Buscar

Anatomia Humana

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 178 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 178 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 178 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANATOMIA HUMANA GERAL
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EaD
Anatomia Humana Geral – Profª. Drª. Camila Tavares Valadares da Silva 
Cod. 33
Olá, tudo bem? Seja bem-vindo! Meu nome é Camila Tavares Valadares da Silva, sou 
Fisioterapeuta graduada pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Mestre e Doutora em 
Ciências (área de concentração: Psicobiologia) pela Universidade de São Paulo (USP), campus 
de Ribeirão Preto. Em minha dissertação de mestrado, investiguei os efeitos da desnutrição 
proteica sobre a memória e a aprendizagem em ratos. A minha tese de doutorado foi sobre 
o mesmo assunto, embora tenham sido analisados outros parâmetros de comportamentos 
e neurológicos. Já atuei como docente na Universidade de Uberaba (UNIUBE) nos cursos de 
Fisioterapia e, também, na Universidade Paulista (UNIP), campus de Araraquara, nos cursos 
de Enfermagem e Farmácia Bioquímica. No Centro Universitário Claretiano de Batatais, sou 
professora nas áreas de Anatomia e Neuroanatomia no curso de Fisioterapia e Educação Física, 
Biologia Humana e Fisiologia no curso de Licenciatura em Educação Física e Fundamentos 
Biológicos no curso de Bacharelado em Educação Física. Sou uma apaixonada pelo estudo do corpo humano desde a graduação, 
quando comecei a estudar Anatomia Humana. Será um imenso prazer participar da construção de seu conhecimento e de sua 
formação profissional.
ANATOMIA HUMANA GERAL
Caderno de Referência de Conteúdo
Camila Tavares Valadares da Silva
Batatais
Claretiano
2019
© Ação Educacional Claretiana, 2013 – Batatais (SP)
Versão: ago./2019
 
 
 
 
 
 
 
 611 S578a 
 
 Silva, Camila Tavares Valadares da 
 Anatomia humana / Camila Tavares Valadares da Silva – Batatais, SP : 
 Claretiano – 1 ed. rev. e atualizada, 2019. 
 178 p. 
 
 ISBN: 978-85-67425-20-7 
 
 1. Noções gerais sobre os componentes do sistema esquelético e junturas, 
 reconhecendo a importância destes nos diferentes movimentos humanos. 2. 
 Aparelhos cardiorrespiratório e digestório. 3. Componentes do Sistema Nervoso 
 Central: estrutura do neurônio, propagação do impulso nervoso. 4. Componentes 
 do Sistema Nervoso Periférico. 5. Organização dos músculos esqueléticos. 6. 
 Estudo teórico e prático dos músculos dos membros superiores, inferiores e tronco. 
 I. Anatomia humana. 
 
 CDD 611 
 
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
VCoordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
Cátia Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori Martins
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza
Patrícia Alves Veronez Montera
Rita Cristina Bartolomeu 
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Bibliotecária 
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma 
e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o 
arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação 
Educacional Claretiana.
Centro Universitário Claretiano 
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretiano.edu.br
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
SUMÁRIO
CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO
1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................................7
2 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO .................................................................................................................9
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA
3 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................23
4 CONTEÚDOS ................................................................................................................................................23
5 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ..........................................................................................23
6 INTRODUÇÃO À UNIDADE ..........................................................................................................................24
7 CONSIDERAÇÕES INICIAIS E BREVE HISTÓRICO SOBRE ANATOMIA HUMANA .....................................24
8 POSIÇÃO ANATÔMICA ................................................................................................................................31
9 PLANOS ANATÔMICOS E EIXOS DE MOVIMENTOS DO CORPO HUMANO .............................................32
10 TERMOS DE POSIÇÃO, RELAÇÃO E COMPARAÇÃO DO CORPO HUMANO .............................................37
11 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ...................................................................................................................38
12 CONSIDERAÇÕES ........................................................................................................................................38
13 E-REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................39
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................39
UNIDADE 2 - APARELHO LOCOMOTOR 
1 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................41
2 CONTEÚDOS ................................................................................................................................................41
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .........................................................................................41
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ..........................................................................................................................42
5 SISTEMA ESQUELÉTICO ..............................................................................................................................43
6 DIVISÃO DO ESQUELETO ............................................................................................................................44
7 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS .......................................................................................................................45
8 O ESQUELETO HUMANO: PRINCIPAIS OSSOS ..........................................................................................48
9 SISTEMA ARTICULAR ...................................................................................................................................57
10 CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS ARTICULAÇÕES ...................................................................................6311 CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ARTICULAÇÕES .............................................................................63
12 PRINCIPAIS ARTICULAÇÕES DO CORPO HUMANO ...................................................................................66
13 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ..................................................................................................................70
14 CONSIDERAÇÕES ........................................................................................................................................71
15 E-REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................71
16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................72
UNIDADE 3 - SISTEMA MUSCULAR
1 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................73
2 CONTEÚDOS ................................................................................................................................................73
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .........................................................................................73
4 INTROUÇÃO À UNIDADE .............................................................................................................................74
5 SISTEMA MUSCULAR ..................................................................................................................................74
6 CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS DOS MÚSCULOS ..................................................................................76
7 CLASSIFICAÇÃOS DOS MÚSCULOS.............................................................................................................80
8 PRINCIPAIS MÚSCULOS DO CORPO HUMANO .........................................................................................86
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ...................................................................................................................106
10 CONSIDERAÇÕES ........................................................................................................................................106
11 E-REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................107
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................107
UNIDADE 4 - APARELHO CARDIORRESPIRATÓRIO
1 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................109
2 CONTEÚDOS ................................................................................................................................................109
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ..........................................................................................109
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ..........................................................................................................................110
5 SISTEMA RESPIRATÓRIO .............................................................................................................................110
6 SISTEMA CIRCULATÓRIO ............................................................................................................................121
7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ...................................................................................................................134
8 CONSIDERAÇÕES .........................................................................................................................................135
9 E-REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................135
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................136
UNIDADE 5 - SISTEMA DIGESTÓRIO
1 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................137
2 CONTEÚDOS ................................................................................................................................................137
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ..........................................................................................137
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ..........................................................................................................................138
5 SISTEMA DIGESTÓRIO .................................................................................................................................138
6 CAVIDADE DA BOCA ....................................................................................................................................139
7 FARINGE, ESÔFAGO E ESTÔMAGO .............................................................................................................141
8 INTESTINOS..................................................................................................................................................145
9 ÓRGÃOS ANEXOS AO CANAL ALIMENTAR ................................................................................................149
10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ...................................................................................................................155
11 CONSIDERAÇÕES ........................................................................................................................................155
12 E-REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................156
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................156
UNIDADE 6 - FUNDAMENTOS DE NEUROANATOMIA – SISTEMA NERVOSO
1 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................157
2 CONTEÚDOS ................................................................................................................................................157
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ..........................................................................................157
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ..........................................................................................................................158
5 SISTEMA NERVOSO .....................................................................................................................................158
6 DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO................................................................................................................164
7 SISTEMA NERVOSO CENTRAL ....................................................................................................................165
8 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO ................................................................................................................173
9 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ...............................................................................................................175
10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ...................................................................................................................177
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................................177
12 E-REFERÊNCIAS...........................................................................................................................................177
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................178
CRC
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
1. INTRODUÇÃO 
Seja bem-vindo!
