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Hidraulica-basico_Apostila_v006

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Hidráulica - básico
VALER - EDUCAÇÃO VALE
Trilha técnica: Pelotização | Manutenção | Mecânica - Execução
Fonte: Banco de imagens Vale
Gabriela Vidal
Jackson Oliveira
Silvio Oliveira
COLABORADORES
VALER - EDUCAÇÃO VALE
Hidráulica - básico
Trilha técnica: Pelotização | Manutenção | Mecânica - Execução
M
en
sagem
 V
aler
Caro colaborador, 
Você está participando da ação de desenvolvimento de sua Trilha 
Técnica denominada: “Hidráulica - básico”.
A Valer Educação construiu esta Trilha em conjunto com 
profissionais técnicos da sua área com o objetivo de desenvolver as 
competências essenciais para o melhor desempenho de sua função 
e o aperfeiçoamento da condução de suas atividades diárias. 
Todos os treinamentos contidos na Trilha Técnica contribuem 
para o seu desenvolvimento profissional e reforçam os valores 
saúde e segurança, que são indispensáveis para sua atuação em 
conformidade com os padrões de excelência exigidos pela Vale. 
Agora é com você. Siga o seu caminho e cresça com a Vale. 
Vamos Trilhar!
Su
m
ário
Introdução 6
1. Fluidos e componentes hidráulicos 8
1.1 Propriedades físico-químicas 9
1.2 Viscosidade 10
1.3 Transmissão hidráulica de força e energia 11
1.4 Contaminação de fluidos hidráulicos 12
1.5 Equipamentos de proteção individual – EPI 13
2. Tubulações 15
2.1 Classificação dos acessórios de tubulação 16
3. Mangueiras 21
3.1 Linhas flexíveis para condução de fluidos 22
3.2 Classificação das mangueiras 22
3.3 Conexões para mangueiras 23
3.4 Recomendações na aplicação 24
4. Manômetros , reservatório hidráulico ou tanque 26
4.1 Pressão manométrica 27
4.2. Reservatório hidráulico ou tanque 28
5. Atuadores hidráulicos 31
5.1 Definição de atuadores hidráulicos 32
5.2 Cilindros hidráulicos 32
5.3 Amortecimentos dos cilindros 35
5.4 Atuadores rotativos 35
6. Bombas 38
6.1 Máquinas hidráulicas operatrizes 39
6.2 Classificação das bombas 39
7. Filtros de ar/óleo 46
7.1 Filtro e sua importância 47
7.2 Indicador de filtro 48
7.3 Filtro de ar 49
8. Válvulas 52
8.1 Definição de válvulas 53
8.2 Tipos de válvulas 53
Su
m
ário
9. Acoplamentos hidráulicos 56
9.1 Definição de acoplamento hidráulico 57
9.2 Classificação 57
9.3 Aplicação 58
9.4 Montagem dos acoplamentos 58
9.5 Lubrificação de acoplamentos 59
9.6 Falhas em acoplamentos 59
10. Vedação 61
10.1 Retentores 62
10.2 Juntas 63
10.3 O’rings 64
10.4 Selos mecânicos 64
11. Unidades hidráulicas 67
11.1 Unidade hidráulica: definição e conceito 68
11.2 Descrição e funcionamento 68
12. Simbologia básica da hidráulica 73
13. Referências 80
In
trodu
ção 
Em conjunto com a Valer Educação esta Trilha foi construída com o 
objetivo de desenvolver as competências essenciais para o melhor 
desempenho da função e o aperfeiçoamento da condução das 
atividades diárias de cada colaborador.
É imprescindível que cada profissional esteja corretamente 
capacitado para realização de atividades com a precisão requerida.
Nesse material veremos sobre a Hidráulica - básico.
A aplicação dos conhecimentos sobre circuitos hidráulicos 
possibilitará a tomada de ações proativas da manutenção, 
mantendo os equipamentos em condições operacionais, de 
integridade estrutural e equilíbrio, adequadas ao desempenho 
desejado. Isso garante a segurança e a melhoria da confiabilidade 
dos itens, componentes, subconjuntos e/ou subequipamentos 
que compõem os respectivos projetos, aplicando conhecimentos 
técnicos, práticos e a experiência.
Sendo assim, no primeiro capítulo veremos sobre fluidos e 
componentes hidráulicos. 
•• No segundo capítulo abordaremos as tubulações e suas 
classificações. 
•• Já no terceiro capítulo iniciaremos os instrumentos de 
hidráulica, como a mangueira.
•• Em seguida, no quarto capítulo veremos o manômetro e 
reservatório hidráulico ou tanque.
•• No quinto capítulo falaremos sobre os atuadores hidráulicos.
 
A hidráulica, o estudo das características dos fluidos sob pressão, 
está presente em todos os setores industriais. 
In
trodu
ção
•• No sexto falaremos sobre as bombas.
•• No capítulo seguinte, o sétimo, filtros de ar/óleo..
•• Já no oitavo, o foco será nas válvulas.
•• No capítulo nono, falaremos sobre os acoplamentos 
hidráulicos.
•• No décimo, sobre a vedação.
•• No décimo primeiro, trataremos sobre as unidades hidráulicas.
•• No seguinte, décimo segundo, o foco será na simbologia da 
hidráulica.
Bom estudo.
Flu
idos e com
p
on
en
tes 
h
id
ráu
licos
1
Neste capítulo serão apresentados os fluidos e componentes 
hidráulicos.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Saber sobre as propriedades físico-químicas;
•• Entender sobre viscosidade;
•• Entender sobre transmissão hidráulica de força e energia;
•• Conhecer os EPIs de um lubrificador.
9
1.1 Propriedades físico-químicas
Sendo a hidráulica o ramo da física que estuda o comportamento dos fluidos, tanto em 
repouso quanto em movimento, é necessário conhecer algumas definições básicas destes 
comportamentos, assim como a Mecânica dos Fluídos. Em seu estado líquido, os fluidos 
hidráulicos possuem propriedades físico-químicas diversas, cujas principais são:
Massa específica (ρ)
É a massa por unidade de volume, cuja expressão é:
ρ = M/V ; Kg/m³
Peso Específico (γ)
É o peso da substância pelo volume ocupado por ela, cuja expressão é definida por:
λ = P/V ; Kgf/m³
É variável com a posição, dependendo, portanto, da aceleração da gravidade. g = RG
O peso específico da água é igual a 1.000 Kgf/m³ ou 1,0 gf/cm³;
Volume Específico (Ve)
É o volume ocupado por 1 Kg do produto. Esse volume varia de acordo com a temperatura:
Para água à:
4oC, Ve = 0,00100 m³/Kg
28oC, Ve = 0,001005 m³/Kg
Densidade (d)
A densidade é a comparação entre o peso do líquido e o peso de igual volume de água 
destilada, à temperatura padrão de 4oC. Pode também ser expressa como a relação 
entre sua massa ou peso específico e o da água. Por tratar-se de uma relação entre pesos, 
constitui-se em um número adimensional. A água possui densidade = 1,0;
A Tabela 1.1 apresenta alguns valores de massa específica, peso específico e pressão de 
vapor d´água em função da temperatura.
Temperatura (ºC)
Massa específica 
(kg m-3)
Peso específico 
(N m-3)
Pressão de vapor 
d´água (Pa)
0 999,8 9.805 611
2 999,9 9.806 ---
4 1.000,0 9.810, ---
5 999,9 9.806 873
10 999,7 9.803 1.266
15 999,1 9.798 1.707
20 998,2 9.780 2.335
25 997,1 9.779 3.169
30 995,7 9.767 4.238
40 992,2 9.737 7.377
50 988,1 9.697 12.331
Hidráulica - básico
10
Temperatura (ºC)
Massa específica 
(kg m-3)
Peso específico 
(N m-3)
Pressão de vapor 
d´água (Pa)
60 983,2 9.658 19.924
70 977,8 9.600 31.166
80 971,8 9.557 47.372
90 965,3 9.499 70.132
100 958,4 9.438 101.357
Tabela 1.1 - Valores de massa específica, peso específico e pressão de vapor d’água.
1.2 Viscosidade
A viscosidade (μ) é uma característica intrínseca ao fluido. Este, ao se movimentar, 
dependendo da velocidade, faz com que ocorra um maior ou menor atrito das partículas 
com as paredes da tubulação. É a resistência imposta pelas camadas do fluído ao 
escoamento recíproco delas.
Viscosidade Cinemática (ν)
É a relação entre a viscosidade absoluta (μ) e a massa específica (ρ), sendo:
ν = μ/ρ
Unidades: m²/s, pés/s, centistokes (cst)
Onde: 1 m²/s = 106 centistokes
Seleção da viscosidade
A correta seleção da viscosidade e a melhor relação Viscosidade x Temperatura, necessita de 
grande atenção. A seguir, veja alguns critérios de seleção para o fluido hidráulico:
•• Princípio de funcionamento de bombas hidráulicas e motores usados no sistema;
•• Pressão nominal, temperaturanominal e respectiva faixa de trabalho;
•• Temperatura do meio ambiente;
•• Comprimento da tubulação.
Vazão (Q)
É a relação entre o volume do fluído que atravessa uma determinada seção de um conduto e 
o tempo gasto para tal, sendo:
Q = V/T
Unidades: m³/h, L/s, GPM;
Hidráulica - básico
11
1.3 Transmissão hidráulica de força e energia
1.3.1 Força Transmitida
A força através de um sólido é transmitida em uma direção, se empurrarmos o sólido em 
um sentido/direção, a força é transmitida diretamente ao lado oposto. Se empurrarmos 
o tampão de um recipiente cheio de líquido, esse líquido transmitirá pressão sempre da 
mesma maneira (Figura 1.1), independentemente de como ela é gerada e da forma do 
mesmo.
Os quatro métodos de transmissão de energia: mecânica, elétrica, hidráulica e pneumática, 
são capazes de transmitir forças estáticas (energia potencial) tanto quanto a energia cinética. 
Quando uma força estática é transmitida em um líquido, essa ação ocorre de modo especial. 
Para ilustrar, pode-se comparar com a transmissão que ocorre através de um sólido e de um 
líquido em um recipiente.
PrincíPio básico
O princípio básico por trás de qualquer sistema hidráulico é muito simples: a força que é 
aplicada em um ponto é transmitida para outro ponto por meio de um líquido.
