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Especializado para 
condutores de veículos 
de emergência
Educação presencial
ESPECIALIZADO 
PARA 
CONDUTORES 
DE VEÍCULOS DE 
EMERGÊNCIA
Diretoria Executiva Nacional
Assessoria de Desenvolvimento Pro� ssional
Educação Presencial
Especializado para Condutores de Veículos de Emergência
Material do aluno
Julho/2018
Fale conosco
0800.7282891
www.sestsenat.org.br
Especializado para condutores de veículos de emergência: 
material do aluno. – Brasília: SEST/SENAT, 2018. 
142 p. : il.
 1. Trânsito - legislação. 2. Primeiros socorros. 3. Acidente de 
trânsito. 4. Relações humanas. I. Serviço Social do Transporte. 
II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. 
CDU 656:614.882
5
ESPECIALIZADO PARA CONDUTORES DE
VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA
Módulo I - Legislação ...................................................................................................... 11
Unidade 1 - Legislação de Trânsito ................................................................................ 13
1 O Código de Trânsito Brasileiro ........................................................................................15
2 Atualização de Requisitos para a Matrícula no Curso Especializado ............................15
3 Categorias de Habilitação e Relação com Veículos Conduzidos ...................................15
4 Documentação Exigida para Condutor e Veículo ............................................................16
5 Sinalização Viária .................................................................................................................18
6 Infrações, Crimes de Trânsito e Penalidades ....................................................................18
7 Regras Gerais de Estacionamento, Parada, Conduta e Circulação .................................23
Resumindo ...............................................................................................................................25
Consolidando conteúdos .......................................................................................................25
Unidade 2 - Legislação Especí� ca para Veículos de Emergência .................................. 27
1 Os Principais Instrumentos Legais ....................................................................................29
2 As Características do Veículo de Transporte de Emergência .........................................30
3 Quais são os Equipamentos Obrigatórios do Veículo de Transporte de Emergência? 32
4 Requisitos do Condutor de Transporte de Emergência ..................................................34
5 A Necessária Inspeção do Veículo de Transporte de Emergência .................................35
6 O que fazer com as Multas por Infrações de Trânsito? ....................................................36
Resumindo ...............................................................................................................................37
Consolidando conteúdos .......................................................................................................37
Módulo II - Direção Defensiva ....................................................................................... 39
Unidade 1 - Direção Defensiva – Parte 1 ....................................................................... 41
1 Acidente Evitável ou Não Evitável ....................................................................................43
2 Entendendo as Condições Adversas ..................................................................................43
2.1 Condições Adversas de Luminosidade .........................................................................43
2.2 Condições Adversas de Tempo ou Clima ......................................................................44
2.3 Condições Adversas da Via .............................................................................................46
2.4 Condições Adversas do Tráfego ......................................................................................46
6
2.5 Condições Adversas do Veículo ......................................................................................46
2.6 Condições Adversas da Carga .........................................................................................47
2.7 Condições Adversas do Motorista ..................................................................................47
3 As Relações Existentes entre o Fator Humano e os Acidentes de trânsito ....................48
4 Como Ultrapassar e Ser Ultrapassado ...............................................................................48
5 O Acidente de Difícil Identi� cação da Causa ...................................................................49
Resumindo ...............................................................................................................................49
Consolidando conteúdos .......................................................................................................50
Unidade 2 - Direção Defensiva – Parte 2 ....................................................................... 51
1 Como Evitar Acidentes com Outros Veículos ..................................................................53
1.1 Como Evitar Colisão com o Veículo de Trás .................................................................54
1.2 Como Evitar Colisão Frontal ...........................................................................................55
1.3 Como Evitar Colisão nos Cruzamentos .........................................................................56
2 Como Evitar Acidentes com Pedestres e Outros Integrantes do Trânsito ...................57
2.1 Colisões na Marcha à Ré ..................................................................................................58
2.2 Atropelamentos .................................................................................................................58
2.3 Colisões com Objetos Fixos .............................................................................................58
2.4 Colisões com Bicicleta ......................................................................................................59
2.5 Colisões com Motocicletas e Congêneres ......................................................................59
2.6 Colisões com Animais ......................................................................................................60
3 A Importância de Ver e Ser Visto .......................................................................................60
Resumindo ...............................................................................................................................61
Consolidando conteúdos .......................................................................................................61
Unidade 3 - Direção Defensiva – Parte 3 ....................................................................... 63
1 A Importância do Comportamento Seguro na Condução de Veículos 
Especializados .........................................................................................................................65
1.1 Os Cinco Elementos da Direção Defensiva ...................................................................66
2 Comportamento Seguro e Comportamento de Risco – Diferença que Pode 
Poupar Vidas ..........................................................................................................................68
3 Estado Físico e Mental do Condutor .................................................................................70
3.1 Fadiga e Sono ..................................................................................................................70
7
3.2 Álcool .................................................................................................................................703.3 Drogas e Medicamentos ...................................................................................................71
3.4 Aspectos Psíquicos ...........................................................................................................71
Resumindo ...............................................................................................................................71
Consolidando conteúdos .......................................................................................................72
Módulo III - Noções de Primeiros Socorros, Respeito ao Meio Ambiente e
Convívio Social ............................................................................................................... 73
Unidade 1 - Noções de Primeiros Socorros .................................................................. 75
1 Os Primeiros Socorros .......................................................................................................77
2 As Primeiras Providências ..................................................................................................77
3 Veri� cação das Condições Gerais da Vítima de Acidente de Trânsito ..........................78
3.1 Vítima Inconsciente ..........................................................................................................78
3.2 Veri� cando as Condições Gerais da Vítima ..................................................................79
4 Cuidados com a Vítima ou Enfermo .................................................................................80
4.1 Cuidados na Movimentação da Vítima e o Transporte de Emergência ......................80
4.2 Procedimentos em Caso de Queimaduras em Geral ....................................................82
4.3 Procedimentos em Caso de Parada Cardiorrespiratória ..............................................83
4.4 Procedimentos em Casos de Ferimento com Hemorragia ..........................................85
Resumindo ...............................................................................................................................86
Consolidando conteúdos .......................................................................................................87
Unidade 2 - Respeito ao Meio Ambiente e Convívio Social .......................................... 89
1 Respeito ao Meio Ambiente ................................................................................................91
1.1 O Veículo como Agente Poluidor do Meio Ambiente ..................................................91
1.2 Regulamentação do CONAMA sobre Poluição Ambiental causada por Veículos ....92
1.3 Poluição: Conceito, Causas e Consequências ................................................................93
1.4 A Manutenção Preventiva do Veículo ...........................................................................94
2 O Convívio Social ...............................................................................................................95
2.1 O Indivíduo, o Grupo e a Sociedade ...............................................................................96
2.2 Relacionamento Interpessoal ..........................................................................................96
2.3 O Indivíduo como Cidadão .............................................................................................97
8
2.4 A Responsabilidade Civil e Criminal do Condutor e o CTB .......................................97
Resumindo ...............................................................................................................................98
Consolidando conteúdos .......................................................................................................98
Módulo IV - Relacionamento Interpessoal .................................................................. 101
Unidade 1 - Relacionamento Interpessoal – Parte 1 ................................................... 103
1 Aspectos do Comportamento e de Segurança na Condução de Veículos 
de Emergência .......................................................................................................................105
2 Comportamento Solidário no Trânsito ...........................................................................107
3 Responsabilidade do Condutor em relação aos demais Atores do Processo 
de Circulação .........................................................................................................................108
Resumindo .............................................................................................................................110
Consolidando conteúdos .....................................................................................................110
Unidade 2 - Relacionamento Interpessoal – Parte 2 ................................................... 113
1 Respeito às Normas estabelecidas para Segurança no Trânsito ....................................115
2 Papel dos Agentes de Fiscalização de Trânsito ...............................................................116
Resumindo .............................................................................................................................118
Consolidando conteúdos .....................................................................................................119
Unidade 3 - Relacionamento Interpessoal – Parte 3 ................................................... 121
1 Atendimento aos Diversos Tipos de Usuário ................................................................123
2 Características dos Usuários de Veículos de Emergência .............................................125
3 Cuidados Especiais na Condução de Veículos de Emergência .....................................126
Resumindo .............................................................................................................................128
Consolidando conteúdos .....................................................................................................129
Referências .................................................................................................................... 130
9
Comprometido com o desenvolvimento do transporte no País, o SEST SENAT oferece um 
programa educacional que contribui para a valorização cidadã, o desenvolvimento pro� ssional, 
a qualidade de vida e a empregabilidade do trabalhador do transporte, por meio da oferta de 
diversos cursos que são desenvolvidos nas Unidades Operacionais do SEST SENAT em todo 
o Brasil.
Sempre atento às inovações e demandas por uma educação pro� ssional de qualidade, o SEST 
SENAT reestruturou todo o portfólio de materiais didáticos e de apoio aos cursos presenciais 
da instituição, adequando-os às diferentes metodologias e aos tipos de cursos, alinhando-os 
aos avanços tecnológicos do setor, às tendências do mercado de trabalho, às perspectivas da 
sociedade e à legislação vigente.
Esperamos, assim, que este material, que foi desenvolvido com alto padrão de qualidade 
pedagógica, necessário ao desenvolvimento do seu conhecimento, seja um facilitador do 
processo de ensino e aprendizagem.
Bons estudos! 
10
APRESENTAÇÃO
Desejamos-lhe boas-vindas ao Especializado para condutores de veículos de emergência! 
Vamos trabalhar juntos para desenvolver novos conhecimentos e aprofundar as competências 
que você já possui!
Este curso é destinado aos condutores interessados em atuar no transporte de enfermos 
e vítimas de acidentes de trânsito, independente do veículo utilizado e da categoria de sua 
Carteira Nacional de Habilitação – CNH categorias “A”, “B”, “C”, “D” ou “E”. Outros requisitos 
necessários são:
• Ser maior de 21 anos;
• Não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, cassação da carteira 
nacional de habilitação – CNH, pena decorrente de crime de trânsito, bem como não 
estar impedidojudicialmente de exercer seus direitos.
O objetivo geral do curso é proporcionar condições para que o condutor de veículos de 
emergência conduza o veículo com segurança e responsabilidade.
O curso foi desenvolvido em quatro módulos, cujos temas e carga horária seguem criteriosamente 
o estabelecido na Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004, e na Resolução nº 285, de 
29 de julho de 2008, ambas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Os módulos são: 
Legislação de Trânsito; Direção Defensiva; Noções de Primeiros Socorros, Respeito ao Meio 
Ambiente e Convívio Social; Relacionamento Interpessoal.
Os módulos do Especializado para condutores de veículos de emergência estão divididos em 
unidades para facilitar o aprendizado. Nesse sentido, esperamos que este Curso seja muito 
proveitoso para você!
No início de cada unidade, você será informado sobre o conteúdo a ser abordado e os objetivos 
que se pretende alcançar. 
Nosso intuito maior é o de lhe apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-lo a 
resolver os problemas encontrados no seu dia a dia de trabalho.
Bom trabalho!
MÓDULO I
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
UNIDADE 01
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
O Código de Trânsito Brasileiro
UNIDADE 01 - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
O QUE VOCÊ
SABE SOBRE 
O TEMA
Quais as categorias de habilitação e sua relação com os veículos conduzidos? Qual a 
documentação exigida do condutor e do veículo? Quais as principais infrações, crimes de 
trânsito e penalidades?
O pro� ssional de transporte de emergência sofre uma carga adicional de estresse muito 
maior do que a de um condutor comum no trânsito, pois muitas vezes precisa agir com 
grande presteza e determinação e, ao mesmo tempo, manter a calma e a prudência. Isso 
exige, além do per� l adequado, que ele receba formação e treinamento de excelente 
qualidade.
Nesta primeira unidade, apresentaremos o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), 
abordando: atualização de requisitos para matrícula no curso especializado, categorias 
de habilitação, documentação exigida do condutor e do veículo, sinalização viária, 
infrações, crimes de trânsito e penalidades, regras de estacionamento, parada, conduta 
e circulação.
15
1 O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO
De acordo com Gomes (2015) e Pazetti (2015), o Brasil possui um conjunto de leis que regem 
e disciplinam o trânsito nas vias terrestres. A principal delas é a Lei nº 9.503/1997, que institui 
o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Além do CTB, existem a legislação complementar, as 
Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), as Portarias do Departamento 
Nacional de Trânsito (DENATRAN) e outras regulamentações estaduais e municipais. 
2 ATUALIZAÇÃO DE REQUISITOS PARA A MATRÍCULA 
NO CURSO ESPECIALIZADO 
De acordo com a Resolução CONTRAN no 455/2013, que alterou dispositivos das 
Resoluções CONTRAN nos 168/2004 e 285/2008, foi retirada a exigência ao candidato do 
Curso Especializado sobre “não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser 
reincidente em infrações médias durante os últimos 12 (doze) meses”. Com isso, os requisitos 
atuais são os seguintes:
• ser maior de 21 anos;
• estar habilitado em uma das categorias “B”, “C”, “D” e “E”;
• não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, de cassação da Carteira 
Nacional de Habilitação (CNH), pena decorrente de crime de trânsito, bem como não 
estar impedido judicialmente de exercer seus direitos.
3 CATEGORIAS DE HABILITAÇÃO E RELAÇÃO COM 
VEÍCULOS CONDUZIDOS
Quanto às categorias de CNH e autorizações (CTB, Anexos I e II da Resolução CONTRAN 
no 168/2004), elas podem ser:
16
• autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC): habilita o condutor a conduzir 
ciclomotores até 50 (cinquenta) cilindradas;
• categoria A: quali� ca a conduzir veículos automotores de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, 
com ou sem carro lateral;
• categoria B: quali� ca a conduzir veículos automotores com ou sem reboque, com 
peso bruto total (PBT) de até 3.500 kg e lotação máxima de 8 (oito) lugares, fora o do 
condutor;
D
IC
A
S Consoante a Lei no 13.097/2015, o trator de roda e as máquinas agrícolas 
podem ser conduzidos em via pública também por condutor habilitado 
na categoria B.
• categoria C: permite dirigir todos os veículos da categoria B e tratores, máquinas 
agrícolas e veículos de carga com mais de 3.500 kg de PBT, com ou sem reboque, desde 
que o reboque tenha menos de 6.000 kg de PBT;
• categoria D: permite dirigir todos os veículos das categorias B e C e veículos de 
passageiros com lotação maior que 8 (oito) lugares;
• categoria E: quali� ca conduzir todos os veículos das categorias B, C e D, trailers e 
veículos que rebocam unidades com mais de 6.000 kg de PBT ou com lotação superior a 
8 (oito) passageiros. 
Há, ainda, as denominadas especializações dentro das categorias de 
CNH, quais sejam: transporte coletivo de passageiros, transporte 
de escolares, transporte de emergência, transporte de produtos 
perigosos, transporte de carga indivisível, mototáxi e motofrete.
LEMBRE-SE
4 DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA PARA CONDUTOR E 
VEÍCULO
Em relação à documentação do condutor, este deve portar, obrigatoriamente, o documento 
original de habilitação correspondente à categoria do veículo que estiver conduzindo, dentro 
do prazo de validade (CTB, art. 159). Os documentos que identi� cam o condutor são os 
seguintes:
17
• permissão para Dirigir (PPD): documento válido por 1 (um) ano;
• autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC): dentro do prazo de validade;
• carteira Nacional de Habilitação (CNH): a atual CNH contém foto e os números dos 
principais documentos do condutor, prestando como documento de identi� cação no 
território nacional;
• documento de Identi� cação: obrigatório para condutores portadores de CNH sem foto.
• o atual modelo da CNH traz o número do Registro 
Nacional dos Condutores Habilitados (RENACH) (CTB, 
Anexo I) — que é estabelecido no início do processo de 
habilitação – e usado para atendimento ou autuação do 
condutor em qualquer Unidade da Federação;
• a Lei no 13.103/2015 – conhecida como a Lei dos 
Motoristas Pro� ssionais – acrescentou o art. 148-A na Lei 
no 9.503/1997 (CTB), estabelecendo que os condutores 
das categorias C, D e E deverão submeter-se a exames 
toxicológicos para a habilitação e renovação da Carteira 
Nacional de Habilitação.
Em relação à documentação dos veículos, o pro� ssional deve estar atento aos seguintes 
documentos:
• certi� cado de Registro do Veículo (CRV) (CTB, art. 121): é o documento de porte 
não obrigatório — que deve ser mantido em local seguro – e serve para transferir de 
propriedade, alterar o endereço do proprietário ou alterar as características do veículo;
No CRV constam as características de 
identi� cação do veículo. As mais importantes 
são: o número do Registro Nacional de 
Veículos Automotores (RENAVAM), placa 
e número do chassi. Também, é possível 
observar: número do motor, cor, marca, 
modelo, categoria, capacidade, nome e 
endereço do proprietário, placa do veículo.
• certi� cado de Registro e Licenciamento 
do Veículo (CRLV): documento de porte 
obrigatório, em que constam, além dos 
dados do veículo, informações sobre o 
pagamento do IPVA, do Seguro Obrigatório 
(DPVAT) e ano em exercício;
18
• seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres: é 
o seguro obrigatório que deve ser pago anualmente por todos os proprietários de veículos 
automotores. Serve para indenizar as vítimas de acidentes de trânsito envolvendo veículos 
automotores em caso de morte (R$ 13.500,00), invalidez permanente (até R$ 13.500,00) 
e reembolso de despesas médicas e hospitalares (até R$ 2.700,00).
5 SINALIZAÇÃO VIÁRIA
A sinalização viária é composta de (CTB, art. 87):
• sinalização vertical (placas);
•sinalização horizontal (faixas, marcas, símbolos e legendas);
• dispositivos de sinalização auxiliar (cones, sonorizadores, tapumes, marcadores);
• luminosos (semáforos);
• sonoros (apitos);
• gestos do agente de trânsito e do condutor.
A sinalização tem a seguinte ordem de prevalência:
• as ordens dadas pelos agentes de trânsito prevalecem 
sobre as normas de circulação e outros sinais;
• as indicações dos semáforos têm preferência sobre os 
demais sinais; 
• as indicações dos sinais prevalecem sobre as demais 
normas de trânsito.
LEMBRE-SE
6 INFRAÇÕES, CRIMES DE TRÂNSITO E PENALIDADES
Infração de trânsito é qualquer 
desobediência às leis e normas 
contidas no CTB, resoluções e 
portarias.
Para que você tenha uma ideia das sanções impostas aos 
infratores e aplicadas pelo DETRAN, Prefeituras, Polícias 
Rodoviárias e outros órgãos com jurisdição sobre a via, 
atente ao rol a seguir:
19
• advertências por escrito: têm � nalidade educativa, no caso de infração leve ou média, 
infratores não reincidentes e com boa conduta;
• multas: impostas à maior parte das infrações, com anotação de pontos no prontuário 
do infrator e são proporcionais à gravidade da infração;
• suspensão do direito de dirigir: adotada em certos crimes e infrações, ou quando for 
excedido o número máximo admissível de pontos no prontuário;
• retenção do veículo: prevê a retenção do veículo até a apresentação de condutor 
habilitado;
• cassação da CNH: cancelamento de� nitivo do documento de habilitação, obrigando 
o infrator a reiniciar o processo de habilitação;
• cassação de Permissão para Dirigir (PPD): sujeita o infrator a reiniciar o processo de 
habilitação; 
• curso de Reciclagem: é obrigatório ao infrator com direito de dirigir suspenso, ou 
que tenha provocado acidente grave, ou ainda, que tenha sido condenado por delito de 
trânsito.