Caro aluno, iniciaremos, agora, o estudo de Anatomia Humana Geral, um dos cadernos 
que compõem o Curso de Graduação. No Caderno de Referência de Conteúdo (CRC), você en-
contrará as unidades básicas que o ajudarão a compreender a importância dos conhecimentos 
fundamentais da Anatomia Humana como pré-requisito para outros conteúdos e para a forma-
ção de um profissional voltado à promoção e à manutenção da saúde, tanto na nossa sociedade, 
de uma maneira geral, como no contexto escolar, de forma mais específica, dando subsídios 
para o planejamento e para a implementação de programas esportivos apropriados.
A Anatomia Humana Geral faz parte do conteúdo básico de todos os cursos voltados para 
a área biológica e da saúde. No seu Curso de Graduação ela tem por objetivo oferecer aos futu-
ros profissionais conhecimentos sobre a composição e o funcionamento do corpo humano, uma 
vez que um de seus focos de trabalho será o corpo humano, que é constituído por uma série 
de ossos, articulações, músculos e órgãos que trabalham em conjunto, formando os sistemas 
componentes do organismo humano. 
Depois de ter conhecido a estrutura geradora da vida, a célula, e a composição dos tecidos 
humanos, vamos, juntos, conhecer a estrutura e o funcionamento dos órgãos e dos sistemas 
mantenedores da vida, sem os quais seria impossível se locomover, respirar, alimentar etc. 
O estudo de Anatomia Humana Geral em um Curso de Graduação, em um primeiro mo-
mento, pode não parecer importante; no entanto, ela adquire uma enorme responsabilidade, 
na medida em que estará preparando o aluno para as possíveis discussões em outros estudos, 
tais como Fisiologia Humana Geral e outras disciplinas aplicadas.
Conteúdo ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Noções gerais sobre os componentes do sistema esquelético e junturas, reconhecendo a importância destes nos 
diferentes movimentos humanos. Aparelhos cardiorrespiratório e digestório. Componentes do Sistema Nervoso Cen-
tral: estrutura do neurônio, propagação do impulso nervoso. Componentes do Sistema Nervoso Periférico. Organiza-
ção dos músculos esqueléticos. Estudo teórico e prático dos músculos dos membros superiores, inferiores e tronco. 
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
© Anatomia Humana Geral8
Assim, este Caderno de Referência de Conteúdo fornecerá o suporte básico para que você 
possa ter uma visão crítica dos mecanismos anátomo-fisiológicos. Compreender, inicialmente, 
a importância desse conhecimento parece uma tarefa difícil, porém, é fundamental para a for-
mação de um profissional diferenciado, que tem interesse em obter uma formação completa e 
poder cuidar apropriadamente do outro. Então, vamos juntos fazer esta viagem ao corpo hu-
mano e conhecer todas as estruturas fundamentais para a locomoção e sobrevivência dos seres 
humanos.
A Educação a Distância exige uma nova forma de estudo, uma vez que você é o protagonis-
ta de sua aprendizagem. Entretanto, você não estará sozinho, pois terá todo o suporte necessá-
rio para a construção do seu conhecimento. Esse será um desafio que enfrentaremos juntos, e, 
com sua dedicação, o crescimento profissional e pessoal acontecerá naturalmente.
Não se esqueça de que você deverá participar e interagir constantemente com seus pro-
fessores (tutores) e com seus colegas de curso, assim como fazer a leitura não só deste material, 
como também das bibliografias indicadas.
O conteúdo deste material está organizado didaticamente em seis unidades. 
Na Unidade 1, será feita uma introdução ao estudo da Anatomia Humana, passando por 
um breve relato histórico e tratando de conceitos básicos. Você tomará conhecimento da posi-
ção de descrição anatômica, cuja função é a padronização do estudo anatômico. Também fare-
mos uma breve explicação sobre os planos de delimitação e de secção anatômico, assim como 
dos eixos de movimentos do corpo humano, essenciais para o estudo e compreensão das diver-
sas partes do corpo.
Seguindo nossa jornada, na Unidade 2, estudaremos o aparelho locomotor, discutindo as 
principais características do sistema esquelético e articular, com o objetivo de compreender o 
movimento humano, muito importante para o profissional da área de saúde.
