além
da perda auditiva, que também podem ser
significativas em termos educacionais e precisam
ser levadas em consideração no ambiente escolar.
Entre elas incluem-se problemas físicos, sensoriais
ou cognitivos, que podem ser amenos ou podem
apresentar ainda maiores desafios do que a surdez
da criança. A necessidade de considerar e tratar
destes problemas, junto com a perda de audição
da criança, é crucial para seu êxito na escola. Uma
abordagem multidisciplinar e colaborativa para
tratar das necessidades da criança beneficia
qualquer criança com implante coclear, mas é
particularmente importante quando existem outras
questões a serem consideradas.
Os aspectos de desenvolvimento da linguagem,
aptidões sociais e emocionais e outras
necessidades da criança devem determinar os 
serviços a serem prestados na escola. Os
resultados em termos de desenvolvimento da
linguagem são influenciados por diversos fatores
vários anos após o implante coclear. Uma pesquisa
recente de pais de crianças com implantes
cocleares Nucleus® examinou as tendências em
09 C. Perigoe and R. Perigoe. Foreword. Multiple Challenges—Multiple Solutions: Children with Hearing Loss and Special Needs.Volta Review 2004, 104(4):211-214.
10 Y.S. Sininger et al.The case for early identification of hearing loss in children: auditory system development, experimental auditory deprivatioand development of speech 
perception and hearing. Pediatric Clinics of North America 1999, 46:1-14.
11 M. Dorman et al, “Word recognition by children listening to speech processed into a small number of channels: Data from normal hearing children and children 
with cochlear implants.” Ear and Hearing, 2000, 590-596.
12 A Geers, C. Brenner and L. Davidson. “Factors Associated with Development of Speech 
Perception Skills in Children Implanted by Age 5.” Ear and Hearing, Lippincott Williams & Wilkins, 2003.13 D.L. Sorkin,T.A. Zwolan,Trends in educational services for children 
with cochlear implants, Cochlear Implants, Elsevier (2004).
• Idade na qual a perda de audição da criança foi
identificada e quando a intervenção precoce foi iniciada.
A identificação precoce e a prestação de serviços de
intervenção durante a “janela de oportunidade” durante a
qual ocorre o desenvolvimento da linguagem, influenciam
a probabilidade de que o desenvolvimento da linguagem
por parte da criança seja semelhante ao de seus colegas
com audição normal.10 As crianças matriculadas em
programas de intervenção precoce antes dos seis meses
de idade, em média, apresentam os melhores resultados
em termos de desenvolvimento da linguagem.2
• Idade da criança quando o implante coclear foi realizado.
Implantes realizados entre 12 e 18 meses de idade
tendem a produzir os melhores resultados.7 Com o
implante precoce, muitas crianças não sofrem atraso no
desenvolvimento da linguagem.
• Cuidados cirúrgicos e fonoaudiológicos ideais. A inserção
de pelo menos 8 a 12 eletrodos11 por um cirurgião
especializado em implantes cocleares, com MAPeamento
de acompanhamento realizado por um audiologista
treinado nesta especialidade, influenciará o acesso por
parte da criança à gama completa de sons da fala. O uso
de tecnologia atualizada e/ou estratégias apropriadas de
codificação da fala deve ser considerado parte dos
cuidados pós-cirúrgicos supervisionados pelo audiologista
no centro de implantes cocleares que atendeu a criança.
• A realização de terapia auditiva para a criança,
combinada com um ambiente doméstico que incentive a
família a aproveitar todas as oportunidades para usar a
linguagem falada, é crucial para o progresso da criança
que recebeu implante.
• O modo de comunicação na sala de aula determina até
que grau o programa didático da criança enfatiza a fala e
a audição em relação à comunicação por sinais. Foi
comprovado que ambientes que enfatizam o uso da
audição e da fala, onde a criança e seus colegas usam
exclusivamente a linguagem falada, têm um impacto
significativo sobre o desenvolvimento auditivo da criança
com implante coclear. 12
Impactos sobre os resultados de
desenvolvimento da linguagem
GUIA PARA EDUCADORES • 15
termos de necessidades educacionais.13 O estudo 
identificou que dois-terços das crianças de 7 a 13
anos de idade com implantes cocleares
freqüentavam escolas públicas ou particulares
normais, apesar de não terem iniciado
necessariamente seus estudos neste tipo de
ambiente. Mais da metade das crianças nesta faixa
etáriaque freqüentavam escolas normais quando a
pesquisa foi realizada havia freqüentado uma escola
com apoio especial para crianças com deficiências
auditivas, como uma escola particular que segue o
sistema OPTION de ensino oral ou escola pública
em centros para deficientes auditivos antes de
passarem a freqüentar uma escola normal.
Muitas crianças com implantes cocleares
apresentam melhor desempenho em ambientes
escolares que proporcionem apoio inicial intensivo.
Para algumas famílias, é importante dar início à
educação de seus filhos em escolas que ofereçam
alto grau de apoio para “impulsionar” o
aprendizado da linguagem por parte das crianças e
ajudá-las a alcançar os marcos de desenvolvimento
da linguagem desejados antes de passarem a
freqüentar escolas normais.
Os serviços escolares descritos a seguir,
classificados em ordem de número de menções
pelos pais (na pesquisa mencionada acima), são
geralmente prestados a crianças com implantes
cocleares em algum momento de suas vidas
escolares. A duração e a freqüência da prestação
dos serviços varia por criança e com o tempo.
A próxima seção, intitulada “Integrantes da equipe
da criança”, contém descrições de cada um dos
vários serviços e provedores (por exemplo,
fonoaudiólogo ou audiologista). As modificações
acústicas e a tecnologia de FM são tópicos
abrangidos detalhadamente nos capítulos 5 e 7,
respectivamente.
13 D.L. Sorkin,T.A. Zwolan,Trends in educational services for children with cochlear implants,
Cochlear Implants, Elsevier (2004).
Serviços tipicamente
prestados na escola a crianças
com implantes cocleares
• Fonoaudiologia 
• Tecnologia FM
• Serviços educacionais para surdos
• Apoio didático individual ou em 
pequenos grupos
• Interpretação (inglês sinalizado exato,
linguagem de sinais americana, fala 
complementar ou oral)
• Audiologia
• Legendas
•CART
• Anotação
• Terapia da audição
• Modificações acústicas
16 • GUIA PARA EDUCADORES
Formação de uma equipe 
de apoio à criança
Uma criança com implante coclear precisa de uma
equipe de apoio para atender suas necessidades. A
equipe deve incluir profissionais na escola,
funcionários da clínica de implantes cocleares, um
fonoaudiólogo (que pode fazer parte da equipe da
clínica), pais e familiares, a criança e seus colegas na
escola. É crucial que haja comunicação constante
entre os diversos integrantes da equipe. Por
exemplo, os profissionais da escola podem ajudar o
audiologista do implante coclear a conseguir
realizar um mapeamento ideal ao fornecer
informações sobre a capacidade de audição e
articulação da fala da criança e como podem ter
evoluído desde o último mapeamento. A criança
não apresenta progresso no desenvolvimento de
uma habilidade auditiva? Ela tem dificuldade para
pronunciar certos sons? Pode ser importante
fornecer informações ao audiologista do implante
coclear sobre como o processador de som é
ajustado e como ela reage a ambientes específicos.
