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MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Matemática Discreta Conjuntos Prof.ª Dr.ª Diane Castonguay Prof. Me. Julliano R. Nascimento {diane, julliano}@inf.ufg.br Instituto de Informática Universidade Federal de Goiás 1 / 157 MD DC Revisão Conjuntos Relações Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia O que é um conjunto? Definção Um conjunto é uma coleção de objetos, sem repetição e não ordenada. Observação Um objeto pertence ou não a um conjunto. Um objeto só pertence uma vez. Não importa a ordem dos objetos. Notação ♥ ∈ {♣,♦,♥,♠} � 6∈ {♣,♦,♥,♠} {pi, 2, 3, pi} = {2, 3, pi} = {3, 2, pi} 2 / 157 MD DC Revisão Conjuntos Relações Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Conjuntos Importantes Definições O conjunto vazio é o conjunto que não possui elementos. É denotado por ∅. N = {0, 1, 2, 3, . . .}, o conjunto dos números naturais. N∗ = N− {0} = {1, 2, 3, . . .}, o conjunto dos números naturais exceto o zero. Z = {. . . ,−2,−1, 0, 1, 2, . . .}, o conjunto dos números inteiros. Z+ = {1, 2, 3, . . .}, o conjunto dos números inteiros positivos. Q = {pq | p ∈ Z, q ∈ Z e q 6= 0}, o conjunto dos números racionais. R, o conjunto dos números reais. 3 / 157 MD DC Revisão Conjuntos Relações Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Definição Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é um subconjunto de B (ou A está contido em B, ou B contém A) se todo elemento de A é um elemento de B. Notação A ⊆ B Observação Seja A um conjunto. Então: ∅ ⊆ A. A ⊆ A. x ∈ A⇔ {x} ⊆ A. 4 / 157 MD DC Revisão Conjuntos Relações Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Criando conjuntos a partir de outros Seja A um conjunto. Definição: Potência O conjunto potência de A, denotado por 2A, é o conjunto formado de todos os subconjuntos de A. Observação Observamos que 2A = {X conjunto t. q. X ⊆ A}. Exemplo Consideramos A = {0, 1}. Então, 2A = {∅, {0}, {1}, A}. Seja B = {♥, pi, c}. Então 2B = {∅, {♥}, {pi}, {c}, {♥, pi}, {♥, c}, {pi, c}, B}. 5 / 157 MD DC Revisão Conjuntos Relações Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Produto Cartesiano Definição Sejam A e B dois conjuntos. O produto cartesiano de A por B é o conjunto de todos os pares ordenados formados de um elemento de A e depois de um elemento de B Notação A×B = {(a, b) t. q. a ∈ A, b ∈ B} Exemplo Consideramos os conjuntos A = {0, 1} e B = {?,�, pi}. O produto cartesiano de A por B é o conjunto A×B = {(0, ?), (0,�), (0, pi), (1, ?), (1,�), (1, pi)} 6 / 157 MD DC Revisão Conjuntos Relações Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Relações Definição Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que R é uma relação de A para B se R ⊆ A×B. Dizemos que R é uma relação sobre A se R ⊆ A×A. Exemplos ∅ é uma relação de A para B. A×B é uma relação de A para B. Se X ⊆ A e Y ⊆ B então X × Y é uma relação de A para B. idA = {(a, b) ∈ A×A t. q. a = b} é uma relação sobre A. Div = {(a, b) ∈ Z× Z t. q. a|b} é uma relação sobre Z. ≤ = {(a, b) ∈ Z× Z t. q. a ≤ b}. 7 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função 8 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia De onde vem, onde vai Definições Seja f uma relação. O domínio de f é o conjunto Domf = {a t. q. ∃b; (a, b) ∈ f} A imagem de f é o conjunto Imf = {b t. q. ∃a; (a, b) ∈ f} Exemplos f = {(1, 3); (2, 3); (3, 2); (3, 4)}, Domf = {1, 2, 3}, Imf = {2, 3, 4}. g = {(1, 3), (2, 3), (3, 2), (4, 4)}, Domf = {1, 2, 3, 4}, Imf = {2, 3, 4}. h = {(1, 3), (2, 1), (3, 2), (4, 4)}, Domf = {1, 2, 3, 4} = Imf . 9 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Definição Seja f uma relação de A para B. Dizemos que f é uma função de A para B quando satisfaz: se (a, b), (a, c) ∈ f então b = c. se a ∈ A, então ∃b ∈ B tal que (a, b) ∈ f , ou seja Domf = A. Notação Denotamos por f : A→ B uma função de A para B. Para cada a ∈ A, existe um único b ∈ B tal que (a, b) ∈ f . Denotamos este elemento b por f(a) (f de a). Neste caso, dizemos que f(a) é definido. 10 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Exemplos idA é uma função sobre A definida por idA(x) = x. Em geral, A×A não é uma função. Div|N não é uma função. f = {(1, 3), (2, 3), (3, 2), (3, 4)} não é uma função. g = {(1, 3), (2, 3), (3, 2), (4, 4)} é uma função sobre {1, 2, 3, 4}. h = {(1, 3), (2, 1), (3, 2), (4, 4)} é uma função sobre {1, 2, 3, 4}. A relação f = {(x, y) ∈ R× R t. q. xy = 1} é uma função de R∗ para R definida por f(x) = 1/x. A relação g = {(x, y) ∈ R×R t. q. xy = 0} não é função. A relação h = g ∩ (R∗ × R) é uma função de R∗ para R. Observe que h é definida por h(x) = 0. 11 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função de Escolha Definição Seja B um conjunto, P ⊆ 2B e A ∈P. Dizemos que f :P → B é uma função de escolha quando: f(A) ∈ A, ∀A ∈P Observação ∅ /∈P 12 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função de Escolha Definição Seja B um conjunto, P ⊆ 2B e A ∈P. Dizemos que f :P → B é uma função de escolha quando: f(A) ∈ A, ∀A ∈P Exemplos (1/3) A função f :P → B definida por A1 7−→ 2 A2 7−→ 4 A3 7−→ 2 é uma função de escolha. 13 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função de Escolha Definição Seja B um conjunto, P ⊆ 2B e A ∈P. Dizemos que f :P → B é uma função de escolha quando: f(A) ∈ A, ∀A ∈P Exemplos (2/3) A função g :P → B definida por A1 7−→ 2 A2 7−→ 3 é uma função de escolha. 14 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função de Escolha Definição Seja B um conjunto, P ⊆ 2B e A ∈P. Dizemos que f :P → B é uma função de escolha quando: f(A) ∈ A, ∀A ∈P Exemplos (3/3) A função h :P → B definida por A1 7−→ 3 A2 7−→ 1 A3 7−→ 4 não é uma função de escolha. 15 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Injetora Definição Seja f uma função. Dizemos que f é injetora quando se (a, y) ∈ f e (b, y) ∈ f , (ou seja se f(a) = f(b)) então a = b. Exemplos (1/2) idA é uma função injetora. g = {(1, 3), (2, 3), (3, 2), (4, 4)} não é uma função injetora. h = {(1, 3), (2, 1), (3, 2), (4, 4)} é uma função injetora. A relação f = {(x, y) ∈ R× R t. q. xy = 1} é uma função injetora. 16 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Injetora Definição Sejaf uma função. Dizemos que f é injetora quando se (a, y) ∈ f e (b, y) ∈ f , (ou seja se f(a) = f(b)) então a = b. Exemplos (2/2) A função de escolha e :P → B definida por A1 7−→ 3 A2 7−→ 4 A3 7−→ 2 é uma função injetora. 