Sólido
Pistão Móvel
Líquido
Pistão Móvel
Figura 1.1 – Força transmitida através de material sólido e material líquido.
Hidráulica - básico
12
1.4 Contaminação de fluidos hidráulicos
1.4.1 Contaminação
Durante o funcionamento, uma grande 
parte da sujeira penetra no sistema através 
de fontes externas, como, por exemplo, por 
meio das hastes de cilindros e vedações 
defeituosas. Porém, muitas vezes, o 
culpado são os problemas criados na 
própria casa, tais como uma contaminação 
inicial despercebida no sistema e restos de 
sujeira depois de trabalhos de consertos e 
manutenção.
Fluidos hidráulicos contaminados muitas 
vezes causam danos, panes e tempos de 
parada em instalações e sistemas. Essas 
contaminações provocam desgastes, criação 
de lodo e um mais rápido envelhecimento 
do óleo.
As consequências podem ser por vezes 
catastróficas: além de uma maior fuga 
interna, pane total de componentes, 
possíveis engripamentos de êmbolos e 
alterações das características de regulação 
de válvulas.
Pela maneira clássica isso é efetuado 
o fluido hidráulico
É o elemento vital de um sistema hidráulico industrial. Ele é um meio de transmissão de 
energia, um lubrificante, um vedador e um veículo de transferência de calor. O fluido 
hidráulico à base de petróleo é o mais comum.
1.3.2 Diferencial de Pressão
Um diferencial de pressão é simplesmente a diferença de pressão entre dois pontos do 
sistema que pode ser caracterizado por:
•• Indicar que a energia de trabalho, na forma de movimento de líquido pressurizado, está 
presente no sistema;
•• Medir a quantidade de energia de trabalho que se transforma em calor entre os dois 
pontos.
Na Figura 1.2, o diferencial de pressão entre os dois pontos, marcados pelos manômetros, é 
de 2 kgf/cm².
A energia de trabalho está 
se deslocando do ponto 1 
para o ponto 2. Enquanto 
está se deslocando entre os 
dois pontos, 2 kgf./cm² da 
energia são transformados em 
energia calorífica por causa da 
resistência do líquido.
Manômetro 1
14 Kg/cm²
Manômetro 2
12 Kg/cm²
Figura 1.2 – Diferencial de pressão.
Hidráulica - básico
13
1.5 Equipamentos de proteção individual – EPI
Cada equipamento de usina é formado por conjuntos, subconjuntos, componentes e peças. 
O conhecimento adequado de cada uma das pequenas partes que formam o todo dos 
fatores ambientais, de utilização e os fenômenos físicos e químicos que agem sobre a parte 
em questão, permitirá ao lubrificador saber o que deve ser verificado em cada um, evitando 
assim os problemas advindos das agressões ambientais e climáticas, sobrecargas, vibrações, 
vedações deficientes, entre outros.
O lubrificador deve conhecer os seguintes elementos:
•• Fluidos hidráulicos;
•• Conexões;
•• Tubulações e acessórios;
•• Mangueiras;
•• Instrumentos;
•• Juntas e vedações em geral;
•• Reservatórios;
•• Bombas;
•• Acumuladores;
•• Válvulas;
•• Motores;
•• Acoplamentos;
•• Atuadores;
•• Cilindros hidráulicos e pneumáticos;
•• Unidades Hidráulicas.
Os seguintes EPI são os mínimos necessários para a atividade de Lubrificador:
•• Capacete de segurança com cinta 
jugular;
•• Protetor auricular tipo concha;
•• Óculos de segurança;
•• Luvas de segurança adequadas à 
atividade;
•• Botina de segurança com biqueira de 
compósito.
eficazmente por filtração. A filtração, no 
entanto, é falha em sua eficiência nas 
instalações novas ou no ingresso de grande 
quantidade de sujeira vinda de fora após 
consertos, modificações ou manutenção. 
Através do óleo, sujo na primeira partida, 
todo o sistema será contaminado e só 
tornará limpo após diversas circulações 
por meio do filtro. Porém, depois disso, já 
podem ter ocorrido danos ao sistema.
Muitas vezes uma circulação de filtração 
nem é possível, como por exemplo, em 
cilindros. Se o volume de curso do cilindro 
ainda for menor do que o volume da 
tubulação, então quase não haverá uma 
troca de óleo. O fluido está praticamente 
parado. Com baixas velocidades de fluxo, 
as partículas de sujeira grudam firmemente 
nas paredes internas ou se depositam na 
sombra do fluxo na tubulação.
Nesses casos a lavagem é muitas vezes 
a solução. Com auxílio de unidades 
de lavagem especiais – as chamadas 
unidades de “flushing” - é possível gerar 
nas instalações exatamente aqueles fluxos 
necessários para uma lavagem limpa dos 
circuitos hidráulicos.
Hidráulica - básico
14
Relembrando
Neste capítulo serão apresentados os fluidos e componentes hidráulicos. Vimos sobre as 
propriedades físico-químicas e entendemos sobre viscosidade e, também, como ocorre a 
transmissão hidráulica de força e energia. Além disso, vimos os EPIs próprios para um 
lubrificador.
Pergunta Rápida
1. Sendo a hidráulica o ramo da física que estuda o comportamento dos fluidos, tanto em 
repouso quanto em movimento, é necessário conhecer algumas definições básicas destes 
comportamentos, assim como a Mecânica dos Fluídos. Em seu estado líquido, os fluidos 
hidráulicos possuem propriedades físico-químicas diversas, cujas principais são:
I. Massa específica (ρ) 
II. Peso Específico (γ) 
III. Volume Específico (Ve) 
IV. Densidade (d)
Estão corretas:
a) I, II e III. 
b) I, II e IV. 
c) II, III e V. 
d) I, II, III e IV. 
e) III, IV e V.
2. Quais dos EPIs a seguir são necessários para a atividade de Lubrificador? 
a) Capacete de segurança com cinta jugular. 
b) Unidades hidráulicas. 
c) Válvulas. 
d) Motores. 
e) Cilindros hidráulicos e pneumáticos.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
??
Hidráulica - básico
T
u
bu
lações
2
Neste capítulo serão apresentadas as tubulações.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Saber sobre a classificação dos acessórios de tubulação;
•• Entender sobre os acessórios rosqueados;
•• Entender sobre os acessórios flangeados;
•• Conhecer os fatores que influenciam na seleção de materiais.
16
2.1 Classificação dos acessórios de tubulação
2.1.1 Acessórios rosqueados
Pode-se dar a seguinte classificação de acordo com as finalidades e tipos dos principais 
acessórios de tubulação:
•• Fazer mudanças de direção em 
tubulações - Curvas RC, curvas RL, 
curvas de redução, joelhos e joelhos de 
redução;
•• Fazer derivações em tubulações - tês 
normais, tês de 45º, tês de redução, 
peças em “Y”, cruzetas, selas, colares e 
anéis de reforço;
•• Fazer mudanças de diâmetro em 
tubulações - Reduções concêntricas, 
reduções excêntricas e reduçõesbucha;
•• Fazer ligações de tubos entre si - Luvas, 
uniões, flanges, niples e virolas;
•• Fazer fechamento da extremidade de 
um tubo - tampões, bujões, flanges 
cegos;
•• Os acessórios de tubulação podem 
também ser classificados de acordo 
com o sistema de ligação empregado;
•• Acessórios rosqueados;
•• Acessórios flangeados.
Tubulações são os conjuntos de tubos e seus acessórios. Em indústrias de processamento, 
químicas, petroquímicas, refinarias de petróleo, o custo das tubulações pode representar 
70% do custo dos equipamentos ou 25% do custo total da instalação.
Podem ser aplicadas como:
•• Distribuição de vapor para força e/ou 
para aquecimento;
•• Distribuição de água potável ou de 
processos industriais;
•• Distribuição de óleos combustíveis ou 
lubrificantes;
•• Distribuição de ar comprimido;
•• Distribuição de gases e/ou líquidos 
industriais.
Os acessórios rosqueados, conforme apresenta a Figura 2.1, a seguir, são usados 
normalmente em tubulações prediais e em tubulações industriais secundárias (água, ar, 
condensado de baixa pressão etc.), todas até 4”. Esses acessórios também são utilizados 
em tubulações que, devido ao tipo de material ou serviço, são permitidas as ligações 
rosqueadas, tais como boa parte das tubulações de ferro fundido, ferro forjado, materiais 
plásticos, cobre, entre outras geralmente até o limite de 4”. O emprego desses acessórios está 
sujeito às mesmas exigências e limitações impostas às ligações rosqueadas para tubos.
Hidráulica - básico
17
Bujão
(cabeça
redonda)
Bujão
(cabeça
quebrada)
Bujão
(cabeça
hexagonal)
“Niple”
(com encaixe
sextavado)
Joelho 90º
(macho
e fêmea)
Figura 2.1 – Acessórios rosqueados.
Figura 2.2 – Componentes de ligação flangeada.
2.1.2 Acessórios Flangeados
Os acessórios flangeados fabricados 
principalmente de ferro fundido, são de 
uso bem mais raro do que os flanges e os 
acessórios dos outros tipos já citados. 
Os acessórios de ferro fundido são 
empregados em tubulações de grande 
diâmetro (adutoras, linhas de água e de 
gás) e baixa pressão, onde é necessária 
grande facilidade de desmontagem.
Os acessórios flangeados de aço fundido, 
de uso bastante raro na prática, podem ser 
usados em tubulações industriais para uma 
grande faixa de pressões e temperaturas 
de trabalho, mas o seu emprego deve ser 
restringido apenas aos casos em que seja 
é indispensável uma grande facilidade de 
desmontagem ou a algumas tubulações 
com revestimentos internos, devido ao 
custo elevado, grande peso e volume, 
necessidade de manutenção e risco de 
vazamentos.
ligação flangeada
Uma ligação flangeada é composta 
de um par de flanges, uma junta de 
vedação e um jogo de parafusos.
Flanges
É o tipo de ligação de uso tipicamente 
industrial e seu emprego visa, 
principalmente, a facilidade de montagem 
e desmontagem dos componentes da 
tubulação. São empregadas principalmente 
em tubos de DN 50 (2”), mas nada impede 
que sejam utilizadas em linhas de menores 
diâmetros.
Hidráulica - básico
18
Classi�cação
das tubulações
Tubulações dentro
de instalações
industriais
Tubulações de
processo
Tubulações de
utilidades
Tubulações de
transporte
Tubulações de
distribuição
Tubulações de
instrumentação
Tubulações de
drenagem
Tubulações fora
de instalações
industriais
Figura 2.3 – Classificação das tubulações.