Pode ser útil aos profissionais da escola
acompanharem a família durante uma sessão de
MAPeamento na clínica para estabelecer afinidade
com a equipe da clínica e entender melhor o
processo de MAPeamento. Do mesmo modo, é
importante que a equipe da clínica mantenha os
profissionais da escola informados sobre quaisquer
mudanças que podem ter sido feitas no
mapeamento de uma criança. O Formulário de
Acompanhamento da Equipe14 proporciona uma
estrutura útil para incentivar este tipo de
comunicação bidirecional.
Integrantes da equipe 
da criança
Principais integrantes da equipe do
centro de implantes cocleares
Audiologista do implante coclear.
O audiologista realiza a avaliação audiológica para
determinar os níveis de audição e monitora os
benefícios gerados pela amplificação para
determinar se a criança é uma boa candidata para
o implante coclear. Se, depois de um período de
teste com aparelhos auditivos, for determinado que
a criança é uma boa candidata e a família decidir ir
adiante com a cirurgia de implante coclear, o
audiologista do centro trabalhará com a criança e a
família para mapear (ou programar) o processador
de som e registrar o progresso da criança em
termos de audição. O audiologista do centro instrui
a criança e a família sobre como usar e cuidar dos
dispositivos e faz recomendações sobre
procedimentos apropriados de acompanhamento e
habilitação. O audiologista fornece aos demais
integrantes da equipe do implante, à família e à
escola informações constantes sobre o progresso e
as necessidades da criança.
Psicólogo e/ou assistente social. Muitas equipes
de implantes incluem estes profissionais para tratar
das expectativas e responsabilidades antes e após a
cirurgia, visando assegurar que a família consiga
fornecer o grau de apoio necessário para que a
criança tenha bons resultados com o implante
coclear. O implante coclear é um procedimento
cirúrgico que requer acompanhamento e
habilitação para produzir o resultado esperado. Os
resultados sofrerão se as famílias não conseguirem
ou não estiverem dispostas a participar de reuniões
de acompanhamento e fornecer apoio em casa.
14 Team Tracking Form (Formulário de Acompanhamento da Equipe),The Moog Center for Deaf Education, www.oraldeafed.org/schools/moog.
Cirurgião do implante coclear. O cirurgião do
implante realiza um exame médico e dos ouvidos
minucioso e determina a viabilidade do implante.
O médico conversará com a família, o psicólogo 
ou o assistente social, o audiologista e outros
integrantes da equipe sobre qualquer preocupação
que possa ter. O interesse na criança por parte do
cirurgião não termina com a cirurgia, pois continua
envolvido e monitora a habilitação do paciente
para promover o melhor resultado possível.
Foniatra ou fonoaudiólogo. Muitos centros com
números elevados de pacientes pediátricos contam
com um fonoaudiólogo particular ou que faz parte
da equipe que trabalha com eles. Em geral, estes
profissionais são formados em fonoaudiologia,
audiologia ou educação de deficientes auditivos,
além de terem concluído treinamento especializado
em terapia auditiva. Mesmo se o benefício da
amplificação for mínimo para uma criança pequena
surda, recomenda-se que a criança e sua família
passem por terapia da audição antes do implante
coclear a fim de iniciar o quanto antes possível o
processo de aprendizagem da linguagem falada.
Após a criança receber o implante coclear, um
programa intensivo de terapia da audição deve ser
iniciado para “preparar a função auditiva” e
proporcionar a base para o desenvolvimento
contínuo da habilidade auditiva.
Consultor pedagógico. Muitas equipes de centros
de implantes incluem um professor especializado
em deficientes auditivos, às vezes denominado
consultor pedagógico. Sua função é trabalhar com a
equipe da escola da criança para desenvolver
conjuntamente um programa de habilitação
contínua e assegurar que os serviços de apoio
necessários estejam implementados para atender
às necessidades da criança. Às vezes um
audiologista clínico, fonoaudiólogo ou assistente
social desempenha esta função.
Integrantes da equipe da escola 
Professor. Se a criança freqüentar uma escola
normal, pode ser que o professor nunca tenha
instruído uma criança com implante. Portanto, é
importante iniciar o processo de preparação do
professor bem antes do início das aulas. Os pais
devem se assegurar de que o professor tenha o
apoio e o treinamento necessários. É importante
que os pais se comuniquem com o professor com
antecedência e freqüência. Checkups e atualizações
regulares devem ocorrer durante todo o ano. O
professor deve ser incentivado a encontrar suas
próprias soluções para atender às necessidades da
criança, e não simplesmente ser colocado em uma
posição de seguir a liderança alheia. Algumas das
melhores idéias para inclusão eficaz originaram-se
de professores atentos à situação que não tinham
experiência prévia comcrianças com deficiência
auditiva na sala de aula. O professor será 
18 • GUIA PARA EDUCADORES
responsável por assegurar que a criança ocupe o
assento apropriado na sala de aula e por confirmar
que entenda o que seja dito durante as aulas. Isto
deve ser feito sem que seja preciso mencionar
constantemente a condição de perda auditiva da
criança. Uma professora perspicaz concebeu a idéia
de um “sinal secreto” que pediu que o aluno usasse
quando não estivesse conseguindo acompanhar a
matéria apresentada na sala de aula. Este era o sinal
para que retrocedesse e reiterasse o assunto para
que o aluno tivesse oportunidade de assimilá-lo no
mesmo nível que seus colegas. A maioria dos
professores considera que este tipo de ênfase nos
pontos principais da matéria lecionada ajuda a
todas as crianças na sala de aula.
Crianças com deficiências auditivas podem ter
dificuldade para interagir socialmente; portanto,
esta é outra área na qual o professor pode
monitorar e ajudar a criança conforme necessário.
Professor de crianças com deficiências auditivas.
Em um ambiente escolar normal, este profissional
geralmente será um professor itinerante,
atendendo várias escolas ou até mesmo distritos.
Em uma escola em centros para deficientes
auditivos, o professor atende a vários alunos com
deficiência auditiva total ou parcial em um único
local.Também chamado de professor de deficientes
auditivos, sua função é atuar como elo de ligação
entre a equipe e os pais, visando ajudar a atender
as necessidades singulares da criança. Além disso,
proporciona treinamento e apoio a profissionais de
outras escolas, pais e alunos. Sua função inclui
todos os aspectos relacionados à promoção da
prestação ideal de serviços para a criança com
perda auditiva, incluindo confirmar que o sistema
de FM esteja funcionando, prestar serviços diretos
ao aluno, apoiar a criança com problemas de
integração social e desenvolver ou implementar o
plano de educação individualizado (PEI) do aluno.
GUIA PARA EDUCADORES • 19
Audiologista educacional. O audiologista
educacional monitora a audição da criança na sala
de aula, sendo responsável por ajustar e resolver
problemas com o sistema de FM, para assegurar
que funcione corretamente. Outras
responsabilidades incluem a atenção à acústica da
sala de aula e a instrução de outros funcionários da
escola (e da criança) sobre aspectos relacionados à
perda de audição.
Fonoaudiólogo. A maioria das crianças com
implantes cocleares recebe serviços de
desenvolvimento da fala em algum momento de
sua vida escolar. Geralmente, este profissional é
responsável por avaliar e desenvolver um plano de
intervenção, bem como por prestar serviços
diretamente ao aluno para incentivar o
desenvolvimento de habilidades de audição, fala e
expressão oral. Embora, no passado, a
fonoaudiologia em geral se concentrasse na
produção da fala, o implante coclear possibilita o 
uso de um modelo mais natural e integrado para
dominar a linguagem – especialmente no caso de
crianças que recebem o implante quando ainda
bem jovens. No caso de crianças que recebem o
implante coclear com idade mais avançada, pode
ser necessário adotar a abordagem de reabilitação
mais tradicional.