20
D
IC
A
S
Além das sanções descritas, há determinadas medidas administrativas 
que podem ser impostas pelo agente de trânsito no local da infração, 
em função da ocorrência: retenção do veículo, remoção do veículo, 
recolhimento do documento de habilitação (CNH ou PPD), recolhimento 
do Certi� cado de Registro, recolhimento do Certi� cado de Licenciamento 
Anual, transbordo do excesso de carga, teste de alcoolemia ou perícia, 
realização de exames e recolhimento de animais soltos nas vias.
No que tange às multas por infrações de trânsito, elas dependem da gravidade da ocorrência 
e podem ser de acordo com a Tabela 1. Note que algumas das infrações gravíssimas têm o 
valor da multa multiplicado por 2, 3, 5, 10 20 ou 60, uma vez que a vida foi colocada em risco 
extremo, conforme determina a Lei 13.281, de 4 de maio de 2016.:
Tabela 1: Gravidade e valores de multas
Gravidade Pontos Valores (R$)
Leve 3 88,38
Média 4 130,16
Grave 5 195,23
Gravíssima 7 293,47
Fonte: Brasil (1997)
A Lei no 13.154/2015 estabelece que condutores das 
categorias C, D ou E que estejam exercendo atividade 
remunerada em veículo, deverão fazer um curso de 
reciclagem sempre que, no período de um ano, atingirem 
quatorze pontos pela regulamentação do CONTRAN. 
Por essa Lei, o empregador tem o direito de conferir a 
pontuação da habilitação do motorista profi ssional.
A referida Lei também tornou infração gravíssima transitar 
pela faixa exclusiva de ônibus. Além da multa pesada e do 
veículo sujeito à apreensão, o motorista é penalizado com 
sete pontos na CNH. Assista à reportagem sobre o assunto:
http://g1.globo.com/minas-gerais/videos/v/cresce-
numero-de-multas-por-transitar-na-faixa-exclusiva-
de-onibus-em-belo-horizonte/3809493/
SAIBA
21
As infrações que estabelecem a suspensão do direito de dirigir do condutor ou do proprietário 
do veículo são as elencadas:
• dirigir sob a in� uência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa (CTB, 
art. 165 e Resolução CONTRAN no 432/2013 – “Lei Seca”);
• ameaçar a segurança de pedestres ou outros veículos (CTB, art. 170);
• disputar corrida por espírito de competição ou rivalidade (CTB, art. 173);
• promover ou participar de competição não autorizada, racha, exibição ou 
demonstração de perícia (CTB, art. 174);
• praticar manobras perigosas, arrancadas, derrapagens ou frenagens (CTB, art. 175);
• no caso de acidente:
Deixar de sinalizar, afastar o perigo, identi� car-se, prestar informações ou 
acatar determinações da autoridade (CTB, art. 176).
• deixar de prestar ou providenciar socorro à vítima ou abandonar o local (CTB, art. 
176);
• transpor bloqueio policial (CTB, art. 210);
• dirigir com velocidade superior à máxima permitida em até 50% em qualquer via 
(CTB, art. 218).
A cassação do documento de habilitação é prevista nos seguintes casos (CTB, art. 263):
• estando com o direito de dirigir suspenso, caso o condutor seja � agrado conduzindo 
qualquer veículo que exija habilitação;
• caso o condutor reincida, no prazo de 12 (doze) meses, nas infrações previstas no 
CTB: art. 162, inc. III, e nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175;
• quando o condutor for condenado, judicialmente, por delito de trânsito;
• se for comprovada irregularidade na expedição da sua habilitação, a qualquer tempo.
Os crimes de trânsito estão previstos no Capítulo 19 do CTB, no Código Penal, no Código 
Processual Penal e na Lei no 9.009/1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e 
Criminais e dá outras providências.
Quais são os principais crimes de trânsito previstos no CTB?
22
D
IC
A
S
São os principais crimes de trânsito previstos no CTB:
• praticar homicídio culposo, não intencional (CTB, art. 302);
• praticar lesões corporais culposas, não intencionais (CTB, art. 
303);
• deixar de prestar socorro imediato, ou abandonar o local, para 
fugir da responsabilidade civil ou criminal (CTB, arts. 304 e 305);
• dirigir sob in� uência de álcool ou de substâncias psicoativas de 
efeitos similares (CTB, art. 306);
• participar de rachas ou competições não autorizadas (CTB, art. 
308);
• transitar com velocidade incompatível com a segurança e as 
condições locais (CTB, art. 311).
Também, existem os crimes dolosos, que são mais graves e preveem penalidades e penas mais 
severas.
Crimes dolosos, de acordo com 
o Código Penal, são aqueles em 
que o condutor teve a intenção 
ou a ciência de que seus atos 
poderiam ter consequências 
prejudiciais.
São exemplos de crimes de trânsito dolosos:
• dirigir ou permitir que alguém dirija: sem ser 
habilitado; com a habilitação suspensa ou cassada; 
embriagado ou sem condições físicas e mentais de 
dirigir com segurança (CTB, arts. 309 e 310);
• prestar informações errôneas a policiais ou agentes 
de trânsito sobre qualquer aspecto de uma ocorrência 
(CTB, art. 312).
No que tange às penalidades e penas, levando-se em conta a gravidade, as circunstâncias e a 
interpretação do ato criminoso consoante o Código Penal ou o CTB, temos:
• suspensão da habilitação ou permissão, ou a proibição de obter a habilitação ou 
permissão por um prazo de 2 (dois) meses a 5 (cinco) anos (CTB, art. 293);
• a violação da suspensão ou proibição:
23
A violação da suspensão ou proibição imposta sujeita o infrator à 
reaplicação da penalidade por igual período e multa, bem como à 
pena de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção (CTB, art. 307).
• as penas de detenção podem variar de 6 (seis) meses a 10 (dez) anos;
• além das penas e penalidades, o infrator pode ser condenado a reparar danos causados 
ao patrimônio público ou a terceiros, além de multa.
7 REGRAS GERAIS DE ESTACIONAMENTO, PARADA, 
CONDUTA E CIRCULAÇÃO
Os princípios gerais das regras de circulação e conduta aos usuários das vias terrestres foram 
assim estabelecidos (CTB, art. 26):
• abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de 
veículos, de pessoasou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou 
privadas;
• abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou 
abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo. 
As principais normas para circulação e conduta de veículos nas vias terrestres são as seguintes 
(CTB, arts. 29 e 48):
• a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente 
sinalizadas;
• o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os 
demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista;
• terá preferência de passagem:
a. no caso de apenas um � uxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando 
por ela;
b. no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
c. nos demais casos, o que vier pela direita do condutor.
• quando houver várias faixas na pista, as da direita são destinadas ao deslocamento 
24
dos veículos mais lentos, e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento 
dos veículos de maior velocidade;
• o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, somente poderá 
ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento;
• os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, tais como os veículos de 
emergência, quando em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento 
no local da prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados, devendo estar 
identi� cados;
• nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos:
No que tange à velocidade máxima permitida para a via, esta será indicada por meio de 
sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito. Onde não existir 
sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será conforme mostrada na Tabela 3.
Tabela 3: Velocidades máximas nas vias
 Vias urbanas Rodovias Estradas
30 km/h nas vias locais
40 km/h nas vias coletoras
60 km/h nas vias arteriais
80 km/h nas vias de trânsito rápido
a) rodovias de pista dupla:
110 km/h para automóveis, 
camionetas e motocicletas
90 km/h para ônibus e micro-ônibus;
b) rodovias de pista simples:
100km/h para 
automóveis,caminhonetas e 
motocicletas;
90 km/h para os demais veículos
c) Nas estradas:
60 km/h 
60 km/h
Fonte: (CTB, art. 61)
• o veículo deverá ser posicionado no sentido do � uxo, 
paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da 
calçada (meio-� o), admitidas as exceções devidamente 
sinalizadas.
LEMBRE-SE
25
RESUMINDO
Acompanhar a evolução da legislação de trânsito permite ao condutor de veículo de 
emergência estar sempre atualizado, sabendo quais são seus deveres e direitos e evitando 
muitos problemas durante o exercício de sua atividade pro� ssional.
Se você for motorista pro� ssional empregado, � que atento aos pontos acumulados na 
CNH. Isso demonstra o tipo de zelo que está tendo na condução — o seu empregador 
pode ter acesso aos dados.
Reforçando um dos princípios fundamentais das regras de condução: abster-se de todo 
ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou 
de animais, e ainda, causar danos a propriedades públicas ou privadas.
1. O atual modelo da CNH não traz o número do Registro Nacional 
dos Condutores Habilitados (RENACH), o qual é estabelecido no 
início do processo de habilitação e usado para atendimento ou 
autuação do condutor em qualquer Unidade da Federação.
( ) Certo ( ) Errado
2. Sobre a ordem de prevalência na sinalização de trânsito, assinale 
a alternativa correta:
( ) As ordens dadas pelos agentes de trânsito prevalecem sobre as 
normas de circulação e outros sinais.
( ) As indicações dos semáforos têm preferência sobre os demais 
sinais.
( ) As indicações dos sinais prevalecem sobre as demais normas 
de trânsito.
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
3. A violação da suspensão ou proibição imposta do direito de 
dirigir sujeita o infrator à reaplicação da penalidade por igual 
período e multa, bem como à pena de 6 (seis) meses a 1 (um) ano 
de retenção.
( ) Certo ( ) Errado
26
4. Com relação às sanções que podem ser impostas aos infratores 
da legislação de trânsito, assinale a alternativa errada:
( ) As advertências por escrito têm � nalidade educativa, e são 
aplicadas no caso de infração leve ou média a infratores não 
reincidentes e com boa conduta.
( ) As multas são impostas à maior parte das infrações, com 
anotação de pontos no prontuário do infrator, e são proporcionais 
à gravidade da infração.
( ) A suspensão do direito de dirigir é adotada em certos crimes e 
infrações, ou quando for excedido o número máximo admissível 
de pontos no prontuário.
( ) A apreensão do veículo prevê o recolhimento em depósito do 
órgão responsável, e o infrator não necessita arcar com os ônus 
para a retirada.
UNIDADE 02
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA PARA VEÍCULOS DE
1 Os Principais Instrumentos Legais
2 As Características do Veículo de Transporte de 
Emergência
3 Quais são os Equipamentos Obrigatórios do 
Veículo de Transporte de Emergência?
4 Requisitos do Condutor de Transporte de Emergência
5 A Necessária Inspeção do Veículo de Transporte de 
Emergência
6 O que fazer com as Multas por Infrações de 
Trânsito?
EMERGÊNCIA
UNIDADE 02 - LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA 
PARA VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA
O QUE VOCÊ
SABE SOBRE 
O TEMA
Quais os instrumentos legais e normas que regem o transporte de emergência? Quais as 
características do veículo de transporte de emergência? Quais são os requisitos do condutor? 
A inspeção do veículo é necessária?
Um dos diferenciais dos condutores no mercado é o seu grau de conhecimento sobre a 
legislação especí� ca da atividade. Isso evita muitos aborrecimentos não somente para 
ele, como para o seu contratante e todos os demais agentes envolvidos no atendimento 
emergencial.
Nesta unidade, abordaremos os principais instrumentos legais relacionados ao 
transporte de emergência, as características do veículo de transporte de emergência, os 
equipamentos obrigatórios, requisitos do condutor, a necessária inspeção do veículo, e 
o que fazer com as multas por infrações de trânsito.
29
1 OS PRINCIPAIS INSTRUMENTOS LEGAIS
Os principais instrumentos legais relacionados ao transporte de emergência são os abaixo 
relacionados:
• resoluções CONTRAN: estabelecem requisitos de matrícula e conteúdo programático 
para o curso especializado em condução de veículos de emergência;
• norma ABNT 14.561:2000: especí� ca a veículos para atendimento a emergências 
médicas e resgate;
• resolução CFM no 1.671/2003: dispõe sobre a regulamentação do atendimento pré-
hospitalar e dá outras providências;
D
IC
A
S
O serviço de atendimento pré-hospitalar pode ser constituído por uma ou 
mais unidades de atendimento, dependendo da população a ser atendida, 
mantendo-se uma relação mínima de uma ambulância para cada cem 
mil habitantes. Por unidade, entenda-se uma ambulância dotada de 
equipamentos, materiais e medicamentos, guarnecida por uma equipe de 
pelo menos dois pro� ssionais, além do condutor, treinados para oferecer 
suporte básico de vida sob supervisão e condições de funcionamento pré-
hospitalar.
• portaria ANVISA no 2.048/2002: aprova o Regulamento Técnico dos Sistemas 
Estaduais de Urgência e Emergência;
• portaria ANVISA no 2.657/2004: estabelece as atribuições das centrais de regulação 
médica de urgências e o dimensionamento técnico para a estruturação e operacionalização 
das Centrais SAMU – 192;
• resolução RDC no 50/2002 da ANVISA: aprova o Regulamento Técnico destinado 
ao planejamento, programação, elaboração, avaliação e aprovação de projetos físicos de 
estabelecimentos assistenciais de saúde (incluindoáreas para ambulância);
• resolução RDC no 306/2004 da ANVISA: dispõe sobre o Regulamento Técnico para 
o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde;
• resolução CONAMA no 358/2005: dispõe sobre o tratamento e a disposição � nal dos 
resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.
30
No que tange às Resoluções CONTRAN, aquelas de no 455/2013 e 285/2008 — que alteraram 
a Resolução CONTRAN no 168/2004 – estabelecem, entre outras, as normas gerais de cursos 
e treinamentos para os condutores de veículos de emergência. 
De acordo com as aludidas Resoluções do CONTRAN, ao � nal do Curso, o condutor deverá 
ser capaz de:
• conduzir os veículos de transporte de emergência de acordo com as técnicas 
aprendidas, com respeito à legislação de trânsito e execução das manobras necessárias 
para o rápido e seguro transporte de pacientes e da equipe de atendentes;
• ter atitude e agir prontamente em situações de imprevisto ou de ocorrências eventuais;
• � car desperto em relação ao que ocorre dentro e fora do veículo de laboro;
• colocar em prática as obrigações, procedimentos e hábitos de um condutor consciente 
– tanto em relação às pessoas transportadas quanto aos veículos; 
• identi� car os principais equipamentos de um veículo de emergências, bem como 
suas características e funções.
2 AS CARACTERÍSTICAS DO VEÍCULO DE 
TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA
Para Fiandi (2013), embora a ambulância e as UTIs móveis sejam os veículos mais 
representativos desse tipo de transporte, há outros que também são incluídos nesse grupo, tais 
como os veículos o� ciais da polícia e dos bombeiros militares.
31
As ambulâncias constituem um tipo de veículo de emergência e são veículos destinados, 
exclusivamente, ao transporte de enfermos, feridos e acidentados. As características físicas e 
operacionais dos veículos de emergência devem obedecer à NBR 14.561:2000, da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Quanto à classi� cação das ambulâncias utilizadas no transporte terrestre, estas podem ser:
• tipo A (Ambulância de Transporte): são os veículos destinados ao transporte, em 
posição deitada, de pacientes que não apresentem risco de morte, para remoções simples 
e de caráter eletivo. Sua tripulação mínima: um motorista;
• tipo B (Ambulância de Suporte Básico): são os veículos destinados ao transporte entre 
hospitais de paciente com risco de morte conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de 
pacientes com risco de morte desconhecido, que não necessite de intervenção médica 
no local ou durante o transporte. Sua tripulação mínima: motorista com treinamento em 
atendimento pré-hospitalar (APH);
• tipo C (Ambulância de Resgate): são os veículos de atendimento de urgências pré-
hospitalares de pacientes vítimas de acidentes ou pacientes em locais de difícil acesso, 
com equipamentos de salvamento. Sua tripulação mínima: dois pro� ssionais com 
treinamento em APH e resgate e motorista com treinamento em APH;
• tipo D (Ambulância de Suporte Avançado – ASA ou UTIs móveis): são os veículos 
destinados ao transporte de pacientes de alto risco, de emergências pré-hospitalares e 
transporte entre hospitais. Devem contar com os equipamentos médicos necessários para 
tais funções. Sua tripulação mínima: médico, enfermeira e motorista com treinamento 
em APH.
• tipo E (Ambulância de Suporte Avançado): São veículos destinados ao transporte 
primário receba suporte 
intensivo de vida durante o 
transporte; equipamentos e 
materiais para atendimento 
a emergências no local assim 
como durante o transporte; 
radiocomunicação de duas 
vias; e, quando necessário, 
equipamento para resgate leve 
(NBR 14.561:2000).
De forma geral, o veículo para atendimento a 
emergências médicas e resgate é aquele que incorpora: um 
compartimento para motorista, um compartimento para 
paciente que acomode um socorrista (médico, paramédico, 
enfermeiro ou técnico em emergências médicas) e dois 
pacientes em maca (um paciente localizado na maca 
primária e um paciente secundário em maca dobrável 
localizada sobre o assento da tripulação), posicionados de 
forma que o paciente 
32
de pacientes de alto risco de emergência, são aeronaves de transporte médico, de asa 
� xa ou rotativa utilizada para transporte interhospitalar de pacientes e aeronaves de asa 
rotativa para ações de resgate. Os equipamentos para esses veículos são homologados 
pelo Departamento de Aviação Civil- DAC. A equipe mínima deverá ser composta 
por piloto, um médico, e um enfermeiro. Para atendimento em casos de salvamento, é 
indispensável a presença de um pro� ssional capacitado para tal.
• tipo F (Embarcações de Transporte Médico): veículo motorizado aquaviário, 
destinado ao transporte por via marítma ou � uvial. Deve possuir os equipamentos 
médicos necessários ao atendimento conforme sua gravidade; A equipe médica deve ser 
minimamente composta pelo condutor e por um técnico em enfermagem, em casos de 
atendimento básico, e um médico e enfermeiro, em casos de suporte avançado de vida;
Há, também, as motolâncias, as quais se inserem em um contexto no qual se busca a excelência 
do atendimento, pois seu tempo de resposta é menor. É uma solução para locomoção mesmo 
em condições de tráfego ruim nas grandes cidades e também para o difícil acesso em áreas 
remotas.
3 QUAIS SÃO OS EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS 
DO VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA?
De acordo com Fiandi (2013), as ambulâncias devem estar equipadas, no mínimo, com:
• sinalizadores óticos e acústicos;
• extintores de pó químico seco conforme o exigido para o tipo de veículo, � tas e cones 
de sinalização para isolamento;
• equipamentos de radiocomunicação � xos (obrigatório para ambulâncias em que se 
realiza o APH);
• macas com rodas;
• suportes para soro e oxigênio medicinal;
• maletas de emergência contendo: estetoscópio adulto, luvas descartáveis, esparadrapo, 
es� gmomanômetro adulto e infantil e pacote de gaze estéril.
33
Dependendo do tipo de ambulância, outros equipamentos deverão estar disponíveis.
As sirenes podem ser de dois tipos:
• sirene elétrica (eletromecânica): dispositivo de advertência sonora que produz o 
som através de um motor elétrico que aciona um disco giratório perfurado. Somente 
é produzido um tipo de advertência sonora, porém, o nível pode ser variado de acordo 
com a velocidade do motor;
• sirene eletrônica: dispositivo de advertência sonora que produz o som eletronicamente 
por meio de ampli� cadores e alto-falantes eletromagnéticos. Vários tipos de sons podem 
ser produzidos, tais como: contínuos, intermitentes ou simulação de buzinas a ar.