Tubos sem costura
Tubos sem costura
Laminação
Extrusão
Fundição
Fabricação por solda
Dia. Grandes
Dia. Pequenos
Figura 2.4 – Classificação segundo a forma de construção .
Hidráulica - básico
19
Relembrando
Neste capítulo foram apresentadas as tubulações. Além disso, vimos sobre a classificação dos 
acessórios de tubulação, entendemos sobre os acessórios rosqueados e, também, os 
flangeados. Conhecemos os fatores que influenciam na seleção de materiais.
Pergunta Rápida
1. Tubulações são os conjuntos de tubos e seus acessórios. Em indústrias de processamento, 
químicas, petroquímicas, refinarias de petróleo, o custo das tubulações pode representar 70% 
do custo dos equipamentos ou 25% do custo total da instalação. 
Sobre tubulações, é correto afirmar que:
a) Os acessórios flangeados, fabricados principalmente de ferro fundido, são de uso bem 
mais raro do que os flanges e os acessórios dos outros tipos. 
b) Acessórios rosqueados é o tipo de ligação de uso tipicamente industrial e seu emprego 
visa, principalmente, a facilidade de montagem e desmontagem dos componentes da 
tubulação.
c) Os acessórios flangeados, são usados normalmente em tubulações prediais e em 
tubulações industriais secundárias.
d) Os acessórios rosqueados são empregados em tubulações de grande diâmetro 
(adutoras, linhas de água e de gás) e baixa pressão, onde é necessária grande facilidade de 
desmontagem.
e) Uma ligação rosqueada é composta de um par de flanges, uma junta de vedação e um 
jogo de parafusos.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
??
Hidráulica - básico
20
2. A seleção adequada é um problema difícil visto que, na maioria dos casos, os fatores 
determinantes podem ser conflitantes entre si. O caso típico é corrosão versus custo. Os 
principais fatores que influenciam podem ser:
I. Fluido conduzido – Natureza e concentração do fluido, impurezas ou contaminantes; pH; 
velocidade; toxidez; resistência à corrosão e possibilidade de contaminação.
II. Condições de serviço – Temperatura e pressão de trabalho.
III. Nível de tensões do material – O material deve ter resistência mecânica compatível com a 
ordem de grandeza dos esforços presentes.
IV. Natureza dos esforços mecânicos – Tração; Compressão; Flexão; Esforços estáticos ou 
dinâmicos; Choques; Vibrações; Esforços cíclicos etc.
Assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
a) I e II estão corretas.
b) I, II e III estão corretas.
c) I, II, III e IV estão corretas.
d) I, II e IV estão corretas.
e) I e IV estão corretas.
Hidráulica - básico
M
an
gu
eiras
3
Neste capítulo serão apresentadas as mangueiras.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Saber sobre as linhas flexíveis para condução de fluidos;
•• Entender sobre a classificação das mangueiras;
•• Entender sobre as conexões para mangueiras;
•• Conhecer as recomendações na hora de aplicá-las.
22
3.1 Linhas flexíveis para condução de fluidos
3.2 Classificação das mangueiras
As linhas flexíveis para condução de fluidos são necessárias na maior parte das instalações 
onde a compensação de movimento e absorções de vibrações se fazem presentes. Um 
exemplo típico de linhas flexíveis são as mangueiras, cuja aplicação visa atender a três 
propostas básicas:
•• Conduzir fluidos líquidos ou gases;
•• Absorver vibrações;
•• Compensar e/ou dar liberdade de movimentos.
Basicamente, todas as mangueiras consistem em três partes construtivas:
1. Tubo Interno ou Alma de Mangueira: 
Deve ser construído de material flexível 
e de baixa porosidade, ser compatível e 
termicamente estável com o fluido a ser 
conduzido.
2. Reforço ou Carcaça: Considerado como 
elemento de força de uma mangueira, o 
reforço é quem determina a capacidade de suportar pressões. Sua disposição sobre o tubo 
interno pode ser na forma trançada ou espiralada.
3. Cobertura ou Capa: Disposta sobre o reforço da mangueira, a cobertura (Figura 3.1) tem por 
finalidade proteger o reforço contra eventuais agentes externos que provocam abrasão ou 
danificação do reforço.
As especificações construtivas das mangueiras permitem ao usuário enquadrar o produto 
escolhido dentro dos seguintes parâmetros de aplicação:
•• Capacidade de Pressão Dinâmica e 
Estática de trabalho;
•• Temperatura Mínima e Máxima de 
trabalho;
•• Compatibilidade química com ofluido 
a ser conduzido;
•• Resistência ao meio ambiente de 
trabalho contra a ação do Ozônio 
(O3), raios ultravioleta, calor irradiante, 
chama viva, etc.;
•• Vida útil das mangueiras em condições 
dinâmicas de trabalho;
•• Raio Mínimo de curvatura;
•• Meio ambiente de trabalho.
Figura 3.1 – Cobertura da mangueira.
Hidráulica - básico
23
3.3 Conexões para mangueiras
3.3.1 Conexões Reusáveis
3.3.2 Conexões Permanentes
As conexões para mangueiras podem ser classificadas em dois grandes grupos: reusáveis e 
permanentes.
Classificam-se como conexões reusáveis todas aquelas cujo sistema de fixação da conexão à 
mangueira permite reutilizar a conexão, trocando-se apenas a mangueira danificada. Apesar 
de ter um custo um pouco superior em relação às conexões permanentes, sua relação custo/
benefício é muito boa, além de agilizar a operação de manutenção e dispensar o uso de 
equipamentos especiais.
As conexões reusáveis são fixadas às mangueiras:
Classificam-se como conexões permanentes todas aquelas cujo sistema de fixação da 
conexão à mangueira não permite reutilizar a conexão quando ela se danifica. Esse tipo de 
conexão necessita de equipamentos especiais para montagem.
As conexões permanentes podem ser fixadas às mangueiras pelas seguintes formas:
•• Por interferência entre a conexão e a 
mangueira (Figura 3.2).
•• Por meio de uma capa rosqueável 
(Figura 3.3), sem descascar a 
extremidade da mangueira 
(tipo NO-SKIVE).
•• Conexões permanentes são as que 
necessitam descascar a extremidade 
da mangueira (tipo SKIVE).
•• Conexões prensadas que não 
necessitam descascar a extremidade 
da mangueira (tipo NO-SKIVE).
Figura 3.2 – Conexão fixada por interferência. Figura 3.3 – Conexão fixada por meio de capa rosqueada.
Figura 3.4 - Conexão Permanente Tipo SKIVE. Figura 3.5 – Conexão permanente prensada.
Hidráulica - básico
24
3.4 Recomendações na aplicação
Ao projetar ou reformar um circuito de condução de fluidos, sempre que possível, tenha em 
consideração as seguintes recomendações:
•• Evite ao máximo utilizar conexões e mangueiras: sempre que possível utilize tubos, pois 
a perda de carga é menor;
•• Procure evitar ampliações ou reduções bruscas no circuito, para evitar o aumento da 
turbulência e temperatura;
•• Evite utilizar conexões fora de padrão em todo o circuito e em especial as conexões 
(terminais) de mangueira, pois estas deverão ser trocadas com maior frequência nas 
operações de manutenção;
•• Mesmo que aparentemente mais caras, procure especificar mangueiras que atendam 
os requisitos do meio ambiente externo de trabalho, evitando assim a necessidade de 
acessórios especiais tais como: armaduras de proteção, luva anti-abrasão, entre outros.
Hidráulica - básico
25
Relembrando
Neste capítulo foram apresentadas as mangueiras. Além disso, entendemos sobre a sua 
classificação, como se dá as suas conexões e, também, das recomendações na hora de sua 
aplicação.
Pergunta Rápida
1. As linhas flexíveis para condução de fluidos são necessárias na maior parte das instalações 
onde a compensação de movimento e absorções de vibrações se fazem presentes. Quanto à 
classificação das mangueiras, estas podem ser:
I. Capacidade de Pressão Dinâmica e Estática de trabalho. 
II. Temperatura Mínima e Máxima de trabalho. 
III. Compatibilidade química com o fluido a ser conduzido. 
IV. Resistência ao meio ambiente de trabalho contra a ação do Ozônio (O3), raios ultravioleta, 
calor irradiante, chama viva, etc.
Estão corretas:
a) I e II. 
b) I, II, III e IV. 
c) I, II e III. 
d) III. 
e) II e IV.
2. As conexões para mangueiras podem ser classificadas em dois grandes grupos: reusáveis e 
permanentes. 
A respeito desta informação, é correto afirmar que:
a) Classificam-se como conexões reusáveis todas aquelas cujo sistema de fixação da conexão 
à mangueira permite reutilizar a conexão, trocando-se apenas a mangueira danificada. 
b) O custo das conexões permanentes é superior em relação às conexões reusáveis. 
c) Classificam-se como conexões reusáveis todas aquelas cujo sistema de fixação da conexão 
à mangueira não permite reutilizar a conexão quando ela se danifica. 
d) As conexões reusáveis necessitam de equipamentos especiais para montagem. 
e) Conexões reusáveis são as que necessitam descascar a extremidade da mangueira.
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Hidráulica - básico
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etros , reservatório 
h
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ráu
lico ou
 tan
qu
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4
Neste capítulo serão apresentados os manômetros, reservatório 
hidráulico ou tanque.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Saber sobre a pressão manométrica;
•• Entender o que é reservatório hidráulico ou tanque;
•• Entender o funcionamento do reservatório hidráulico;
•• Saber os tipos de respiros existentes do reservatório 
hidráulico.
27
4.1 Pressão manométrica 
Em indústrias conhecer a diferença entre pressão absoluta e pressão atmosférica é de grande 
utilidade. Muitos dos aparatos empregados para a medida de pressões utilizam a pressão 
atmosférica como nível de referência e medem a diferença entre a pressão real ou absoluta e 
a pressão atmosférica, denominando esse valor pressão manométrica. Tais aparatos recebem 
o nome de manômetros, conforme apresentado na Figura 4.1.
A pressão manométrica se expressa seja acima ou abaixo da pressão atmosférica. Os 
manômetros que servem para medir pressões inferiores à atmosférica se chamam 
manômetros de vácuo ou vacuômetros.