Intérprete. Embora a maioria dos alunos com
implantes cocleares usará a linguagem falada,
aproximadamente um terço delas usam um modo
de Comunicação Total na escola e, portanto,
precisam de intérprete. Um número menor de
alunos com implantes cocleares usam a linguagem
de sinais americana ou fala complementar, exigindo
estes tipos de apoio visual.
Um aluno aplicado pode atuar como Anotador na
sala de aula da criança. Esta função também pode
ser desempenhada por um adulto de fora.
Professor assistente. A presença de um professor
assistente responsável por realizar várias tarefas
que ajudam o aluno a ficar a par das atividades da
sala de aula pode ser benéfica para algumas
crianças. O assistente pode ajudar o aluno a se
concentrar no orador, rever ou resumir a matéria
(antes ou depois da aula), introduzir novo
vocabulário ou monitorar o uso da tecnologia de
FM e/ou do implante coclear.
Outros especialistas da escola. Pode ser que seja
necessário pessoal adicional para atender às
necessidades específicas do aluno. Possíveis
especialistas incluem um terapeuta ocupacional,
assistente social, psicólogo, especialista em didática
ou leitura.
O administrador ou o diretor da escola às vezes
deixa de ser visto como integrante da equipe, mas
tem a capacidade singular de proporcionar a
liderança necessária para resolver problemas e
incentivar a cooperação na equipe. O diretor
também pode alocar fundos quando os recursos
são limitados.
Legendador. À medida que a complexidade do
currículo escolar aumenta, especialmente no ensino
médio, alguns alunos que antes usavam a audição
para assimilar as matérias passam a ter dificuldade
para acompanhá-las sem reforço visual. Os serviços
de legendagem passaram a ser mais comuns como
ferramenta de PEI.
20 • GUIA PARA EDUCADORES
Os Pais devem ter presença constante e
prestativa na escola para que fiquem totalmente a
par de como as necessidades de seus filhos estão
sendo atendidas. (Os pais geralmente são as
pessoas que mais conhecem as necessidades de
seus filhos). A lei federal reconhece este fato e
coloca-os no mesmo nível dos profissionais que
atendem à criança. Os pais devem se empenhar
em fornecer à escola informações a respeito do
implante e do processador, incluindo detalhes das
sessões de MAPeamento, para ajudar a equipe a
entender como pode ajudar. Os pais também
devem incentivar ativamente a comunicação entre
a escola e o centro de implantes. Em casa, os pais
devem monitorar os deveres de casa e a
tecnologia de implante coclear (certificando-se
diariamente de que esteja funcionando sem
problemas), seguir uma rotina e ajudar a criança 
a aprender a assumir o controle de sua perda
auditiva. É óbvio que os pais devem participar
plenamente no estabelecimento das metas 
da criança e na definição de como o PEI atingirá
tais metas.
A Criança deve ser considerada integrante
contribuinte importante da equipe e ser
incentivada a participar no processo do Plano de
Educação Individualizado (PEI) assim que esteja
apta a fazê-lo. Embora a IDEA (lei federal de
educação) não exija que a criança participe no PEI
antes do início do planejamento da transição
(quando tiver 14 anos de idade ou
aproximadamente esta idade), muitos especialistas
consideram este período de espera muito longo. É
desejável que a criança se sinta parte da equipe
enquanto ainda cursa o ensino elementar, pois é
geralmente a melhor pessoa com a qual conversar
sobre suas necessidades e também porque seu
envolvimento a incentiva a aprender a ser proativa
em relação à perda auditiva.
Colegas de Classe da criança também são uma
parte essencial de seu sucesso na escola.
Familiarizar os colegas com a tecnologia de
implante coclear antecipadamente, informando-os
como podem ajudar seu colega de classe, pode
fazer uma enorme diferença no desenvolvimento
de atitudes positivas sobre a perda auditiva e, ao
mesmo tempo, incentivar o apoio à criança surda.
15 Para obter informações detalhadas, consulte HOPE Note: Issues in Reading, Cochlear Americas, 2006.
A comunicação entre os integrantes da equipe é
crucial para o sucesso. Ela é facilitada quando eles:
• Mantêm comunicação aberta, franca e coerente
entre si por meio de ferramentas como 
cadernos de anotações coletivos, e-mails ou 
mensagens de correio de voz. Incluem metas 
oportunas, observações, “áreas notáveis”, ou 
áreas nas quais o aluno tenha realizado 
progresso aparente, e “áreas aperfeiçoáveis”, ou
áreas nas quais é preciso enfoque contínuo.
Agem com antecipação ao invés de reação,
permitindo que cada integrante da equipe 
possa trabalhar efetiva e eficientemente.
• Mantêm coerência na comunicação sobre o 
que precisaser ensinado ou debatido antes de 
ser apresentado em classe, bem como 
ensinado ou revisto depois como reforço ao 
tópico abrangido em classe. Já que cada 
membro da equipe interage com a criança em 
situações diferentes, o ensino antecipado e o 
reforço posterior podem ser muito eficazes 
como ferramentas adicionais em vários 
ambientes didáticos.
• Têm expectativas e funções claras coerentes 
com as áreas de especialidade de cada 
integrante da equipe.
• Reúnem-se para debater as questões que 
podem ser incoerentes com o que a equipe 
tenha mutuamente concordado. É melhor 
eliminar estas questões antes que dêem origem
a uma situação possivelmente difícil.
• Acolhem o feedback e as sugestões 
apresentadas de maneira construtiva e positiva.
Outras considerações 
Leitura e a criança com implante coclear
Historicamente, as crianças com perda auditiva
grave ou profunda concluem o ensino médio com
capacidade de leitura equivalente a alunos do
quarto ano do ensino fundamental. Um dos
resultados mais positivos do implante coclear está
relacionado à capacidade de leitura. O acesso à
audição proporcionado pelo implante coclear
permite que muitas crianças realizem avanços
importantes no desenvolvimento da linguagem
falada, o que, por sua vez, desempenha um papel
crucial em sua capacidade de ler e escrever. Ao
ajudarmos as crianças a desenvolver um
vocabulário apropriado às suas respectivas faixas
etárias, bem como as aptidões de raciocínio e
compreensão que acompanham a capacidade de
ler em voz alta, podemos proporcionar às crianças
surdas as ferramentas que precisam para
desenvolver uma capacidade de leitura semelhante
a de seus colegas com audição normal.
As habilidades de desenvolvimento da linguagem
que ajudam a promover a leitura devem ser
incentivadas pelos pais e profissionais que
trabalham com crianças pequenas por meio de
programas de intervenção precoce ou pré-
escolares.15 Tais habilidades incluem:
• Estabelecer correlações entre as histórias e as 
experiências da vida real
• Entender a idéia principal por meio da 
narração de histórias
• Colocar os eventos em seqüência ao recontar 
uma história na ordem correta
• Prever o final de uma nova história
22 • GUIA PARA EDUCADORES
16 Para obter informações detalhadas, consulte HOPE Note: Children Who Sign, Cochlear Americas, 2006.
17 Para obter informações detalhadas, consulte o seminário on-line da HOPE “CLIC IT! Creating Listeners in the Classroom: Ideas for Teaching.”