17 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Injetora Exemplo Seja f : R→ R definida por f(x) = x+ 1. Mostre que f é injetora. Solução Sejam x, y ∈ R tais que f(x) = f(y). Logo, x = x+ 0 (neutro) = x+ (1− 1) = (x+ 1)− 1 (associatividade) = (y + 1)− 1 (hipótese) = y + (1− 1) (associatividade) = y + 0 = y (neutro) Portanto, x = y. 18 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Injetora Exemplo Seja f : R→ R definida por f(x) = x+ 1. Mostre que f é injetora. Solução Sejam x, y ∈ R tais que f(x) = f(y). Logo, x = x+ 0 (neutro) = x+ (1− 1) = (x+ 1)− 1 (associatividade) = (y + 1)− 1 (hipótese) = y + (1− 1) (associatividade) = y + 0 = y (neutro) Portanto, x = y. 19 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Injetora Exemplo Seja f : R→ R definida por f(x) = x+ 1. Mostre que f é injetora. Solução Sejam x, y ∈ R tais que f(x) = f(y). Logo, x = x+ 0 (neutro) = x+ (1− 1) = (x+ 1)− 1 (associatividade) = (y + 1)− 1 (hipótese) = y + (1− 1) (associatividade) = y + 0 = y (neutro) Portanto, x = y. 20 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Injetora Exemplo Seja f : R→ R definida por f(x) = x+ 1. Mostre que f é injetora. Solução Sejam x, y ∈ R tais que f(x) = f(y). Logo, x = x+ 0 (neutro) = x+ (1− 1) = (x+ 1)− 1 (associatividade) = (y + 1)− 1 (hipótese) = y + (1− 1) (associatividade) = y + 0 = y (neutro) Portanto, x = y. 21 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Injetora Exemplo Seja f : R→ R definida por f(x) = x+ 1. Mostre que f é injetora. Solução Sejam x, y ∈ R tais que f(x) = f(y). Logo, x = x+ 0 (neutro) = x+ (1− 1) = (x+ 1)− 1 (associatividade) = (y + 1)− 1 (hipótese) = y + (1− 1) (associatividade) = y + 0 = y (neutro) Portanto, x = y. 22 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Injetora Exemplo Seja f : R→ R definida por f(x) = x+ 1. Mostre que f é injetora. Solução Sejam x, y ∈ R tais que f(x) = f(y). Logo, x = x+ 0 (neutro) = x+ (1− 1) = (x+ 1)− 1 (associatividade) = (y + 1)− 1 (hipótese) = y + (1− 1) (associatividade) = y + 0 = y (neutro) Portanto, x = y. 23 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Injetora Exemplo Seja f : R→ R definida por f(x) = x+ 1. Mostre que f é injetora. Solução Sejam x, y ∈ R tais que f(x) = f(y). Logo, x = x+ 0 (neutro) = x+ (1− 1) = (x+ 1)− 1 (associatividade) = (y + 1)− 1 (hipótese) = y + (1− 1) (associatividade) = y + 0 = y (neutro) Portanto, x = y. 24 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Injetora Exemplo Seja f : R→ R definida por f(x) = x+ 1. Mostre que f é injetora. Solução Sejam x, y ∈ R tais que f(x) = f(y). Logo, x = x+ 0 (neutro) = x+ (1− 1) = (x+ 1)− 1 (associatividade) = (y + 1)− 1 (hipótese) = y + (1− 1) (associatividade) = y + 0 = y (neutro) Portanto, x = y. 25 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Injetora Exemplo Seja f : Z→ Z definida por f(x) = 3x+ 4. Prove que f é injetora. Solução Sejam x, y ∈ Z tais que f(x) = f(y). Temos que 3x+ 4 = 3y + 4. Subtraindo 4 de ambos os membros, então 3x = 3y. Dividindo ambos os membros por 3, obtemos que x = y. Portanto, x = y. 26 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Injetora Exemplo Seja f : Z→ Z definida por f(x) = 3x+ 4. Prove que f é injetora. Solução Sejam x, y ∈ Z tais que f(x) = f(y). Temos que 3x+ 4 = 3y + 4. Subtraindo 4 de ambos os membros, então 3x = 3y. Dividindo ambos os membros por 3, obtemos que x = y. Portanto, x = y. 27 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Injetora Exemplo Seja f : Z→ Z definida por f(x) = 3x+ 4. Prove que f é injetora. Solução Sejam x, y ∈ Z tais que f(x) = f(y). Temos que 3x+ 4 = 3y + 4. Subtraindo 4 de ambos os membros, então 3x = 3y. Dividindo ambos os membros por 3, obtemos que x = y. Portanto, x = y. 28 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Injetora Exemplo Seja f : Z→ Z definida por f(x) = 3x+ 4. Prove que f é injetora. Solução Sejam x, y ∈ Z tais que f(x) = f(y). Temos que 3x+ 4 = 3y + 4. Subtraindo 4 de ambos os membros, então 3x = 3y. Dividindo ambos os membros por 3, obtemos que x = y. Portanto, x = y. 29 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Injetora Exemplo Determine se a função f : Z→ Z definida por f(x) = x2 é injetora. Solução Não é injetora pois, f(1) = f(−1) = 1, mas 1 6= −1. 30 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função Injetora Exemplo Determine se a função f : Z→ Z definida por f(x) = x2 é injetora. Solução Não é injetora pois, f(1) = f(−1) = 1, mas 1 6= −1. 31 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Sobrejetora Definição Seja f : A→ B uma função. Dizemos que f é sobrejetora quando para cada b ∈ B, existe a ∈ A tal que f(a) = b, ou seja Imf = B. Exemplos (1/2) idA é uma função sobrejetora. g = {(1, 3), (2, 3), (3, 2), (4, 4)} não é uma função sobrejetora. h = {(1, 3), (2, 1), (3, 2), (4, 4)} é uma função sobrejetora. A relação f = {(x, y) ∈ R× R t. q. xy = 1} não é uma função sobrejetora. 32 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Sobrejetora Definição Seja f : A→ B uma função. Dizemos que f é sobrejetora quando para cada b ∈ B, existe a ∈ A tal que f(a) = b, ou seja Imf = B. Exemplos (2/2) A função de escolha e :P → B definida por e = {(A1, 3), (A2, 1), (A3, 2), (A4, 4), (A5, 5)} é uma função sobrejetora. 33 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto deCantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo Seja a função f : Z→ Z definida por f(x) = x+ 1. Mostre que f é sobrejetora. Solução Seja b ∈ Z. Consideramos ♥ = b− 1 ∈ Z. Temos que f(♥) = ♥+ 1 = (b− 1) + 1 = b Portanto, f(♥) = b. 34 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo Seja a função f : Z→ Z definida por f(x) = x+ 1. Mostre que f é sobrejetora. Solução Seja b ∈ Z. Consideramos ♥ = b− 1 ∈ Z. Temos que f(♥) = ♥+ 1 = (b− 1) + 1 = b Portanto, f(♥) = b. 35 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo Seja a função f : Z→ Z definida por f(x) = x+ 1. Mostre que f é sobrejetora. Solução Seja b ∈ Z. Consideramos ♥ = b− 1 ∈ Z. Temos que f(♥) = ♥+ 1 = (b− 1) + 1 = b Portanto, f(♥) = b. 36 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo Seja a função f : Z→ Z definida por f(x) = x+ 1. Mostre que f é sobrejetora. Solução Seja b ∈ Z. Consideramos ♥ = b− 1 ∈ Z. Temos que f(♥) = ♥+ 1 = (b− 1) + 1 = b Portanto, f(♥) = b. 37 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo Seja a função f : Z→ Z definida por f(x) = x+ 1. Mostre que f é sobrejetora. Solução Seja b ∈ Z. Consideramos ♥ = b− 1 ∈ Z. Temos que f(♥) = ♥+ 1 = (b− 1) + 1 = b Portanto, f(♥) = b. 38 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo Seja a função f : Z→ Z definida por f(x) = x+ 1. Mostre que f é sobrejetora. Solução Seja b ∈ Z. Consideramos ♥ = b− 1 ∈ Z. Temos que f(♥) = ♥+ 1 = (b− 1) + 1 = b Portanto, f(♥) = b. 39 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo Seja f : Q→ Q dada por f(x) = 3x+ 4. Prove que f é sobrejetora. Solução Seja b ∈ Q. Consideramos ♥ = 13(b− 4) ∈ Q. Note que f(♥) = 3(♥) + 4 = 3(1 3 (b− 4)) + 4 = b− 4 + 4 = b Portanto, f(♥) = b. 40 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo Seja f : Q→ Q dada por f(x) = 3x+ 4. Prove que f é sobrejetora. Solução Seja b ∈ Q. Consideramos ♥ = 13(b− 4) ∈ Q. Note que f(♥) = 3(♥) + 4 = 3(1 3 (b− 4)) + 4 = b− 4 + 4 = b Portanto, f(♥) = b. 41 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo Seja f : Q→ Q dada por f(x) = 3x+ 4. Prove que f é sobrejetora. Solução Seja b ∈ Q. Consideramos ♥ = 13(b− 4) ∈ Q. Note que f(♥) = 3(♥) + 4 = 3(1 3 (b− 4)) + 4 = b− 4 + 4 = b Portanto, f(♥) = b. 42 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo Seja f : Q→ Q dada por f(x) = 3x+ 4. Prove que f é sobrejetora. Solução Seja b ∈ Q. Consideramos ♥ = 13(b− 4) ∈ Q. Note que f(♥) = 3(♥) + 4 = 3( 1 3 (b− 4)) + 4 = b− 4 + 4 = b Portanto, f(♥) = b. 43 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo Seja f : Q→ Q dada por f(x) = 3x+ 4. Prove que f é sobrejetora. Solução Seja b ∈ Q. Consideramos ♥ = 13(b− 4) ∈ Q. Note que f(♥) = 3(♥) + 4 = 3(1 3 (b− 4)) + 4 = b− 4 + 4 = b Portanto, f(♥) = b. 44 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo Seja f : Q→ Q dada por f(x) = 3x+ 4. Prove que f é sobrejetora. Solução Seja b ∈ Q. Consideramos ♥ = 13(b− 4) ∈ Q. Note que f(♥) = 3(♥) + 4 = 3(1 3 (b− 4)) + 4 = b− 4 + 4 = b Portanto, f(♥) = b. 45 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo Seja f : Q→ Q dada por f(x) = 3x+ 4. Prove que f é sobrejetora. Solução Seja b ∈ Q. Consideramos ♥ = 13(b− 4) ∈ Q. Note que f(♥) = 3(♥) + 4 = 3(1 3 (b− 4)) + 4 = b− 4 + 4 = b Portanto, f(♥) = b. 46 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo A função f : Z→ Z definida por f(x) = x2 é sobrejetora? Solução Note que não há número inteiro x com x2 = −1. Logo, f não é sobrejetora. 47 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função sobrejetora Exemplo A função f : Z→ Z definida por f(x) = x2 é sobrejetora? Solução Note que não há número inteiro x com x2 = −1. Logo, f não é sobrejetora. 48 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Bijetora Definição Seja f : A→ B uma função. Dizemos que f é uma bijeção, ou é uma função bijetora se ela é injetora e sobrejetora. Exemplos idA é uma função bijetora e id−1A = idA. A função g : Q→ Q definida por f(x) = 3x+ 4 é uma função bijetora. h = {(1, 3), (2, 1), (3, 2), (4, 4)} é uma função bijetora. Seja B um conjunto e P = {{x} | x ∈ B}. A função de escolha f :P → B dada por {x} 7−→ x é bijetora. 49 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : R+ → R+ dada por f(x) = x2. A função f é bijetora? Solução Sejam x, y ∈ R+ tais que f(x) = f(y). Então x2 = y2. Note que x = |x| = √ x2 = √ y2 = |y| = y Portanto, x = y. Seja b ∈ R+. Consideramos ♥ = √b ∈ R+. Observe que f(♥) = (♥)2 = ( √ b)2 = b Portanto, f(♥) = b. 50 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : R+ → R+ dada por f(x) = x2. A função f é bijetora? Solução Sejam x, y ∈ R+ tais que f(x) = f(y). Então x2 = y2. Note que x = |x| = √ x2 = √ y2 = |y| = y Portanto, x = y. Seja b ∈ R+. Consideramos ♥ = √b ∈ R+. Observe que f(♥) = (♥)2 = ( √ b)2 = b Portanto, f(♥) = b. 51 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : R+ → R+ dada por f(x) = x2. A função f é bijetora? Solução Sejam x, y ∈ R+ tais que f(x) = f(y). Então x2 = y2. Note que x = |x| = √ x2 = √ y2 = |y| = y Portanto, x= y. Seja b ∈ R+. Consideramos ♥ = √b ∈ R+. Observe que f(♥) = (♥)2 = ( √ b)2 = b Portanto, f(♥) = b. 52 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : R+ → R+ dada por f(x) = x2. A função f é bijetora? Solução Sejam x, y ∈ R+ tais que f(x) = f(y). Então x2 = y2. Note que x = |x| = √ x2 = √ y2 = |y| = y Portanto, x = y. Seja b ∈ R+. Consideramos ♥ = √b ∈ R+. Observe que f(♥) = (♥)2 = ( √ b)2 = b Portanto, f(♥) = b. 53 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : R+ → R+ dada por f(x) = x2. A função f é bijetora? Solução Sejam x, y ∈ R+ tais que f(x) = f(y). Então x2 = y2. Note que x = |x| = √ x2 = √ y2 = |y| = y Portanto, x = y. Seja b ∈ R+. Consideramos ♥ = √b ∈ R+. Observe que f(♥) = (♥)2 = ( √ b)2 = b Portanto, f(♥) = b. 54 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : R+ → R+ dada por f(x) = x2. A função f é bijetora? Solução Sejam x, y ∈ R+ tais que f(x) = f(y). Então x2 = y2. Note que x = |x| = √ x2 = √ y2 = |y| = y Portanto, x = y. Seja b ∈ R+. Consideramos ♥ = √b ∈ R+. Observe que f(♥) = (♥)2 = ( √ b)2 = b Portanto, f(♥) = b. 55 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : R+ → R+ dada por f(x) = x2. A função f é bijetora? Solução Sejam x, y ∈ R+ tais que f(x) = f(y). Então x2 = y2. Note que x = |x| = √ x2 = √ y2 = |y| = y Portanto, x = y. Seja b ∈ R+. Consideramos ♥ = √b ∈ R+. Observe que f(♥) = (♥)2 = ( √ b)2 = b Portanto, f(♥) = b. 56 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : R+ → R+ dada por f(x) = x2. A função f é bijetora? Solução Sejam x, y ∈ R+ tais que f(x) = f(y). Então x2 = y2. Note que x = |x| = √ x2 = √ y2 = |y| = y Portanto, x = y. Seja b ∈ R+. Consideramos ♥ = √b ∈ R+. Observe que f(♥) = (♥)2 = ( √ b)2 = b Portanto, f(♥) = b. 57 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : R+ → R+ dada por f(x) = x2. A função f é bijetora? Solução Sejam x, y ∈ R+ tais que f(x) = f(y). Então x2 = y2. Note que x = |x| = √ x2 = √ y2 = |y| = y Portanto, x = y. Seja b ∈ R+. Consideramos ♥ = √b ∈ R+. Observe que f(♥) = (♥)2 = ( √ b)2 = b Portanto, f(♥) = b. 58 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : R+ → R+ dada por f(x) = x2. A função f é bijetora? Solução Sejam x, y ∈ R+ tais que f(x) = f(y). Então x2 = y2. Note que x = |x| = √ x2 = √ y2 = |y| = y Portanto, x = y. Seja b ∈ R+. Consideramos ♥ = √b ∈ R+. Observe que f(♥) = (♥)2 = ( √ b)2 = b Portanto, f(♥) = b. 59 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : R+ → R+ dada por f(x) = x2. A função f é bijetora? Solução Sejam x, y ∈ R+ tais que f(x) = f(y). Então x2 = y2. Note que x = |x| = √ x2 = √ y2 = |y| = y Portanto, x = y. Seja b ∈ R+. Consideramos ♥ = √b ∈ R+. Observe que f(♥) = (♥)2 = ( √ b)2 = b Portanto, f(♥) = b. 60 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : R+ → R+ dada por f(x) = x2. A função f é bijetora? Solução Sejam x, y ∈ R+ tais que f(x) = f(y). Então x2 = y2. Note que x = |x| = √ x2 = √ y2 = |y| = y Portanto, x = y. Seja b ∈ R+. Consideramos ♥ = √b ∈ R+. Observe que f(♥) = (♥)2 = ( √ b)2 = b Portanto, f(♥) = b. 61 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : [0, 1]→ (0, 1) definida por f(x) = 1/2, se x = 0, 1/(n+ 2), se x = 1/n, n ∈ N∗, x, se x 6= 0, 1/n, n ∈ N∗. Mostre que f é bijetora. 62 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : [0, 1]→ (0, 1) definida por f(x) = 1/2, se x = 0, 1/(n+ 2), se x = 1/n, n ∈ N∗, x, se x 6= 0, 1/n, n ∈ N∗. Mostre que f é bijetora. Esboço da Solução (1/3) Primeiro mostramos que f([0, 1]) ⊆ (0, 1). Seja x ∈ [0, 1]. Caso 1: x = 0, f(0) = 1/2 ∈ (0, 1). 63 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : [0, 1]→ (0, 1) definida por f(x) = 1/2, se x = 0, 1/(n+ 2), se x = 1/n, n ∈ N∗, x, se x 6= 0, 1/n, n ∈ N∗. Mostre que f é bijetora. Esboço da Solução (1/3) Primeiro mostramos que f([0, 1]) ⊆ (0, 1). Seja x ∈ [0, 1]. Caso 2: x = 1/n, n ∈ N∗, f(x) = 1/(n+ 2). Como n > 0, temos que n+ 2 > 2 > 1. Dividindo a desigualdade 0 < 1 < n+ 2 por n+ 2, temos 0 < 1/(n+ 2) < 1. 64 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : [0, 1]→ (0, 1) definida por f(x) = 1/2, se x = 0, 1/(n+ 2), se x = 1/n, n ∈ N∗, x, se x 6= 0, 1/n, n ∈ N∗. Mostre que f é bijetora. Esboço da Solução (2/3) Agora mostramos que f é injetora. Observe que f(0) = 1/2 6= 1/(n+ 2) = f(1/n), ∀n ∈ N∗ e f(1/n) = 1/(n+ 2) 6= 1/(m+ 2) = f(1/m), ∀m,n ∈ N∗, m 6= n. Seja x 6= 0, 1/n, ∀n ∈ N∗. Temos que f(x) = x 6= 1/m, ∀m ∈ N∗. 