3.1 Equipamento de Comunicação
De acordo com a NBR 14561:2000, o veículo de resgate deve estar con� gurado para o uso de 
rádios, móveis e portáteis, intercomunicadores, alto-falantes, sirene eletrônica e sistema de 
telemetria. Esses sistemas devem ser instalados de acordo com as necessidades especí� cas e 
estar prontos para o uso. 
Os equipamentos de comunicação devem atender às normas aplicáveis pela Agência Nacional 
de Telecomunicações (ANATEL) e as que forem requeridas localmente para radiocomunicação 
de emergência.
Cada tipo de serviço de emergência disponibilizado por instituições públicas ou privadas 
possuem seus procedimentos para regulação dos serviços e, de forma geral, contam com uma 
Central de Operação.
34
Nas comunicações de emergência, os pro� ssionais utilizam uma linguagem especí� ca de 
comunicação, formada pelos códigos do “Q” e do “J”, que tem como objetivo facilitar, agilizar e 
restringir a comunicação. A linguagem utilizada com a Central de Operação deve ser adequada 
e ágil, utilizando códigos para maior e� ciência e sigilo na troca de informações entre a Central 
e equipes móveis.
Veja, por meio do link abaixo, os principais códigos 
do “Q” e do “J” utilizados nos serviços de emergência:https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_
Internacional_Q
SAIBA
4 REQUISITOS DO CONDUTOR DE TRANSPORTE DE 
EMERGÊNCIA
Para Fiandi (2013), no cotidiano do exercício de sua atividade pro� ssional, o condutor de 
veículos de emergência está envolto em situações de elevado nível de estresse, que exigem a 
aplicação da inteligência emocional.
Além disso, o mercado de trabalho estabelece alguns requisitos para o condutor:
• quali� cação: diz respeito ao conhecimento especí� co que habilita o condutor para 
a função, adquirido por meio de cursos e treinamentos e amadurecido pela prática e 
experiência;
• conduta pro� ssional: está relacionada aos padrões pessoais de atitude e que 
in� uenciam no desempenho das funções. 
Uma conduta pro� ssional do motorista de veículos de emergência 
requer: pontualidade, boa imagem pessoal, obediência às normas e 
orientações, e respeito aos colegas e pacientes.
• conhecimento: representa o domínio do que é necessário para o exercício pro� ssional, 
tais como o conhecimento do veículo e de seus equipamentos, das leis de trânsito e 
transporte, e dos procedimentos de rotina e emergenciais;
35
• aptidão: tem relação com as qualidades pessoais, tais como as características físicas e 
psicológicas, que ajudam no desempenho de uma função. Por exemplo, um condutor de 
veículo de emergência deve ser possuidor de boa resistência física, equilíbrio emocional, 
destreza no volante, e ser responsável;
• habilidade: signi� ca a forma de executar, com maestria, uma tarefa.
Saber dirigir é uma aptidão, contudo, conduzir de forma cuidadosa 
o veículo, sem envolver-se em acidentes, é uma habilidade!
Você sabe o que signi� ca a Estrela da Vida? A Estrela da Vida, em sua cor azul, é uma estrela 
de seis pontas reconhecida como símbolo da Emergência Médica e é usada em ambulâncias e 
uniformes.
Veja mais detalhes acerca da Estrela da Vida e as 
regras para a sua utlização no link: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estrela_da_Vida
SAIBA
5 A NECESSÁRIA INSPEÇÃO DO VEÍCULO DE 
TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 
Consoante a Academia Americana de Cirurgiões Ortopedistas (AAOS, 2013), Fiandi (2013) 
e Malagutti (2012), o condutor de veículo de emergência é responsável pela realização de 
inspeção preventiva, incluindo o funcionamento dos itens obrigatórios, toda vez que assumir 
o seu turno de trabalho.
Normalmente, o resultado da inspeção pode ser consolidado em uma � cha de inspeção 
contendo a placa da ambulância, o nome do motorista, a quilometragem, a data, o horário e as 
não conformidades encontradas, para que sejam sanadas pela área de manutenção antes que o 
próximo motorista assuma a direção do veículo.
36
D
IC
A
S
É importante que o condutor anote todas as ocorrências e anormalidades 
encontradas no veículo, e as comunique, formalmente, ao responsável 
pela área de manutenção. Esse procedimento comprova que houve o 
cuidado necessário para evitar qualquer tipo de acidente em que a vítima 
poderia ser o motorista do próximo turno, o paciente, a equipe médica e 
até mesmo você próprio, caso não se realizassem os reparos!
São elementos de veri� cação obrigatória pelo condutor:
• funcionamento da sirene e das luzes de emergência;
• funcionamento dos faróis, do pisca alerta, da luz de ré e de freio;
• nível de combustível;
• nível de óleo do motor, do sistema de frenagem, da direção hidráulica e do sistema 
de transmissão;
• níveis do reservatório de água do sistema de arrefecimento e do limpador do para-
brisas;
• condições das mangueiras de combustível, de óleo e de água;
• condições das correias do motor;
• funcionamento das palhetas do limpador do para-brisas;
• condições dos � ltros de ar da admissão e de óleo do motor;
• condições dos pneus e sua calibragem;
• condições dos cintos de segurança, freio de mão e espelhos retrovisores; 
• condições dos extintores da cabine e do compartimento do paciente.
Além disso, esteja atento aos requisitos gerais para os veículos de transporte de emergência:
• os veículos devem ser mantidos em bom estado de conservação e em condições de 
operação, inclusive seus itens obrigatórios;
• os sinalizadores sonoros e luminosos somente devem ser empregados durante os 
atendimentos de emergência ou transporte de pacientes;
• as macas devem possuir sistemas de � xação ao veículo e cintos de segurança em 
condições de uso.
37
6 O QUE FAZER COM AS MULTAS POR INFRAÇÕES 
DE TRÂNSITO?
Quando ocorrerem infrações de trânsito no transporte de emergência, é importante que o 
condutor perceba duas situações possíveis:
• quando o veículo está registrado no nome de pessoa física: as multas são emitidas em 
nome do proprietário e os pontos são registrados em sua CNH, salvo se apresentar os 
dados do condutor responsável pela infração dentro do prazo requisitado;
• quando o veículo está registrado no nome de pessoa jurídica: cabe à empresa indicar 
os condutores que cometeram a infração, sendo os pontos lançados em suas respectivas 
CNHs.
A empresa é responsável pelo pagamento das multas, estando a 
seu critério cobrá-las ou não de seus motoristas. 
RESUMINDO
As ambulâncias constituem um tipo de veículo de emergência e são veículos destinados, 
exclusivamente, ao transporte de enfermos, feridos e acidentados. As características 
físicas e operacionais dos veículos de emergência devem obedecer à NBR 14.561:2000.
Uma conduta pro� ssional do motorista de veículos de emergência requer: pontualidade, 
boa imagem pessoal, obediência às normas, e orientações e respeito aos colegas e 
pacientes.
Lembre-se que é importante que o condutor anote todas as ocorrências e anormalidades 
encontradas no veículo, e as comunique, formalmente, ao responsável pela área de 
manutenção.
Veja, no link abaixo, a agilidade e rapidez no 
atendimento emergencial. Acompanhe a rotina do 
SAMU e debata com seus colegas sobre a importância 
do papel do condutor do veículo de emergência:
https://www.youtube.com/watch?v=AozWzxzSeVo 
SAIBA
38
1. O resultado da inspeção do veículo de emergência pode ser 
consolidado em uma � cha de inspeção contendo a placa da 
ambulância, o nome do motorista, a quilometragem, a data, o 
horário e as não conformidades encontradas para que sejam 
sanadas pela área de manutenção antes que o próximo motorista 
assuma a direção do veículo.
( ) Certo ( ) Errado
2. São os veículos destinados ao transporte, em posição deitada, 
de pacientes que não apresentem risco de morte, para remoções 
simples e de caráter eletivo. Sua tripulação mínima requer um 
motorista. Está-se falando de qual tipo de ambulância?
( ) Tipo A (Ambulância de Transporte)
( ) Tipo B (Ambulância de Suporte Básico)
( ) Tipo C (Ambulância de Resgate)
( ) Tipo D (Ambulância de Suporte Avançado – ASA ou UTIs 
móveis)
3. A empresa é responsável pelo pagamento das multas, não 
estando a seu critério cobrá-las ou não de seus motoristas.
( ) Certo ( ) Errado
4. Constituem requisitos que o mercado de trabalho estabelece 
para o condutor de veículos de emergência:
( ) Quali� cação
( ) Conduta pro� ssional
( ) Conhecimento
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
MÓDULO II
DIREÇÃO DEFENSIVA 
UNIDADE 01
DIREÇÃO DEFENSIVA – PARTE 1
1 Acidente Evitável ou Não Evitável
2 Entendendo as Condições Adversas
3 As Relações Existentes entre o Fator Humano e os 
Acidentes de trânsito
4 Como Ultrapassar e Ser Ultrapassado
5 O Acidente de Difícil Identifi cação da Causa
UNIDADE 01 - DIREÇÃO DEFENSIVA – PARTE 1
O QUE VOCÊ
SABE SOBRE 
O TEMA
Será que todo acidente é evitável? Como o condutor de veículo de emergência deve agir nas 
situações adversas? Existe relação entre o fator humano e os acidentes de trânsito? Como o 
condutor deve ultrapassar e ser ultrapassado?
Para que o condutor de veículode emergência possa agir de forma segura e correta 
durante o exercício pro� ssional de sua atividade, deve estar preparado para lidar com 
as mais variadas situações cotidianas, desde aquelas que dizem respeito a si próprio, até 
àquelas referentes às condições da via. 
Nesta unidade, abordaremos o acidente evitável ou não evitável, as condições adversas 
de luminosidade, tempo, via, tráfego, veículo e motorista, as relações existentes entre o 
fator humano e os acidentes de trânsito, como ultrapassar e ser ultrapassado, e o acidente 
de difícil identi� cação da causa.
43
1 ACIDENTE EVITÁVEL OU NÃO EVITÁVEL
Para Cardo (2015) e Andrade (2012), dirigir de forma segura inclui habilidade em controlar o 
veículo, de maneira que não haja envolvimento em acidentes, apesar das ações incorretas dos 
outros usuários da via e das di� culdades advindas das condições adversas de luminosidade, 
tempo, trânsito, veículo, via, condutor e pacientes socorridos.
Daí se pergunta: todo acidente é evitável? Em regra, sim, porque sempre haveria algo que 
poderia ter sido feito para evitá-lo, se alguém tivesse usado a razão e o bom senso.
Um acidente é evitável por um, pelo outro, por ambos ou até por 
terceiros, que podem, de algum modo, estar envolvidos nas causas 
do acidente.
Exemplo: um mecânico que não aperta devidamente os parafusos 
da roda e esta se solta, provocando um acidente.
Existem outras pessoas e entidades que têm o dever de auxiliar na prevenção de acidentes. 
Mas o principal responsável por se evitar o acidente é o motorista.
2 ENTENDENDO AS CONDIÇÕES ADVERSAS
As condições adversas são 
as situações causadoras de 
acidentes, que podem ocorrer 
a qualquer momento, e para 
as quais o motorista deve estar 
preparado para reconhecer e 
saber superá-las.
Tais situações podem ser geradas pelos elementos descritos 
a seguir.
2.1 Condições Adversas de Luminosidade
Para Denatran (2016) e Cardo (2015), a luminosidade de� ciente ou em excesso afeta a nossa 
capacidade de ver ou de sermos vistos, seja ela natural ou arti� cial. Se o motorista não tiver 
condições de ver ou de ser visto perfeitamente, há um risco muito grande de ocorrerem acidentes. 
44
Pode haver ofuscamento da visão causado pelo farol alto de um veículo que vem em sentido 
contrário ou pela luz solar incidindo diretamente nos olhos do condutor. 
Quando estiver conduzindo em rodovias, opte por deslocar-se com o farol baixo aceso, assim 
você contribui para que os outros motoristas possam identi� cá-lo com facilidade.
Tome cuidado com o uso indevido dos faróis. A vista humana 
pode levar até 7 segundos para se recuperar de um ofuscamento. 
Um veículo a uma velocidade de 80 km/h percorre uma distância 
superior ao tamanho de um campo de futebol antes que seu 
condutor recupere a visão plena. Em geral, o alcance do farol alto 
de seu veículo é de, aproximadamente, 120 metros.
LEMBRE-SE
No período noturno, ocorre uma redução da visibilidade e, em função disso, o motorista 
deve conduzir com velocidade menor e aumentar a distância de segurança. É importante 
tomar cuidados especiais ao dirigir nos períodos noturnos, pois a visibilidade humana nessas 
circunstâncias � ca reduzida para 1/6 da capacidade que tem durante o dia.
2.2 Condições Adversas de Tempo ou Clima
Para o DENATRAN (2016) e Cardo (2015), a ocorrência de chuva, granizo, vento forte e 
neblina afetam a percepção e o controle do veículo e grande parte dos acidentes ocorre em 
dias chuvosos. Isso acontece porque, com a chuva, a pista � ca escorregadia. 
45
Por isso, ao dirigir com pista molhada ou em dias chuvosos — independentemente da 
quantidade de água na pista — diminua a velocidade, aumente a distância de outros veículos, 
não utilize o freio, nem tampouco mude de direção bruscamente.
D
IC
A
S
Com a pista molhada, pode ocorrer o que se chama de aquaplanagem 
ou hidroplanagem, que consiste na perda de controle do veículo em 
decorrência da diminuição do atrito e da aderência dos pneus ao solo. A 
falta de contato dos pneus com a pista faz com que o veículo derrape e o 
condutor perca seu controle, podendo causar um acidente. 
Além das condições de chuva, os condutores podem enfrentar situações de ventos fortes. Se 
os ventos forem transversais, o condutor deverá abrir os vidros e reduzir a velocidade e se os 
ventos forem frontais, deverá reduzir a velocidade, segurando com � rmeza o volante.
Assista à reportagem que trata das condições 
adversas devido ao tempo e veja quais os melhores 
procedimentos indicados: https://www.youtube.
com/watch?v=8O1Gqrf6vw8 
SAIBA
Durante o inverno, as estradas podem ser invadidas por neblina, o que exige dos condutores 
mais atenção. Analise as sugestões que visam reduzir o risco de acidentes nessa condição 
adversa:
• acenda os faróis (luz baixa), mesmo durante o dia, caso não disponha de faróis de 
neblina;
• reduza a velocidade, mantendo ritmo constante, sem acelerações ou reduções bruscas.
• redobre a atenção;
• não use luz alta;
• nunca trafegue com o pisca-alerta ligado, exceto em caso de emergência ou se a via 
assim o permitir;
• caso se faça necessário parar no acostamento, aí sim, deve ligar o pisca- alerta;
• evite ultrapassagens.
46
2.3 Condições Adversas da Via
As condições adversas da via estão relacionadas com a construção e conservação das vias. Curvas, 
largura da pista, condições da pista e acostamento, tipo de pavimento, buracos, desníveis e falta 
de sinalização são algumas adversidades próprias da pista, muito frequentes no país.
2.4 Condições Adversas do Tráfego
As condições adversas do tráfego associam-se às situações que levam aos congestionamentos 
ou trânsito lento, sendo provocadas, normalmente, pelo excesso de veículos circulando em 
determinadas vias. 
Além disso, o trânsito rápido é muito perigoso, pois a maioria dos motoristas ignora a 
distância de segurança. Ocorrendo alguma adversidade, podem não parar o veículo a tempo, 
provocando colisões ou mesmo “engavetamentos”.
Em regiões agrícolas, cuidado com a presença de máquinas 
agrícolas e bicicletas circulando sobre a pista de rolamento.
LEMBRE-SE
2.5 Condições Adversas do Veículo
As condições adversas do veículo estão relacionadas a pneus gastos ou mal calibrados, freios 
desregulados, suspensão desalinhada, direção com folga, sinaleiras e faróis com defeitos, 
espelhos mal regulados e/ou sujos, desajustados, vazamento de � uidos e falta de revisão.
47
2.6 Condições Adversas da Carga
A carga pode se tornar uma condição adversa toda vez que qualquer um dos seguintes cuidados 
necessários não forem observados:
• limite máximo de peso;
• altura;
• largura.
Fatores que tornam a carga uma condição 
adversa: com distribuição inadequada 
nos eixos do veículo; sem amarras, traves 
de proteção ou calços; sem identi� cação 
de conteúdo e manuseio; sem a utilização 
de Rótulos de Segurança, caso necessário; 
inadequadamente acondicionada; com altura 
excessiva.
2.7 Condições Adversas do Motorista
As condições físicas e mentais do motorista são um fator importante para que ele próprio 
não seja a adversidade. O sono, o cansaço, a embriaguez, os estados emocionais e psíquicos, 
isto é, as falhas humanas, têm sido as causas da grande maioria dos acidentes — realidade 
comprovada por estudos.
Embora o motorista seja considerado uma condição adversa 
passível de mudança, é no entanto, a mais difícil de modi� car. 
A� nal, ninguém admite que dirige mal ou que está favorecendo a 
ocorrência de acidentes. Ser motorista defensivo é uma questão de 
atitude e as atitudes somente são modi� cadas quando existe, além 
da vontade, uma motivação intensa.
48
3 AS RELAÇÕES EXISTENTES ENTRE O FATOR 
HUMANO E OS ACIDENTES DE TRÂNSITO
Você já parou para re� etir no quanto seu trabalho exige equilíbrio emocional?Essa exigência 
está muito acima do que se espera de um motorista comum. 
Motoristas que dirigem por longas distâncias estão sujeitos a extenuante cargas de trabalho, 
aos desgastes emocionais produzidos pelas adversidades nos ambientes de serviço e ao pouco 
ou nenhum contato com os colegas. Ainda, os trabalhadores de transporte de cargas são 
obrigados a conviver com os riscos dos assaltos, dos roubos de cargas, e da imprudência no 
trânsito – o que os leva ao estresse (GRISTEC, 2016; FUNENSEG, 2016).
Estresse ou stress (em inglês) 
é o conjunto de reações 
do organismo a agressões 
de ordem física, psíquica, 
infecciosa e outras, capazes de 
perturbar o equilíbrio do corpo. 
Algumas dicas que o motorista pode aplicar no dia a dia, 
mudando seu estilo de vida, e que podem evitar o estresse:
• alimente-se de maneira saudável, evitando longos 
períodos sem se nutrir;
• não faça uso de tranquilizantes e medicamentos 
sem orientação médica;
• evite o fumo, café e bebidas alcoólicas;
• mantenha atividade física periódica, com orientação pro� ssional;
• programe seus descansos e tire férias anuais;
• não abandone atividades de lazer e momentos com sua família;
• durma o su� ciente para seu descanso;
• procure conhecer seu organismo, não ultrapassando os limites.
4 COMO ULTRAPASSAR E SER ULTRAPASSADO
As situações de ultrapassagem são sempre situações de risco, principalmente quando você é 
obrigado a dirigir na contramão para realizar a ultrapassagem. Nesse caso, sempre há risco de 
ocorrer colisão frontal.
Quando a situação envolver ultrapassagem, tome as seguintes atitudes:
• ultrapasse somente nos locais em que a sinalização horizontal permita essa manobra;
• se você estiver sendo ultrapassado, colabore;
49
A situação de risco está com o outro, mas, você também está 
envolvido. Reduza a velocidade, se necessário, para facilitar a 
manobra do outro motorista.
• se você for ultrapassar, calcule bem a distância e o tempo que vai utilizar para a 
manobra. Considere, ainda, a velocidade do veículo que vem no sentido contrário;
• Ver o Capítulo III do CTB no Artigo 29, sobre o trânsito nas vias terrestres.