• Fazer inferências, preenchendo os espaços 
em branco
• Tirar conclusões a partir de informações 
incompletas em uma história
Crianças que usam linguagem de sinais
Embora a maioria das crianças com implantes
cocleares use a linguagem falada, cerca de um terço
das crianças de 7 a 13 anos de idade usam alguma
forma de linguagem de sinais.11 Alguns pais optam
por usar a linguagem de sinais com a criança antes
do implante coclear e, depois, envidam esforços
para que a criança passe a usar a comunicação oral
depois do implante. Outros pais, especificamente
aqueles cujos filhos recebem o implante coclear
com mais idade, continuam a usar uma das diversas
formas de linguagem de sinais. A comunicação total,
às vezes denominada de comunicação simultânea,
envolve falar e fazer sinais ao mesmo tempo.
Proporciona a melhor oportunidade para uma
criança com implante que usa sinais desenvolver
aptidões de audição e fala. Uma criança com
implante que usa sinais deve ser incentivada a:16
• Expressar-se verbalmente usando o idioma 
completo em termos gramaticais
• Passar a usar com mais freqüência a 
linguagem falada
• Aproveitar as oportunidades onde pode 
exclusivamente ouvir e falar
• Procurar realizar metas predefinidas para 
aperfeiçoar a linguagem falada — dentro e 
fora da escola
Como melhorar as condições de
audição na sala de aula
Você pode ajudar o aluno com implante coclear a
maximizar seu aprendizado auditivo
proporcionando o melhor ambiente de audição
possível e assegurando-se de que o ato de ouvir
seja uma parte integral do dia letivo. A melhor
maneira de passar de uma postura “aprender a
ouvir” para “ouvir para aprender” é assegurar que
o aluno seja exposto à linguagem falada de maneira
natural, e não apenas durante as sessões de terapia.
Desta maneira, ele aprenderá a integrar
naturalmente a audição em seu cotidiano. O
ambiente da sala de aula deve ser estruturado de
maneira que:17
• As expectativas em relação a ouvir e falar 
sejam elevadas
• O professor se empenhe para encontrar o 
equilíbrio correto das variáveis — audição,
linguagem, familiaridade com os conceitos —
para garantir o sucesso
• O uso de habilidades auditivas por parte da 
criança fomente novas habilidades que a 
ajudem a realizar metas viáveis
• Existam amplas oportunidades para ouvir e 
falar, pois isto é crucial para o avanço das 
habilidades auditivas da criança. A meta 
definitiva seja integrar a audição e a fala de uma
maneira natural em todos os segmentos do dia
letivo da criança
24 • GUÍA PARA EDUCADORES
Primeros pasos
Como especialista de la educación, es posible que el maestro
integre el equipo que atiende a un niño con implante coclear.
En este capítulo se presenta información que le será útil para
ayudar satisfactoriamente al niño en el entorno educativo. Si
entiende algunos supuestos básicos y prácticas relacionadas con 
los problemas de audición y la sordera, descubrirá que la
experiencia con un niño que tenga implante coclear puede 
resultar valiosa y productiva.
• Comience con una actitud positiva y colaboradora, y promueva 
formas para mantenerla.
• Piense más allá de los oídos del niño.Tenga en cuenta que no 
está entrenando a los oídos, sino que le enseña a la mente a 
interpretar lo que el niño oye a través del implante coclear.
Dado que es la base para construir el habla, el lenguaje y 
las aptitudes académicas, la audición puede y debe ser 
incorporada en el salón de clase, las sesiones de terapia y las 
actividades sociales.
• Tenga presente el impacto que tiene la sordera en el habla, el 
lenguaje, el desempeño académico, la capacidad de leer y 
escribir, y la socialización del niño. La audición también le ayuda 
al niño a promover relaciones con familiares, compañeros,
maestros y amigos adultos. A través de la audición, el niño oye 
los matices del lenguaje y las interacciones sociales, que a su vez
profundizan el dominio del lenguaje hablado. Al establecer una 
base en el lenguaje hablado, el niño le da significado a lo que 
una persona lee en voz alta, lo que él lee en silencio y lo que 
escribe. Es fundamental que el niño se sienta cómodo con la 
lectura y la escritura para continuar adquiriendo información 
general acerca del mundo que lo rodea, y formándose sus 
propias opiniones y expresiones. Asimismo, la lectura 
contribuye a la adquisición de vocabulario y estructuras 
lingüísticas avanzadas.
• Jerarquía auditiva
• Etapas en el aprendizaje 
de la audición: desarrollo 
de la capacidad auditiva
• Cantidad y tipo de terapia
• Medidas de evaluación
CAPÍTULO 4
Los maestros como integrantes del equipo de
profesionales a cargo del implante coclear
• Cuanto más aprenda sobre la sordera y los 
implantes cocleares, tendrá más confianza para 
enfrentar situaciones difíciles. Al final del libro 
encontrará una lista de referencias que lo 
ayudarán a continuar aprendiendo. Organice 
estos materiales para poder consultarlos cuando 
sea necesario.
• Cree una alianza fuerte con otros integrantes del
equipo, reconociendo y apreciando el área de 
conocimientos de cada persona. Un equipo 
cuyos integrantes se complementen unos con 
otros con el aporte de diferentes niveles de 
conocimiento, aptitudes y habilidades será más 
capaz de ayudarle al alumno de forma 
multidimensional. Es posible que los integrantes 
del equipo aprendan unos de otros,se ayuden y 
se cuestionen unos a otros para atender mejor 
los intereses del alumno.
• Recuerde que, ante todo, el alumno es un niño.
Genere experiencias de aprendizaje auditivo 
estimulantes y prácticas, que estén entrelazadas 
con la comunicación, el pensamiento y el 
aprendizaje. Planifique actividades, materiales,
libros y unidades en función de la edad 
cronológica, la edad lingüística, los niveles 
auditivos, las capacidades cognitivas y los 
intereses del niño.
El papel esencial de los padres
Los padres desempeñan un papel principal en el
cuidado del niño. Una de sus primeras y principales
funciones es trabajar con los integrantes del equipo
para ayudarlos a fijar y alcanzar las metas que
tienen para su hijo. Deben crear relaciones de
confianza con los médicos, maestros y especialistas
de los programas de intervención, para contribuir 
en las cuestiones especializadas que deben abordar.
Son los únicos integrantes del equipo que poseen
una perspectiva histórica, social y emocional
completa sobre el desarrollo del niño.
Los especialistas de la escuela y los encargados del
programa de intervención deben alentar a los
padres a que cumplan la función principal de
enseñar vocabulario en contextos naturales y crear
situaciones para que el niño emplee
espontáneamente el lenguaje hablado. Asimismo,
los padres son responsables de reforzar y
promover el desarrollo auditivo en la casa, facilitar
la comunicación entre los integrantes del equipo,
informar sobre otros especialistas que trabajen con
el niño y su familia, asistir a reuniones y citas, alertar
al equipo sobre prioridades y cambios en el
implante y los dispositivos de ayuda, brindar
información actualizada sobre el niño, y tomar las
decisiones finales.
26 • GUÍA PARA EDUCADORES
Desarrollo auditivo: terminología,
perspectivas y etapas
Durante años se han presentado diversas
perspectivas o “jerarquías” de desarrollo auditivo, la
mayoría de ellas basadas en las etapas de
desarrollo auditivo de niños con audición normal.