Na Unidade 3, continuaremos a falar do aparelho locomotor, focando o estudo no sistema 
muscular, analisando os principais músculos que são responsáveis pelos movimentos dos mem-
bros superiores, membros inferiores, como também do tronco.
A Unidade 4 estará focada no aparelho cardiorrespiratório, tendo em vista sua importân-
cia para a sobrevivência do organismo. Iniciaremos estudando o sistema circulatório, dando 
ênfase na constituição morfológica e funcional de seu principal componente, o coração. Em 
seguida, estudaremos os vasos responsáveis pela circulação do sangue, as veias e as artérias. 
Em seguida, estudaremos o sistema respiratório, desde o nariz até os pulmões, o principal órgão 
respiratório. Ao final desta unidade, o aluno deverá ser capaz de entender não somente as fun-
ções individuais dos dois sistemas, mas sua interdependência, uma vez que o sistema respirató-
rio é o responsável pelas trocas gasosas e o sistema circulatório por transportar os nutrientes e 
os gases (oxigênio e gás carbônico) até as células. 
Durante a Unidade 5, estudaremos o sistema digestório com seus órgãos constituintes, 
relacionando sua estrutura e função, que é a obtenção dos nutrientes pelos alimentos. Dentre 
esses nutrientes, podemos citar os lipídios, as proteínas, os carboidratos e a água, cujas funções 
são estudadas em Biologia Humana.
Finalmente, na Unidade 6, trataremos do sistema nervoso, considerado o mais complexo 
de todos. Nesta unidade estudaremos a estrutura e a função do sistema nervoso central, peri-
férico e autônomo, assim como a sua primordialidade para o funcionamento de todos os outros 
sistemas. 
9
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
A proposta deste Caderno de Referência de Conteúdo é despertar você para a compreen-
são dos princípios básicos da constituição da vida humana, como a estrutura e a função dos prin-
cipais sistemas componentes do corpo humano, assim como a importância desses elementos 
para o funcionamento normal do corpo humano. 
O convite está feito; agora, só depende de você. O êxito de sua aprendizagem dependerá, 
principalmente, de seu empenho em cumprir as atividades propostas e interagir de maneira 
apropriada com seus professores e colegas de turma. Portanto, venha adquirir os conhecimen-
tos básicos capazes de beneficiar e potencializar sua atuação profissional.
2. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO
Abordagem Geral
Neste tópico, apresentamos uma visão geral do que será estudado neste Caderno de Refe-
rência de Conteúdo. Aqui, você entrará em contato com os assuntos principais deste conteúdo 
de forma breve e geral e terá a oportunidade de aprofundar essas questões no estudo de cada 
unidade. No entanto, essa Abordagem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento básico necessá-
rio a partir do qual você possa construir um referencial teórico com base sólida - científica e cul-
tural - para que, no futuro exercício de sua profissão, você a exerça com competência cognitiva, 
ética e responsabilidade social. Vamos começar nossa aventura pela apresentação das ideias e 
dos princípios básicos que fundamentam este Caderno de Referência de Conteúdo. 
O estudo da Anatomia Humana Geral é importante para a formação do profissional dasaúde. Nas seis unidades que compõem este material, você encontrará todo o conteúdo ne-
cessário para que você tenha uma visão crítica dos sistemas que compõem o corpo humano, 
aumentando sua competência profissional e garantindo uma formação mais completa e com 
êxito em sua profissão. 
Nesta Abordagem Geral sobre o conteúdo do Caderno de Referência de Conteúdo Anato-
mia Humana Geral, iniciaremos com a introdução ao estudo da Anatomia Humana, apresentan-
do um breve relato histórico sobre o estudo anatômico do corpo humano e seu impacto para as 
ciências da saúde. Além disso, estudaremos os principais termos e conceitos utilizados em Ana-
tomia, importantes para a padronização e compreensão do Caderno de Referência de Conteúdo.
Estudaremos, também, os sistemas componentes do organismo humano, iniciando com 
o aparelho locomotor, composto pelo sistema esquelético, o sistema articular e, por fim, o sis-
tema muscular. Esses sistemas são os responsáveis pela execução dos movimentos humanos, 
como a locomoção. 
Conheceremos, ainda, os outros sistemas importantes para a nossa sobrevivência, que 
são: o sistema respiratório e sistema circulatório, que, juntos, compõem o aparelho cardiorres-
piratório; o sistema digestório; e, finalmente, o sistema nervoso, imprescindível para o funcio-
namento de todos os outros sistemas. 
Durante nosso estudo, faremos uma análise crítica sobre a importância desse conheci-
mento para a formação de um profissional diferenciado e comprometido com seu trabalho.
Antes de iniciarmos, vamos fazer a Oração do Cadáver, escrita por Rokitasnky em 1876: 
Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este 
corpo nasceu do amor de duas almas, cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em seu 
seio o agasalhou. Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. Por certo amou e foi 
amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e sentiu saudades dos outros que partiram. Agora jaz na 
© Anatomia Humana Geral10
fria lousa, sem que por ele se tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu 
nome, só Deus sabe, mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir à humanidade. A 
humanidade que por ele passou indiferente .
Agora podemos começar e, já de início, perguntamos: o que é Anatomia?
Anatomia é originária da palavra grega “anatome”, em que “ana” significa “parte” e 
“tome” significa “cortar”; portanto, “anatome” é “cortar em partes”, o mesmo que “dissecar” 
em português. 
Contudo, podemos definir Anatomia como a ciência que estuda macroscopicamente a 
constituição e a organização dos seres vivos. Em Biologia Humana, estudamos que os seres vivos 
são constituídos de células que se agrupam para formar os tecidos, que, por sua vez, constituem 
os órgãos. Os órgãos com objetivos comuns agrupam-se para formar os sistemas orgânicos, que 
são estudados pela Anatomia. 