5 O ACIDENTE DE DIFÍCIL IDENTIFICAÇÃO DA 
CAUSA
As principais causas deste tipo de colisão estão relacionadas 
com as condições adversas, tais como: luz, tempo, via, 
trânsito, veículo e motorista.
É preciso ter sempre em mente que, para cada condição 
adversa, existe uma ou mais defesas, mas, por não saber 
usá-las, o motorista pode se envolver em uma colisão 
dessa natureza. 
A maioria dos motoristas envolvidos não sabe a causa 
(quando esta for, por exemplo, um defeito mecânico), não quer dizer a causa (quando 
for constrangedor para o motorista, como por exemplo, ter dormido ao volante ou estar 
embriagado) ou ainda, não pode dizer a causa (porque morreram).
RESUMINDO
Existem diversas pessoas e entidades que têm o dever de auxiliar na prevenção de 
acidentes. Contudo, o principal responsável por evitar o acidente é o próprio motorista.
A direção defensiva combina atitudes corretas e muito planejamento, tudo isso a � m de 
prever as condições adversas que podem ocorrer durante a operação de atendimento 
emergencial.
Investir nos cuidados consigo mesmo, tais como alimentação saudável, prática de 
exercícios físicos e convivência familiar, é um dos melhores caminhos para evitar o 
estresse dessa pro� ssão.
O acidente de difícil 
identi� cação da causa – 
também denominado de 
colisão misteriosa — é o 
acidente de trânsito que 
envolve apenas um veículo.
50
1. As condições adversas são as situações causadoras de acidentes 
que ocorrem em momentos previamente determinados, e para as 
quais o condutor de veículo de emergência deve estar preparado 
para reconhecer e saber superar.
( ) Certo ( ) Errado
2. São condições adversas da via, exceto:
( ) Presença de buracos
( ) Falta de sinalização
( ) Existência de desníveis
( ) Ausência de equipamentos obrigatórios na ambulância
3. Quando o motorista for ultrapassar, deve calcular bem a distância 
e o tempo que utilizará para a manobra. Deve considerar, ainda, a 
velocidade do veículo que vem no sentido contrário.
( ) Certo ( ) Errado
4. Para evitar o estresse, o condutor de veículo de emergência deve:
( ) Alimentar-se de maneira saudável, evitando longos períodos 
sem se nutrir.
( ) Não fazer uso de tranquilizantes e medicamentos sem 
orientação médica.
( ) Evitar o fumo, café e bebidas alcoólicas.
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
UNIDADE 02
DIREÇÃO DEFENSIVA – PARTE 2
1 Como Evitar Acidentes com Outros Veículos
2 Como Evitar Acidentes com Pedestres e Outros 
Integrantes do Trânsito 
3 A Importância de Ver e Ser Visto
UNIDADE 02 - DIREÇÃO DEFENSIVA – PARTE 2
O QUE VOCÊ
SABE SOBRE 
O TEMA
Que importância têm as distâncias de frenagem e os tempos de reação para o condutor de 
veículo de emergência? Quais os principais procedimentos indicados para evitar diversos 
tipos de colisão? A� nal, por que o condutor deve ver e ser visto no ambiente de trânsito?
Para o condutor de veículo de emergência, as suas ações no trânsito sempre devem 
ser previamente pensadas e calculadas. É por isso que existem conceitos, tais como as 
distâncias de frenagem e os tempos de reação. Além disso, não basta que uma manobra 
esteja correta; também, é preciso que os outros motoristas saibam que manobra irá 
executar.
 Nesta Unidade, abordaremos como evitar acidentes com outros veículos, com pedestres 
e outros integrantes do trânsito e a importância de ver e ser visto nesse ambiente.
53
1 COMO EVITAR ACIDENTES COM OUTROS VEÍCULOS
De acordo com o Denatran (2016) e Detran/SP (2016), um veículo, quando está em movimento, 
necessita de tempo e distância para poder parar, por menor que seja a velocidade.
Com isso, o condutor deve estar inteirado sobre o que é tempo de reação, de frenagem, de 
parada e a distância de seguimento, entre outros conceitos.
• tempo de reação é o tempo que o motorista gasta para reagir frente a um perigo;
• tempo de frenagem é o tempo que é gasto desde o acionamento do mecanismo de 
freio, até a parada total do veículo;
• tempo de parada é o tempo gasto desde que o perigo é visto até a parada total do 
veículo;
• distância de reação é aquela percorrida pelo veículo desde que o motorista vê o perigo 
até tomar uma atitude;
• distância de frenagem é a distância que o veículo percorre depois que o mecanismo 
do freio é acionado até a parada total do veículo;
• distância de parada é aquela percorrida pelo veículo desde que o perigo é visto até 
sua parada total;
• distância de seguimento é a distância entre o veículo que você está dirigindo e o que 
segue a sua frente, de forma que possa parar, mesmo em uma emergência, sem colidir 
com a traseira do outro.
54
Para que você possa ter ideia da importância de conhecer e respeitar essas distâncias, um 
veículo trafegando a 50 km/h pode parar em 45 metros. No entanto, se ele estiver a 70 km/h, 
ele precisará de 70 metros para parar.
Ao trafegar atrás de outro veículo, é preciso manter distância para evitar uma colisão, caso ele 
freie bruscamente. Uma boa distância permite que você tenha tempo de reagir e acionar os 
freios diante de uma situação de emergência e haja tempo, também, para que o veículo, uma 
vez freado, pare antes de colidir.
A colisão com o veículo que vai à frente, normalmente, acontece quando o motorista não 
mantém a distância de segurança, ou está desatento nas paradas onde existe um carro à frente. 
Para que este tipo de colisão não ocorra, o motorista deve:
• concentrar sua atenção no que está ocorrendo no trânsito;
• observar os sinais do motorista da frente;
• olhar além do veículo à sua frente, a � m de perceber possíveis situações que possam 
forçá-lo a agir;• manter os vidros limpos e desimpedidos de objetos que diminuam o campo de visão;
• manter a distância de segurança;
• evitar as frenagens bruscas.
D
IC
A
S
Pise no freio aos poucos, de modo que o veículo não derrape ou pare 
bruscamente.
1.1 Como Evitar Colisão com o Veículo de Trás
A colisão com o veículo de trás pode levar à fratura do pescoço ou mesmo um deslocamento 
de coluna, dentre outros problemas. Para evitar acidentes com veículos que vêm atrás, siga 
alguns princípios de direção defensiva:
• saiba exatamente o que fazer no trânsito;
• sinalize suas intenções;
• pare suave e gradativamente;
• livre-se dos veículos que estão colados na traseira de seu veículo.
55
Para se livrar dos veículos que estão colados na traseira de seu 
veículo, facilite a ultrapassagem!
LEMBRE-SE
1.2 Como Evitar Colisão Frontal
A colisão frontal é o mais grave dos acidentes de trânsito e, muitas vezes, os ocupantes não 
conseguem sobreviver. Na sequência, são analisadas duas situações em que poderão ocorrer 
casos de colisão frontal e quais são os procedimentos para evitá-los.
Nas retas:
• não ultrapasse a velocidade máxima permitida;
• mantenha-se sempre na sua mão de direção;
• somente ultrapasse outro veículo se houver visibilidade su� ciente;
• � que atento:
Pedestres e ciclistas podem entrar, repentinamente, na pista!
LEMBRE-SE
Nas curvas:
• perceba a curva sempre com antecedência;
• veri� que o tipo de curva:
D
IC
A
S
Quanto mais fechada a curva, menor deverá ser a velocidade do seu 
veículo!
56
• freie antes de entrar na curva e não apenas quando já estiver dentro da curva.
A reunião de vários fatores — tais como velocidade, tipo de pavimento, ângulo da curva 
e condições dos pneus — podem provocar a saída de um veículo da sua mão de direção, 
empurrando-o para a contramão ou para o acostamento. 
A força responsável por este perigoso 
deslocamento chama-se força centrífuga. 
Em curvas para a direita, a força 
centrífuga empurra o veículo para 
a esquerda, no sentido da faixa de 
contramão. Ao fazer uma curva para a 
esquerda, a força centrífuga o empurra 
para a direita, no sentido do acostamento.
1.3 Como Evitar Colisão nos Cruzamentos
A colisão nos cruzamentos acontece, normalmente, nas mudanças de direção, para a direita 
ou para a esquerda, devido à disputa pela preferência, excesso de velocidade ou até por falta 
de habilidade.
O respeito pela preferência, a velocidade compatível e a cortesia 
são os melhores mecanismos de defesa para se evitar tais acidentes.
Com isso, esteja atento aos seguintes pontos para se evitar colisão nos cruzamentos:
• saiba exatamente para onde seguir;
• reduza a velocidade;
• respeite a preferência de quem transita por via superior, ou que já esteja transitando 
nas rotatórias;
• sinalize suas intenções;
• siga sempre com cuidado.
57
Nos centros urbanos, os cruzamentos são locais de pouca 
visibilidade. O motorista que pratica a direção defensiva abre 
mão da sua preferência em benefício da segurança, porque sabe 
exatamente o que está fazendo no trânsito e quais os riscos que 
corre.
Um procedimento defensivo é entrar no cruzamento com o pé direito preparado para acionar 
o pedal do freio. Assim, a reação do motorista é imediata em uma situação de emergência.
2 COMO EVITAR ACIDENTES COM PEDESTRES E 
OUTROS INTEGRANTES DO TRÂNSITO 
Os motoristas precisam estar especialmente atentos para evitar os acidentes nos seguintes 
casos:
• colisões na marcha à ré;
• atropelamentos;
• colisões com objetos � xos;
• colisões com bicicletas;
• colisões com motocicletas;
• colisões com animais.
58
2.1 Colisões na Marcha à Ré
Em uma manobra em marcha à ré, a visão do condutor é limitada. Por isso, deve-se prestar 
muita atenção para evitar acidentes. Observe esses procedimentos:
• certi� que-se de que não há nada atrás do veículo antes de iniciar a manobra;
• nas esquinas:
D
IC
A
S
Não dê marcha à ré em esquinas!
2.2 Atropelamentos
Como o comportamento dos pedestres não se pode prever, a melhor forma de se evitar 
atropelamentos é ser cuidadoso ao volante e dar sempre o direito de preferência a quem está 
a pé.
Determinadas pessoas têm comportamentos imprevisíveis, não 
conhecem os perigos do trânsito, não estão em condições de 
superá-los ou mesmo de avaliá-los. É o caso, por exemplo, de 
crianças, de pessoas idosas ou de pessoas com de� ciências, dentre 
outros.
LEMBRE-SE
Além disso, há locais que exigem atenção redobrada dos motoristas. Por exemplo,
estatísticas mostram que muitos atropelamentos ocorrem em pontos de parada de ônibus. 
Esse fato mostra que, ao passar por esses locais, os motoristas precisam manter um cuidado 
maior ainda.
2.3 Colisões com Objetos Fixos
A colisão com objetos � xos pode ocorrer nas ruas (colisão com árvores, postes) ou mesmo nas 
garagens, inclusive de empresas de transporte.
Nas ruas, principalmente, esses acidentes podem ter consequências 
graves aos ocupantes dos veículos e sempre trazem danos ao 
patrimônio. Para evitá-los, vale a recomendação básica: dirija 
cuidadosamente, não ultrapassando os limites de velocidades e 
mantendo as práticas de direção defensiva.
59
2.4 Colisões com Bicicleta
A bicicleta é um veículo de propulsão humana e, dessa maneira, tem direito de trânsito como 
qualquer outro veículo. No entanto, muitos motoristas parecem ignorar os ciclistas, chegando 
a atrapalhar a circulação das bicicletas ou a colocá-las em situações de risco de acidente.
Alguns cuidados e observações em relação aos ciclistas no trânsito:
• a maioria dos ciclistas são menores, por isso nem sempre eles têm conhecimento de 
regras de trânsito;
• mantenha uma distância lateral de 1,5 metros;
• cuidado ao abrir as portas do veículo quando estiver estacionado ou parado;
• muitos ciclistas não usam os dispositivos re� etivos previstos em lei, o que di� culta 
visualizá-los à noite;
• a bicicleta é um veículo silencioso:
Ao fazer uma curva, principalmente à direita, veja se não vem 
alguma bicicleta.
LEMBRE-SE
2.5 Colisões com Motocicletas e Congêneres
Principalmente nas cidades, os motociclistas, ciclistas, carroceiros e esqueitistas dividem o 
trânsito com os demais usuários. Ao mesmo tempo em que devem ter seu espaço respeitado, 
esses usuários, pelas suas características, exigem muita atenção dos demais condutores.
Muitas vezes, os motociclistas se utilizam de manobras arriscadas, trafegando em
meio a carros, ônibus e caminhões, sem maiores cuidados com a segurança. Por isso, sempre 
que vir uma moto, em sentido contrário ou no mesmo sentido, redobre a atenção:
• mantenha uma distância segura;
• cuidado nas conversões à esquerda e à direita:
D
IC
A
S
Há motociclistas que costumam transitar nos “pontos cegos”!
60
• cheque constantemente os retrovisores. Ao estacionar ou parar o veículo, cuidado ao 
abrir as portas;
• para ultrapassar uma motocicleta, aja com o mesmo padrão da ultrapassagem de 
veículos.
2.6 Colisões com Animais
As colisões com animais na estrada são fatores de risco para os veículos, seja pela reação 
imprevisível de seus movimentos, ou pela atitude dos motoristas de se desviarem bruscamente, 
para tentar evitar a colisão.
D
IC
A
S
Para evitar colisões com animais nas estradas, respeite a velocidade 
máxima e esteja atento à sinalização de presença de animais. 
3 A IMPORTÂNCIA DE VER E SER VISTO
No trânsito, tudo acontece muito rapidamente e o motorista precisa estar atento às reações e 
movimentos dos outros motoristas e pedestres.
Atenção especial deve ser dedicada aos pontos cegos, colunas e outras partes da carroceria que 
possam ocultar veículos e pedestres. 
A correta regulagem dos espelhos retrovisores da ambulância é 
muito importantepara enxergar os veículos que se aproximam 
pela traseira ou laterais de veículo. 
LEMBRE-SE
Tão importante quanto ver é ser visto. Utilize adequadamente os faróis, luzes indicadoras de 
direção, luzes de freio, pisca-alerta, luz de ré. 
A sinalização de suas manobras no trânsito é fundamental para 
que todas as pessoas que utilizam as vias possam perceber sua 
presença e prever seus movimentos. E você tem um motivo a 
mais para ser visto pelos outros motoristas: estar transportando 
pacientes!
61
A Lei 13.290/2016 alterou o Art. 40 do Código Brasileiro de Trânsito tornando obrigatório o 
uso do farol baixo em rodovias. Muitas empresas, baseadas em pesquisas que demonstram a 
redução dos índices de acidentes, adotam como norma o uso de faróis acessos durante o dia.
RESUMINDO
Quando o veículo de emergência está em movimento, valem as leis da Física: ele necessita 
de tempo e distância para poder parar, por menor que seja a velocidade. Com isso, seja 
cioso das suas distâncias de segurança e dos tempos de frenagem!
Para evitar colisão com objetos � xos, visto que esse tipo de acidente pode ter consequências 
graves aos ocupantes do veículo e sempre traz danos ao patrimônio, siga a recomendação 
básica: dirija cuidadosamente, não ultrapassando os limites de velocidade e mantendo 
as práticas de direção defensiva.
Lembre-se de que, no tráfego urbano, determinadas pessoas têm comportamentos 
imprevisíveis, não conhecem os perigos do trânsito, não estão em condições de superá-
los ou mesmo de avaliá-los. É o caso, por exemplo, de crianças, de pessoas idosas ou de 
pessoas com de� ciência, dentre outras. Por isso, redobre sua atenção!
1. O respeito pela preferência, a velocidade compatível e a cortesia 
são os melhores mecanismos de defesa para evitar acidentes nos 
cruzamentos.
( ) Certo ( ) Errado
Esteja sempre atento, pois os acidentes também 
ocorrem com os veículos de emergência, colocando 
em risco a vida dos tripulantes. Assista, no link indicado, 
a algumas ocorrências envolvendo ambulâncias. O 
primeiro vídeo se refere a um acidente em Ceilândia – 
DF e o segundo, a eventos em Portugal:
https://www.youtube.com/watch?v=e8Bcrzj5w9E
http://www.rtp.pt/noticias/pais/ambulancias-
tambem-tem-acidentes_v169988 
SAIBA
62
2. Acerca dos procedimentos para evitar colisão nos cruzamentos, 
é correto a� rmar, exceto:
( ) Saber exatamente para onde seguir.
( ) Permanecer na mesma velocidade ao entrar no cruzamento.
( ) Respeitar a preferência de quem transita por via superior.
( ) Sinalizar as intenções de manobra.
3. A correta regulagem dos espelhos retrovisores do veículo de 
emergência é muito importante apenas para enxergar os veículos 
que se aproximam pela traseira do veículo.
( ) Certo ( ) Errado
4. Assinale a alternativa correta acerca dos procedimentos para 
evitar colisão com motocicletas e congêneres:
( ) Manter uma distância segura.
( ) Cuidado nas conversões à esquerda e à direita.
( ) Checar constantemente os retrovisores.
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
UNIDADE 03
DIREÇÃO DEFENSIVA – PARTE 3
1 A Importância do Comportamento Seguro na 
Condução de Veículos Especializados
2 Comportamento Seguro e Comportamento de 
Risco – Diferença que Pode Poupar Vidas 
3 Estado Físico e Mental do Condutor
UNIDADE 03 - DIREÇÃO DEFENSIVA – PARTE 3
O QUE VOCÊ
SABE SOBRE 
O TEMA
Qual a importância do comportamento seguro na condução de veículos de emergência? Existe 
alguma técnica para desenvolver o comportamento seguro? Quais devem ser as atitudes do 
condutor no momento pós-acidente?
Uma das boas notícias dos estudiosos do comportamento humano é que os 
comportamentos negativos podem ser dessensibilizados e o comportamentos positivos 
podem ser condicionados pelo hábito. Isso também pode ocorrer na adoção do 
comportamento seguro pelo condutor, na direção de seu veículo.
Nesta unidade, estudaremos a importância do comportamento seguro na condução 
de veículos especializados, o comportamento seguro e o comportamento de risco, o 
comportamento pós-acidente e o estado físico e mental do condutor.
65
1 A IMPORTÂNCIA DO COMPORTAMENTO SEGURO 
NA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS ESPECIALIZADOS
De acordo com a matéria veiculada no Jornal do Brasil em 06/11/2015 (JB, 2015), o número 
de mortos em acidentes ocorridos em estradas brasileiras cresceu na contramão da média 
mundial, a� rma levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Relatório 2015 
sobre a Segurança nas Estradas no Mundo, o órgão levanta os custos humanos e econômicos 
de tragédias dessa espécie e aponta o Brasil como o emergente que mais apresenta violência 
no trânsito, do mundo. 
Apenas para se ter uma ideia, em 2012, o Brasil registrou, aproximadamente, 47 mil mortes no 
trânsito. Desse valor, apenas 42,2 mil foram efetivamente registradas. No ranking compilado 
da organização, que analisa números desde 2010, o trânsito brasileiro ocupa a 33ª posição no 
critério perigo. Quando a análise se destina apenas a nações latino-americanas, sobe para a 
5ª colocação. Já no ranking com informações de 2013, o país é classi� cado como o 56º mais 
mortal e o 3º das Américas, atrás apenas da República Dominicana e de Belize.