Los materiales relacionados con el desarrollo
auditivo de niños con pérdida de la audición
contienen comúnmente la siguiente terminología y
definiciones básicas:
• Detección auditiva o conciencia de los sonidos:
indicar la presencia de sonido.
• Atención auditiva: anticipar o prestar atención a 
señales auditivas, especialmente el habla, durante 
un período de tiempo entre corto y largo.
• Audición a distancia: atender a los sonidos a 
distancia.
• Localización: buscar la fuente de sonido y 
volverse hacia ella.
• Discriminación auditiva: percibir e identificar las 
diferencias en los sonidos.
• Autocontrol auditivo y retroalimentación 
auditiva: controlar información a través de la 
audición y modificar las producciones del habla 
según lo que se oyó, especialmente en lo relativo
a duración, ritmo, tono, volumen, sonidos 
vocálicos y consonánticos.
• Identificación auditiva: asociar o seleccionar un 
objeto, figura o situación con base en palabras 
habladas o etiquetas.
• Memoria auditiva: almacenar y recordar 
información y lenguaje a partir de la audición.
• Memoria secuencial auditiva: almacenar y 
recordar la información auditiva y el lenguaje en 
el orden en que se presentaron.
• Procesamiento auditivo: efectuar juicios 
cognitivos sobre lo que se oyó.
• Comprensión auditiva: sintetizar el significado 
general del lenguaje que se oyó a través de la 
audición, deliberada o accidentalmente, y 
relacionarlo con información conocida en una 
variedad de situaciones.
DETECCIÓN
DISCRIMINACIÓN
IDENTIFICACIÓN
COMPRENSIÓN
Conocimiento
Atención
Audición a distancia 
Localización
Discriminación
Autocontrol y retroalimentación
Identifi cación
Memoria
Secuencia
Procesamiento
Comprensión
GUÍA PARA EDUCADORES • 27
Existen cuatro etapas auditivas básicas que
generalmente se clasifican en una jerarquía
específica (Pollack, Goldberg, Caleffe-Schenck,
1997). En esta jerarquía de desarrollo auditivo, que
se ilustra en la gráfica a continuación, la audición se
hace más sofisticada y compleja a medida que se
desarrolla desde arriba hacia abajo, mientras que se
expande en profundidad y amplitud a medida que
la información auditiva cobra más sentido. A
menudo es conveniente comenzar en las primeras
etapas y continuar a través de la jerarquía auditiva.
Cabe recordar que un niño con implantes
cocleares tiene en general una evolución más
rápida en las etapas auditivas y alcanza niveles más
altos que un niño con audífonos y un perfil auditivo
semejante. Una vez que se establece una sólida
base auditiva, el niño tiende a aprender el lenguaje
hablado naturalmente, mientras integra etapas
anteriores con procesos más complejos.
Evaluación del nivel de
funcionamiento del niño para
determinar sus necesidades 
Se puede crear un perfil del nivel actual de
funcionamiento del niño incorporando las diversas
pruebas y mediciones que cada especialista del
“equipo” encargado del niño emplea en relación
con su área de conocimientos. Los padres deben
aportar información obtenida a través de la
observación e interacción con el niño en
situaciones familiares y sociales.Toda esta
información puede resultar valiosa para establecer
puntos de referencia, controlar la evolución,
determinar nuevos objetivos, dar a conocer
inquietudes al resto del equipo, cambiar el enfoque
terapéutico, la metodología de comunicación o el
entorno educativo, y efectuar las recomendaciones
correspondientes para tratamientos adicionales. Las
decisiones sobre cuánta información visual se debe
utilizar, por ejemplo, señales para lectura labio facial
o lenguaje de señas, son tomadas por el equipo y
están relacionadas con las necesidades únicas del
niño en un momento determinado. Entre las áreas
que se deben evaluar y considerar al determinar las
necesidades del niño se cuentan:
• Percepción del habla. El audiólogo o audiólogo 
educativo del centro de implantes cocleares 
emplea estas pruebas con el fin de determinar si
el niño se puede considerar como candidato 
para un implante y de medir su evolución con el
transcurso del tiempo en comparación con 
resultados anteriores del mismo niño. Esta 
información puede resultar útil para el maestro o
terapeuta al determinar el punto de partida en 
cualquiera de los planes de estudio auditivos 
disponibles. El audiólogo informará sobre el 
rendimiento del niño en cuanto a 
reconocimiento de palabras en conjunto abierto
o a identificación de palabras en conjunto 
cerrado. Existe una cantidad limitada de 
opciones en las condiciones de conjunto cerrado
y no se ofrecen opciones en las condiciones de 
conjunto abierto, de modo que el niño debe 
basarse por completo en lo que oye. El 
audiólogo toma las pruebas en vivo o usando 
una grabación de voz. Las pruebas de 
percepción del habla más comunes evalúan las 
siguientes capacidades auditivas (definidas 
anteriormente): discriminación, identificación y 
comprensión auditivas.
Los padres, terapeutas o maestros también
deben evaluar diariamente la percepción del
habla para el conocimiento de los sonidos
mediante la prueba de los seis sonidos de Ling.
Estos seis sonidos abarcan los diferentes tonos
necesarios para entender el habla.
28 • GUÍA PARA EDUCADORES
La prueba de Ling es fácil y rápida de hacer. Un
adulto dice cada uno de estos sonidos en orden
aleatorio: a como en “agua”, u como en “cuna”, i
como en “niña”, s como en “sopa”, ch como en
“chico” y m como en “mamá”. Sin mirar al
interlocutor, el niño indica que oyó el sonido
dando palmadas o dejando caer un bloque,
según la edad que tenga.
• Lenguaje. El logopeda, el maestro o el 
terapeuta auditivo-verbal realiza estas
evaluaciones para determinar el uso actual de la
semántica o el vocabulario, la sintaxis o la
gramática, la morfología o los sufijos, y la
pragmática o uso del lenguaje delniño. Suele
haber puntuaciones individuales para el lenguaje
receptivo o lo que el niño entiende, frente al
lenguaje expresivo o lo que el niño dice. Una
gran diferencia entre el lenguaje receptivo y el
expresivo indica la necesidad de abordar el área
más débil. Generalmente la puntuación del niño
se compara con las puntuaciones estandarizadas
de niños con audición normal. A partir de estos
resultados, la intervención se puede focalizar en
áreas específicas.
• Producción del habla o fonología. El logopeda,
el maestro de sordos o el terapeuta auditivo-
verbal evalúa habitualmente la articulación de
sonidos y la calidad de voz del niño. El niño
emite sonidos, palabras u oraciones en forma
espontánea al mirar ilustraciones o imita lo que
dice el especialista. Las expresiones espontáneas
de lenguaje ofrecen un perfil más exacto de la
inteligibilidad del niño en la conversación. Los
resultados se comparan con las capacidades
normales según el desarrollo. Algunos niños
sordos también sufren discapacidades orales
motoras. El logopeda también puede evaluar
este aspecto. Si un niño sordo también tiene
dificultad para mover la boca o la lengua con la
precisión o rapidez que se espera para su edad
cronológica, la inteligibilidad del habla se verá
afectada. Es posible que esta dificultad adicional
no esté necesariamente relacionada con la
sordera, pero puede ser más difícil de
diagnosticar y tratar por la superposición de la
sordera en el desarrollo del habla.