65 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : [0, 1]→ (0, 1) definida por f(x) = 1/2, se x = 0, 1/(n+ 2), se x = 1/n, n ∈ N∗, x, se x 6= 0, 1/n, n ∈ N∗. Mostre que f é bijetora. Esboço da Solução (3/3) Agora mostramos que f é sobrejetora. Seja x ∈ (0, 1). Logo, x 6= 0, e temos dois casos: x = 1/n, para algum n ∈ N∗ ou não. Caso 1: x = 1/n. Como x 6= 1, n ≥ 2. Se n = 2, f(0) = 1/2 = 1/n. Senão f(1/(n− 2)) = 1/(n− 2 + 2) = 1/n. 66 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Funções Exemplo Seja f : [0, 1]→ (0, 1) definida por f(x) = 1/2, se x = 0, 1/(n+ 2), se x = 1/n, n ∈ N∗, x, se x 6= 0, 1/n, n ∈ N∗. Mostre que f é bijetora. Esboço da Solução (3/3) Agora mostramos que f é sobrejetora. Seja x ∈ (0, 1). Logo, x 6= 0, e temos dois casos: x = 1/n, para algum n ∈ N∗ ou não. Caso 2: x 6= 1/n. f(x) = x. 67 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição CardinalidadeEnumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Função inversa Pergunta Seja f : A→ B uma função. Quando a relação f−1 é uma função de B para A? Observação Seja f uma relação. Domf−1 = Imf e Imf−1 = Domf 68 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Para a inversa ser uma função de B para A Teorema Seja f : A→ B uma função. A relação inversa f−1 é uma função de B para A. (f−1 : B → A) se e somente se f é bijetora. Exemplos idA é uma função bijetora e id−1A = idA. A função f : Q→ Q definida por f(x) = 3x+ 4 é uma função bijetora e f−1 é definida por f−1(x) = (x− 4)/3. h = {(1, 3), (2, 1), (3, 2), (4, 4)} é uma função bijetora. 69 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Composição de função Definição e resultado Sejam f : A→ B e g : B → C funções. Então, a relação g ◦ f é uma função de A para C definida por (g ◦ f)(x) = g(f(x)). Exemplos Consideramos f : Q→ Q e g : Q→ Q definidas por f(x) = x2 e g(x) = x+ 1. Então, temos que (f ◦ g)(x) = (x+ 1)2 = x2 + 2x+ 1 e (g ◦ f)(x) = x2 + 1. Consideramos f : Q→ Q e g : Q→ Q definidas por f(x) = x2 + x e g(x) = 3x+ 1. Então, temos que (f ◦ g)(x) = (3x+ 1)2 + 3x+ 1 = 9x2 + 9x+ 2 e (g ◦ f)(x) = 3(x2 + x) + 1 = 3x2 + 3x+ 1 70 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Alguns resultados Proposição Seja f : A→ B uma função. 1 se f é bijetora então f ◦ f−1 = idB e f−1 ◦ f = idA 2 se existe g : B → A uma função tal que f ◦ g = idB e g ◦ f = idA então f é bijetora e f−1 = g. 3 f ◦ idA = f = idB ◦ f . 71 / 157 MD DC Revisão Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Alguns resultados Proposição Sejam f : A→ B e g : B → C funções. Se g ◦ f é injetora então f é injetora. Se g ◦ f é sobrejetora então g é sobrejetora. Se g ◦ f é bijetora então f é injetora e g é sobrejetora. Se f e g são injetoras então g ◦ f é injetora. Se f e g são sobrejetoras então g ◦ f é sobrejetora. Se f e g são bijetoras então g ◦ f é bijetora. 72 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Definição Um conjunto finito é um conjunto que possui uma quantidade finita de elementos. A cardinalidade de um conjunto finito é o valor desta quantidade. Denotamos por |A| a cardinalidade de A. Um conjunto é dito infinito se não for finito. Exemplo Consideramos D = {x ∈ Z t. q. x | 10}. Então, D é um conjunto finito e |D| = 8 Consideramos C = {♣,♦,♥,♠}. Então, C é um conjunto finito e |C| = 4. O conjunto N é infinito. |∅| = 0. 73 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Definição Um conjunto finito é um conjunto que possui uma quantidade finita de elementos. A cardinalidade de um conjunto finito é o valor desta quantidade. Denotamos por |A| a cardinalidade de A. Um conjunto é dito infinito se não for finito. Observações Cardinalidade de conjuntos finitos define uma relação de equivalência. Reflexiva: |A| = |A| para qualquer conjunto A. Simétrica: Se |A| = |B|, então |B| = |A|. Transitiva: Se |A| = |B| e |B| = |C|, então |A| = |C|. 74 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Finito vs. Infinito Um conjunto é infinito se ele tem a cardinalidade de algum subconjunto próprio dele mesmo. Caso contrário o conjunto é finito. 75 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade E a cardinalidade dos conjuntos infinitos? Como saber se dois conjuntos têm a mesma cardinalidade? Se os dois conjuntos forem finitos, basta contar a quantidade de elementos de cada um e comparar se as quantidades são iguais. Mas, como comparar a cardinalidade de dois conjuntos infinitos? 76 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Mais sobre Cardinalidade Cardinalidade de conjuntos finitos e infinitos é definida utilizando funções bijetoras. A cardinalidade de um conjunto A é: Finita: se A = ∅: |A| = 0, ou existe uma bijeção entre A e o conjunto {1, 2, 3, . . . , n} para algum n ∈ N∗: |A| = n. Infinita: se existe uma bijeção entre A e um subconjunto próprio de A. Portanto, um conjunto A é um: Conjunto finito se for possível representá-lo por extensão (listar exaustivamente todos os seus elementos). Conjunto infinito se for possível retirar alguns elementos de A e, mesmo assim, estabelecer uma bijeção com A. 77 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Mais sobre Cardinalidade Cardinalidade de conjuntos finitos e infinitos é definida utilizando funções bijetoras. A cardinalidade de um conjunto A é: Finita: se A = ∅: |A| = 0, ou existe uma bijeção entre A e o conjunto {1, 2, 3, . . . , n} para algum n ∈ N∗: |A| = n. Infinita: se existe uma bijeção entre A e um subconjunto próprio de A. Portanto, um conjunto A é um: Conjunto finito se for possível representá-lo por extensão (listar exaustivamente todos os seus elementos). Conjunto infinito se for possível retirar alguns elementos de A e, mesmo assim, estabelecer uma bijeção com A. 78 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Mais sobre Cardinalidade Cardinalidade de conjuntos finitos e infinitos é definida utilizando funções bijetoras. A cardinalidade de um conjunto A é: Finita: se A = ∅: |A| = 0, ou existe uma bijeção entre A e o conjunto {1, 2, 3, . . . , n} para algum n ∈ N∗: |A| = n. Infinita: se existe uma bijeção entre A e um subconjunto próprio de A. Portanto, um conjunto A é um: Conjunto finito se for possível representá-lo por extensão (listar exaustivamente todos os seus elementos). Conjunto infinito se for possível retirar alguns elementos de A e, mesmo assim, estabelecer uma bijeção com A. 79 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Definição Dois conjuntos A e B têm a mesma cardinalidade se existe uma função bijetora f : A→ B. Notação: |A| = |B|. Observações Esta definição é válida para conjuntos finitos e infinitos. Cardinalidade é uma relação de equivalência também para conjuntos infinitos. 80 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Definição Dois conjuntos A e B têm a mesma cardinalidade se existe uma função bijetora f : A→ B. Notação: |A| = |B|. Exemplos Sejam A = {0, 1, 2} e B = {−2,−1, 0}. |A| = |B|. Sejam C = {♣,♦,♥,♠} e D = {1, 2, 3, 4}. |C| = |D|. |N| = |N∗|. |N∗| = |Z|. |[0, 1]| = |R|. 