O Código de Trânsito Brasileiro estabelece que o condutor de veículos de emergência deve ser 
aprovado em curso especializado com carga horária de 50 horas/aula. Os conteúdos do curso 
visam quali� car os condutores para transportar todos os tipos de paciente, inclusive mães com 
bebê, crianças, adolescentes, idosos, portadores de de� ciência física e pessoas com mobilidade 
reduzida.
66
Dirigir com segurança e responsabilidade é dever de todos os motoristas, ainda mais quando 
ele transporta pacientes, a � m de minimizar os riscos envolvidos nesta atividade.
Portanto, o condutor de veículo de emergência, quando realiza 
manobras — tais como conversões, ultrapassagens, aproximação 
de cruzamentos, frenagens ou paradas para embarque e 
desembarque — deve ser mais cuidadoso do que os demais 
motoristas.
Nesse sentido, o motorista precisa estar atento a cinco requisitos indispensáveis
à segurança, que serão descritos em seguida.
1.1 Os Cinco Elementos da Direção Defensiva
Para o DENATRAN (2015) e Andrade (2012), há uma metodologia pragmática, a ser sempre 
lembrada pelo condutor de veículo de emergência, que agrega cinco elementos: conhecimento, 
atenção, previsão, decisão e habilidade.
1.1.1 Conhecimento
Em qualquer atividade pro� ssional, é importante dominar a teoria da prática para desenvolver 
um bom trabalho. Dirigir não foge a esta regra. 
Conhecer as leis e os regulamentos de trânsito e de transporte, os 
procedimentos para ultrapassagem segura, o direito de preferência 
nas vias e uma série de outras informações são essenciais aos 
condutores de veículos de emergência.
LEMBRE-SE
1.1.2 Atenção
Você passa quantas horas por dia dirigindo o seu veículo? Já se pegou olhando alguma coisa 
que acontece na estrada, um acidente, um outdoor chamativo? Está sempre alerta ou se distrai 
passando mensagem no celular ou atendendo a alguma ligação?
 
67
Esteja sempre alerta para o que se passa à sua volta, para as 
condições de tráfego, para o limite de velocidade na via percorrida. 
Estar ao volante signi� ca prestar atenção constante ao trânsito, 
pois alguns segundos de desatenção podem signi� car acidentes.
1.1.3 Previsão
Ser preventivo signi� ca lembrar-se, por exemplo, de veri� car as condições do veículo antes 
de uma viagem. Um motorista descuidado pode enfrentar sérios problemas, pois não há 
habilidade na direção que contorne uma falha mecânica.
Se você consegue prever o que 
pode acontecer em uma viagem 
e se prepara para isso, você faz 
uma previsão mediata. Se você 
enfrenta a rotina do trânsito e 
antecipa uma possível situaçãode perigo, esta é uma previsão 
imediata.
1.1.4 Decisão
Uma boa decisão implica o conhecimento das alternativas que se apresentam em uma 
determinada situação no trânsito, bem como a capacidade de se fazer uma escolha inteligente 
de manobra, a tempo de evitar acidentes.
D
IC
A
S No momento da situação de risco, não pode haver hesitação, sob risco de não se tomar a decisão certa e se envolver em acidentes. A ação correta é a 
principal ferramenta da direção defensiva, numa combinação baseada no 
conhecimento, atenção e previsão.
68
1.1.5 Habilidade
A habilidade se desenvolve por meio do aprendizado e do desenvolvimento constante dos 
automatismos corretos. Teoricamente, quanto mais um indivíduo desenvolve uma ação, mais 
quali� cado ele estará. Porém, esta regra não pode ser considerada para o condutor, pois, 
a dinâmica do trânsito na prática da direção veicular faz com que ele adquira de maneira 
inconsciente gestos ou ações incorretas, chamadas de automatismos incorretos.
Adquirir habilidades para conduzir um veículo signi� ca conhecer o veículo e seus 
equipamentos, ter recebido correto e cuidadoso treinamento para manusear os controles e 
saber efetuar com sucesso todas as manobras necessárias em cada situação de risco.
Assista ao vídeo, no link abaixo indicado, que 
demonstra o perigo da condução de ambulância no 
trânsito urbano e o corredor de motociclistas que se 
forma atrás do veículo:
https://www.youtube.com/watch?v=l1YuHZ7BAxM 
SAIBA
2 COMPORTAMENTO SEGURO E COMPORTAMENTO 
DE RISCO – DIFERENÇA QUE PODE POUPAR VIDAS
O comportamento de risco do condutor — que é contrário a todo procedimento que visa dar 
as condições adequadas de segurança ao transporte de emergência – abrange desde a ausência 
de planejamento para o transporte até a falta deliberada do uso do cinto de segurança, tanto 
por parte do condutor quanto por parte dos demais tripulantes e paciente.
Por outro lado, de acordo com Cardo (2015), Günther (2015) e Pechansky et al. (2010), o 
método básico de prevenção de acidentes é um guia que todo condutor de veículo de emergência 
deveria levar em sua boleia. Ele possui como acrônimo as letras PDA, que vem de P (prever o 
perigo), D (descobrir o que fazer) e A (agir a tempo). Todas essas ações são interligadas:
• preveja o Perigo: a previsão de possíveis situações de risco que contribuem para que 
os acidentes aconteçam, deve ser efetuada com bastante antecedência, podendo ser de 
horas, dias, ou até semanas, caracterizando a previsão mediata.
D
IC
A
S
Comece a prever o perigo muito antes de chegar ao local de um possível 
acidente.
69
• descubra o que fazer: na maioria das vezes, os acidentes resultam de um erro do 
motorista. O mesmo erro que provoca um acidente leve pode causar um acidente fatal, 
sendo que a gravidade é determinada pela ocasião. Isso quer dizer que cada acidente, 
mesmo pequeno, merece ser revisto, analisando-se o erro e afastando a possibilidade de 
sua repetição, talvez com consequências mais sérias, e quem sabe, até mesmo fatais.
Por si só, o fato de você, ao volante, ter permitido que houvesse o 
acidente já lhe indica que não agiu em tempo, ou não sabia como 
se defender, ou ainda, desconhecia o perigo. Lembre-se de que 
o motorista deve estar sempre preparado para enfrentar todas 
as situações de risco, sabendo previamente qual atitude deverá 
tomar em cada uma.
Estar preparado para iniciar uma viagem signi� ca prever, mentalmente, o que pode acontecer 
— isso torna mais fácil descobrir o que fazer, ou seja, saber se defender.
• aja a tempo: uma vez que você conhece o perigo e sabe qual atitude a ser tomada, aja 
imediatamente! Jamais espere para ver o que vai acontecer. 
Na maioria das vezes, os acidentes ocorrem justamente porque o motorista espera a atitude 
dos outros, ou ainda, espera que estes outros conheçam e respeitem as leis.
D
IC
A
S
Não conte com a sorte, não pense que tudo vai dar certo, proceda como se 
o acidente estivesse quase acontecendo. Aja enquanto é tempo!
70
3 ESTADO FÍSICO E MENTAL DO CONDUTOR
Para Dualibi et al. (2012) e Cristo (2012), as condições físicas e mentais são muito importantes, 
pois são elas que alteram o modo de dirigir do condutor e seu desempenho. Contam fatores 
físicos como: fadiga, capacidade de atenção, audição e visão. E fatores mentais e emocionais 
como: inexperiência, familiaridade com a via, excitação ou depressão. Essas características 
levam o motorista a dirigir com pressa ou sem atenção, com raiva, ira, calor, frustração e 
insegurança.
3.1 Fadiga e Sono
Um motorista cansado não tem condições de dirigir com segurança. O cansaço e o sono, muitas 
vezes, são mais fortes do que a capacidade de permanecer acordado, e o condutor adormece 
sem perceber. Muitas vezes, o caminhoneiro realiza longas viagens durante o período noturno 
e não descansa corretamente durante o dia. 
Você será condutor de veículo de emergência. É importante 
descansar nos momentos de folga para poder dirigir com 
tranquilidade durante o tempo de direção.
LEMBRE-SE
3.2 Álcool
Para dirigir com segurança, o motorista precisa estar com boas condições físicas e mentais. O 
álcool, ao contrário do que se imagina, é uma droga depressora do sistema nervoso. 
Quando ingere bebida alcoólica, o motorista pode se envolver mais 
facilmente em acidentes, pois o álcool afeta o cérebro, diminuindo 
o senso de cuidado, torna mais lentos os re� exos, prejudica a visão 
e a audição, en� m, compromete toda a capacidade para dirigir.
71
3.3 Drogas e Medicamentos
A automedicação é uma prática prejudicial à saúde, pois pode acarretar sérias consequências ao 
organismo e atrapalhar o ato de dirigir. Como o caminhoneiro normalmente está nas estradas, 
longe de casa, ele adia a visita ao médico mesmo quando não se sente bem, comprometendo a 
saúde. Por conta própria, muitas vezes recorre à automedicação.
Mas, atenção! Não se deve tomar medicamentos sem prescrição 
médica.
LEMBRE-SE
3.4 Aspectos Psíquicos
As pessoas diferem muito entre si quanto aos aspectos psíquicos, e estes in� uenciam bastante 
na maneira de ser e agir de cada uma delas. Alguém que passou por uma emoção muito forte 
como, por exemplo, o falecimento de uma pessoa querida, poderá ter o seu comportamento 
alterado.
Há pessoas que se irritam com facilidade no trânsito, outras são bem tranquilas. Há, ainda, 
aquelas que não se deixam abalar por fatos desagradáveis. 
D
IC
A
S Independentemente do tipo psíquico do indivíduo, uma coisa é certa: ao 
dirigir irritado, nervoso ou sob emoções fortes, o motorista pode causar 
acidentes!
RESUMINDO
Adquirir habilidades não signi� ca ter automatismos. Antes, signi� ca conhecer o veículo 
e seus equipamentos, ter recebido correto e cuidadoso treinamento para manusear os 
controles e saber efetuar com sucesso todas as manobras necessárias em cada situação 
de risco.
O método básico de prevenção de acidentes possui como acrônimo as letras PDA, que 
vem de P (prever o perigo), D (descobrir o que fazer) e A (agir a tempo).
As condições físicas e mentais do condutor de veículos de emergência são muito 
importantes, pois são elas que alteram o modo de dirigir do condutor e seu desempenho. 
Contam fatores físicos (fadiga, capacidade de atenção, audição e visão) e fatores mentais 
e emocionais (inexperiência, familiaridade com a via, excitação ou depressão).
72
1. O condutor de veículo de emergência, quando realiza manobras 
— tais como conversões, ultrapassagens, aproximação de 
cruzamentos, frenagens ou paradas para embarque e desembarque 
— deve ser menos cuidadoso do que os demais motoristas.
( ) Certo ( ) Errado
2. Constituem elementos da direção defensiva no serviço de 
transporte de emergência, exceto:
( ) Conhecimento
( ) Atenção
( ) Previsão
( ) Indecisão
3. A automedicaçãoé uma prática prejudicial à saúde, pois pode 
acarretar sérias consequências ao organismo e atrapalhar o ato de 
dirigir.
( ) Certo ( ) Errado
4. Acerca da previsão como um dos elementos da direção defensiva 
no serviço de transporte de emergência, é correto a� rmar:
( ) Ser preventivo signi� ca lembrar-se, por exemplo, de veri� car 
as condições do veículo antes de uma viagem. 
( ) O motorista que consegue prever o que pode acontecer em 
uma viagem e se prepara para isso, faz uma previsão mediata.
( ) Se o motorista enfrenta a rotina do trânsito e antecipa uma 
possível situação de perigo, ele está fazendo uma previsão imediata.
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
MÓDULO III
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, 
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E
CONVÍVIO SOCIAL
UNIDADE 01
Noções de Primeiros Socorros
1 Os Primeiros Socorros
2 As Primeiras Providências
3 Verifi cação das Condições Gerais da Vítima de Aci-
dente de Trânsito
4 Cuidados com a Vítima ou Enfermo
UNIDADE 01 - NOÇÕES DE PRIMEIROS 
SOCORROS
O QUE VOCÊ
SABE SOBRE 
O TEMA
No que se baseiam os primeiros socorros? Quais as primeiras providências a serem tomadas 
pelo condutor de veículo de emergência? Como ocorre a veri� cação das condições gerais da 
vítima de acidente? Que cuidados tomar com a vítima de acidente ou contaminação?
O condutor de veículo de emergência precisa estar preparado para o caso de acidentes 
com vítimas — saber prestar os primeiros socorros e desencadear as primeiras 
providências.
Nesta unidade, apresentaremos a conceituação de primeiros socorros, as primeiras 
providências a serem tomadas pelo condutor, a veri� cação das condições gerais da 
vítima de acidente de trânsito e os cuidados com a vítima ou enfermo.
77
1 OS PRIMEIROS SOCORROS
Primeiros socorros são o 
conjunto de tratamentos 
imediatos e temporários 
prestados a alguém, em caso 
de acidente ou mal súbito, 
com a � nalidade de manter 
as funções vitais da vítima 
e evitar o agravamento 
da situação, até se obter 
assistência médica.
Você sabe o que é prestar os primeiros socorros? Prestar os 
primeiros socorros é:
• avaliar a situação como um todo, no local do 
acidente;
• chamar a ajuda da polícia, do corpo de bombeiros 
e dos hospitais;
• sinalizar o local do acidente, garantindo a 
segurança e evitando novos acidentes;
• dar o primeiro atendimento à vítima do acidente, 
tendo consciência de que você não é um pro� ssional 
de saúde.
O seu objetivo ao prestar os primeiros socorros é tomar providências 
rápidas para evitar que outros acidentes não aconteçam e que se 
agrave o estado de saúde da vítima.
LEMBRE-SE
2 AS PRIMEIRAS PROVIDÊNCIAS
As primeiras providências a serem tomadas em caso de acidente de trânsito são:
• isolamento e sinalização do local do acidente: isole e sinalize o local, não permitindo 
que pessoas ou veículos entrem. Para tanto, aja da seguinte forma: acione o pisca-alerta 
de veículos próximos ao local; veri� que o melhor local para a colocação do triângulo de 
sinalização; espalhe arbustos ou galhos de árvores no leito da via.
A sinalização do local do acidente deverá estar bem visível, principalmente se o acidente 
tiver ocorrido em túnel, curva, ponte e quando houver neblina ou chuva. 
78
• acionamento de recursos: se a equipe socorrista e os equipamentos não forem 
su� cientes, deve-se chamar reforço de socorro ou socorro especializado. 
Polícia Rodoviária Federal: 191
Polícia Militar: 190
Corpo de Bombeiros: 193
Defesa Civil: 199
SAMU: 192
Emergência da União Européia: 112
LEMBRE-SE
3 VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES GERAIS DA 
VÍTIMA DE ACIDENTE DE TRÂNSITO
São necessários provimentos básicos nas diversas situações de emergência, podendo variar de 
acordo com o estado da vítima, descritos a seguir.
3.1 Vítima Inconsciente
(1) Veri� que os sinais vitais — respiração, pulsação e temperatura, sem movimentar a vítima.
(2) Observe a respiração e a pulsação ao mesmo tempo. Faça da seguinte forma:
• coloque os dedos indicador e médio sobre a artéria, na parte interna do pulso;
79
• veri� que a pulsação:
D
IC
A
S Ao sentir a artéria pulsar, você deverá contar os batimentos durante 
um minuto, aproximando seu rosto da boca e do nariz da vítima para 
perceber sua respiração;
• observe os movimentos do tórax e do abdômen;
• é importante acompanhar o ritmo da respiração da vítima em função do perigo de 
uma parada cardiorrespiratória. 
Respiração curta e acelerada pode indicar a ocorrência de uma 
convulsão, de um desmaio ou pode alertar que a vítima esteja 
entrando em estado de choque. As vítimas inconscientes têm 
prioridade de atendimento!
LEMBRE-SE
3.2 Verifi cando as Condições Gerais da Vítima
A veri� cação consiste dos seguintes passos:
• a respiração e a pulsação;
• o estado de consciência;
• A sensibilidade corporal: 
D
IC
A
S
Toque ou belisque partes do corpo da vítima, enquanto pergunta se ela 
sente onde você está tocando ou beliscando;
• a capacidade de movimentação da vítima: peça-lhe para mexer devagar os dedos 
das mãos e dos pés. Depois, os braços e as pernas. Pergunte se ela sente alguma dor no 
pescoço ou na coluna. Se houver suspeita de fratura, não movimente a vítima;
• na hora de veri� car os sinais vitais, converse com a vítima, procurando tranquilizá-la;
• faça perguntas e observe se as respostas são lógicas. Pergunte como aconteceu o 
acidente, o nome dela, o telefone etc;
80
• Se o acidente for violento ou se a vítima tiver recebido alguma pancada forte ou 
sofrido uma queda, ela deve permanecer imóvel, mesmo que não apresente qualquer 
di� culdade de movimentação;
• Certi� que-se de que a vítima não apresenta fratura na coluna antes de movimentá-la. 
Sensação de formigamento e dormência nos membros pode indicar lesão ou fratura na 
coluna.
Somente em casos extremos, onde a vida da vítima corre perigo e 
imediato, deve-se mudá-la de lugar.
LEMBRE-SE
A primeira regra para transportar uma vítima com suspeita de lesão na coluna é nunca dobrar-
lhe o pescoço ou as costas: ela deve ser movimentada como um bloco único e por mais de 
uma pessoa.
4 CUIDADOS COM A VÍTIMA OU ENFERMO
Serão vistos os procedimentos principais para os casos de necessidade de movimentação da 
vítima, queimaduras em geral, parada cardiorrespiratória e ferimentos com hemorragia.
4.1 Cuidados na Movimentação da Vítima e o Transporte de 
Emergência
De acordo com Fiandi (2013), Malagutti (2012) e Cebollero (2011), as vítimas não devem ser 
movimentadas e, quando extremamente necessário, apenas o mínimo possível.
O condutor deve reconhecer as situações necessárias e as técnicas para realizar a movimentação 
corretamente. E quais são essas situações?
As principais situações de movimentação da vítima são as seguintes:
• para afastar a vítima de um perigo maior — são situações em que a vítima, por 
exemplo, pode estar: no meio da pista, sujeita a atropelamento e outros acidentes; com 
o corpo submerso, correndo o risco de afogamento; exposta a riscos de incêndio ou de 
intoxicação por algum tipo de produto perigoso.
81
Nesses casos, há três formas para movimentar a vítima corretamente:
 ‐ no sentido do comprimento de seu corpo, de forma que o mesmo esteja esticado;
D
IC
A
S
Nunca puxe a vítima de lado ou de forma esguiada.
 ‐ movendo-a pelos braços cruzados de forma a imobilizar a cabeça;
 ‐ movendo-a pelos pés, sem levantá-los muito.
• quando o estado da vítima estiver agravando-se rapidamente ou tendo-se a ciência 
de que o socorro não chegará a tempo — a movimentação deve ser realizada com 
extremo cuidado para não agravar as lesões existentes.
Antes de movimentar a vítima:
• estanque e controle todas as hemorragias;
• imobilize todos os pontos suspeitos de fratura;• controle e mantenha os sinais vitais.
Durante a movimentação da vítima:
• use a maca;
D
IC
A
S
Para posicionar e tirar a vítima da maca, especialmente quando se 
suspeita de fratura na coluna, utilize o método de 3 ou 4 pessoas, em que 
cada um ergue uma parte do corpo da vítima, por meio de movimentos 
coordenados, tomando o cuidado para não produzir movimentos na 
cabeça e pescoço.