GUÍA PARA EDUCADORES • 29
Consideraciones para
determinar la terapia
personalizada y las 
necesidades educativas
Al determinar las futuras necesidades de
(re)habilitación del niño, resulta útil evaluar
nuevamente las expectativas frente a un niño 
con implantes.
Considere al niño con implantes como un niño que
puede oír, a pesar de que no goce de audición
normal. Eleve sus expectativas a medida que avanza
el desarrollo auditivo, para que el niño tenga éxito
en cada etapa y tenga el desafío de continuar a
niveles más altos. En pocas palabras, conduzca al
niño a través de las etapas del desarrollo auditivo
lo más rápidamente posible, pero tan lentamente
como sea necesario.
Cada niño proviene de diferentes entornos y tiene
necesidades singulares, de modo que se deben fijar
expectativas basadas en varios factores:
• Edad de detección de la sordera. En general, el 
niño que nace sordo tiene una evolución auditiva
más rápida cuando la sordera se detecta en los
primeros meses de vida. Si la audición se pierde
en forma progresiva, una rápida detección
también arroja mejores resultados.
• Edad en que se realiza el implante y período de
tiempo entre la detección de la sordera y la
implantación. Una vez detectada la sordera,
entre más pronto reciba el niño atención médica
y tecnología adecuada, como audífonos o
implantes cocleares, asociados con intervención
con un sólido enfoque auditivo, mejor
pronóstico se obtendrá con los implantes.
• Experiencia terapéutica y educativa. Los 
enfoques terapéuticos abarcan desde
dependencia completa de la audición para
desarrollar el habla y el lenguaje hasta lectura
labio facial y otras señales visuales, y lenguaje de
señas con o sin el componente auditivo. Las
opciones educativas abarcan desde integración
total con niños que tienen audición normal,
hasta distintas cantidades de instrucción para
otros niños con dificultades en la audición, y
educación en internados donde todos los
alumnos son sordos. El niño que trabaja con
especialistas expertos tiene una sólida base
auditiva, además de innumerables oportunidades
para comunicarse a través del lenguaje hablado
y tiende a tener más probabilidades de recibir
beneficios óptimos de los implantes cocleares.
• Participación de los padres o personas 
encargadas del cuidado del niño. Los padres
que integran la audición y el lenguaje hablado en
actividades en el transcurso del día y que
respaldan eficazmente al niño pueden generar
un impacto positivo en la experiencia del niño y
el uso de los implantes.
• Características del niño. Factores como la 
inteligencia, la salud, la capacidad de
procesamiento, el estilo de aprendizaje, el
comportamiento, el desarrollo oral motor o
sensorial motor y el trastorno por déficit de
atención contribuyen a la cantidad y tipo de
tratamiento que necesita un niño con 
implantes cocleares.
30 • GUÍA PARA EDUCADORES
No existen normas establecidas para la cantidad y
el tipo de tratamiento necesario después de la
implantación coclear. En general, la (re)habilitación
auditiva es más intensiva en los primeros meses
luego de la activación del implante. El niño que ya
ha utilizado los implantes satisfactoriamente
durante un tiempo generalmente no necesita una
terapia tan intensiva como un niño que acaba de
recibir los implantes, a menos que existan factores
que representen complicaciones, como se analizó
en la sección anterior. Durante este período de
terapia auditiva dedicada, el niño desarrolla una
base auditiva sólida sobre la cual se construyen las
habilidades posteriores. A partir de esta base, el
niño con implantes adquiere confianza y desarrolla
la comunicación hablada, ya sea exclusivamente a
través de la audición, utilizando la audición y la
lectura labio facial, o empleando la audición, la
lectura labio facial y el lenguaje de señas para
comunicarse.
Es importante obtener retroalimentación de cada
integrante del equipo para la fijación de las metas a
largo y corto plazo. Los especialistas que trabajan
en forma individual con el niño que ha recibido 
un implante deben evaluar constantemente el 
nivel actual de funcionamiento del niño, las metas
inmediatas y prioritarias, la velocidad con que
evoluciona y las estrategias eficaces para ese niño
en particular. Este tipo de terapia diagnóstica
contribuirá a que el equipo determine la cantidad 
y el tipo de tratamiento necesario en cualquier
momento.
Necesidades terapéuticas de
niños con implantes cocleares 
Prepare al niño para obtener buenos resultados,
comenzando por la etapa actual de desarrollo
auditivo y capacidad comunicativa del niño, y
progresando a etapas más avanzadas. La jerarquía
del desarrollo auditivo que se basa en
percepciones auditivas adquiridas previamente es
típicamente predecible.Tenga en cuenta la edad
cronológica del niño y la cantidad de tiempo
transcurrido desde el implante. De ser posible, siga
las etapas típicas de desarrollo en todas las áreas
del desarrollo infantil.Trabaje con metas más
difíciles al principio de la sesión o el día y termine
con una actividad que le permita al niño sentir 
más confianza.
Si el niño no responde a la información auditiva
después de tres intentos, puede probar varias
estrategias, como:
• Facilitar la tarea y hacerla más familiar.
• Acercarse al micrófono del implante o usar el 
micrófono externo incluido en el paquete de 
accesorios.
• Presentar la información más despacio, sin 
exagerar el habla.
• Hacer pausas para que el niño pueda pensar.
• Dar una señal visual de comunicación mediante 
la lectura labio facial o el lenguaje de señas, por 
ejemplo. Presentar el modelo auditivo 
nuevamente luego de la señal visual para 
reforzar el mensaje auditivo.
• Utilizar materiales que ofrezcan motivación,
como juguetes o juegos.
• Fijar una cita para acudir al centro de implantes 
cocleares si sospecha que la falta de respuesta 
del niño está relacionada con el modo de 
programación o funcionamiento del implante.
GUÍA PARA EDUCADORES • 31
• Forneça uma indicação de comunicação visual,
como leitura labial ou linguagem de sinais.
Apresente novamente o modelo auditivo depois
da indicação visual para reforçar a mensagem
auditiva.
Estrategias para el maestro
• Aliente al niño a responder cada vez que 
oye su nombre.
• Diga el nombre del niño para llamar su 
atención antes de hablarle.
• Háblele directamente alniño, incluso si hay 
un intérprete presente en la clase.
• Entable conversaciones verbales complejas 
con el niño usando una voz natural.
Reconozca los intentos verbales del niño y 
amplíelos. Hable más claro, no más alto, y 
use palabras diferentes para un mismo 
concepto.
• Haga pausas y dele tiempo al niño para que 
procese la información auditiva.
• Señale al niño que tenga la palabra durante 
un trabajo en clase o diga su nombre, para 
que el niño que tiene implantes pueda 
volverse hacia el compañero que está 
hablando.
• Cuando otro niño de la clase haga un 
comentario, parafrasee, repita o narre lo que
está sucediendo.
• Actúe como ejemplo de la interacción 
verbal y social con compañeros, si es un área
difícil para el niño.
• Comunique a otros integrantes del equipo 
el contenido o los temas tratados en clase 
para que puedan ser integrados en sesiones 
individuales con el niño.
• Emplee el sistema FM o de campo sonoro 
según el plan educativo personalizado 
del niño.
• Cuando hable con el niño de cerca o 
cuando no use el sistema FM, dirija la voz al 
oído que tiene el implante. Si el niño tiene 
dos implantes, intente hablar hacia el oído 
que tenga menos dificultad.