Mas quando será que surgiu a Anatomia?
Essa não é uma pergunta muito simples de se responder; para isso, teremos de fazer uma 
viagem para cerca de 500 anos antes de Cristo, onde começaremos a obter respostas.
A Anatomia é o estudo mais antigo da medicina, e os relatos históricos dizem que os 
primeiros a estudá-la foram os egípcios, mas os maiores anatomistas foram os gregos, como 
Aristóteles e Hipócrates. No início, as dissecações eram proibidas pela igreja, sendo realizadas às 
escondidas, ou, então, em animais, como fez Galeno no século 2 depois de Cristo, que dissecava 
porcos e macacos e fazia alusões ao corpo humano, havendo, é claro, muitos erros. Porém, no 
início do século 16, mais precisamente em 1539, o médico e anatomista Belga Andrés Vesalius, 
depois de ter feito inúmeras dissecações em corpos humanos, reproduziu-as perfeitamente em 
sua obra De humani corporis fabrica, sendo a partir daí considerado o pai da anatomia moderna. 
Depois desse breve relato, podemos imaginar quantas estruturas foram descobertas e 
quantos nomes foram dados para a mesma estrutura. Na tentativa de resolver esse problema, 
foi criada uma Nomenclatura Anatômica Internacional. Na verdade, foram feitas muitas tenta-
tivas, até que, em 1955, foi criada oficialmente a Paris Nomina Anatomica, no Congresso Inter-
nacional de Anatomia em Paris, a qual foi sendo atualizada a cada cinco anos em congressos 
internacionais de Anatomia. A última versão da nomenclatura anatômica foi feita em 1999, em 
Roma, sendo traduzida para o português pela Sociedade Brasileira de Anatomia e publicada em 
São Paulo no ano 2000, sendo utilizada até o presente momento.
Desde crianças, aprendemos que o corpo humano é divido em cabeça, pescoço, tronco 
e membros. A cabeça é a parte superior, presa ao tronco pelo pescoço. O tronco é divido em 
tórax, abdome e pelve. Além disso, temos dois membros superiores e dois inferiores. O membro 
superior é constituído pelo braço, antebraço e mão, enquanto o membro inferior é constituído 
pela coxa, perna e pé.
A Anatomia é um estudo descritivo e, na tentativa de padronizar a descrição anatômica, 
são utilizados alguns conceitos. Inicialmente, estudamos a posição em que devemos estudar 
o corpo humano, que é denominada posição de descrição anatômica. Nessa posição, o corpo 
deverá estar em pé, em posição bípede, com a cabeça e os olhos voltados para frente, com os 
membros superiores ao lado do corpo e as palmas das mãos para frente, os membros inferiores 
unidos e os pés também dirigidos para frente. O corpo poderá estar deitado sobre uma mesa.
A partir da posição anatômica, o estudo da Anatomia segue-se utilizando os planos de 
delimitação, os planos de secção e os eixos, no qual os movimentos acontecem.
11
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Os planos de delimitação, como o próprio nome diz, delimitam o corpo humano como se 
estivesse dentro de uma caixa. Sendo assim, temos: dois planos verticais, o plano anterior ou 
ventral e o plano posterior ou dorsal; dois planos laterais, direito e esquerdo; e dois planos hori-
zontais, o plano superior, que está acima da cabeça, e o plano inferior, que está abaixo dos pés.
Os planos de secção são importantes para se orientar a dissecação, que é a base da Ana-
tomia. Portanto, esses planos cortam o corpo humano em partes, tendo o plano de secção 
mediano, que divide o corpo humano em duas metades iguais: a metade direita e a metade 
esquerda. Paralelamente ao plano mediano, há o plano de secção sagital. Verticalmente, existe 
o plano de secção frontal ou coronal, que divide o corpo em parte anterior e posterior. O corpo 
humano também pode ser divido em metade superior e inferior pelo plano de secção transver-
sal ou horizontal. 
Esses planos também são considerados na hora de analisar os movimentos corporais. Mas, 
para uma melhor análise dos movimentos, precisamos determinar o eixo em torno do qual ele 
está ocorrendo; sendo assim, descrevem-se três eixos perpendiculares ao plano de execução 
do movimento: o eixo vertical, que atravessa o plano de secção transversal; o eixo sagital, que 
atravessa o plano de secção frontal; e, finalmente, o eixo transversal, que atravessa o plano de 
secção sagital.
Como você deve ter percebido, o estudo anatômico não é tão simples. 
Vale ressaltar, ainda, alguns termos de posição e comparação do corpo humano que des-
crevem a localização e a relação das partes do corpo. Os termos mais utilizados são: “medial”, 
para aquilo que está mais próximo do plano mediano; “lateral”, para o que está mais distante; e 
“intermédio”, que é o que está entre o medial e lateral. Existem, também, os termos “anterior” 
ou “ventral”; “posterior” ou “dorsal”; “superior” e “inferior”. Nos membros, por exemplo, são 
utilizados os termos “proximal”, para o que está mais próximo da raiz do membro, e “distal”, 
para o mais distante. 
Agora, falaremos do aparelho motor, constituídopelos sistemas esquelético, articular e 
muscular. 
O sistema esquelético e o articular, embora sejam os responsáveis pela conformação e 
sustentação do corpo humano, são considerados os elementos passivos do movimento, ou seja, 
permanecem imóveis, necessitando dos músculos para que os movimentos ocorram. Os múscu-
los, portanto, são os elementos ativos do movimento. 
O sistema esquelético é formado por 206 ossos, que compõem o corpo humano adulto. 