81 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Proposição 1 Sejam A e B dois conjuntos finitos e f : A→ B uma função. Se f é injetora então |A| ≤ |B|. Se f é sobrejetora então |A| ≥ |B|. Proposição 2 Sejam A e B dois conjuntos finitos tais que |A| = |B| e f : A→ B uma função. As seguintes condições são equivalentes: f é injetora. f é sobrejetora. f é bijetora. 82 / 157 MD DC RevisãoFunções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Teorema de Cantor-Bernstein-Schröeder Sejam A e B dois conjuntos. Se existem funções injetoras f : A→ B e g : B → A, então existe uma bijeção h : A→ B. Veja mais A prova deste teorema pode ser encontrada em Hammack [2]. 83 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Teorema de Cantor-Bernstein-Schröeder Sejam A e B dois conjuntos. Se existem funções injetoras f : A→ B e g : B → A, então existe uma bijeção h : A→ B. Observação (1/2) A partir do Teorema de Cantor-Bernstein-Schröeder, a Proposição 1 pode ser extendida também para conjuntos infinitos. Assim, para dois conjuntos A e B, se |A| ≤ |B| e |B| ≤ |A|, então |A| = |B|. 84 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Teorema de Cantor-Bernstein-Schröeder Sejam A e B dois conjuntos. Se existem funções injetoras f : A→ B e g : B → A, então existe uma bijeção h : A→ B. Observação (2/2) A Proposição 2 não pode ser extendida para conjuntos infinitos. Seja f : N→ N definida por f(x) = x+ 1 Note que f é injetora, mas f não é sobrejetora. 85 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Exemplo Mostre que N = {0, 1, 2, 3, . . . } e N∗ = {1, 2, 3, . . . } têm a mesma cardinalidade. Demonstração Considere a função f : N→ N∗ definida por f(x) = x+ 1. Note que f é bijetora. Portanto |N| = |N∗|. Observação A partir deste exemplo fica clara a definição de conjunto infinito através de subconjunto próprio. O conjunto N é infinito, pois existe uma bijeção f : N→ N∗ ⊂ N. 86 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Exemplo Mostre que N = {0, 1, 2, 3, . . . } e N∗ = {1, 2, 3, . . . } têm a mesma cardinalidade. Demonstração Considere a função f : N→ N∗ definida por f(x) = x+ 1. Note que f é bijetora. Portanto |N| = |N∗|. Observação A partir deste exemplo fica clara a definição de conjunto infinito através de subconjunto próprio. O conjunto N é infinito, pois existe uma bijeção f : N→ N∗ ⊂ N. 87 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Exemplo Mostre que N = {0, 1, 2, 3, . . . } e N∗ = {1, 2, 3, . . . } têm a mesma cardinalidade. Demonstração Considere a função f : N→ N∗ definida por f(x) = x+ 1. Note que f é bijetora. Portanto |N| = |N∗|. Observação A partir deste exemplo fica clara a definição de conjunto infinito através de subconjunto próprio. O conjunto N é infinito, pois existe uma bijeção f : N→ N∗ ⊂ N. 88 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Exemplo Mostre que N∗ = {1, 2, 3, . . . } e P = {2, 4, 6, . . . } têm a mesma cardinalidade. Demonstração Considere a função f : N∗ → P definida por f(x) = 2x. Note que f é bijetora. Portanto |N∗| = |P |. 89 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Exemplo Mostre que N∗ = {1, 2, 3, . . . } e P = {2, 4, 6, . . . } têm a mesma cardinalidade. Demonstração Considere a função f : N∗ → P definida por f(x) = 2x. Note que f é bijetora. Portanto |N∗| = |P |. 90 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Exemplo Mostre que G = [0, 1] e H = [4, 7] têm a mesma cardinalidade. Demonstração Considere a função f : G→ H definida por f(x) = 3x+ 4. Como f é bijetora, |G| = |H|. 91 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Exemplo Mostre que G = [0, 1] e H = [4, 7] têm a mesma cardinalidade. Demonstração Considere a função f : G→ H definida por f(x) = 3x+ 4. Como f é bijetora, |G| = |H|. 92 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Exercício Mostre que |N| = |Z|. Dica Considere a função bijetora f : N→ Z definida por f(n) = { −n/2 se n é par, (n+ 1)/2 se n é ímpar. 93 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Exercício Mostre que |N| = |Z|. Dica Considere a função bijetora f : N→ Z definida por f(n) = { −n/2 se n é par, (n+ 1)/2 se n é ímpar. 94 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Cardinalidade Georg Cantor (1845-1918) A teoria de conjuntos moderna se deve ao matemático alemão Georg Cantor. Antes de Cantor, dois conjuntos infinitos eram considerados com a mesma cardinalidade. Com as ideias revolucionárias de Cantor e seu famoso Método da Diagonal pode-se demonstrar um fato até então impensável: que existem infinitos maiores do que outros! 95 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Definições Um conjunto A é enumerável, se |A| = |N|. Um conjunto A é contável, se A é finito ou enumerável, e não enumerável se A é infinito e |A| 6= |N|. Um conjunto A é contínuo, se |A| = |R|. Exemplos de Conjuntos Enumeráveis A = {1, 1/2, 1/3, . . . , 1/n, . . . } P = {2, 4, 6, . . . } N∗ = {1, 2, 3, . . . } N∗ × N∗ = {(1, 1), (2, 1), (1, 2), (1, 3), (2, 2), (3, 1), . . . } S = {a, aa, aaa, . . . } 96 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Observações Um conjunto enumerável é um conjunto contável infinito. A cardinalidade dos números naturais é denotada por ℵ0 (aleph zero), isto é, |N| = ℵ0. Qualquer conjunto contável infinito tem cardinalidade ℵ0. Um conjunto enumerável pode ser escrito numa lista infinita x1, x2, x3, x4 . . . A cardinalidade dos números reais é denotada por c (contínuo), assim, |R| = c. 97 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que o conjunto dos inteiros positivos pares é enumerável. Demonstração Seja P = {2, 4, 6, . . . } o conjunto dos inteiros positivos pares. Para provar que P é enumerável, mostramos que |N| = |P |. Considere a função f : N∗ → P definida por f(x) = 2x. Note que f é bijetora, assim |N∗| = |N| = |P |. Portanto P é enumerável. 98 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que o conjunto dos inteiros positivos pares é enumerável. Demonstração Seja P = {2, 4, 6, . . . } o conjunto dos inteiros positivos pares. Para provar que P é enumerável, mostramos que |N| = |P |. Considere a função f : N∗ → P definida por f(x) = 2x. Note que f é bijetora, assim |N∗| = |N| = |P |. Portanto P é enumerável. 99 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que o conjunto dos inteiros positivos pares é enumerável. Demonstração Seja P = {2, 4, 6, . . . } o conjunto dos inteiros positivos pares. Para provar que P é enumerável, mostramos que |N| = |P |. Considere a função f : N∗ → P definida por f(x) = 2x. Note que f é bijetora, assim |N∗| = |N| = |P |. Portanto P é enumerável. 100 / 157 MD DC Revisão Funções CardinalidadeEnumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo: Hotel de Hilbert O Hotel de Hilbert possui infinitos quartos e cada quarto está ocupado por um hóspede. E se chegar um novo hóspede? O hotel está lotado, no sentido de que todos os quartos estão ocupados, mas não no sentido de que não caiba mais hóspedes. 