• Mantenga el salón lo más silencioso posible,
cerrando puertas y ventanas, y reduciendo 
los ruidos que puedan distraer dentro del 
salón. El ruido proviene de objetos comunes,
como sacapuntas, peceras y ventiladores, y 
debe minimizarse lo más posible.
Es fundamental recordar que la audición es sólo un
aspecto del proceso de comunicación, de modo
que debe vincularla al lenguaje y al pensamiento
asociado. La audición, el habla, el lenguaje y el
conocimiento deben desarrollarse simultáneamente
y durante todo el día, en lugar de trabajar
exclusivamente con la audición, el habla o el
lenguaje en períodos de tiempo separados. En
síntesis, la audición no se desarrolla en forma
aislada de otras modalidades de comunicación.
La meta final de la (re)habilitación auditiva de un
niño con implantes cocleares es que la audición se
transforme en una forma de vida en la que el niño
tenga confianza en aprender el lenguaje y ampliar
sus conocimientos generales mediante la audición y
la interacción con el lenguaje hablado en la mayor
medida posible.
32 • GUÍA PARA EDUCADORES
Ambiente físico
Importancia de la acústica del salón
Resulta irónico que los salones de clase y otros espacios
educativos se encuentren entre las situaciones de escucha menos
convenientes para niños con pérdida de la audición. El ruido de
fondo proveniente de los sistemas de calefacción y ventilación, las
actividades en salones de clase y pasillos contiguos, e incluso el
ruido dentro del salón provocado por los propios niños (en
particular, el movimiento de sillas) se combinan para crear niveles
de ruido ambiental que generalmente alcanzan entre 40 y 50
decibeles o más. El hecho de que la mayoría de los salones de
clase tengan piso de baldosa con escasos materiales de aislamiento
acústico en las paredes y ventanas hace que estos espacios
resulten altamente reverberantes, exacerbando el problema de 
los ruidos.
Los sistemas de ayuda auditiva pueden ser útiles para superar una
mala acústica, pero incluso esta tecnología puede verse afectada
por niveles altos de ruido de fondo y reverberación en el salón. Si
el niño usa un sistema FM personal inalámbrico, como Microlink de
Phonak o Amigo de Oticon, la entrada de FM para el implante
coclear del niño está generalmente configurada para mezcla de
sonidos. La mezcla de sonido implica que el micrófono del niño
captará las voces de los compañeros y su propia voz, así como la
voz del maestro (a la que se le otorga “preferencia” en la
proporción de mezcla). Si el salón es ruidoso, los sonidos
ambientales (es decir, el ruido) harán que al niño con implante
coclear le resulte difícil oír las voces de sus compañeros, que no
son captadas por el sistema FM sino por el micrófono, y es posible
que se desborden y degraden la calidad de la señal FM. Asimismo,
las interacciones individualizadas con el niño o con un grupo
pequeño en el salón de clase suelen hacerse sin el sistema FM. Por
lo tanto, un ambiente ruidoso dificultará la participación del niño
en estas actividades de clase no tan formales.
• Ambiente físico
• Acústica del salón 
de clase
• Preparación o 
modificaciones del salón
• Descarga electrostática 
(ESD, por su sigla 
en inglés)
• Entorno social
• Sugerencias principales 
para hablarle a un niño 
con implante coclear
• Sugerencias para el niño 
• Sugerencias para 
los amigos 
CAPÍTULO 5
Preparación del salón de clase para 
un niño con implante coclear
GUÍA PARA EDUCADORES • 33
¿Cuáles son los componentes de la
acústica del salón?
Nivel de ruido ambiental. Se expresa en decibeles
y es el nivel de ruido de fondo en una habitación.
El ruido de fondo se mide en un salón vacío (sin
niños) manteniendo encendidos todos los sistemas
que generan ruido y que funcionan generalmente
durante el día de clase. Por ejemplo, la calefacción
o el aire acondicionado deben estar encendidos y
cualquier otro equipo que genere ruido debe estar
en funcionamiento. Si bien generalmente se acepta
que los niveles de ruido ambiental en los salones
no deben superar los 35 decibeles, los niveles
típicos son mucho mayores.
Nivel de presión sonora de la señal del habla.
A pesar de que hay muchos interlocutores en un
salón, el nivel de presión sonora de la señal del
habla se define generalmente como la voz del
maestro y se mide al nivel auricular del alumno. El
nivel de presión sonora se verá afectado
significativamente según si el maestro está usando
o no un sistema de amplificación. Una disposición
preferencial de los asientos ayudará a proporcionar
un nivel favorable, pero es difícil lograr un nivel de
presión sonora alto y uniforme sin un sistema FM.
Relación señal/ruido (SNR, por su sigla en inglés).
A pesar de su denominación, la relación señal/ruido
no es precisamente la relación, sino la diferencia
entre la señal del habla y el nivel de ruido
ambiental. Por lo tanto, si el nivel de presión sonora
de la señal del habla es de 60 decibeles y el nivel
de ruido ambiental es de 50 decibeles, la relación
señal/ruido sería 60 menos 50, es decir, 10. Los
niños que padecen pérdida de la audición 
necesitan una SNR de al menos 15 decibeles,
pero es común encontrar salones de clase con
relaciones señal/ruido negativas, es decir que el
nivel de ruidos ambientales es mayor que la voz
del maestro.
Reverberación. La reverberación se refiere al
grado al que el sonido rebota sobre las distintas
superficies dentro de una habitación (por ejemplo,
el techo, el suelo, las paredes, las ventanas),
provocando que lleguen al oído señales múltiples
provenientes de una misma fuente. La
reverberación se mide en segundos y se define
como el tiempo que le toma al sonido disminuir 60
decibeles. Si una habitación no tiene superficies
absorbentes, como alfombras en el piso, materiales
suaves en las paredes y revestimiento acústico en
el techo, es probable que tenga un grado de
reverberación mayor, lo que hace que la señal
sonora se extienda e impida que una persona con
pérdida auditiva pueda oír. Se recomienda que el
tiempo de reverberación en el salón de clase no
exceda de 0.6 segundos. El tamaño de un salón y
su configuración o forma también pueden afectar la
reverberación (en general los salones más
pequeños tienen grados menores de
reverberación, en comparación con los salones más
grandes). En ocasiones se pueden instalar paneles
acústicos para mejorar la reverberación en un
salón. Los salones provisorios, por ejemplo,
remolques, suelen tener niveles altos de
reverberación y en general no deben usarse para
niños que padecen pérdida de la audición.
34 • GUÍA PARA EDUCADORES
¿Cuál es la norma para la acústica en el
salón de clase?En 2002, el American National Standards Institute
(ANSI) aprobó una norma integral para la acústica
en los salones de clase que fue creada por un
grupo interdisciplinario que trabajó con la
Acoustical Society of America y el U.S. Access
Board. La norma se denomina ANSI S12.60-2002 
y está disponible en su totalidad (gratis) en Internet
en http://asastore.aip.org. Cubre tanto el ruido de
fondo (ruido ambiental) como la reverberación.
A continuación se muestran datos específicos 
de la norma:
¿Dónde puedo obtener más
información?