Os manômetros podem ser:
•• Manômetro de mercúrio (extremidade aberta)
•• Manômetro de mercúrio (extremidade fechada)
Figura 4.1 - Manômetro.
Figura 4.2 - Sistema hidráulico com aferição manométrica.
Hidráulica - básico
28
4.2. Reservatório hidráulico ou tanque
4.2.1 Funcionamento do reservatório hidráulico
A função de um reservatório hidráulico (Figura 4.4) é conter ou armazenar o fluido 
hidráulico de um sistema, além de auxiliar na troca de calor e na decantação das partículas 
contaminantes. Os reservatórios hidráulicos consistem em quatro paredes (geralmente 
de aço), uma base abaulada, um topo plano com uma placa de apoio, quatro pés, linhas 
de sucção, retorno e drenos, plugue do dreno, indicador de nível de óleo, tampa para 
respiradouro e enchimento, tampa para limpeza e placa defletora (Chicana).
Quando o fluido retorna ao reservatório, a placa defletora impede que ele vá diretamente 
à linha de sucção (Figura 4.5). Isto cria uma zona de repouso onde as impurezas maiores 
sedimentam, o ar sobe à 
superfície do fluido e dá 
condições para que o calor, no 
fluido, seja dissipado para as 
paredes do reservatório. Todas 
as linhas de retorno devem 
estar localizadas abaixo do nível 
do fluido e no lado do defletor 
oposto à linha de sucção.
1. Placa de apoio;
2. Linha de sucção;
3. Tampa para respiradouro 
e enchimento;
4. Indicador de nível de óleo;
5. Tampa para limpeza;
6. Plug de dreno;
7. Placa detentora;
8. Linha de dreno;
9. Linha de retorno;
10. Base abaulada.
1
2
3
4
5
10
6
7
8
9
Figura 4.3 – Esquema de reservatório hidráulico.
Figura 4.4 – Esquema de reservatório hidráulico.
Hidráulica - básico
29
4.2.2 Visor de Nível
4.2.3 Filtro de ar e bocal de enchimento
Sempre será necessário controlar o nível e a temperatura do fluido no reservatório. O nível 
é muito importante por diversos fatores: a perfeita alimentação da bomba, a eficiência na 
troca de calor, a garantia de que não aparecerá espuma no fluido.
Já a temperatura deve ser controlada, pois ela é uma ferramenta na análise preventiva e 
preditiva contra falhas no sistema hidráulico. O visor de nível é o instrumento indispensável 
no controle dessas duas variáveis.
A alimentação da bomba é feitapela 
pressão atmosférica, ou seja, o ar empurra 
o fluido para o interior da bomba, e para 
que o ar possa chegar ao interior do 
reservatório com qualidade exigida pelo 
sistema hidráulico, utiliza-se o filtro de 
ar. Ele retém as partículas contaminantes 
que danificam prematuramente os 
componentes do sistema. O filtro de ar 
também pode fazer a função de bocal de 
enchimento do reservatório (Figura 4.6).
Figura 4.5 – Tipos de respiros de reservatório hidráulico.
Hidráulica - básico
30
Relembrando
Neste capítulo foram apresentados os manômetros, o reservatório hidráulico ou tanque. Além 
disso, vimos sobre a pressão manométrica, entendemos o que é reservatório hidráulico ou 
tanque, bem como o seu funcionamento. Conhecemos os tipos de respiros existentes do 
reservatório hidráulico.
Pergunta Rápida
1. Em indústrias conhecer a diferença entre pressão absoluta e pressão atmosférica é de 
grande utilidade. Muitos dos aparatos empregados para a medida de pressões utilizam a 
pressão atmosférica como nível de referência e medem a diferença entre a pressão real ou 
absoluta e a pressão atmosférica, denominando esse valor pressão manométrica. 
Sobre esta informação é correto afirmar que:
I. O aparelho utilizado para medir a pressão é o manômetro. 
II. A pressão manométrica se expressa seja acima ou abaixo da pressão atmosférica. 
III. Os manômetros que servem para medir pressões inferiores à atmosférica se chamam 
manômetros de vácuo ou vacuômetros.
Estão corretas:
a) Apenas I está correta. 
b) Apenas II está correta. 
c) Apenas III está correta. 
d) Todas estão corretas. 
e) Nenhuma está correta.
2. A função de um reservatório hidráulico é conter ou armazenar o fluido hidráulico de um 
sistema, além de auxiliar na troca de calor e na decantação das partículas contaminantes. 
 
Sobre os reservatórios hidráulicos, é correto afirmar que:
a) Os reservatórios hidráulicos consistem em quatro paredes (geralmente de aço), uma base 
abaulada, um topo plano com uma placa de apoio, quatro pés, linhas de sucção, retorno e 
drenos. 
b) Não será necessário controlar o nível e a temperatura do fluido no reservatório. 
c) O nível não é muito importante. 
d) Já a temperatura não precisa ser controlada, pois ela é uma ferramenta na análise 
preventiva e preditiva contra falhas no sistema hidráulico. 
e) O visor de nível é o instrumento dispensável no controle dessas duas variáveis.
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A
tu
adores h
id
ráu
licos
5
Neste capítulo serão apresentados os atuadores hidráulicos.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Saber o que são os atuadores lineares;
•• Entender o que são os atuadores rotativos;
•• Conhecer os cilindros, os amortecimentos dos cilindros e os 
seus tipos.
32
5.1 Definição de atuadores hidráulicos
5.2.1 Força do cilindro
5.2 Cilindros hidráulicos
Os atuadores hidráulicos convertem a energia de trabalho em energia mecânica. Eles 
constituem os pontos nos quais toda a atividade visível ocorre, e são um dos principais 
elementos que devem ser considerados no projeto da máquina. Os atuadores hidráulicos são 
divididos, basicamente, em dois tipos: lineares e rotativos.
Por meio do curso do cilindro, a energia de trabalho hidráulica é aplicada à área do seu 
pistão. O componente da pressão da energia de trabalho aplicada ao pistão será resistência 
que a carga oferece.
Muitas vezes, é preciso conhecer qual é a pressão que deve ser aplicada no cilindro de certo 
tamanho para se desenvolver uma dada força na saída (Tabela 5.1).
Ø
Pistão
Área 
Pistão
Força do Avanço
Volume 
de fluído 
descolado
10 bar 50 bar 90 bar 130 bar 170 bar 210 bar p/ 10 mm de curso
mm cm² kgf ibf kgf ibf kgf ibf kgf ibf kgf ibf kgf ibf ml gal. imp
32 8,04 80 176 402 885 724 1595 1045 2302 1367 3011 1688 3718 8,04 .0018
40 12,57 1,26 277 638 1383 1131 2481 1634 3599 2137 4807 2640 5815 12,57 .0028
50 19,64 196 432 982 2163 1768 3894 2553 5623 3339 7355 4124 9064 19,64 .0043
63 31,18 312 687 1559 3434 2806 6181 4053 8927 5301 11676 6548 14423 31,18 .0069
80 50,27 503 1108 2513 5535 4524 9965 6635 14394 8546 18824 10557 23253 50,27 .0011
100 78,55 785 1729 3927 8650 7069 15570 10211 22491 13353 29412 16495 36332 78,55 .0173
125 122,72 1221 2689 6136 13516 11045 24328 15954 35141 20662 45951 25771 46761 122,7 .0270
160 201,06 2010 4427 10053 22143 18095 39857 26138 57573 34180 75286 42223 93002 201,1 .0442
200 314,16 3142 6921 15708 34599 28274 62277 40841 89958 53407 117636 65974 145317 314,2 .0691
Tabela 5.1 – Força de avanço teórica e volume deslocado.
Os atuadores lineares são os cilindros. Eles 
transformam trabalho hidráulico em energia 
mecânica linear, a qual é aplicada a um 
objeto resistivo para realizar trabalho. Um 
cilindro consiste em uma camisa de cilindro, 
um pistão móvel e uma haste ligada ao 
pistão. Os cabeçotes são presos por meio 
de roscas, prendedores, tirantes ou solda (a 
maioria dos cilindros industriais usa tirantes).
Conforme a haste se move para dentro ou 
para fora, ela é guiada por embuchamentos 
removíveis chamados de guarnições. O lado 
para o qual a haste opera é denominado 
lado dianteiro ou “cabeça do cilindro”. O 
lado oposto sem haste é o lado traseiro. Os 
orifícios de entrada e saída estão localizados 
nos lados dianteiro e traseiro.
Hidráulica - básico
33
5.2.2 Curso do Cilindro 
5.2.3 Volume do Cilindro
5.2.4 Velocidade da haste de um cilindro
A distância através da qual a energia de trabalho é aplicada determina quanto trabalho será 
realizado. Essa distância é o curso do cilindro. Um cilindro pode ser usado para multiplicar 
uma força pela ação da pressão hidráulica agindo sobre a área do pistão.
Quando se multiplica uma força hidraulicamente, se tem a impressão de que se está 
recebendo alguma coisa de graça. Parece que uma pequena força pode gerar uma força 
grande sob as circunstâncias certas, e que nada foi sacrificado. Isso é relativamente válido 
em um sistema estático. Mas, se a força deve ser multiplicada e deslocada ao mesmo tempo, 
alguma coisa deve ser sacrificada, nesse caso, à distância.
Cada cilindro tem um volume (deslocamento), que é calculado multiplicando-se o curso do 
pistão, em cm, pela área do pistão. O resultado dará o volume em cm³.
A velocidade da haste de um cilindro é determinada pela velocidade com que um dado 
volume de líquido pode ser introduzido na camisa para empurrar o pistão. A expressão que 
descreve a velocidade da haste do pistão é:
Hidráulica - básico
34
5.2.5 Tipos Comuns de Cilindros
A velocidade da haste de um cilindro é determinada pela velocidade com que um dado 
volume de líquido pode ser introduzido na camisa para empurrar o pistão. A expressão que 
descreve a velocidade da haste do pistão é:
•• Cilindros de ação simples - Um 
cilindro no qual a pressão de fluido 
é aplicada em somente uma direção 
para mover o pistão, conforme é 
apresentada na Figura 5.1.
•• Cilindro martelo - Um cilindro no 
qual o elemento móvel tem a mesma 
área da haste do pistão, conforme é 
apresentada na Figura 5.3.