Os ossos são os elementos mais rígidos e resistentes do corpo humano, com múltiplas funções, 
tais como: 
1) proteção dos órgãos vitais, como encéfalo, pulmão, coração, medula espinhal e me-
dula óssea; 
2) sustentação do peso corporal; 
3) conformação do corpo humano; 
4) armazenamento de Cálcio e outros íons; 
5) suporte de tecidos moles, como os músculos e os ligamentos; 
1) produção de certas células sanguíneas, conhecida por hematopoiese. 
Os ossos são revestidos por uma membrana conjuntiva conhecida por periósteo, com ex-
ceção da superfície articular, que é revestida pela cartilagem articular. O periósteo é importante 
para a nutrição e é fonte de osteoblastos, fundamentais para o crescimento e reparo ósseo após 
fraturas. 
© Anatomia Humana Geral12
O esqueleto humano é divido em duas partes: o esqueleto axial e o esqueleto apendicu-
lar. O esqueleto axial forma o eixo do corpo humano e é composto pelos ossos do crânio, pela 
caixa torácica e pela coluna vertebral. Já o apendicular é a parte apensa e livre do esqueleto, 
formado pelos ossos do membro superior e do membro inferior. O esqueleto apendicular está 
ligado ao esqueleto axial pela cintura escapular e pela cintura pélvica. 
Além dessa divisão que pode classificar o osso quanto à sua localização, os ossos podem 
ser classificados de acordo com sua forma; podem ser longos, curtos, laminares e irregulares. Al-
guns ossos apresentam características peculiares, recebendo uma classificação especial, como: 
pneumáticos e sesamoides.
O crânio é formado por 22 ossos, sendo dividido em crânio neural e crânio visceral. 
A cavidade torácica é formada pelas 12 vértebras torácicas, 12 pares de costelas e pelo 
esterno. A coluna vertebral é porção mediana posterior do tronco, com a função de proteger a 
medula espinhal, permitir a posição ereta e os movimentos do tronco. É formada por 33 vérte-
bras, divididas em cervicais, torácicas, lombares, sacro e cóccix. 
O membro superior é composto pelo úmero, rádio, ulna, ossos do carpo, metacarpos e 
falanges, e está preso ao tronco por meio da cintura escapular, formada pela escápula e claví-
cula. 
O membro inferior, por sua vez, é formado por fêmur, tíbia, fíbula, ossos do tarso, meta-
tarso e falanges, estando também preso ao tronco, só que pela cintura pélvica formada pelos 
ossos dos quadris.
Quanta coisa, não é mesmo? Mas ainda não terminamos e passaremos agora a estudar o 
sistema articular.
O sistema articular é formado pelo conjunto de articulações cuja função é conectar os 
ossos, permitindo ou não a mobilidade. Essa mobilidade dependerá do tipo de elemento inter-
posto entre os ossos que se articulam, que poderá ser um tecido fibroso, uma cartilagem ou o 
líquido sinovial. Portanto, existem três tipos de articulações: as fibrosas, as cartilagíneas e as 
sinoviais. Nas articulações fibrosas, a conexão entre os ossos é feita por um tecido conjuntivo 
fibroso, com mobilidade extremamente reduzida, sendo o tipo de união mais comum entre os 
ossos do crânio. Nas articulações cartilagíneas, o elemento que faz a conexão entre os ossos 
é uma cartilagem e pode permitir uma pequena mobilidade, tendo como exemplo os discos 
intervertebrais. E, por fim, as que mais nos interessam, as articulações sinoviais, com muita mo-
bilidade, sendo, portanto, as responsáveis pelos movimentos humanos. 
Para facilitar essa mobilidade, a maior característica dessas articulações é a presença de 
um líquido viscoso e lubrificador, chamado líquido sinovial. Porém, as peças ósseas permane-
cem unidas através da cápsula articular. No interior da articulação, há a presença de uma cavida-
de, chamada cavidade articular, em que se encontra o líquido sinovial. As superfícies ósseas que 
se articulam são revestidas por uma cartilagem hialina, denominada cartilagem articular, cuja 
função é impedir o atrito entre os ossos, facilitando o deslizamento entre eles. Portanto, todas 
as articulações sinoviais possuem como características básicas: a cápsula articular, a cartilagem 
articular, a cavidade articular e o líquido sinovial. Além disso, algumas articulações sinoviais 
podem apresentar elementos especiais, como os ligamentos, cujas funções são manter a união 
entre os ossos e impedir os movimentos indesejáveis, como também os discos e os meniscos, 
que têm como funções melhorar a adaptação entre os ossos, absorver impactos e melhorar o 
deslizamento entre os ossos. 
13
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
As articulações podem ser classificadas funcionalmente, de acordo com a quantidade de 
eixos de movimentos, em monoaxiais, quando há apenas um eixo; biaxiais, com dois eixos; e 
triaxiais, com três eixos de movimentos. Além desta, podem também receber uma classificação 
morfológica, isto é, de acordo com a forma das superfícies articulares. As classificações mor-
fológicas e funcionais são relacionadas; assim, temos: as planas, que são anaxiais; gínglimo e 
trocoide, que são monoaxiais; condilar ou elipsoide e selar, que são biaxiais; e as esferoides, que 
são triaxiais. 
As principais articulações do membro superior são: o ombro, o cotovelo, o punho e as ar-
ticulações entre os ossos da mão. Já no membro inferior, temos o quadril, o joelho, o tornozelo 
e as articulações entre os ossos do pé. O ombro e o quadril são as articulações que permitem 
maior mobilidade; no entanto, o ombro é muito menos estável que o quadril, que é bem reforça-
do pelos ligamentos. O joelho é a maior articulação do corpo humano e também a mais lesada. 
Bem, até agora, nós só falamos dos ossos e das articulações, que são passivos e depen-
dentes de outros elementos para se movimentarem: os músculos, que estudaremos a partir de 
agora. 