En Internet se puede encontrar gran cantidad de
información confiable. Los siguientes sitios web
tratan sobre la acústica en el salón de clase y son
especialmente útiles:
www.quietclassrooms.org/ada/ada.htm
www.access-board.gov/acoustic/index.htm
www.classroomacoustics.com
www.hearingloss.org
Sugerencias para mejorar la acústica en
el salón de clase
• Cierre la puerta del salón para evitar el ruido 
ambiental proveniente de las actividades 
del pasillo.
• Las superficies duras y reflectoras deben cubrirse
con materiales que absorban el sonido, como 
revestimiento acústico, tela, papel, alfombras o 
corcho. Las ventanas deben tener cortinas y los 
pisos deben estar alfombrados.
• Si no se dispone de alfombras, se pueden 
colocar almohadillas en las patas de las sillas para
reducir el ruido cuando se muevan.
• Emplee almohadillas de corcho o fieltro para 
reducir el ruido al abrir o cerrar las tapas de los 
escritorios.
• Los deflectores de sonido colocados en los 
ductos de aire reducen los ruidos molestos.
• Verifique que los altavoces del campo sonoro 
estén en una posición óptima.
• Haga sentar al niño en un lugar adecuado para 
facilitar su participación y una audición óptima 
en la clase.
Electricidad estática e implantes
cocleares
La electricidad estática es la acumulación de carga
eléctrica en una persona u objeto y es muy común
en muchos ambientes. Generalmente ocurre
cuando hay fricción entre dos materiales, por
ejemplo, cuando se frota la tela contra el plástico
cuando un niño se tira por un tobogán, o cuando
alguien se quita un abrigo confeccionado en
material sintético.
La electricidad estática se puede observar cuando
produce una descarga electrostática (ESD). Algunos
niveles de electricidad estática, cuando ocurre una
Salones de clase y espacios centrales de
enseñanza de 10,000 pies cúbicos
Salones de clase y espacios centrales de
enseñanza de 20,000 pies cúbicos
Espacios auxiliares 
Ruido de
fondo
Reverberación
máxima
35 dB
35 dB
40 dB
0.6 seg 
0.7 seg
GUÍA PARA EDUCADORES • 35
descarga, pueden dañar los aparatos electrónicos.
Dado que los implantes cocleares son aparatos
electrónicos, es importante comprender la relación
entre el implante y la electricidad estática.Todos los
sistemas electrónicos modernos, entre éstos, los
implantes cocleares Nucleus®, incorporan funciones
para proteger contra el daño que provoca la ESD.
Los últimos procesadores de sonido poseen una
mejor protección contra la ESD. A pesar de las
funciones actuales de protección, aún existe una
pequeña probabilidad de que la ESD interfiera con
el rendimiento del procesador de sonido del
implante coclear.
A continuación se dan algunos consejos que
pueden ayudar a minimizar la ESD en el entorno
del niño:
• Identifique las fuentes de electricidad estática en 
la clase, por ejemplo, alfombras, vestimenta,
felpudos, juguetes de plástico, pantallas de 
computadora y televisión, etc.
• Utilice humidificadores para reducir la posibilidad
de que la electricidad estática se acumule.
• Antes de manipular el equipo del implante 
coclear, toque otra superficie para descargar la 
electricidad estática acumulada.
• Asegúrese de que todos los cables del 
procesador de sonido del implante coclear 
estén colocados debajo de la ropa del niño.
• Emplee aerosol antiestático, hojas de suavizante 
de ropa para la secadora o un aerosol con 
suavizante de ropa y una solución acuosa sobre 
la ropa del niño y las alfombras.
• Utilice una pantalla antiestática sobre el monitor 
de la computadora y felpudos antiestáticos 
debajo de la silla, el teclado y el ratón de la 
computadora que usará el niño con 
implante coclear.
• Utilice tapetes contra la ESD en los lugares 
adecuados.
• Actualmente se venden en el mercado 
muñequeras antiestáticas que pueden ser 
eficaces para controlar la ESD. Estas muñequeras
conectan el niño a tierra mediante el uso de una
presilla de contacto. Las muñequeras antiestáticas
son relativamente baratas y se venden en tiendas
o se pueden adquirir de los fabricantes de 
componentes y piezas para computadoras.
Entorno social
Sugerencias principales para hablarle a
un niño con implante coclear
(Fuente: Marilyn W. Neault, Ph. D., Children’s Hospital, Boston, MA) 
1. Hable con inflexión natural, pero no demasiado
rápido. Reduzca un poco la velocidad del habla y
haga pausas oportunas. Emita una voz agradable,
sin gritar.
2. Empiece con algunas palabras que prepararán al
niño para escuchar, ya que es posible que el
niño no oiga las primeras palabras cuando usted
empiece a hablar. Por ejemplo, es probable que
la orden: “Niños, ahora guarden los juguetes”
funcione mejor que: “Guarden los juguetes”. Para
cuando el niño sintonice su voz, usted ya habrá
dicho algunas palabras.
3. Emplee señas visuales. Capte la atención del 
niño, hable, refuerce el concepto visualmente,
diga el mensaje con señas si fuera necesario y
dígalo nuevamente. Con esto, el niño tendrá una
segunda oportunidad de recibir el mensaje a
nivel auditivo una vez que su significado se haya
establecido claramente.
4. Esté atento a los ruidos de fondo próximos.
Intente hablar en un intervalo de silencio entre
sonidos de tos y ruidos. Si un ruido cercano e
inesperado o varios interlocutores sobrepasan 
su voz, repita lo que dijo o dígalo con otras
palabras de un modo natural. Haga sentar al niño
lejos de fuentes obvias de ruidos de fondo, como
una puerta que se abre con frecuencia, una
unidad de calefacción ruidosa, una pecera con
burbujas o niños charlando en un área de trabajo
del salón.
5. Si el salón es ruidoso, pídale al niño que lo mire
cuando usted hable, en especial, si no está
usando un sistema FM. Para facilitar la lectura
labio facial, mantenga las manos, libros u otros
elementos lejos de su cara cuando hable. No
exagere el movimiento de los labios.
6. Haga que el niño se siente cerca de usted, no al
final del grupo, durante actividades que
requieran que todo el grupo escuche. Si el niño
necesita escuchar a una persona cerca de él,
haga sentar a esa persona del lado en que se
encuentra el implante coclear. Disponga a los
niños en forma de círculo o semicírculo para los
intercambios de opiniones.
7. Permita al niño que exprese nuevamente las 
instrucciones que le dé antes de hacer una
tarea en forma individual. Asegúrese
discretamente de que el niño haya comprendido
las instrucciones escuchando cómo las reformula
u observando cuando comience la tarea. Evite 
preguntar : “¿Me oíste?” o: “¿Entendiste lo que
dije?”. Esta es una pregunta difícil de responder
ya que el niño no sabrá si oyó correctamente o
si no escuchó algo que se dijo.
8. Reformule la oración; no la repita con las 
mismas palabras. Si el niño no entiende lo que
usted dice la primera vez, dígalo una vez más en
forma diferente. Muéstrese complacido cuando
el niño le pida que aclare lo que dijo.
9. Repita o reformule las preguntas y comentarios 
que hace otro alumno. Cuando otro alumno
haga una pregunta o un comentario, repítalo o
reformúlelo al grupo antes de responder o pasar
al próximo alumno.
Señale los sonidos que causan distracción.
Ayude al niño a identificar y escuchar cualquier
ruido de fondo molesto, para que esté
preparado para hacer caso omiso del mismo.
Recuerde que un niño con

Continue navegando

Outros materiais