•• Cilindro telescópico ou de múltiplo 
estágio – Um cilindro com arranjo 
multitubular da haste, que provê um 
curso longo com uma camisa curta na 
retração, conforme é apresentada na 
Figura 5.5.
•• Cilindro com retorno com mola - Um 
cilindro no qual uma mola recua 
o conjunto do pistão, conforme é 
apresentada na Figura 5.2.
•• Cilindro de dupla ação - Um cilindro 
no qual a pressão do fluido é aplicada 
ao elemento móvel em qualquer uma, 
das direções. Veja a Figura 5.4, a seguir.
Figura 5.1 - Cilindro de ação simples.
Figura 5.3 – Cilindro martelo.
Figura 5.5 – Cilindro telescópio ou de múltiplo estágio.
Figura 5.2 – Cilindro comretorno com mola.
Figura 5.4 – Cilindro de dupla ação.
Hidráulica - básico
35
5.3 Amortecimentos dos cilindros
5.4 Atuadores rotativos
Amortecimentos têm a função de proteger 
os cilindros contra choques excessivos, 
pois diminui o movimento do cilindro 
antes que chegue ao fim do curso. Podem 
ser instalados em ambos os lados de um 
cilindro (Figura 5.6).
Um amortecimento consiste em uma 
válvula de agulha de controle de fluxo e 
um plugue ligado ao pistão. O plugue de 
amortecimento pode estar no lado da haste 
(nesta posição ele é chamado de colar), 
ou pode estar no lado traseiro (onde é 
chamado de batente de amortecimento).
Conforme o pistão do cilindro se aproxima 
do seu fim de curso, o batente bloqueia a 
saída normal do líquido e obriga o fluido a 
passar pela válvula de controle de vazão. 
Nessa altura, algum fluxo escapa pela 
válvula de alívio de acordo com a sua 
regulagem. O fluido restante adiante do 
pistão é expelido através da válvula controle 
de vazão e retarda o movimento do pistão. 
A abertura dessa válvula determina a taxa 
de desaceleração.
Na direção inversa, o fluxo passa pela linha de 
by-pass da válvula de controle de vazão onde 
está a válvula de retenção ligada ao cilindro. 
Como regra geral, os amortecimentos são 
colocados em cilindros cuja velocidade da 
haste exceda a 600 cm/min.
Daqui em diante serão mostrados os atuadores rotativos. Esses mecanismos são compactos, 
simples e eficientes. Eles produzem um torque alto e, requerem pouco espaço e montagem 
simples. O oscilador hidráulico é um atuador rotativo com campo de giro limitado. Um tipo muito 
comum de atuador rotativo é chamado de atuador de cremalheira e pinhão. Esse tipo especial de 
atuador rotativo fornece um torque uniforme em ambas as direções e através de todo o campo 
de rotação.
De um modo geral, aplicam-se atuadores em indexação de ferramental de máquina, 
operações de dobragem, levantamento ou rotação de objetos pesados, funções de dobragem, 
posicionamento, dispositivos de usinagem, atuadores de leme, entre outros.
Os atuadores rotativos são utilizados para manuseio de material, máquina ferramenta, 
maquinaria de borracha e plástico, equipamento móbil, robótica, comutação de válvula e 
marinha comercial/militar.
Figura 5.6 – Amortecimento de cilindro.
Hidráulica - básico
36
Relembrando
Neste capítulo foram apresentados os atuadores hidráulicos. Além disso, vimos sobre os 
atuadores lineares, que são os cilindros, bem como os atuadores rotativos. Conhecemos os 
amortecimentos dos cilindros e os seu tipos.
Pergunta Rápida
1. Os atuadores hidráulicos convertem a energia de trabalho em energia mecânica. Eles 
constituem os pontos nos quais toda a atividade visível ocorre, e são um dos principais 
elementos que devem ser considerados no projeto da máquina. Os atuadores hidráulicos são 
divididos, basicamente, em dois tipos: lineares e rotativos. 
 
Sobre os tipos de atuadores lineares, que são os cilindros, é correto afirmar que:
a) Cilindros de ação simples são os quais a pressão de fluido é aplicada em somente uma 
direção para mover o pistão.
b) Cilindro martelo é o qual a pressão de fluido é aplicada em somente uma direção para 
mover o pistão.
c) Cilindro de dupla ação é o qual a pressão de fluido é aplicada em somente uma direção 
para mover o pistão.
d) Cilindro com retorno de mola é o qual a pressão de fluido é aplicada em somente uma 
direção para mover o pistão.
e) Cilindro telescópio é o qual a pressão de fluido é aplicada em somente uma direção para 
mover o pistão.
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Hidráulica - básico
37
2. Sobre os cilindros, analise as sentenças a seguir:
I. Os Cilindros hidráulicos transformam trabalho hidráulico em energia mecânica linear, a 
qual é aplicada a um objeto resistivo para realizar trabalho. 
II. Um cilindro consiste em uma camisa de cilindro, um pistão móvel e uma haste ligada ao 
pistão. 
III. Os cabeçotes são presos por meio de roscas, prendedores, tirantes ou solda (a maioria 
dos cilindros industriais usam tirantes).
IV. Cada cilindro tem um volume (deslocamento), que é calculado multiplicando-se o curso 
do pistão, em cm, pela área do pistão. O resultado dará o volume em cm³.
Assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
a) I, II e III estão corretas.
b) I e II estão corretas.
c) I, II, III e IV estão corretas.
d) II, III e IV estão corretas.
e) III e IV estão corretas.
Hidráulica - básico
B
om
bas
6
Neste capítulo serão apresentadas as bombas.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Saber o que são as máquinas lineares operatrizes;
•• Entender como são classificadas as bombas;
•• Entender como as bombas são especificadas;
•• Saber quais os seus possíveis defeitos e as causas mais 
prováveis.
39
6.1 Máquinas hidráulicas operatrizes
6.2 Classificação das bombas
Máquinas hidráulicas operatrizes, são máquinas que recebem energia potencial (força 
motriz de um motor ou turbina), e transformam parte dessa potência em energia cinética 
(movimento) e energia de pressão (força), cedendo estas energias ao fluído bombeado, de 
forma a recirculá-lo ou transportá-lo de um ponto a outro.
Portanto, o uso de bombas hidráulicas ocorre sempre que há a necessidade de aumentar 
a pressão de trabalho de uma substância líquida contida em um sistema, a velocidade de 
escoamento, ou ambas.
Devido a grande diversidade das bombas existentes, adotaremos uma classificação 
resumida, dividindo-as em dois grandes grupos, conforme são apresentadas na Figura 6.1.
•• Bombas centrífugas ou turbo-bombas, também conhecidas como hidrodinâmicas ou 
como deslocamento não positivo (fluxo contínuo);
•• Bombas volumétricas ou hidráulicas, também conhecidas como de deslocamento 
positivo (fluxo pulsante).
A ação mecânica cria um vácuo parcial 
na entrada da bomba, que permitindo 
que a pressão atmosférica force o fluido 
do tanque, por meio da linha de sucção 
a penetrar na bomba. A bomba passará 
o fluido para a abertura de descarga, 
forçando-o através do sistema hidráulico.
bombas
As bombas são utilizadas nos circuitos 
hidráulicos para converter energia 
mecânica em energia hidráulica. 
Saída
Hidrostática
 deslocamento positivo
Hidrodinâmica
deslocamento não-positivo
Saída
Entrada
Válvula
Figura 6.1 - Bomba de deslocamento positivo e de deslocamento não-positivo.
Hidráulica - básico
40
6.2.1 Bombas Centrífugas ou de deslocamento não positivo
6.2.2 Bombas Volumétricas ou de deslocamento positivo
Nas bombas centrífugas, ou turbo-bombas, a movimentação do fluido ocorre pela ação de 
forças que se desenvolvem em sua massa, em consequência da rotação de um eixo no qual 
é acoplado um disco (rotor, impulsor) dotado de pás (palhetas, hélice), o que recebe o fluido 
pelo seu centro e o expulsa pela periferia, pela ação da força centrífuga. Daí o seu nome mais 
usual (Figura 6.2).
São bombas de deslocamento não-positivo usadas para transferir fluidos e cuja única 
resistência é criada pelo peso do fluido e do atrito. Nas bombas centrífugas, o poder de 
deslocamento de fluido reduz quando aumenta a resistência. Em função da direção do 
movimento do fluído dentro do rotor, essas bombas se dividem em:
•• Centrífugas Radiais (puras): A movimentação do fluído se dá do centro para a periferia 
do rotor, no sentido perpendicular ao eixo de rotação;
•• Centrífugas de Fluxo Misto (hélico-centrífugas): O movimento do fluido ocorre na 
direção inclinada (diagonal) ao eixo de rotação;
•• Centrífugas de Fluxo Axial (helicoidais): O movimento do fluido ocorre paralelo ao eixo 
de rotação.
Também chamadas de bombas hidrostáticas, a movimentação do fluido é causada 
diretamente pela ação do órgão de impulsão da bombaque o obriga o fluido a executar 
o mesmo movimento a que está sujeito este impulsor (êmbolo, engrenagens, lóbulos, 
palhetas).Dá-se o nome de volumétrica porque o fluido, de forma sucessiva, ocupa e 
desocupa espaços no interior da bomba, com volumes conhecidos, sendo que o movimento 
geral deste fluído dá-se na mesma direção das forças a ele transmitidas, por isso a chamamos 
de deslocamento positivo.
Como nas bombas hidrostáticas a saída do fluido independe da pressão, com exceção 
de perdas e vazamentos, praticamente todas as bombas necessárias para transmitir força 
hidráulica em equipamento industrial, em maquinaria de construção e em aviação são do 
1
2
3
4
5
6
7
Figura 6.2 – Vistas lateral e frontal do caracol de uma bomba centrífuga.
1. Zona de alta 
pressão;
2. Coletor em 
Caracol ou 
Voluta;
3. Bocal de saída;
4. Pás do rotor;
5. Zona de baixa 
pressão;
6. Caracol;
7. Eixo.
Hidráulica - básico
41
tipo hidrostático.
As bombas volumétricas produzem fluxos de forma pulsativa, porém, sem variação de 
pressão no sistema.
As Bombas Volumétricas dividem-se em:
•• Êmbolo ou Alternativas (pistão, diafragma, membrana);
•• Rotativas (engrenagens, lóbulos, palhetas, helicoidais, fusos, parafusos, peristálticas).
Figura 6.3 – Bomba alternativa.