• evite movimentos bruscos;
• mantenha a vítima na posição mais confortável e segura possível;
• continue com os procedimentos de respiração arti� cial ou reanimação cardíaca, caso 
tenham sido empregados;
• continue com o monitoramento dos sinais vitais.
82
4.2 Procedimentos em Caso de Queimaduras em Geral
As queimaduras são classi� cadas em graus, e possuem os sintomas conforme abaixo:
• 1o Grau: lesão das camadas super� ciais da pele; vermelhidão; dor local suportável; 
não há formação de bolhas;
• 2o Grau: lesões das camadas mais profundas da pele; formação de bolhas; 
desprendimento de camadas da pele; dor e ardência; locais de intensidade variável;
• 3o Grau: lesão de todas as camadas da pele; comprometimento dos tecidos mais 
profundos, até o osso.
Veja o que o Dr. Drauzio Varella fala sobre os tipos 
de queimaduras e os procedimentos: https://www.
youtube.com/watch?v=xZu5cKpW_sI 
SAIBA
Realize as seguintes ações:
• deite a vítima;
• coloque algo sob os pés da vítima, de modo a manter o resto do corpo em posição 
mais baixa;
• lave com água a área queimada;
• passe vaselina líquida esterilizada sobre a área queimada;
• cubra a área queimada com gaze ou com a fralda de pano existente na caixa de 
primeiros socorros;
• se a vítima estiver consciente, dê-lhe bastante líquido para beber (de preferência água, 
mas nunca bebidas alcoólicas);
• coloque um pano limpo sobre a superfície queimada, enfaixando frouxamente;
• no caso de queimaduras graves:
Transportar a vítima o mais rapidamente possível ao hospital.
LEMBRE-SE
83
4.3 Procedimentos em Caso de Parada Cardiorrespiratória 
A parada cardiorrespiratória ocorre quando a vítima deixa de respirar e o seu coração deixa de 
bater. Os motivos que fazem uma pessoa parar de respirar podem ser:
• obstrução das vias aéreas por algum corpo estranho como, por exemplo, dentadura e 
pedaço de comida;
• intoxicação por gases;
• ingestão de venenos;
• fortes descargas elétricas;
• grave ferimento.
De acordo com a AHA — American Heart Association (2015), houve mudanças nas diretrizes 
para a aplicação dos procedimentos em casos de parada cardiorrespiratória. Em linhas gerais, 
os socorristas leigos sem treinamento devem fornecer a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) 
somente com as mãos, com ou sem orientação de um atendente, para adultos vítimas de parada 
cardiorrespiratória (PCR). O socorrista deve continuar a RCP somente com compressão até 
a chegada de um DEA ou de socorristas com treinamento adicional. Todos os socorristas 
leigos devem, no mínimo, aplicar compressões torácicas em vítimas de PCR. Além disso, se o 
socorrista leigo treinado puder realizar ventilações de resgate, as compressões e as ventilações 
devem ser aplicadas na proporção de 30 (trinta) compressões para cada 2 (duas) ventilações. 
O socorrista deve continuar a RCP até a chegada e a preparação de um des� brilador externo 
automático (DEA) para uso, ou até que os pro� ssionais do serviço médico de emergência 
(SME) assumam o cuidado da vítima ou que a vítima comece a se mover.
84
De forma pragmática, a Tabela 1 seguinte, mostra os procedimentos básicos de uma RCP.
Tabela 1: Resumo dos procedimentos básicos de uma RCP
COMPONENTE ADULTOS E
ADOLESCENTES
CRIANÇAS
(1 ano de idade à 
puberdade)
BEBÊS
(Menos de 1 ano 
de idade, excluindo 
recém-nascidos)
Segurança do local Veri� que se o local é seguro para os socorristas e a vítima.
Reconhecimento 
de PCR
Veri� que se a vítima responde.
Ausência de respiração ou apenas gasping (sem respiração normal)
Nenhum pulso de� nido sentido em 10 segundos.
(A veri� cação da respiração e do pulso pode ser feita simultaneamente, 
em menos de 10 segundos).
Acionamento do 
serviço médico de 
emergência
Se estiver sozinho, sem 
acesso a um celular, deixe 
a vítima e acione o serviço 
médico de emergência e 
obtenha um DEA, antes 
de iniciar a RCP.
Do contrário, peça que 
alguém acione o serviço 
e inicie a RCP imediata-
mente. Use o DEA assim 
que estiver disponível.
Colapso presenciado: siga as etapas 
utilizadas em adultos e adolescentes.
Colapso não presenciado: execute 2 (dois) 
minutos de RCP.
Deixe a vítima para acionar o serviço 
médico de emergência e buscar o DEA.
Retorne à criança ou ao bebê e reinicie a 
RCP.
Use o DEA assim que estiver disponível.
Relação 
compressão-
ventilação sem via 
aérea avançada
1 ou 2 socorristas
30:2
1 socorrista
30:2
2 ou mais socorristas
15:2
Relação 
compressão-
ventilação com via 
aérea avançada
Compressões contínuas a uma frequência de 100 a 120/min
Administre 1 ventilação a cada 6 segundos (10 respirações/min).
85
COMPONENTE ADULTOS E
ADOLESCENTES
CRIANÇAS
(1 ano de idade à 
puberdade)
BEBÊS
(Menos de 1 ano 
de idade, excluindo 
recém-nascidos)
Frequência de 
compressão
100 a 120/min
Profundidade da 
compressão
No mínimo, 2 polegadas 
(5 cm)*
Pelo menos um 
terço do diâmetro 
AP do tórax
Cerca de 2 
polegadas
Pelo menos um 
terço do diâmetro 
AP do tórax
Cerca de 1 1/2 
polegadas (4 cm)
Posicionamento 
das mãos
2 mãos sobre a metade 
inferior do esterno
2 mãos ou 1 mão 
(opcional para 
crianças muito pe-
quenas) sobre a 
metade inferior do 
esterno
1 socorrista
2 dedos no centro do 
tórax, logo abaixo da 
linha mamilar
2 ou mais socorristas
Usar a técnica dos 
dois polegares no 
centro do tórax, 
logo abaixo da linha 
mamilar.
Retorno do tórax Espere o retorno total do tórax após cada compressão.
Não se apoie sobre o tórax após cada compressão.
Minimizar 
interrupções.
Limite as interrupções nas compressões torácicas a menos de 10 
segundos.
* A profundidade da compressão não deve exceder 2.4 polegadas (6 cm).
DEA: des� brilador automático externo; AP: anteroposterior; RCP: ressuscitação cardiopulmonar.
Fonte: AHA (2015)
4.4 Procedimentos em Casos de Ferimento com Hemorragia
A hemorragia é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo. Toda 
hemorragia deverá ser controlada imediatamente, pois, quando é abundante e não controlada, 
pode causar a morte entre 3 e 5 minutos.
86
• acione o hospital mais próximo imediatamente;
• coloque uma compressa limpa e seca (gaze, pano ou mesmo pano limpo) sobre o 
ferimento;
• pressione com � rmeza;
• use uma atadura, tira de pano, gravata ou outro recurso que tenha à mão para amarrar 
à compressa e mantê-la � rme no lugar. caso não disponha de uma compressa, feche a 
ferida com o dedo ou comprima com a mão, evitando uma hemorragia abundante;
• se o ferimento for nos braços ou nas pernas, sem fratura, a hemorragia será controlada 
mais facilmente levantando-se a parte ferida. Se o ferimento for na perna, dobre o joelho; 
se for ao antebraço, dobre o cotovelo, mas sempre tendo o cuidado de colocar por dentro 
da parte dobrada, bem junto à articulação, um chumaço de pano, algodão ou papel.
RESUMINDO
Assim como o condutor de veículo de emergência deve conhecer a legislação de trânsito, 
é essencial que ele também esteja devidamente capacitado a prestar os primeiros socorros 
em caso de acidente.
A primeira regra para transportar uma vítima com suspeita de lesão na coluna é nunca 
dobrar o pescoço ou as costas — ela deve ser movimentada como um bloco único e por 
mais de uma pessoa.
Somente em casos extremos, onde a vida da vítima corre perigo imediato, deve-semudá-la de lugar.
Assista, no link indicado, ao vídeo acerca de prestação 
de socorro de vítima de atropelamento:
https://www.youtube.com/watch?v=DLq1b2afs-w 
SAIBA
87
1. Respiração curta e acelerada pode indicar a ocorrência de uma 
convulsão, de um desmaio ou pode alertar que a vítima esteja 
entrando em estado de choque.
( ) Certo ( ) Errado
2. Com relação a queimaduras, pode-se a� rmar, exceto:
( ) As queimaduras são classi� cadas em três graus.
( ) Em queimaduras de 1o Grau, ocorrem lesão das camadas 
super� ciais da pele, vermelhidão, dor local suportável e não há 
formação de bolhas.
( ) Em queimaduras de 2o Grau, ocorrem lesões das camadas mais 
profundas da pele, não há formação de bolhas, desprendimento 
de camadas da pele, dor e ardência.
( ) Em queimaduras de 3o Grau, ocorrem lesão de todas as 
camadas da pele, comprometimento dos tecidos mais profundos, 
até o osso.
3. Se o ferimento for nos braços ou nas pernas da vítima, sem 
fratura, a hemorragia será controlada mais facilmente abaixando-
se a parte ferida.
( ) Certo ( ) Errado
4. Constituem formas para movimentar a vítima, afastando-a de 
um perigo maior: 
( ) Puxá-la no sentido do comprimento de seu corpo, de forma 
que o mesmo esteja esticado.
( ) Puxá-la pelos braços cruzados de forma a imobilizar a cabeça.
( ) Puxá-la pelos pés, sem levantá-los muito.
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
UNIDADE 02
Respeito ao Meio Ambiente e Convívio Social
1 Respeito ao Meio Ambiente
2 O Convívio Social
UNIDADE 02 - RESPEITO AO MEIO AMBIENTE 
E CONVÍVIO SOCIAL
O QUE VOCÊ
SABE SOBRE 
O TEMA
Que regulamentações de trânsito têm interface com o meio ambiente? Quais são as 
responsabilidades do condutor de veículo de emergência em relação ao meio ambiente? Qual 
a relação existente entre indivíduo, grupo e sociedade? Quais as responsabilidades civis e 
criminais do condutor relacionadas ao CTB?
Respeitar e zelar pelo meio ambiente constituem deveres dos condutores de veículos de 
emergência. Da mesma maneira, tais condutores devem saber se integrar ao convívio 
social.
 Nesta unidade, abordaremos, inicialmente, o respeito ao meio ambiente, tratando o 
veículo como agente poluidor, a regulamentação, os aspectos da poluição e a manutenção 
preventiva do veículo. Em seguida, veremos a importância do convívio social, detalhando 
a relação existente entre o indivíduo e a sociedade, as relações interpessoais, o indivíduo 
como cidadão e as responsabilidades civil e criminal do condutor.
91
1 RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
1.1 O Veículo como Agente Poluidor do Meio Ambiente
Segundo a Associação Brasileira de Educação de Trânsito (ABETRAN, 2015), a preservação 
do meio ambiente é responsabilidade de todos — a valorização das questões ambientais tem 
alterado as relações de toda a sociedade e, particularmente, as relações das organizações 
empresariais com o meio ambiente.
Dentre as questões ambientais urbanas no Brasil, destaca-se a poluição atmosférica. Os 
problemas ambientais gerados pela poluição do ar nas grandes cidades brasileiras advêm 
principalmente de fontes industriais e veiculares. 
A principal fonte de poluição atmosférica ainda é o monóxido 
de carbono produzido pela frota de veículos, cujo crescimento é 
resultado do desenvolvimento da indústria automobilística. 
92
1.2 Regulamentação do CONAMA sobre Poluição Ambiental 
causada por Veículos
Para reduzir a poluição atmosférica causada pelos veículos, o Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (CONAMA) instituiu o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos 
Automotores (PROCONVE), que engloba a conscientização da população a respeito da poluição 
causada pelos veículos, o incentivo ao desenvolvimento da tecnologia no setor automobilístico 
para redução de poluentes emitidos, o aprimoramento da qualidade dos combustíveis líquidos 
utilizados, e a � scalização e criação de programas de inspeção e manutenção para veículos 
automotores em uso.
O CONAMA estabelece normas referentes a dispositivos destinados ao controle de emissão 
de gases poluentes e de ruído, bem como a prazos para sua fabricação e instalação obrigatória 
nos veículos.
Por sua vez, o CTB estabelece características básicas dos veículos e a proteção ao meio ambiente: 
• Art. 172: atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias;
• Art. 227: uso da buzina;
• Art. 228: uso, no veículo, de equipamentos com som ou volume de frequência que 
não sejam autorizados pelo CONTRAN;
• Art. 229: uso indevido, no veículo, de aparelho de alarme que produza sons e ruídos 
que perturbem o sossego público;
• Art. 231: trânsito com o veículo em más condições;
• Art. 105 (inc. V): equipamentos obrigatórios dos veículos, tais como o dispositivo 
destinado ao controle de emissão de gases poluentes e de ruído.
O art. 104 do CTB estabelece que todos os veículos em circulação 
terão suas condições de segurança, de controle de emissão de 
gases poluentes e de ruído avaliadas mediante inspeção, que 
será obrigatória, na forma e periodicidade estabelecidas pelo 
CONTRAN para os itens de segurança, e pelo CONAMA para a 
emissão de gases poluentes e ruídos. 
LEMBRE-SE
Os veículos reprovados nas inspeções serão retidos para regularização, tanto os considerados 
inseguros quanto os considerados poluentes. Tal reprovação compromete os condutores para 
a obtenção do Licenciamento Anual de Veículo e para a obtenção de um novo Certi� cado de 
Registro do Veículo.
93
Assista, no link indicado, uma reportagem sobre a 
poluição causada pelo trânsito na cidade de São Paulo:
https://www.youtube.com/watch?v=67di511EUF4 
SAIBA
1.3 Poluição: Conceito, Causas e Consequências
Poluição é a deterioração das condições 
ambientais, que pode atingir o ar, a água 
e o solo. Em linhas gerais, a palavra 
poluição designa qualquer modi� cação 
desfavorável do meio natural, cujos efeitos 
vão alterar o equilíbrio do meio ambiente 
e provocar uma perda na qualidade de 
vida.
No que tange às causas, os agentes que provocam 
a poluição são chamados poluentes. Os poluentes 
podem ser gasosos, líquidos ou sólidos e 
concentram-se na atmosfera, na água ou no solo. 
Entre eles, citam-se os gases tóxicos liberados na 
atmosfera, os detritos acumulados nos rios e nas 
praias, o ruído excessivo produzido nos centros 
urbanos e até mesmo os cartazes de publicidade, 
que modi� cam o aspecto visual de uma paisagem 
e confundem a compreensão do homem.
A principal fonte de poluição atmosférica ainda é o monóxido de carbono produzido pela 
frota de veículos, cujo crescimento resultou do desenvolvimento da indústria automobilística. 
Para a ABETRAN (2015), o monóxido de carbono emitido por veículos leves é responsável 
por 68,4% do total desta fonte. Os veículos pesados contribuem com 28,6%, os processos 
industriais com 2,2% e a queima de lixo, com 2,6%. 
Algumas das consequências causadas pela relação entre trânsito e meio ambiente são:
• poluição atmosférica, visual, sonora e de gases poluentes;
• erosão, decorrente do mau planejamento de estradas;
• agressões contra o meio ambiente, resultantes de acidentes no transporte de produtos 
tóxicos poluentes;
• incêndios devastadores, pelo uso inadequado de lugares de descanso às beiras das 
rodovias, ou pelo cigarro jogado pela janela do veículo;
• poluição do habitat natural pelos detritos jogados pelos motoristas nas rodovias;
• enchentes em vias urbanas, provocadas pelo acúmulo de lixo deixado pelos usuários 
(motoristas e pedestres) em bueiros ou próximo aos rios e lagos; 
• mortes de animais silvestres, provocadas por excesso de velocidade e descaso à 
sinalização.
94
1.4 A Manutenção Preventiva do Veículo
Para Torbi (2014), a � m de que os veículos sejam mantidos com níveis de emissão de gases, 
fumaça e ruídosdentro dos parâmetros legais, é recomendável que sejam tomados cuidados 
com determinados itens associados ao sistema de alimentação do motor, tais como:
• bobina, ignição eletrônica, distribuidor e velas;
• � ltro de ar;
• carburador ou sistema de injeção;
• escapamento.
D
IC
A
S Se os itens do sistema de alimentação do motor estiverem em mau estado ou desregulados, provocam queima imperfeita do combustível, reduzindo 
a potência do veículo e aumentando o consumo de combustível e a 
emissão de gases poluentes.
Além do motor, os proprietários e condutores de veículos devem estar atentos a cuidados 
básicos para evitar prejuízos à saúde e ao meio ambiente. Dentre eles, citam-se:
• providenciar as trocas de óleo lubri� cante do motor, câmbio, diferencial, � uido de 
freio e direção hidráulica em estabelecimentos especializados, os quais destinam óleos e 
lubri� cantes usados para a devida reciclagem;
• realizar a manutenção do veículo conforme instruções do fabricante, de forma a tê-lo 
em perfeitas condições de funcionamento; 
• para os pneus, quando chegam ao � nal da vida útil, o destino recomendado é deixá-
los nos estabelecimentos especializados, que os encaminharão para reciclagem, em vez 
de serem depositados em terrenos baldios para serem queimados ou virarem criadouros 
de insetos e ratos;
• racionalize o uso, evitando deslocamentos desnecessários;
• não abuse do ar-condicionado. 
95
Você, além de economizar combustível em seu trajeto, estará 
diminuindo a liberação de gases que provocam o efeito estufa.
1.4.1 Projeto Despoluir e a manutenção preventiva dos 
veículos
A CNT e o Sest Senat criaram, em 2007, o Despoluir – Programa Ambiental do Transporte,com 
o objetivo de promover o engajamento de transportadores, caminhoneiros autônomos, 
taxistas e sociedade em ações de conservação do meio ambiente, por meio da colaboração e 
construção de um modelo sustentável de desenvolvimento.
O Despoluir incentiva a incorporação de novas ações no setor de transporte, que passou a 
assumir sua parcela de responsabilidade na propagação de um mundo ambientalmente 
equilibrado. Além dos benefícios diretos para o meio ambiente e a qualidade de vida da 
população, as ações de conscientização dos agentes envolvidos têm como vantagens a redução 
de custos, o aumento da e� ciência operacional e a melhoria do relacionamento com órgãos 
� scalizadores.
O Despoluir consiste em vários projetos, implementados pelo Sistema CNT e executados 
pelas federações, sindicatos e associações a� liadas à entidade, além de parcerias � rmadas com 
os setores público e privado, que fortalecem o Programa. 
Além disso, atua na formulação e execução de políticas públicas na área ambiental, participando 
ativamente dos principais fóruns de discussão do tema, especialmente no Conselho Nacional 
do Meio Ambiente (CONAMA). 
O Despoluir tem como uma de suas principais ações a avaliação veicular ambiental voltada a 
redução da emissão de poluentes. Essa avaliação é feita por meio de aferição do veículo. Para 
participar, você motorista, deverá entrar em contato com a federação de transporte de seu 
estado e solicitar a visita da equipe técnica do Despoluir, ou ligar para o número 0800 728 
2891, para maiores informações.