101 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo: Hotel de Hilbert Se o hotel tivesse uma quantidade finita de quartos não seria mais possível acomodar um novo hóspede. Como o hotel possui um número infinito de quartos então se movermos o hóspede do quarto 1 para o quarto 2, o hóspede do quarto 2 para o quarto 3 e assim por diante, movendo o hóspede do quarto n para o quarto n+ 1, podemos acomodar o novo hóspede no quarto 1. 102 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Primeiro Desafio: Alocar um número infinito de novos clientes Por um argumento análogo é possível alocar um número infinito (enumerável) de novos clientes (um ônibus com infinitos passageiros). Apenas mova o hóspede do quarto 1 para o quarto 2, o hóspede do quarto 2 para o quarto 4, e em geral do quarto n para o quarto 2n, assim todos os quartos de número ímpar estarão livres para os novos hóspedes. 103 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Segundo Desafio: Alocar os passageiros de uma excursão com infinitos ônibus cada um com infinitos passageiros O gerente resolve este problema realocando seus hóspedes: desta vez, um hóspede que esteja no quarto n deverá se mudar para o quarto 2n. O gerente dispõe de infinitas vagas novamente. Depois, o gerente associa a cada ônibus um número primo diferente de dois. Então, ele acomoda os passageiros segundo a seguinte regra: o passageiro que está na cadeira n do ônibus p ocupará o quarto de número pn. 104 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Hotel de Hilbert Observe que em todas as situações anteriores sempre conseguimos enumerar a quantidade de hóspedes e os quartos do Hotel, ou seja, é possível construir uma bijeção entre N e a quantidade de hóspedes. 105 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema O conjunto Q+ dos números racionais positivos é enumerável. ... 5 1 4 1 3 1 2 1 1 1 ... 5 2 4 2 3 2 2 2 1 2 ... 5 3 4 3 3 3 2 3 1 3 ... 5 4 4 4 3 4 2 4 1 4 ... 5 5 4 5 3 5 2 5 1 5 ... 5 6 4 6 3 6 2 6 1 6 · · · · · · · · · · · · · · · 106 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Cardinalidade de Conjuntos Infinitos Vimos que a cardinalidade de conjuntos está associada à existência de uma bijeção entre eles. Através das ideias de Cantor, é possível demonstrar que existem conjuntos infinitos maiores que outros. Mas, afinal, quais conjuntos infinitos têm cardinalidade diferente? A técnica que veremos a seguir é chamada “método da diagonalização”. 107 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema O conjunto A = [0, 1] não é enumerável. Demonstração (1/6) Por contradição, suponha que A é enumerável. Assim podemos listar, em sequência, os elementos de A. A = {x1, x2, x3, . . . } 108 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema O conjunto A = [0, 1] não é enumerável. Demonstração (2/6) Cada elemento em A pode ser escrito na sua forma decimal. Para os números que podem ser escritos de duas formas, por exemplo 1.0 e 0.9, para evitar escrever o mesmo elemento duas vezes, optamos (arbitrariamente) pela segunda representação. Mas 1.0 = 0.9 mesmo? Note que 1 3 = 0.3 1 = 0.9 (multiplicando por 3) 109 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema O conjunto A = [0, 1] não é enumerável. Demonstração (3/6) Listamos cada elemento de A na sua forma decimal: x1 = 0.d11d12d13 . . . x2 = 0.d21d22d23 . . . x3 = 0.d31d32d33 . . . ... = ... ... ... . . . onde dij ∈ {0, 1, . . . , 9}. 110 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema O conjunto A = [0, 1] não é enumerável. Demonstração (4/6) Agora construímos um número real y = 0.p1p2p3 . . . da seguinte maneira: pi = { 6 se dii = 5, 5 caso contrário. 111 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema O conjunto A = [0, 1] não é enumerável. Demonstração (5/6) Por exemplo, se a enumeração começar com x1 = 0.342134 . . . x2 = 0.257001 . . . x3 = 0.546122 . . . x4 = 0.716525 . . . y seria 0.5656 . . . . Note que y ∈ A, já que y é um número real entre 0 e 1. 112 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema O conjunto A = [0, 1] não é enumerável. Demonstração (6/6) Se compararmos y com a enumeração do conjunto, y é diferente do primeiro número na primeira casa decimal, do segundo número na segunda casa decimal, e assim por diante. Como y não contém zeros à direita do ponto decimal, ele não é a representação alternativa de qualquer número da enumeração. Portanto, y não é igual a qualquer elemento na enumeração. Mas a enumeração é suposta a incluir todos os elementos do conjunto, uma contradição. 113 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema O conjunto A = [0, 1] não é enumerável. Demonstração (6/6) Se compararmos y com a enumeração do conjunto, y é diferente do primeiro número na primeira casa decimal, do segundo número na segunda casa decimal, e assim por diante. Como y não contém zeros à direita do ponto decimal, ele não é a representação alternativa de qualquer número da enumeração. Portanto, y não é igual a qualquer elemento na enumeração. Mas a enumeração é suposta a incluir todos os elementos do conjunto, uma contradição. 114 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema O conjunto A = [0, 1] não é enumerável. Demonstração (6/6) Se compararmos y com a enumeração do conjunto, y é diferente do primeiro número na primeira casa decimal, do segundo número na segunda casa decimal, e assim por diante. Como y não contém zeros à direita do ponto decimal, ele não é a representação alternativa de qualquer número da enumeração. Portanto, y não é igual a qualquer elemento na enumeração. Mas a enumeração é suposta a incluir todos os elementos do conjunto, uma contradição. 115 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema O conjunto A = [0, 1] não é enumerável. Demonstração (6/6) Se compararmos y com a enumeração do conjunto, y é diferente do primeiro número na primeira casa decimal, do segundo número na segunda casa decimal, e assim por diante. Comoy não contém zeros à direita do ponto decimal, ele não é a representação alternativa de qualquer número da enumeração. Portanto, y não é igual a qualquer elemento na enumeração. Mas a enumeração é suposta a incluir todos os elementos do conjunto, uma contradição. 116 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema O conjunto A = [0, 1] não é enumerável. Observação Lembrando que |[0, 1]| = |R|, o teorema acima indica a existência de pelo menos dois conjuntos infinitos com tamanhos diferentes: N e R. 117 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Voltando ao Exemplo do Hotel de Hilbert Se chegasse um grupo infinito de hóspedes ao Hotel de Hilbert, contendo um novo hóspede para cada numero real, o gerente poderia hospedá-los? Não! Não é possível enumerar um número natural para cada número real. 118 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Voltando ao Exemplo do Hotel de Hilbert De fato, o conjunto dos números reais possui uma cardinalidade maior do que a dos números naturais e, portanto é “maior” do que ℵ0. Quando se tinha conjuntos infinitos enumeráveis de hóspedes para se acomodar no Hotel, sempre se conseguia reorganizar os hóspedes, mas no momento que você tem uma quantidade infinita não enumerável (números Reais) surge um problema, afinal existem infinitos “maiores” que outros. 