O sistema muscular é composto pelos músculos e pelos anexos, que são as fáscias e as bai-
nhas fibrosas e sinoviais. Mas o movimento corporal não é a sua única função, sendo também 
responsável pela produção de calor e manutenção da temperatura corporal, estabilização das 
posições corporais, como ficar de pé ou sentado, regulação do volume dos órgãos e o movimen-
to de substâncias corporais, como sangue (vasos), urina e alimentos. 
Como estudamos em Biologia Humana, os músculos podem ser classificados de acordo 
com suas características morfológicas e funcionais em músculo estriado esquelético, músculo 
estriado cardíaco e músculo liso. O músculo estriado esquelético é o que nos interessa agora. 
Esses músculos são constituídos por uma porção carnosa, central, chamada de ventre muscular, 
e duas extremidades tendinosas, os tendões musculares. O ventre é o responsável pela contra-
ção muscular e os tendões prendem os músculos aos ossos, à pele, às cápsulas articulares e a 
outros tendões. 
A contração do ventre muscular causa o deslocamento de um segmento ósseo sobre o 
outro através do trabalho mecânico feito pelos tendões musculares. O comprimento e o volume 
do músculo podem ser alterados em relação ao estado de repouso ou de trabalho. Sendo assim, 
um músculo que permanece muito tempo em repouso pode diminuir o comprimento e o volu-
me de suas fibras, ao passo que um músculo muito trabalhado pode aumentar o volume de suas 
fibras. A diminuição no volume das fibras é denominada hipotrofia, e o aumento, hipertrofia. 
Os principais músculos que agem nas articulações do membro superior, do membro infe-
rior e do tronco estão descritos no Caderno de Referência de Conteúdo.Até o momento, estudamos muitos conceitos em Anatomia, assim como o aparelho lo-
comotor, cuja importância de seu estudo pelo profissional da saúde é indiscutível. Agora, estu-
daremos os principais sistemas orgânicos, começando pelo aparelho cardiorrespiratório, com-
posto pelos sistemas respiratório e circulatório. Com base nesse estudo, você será capaz de 
compreender a importância desse conhecimento para sua formação.
O sistema respiratório é formado por órgãos responsáveis pela respiração, que é a troca 
gasosa de oxigênio e gás carbônico que ocorre entre o meio externo e o sangue, em nível dos 
alvéolos pulmonares. O oxigênio absorvido pelos pulmões é transportado pelo sangue até os 
tecidos e, em seguida, o gás carbônico e outros resíduos são recolhidos e transportados até os 
órgãos responsáveis por suas eliminações. 
© Anatomia Humana Geral14
Para isso, o sistema respiratório é dividido em duas porções, uma porção de condução, 
formada por um conjunto de órgãos responsáveis pela condução do oxigênio inspirado até os 
pulmões e do gás carbônico para o meio externo; e uma porção respiratória, formada pelos 
pulmões. 
O ar inspirado entra pelo nariz e cavidade nasal, onde encontramos as conchas nasais, 
que aumentam a superfície mucosa para umidificar e aquecer o ar, facilitando sua absorção. Da 
cavidade nasal, o ar passa pelas três porções da faringe, a nasal, a oral e a laríngea, continuando 
pela laringe, a qual é um órgão formado por cartilagens e músculos que também participam da 
fonação devido à presença das pregas vocais em sua cavidade interna. A laringe continua na tra-
queia, que é um tubo formado por semianéis de cartilagens que termina se dividindo nos dois 
brônquios principais que se dirigem para os pulmões direito e esquerdo. 
Os brônquios principais dividem-se em brônquios lobares para cada lobo pulmonar e, 
dentro desses lobos, dividem-se novamente nos brônquios segmentares para formar os seg-
mentos broncopulmonares. Cada brônquio segmentar continua se dividindo sucessivamente 
até os bronquíolos, que terminam nos alvéolos pulmonares, formando a árvore brônquica. 
Os pulmões são dois órgãos volumosos e esponjosos, localizados na cavidade torácica e 
revestidos por uma membrana conjuntiva chamada pleura. O pulmão direito é divido em três 
lobos (superior, médio e inferior), pelas fissuras oblíqua e horizontal; em geral, o pulmão esquer-
do apresenta dois lobos, o superior e o inferior, separados pela fissura oblíqua. O músculo dia-
fragma é o principal músculo respiratório, sendo auxiliado pelos intercostais internos e externos 
e até mesmo pelos abominais. 
Então, já sabemos que o sistema respiratório garante o oxigênio para o organismo. Mas 
qual o sistema encarregado pelo transporte de oxigênio e dos nutrientes até os tecidos?
A resposta é o sistema circulatório, formado pelo coração com seus vasos, pelas artérias, 
pelas veias e capilares, e pelo sangue. Portanto, não fica difícil perceber a interdependência en-
tre o sistema respiratório e o sistema circulatório, não é mesmo?
O sistema circulatório é hermeticamente fechado, isto é, sem nenhum contato externo, e 
possui um órgão muscular central, o coração, responsável pela propulsão do sangue pelo corpo. 
Internamente, o coração é constituído por quatro câmaras, dois átrios e dois ventrículos. Os 
átrios são separados dos ventrículos pelos septos atrioventriculares direito e esquerdo, que 
apresentam orifícios, denominados óstios atrioventriculares, por onde o sangue passa do átrio 
para o ventrículo. Nesses óstios, existem as valvas, que impedem o refluxo de sangue do ven-
trículo para o átrio durante a contração ventricular conhecida por sístole. Assim, temos a valva 
tricúspide à direita e a valva mitral ou bicúspide à esquerda. O músculo cardíaco é chamado de 
miocárdio e dele projetam-se feixes musculares em forma de pilares denominados músculos 
papilares, que fixam as cordas tendíneas, que se prendem às margens das valvas, cuja função é 
impedir o refluxo dessas valvas. 