Figura 6.4 – Bomba rotativa.
Hidráulica - básico
42
Termos hidráulicos mais usados em bombeamento:
Termos Significados
Altura de sucção (AS) Desnível geométrico (altura em metros), entre o nível dinâmico da captação e o bocal de sucção da bomba.*
Altura de recalque (AR)
Desnível geométrico (altura em metros), entre o bocal de 
sucção da bomba e o ponto de maior elevação do fluido até o 
destino final da instalação (reservatório, etc.).
Altura manométrica total (AMT)
AMT = Altura Sucção + Altura Recalque + 
Perdas de Carga Totais (Tubulações/Conexões e 
Acessórios)
Altura total exigida pelo sistema, na qual a bomba deverá 
ceder energia sufi ciente ao fluido para vencê-la. Leva-se em 
consideração os desníveis geométricos de sucção e recalque e 
as perdas de carga por atrito em conexões e tubulações.
Unidades mais comuns: mca, Kgf/cm², Lbs/Pol². Onde: 1 Kgf/
cm² = 10 mca = 14,22 Lbs/Pol²
Perda de carga nas tubulações
Atrito exercido na parede interna do tubo quando ocorre a 
passagem do fluido pelo seu interior. É mensurada obtendo-
se, por meio de coeficientes, um valor percentual sobre o 
comprimento total da tubulação, em função do diâmetro 
interno da tubulação e da vazão desejada.
Perda de carga localizada nas conexões
Atrito exercido na parede interna das conexões, registros, 
válvulas, entre outros, quando acontece a passagem do 
fluido. É mensurada obtendo-se, por meio de coeficientes, um 
comprimento equivalente em metros de tubulação, definido 
em função do diâmetro nominal e do material da conexão.
Comprimento da tubulação de sucção
Extensão linear em metros de tubo utilizados na instalação, 
desde o injetor ou válvula de pé até o bocal de entrada da 
bomba.
Comprimento da tubulação de recalque Extensão linear em metros de tubo utilizados na instalação, desde a saída da bomba até o ponto final da instalação.
Cavitação
Fenômeno físico que ocorre em bombas centrífugas no 
momento em que o fluido sugado por ela tem sua pressão 
reduzida, atingindo valores iguais ou inferiores a sua pressão 
de vapor. Com isso, formam-se bolhas que são conduzidas 
pelo deslocamento do fluido até o rotor onde implodem ao 
atingirem novamente pressões elevadas.
Essas bolhas de ar são arrastadas pelo fluxo e condensam 
voltando ao estado líquido bruscamente quando passam 
pelo interior do rotor e alcançam zonas de alta pressão. No 
momento dessa troca de estado, o fluido já está em alta 
velocidade dentro do rotor, o que provoca ondas de pressão 
de tal intensidade que superam a resistência à tração do 
material do rotor, podendo arrancar partículas do corpo, 
das pás e das paredes da bomba, inutilizando-a com pouco 
tempo de uso, e, consequentemente, causando sua queda de 
rendimento.
* Obs.: Em bombas centrífugas normais, instaladas ao nível do mar e com fluído bombeado a temperatura ambiente, esta 
altura não pode exceder 8 metros de coluna d’agua (8 mca).
Quadro 6.1 - Termos hidráulicos mais usados em bombeamento.
Hidráulica - básico
43
6.3.8 Vazão
Vazão é a quantidade de fluido que a bomba deverá fornecer ao sistema.
Defeitos em bombas Causas mais prováveis
Bomba funciona, mas não há recalque. Vazão e/ou pressão 
nulas ou insuficientes
 » A tubulação de sucção e a bomba não estão completamente 
cheias de água;
 » Profundidade de sucção elevada (maior que 8 metros para 
centrífugas normais);
 » Entrada de ar pela tubulação de sucção;
 » Válvula de pé presa, parcial ou totalmente entupida, ou 
subdimensionada;
 » Motor com sentido de rotação invertido;
 » Altura de recalque maior que aquela para a qual a bomba foi 
indicada;
 » Tubos de sucção e recalque de pequeno diâmetro (excesso 
de pressão com pouca vazão);
 » Rotor da bomba furado ou entupido;
 » Junta defeituosa provocando entrada de ar;
 » Corpo da bomba furado ou entupido;
 » Selo mecânico com vazamento;
 » Viscosidade do fluido diferente da indicada.
Bomba com corpo superaquecido
 » A canalização de sucção e a bomba estão vazias ou com 
pouca água;
 » Especificação errada;
 » Eixos desalinhados (bombas mancalizadas);
 » Rotor raspando na carcaça;
 » Mancais ou rolamentos defeituosos;
 » Motor com sentido de rotação invertido;
 » Altura de recalque maior que aquela para qual a bomba foi 
indicada;
 » Canalização de recalque entupida.
Mancal com corpo superaquecido
 » Rolamentos com falta ou excesso de lubrificação;
 » Lubrificante inadequado ou com excesso de uso;
 » Eixo torto ou desalinhado;
 » Rolamentos montados com excesso de pressão 
(interferência);
 » Rotação de uso acima da especificada em projeto.
Motor elétrico não gira
 » Eixo empenado ou preso;
 » Energia elétrica deficiente (queda da voltagem ou ligação 
inadequada);
 » Rotor raspando na carcaça;
 » Mancais ou rolamentos defeituosos ou sem lubrificação;
 » Motor em curto ou queimado.
Quadro 6.2 – Defeitos em bombas e suas causas mais prováveis.
unidades mais comuns
M3 /H, L/H, L/M, L/S 
ONDE: 1 M3 /H = 1000 L/H = 16.67 L/M = 0.278 L/S. 
Hidráulica - básico
44
Relembrando
Neste capítulo serão apresentadas as bombas. Além disso, entendemos como elas são 
classificadas e especificadas. Vimos quais os possíveis defeitos e as causas mais prováveis que 
podem ocorrer nas bombas.
Pergunta Rápida
1. O uso de bombas hidráulicas ocorre sempre que há a necessidade de aumentar a pressão de 
trabalho de uma substância líquida contida em um sistema, a velocidade de escoamento, ou 
ambas. 
 
Sobre bombas, analise as sentenças a seguir:
I. As bombas são utilizadas nos circuitos hidráulicos para converter energia mecânica em 
energia hidráulica. 
II. A ação mecânica cria um vácuo parcial na entrada da bomba, que permitindo que a 
pressão atmosférica force o fluido do tanque, por meio da linha de sucção a penetrar na 
bomba. 
III. A bomba passará o fluido para a abertura de descarga, forçando-o através do sistema 
hidráulico.
Estão corretas:
a) I e II.
b) I, II e III.
c) Apenas I.
d) Apenas II.
e) II e III.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
??
Hidráulica - básico
45
2. A movimentação do fluido é causada diretamente pela ação do órgão de impulsão da 
bomba que o obriga o fluido a executar o mesmo movimento a que está sujeito este impulsor 
(êmbolo, engrenagens, lóbulos, palhetas). 
 
A respeito dos tipos de bombas, é correto afirmar que:
a) Dá-se o nome de centrífuga porque o fluido, de forma sucessiva, ocupa e desocupaespaços no interior da bomba, com volumes conhecidos, sendo que o movimento geral 
deste fluído dá-se na mesma direção das forças a ele transmitidas, por isso a chamamos de 
deslocamento positivo.
b) As bombas centrífugas produzem fluxos de forma pulsativa, porém, sem variação de 
pressão no sistema.
c) Nas bombas centrífugas, ou turbo-bombas, a movimentação do fluido ocorre pela ação de 
forças que se desenvolvem em sua massa, em consequência da rotação de um eixo no qual 
é acoplado um disco (rotor, impulsor) dotado de pás (palhetas, hélice), o que recebe o fluido 
pelo seu centro e o expulsa pela periferia, pela ação da força centrífuga. Daí o seu nome 
mais usual.
d) Bombas volumétricas, ou turbo-bombas são bombas de deslocamento não-positivo 
usadas para transferir fluidos e cuja única resistência é criada pelo peso do fluido e do atrito. 
e) Nas bombas volumétricas, o poder de deslocamento de fluido reduz quando aumenta a 
resistência.
Hidráulica - básico
Filtros de ar/óleo
7
Neste capítulo serão apresentados os filtros de ar e de óleo.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Saber qual a importância de um filtro;
•• Conhecer o indicador de filtro;
•• Saber quais os elementos filtrantes;
•• Conhecer a válvula by pass do filtro;
•• Entender o que é filtro de ar e de óleo.
47
7.1 Filtro e sua importância
Todos os fluidos hidráulicos contêm certa quantidade de contaminantes. A necessidade 
do filtro, no entanto, não é reconhecida na maioria das vezes, pois o acréscimo desse 
componente particular não aumenta, de forma aparente, a ação da máquina. Mas o 
profissional experiente de manutenção concorda que a grande maioria dos casos de mau 
funcionamento dos componentes e sistemas é causada por contaminação.
A contaminação causa problemas nos sistemas hidráulicos uma vez que interfere no fluido, 
que tem quatro funções:
1. Transmitir energia;
2. Lubrificar peças internas que estão em movimento;
3. Transferir calor;
4. Vedar folgas entre peças em movimento.
A grande maioria dos casos de mau 
funcionamento de componentes e sistemas 
é causada por contaminação do fluido 
hidráulico.
As máquinas podem estar equipadas com 
os melhores filtros disponíveis no mercado, 
e eles podem estar posicionados no 
sistema no lugar em que a sua aplicação 
é otimizada. Mas, se os filtros não são 
trocados quando estão contaminados, 
o dinheiro gasto com a sua aquisição e 
instalação é perdido.
O filtro que fica contaminado depois de 
um dia de trabalho, e que é trocado 29 
dias depois, por exemplo, fornece fluido 
não filtrado durante 29 dias. Um filtro não 
pode ser melhor do que permite a sua 
manutenção.
É através de um dispositivo chamado 
indicador de filtro que se conhece o 
momento que se deve trocar o filtro.
A contaminação interfere em três 
dessas funções, com a transmissão de 
energia vedando pequenos orifícios nos 
componentes hidráulicos. Nessa condição, a 
ação das válvulas não é apenas imprevisível 
e improdutiva, mas também insegura.
Devido à viscosidade, atrito e mudanças 
de direção, o fluido hidráulico gera calor 
durante a operação do sistema. Quando o 
líquido retorna ao reservatório, transfere 
calor às suas paredes. As partículas 
contaminantes interferem no esfriamento 
do líquido, por formar um sedimento que 
torna difícil a transferência de calor para as 
paredes do reservatório.