Para Saber mais acesse: www.cntdespoluir.org.br
2 O CONVÍVIO SOCIAL
Nesta seção, o condutor terá o conhecimento básico relacionado ao convívio social, abarcando 
temas como o indivíduo, o grupo e a sociedade, regras para o bom relacionamento interpessoal, 
96
O relacionamento interpessoal é um 
conceito do âmbito da sociologia e 
psicologia que signi� ca uma relação 
entre duas ou mais pessoas. Este tipo de 
relacionamento é marcado pelo contexto 
em que o indivíduo está inserido, podendo 
ser no ambiente familiar, escolar, de 
trabalho, de comunidade (TORBI, 2014; 
MARIUZA e GARCIA, 2010).
a postura do indivíduo como cidadão e a responsabilidade civil e criminal do condutor no 
trânsito.
2.1 O Indivíduo, o Grupo e a Sociedade
Você, condutor de veículo de emergência, como a maioria das pessoas, pertence a algum 
grupo de indivíduos atraídos por interesses comuns, como, por exemplo, família, amigos, 
clube, igreja. Esses grupos, por sua vez, são integrantes e formadores da sociedade. 
Apesar de fazer parte de grupos, cada indivíduo possui características próprias a diferenciá-
lo dos demais integrantes do conjunto. O motorista precisa conhecer a caracterização da 
população com a qual irá trabalhar.
Ou seja, cada pessoa tem a sua personalidade, que é o conjunto de características que torna o 
indivíduo único e diferente dos outros. A personalidade é constituída por aspectos variados, 
tais como a aparência física, a capacidade intelectual, a emotividade, as qualidades sociais e o 
sistema de valores.
Alguns fatores podem determinar a personalidade: a herança biológica ou a natureza do 
indivíduo, o ambiente e a idade.
2.2 Relacionamento Interpessoal
É imprescindível que os pro� ssionais dos serviços 
de transporte de emergência, de sua parte, saibam 
agir corretamente frente às diversas situações 
cotidianas, identi� cando e mudando as más 
atitudes e posturas negativas. A � m de que isso 
ocorra, é necessário relembrar, resgatar e colocar 
em uso os valores descritos em seguida:
Cada pessoa tem um jeito de falar, de vestir e de viver. E para manter 
uma boa convivência com as pessoas é importante conhecer 
e respeitar as diferenças individuais, que são classi� cadas em: 
sociais, físicas, psicológicas, culturais e religiosas.
97
• educação: corresponde ao cultivo de boas maneiras no trato com todas as pessoas;
• empatia: está relacionada à habilidade de se colocar no lugar do outro;
• receptividade: diz respeito à facilidade de manter a mente aberta e explicitar boa 
vontade no atendimento às pessoas;
• respeito: constitui a base de qualquer relacionamento entre os colegas, superiores, 
subordinados e clientes;
• bom senso: está associado à capacidade de entender uma situação e resolvê-la da 
melhor forma possível;
• � exibilidade: corresponde à aptidão de lidar com pontos de vista distintos;
• paciência: está relacionada a agir de modo a não tomar decisões de forma precipitada;
• persistência: é a perseverança da utilização de todos os valores positivos no cotidiano;
• equilíbrio: corresponde a ter as rédeas do próprio comportamento;
• igualdade: está associada à percepção de que todos merecem ser tratados com 
cortesia, sem diferenciação;
• humildade: constitui a aptidão de reconhecimento dos próprios equívocos;
• simplicidade: consiste na habilidade de simpli� car questões a serem resolvidas, bem 
como em se fazer entender por meio de linguagem de fácil compreensão.
2.3 O Indivíduo como Cidadão
Perceba que ser cidadão pressupõe fazer parte de uma sociedade organizada. Como membro 
98
dessa sociedade, o indivíduo está sujeito às normas que a regem. Além da Constituição Federal, 
que estabelece os direitos e deveres do cidadão, existem várias outras leis que regulamentam 
diferentes aspectos relacionados ao cotidiano da sociedade.
O CTB estabelece as regras a serem respeitadas pelos usuários das 
vias, com o objetivo de garantir a segurança do trânsito. Portanto, 
como cidadão, o condutor de veículo de emergência tem o direito 
a um trânsito seguro e o dever de respeitar o CTB para garantir 
esse direito a todos os usuários, sejam motoristas, vítimas ou 
pedestres.
2.4 A Responsabilidade Civil e Criminal do Condutor e o 
CTB
O CTB prevê penalidades na forma de multa pecuniária e medidas administrativas para quem 
desrespeita as leis de trânsito. Além disso, no Capítulo XIX – Dos Crimes de Trânsito, o infrator 
poder ser punido com pena de detenção nos casos previstos nos arts. 302, 303, 304, 305, 306, 
307, 308, 309, 310, 311 e 312.
RESUMINDO
A manutençãopreventiva do veículo contribui para evitar prejuízos à saúde e ao meio 
ambiente.
A principal fonte de poluição atmosférica ainda é o monóxido de carbono produzido 
pela frota de veículos, cujo crescimento resultou do desenvolvimento da indústria 
automobilística.
Lembre-se de que o CTB estabelece as regras a serem respeitadas pelos usuários das vias 
com o objetivo de garantir a segurança do trânsito. Portanto, como cidadão, o condutor 
de veículo de emergência tem o direito a um trânsito seguro, e o dever de respeitar o 
CTB para garantir esse direito a todos os demais usuários.
Infringir o CTB, além de ser um fator de risco de acidentes, não condiz 
com uma boa imagem pro� ssional.
99
1. Uma das consequências causadas pela relação entre trânsito e 
meio ambiente é a poluição atmosférica, visual e sonora.
( ) Certo ( ) Errado
2. Constituem consequências causadas pela relação entre trânsito 
e meio ambiente:
( ) Poluição atmosférica, visual, sonora e de gases poluentes.
( ) Erosão, decorrente do mau planejamento de estradas.
( ) Agressões contra o meio ambiente, resultantes de acidentes no 
transporte de produtos tóxicos poluentes.
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
3. Se os itens do sistema de alimentação do motor estiverem em 
mau estado ou desregulados, provocam queima imperfeita do 
combustível, reduzindo a potência do veículo, o consumo de 
combustível e a emissão de gases poluentes.
( ) Certo ( ) Errado
4. São exemplos de valores que os condutores de veículo de 
emergência devem colocar em prática:
( ) Educação
( ) Empatia
( ) Receptividade
( ) Impaciência
MÓDULO IV
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
UNIDADE 01
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL – PARTE 1
1 Aspectos do Comportamento e de Segurança na 
Condução de Veículos de Emergência
2 Comportamento Solidário no Trânsito
3 Responsabilidade do Condutor em relação aos 
demais Atores do Processo de Circulação
UNIDADE 01 - RELACIONAMENTO 
INTERPESSOAL – PARTE 1
O QUE VOCÊ
SABE SOBRE 
O TEMA
Como o equilíbrio emocional in� uencia o comportamento e a segurança na condução de 
veículos de emergência? O que o condutor pode fazer para ter controle sobre suas emoções? 
Quais os principais tipos de condutores e suas características? Quais são os comportamentos 
esperados do condutor para exercer suas responsabilidades durante as atividades?
O condutor de veículo de emergência convive diariamente com o trânsito e precisa 
empenhar-se para instituir um ambiente de trabalho de qualidade. Isso depende de ação 
pessoal consciente e determinada. Para tanto, o relacionamento interpessoal é palavra-
chave.
Nesta unidade, falaremos sobre os aspectos do comportamento e de segurança na 
condução de veículos de emergência, o comportamento solidário no trânsito e a 
responsabilidade do condutor em relação aos demais atores do processo em que está 
inserido.
105
1 ASPECTOS DO COMPORTAMENTO E DE
SEGURANÇA NA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS DE 
EMERGÊNCIA
Para Fiandi (2013) e Cebollero (2011), no que concerne aos aspectos do comportamento e 
de segurança na condução de veículos de emergência, é imprescindível que o condutor saiba 
avaliar o seu equilíbrio emocional.
Na lida diária, especialmente em determinadas situações delicadas, as pessoas tendem a 
responder com reações impulsivas. Tais reações, é claro, podem variar de pessoa para pessoa: 
umas podem explodir, outras podem chorar.
Essas reações também podem se diferenciar conforme o período de vida da pessoa. Como 
exemplo, sabe-se que os jovens são mais impulsivos do que os adultos, em regra mais 
ponderados.
Então, como o condutor de veículos de emergência deve fazer para controlar seu 
comportamento?
A resposta está na prática do equilíbrio emocional. 
Equilíbrio emocional 
signi� ca apresentar respostas 
emocionais adequadas para 
cada situação que se vive.
Mas, para tanto, o condutor 
deve reconhecer suas próprias 
emoções e saber controlá-las.
106
Você sabe como reconhecer e dominar as próprias emoções?
Inicialmente, é necessário que você realize uma autoavaliação, identi� cando as reações 
emocionais frente a cada fator estressante durante o seu dia, principalmente aquelas reações 
impulsivas que você manifesta e que possam provocar ou agravar alguma situação problemática.
O gerenciamento das emoções consiste em aprender outras possibilidades de reação mais 
inteligentes. As pessoas que se esquentam facilmente ainda manifestam um comportamento 
automático, muito rudimentar na vida. Essa pode ser a forma de reação diante de problemas 
que a pessoa talvez tenha aprendido na família ou no ambiente de convívio e que aplicou por 
muito tempo em sua existência.
No entanto, é necessário se reeducar, isto é, adquirir novos hábitos de reação. O condutor 
inteligente deve estar consciente de que, quando controla suas reações e tem um domínio 
sobre elas, pode escolher o tipo de reação que trará melhor resultado para cada situação.
Procure pensar da seguinte forma: se recebeu alguma provocação no trânsito, da parte de 
algum colega de trabalho, de algum paciente ou de qualquer outra pessoa, raciocine e perceba 
que a outra pessoa é que está carregando um problema – o qual clama por solução —, não 
necessitando, pois, levar para o lado pessoal. Certamente, você já deve ter passado por alguma 
situação semelhante. Por isso, é adequado pensar “já passei por isso e sei como a pessoa está se 
sentindo; devo ajudá-la na solução do problema”.
Veja que esse é um comportamento muito diferente daquele de explodir, reagir impulsivamente. 
D
IC
A
S Quando você responde de forma racional, quando mostra uma atitude 
positiva e segura, evita que as situações se compliquem e ajuda a acalmar 
os demais envolvidos, fazendo-os agir na mesma direção — a de resolução 
do problema.
E esse é um dos segredos do condutor de veículos de emergência: se você cultiva essa habilidade 
de resposta emocional inteligente, terá uma qualidade de vida muito melhor e, acima de tudo, 
será um pro� ssional de destaque no mercado de trabalho.
Assista, no link indicado, a uma animação sobre o 
comportamento do condutor no trânsito e verifi que 
quais atitudes somente trazem aborrecimentos:
https://www.youtube.com/watch?v=31-PZpA6dmM
SAIBA
2 COMPORTAMENTO SOLIDÁRIO NO TRÂNSITO
Para Cristo (2012) e Mariuza e Garcia (2010), o comportamento no trânsito é um indicador 
dos atributos de um indivíduo. Aquele indivíduo dotado de maturidade e equilíbrio emocional 
sabe administrar suas tendências e atitudes negativas.
Saiba que a maioria dos condutores pouco comete infrações de trânsito ou se envolve em 
acidentes. É justamente a minoria dos motoristas a responsável pela maior parte dos problemas. 
O comportamento inadequado, muito provavelmente, pode ser 
decorrente das di� culdades em lidar com as pressões cotidianas. 
Nesse sentido, é importante que você aprenda a reconhecer alguns tipos de comportamento 
frequentemente encontrados no trânsito. Abaixo, estão relacionados os tipos principais e suas 
características:
107
2 COMPORTAMENTO SOLIDÁRIO NO TRÂNSITO
Para Cristo (2012) e Mariuza e Garcia (2010), o comportamento no trânsito é um indicador 
dos atributos de um indivíduo. Aquele indivíduo dotado de maturidade e equilíbrio emocional 
sabe administrar suas tendências e atitudes negativas.
Saiba que a maioria dos condutores pouco comete infrações de trânsito ou se envolve em 
acidentes. É justamente a minoria dos motoristas a responsável pela maior parte dos problemas. 
O comportamento inadequado, muito provavelmente, pode ser 
decorrente das di� culdades em lidar com as pressões cotidianas. 
Nesse sentido, é importante que você aprenda a reconhecer alguns tipos de comportamento 
frequentemente encontrados no trânsito. Abaixo, estão relacionados os tipos principaise suas 
características:
108
• condutor frustrado: é aquele que se caracteriza pela decepção diante de resultados 
insatisfatórios, via de regra compensada ao volante por meio de atitudes agressivas;
• condutor ansioso: é aquele que não consegue concentrar-se, tem equívocos sobre o 
caminho a ser percorrido, gasta mais tempo, o que retroalimenta a ansiedade;
• condutor raivoso: é aquele que tem reações perigosas e impensadas, decorrentes de 
desatino instantâneo;
• condutor angustiado: é aquele que vive sob o domínio da angústia, podendo agir de 
forma precipitada ou desatenta;
• condutor inseguro: é aquele que, para sentir-se valorizado, necessita sobressair-se 
fazendo demonstrações arriscadas de perícia no volante;
• condutor egoísta: é aquele que não demonstra cortesia no trânsito, que não cede nem 
compartilha o espaço no trânsito;
• condutor competitivo: é aquele que se caracteriza por dar aceleradas desnecessárias 
nas vias e as primeiras arrancadas na abertura do semáforo;
• condutor passivo: é aquele que demonstra comodidade no trânsito, não se arvorando 
de suas responsabilidades;
• condutor distraído: é aquele alheio, com foco mais na música ambiente do veículo e 
objetos diversos do que no próprio trânsito, colocando-se em risco desnecessário. 
Existem outros tipos de comportamento de condutores ao volante, 
mas, em sua grande parte, são uma mescla de dois ou mais desses 
apresentados. 
LEMBRE-SE
3 RESPONSABILIDADE DO CONDUTOR EM
RELAÇÃO AOS DEMAIS ATORES DO PROCESSO DE 
CIRCULAÇÃO
Consoante Malagutti (2012) e Arteaga e Garcia (2009), o condutor de veículo de emergência 
detém responsabilidades em relação aos demais atores do trânsito (outros condutores, 
pedestres, ciclistas, motociclistas, agentes de � scalização, entre outros).
109
Como já é sabido, as boas posturas entre os condutores e demais integrantes do trânsito 
permitem estimular o respeito e a cidadania. Veja, a seguir, algumas instruções pragmáticas 
de como exercer a sua responsabilidade, além da obediência às regras de trânsito e transporte:
• converse, não discuta:  em casos de acidente ou de necessidade de sair do veículo 
para conversar com alguém sobre o ocorrido, sempre mantenha a calma e não se exalte, 
mesmo que você seja a vítima;
• comunique-se claramente: preste atenção à sua entonação de voz e às expressões 
faciais;
D
IC
A
S
Por vezes, a entonação de voz e as expressões faciais podem passar uma 
visão diferente da que você almeja.
• utilize mensagens simples e objetivas: não permita más interpretações;
• distinga os momentos propícios: para atuar com consciência e exatidão;
• veja sempre o lado positivo das ocorrências: isso facilita entender a razão de 
comportamentos incorretos dos outros pro� ssionais ou usuários do sistema de transporte;
• evite brigas: quando extremamente necessário, intervenha apenas para acalmar os 
ânimos e volte o quanto antes ao diálogo e às suas tarefas;
• utilize sempre o bom senso: pense muito bem antes de agir, pois o que � zer de errado 
poderá ser utilizado contra você;
• empregue o veículo para o propósito correto: não o use para intimidar as pessoas 
ou para arranque, nem faça parada brusca, e não ligue os sinais luminosos e sonoros de 
forma desnecessária.
Como tudo que envolve o relacionamento interpessoal, é importante que, ao aplicar essas 
regras práticas, o condutor realize sua autoavaliação para saber como está se saindo.
Essa autoavaliação permite questionar a si mesmo, continuamente, 
sobre o seu desempenho diante de situações estressantes. Ao 
veri� car o seu próprio desempenho, o condutor terá consciência 
dos detalhes da situação a que foi exposto e, se agiu de forma 
inadequada, poderá corrigir sua atitude quando de uma próxima 
vez. 
110
RESUMINDO
No que diz respeito aos aspectos do comportamento e de segurança na condução de 
veículos de emergência, é imprescindível que o condutor saiba avaliar o seu equilíbrio 
emocional e controlar suas reações impulsivas.
O comportamento no trânsito é um indicador dos atributos de um indivíduo. Aquele 
indivíduo dotado de maturidade e equilíbrio emocional sabe administrar suas tendências 
e atitudes negativas. Também, é necessário que o condutor distinga os vários tipos de 
personalidade na direção: o frustrado, o ansioso, o raivoso, o angustiado, entre outros.
As boas posturas entre os condutores e demais integrantes do trânsito permitem 
estimular o respeito e a cidadania. Conversar, e nunca discutir, é uma das regras básicas 
ao condutor de veículo de emergência.
1. Equilíbrio emocional signi� ca apresentar respostas emocionais 
adequadas para cada situação vivida.
( ) Certo ( ) Errado
2. É o tipo de condutor caracterizado por decepção diante de 
resultados insatisfatórios, a qual, via de regra, é compensada ao 
volante por meio de atitudes agressivas:
( ) ansioso
( ) frustrado
( ) raivoso
( ) angustiado
3. Quando o condutor de veículo de emergência enxerga sempre 
o lado positivo das ocorrências, isso facilita entender a razão de 
comportamentos incorretos dos outros pro� ssionais ou usuários 
do sistema de transporte.
( ) Certo ( ) Errado
111
4. Constituem boas posturas do condutor de veículo de emergência 
no exercício de suas responsabilidades, exceto:
( ) Conversar, não discutir.
( ) Comunicar-se claramente.
( ) Utilizar mensagens simples e subjetivas.
( ) Evitar brigas.
UNIDADE 02
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL – PARTE 2
1 Respeito às Normas estabelecidas para Segurança 
no Trânsito
2 Papel dos Agentes de Fiscalização de Trânsito
UNIDADE 02 - RELACIONAMENTO 
INTERPESSOAL – PARTE 2
O QUE VOCÊ
SABE SOBRE 
O TEMA
Além das normas de trânsito, a quais outras normas o condutor de veículo de emergência 
deve obedecer? Qual a importância do papel de agente de trânsito? A que situações de trânsito 
o condutor de veículo de emergência deve estar atento?
Tão importante quanto o cumprimento das normas de trânsito, está o respeito do 
condutor aos regramentos do ambiente pro� ssional, desde aqueles relacionados aos 
horários de entrada e saída do expediente aos procedimentos operacionais estabelecidos 
pela empresa na qual trabalha.
Nesta unidade, veremos o respeito às normas estabelecidas para a segurança no trânsito 
e o papel dos agentes de � scalização.
115
1 RESPEITO ÀS NORMAS ESTABELECIDAS PARA 
SEGURANÇA NO TRÂNSITO
Consoante Malagutti (2012) e Arteaga e Garcia (2009), além do respeito às regras de trânsito 
já vistas, o condutor de veículo de emergência também deve atentar ao respeito às normas 
estabelecidas pela sua empresa e pelas demais empresas engajadas no processo de atendimento 
(hospitais, prontos-socorros, o� cinas de manutenção, órgãos governamentais de saúde), ou 
seja, no ambiente pro� ssional.