O coração recebe o sangue venoso de todo o corpo pela veia cava superior e veia cava 
inferior, que desembocam no átrio direito, de onde o sangue passa para ventrículo direito. Do 
ventrículo direito, o sangue é impulsionado para os pulmões durante a sístole, através do tronco 
pulmonar, que se divide em duas artérias pulmonares, direita e esquerda. O sangue, depois de 
ser oxigenado, retorna ao coração por meio das veias pulmonares, que desembocam no átrio 
esquerdo e passa para o ventrículo esquerdo. Na sístole, o sangue do ventrículo esquerdo é 
ejetado para todo o organismo pela artéria aorta, que vai se dividindo sucessivamente até os 
capilares, onde ocorrem as trocas, e o sangue passa para veias que vão se confluindo até as veias 
15
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
cavas superior e inferior, fechando, assim, o ciclo. No Caderno de Referência de Conteúdo, você 
encontrará as principais veias e artérias que fazem a circulação sanguínea do corpo humano; 
vale à pena conferi-las.
Durante uma atividade física, o aparelho cardiorrespiratório aumenta o seu trabalho para 
levar maior quantidade de oxigênio e nutrientes até os músculos esqueléticos e o cardíaco. Para 
isso, o sistema respiratório deverá absorver maior quantidade de O
2
, aumentando a frequência 
respiratória. Ao mesmo tempo, o coração aumenta seus batimentos com o objetivo de aumen-
tar a circulação sanguínea. 
Mas nem só de oxigênio vivem as células; é preciso haver, também, os nutrientes para seu 
metabolismo. O oxigênio é conseguido pelo sistema respiratório; e os nutrientes? 
Para a ingestão de alimentos, existe um sistema, conhecido por sistema digestório, capaz 
de realizar reações químicas, transformando os alimentos para que possam ser absorvidos. O 
sistema digestório é composto por um conjunto de órgãos que formam um tubo muscular liso, 
o canal alimentar, e, também, por órgãos anexos a esse canal, como o fígado, o pâncreas e as 
glândulas salivares. O canal alimentar começa na boca e na cavidade da boca, onde as glândulas 
salivares secretam a saliva que contém a enzima amilase, cuja função é iniciar o processo de 
digestão dos carboidratos. Em seguida, o bolo alimentar passa pelas porções oral e laríngea da 
faringe e segue pelo esôfago até o estômago, onde ficará por algum tempo para ser transfor-
mado pelas enzimas digestivas em um líquido pastoso chamado quimo. O quimo passa para a 
primeira porção do intestino delgado, o duodeno, em que o processo de digestão é finalizado e, 
assim, é iniciada a absorção dos nutrientes. Ele segue pelas outras partes do intestino delgado, o 
jejuno-íleo, que termina no ceco, primeira parte do intestino grosso. O ceco continua com o colo 
ascendente, que, após a flexura cólica direita, continua com o colo transverso que novamente se 
flete na flexura cólica esquerda continuando no colo descendente. O colo descendente termina 
no colo sigmoide, que, após curto trajeto na pelve, continua no reto, no qual os resíduos da di-
gestão são eliminados pelas fezes pelo ânus. 
O fígado é a maior glândula do corpo humano que participa da metabolização das pro-
teínas, carboidratos e gorduras; é, também, o responsável pela produção e pela eliminação da 
bile no duodeno. O pâncreas é uma glândula responsável pela secreção endócrina da insulina e 
exócrina do suco pancreático no duodeno juntamente com a bile.
Para finalizar a apresentação deste conteúdo, vamos estudar a composição e a função do 
sistema nervoso, que é considerado o mais complexo de todos os sistemas.
O sistema nervoso é o responsável pela adaptação do animal no meio ambiente. Ele é ca-
paz de perceber e identificar os estímulos internos e externos e permitir que o corpo responda 
a esses estímulos. 
Para isso, possui um centro que processa os estímulos e gera uma resposta por vias ner-
vosasresponsáveis por enviar os estímulos até o centro e, do centro, para os efetuadores das 
respostas. 
O sistema nervoso é anatomicamente dividido em sistema nervoso central (SNC) e siste-
ma nervoso periférico (SNP). O sistema nervoso central é composto pelo encéfalo e pela medu-
la espinhal, e o sistema nervoso periférico, pelos nervos, gânglios e terminações nervosas. 
O encéfalo é a parte do SNC que está alojada no crânio e é composto pelo cérebro, cere-
belo e tronco encefálico. O cérebro é formado pelo telencéfalo e diencéfalo, e ocupa quase toda 
a cavidade craniana, sendo o responsável pela nossa consciência, inteligência, interpretação de 
© Anatomia Humana Geral16
todos os estímulos que nele chegam e, consequentemente, geram uma resposta apropriada 
para cada estímulo. No córtex cerebral, estão armazenadas todas nossas memórias e habili-
dades. A continuação caudal do cérebro é o tronco encefálico, constituído pelo mesencéfalo, 
ponte e bulbo, que continua diretamente com a medula espinhal, servindo de passagem para as 
vias nervosas e onde estão os principais centros vegetativos, o respiratório e o cardiovascular. O 
cerebelo situa-se abaixo do cérebro e está relacionado com a coordenação motora e a manuten-
ção da postura e equilíbrio. A medula espinhal é a parte do SNC que está alojada no interior da 
coluna vertebral, servindo de condutora das vias sensoriais e das vias motoras e, também, como 
sede para alguns reflexos. É nela que estão conectados os nervos espinhais. 