Provavelmente, o maior problema com a 
contaminação num sistema hidráulico é 
que ela interfere na lubrificação. A falta 
de lubrificação causa desgaste excessivo, 
resposta lenta, operações não sequenciadas, 
queima da bobina do solenóide e falha 
prematura do componente.
A função de um filtro é remover impurezas 
do fluido hidráulico. Isso é feito forçando o 
fluxo do fluido a passar por um elemento 
filtrante que retém a contaminação. Os 
elementos filtrantes são divididos em tipos 
de profundidade e de superfície.
Atenção
As partículas de sujeira podem fazer com que máquinas caras e grandes falhem. A 
contaminação interfere nos fluidos hidráulicos.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
Hidráulica - básico
48
7.2 Indicador de filtro
Um indicador de filtro mostra a condição de um elemento filtrante, conforme está 
apresentado na Figura 7.1. Ele indica quando o elemento está limpo, quando precisa ser 
trocado ou se está sendo utilizado o desvio.
Um tipo comum de indicador de filtro consiste em uma hélice, um indicador e um 
mostrador, que é ligado à hélice.
A operação de um indicador de filtro depende do movimento do pistão de desvio. Quando 
o elemento está limpo, o pistão do desvio fica completamente assentado, e o indicador 
mostra o sinal limpo. Durante o seu movimento, o pistão gira a hélice que posiciona o 
manômetro indicando a necessidade de limpeza.
Se o elemento de filtro não é limpo quando necessário, o diferencial de pressão continuará 
a crescer. O pistão continuará a se mover e desviará o fluido. Nesse instante, será indicada a 
condição de desvio , conforme está apresentada na Figura 7.2, a seguir.
Mostrador
Limpo
Hélice
Filtro indicador
Indicador
Desvio
nec
essi
ta
limp
eza
Limpo
Figura 7.1 – Filtro indicador.
Necessita
limpeza
Desvio
Desvio
nec
essi
ta
limp
eza
Limpo
Desvio
nec
essi
ta
limp
eza
Limpo
Figura 7.2 – Funcionamento do indicador do filtro.
Hidráulica - básico
49
7.3 Filtro de ar
Nas bombas, a alimentação é feita pela 
pressão atmosférica, ou seja, o ar empurra 
o fluido para o interior delas. Para que o ar 
possa chegar ao interior do reservatório 
com a qualidade exigida pelo sistema 
hidráulico, utiliza-se o filtro de ar. Ele retém 
as partículas contaminantes que danificam 
prematuramente os componentes do 
sistema.
O ar atmosférico, que é comprimido para 
ser utilizado, traz em sua composição uma 
série de partículas de impurezas e umidade. 
Após a compressão do ar, essas partículas se 
concentram, e somam-se a elas partículas 
de óleo em quantidades que variam de 
acordo com o tipo de compressor utilizado. 
Essa mistura torna o ar impróprio para sua 
utilização sem uma filtragem adequada.
Cada aplicação tem um grau de 
filtragem ideal, que deve garantir o 
bom funcionamento dos equipamentos 
que serão utilizados. Até mesmo para a 
obtenção de um produto final de qualidade, 
deve-se levar sempre em consideração esse 
fator. Também é importante lembrar que 
quanto melhor for a filtragem, melhor é o 
desempenho e maior a confiabilidade e as 
possibilidades de aproveitar ao máximo 
a vida útil dos equipamentos, além de 
minimizar as paradas para manutenção.
A maior parte das paradas de máquina está 
relacionada ao travamento de válvulas, 
portanto, investir na qualidade do ar 
significa reduzir drasticamente os custos 
envolvidos com a manutenção corretiva.
Muitas vezes, a qualidade do ar não é 
considerada, e os problemas de mau 
funcionamento acabam associados à 
qualidade dos equipamentos pneumáticos, 
principalmente às válvulas e atuadores. Se 
o ar carrega muita umidade ou impurezas 
em excesso, esses equipamentos perdem 
a lubrificação, travam ou desgastam suas 
vedações, gerando vazamentos, paradas de 
máquinas e até mesmo acidentes.
Qualidade do ar utilizado
A qualidade do ar utilizado é o 
fator mais importante para o bom 
funcionamento dos equipamentos. 
Sendo o ar a matéria-prima utilizada 
nessa tecnologia, sua qualidade deve 
ser a melhor e mais adequada possível 
à sua utilização. 
Figura 7.3 – Filtro de ar comprimido.
Hidráulica - básico
50
Outra característica dos filtros de ar, dependendo do modelo, é que eles podem retirar a 
água presente no ar na forma de vapor para adequar a umidade máxima permitida pelos 
fabricantes dos componentes. São conhecidos comosecadores de ar.
excesso de umidade
O excesso de umidade também provoca oxidação da tubulação de ar, gerando mais 
impurezas no sistema. Devido a tudo isso, a garantia de qualidade do ar deve ser sempre 
considerada como o primeiro e mais importante passo no dimensionamento de um 
sistema pneumático. 
Hidráulica - básico
51
Relembrando
Neste capítulo foram apresentados os filtros de ar e de óleo. Além disso, sabemos a 
importância de um filtro e, conhecemos o indicador de filtro e para que serve. Sabemos quais 
são os elementos filtrantes e conhecemos a válvula by pass e entendemos o que é filtro de ar e 
de óleo.
Pergunta Rápida
1. Todos os fluidos hidráulicos contêm certa quantidade de contaminantes. A necessidade do 
filtro, no entanto, não é reconhecida na maioria das vezes, pois o acréscimo desse componente 
particular não aumenta, de forma aparente, a ação da máquina. Mas o profissional experiente 
de manutenção concorda que a grande maioria dos casos de mau funcionamento dos 
componentes e sistemas é causada por contaminação. 
 
A respeito desta informação, é correto afirmar que:
a) As partículas de sujeira podem fazer com que máquinas caras e grandes falhem.
b) A contaminação não interfere nos fluidos hidráulicos.
c) A função de um filtro é remover impurezas do tambor hidráulico.
d) As partículas de sujeira não causam falhas.
e) Válvula de desvio by pass é a única responsável em reter a contaminação do fluido.
2. A contaminação causa problemas nos sistemas hidráulicos uma vez que interfere no fluido, 
que tem como funções:
I. Transmitir energia. 
II. Lubrificar peças internas que estão em movimento. 
III. Transferir calor. 
IV. Vedar folgas entre peças em movimento.
Assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
a) I, II e III estão corretas. 
b) I, II, III e IV estão corretas. 
c) I e II estão corretas. 
d) II, III e IV estão corretas. 
e) III e IV estão corretas.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
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Hidráulica - básico
V
álvu
las
8
Neste capítulo serão apresentadas as válvulas.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Saber o que são válvulas;
•• Conhecer os tipos de válvulas.
53
8.1 Definição de válvulas
8.2 Tipos de válvulas
Devido à multiplicidade de funções, existe uma grande variedade de tipos e subtipos de 
válvulas, cuja escolha depende não só das características da operação, como também da 
natureza do fluido, condições de pressão, temperatura e forma de acionamento.
Os tipos de válvulas são subdivididos de acordo com suas funções gerais.
São elas:
•• Válvulas de controle de fluxo;
•• Válvulas de retenção; •• Válvulas de controle direciona;
Figura 8.1 – Válvulas de controle de fluxo.
Figura 8.2 – Válvula de retenção. Figura 8.3 – Válvula de controle direcional.
VálVulas
São dispositivos largamente utilizados na indústria, em linhas de tubulações que se 
destinam à diferentes propósitos, tais como: garantir a segurança da instalação e dos 
operadores, permitir a realização de manutenções e substituições de elementos da 
instalação e, principalmente, estabelecer e controlar a pressão e escoamento de fluidos 
em tubulações.. 
Hidráulica - básico
54
•• Válvulas de controle de pressão;
Figura 8.4 – Válvulas de controle de pressão.
•• Válvula solenóide.
Figura 8.5 – Válvula solenoide.
Hidráulica - básico
55
Relembrando
Neste capítulo serão apresentadas as válvulas. Além disso, conhecemos os tipos de válvulas 
existentes.
Pergunta Rápida
1. Válvulas são dispositivos largamente utilizados na indústria, em linhas de tubulações que se 
destinam à diferentes propósitos, tais como: garantir a segurança da instalação e dos 
operadores, permitir a realização de manutenções e substituições de elementos da instalação 
e, principalmente, estabelecer e controlar a pressão e escoamento de fluidos em tubulações. 
 
A respeito dessa informação, é correto afirmar que:
a) Devido à multiplicidade de funções, existe uma grande variedade de tipos e subtipos de 
válvulas, cuja escolha depende só das características da operação, e da natureza do fluido. 
As condições de pressão, temperatura e forma de acionamento não interferem.
b) Devido à multiplicidade de funções, existe pouca variedade de tipos e subtipos de 
válvulas, cuja escolha depende só das características da operação.
c) Válvula solenoide e válvula de pressão são alguns tipos existentes de válvulas.
d) Válvula de controle de pressão e válvula de controle direcional são alguns tipos de 
válvulas existentes.
e) Válvula de retenção é o único tipo de válvula existente.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
??
Hidráulica - básico
A
coplam
en
tos 
h
id
ráu
licos
9
Neste capítulo serão apresentados os acoplamentos hidráulicos.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Saber o que são acoplamentos hidráulicos;
•• Conhecer as suas funções;
•• Saber como os acoplamentos hidráulicos se classificam;
•• Saber onde se aplicam os acoplamentos hidráulicos;
•• Entender sobre a montagem, lubrificação e falhas nos 
acoplamentos.
57
9.1 Definição de acoplamento hidráulico
9.2 Classificação
Acoplamento é um conjunto formado por elementos de máquina, empregado na 
transmissão de movimento de rotação entre duas árvores ou eixo-árvore, conforme está 
apresentado na Figura 9.1.
As suas funções são:
•• Unir dois eixos, transmitindo torque e rotação;
•• Compensar desalinhamentos;
•• Absorver choques e vibrações;
•• Atuar como fusível mecânico.