119 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que |R| = |(0, 1)|. Demonstração Devemos mostrar uma função bijetora f : R→ (0, 1). Considere a função f : R→ (0, 1) definida por f(x) = 1 1 + ex 120 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que |R| = |(0, 1)|. Demonstração Mostraremos que f é injetora. Sejam x, y ∈ R tais que f(x) = f(y). Logo, 1 1 + ex = 1 1 + ey 1 + ey = 1 + ex ey = ex y = x x = y Portanto, x = y. 121 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que |R| = |(0, 1)|. Demonstração Mostraremos que f é injetora. Sejam x, y ∈ R tais que f(x) = f(y). Logo, 1 1 + ex = 1 1 + ey 1 + ey = 1 + ex ey = ex y = x x = y Portanto, x = y. 122 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que |R| = |(0, 1)|. Demonstração Mostraremos que f é injetora. Sejam x, y ∈ R tais que f(x) = f(y). Logo, 1 1 + ex = 1 1 + ey 1 + ey = 1 + ex ey = ex y = x x = y Portanto, x = y. 123 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que |R| = |(0, 1)|. Demonstração Mostraremos que f é injetora. Sejam x, y ∈ R tais que f(x) = f(y). Logo, 1 1 + ex = 1 1 + ey 1 + ey = 1 + ex ey = ex y = x x = y Portanto, x = y. 124 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que |R| = |(0, 1)|. Demonstração Mostraremos que f é injetora. Sejam x, y ∈ R tais que f(x) = f(y). Logo, 1 1 + ex = 1 1 + ey 1 + ey = 1 + ex ey = ex y = x x = y Portanto, x = y. 125 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que |R| = |(0, 1)|. Demonstração Mostraremos que f é injetora. Sejam x, y ∈ R tais que f(x) = f(y). Logo, 1 1 + ex = 1 1 + ey 1 + ey = 1 + ex ey = ex y = x x = y Portanto, x = y. 126 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que |R| = |(0, 1)|. Demonstração Mostraremos que f é sobrejetora. Seja b ∈ (0, 1). Consideramos ♥ = ln(1b − 1) ∈ R. Temos que f(♥) = 1 1 + e♥ = 1 1 + eln( 1 b −1) = 1 1 + 1b − 1 = 1 1 b = b Portanto, f(♥) = b. 127 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que |R| = |(0, 1)|. Demonstração Mostraremos que f é sobrejetora. Seja b ∈ (0, 1). Consideramos ♥ = ln(1b − 1) ∈ R. Temos que f(♥) = 1 1 + e♥ = 1 1 + eln( 1 b −1) = 1 1 + 1b − 1 = 1 1 b = b Portanto, f(♥) = b. 128 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que |R| = |(0, 1)|. Demonstração Mostraremos que f é sobrejetora. Seja b ∈ (0, 1). Consideramos ♥ = ln(1b − 1) ∈ R. Temos que f(♥) = 1 1 + e♥ = 1 1 + eln( 1 b −1) = 1 1 + 1b − 1 = 1 1 b = b Portanto, f(♥) = b. 129 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que |R| = |(0, 1)|. Demonstração Mostraremos que f é sobrejetora. Seja b ∈ (0, 1). Consideramos ♥ = ln(1b − 1) ∈ R. Temos que f(♥) = 1 1 + e♥ = 1 1 + eln( 1 b −1) = 1 1 + 1b − 1 = 1 1 b = b Portanto, f(♥) = b. 130 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que |R| = |(0, 1)|. Demonstração Mostraremos que f é sobrejetora. Seja b ∈ (0, 1). Consideramos ♥ = ln(1b − 1) ∈ R. Temos que f(♥) = 1 1 + e♥ = 1 1 + eln( 1 b −1) = 1 1 + 1b − 1 = 1 1 b = b Portanto, f(♥) = b. 131 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que |R| = |(0, 1)|. Demonstração Mostraremos que f é sobrejetora. Seja b ∈ (0, 1). Consideramos ♥ = ln(1b − 1) ∈ R. Temos que f(♥) = 1 1 + e♥ = 1 1 + eln( 1 b −1) = 1 1 + 1b − 1 = 1 1 b = b Portanto, f(♥) = b. 132 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exemplo Mostre que |R| = |(0, 1)|. Demonstração Mostraremos que f é sobrejetora. Seja b ∈ (0, 1). Consideramos ♥ = ln(1b − 1) ∈ R. Temos que f(♥) = 1 1 + e♥ = 1 1 + eln( 1 b −1) = 1 1 + 1b − 1 = 1 1 b = b Portanto, f(♥) = b. 133 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Exercício 1 Mostre que |[0, 1]| = |(0, 1)|. Dica Utilize a função do slide 23: Seja f : [0, 1]→ (0, 1) definida por f(x) = 1/2, se x = 0, 1/(n+ 2), se x = 1/n, n ∈ N∗, x, se x 6= 0, 1/n, n ∈ N∗. 134 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema de Cantor Para qualquer conjunto A, os dois conjuntos A e 2A não têm a mesma cardinalidade. Demonstração (1/2) Por contradição, suponha que |A| = |2A|. Considere uma função bijetora f : A→ 2A. Para qualquer elemento a ∈ A, f(a) é um elemento de 2A, de forma que f(a) é um conjunto que contém alguns elementos de A e possivelmente contém o próprio a. 135 / 157 MD DC Revisão FunçõesCardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema de Cantor Para qualquer conjunto A, os dois conjuntos A e 2A não têm a mesma cardinalidade. Demonstração (1/2) Por contradição, suponha que |A| = |2A|. Considere uma função bijetora f : A→ 2A. Para qualquer elemento a ∈ A, f(a) é um elemento de 2A, de forma que f(a) é um conjunto que contém alguns elementos de A e possivelmente contém o próprio a. 136 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema de Cantor Para qualquer conjunto A, os dois conjuntos A e 2A não têm a mesma cardinalidade. Demonstração (1/2) Por contradição, suponha que |A| = |2A|. Considere uma função bijetora f : A→ 2A. Para qualquer elemento a ∈ A, f(a) é um elemento de 2A, de forma que f(a) é um conjunto que contém alguns elementos de A e possivelmente contém o próprio a. 137 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema de Cantor Para qualquer conjunto A, os dois conjuntos A e 2A não têm a mesma cardinalidade. Demonstração (2/2) Definimos agora um conjunto S = {x ∈ A | x /∈ f(x)}. Como S ⊆ A, S ∈ 2A então ∃y ∈ A tal que f(y) = S. Assim y pode ser ou não um elemento de S. Se y ∈ S, então, pela definição de S, y /∈ f(y), mas como f(y) = S, y /∈ S. Por outro lado, se y /∈ S, então, uma vez que S = f(y), y /∈ f(y) e, pela definição de S, y ∈ S. Em ambos os casos, chegamos a uma contradição. 138 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema de Cantor Para qualquer conjunto A, os dois conjuntos A e 2A não têm a mesma cardinalidade. Demonstração (2/2) Definimos agora um conjunto S = {x ∈ A | x /∈ f(x)}. Como S ⊆ A, S ∈ 2A então ∃y ∈ A tal que f(y) = S. Assim y pode ser ou não um elemento de S. Se y ∈ S, então, pela definição de S, y /∈ f(y), mas como f(y) = S, y /∈ S. Por outro lado, se y /∈ S, então, uma vez que S = f(y), y /∈ f(y) e, pela definição de S, y ∈ S. Em ambos os casos, chegamos a uma contradição. 139 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema de Cantor Para qualquer conjunto A, os dois conjuntos A e 2A não têm a mesma cardinalidade. Demonstração (2/2) Definimos agora um conjunto S = {x ∈ A | x /∈ f(x)}. Como S ⊆ A, S ∈ 2A então ∃y ∈ A tal que f(y) = S. Assim y pode ser ou não um elemento de S. Se y ∈ S, então, pela definição de S, y /∈ f(y), mas como f(y) = S, y /∈ S. Por outro lado, se y /∈ S, então, uma vez que S = f(y), y /∈ f(y) e, pela definição de S, y ∈ S. Em ambos os casos, chegamos a uma contradição. 140 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema de Cantor Para qualquer conjunto A, os dois conjuntos A e 2A não têm a mesma cardinalidade. Demonstração (2/2) Definimos agora um conjunto S = {x ∈ A | x /∈ f(x)}. Como S ⊆ A, S ∈ 2A então ∃y ∈ A tal que f(y) = S. Assim y pode ser ou não um elemento de S. Se y ∈ S, então, pela definição de S, y /∈ f(y), mas como f(y) = S, y /∈ S. Por outro lado, se y /∈ S, então, uma vez que S = f(y), y /∈ f(y) e, pela definição de S, y ∈ S. Em ambos os casos, chegamos a uma contradição. 