Veja, abaixo, alguns itens que merecem destaque com relação ao ambiente pro� ssional:
• rotina: se você ingressou nessa pro� ssão, já sabe que o trabalho é grati� cante, não 
apenas pela possibilidade de salvar vidas, como também pela aprendizagem que ele 
proporciona sobre o que não fazer em determinadas situações pelas quais todos passam 
no dia a dia, para não se somar às estatísticas de vítimas. Porém, a rotina do condutor de 
veículo de emergência é bastante estressante e pode trazer desgaste físico e mental;
Para manter as condições de equilibrio físico e mental na rotina 
de trabalho, é necessário que você tenha “uma mente sã em corpo 
são”. Isso se consegue com a prática regular de exercícios físicos, 
momentos de relaxamento com a família e amigos ou a prática de 
hobbies após o término do expediente.
LEMBRE-SE
• escalas de trabalho: o serviço de transporte de emergência, em regra, funciona de forma 
ininterrupta — certamente, você trabalhará em regime de escala, inclusive sábados, domingos 
e feriados. Issoexige de você planejamento e organização, especialmente em relação à família e 
amigos, de forma que sua atividade pro� ssional não se transforme em fonte de inconveniências.
Também, você poderá ser chamado, frequentemente, a mudar os horários de trabalho. Ainda 
que isso ocorra, mantenha a disciplina com a sua alimentação e repouso.
116
• regulamento das empresas: ao ingressar em uma empresa, você conhecerá os 
regulamentos concernentes aos aspectos administrativos (horários de entrada e saída, 
repouso, uniforme, en� m, deveres e direitos trabalhistas) e aos aspectos operacionais.
Leia-os todos, inclusive o Código de Ética corporativo, se houver.
Grife todas as informações que julgar importantes e, se houver dúvidas, não se acanhe: sempre 
pergunte ao responsável da área!
No que concerne às regras operacionais, esteja atento sobre os 
procedimentos de segurança que a empresa exigirá de você no 
trânsito. Isso pode variar de empresa para empresa, contudo, as 
regras de direção defensiva – que você já conhece – constituem a 
base do seu comportamento. 
LEMBRE-SE
1.1 Mantendo o Estresse sob Controle
Segundo Fiandi (2013) e Ho� mann et al. (2003), uma das responsabilidades do condutor de 
veículos de emergência é manter o estresse sob controle, para que não resulte em con� itos 
desnecessários, infrações e acidentes.
Eis, abaixo, algumas fontes mais comuns de estresse que ajudarão você a reconhecê-las, quando 
se manifestarem:
• Requisitos da função: diz respeito aos efeitos constantes do cumprimento de horários 
e pressões, associados à atividade de condutor de veículo de emergência;
• Responsabilidade pelos passageiros: por ser o responsável pela segurança dos 
pacientes e das demais pessoas que transporta;
• Responsabilidade pelo veículo: na direção, o condutor é o responsável pelas suas 
ações. No caso de ocorrências indesejáveis, se for constatada sua culpabilidade, deverá 
responder pelos seus atos;
• Di� culdades na vida pessoal: problemas de cunho pessoal, tais como � nanceiros, 
conjugais, insatisfação pessoal e pro� ssional, podem reduzir sua capacidade de conduzir 
o veículo de forma segura e habilidosa.
2 PAPEL DOS AGENTES DE FISCALIZAÇÃO DE 
TRÂNSITO
De acordo com Fiandi (2013), a � scalização de trânsito é executada por agentes de órgãos de 
trânsito da União, dos Estados e do Distrito Federal.
117
Por que o papel do agente de � scalização de trânsito é importante?
O papel do agente de � scalização de trânsito é importante porque o seu exercício efetivo 
permite um � uxo de tráfego mais seguro. Além das atribuições relacionadas à sua operação 
e � scalização, o agente exerce a função essencial de educar todos que compartilham as vias 
públicas, cabendo-lhe informar, orientar e sensibilizar os cidadãos acerca das regras de um 
comportamento seguro e preventivo.
Ainda, na sua pro� ssão, pode-se dizer que, quanto mais agentes 
de � scalização estiverem presentes nas vias públicas, maior a 
probabilidade de que o tráfego dos veículos de emergência � ua 
sem grandes percalços.
Quanto ao ambiente de trânsito, não se pode olvidar de algumas situações que merecem sua 
atenção:
• atitudes erradas de outros condutores: com a presença ou não dos agentes de 
� scalização, esteja preparado para o fato de que o trânsito está repleto dos mais variados 
tipos de condutores, especialmente daqueles egoístas, os quais não respeitam a preferência 
dos veículos de transporte de emergência, não cedem passagem e, ainda, utilizam as 
áreas reservadas para ponto de parada e estacionamento das viaturas.
118
• prioridade no trânsito: os condutores de transporte de emergência têm livre 
circulação, estacionamento e parada, quando estiverem em serviço e com todos os 
dispositivos obrigatórios do veículo acionados.
Nessa condição, as manobras podem gerar muito mais estresse ao condutor devido à 
grande exposição ao risco de acidentes.
D
IC
A
S
Você já sabe que essa rotina faz parte da pro� ssão — Um condutor 
preventivo sabe manter o equilíbrio emocional e agir com habilidade, 
sem desperdício de tempo e, simultaneamente, preservar a segurança de 
todos, descartando abusos, imprudências ou infrações desnecessárias.
• engarrafamentos: muito comuns em cidades médias e grandes, provocam ansiedade 
e nervosismo em toda a tripulação do veículo.
Você deve lembrar-se de que não é o único condutor na situação, inclusive, pode haver 
mais veículos de emergência atuando na via.
Mantenha o seu controle e veri� que todas as alternativas possíveis, 
inclusive com relação a seus colegas, e jamais tenha uma atitude 
precipitada que possa resultar em manobra arriscada, em expor 
todos ao risco de morte.
LEMBRE-SE
Quando estiver em trânsito engarrafado e houver via de escape lateral, você pode solicitar, 
pelo rádio, auxílio aos agentes de trânsito para ajudá-lo a abrir caminho até aquela via.
RESUMINDO
Como você poderá ser chamado a mudar os seus horários de trabalho frequentemente, 
devido ao cumprimento de escalas, mantenha a disciplina com a sua alimentação, 
repouso e exercícios físicos.
Os problemas de cunho pessoal, tais como � nanceiros, conjugais, insatisfação pessoal 
e pro� ssional, podem reduzir sua capacidade de conduzir o veículo de forma segura e 
habilidosa. Por isso, seja muito resoluto quanto a esses assuntos.
Reforçando: os condutores de transporte de emergência têm livre circulação, 
estacionamento e parada somente quando estiverem em serviço e com todos os 
dispositivos obrigatórios do veículo acionados.
119
1. O agente de � scalização de trânsito exerce a função essencial 
de educar todos que compartilham as vias públicas, mas a ele não 
cabe informar, orientar e sensibilizar os cidadãos acerca das regras 
de comportamento seguro e preventivo.
( ) Certo ( ) Errado
2. Constituem fontes mais comuns de estresse do condutor de 
veículo de emergência:
( ) requisitos da função
( ) responsabilidade pelos passageiros
( ) responsabilidade pelo veículo
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
3. Muito comuns em cidades médias e grandes, os engarrafamentos 
provocam ansiedade e nervosismo em toda a tripulação do veículo 
de transporte de emergência.
( ) Certo ( ) Errado
4. Com relação à rotina do condutor de veículo de emergência, 
pode-se a� rmar, exceto:
( ) O trabalho é grati� cante, porque permite salvar vidas.
( ) O trabalho é grati� cante, porque permite aprendizagem sobre 
o que não fazer em determinadas situações emergenciais.
( ) A rotina do condutor de veículo de emergência é estressante.
( ) A rotina do condutor de veículo de emergência não causa 
desgaste físico e mental.
UNIDADE 03
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL – PARTE 3
1 Atendimento aos Diversos Tipos de Usuário 
2 Características dos Usuários de Veículos de 
Emergência
3 Cuidados Especiais na Condução de Veículos de 
Emergência
UNIDADE 03 - RELACIONAMENTO 
INTERPESSOAL – PARTE 3
O QUE VOCÊ
SABE SOBRE 
O TEMA
Como atender mães com bebê, crianças, gestantes, idosos, portadores de de� ciências e pessoas 
com mobilidade reduzida? Quais são os principais tipos de personalidade dos usuários do 
transporte de emergência? Que cuidados especiais se deve ter na condução dos veículos de 
emergência?
O condutor de veículo de emergência, além de arraigado aos procedimentos de segurança 
no trânsito e operacionais, deve ser um pesquisador da alma humana, reconhecendo 
as várias personalidades das vítimas ou enfermos, bem como deve desenvolver um 
comportamento maduro e ético-pro� ssional.
 Nesta unidade, estudaremos o atendimento aos diversos tipos de usuários, suas 
características importantes e os cuidados especiais na condução de veículos de 
emergência.
123
1 ATENDIMENTO AOS DIVERSOS TIPOS DE 
USUÁRIO 
Para Fiandi (2013) e Cebollero (2011), a e� ciênciado serviço prestado no transporte de 
emergência está ligada ao atendimento e� caz, desde o momento em que o serviço é solicitado 
até a chegada ao destino � nal.
Toda a tripulação do veículo de emergência – especialmente o condutor — deve estar disposta 
a aprender, a reciclar-se, e a se aperfeiçoar para atender às necessidades de seus pacientes.
Durante o transporte, a satisfação do paciente é realizar o percurso sentindo-se seguro, 
percorrendo o caminho mais rápido e e� caz, respeitando, é claro, os limites de segurança e as 
regras de trânsito.
O condutor de veículo de emergência deve ter em mente que o paciente transportado é o seu 
cliente. Por isso, deve ser tratado com respeito e atenção por todos e em todas as ocasiões, 
ouvindo-se o que ele pensa, suas queixas, seus elogios e até a avaliação do serviço prestado 
pela Equipe de Emergência.
124
As reclamações do paciente quanto ao serviço prestado no transporte de emergência devem ser 
devidamente registradas, uma vez que, por meio delas, veri� cam-se as falhas no atendimento, 
não permitindo que se repitam e deixem insatisfeitos outros usuários do serviço. 
Aliás, em tempos de contenção de gastos e di� culdades variadas 
de gestão – tanto no setor público quanto no privado —, quando 
as reclamações registradas são formalizadas pela Equipe de 
Emergência às suas autoridades hierárquicas superiores, tem-
se um fato administrativo, o qual, se bem conduzido, poderá 
assegurar recursos � nanceiros não apenas para a capacitação 
periódica dos pro� ssionais, como também para melhoria da frota 
de veículos de emergência, insumos e equipamentos obrigatórios.
De acordo com Fiandi (2013) e a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa 
com De� ciência (SNPDPD, 2016), muito embora os veículos de transporte de emergência 
devam estar adaptados para atender a todos os tipos de usuário, o condutor também precisa 
conhecer os riscos de lesão presentes no veículo de emergência. As mães com bebê, crianças, 
gestantes, idosos, portadores de de� ciência e pessoas com mobilidade reduzida possuem 
particularidades que precisam ser reconhecidas, a � m de se saber lidar com elas e fornecer-
lhes a devida proteção contra eventuais acidentes.
Com isso, algumas regras de como lidar com esses usuários são úteis:
• evite acelerações ou freadas bruscas, porque tais usuários apresentam mais di� culdades 
de se segurarem no interior do veículo, bem como no embarque e desembarque;
• embarque e desembarque sempre do lado da calçada ou do lado mais protegido do tráfego;
• saiba reconhecer as diferenças físicas, sociais, culturais e religiosas desses usuários, 
pois é importante manter um bom relacionamento e saber respeitar as diferenças 
individuais.
Leia, no link indicado, a matéria acerca das equipes 
de emergência das concessionárias rodoviárias 
paulistas, da importância desses atendimentos e sobre 
o quantitativo da frota de veículos de emergência 
empregado:
http://estradas.com.br/equipes-de-emergencia-das-
concessionarias-de-rodovias-paulistas-fazem-187-
atendimentos-por-dia
SAIBA
125
2 CARACTERÍSTICAS DOS USUÁRIOS DE VEÍCULOS
DE EMERGÊNCIA
Na visão de Fiandi (2013) e Cebollero (2011), como em todo grupo social, há pessoas que 
se relacionam com maior ou menor facilidade. Por isso, o relacionamento interpessoal é 
uma das atribuições mais valorizadas nos pro� ssionais que laboram na área de atendimento 
emergencial.
Para auxiliar no trato com os usuários dos serviços de transporte de emergência, e até mesmo 
com os colegas de trabalho, são descritos em seguida alguns tipos de personalidade mais 
encontrados nesse ambiente e algumas dicas para lidar com eles:
• tipo descon� ado: sua principal característica é a ausência de con� ança nas pessoas. 
Passa a impressão de que somente ele realiza o melhor em tudo. Tem a propensão de 
levar tudo para o lado negativo. Sofre pelo elevado grau de descon� ança, gerando 
desgaste físico e emocional. Enxerga-se como realista, mas as outras pessoas o veem 
como pessimista.
Procure agir da seguinte forma: 
 ‐ compreenda o modo de ser da pessoa; 
 ‐ use a imparcialidade ao receber comentários negativos desse tipo de personalidade, 
não levando para o lado pessoal;
 ‐ comunique-se:
D
IC
A
S
Sempre diga à pessoa que ela está nas mãos de pro� ssionais quali� cados, 
competentes e experientes nesse tipo de atendimento emergencial.
• tipo extrovertido: é aquele que, por onde passa, registra um rastro de afetividade e 
otimismo. Normalmente, gosta de ser admirado e paparicado. Tem elevada autoestima. 
Pode ser elemento agregador entre as pessoas.
Procure agir da seguinte forma: 
 ‐ compreenda a necessidade da pessoa de querer se destacar; 
 ‐ use a imparcialidade ao receber comentários;
 ‐ peça para que ele se concentre no que é necessário fazer naquele momento e que 
relaxe profundamente.
126
• tipo solitário: apresenta a necessidade de � car sozinho, reservado, em uma 
comunicação interna (sel� alk). Prefere as tarefas individuais às grupais. Tem sua própria 
concepção de mundo e vive em função dele, o que pode separá-lo das demais pessoas. 
Procure agir da seguinte forma:
 ‐ compreenda a necessidade de reserva da pessoa; 
 ‐ não faça comparações das ações dessa pessoa com a de outras;
 ‐ estimule-a:
D
IC
A
S
Estimule-a a entender as ações de cada pro� ssional naquele momento de 
atendimento e diga que a sua colaboração é importante.
• tipo tímido: diferente do solitário, é aquele que manifesta vergonha de se expor. 
Receia ser criticado. Sente-se incapaz. Apresenta baixa autoestima e passa a imagem de 
ser inferior, embora não o seja, necessariamente.
Procure agir da seguinte forma: 
 ‐ compreenda o modo de ser dessa pessoa; 
 ‐ incentive-a a manifestar o que está sentindo;
 ‐ congratule-a pelas competências demonstradas;
 ‐ seja receptivo às suas ações, com sorriso franco e sincero.
3 CUIDADOS ESPECIAIS NA CONDUÇÃO DE 
VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA
De acordo com Fiandi (2013), todo indivíduo detém a sua consciência moral, permitindo-
lhe diferenciar entre o que é certo e o que é errado, isto é, a diferença entre o bem e o mal. 
O condutor de veículo de emergência deve saber utilizar a sua consciência moral nas várias 
situações em que ela é solicitada. 
127
Por exemplo, a sua consciência moral o avisará de que, quando os sinais luminosos e sonoros 
da ambulância não estiverem acionados, não terá a prioridade no trânsito e deverá cumprir as 
regras de sinalização como qualquer outro motorista.
Além disso, o condutor de veículo de emergência deve saber 
equilibrar os dois lados de sua competência pro� ssional: o lado 
técnico e o lado emocional.
Caso haja o predomínio de um dos lados, o atendimento emergencial poderá ser prejudicado, 
quer pelo excesso de tecnicismo quer pelo descontrole emocional.
Por outro lado, o condutor de veículo de emergência deve apresentar a competência ético-
pro� ssional, essencial para a humanização do atendimento.
Mas você sabe o que caracteriza a competência ético-pro� ssional? 
Ela é caracterizada pelos seguintes atributos que o pro� ssional 
aplica no exercício de sua pro� ssão: capacidade de trabalho em 
equipe, liderança, bom relacionamento interpessoal, pensamento 
sistêmico (visão do todo), comunicabilidade, empreendedorismo, 
negociação, inovação, percepção de tendências, visão de processos, 
conhecimento da realidade externa e garra.
Essa competência ético-pro� ssional deve estar presente nas várias formas de relacionamento 
do condutor de veículo de emergência, tais como:
• condutor e che� as imediatas;
• condutor e equipe de atendimento;
• condutor e agentes de trânsito;
• condutor e vítimas;
• condutor e parentes ou acompanhantes das vítimas.
128
Destaca-se que o relacionamento ético-pro� ssional entre o condutor e os diversosatores 
baseia-se em três preceitos importantes:
• companheirismo;
• respeito;
• sentimento do dever cumprido.
Apossando-se desses três elementos, o condutor de veículo de emergência saberá tomar as 
atitudes adequadas e prestar atenção a quaisquer alterações emocionais presentes no momento 
do atendimento. 
Dessa forma, não se deixará induzir pela conduta da vítima, terá atenção adequada para todo 
o tipo de atendimento, agindo com seriedade como esteio para a postura pro� ssional que lhe 
é exigida.
D
IC
A
S O elevado grau de pro� ssionalismo do condutor de veículo de emergência 
somente pode ser conseguido com a obtenção do respeito e admiração 
das vítimas e das demais pessoas envolvidas nas ocorrências diárias.
RESUMINDO
As mães com bebê, crianças, gestantes, idosos, portadores de de� ciência e pessoas com 
mobilidade reduzida, todos possuem particularidades que precisam ser reconhecidas — 
é preciso agir com adequação e fornecer-lhes proteção e� caz contra eventuais acidentes.
O relacionamento interpessoal é uma das atribuições mais valorizadas nos pro� ssionais 
que laboram na área de atendimento emergencial. Por isso, esteja sempre atento às suas 
atitudes.
O relacionamento ético-pro� ssional entre o condutor e os diversos atores baseia-se em 
três preceitos importantes: companheirismo, respeito e sentimento do dever cumprido.
129
1. O elevado grau de pro� ssionalismo do condutor de veículo 
de emergência somente pode ser conseguido com a obtenção do 
respeito e a admiração pelo time de futebol dos usuários atendidos.
( ) Certo ( ) Errado
2. Apresenta a necessidade de � car sozinho, reservado, em uma 
comunicação interna (sel� alk). Prefere as tarefas individuais às 
grupais. Tem sua própria concepção de mundo e vive em função 
dele, o que pode separá-lo das demais pessoas. Está-se falando de 
qual tipo de usuário de serviço de transporte de emergência:
( ) descon� ado
( ) solitário
( ) extrovertido
( ) tímido
3. O condutor de veículo de emergência também deve saber 
equilibrar os dois lados de sua competência pro� ssional: o lado 
técnico e o lado emocional.
( ) Certo ( ) Errado
4. Para o usuário de serviço de transporte de emergência do tipo 
tímido, deve-se agir da seguinte forma, exceto:
( ) Compreender o modo de ser da pessoa.
( ) Incentivá-lo a manifestar o que está sentindo.
( ) Congratulá-lo pelas competências demonstradas.
( ) Ser receptivo às suas ações, com sorriso debochado.
130
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132
ANOTAÇÕES
133
ANOTAÇÕES
134
ANOTAÇÕES
135
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ANOTAÇÕES
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