Os acoplamentos hidráulicos situam-se entre os acoplamentos comutáveis quando 
possuem variador de velocidade e torque, que absorvem desalinhamentos e choques, pelo 
seu aspecto construtivo. O elemento de transmissão de torque e rotação é o óleo, que é 
acionado pela força centrífuga e lançado contra as pás das rodas externas (motrizes) e a 
interna (movida). O atrito fluido é o que permite essa transmissão de movimentos.
Possui duas partes principais:
1. Uma roda de bomba, funcionando como impulsor.
2. Uma roda de turbina, funcionando como rotor.
A roda da bomba é acionada pelo motor, e em virtude do efeito da força centrífuga, o 
líquido é submetido a uma pressão na periferia exterior. O óleo que foi jogado para a 
periferia do acoplamento arrasta a roda de turbina que está acoplada ao eixo acionado. 
No instante da partida, não existe uma carga sobre o eixo acionado, e o motor parte livre, 
1
2
3
Figura 9.1 – Aplicação de acoplamentos.
1. Motor;
2. Acoplamento;
3. Bomba d`água.
Hidráulica - básico
58
alcançando sua rotação de regime, enquanto o eixo acionado vai sendo arrastado suave 
e gradativamente. Por esse motivo os acoplamentos são usados em transmissões de altas 
potências.
Tipo de quantidade Características
Quantidade insuficiente
 » O escorregamento será maior do que o previsto.
 » A máquina poderá não partir.
 » Caso partir, a temperatura de trabalho será alta, podendo 
romper constantemente o bujão fusível e/ou danificar os 
retentores.
Quantidade em excesso
 » Comporta-se quase como um acoplamento rígido;
 » Diminui-se o torque de aceleração do motor;
 » A amperagem do motor permanece alta por mais tempo, 
aumentando o consumo;
 » A máquina pode não partir. Em caso de sobrecarga da 
máquina, o motor não estará protegido;
 » O motor aquece mais.
Quadro 9.1 - Importância da carga de fluido nos acoplamentos
9.3 Aplicação
9.4 Montagem dos acoplamentos
O acoplamento hidráulico é amplamente utilizado em ventiladores, bombas, geradores 
eólicos entre outras aplicações.
Os principais cuidados durante a montagem dos acoplamentos são:
•• Colocar os flanges a quente sempre 
que possível;
•• Evitar a colocação dos flangespor meio 
de golpes: usar prensas ou dispositivos 
adequados;
•• O alinhamento das árvores deve ser 
o melhor possível mesmo que sejam 
usados acoplamentos elásticos, 
pois durante o serviço ocorrerão os 
desalinhamentos a serem compensados;
•• Fazer a verificação da folga entre 
flanges e do alinhamento e 
concentricidade do flange com a 
árvore;
•• Certificar-se de que todos os elementos 
de ligação estejam bem instalados 
antes de aplicar a carga.
Figura 9.2 - Acoplamento hidráulico de ventilador. Figura 9.3 - Acoplamento hidráulico de ventilador.
Hidráulica - básico
59
9.5 Lubrificação de acoplamentos
9.6 Falhas em acoplamentos
Os acoplamentos que requerem lubrificação, geralmente não necessitam de cuidados 
especiais. O melhor procedimento é o recomendado pelo fabricante do acoplamento 
ou pelo manual da máquina. No entanto, algumas características de lubrificantes para 
acoplamentos flexíveis são importantes para uso geral:
•• Ponto de gota – 150oC ou acima;
•• Baixo valor de separação do óleo e alta resistência à separação por centrifugação;
•• Deve possuir qualidades lubrificantes equivalentes às dos óleos minerais bem refinados 
de alta qualidade;
•• Não deve corroer o aço ou deteriorar o neoprene (material das guarnições).
Acoplamentos possuem elementos flexíveis 
que vão se deformar para acomodar o 
desalinhamento entre eixos. Um modo 
comum de falha é a ruptura das lâminas 
por fadiga devido à operação com 
desalinhamento maior que o admissível. 
A rotação do acoplamento faz com que as 
tensões sejam cíclicas, o que pode originar 
falhas por fadiga.
A lubrificação é um item crítico para um 
acoplamento de engrenagens. Deficiência 
de lubrificação causa desgaste rápido 
dos dentes. Máquinas de alta rotação 
podem apresentar vibração elevada 
se a lubrificação insuficiente levar ao 
travamento dos dentes, pois o acoplamento 
passa a trabalhar como um acoplamento 
rígido, sem capacidade de acomodar o 
desalinhamento que possa existir.
Figura 9.4 - Acoplamento hidráulico I. Figura 9.5 - Acoplamento hidráulico II.
Hidráulica - básico
60
Relembrando
Neste capítulo foram apresentados os acoplamentos hidráulicos. Além disso, conhecemos as 
suas funções. Vimos como eles se classificam e onde se aplicam. Entendemos sobre 
montagem, lubrificação e falhas nos acoplamentos.
Pergunta Rápida
1. Acoplamento é um conjunto formado por elementos de máquina, empregado na 
transmissão de movimento de rotação entre duas árvores ou eixo-árvore. 
 
A respeito dessa informação, analise as seguintes sentenças:
I. Os acoplamentos hidráulicos situam-se entre os acoplamentos comutáveis quando 
possuem variador de velocidade e torque, que absorvem desalinhamentos e choques, pelo 
seu aspecto construtivo. 
II. O elemento de transmissão de torque e rotação é o óleo, que é acionado pela força 
centrífuga e lançado contra as pás das rodas externas (motrizes) e a interna (movida). O 
atrito fluido é o que permite essa transmissão de movimentos. 
III. Possui duas partes principais: Uma roda de bomba, funcionando como impulsor e uma 
roda de turbina, funcionando como rotor. 
IV. A roda da bomba é acionada pelo motor, e em virtude do efeito da força centrífuga, o 
líquido é submetido a uma pressão na periferia exterior. 
Estão corretas as sentenças:
a) I, II e III. 
b) I e II. 
c) I, II, III e IV. 
d) II e IV. 
e) II, III e IV.
2. Sobre falhas nos acoplamentos, analise as sentenças a seguir:
a) Acoplamentos possuem elementos inflexíveis que vão se deformar para acomodar o 
desalinhamento entre eixos. 
b) Um modo incomum de falha é a ruptura das lâminas por fadiga devido à operação com 
desalinhamento maior que o admissível. 
c) A rotação do acoplamento faz com que as tensões sejam cíclicas, o que pode originar 
falhas por fadiga. 
d) A lubrificação não é considerado um item crítico para um acoplamento de engrenagens. 
e) Deficiência de lubrificação causa desgaste lento dos dentes. 
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
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0-126-122
??
Hidráulica - básico
V
ed
ação
10
Neste capítulo será apresentada a vedação.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Saber o que são retentores;
•• Conhecer as juntas;
•• Conhecer os anéis ou O’Rings;
•• Conhecer os selos mecânicos e saber onde são usados e 
quais as suas partes.
62
10.1 Retentores
Responsáveis por evitar vazamentos, os retentores, as juntas e os anéis em “O” existem 
para se deformar e assim promover a vedação. Apesar de serem peças extremamente 
baratas, possuem uma grande importância ao evitar a perda de lubrificação e impedir que 
a sujeira (barro, que quando seco é chamado de terra) penetre no interior de componentes 
extremamente caros. A grande maioria dos problemas relacionados aos dispositivos de 
vedação é devido à falta de cuidado na hora da montagem. A saber:
•• Sempre instale os retentores com as 
gravações em sua face voltadas para 
fora;
•• Todo eixo deve ser chanfrado ou 
ter seus cantos arredondados. Isso 
evita que o retentor tenha o seu 
lábio de vedação danificado. É muito 
importante protegê-lo de todas as 
possíveis superfícies perigosas, tais 
como cantos vivos, roscas, entalhados e 
chavetas;
•• Quando o retentor tiver que passar por 
um entalhado ou um rasgo de chaveta, 
é necessário usar uma proteção;
•• Observar se o eixo apresenta depósitos, 
oxidação, amassados, rebarbas ou 
outros defeitos que possam prejudicar 
o lábio de vedação;
•• Cuidado para não instalar o retentor 
inclinado;
•• Lubrificar sempre o lábio de vedação 
com óleo ou graxa, evitando assim que 
o retentor trabalhe a seco nos instantes 
iniciais;
•• O dispositivo de montagem deve 
se apoiar o mais perto possível do 
diâmetro externo. Caso contrário, 
poderá danificar a carcaça do retentor;
•• Não bater com martelo no retentor. Use 
um dispositivo intermediário;
•• Sempre que desmontar qualquer 
conjunto (câmbio, motor, caixa de 
direção, etc.), deve-se substituir o 
retentor mesmo não apresentando 
vazamento;
•• Deve-se ficar atento ao estado do eixo 
e alojamento (desgaste, machucados, 
rebarbas, etc.);
•• Não fazer uso de cola. O retentor já 
é construído de tal forma, que seu 
diâmetro externo já vem na medida 
a fim de se obter uma boa fixação e 
vedação estática.
Figura 10.1 - Retentor I.
Figura 10.2 - Retentor II.
Hidráulica - básico
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10.2 Juntas
As juntas devem ser de algum material mais macio que as superfícies a unir para promover 
a vedação se acomodando às irregularidades e imperfeições das superfícies. Normalmente, 
são feitas de um papel especial, chamado de papelão hidráulico. Em locais onde há 
necessidade, as juntas podem ter outros materiais como: borracha, amianto, metal ou uma 
combinação destes.
As juntas devem ser instaladas sem colas. A não ser em casos especiais nos quais o fabricante 
recomenda o contrário. Ao montar qualquer componente, sempre utilize juntas novas 
e verifique se a espessura da junta antiga (medindo em um lugar onde a velha não foi 
esmagada) é a mesma da que está sendo instalada.
•• Verifique se as superfícies a unir estão limpas e planas removendo qualquer imperfeição 
com uma lixa fina.
•• Sempre desaperte e aperte os parafusos de maneira cruzada e em etapas. Utilize o 
torque de aperto correto.
Veda-juntas são para utilizar em caso de emergência quando a junta não está em mãos e 
é necessário reaproveitar a antiga. Caso não possa ser reaproveitada, deve-se comprar em 
lojas de vedações o papelão hidráulico para você mesmo fazer a sua junta.
Em alguns lugares, (como na união das carcaças de vários motores), a precisão necessária é 
muito grande, e pelo fato da junta se deformar no momento do aperto, é utilizada a junta 
líquida, uma espécie de cola que substitui a junta nesses casos.

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