141 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema de Cantor Para qualquer conjunto A, os dois conjuntos A e 2A não têm a mesma cardinalidade. Demonstração (2/2) Definimos agora um conjunto S = {x ∈ A | x /∈ f(x)}. Como S ⊆ A, S ∈ 2A então ∃y ∈ A tal que f(y) = S. Assim y pode ser ou não um elemento de S. Se y ∈ S, então, pela definição de S, y /∈ f(y), mas como f(y) = S, y /∈ S. Por outro lado, se y /∈ S, então, uma vez que S = f(y), y /∈ f(y) e, pela definição de S, y ∈ S. Em ambos os casos, chegamos a uma contradição. 142 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema Os conjuntos [0, 1) e (0, 1) têm a mesma cardinalidade. Demonstração Sejam as duas funções f : [0, 1)→ (0, 1) e g : (0, 1)→ [0, 1) definidas por f(x) = 1 4 + 1 2 x g(x) = x. Como f e g são injetoras, o Teorema de Cantor-Bernstein-Schröeder implica que existe uma bijeção h : [0, 1)→ (0, 1). Portanto |[0, 1)| = |(0, 1)|. 143 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema Os conjuntos R e 2N têm a mesma cardinalidade. Demonstração (1/4) Como |R| = |(0, 1)| = |[0, 1)|, mostraremos que |[0, 1)| = |2N|. Pelo Teorema de Cantor-Bernstein-Schröeder é suficiente mostrar funções injetoras f : [0, 1)→ 2N e g : 2N → [0, 1). Para a definição de f , utilizamos o fato de que qualquer número em [0, 1) tem uma única representação decimal. Lembre-se que, por exemplo, que 0.359 = 0.36. 144 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema Os conjuntos R e 2N têm a mesma cardinalidade. Demonstração (2/4) Seja f : [0, 1)→ 2N definida por f(0.b1b2 . . . ) = {10b1, 102b2, . . . } Por exemplo, f(0.05) = {0, 500} e f(0.12) = {10, 200, 1000, 20000, . . . }. Mostraremos que f é injetora. Sejam dois números diferentes 0.b1b2 . . . e 0.d1d2 . . . em [0, 1). Então, bi 6= di, para algum i. Logo, bi10i ∈ f(0.b1b2 . . . ), mas bi10i /∈ f(0.d1d2 . . . ). Portanto f(0.b1b2 . . . ) 6= f(0.d1d2 . . . ). 145 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema Os conjuntos R e 2N têm a mesma cardinalidade. Demonstração (3/4) Agora, seja g : 2N → [0, 1) definida por g(X) = 0.b1b2 . . . onde bi = { 1 se i ∈ X, 0 caso contrário. Por exemplo, g({1, 3}) = 0.101, g({2, 4, 6, . . . }) = 0.01, g(∅) = 0 e g(N) = 0.1. Mostraremos que g é injetora. 146 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Teorema Os conjuntos R e 2N têm a mesma cardinalidade. Demonstração (4/4) Sejam dois conjuntos X e Y tais que X 6= Y . Então, existe ao menos um inteiro i que pertence ou a X ou Y . Logo, g(X) 6= g(Y ), porque eles diferem no i-ésimo dígito decimal. A partir das funções injetoras f : [0, 1)→ 2N e g : 2N → [0, 1), o Teorema de Cantor-Bernstein-Schröeder implica que existe uma bijeção h : [0, 1)→ 2N. Portanto, |[0, 1)| = |2N| e concluímos |R| = |2N|. 147 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Relação entre |N| e |R| Vimos que |N| = ℵ0 e |R| = c. Pelo Teorema de Cantor |N| < |R|. Por quase um século depois que Cantor formulou suas teorias sobre conjuntos infinitos, vários matemáticos trabalharam com a questão de se existe ou não um conjunto A para o qual ℵ0 < |A| < c A suspeita comum era que nenhum desses conjuntos existe, mas ninguém foi capaz para provar ou refutar isso. A proposição dessa não existência foi chamada de Hipótese do Contínuo. 148 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Hipótese do Contínuo Não existe número cardinal β tal que ℵ0 < β < c. Observações (1/3) Em 1931, o lógico Kurt Gödel provou que para qualquer sistema axiomático existem proposições que não podem ser comprovadas nem refutadas dentro do sistema. Mais tarde, eleprovou que a negação da Hipótese do Contínuo não pode ser provada dentro dos axiomas padrão da teoria dos conjuntos. Isso significa que ou a Hipótese do Contínuo é falsa e não pode ser provada falsa, ou é verdadeira. 149 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Hipótese do Contínuo Não existe número cardinal β tal que ℵ0 < β < c. Observações (2/3) Em 1964, Paul Cohen mostrou que dadas as leis da lógica e dos axiomas da teoria dos conjuntos, nenhuma prova pode deduzir a Hipótese do Contínuo. Em essência, ele provou que a Hipótese do Contínuo não pode ser provada. 150 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Enumerabilidade Hipótese do Contínuo Não existe número cardinal β tal que ℵ0 < β < c. Observações (3/3) Em conjunto, os resultados de Gödel e Cohen significam que os axiomas padrão da matemática não podem “decidir” se a Hipótese do Contínuo é verdadeira ou falsa e que nenhum conflito lógico pode surgir de afirmar ou negar a Hipótese. Somos livres de aceitá-la como verdadeira ou falsa, e as duas escolhas levam a diferentes, mas igualmente versões consistentes da teoria dos conjuntos. 151 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Conjunto de Cantor História Foi descoberto em 1874 por Henry John Stephen Smith e introduzido por Georg Cantor em 1883. Propriedades Possui aplicações em Topologia, Geometria e Teoria dos Conjuntos. Tem a mesma cardinalidade do conjunto dos números reais. Possui medida nula. Pode ser visto como um fractal (autossimilaridade). 152 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Conjunto de Cantor Figura: Exemplo de um fractal. 153 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Conjunto de Cantor Construção do Conjunto de Cantor Parte-se do intervalo A0 = [0, 1], No passo 1, retira-se o terço do meio do intervalo: A1 = [ 0, 1 3 ] ∪ [ 2 3 , 1 ] 154 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Conjunto de Cantor Construção do Conjunto de Cantor No passo 2, retira-se o terço do meio de cada um dos dois intervalos criados pelo passo 1: A2 = [ 0, 1 9 ] ∪ [ 2 9 , 3 9 ] ∪ [ 6 9 , 7 9 ] ∪ [ 8 9 , 1 ] Recursivamente, no passo n, retira-se o terço do meio de cada um dos intervalos criados pelo passo n− 1. 155 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Conjunto de Cantor Construção do Conjunto de Cantor O Conjunto de Cantor é a intersecção dos conjuntos An produzidos: C = ∞⋂ n=1 An 156 / 157 MD DC Revisão Funções Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia Referências Bibliográficas I [1] Gersting, J. L. Fundamentos Matemáticos para a Ciência da Computação. 5a. edição, Editora LTC, 2004. [2] Hammack, R. H. Book of Proof. Richard Hammack, 2013. Disponível em: https://www.people.vcu.edu/~rhammack/BookOfProof/. Acesso em janeiro de 2018. [3] Lipschutz, S. Theory and problems of set theory and related topics. New York, Schaum, 1964. [4] Rosen, K. H. Matemática Discreta e suas aplicações. 6a. edição, Editora McGraw Hill, 2009. [5] Scheinerman, E. R. Matemática Discreta, Uma introdução. Thomson Pioneira, 2003. 157 / 157 Revisão Conjuntos Relações Funções Injetora Sobrejetora Bijetora Inversa Composição Cardinalidade Enumerabilidade Conjunto de Cantor Bibliografia
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