O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos espinhais e cranianos. Os nervos 
espinhais são os que fazem conexão com a medula espinhal, sendo formados por fibras sensi-
tivas e motoras responsáveis pela inervação dos músculos, da pele e das estruturas articulares 
dos membros superiores, membros inferiores e tronco. Os nervos cranianos são aqueles que 
fazem conexão com o encéfalo e são responsáveis pela inervação sensorial e motora da cabeça 
e da face. Para a inervação dos órgãos, existe uma terceira parte do sistema nervoso, conhecida 
por sistema nervoso autônomo, dividido em simpático e parassimpático. 
O tecido nervoso é composto por dois tipos básicos de células, o neurônio e as células da 
glia. Os neurônios são as unidades fundamentais do sistema nervoso, especializado em captar e 
conduzir o impulso nervoso por todo o sistema, através das sinapses. O neurônio pode ser sen-
sitivo e motor e é composto por um corpo de onde partem dois prolongamentos, os dendrito e 
os axônios. As células da glia não são capazes de gerar e conduzir o impulso nervoso, mas são 
essenciais para a manutenção do tecido, uma vez que são responsáveis pela proteção, manu-
tenção, nutrição e isolamento protetor dos axônios dos neurônios, através da bainha de mielina 
formada pela oligodendrócito no SNC e pelas células de Schwann no SNP.
Vamos analisar, por fim e de maneira resumida, o controle motor feito pelo sistema ner-
voso. 
O estímulo sensitivo é captado pelo receptor e é enviado pelos neurônios sensitivos até a 
medula espinhal e de lá para o encéfalo, onde as áreas se conectam para processar o estímulo 
e gerar uma resposta apropriada. Essa resposta será conduzida pelas vias motoras até a medula 
espinhal, de onde partem os neurônios motores até o órgão efetuador.
Terminamos por aqui a Abordagem Geral e desejamos profundamente que os conteúdos 
aqui tratados contribuam para sua formação profissional. Esperamos que você tenha acompa-
nhado as discussões com relação à importância deste estudo para a formação de um profissional 
da área da saúde e que a compreensão da constituição anatômica do corpo humano possibilite 
uma reflexão sobre o papel e a importância dessa área na manutenção da saúde, auxiliando-o 
na sua futura profissão. Tenha sempre em mente que seu objeto de trabalho é o corpo humano; 
portanto, a compreensão de sua constituição e funcionamento é importante para a prática de 
uma atividade física segura e que permita a manutenção e o desenvolvimento corporal.
Glossário de Conceitos 
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rápida e precisa das definições con-
ceituais, possibilitando-lhe um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área 
de conhecimento dos temas tratados no Caderno de Referência de Conteúdo Anatomia Humana 
Geral. Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos deste Caderno de Referência de Con-
teúdo: 
17
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
1) Anatomia Humana: ciência que estuda a composição macroscópica e a organização 
do corpo humano.
2) Aponeuroses: são as fixações musculares em forma de leque, de cor esbranquiçada 
ou amarelada. São finas e delgadas, porém muito resistentes. São constituídas por 
tecido conjuntivo denso, composto principalmente por fibras colágenas.
3) Artrologia: é a parte da Anatomia que estuda as articulações.
4) Coanas: são a abertura nasal posterior, que delimita a cavidade nasal da parte nasal 
da faringe.
5) Endomísio: é uma camada de tecido conjuntivo que encobre uma fibra muscular e é 
composta principalmente de fibras reticulares.
6) Epimísio: é uma camada de tecido conjuntivo que envolve todo o músculo.
7) Esqueleto axial: é a parte do esqueleto que forma o eixo do corpo humano, composto 
pelo crânio, pela coluna vertebral, pelas costelas e pelo esterno.
8) Esqueleto apendicular: é a parte do esqueleto formada pelos ossos do membro supe-
rior e do membro inferior.
9) Expiração: é a fase da respiração na qual ocorre a saída do ar.
10) Inspiração: é a fase da respiração em que ocorre a entrada do ar.
11) Mediastino: é o espaço entre as regiões pulmonares que se estende da abertura to-
rácica superior até o diafragma, e contém o coração, as partes torácicas dos grandes 
vasos, as partes torácicas do timo.
12) Miologia: é parte da Anatomia que estuda os músculos.
13) Neuroanatomia: é o ramo da Anatomia que estuda o sistema nervoso e todas suas 
subdivisões.
14) Periósteo: membrana fibrosa que recobre os ossos e que contém os vasos sanguíneos 
e nervos que fornecem, respectivamente, alimentos e sensibilidade aos ossos.
15) Perimísio: é uma membrana fibroelástica formada por fibras colágenas e elásticas, 
cuja função é envolver o ventre muscular para proteger e manter as fibras organizadas 
e para potencializar a ação muscular.
16) Peristaltismo: são contrações musculares rítmicas e coordenadas que ocorrem auto-
maticamente para movimentar os líquidos de um local para outro do organismo.
17) Placa motora: região de contato entre os neurônios e as fibras musculares, também 
conhecida por junção neuromuscular.
18) Posição anatômica: posicionamento universal do corpo humano para a descrição das 
partes que compõem o corpo humano.
19) Quimo: é um líquido pastoso que chega ao intestino delgado após os processos diges-
tivos das enzimas do estômago no bolo alimentar.
20) Sarcômero: é a unidade funcional, contrátil, dos músculos estriados, composto pelas 
proteínas contráteis actina, miosina, troponina e tropomiosina.
21) Valvas cardíacas: são estruturas formadas basicamente por tecido conjuntivo locali-
zadas entre os átrios e ventrículos, e também nas saídas da artéria aorta e do tronco 
pulmonar.
Esquema dos Conceitos-chave
Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo, apre-
sentamos, a seguir (Figura 1), um Esquema dos Conceitos-chave do Caderno de Referência de 
Conteúdo. O mais aconselhável é que você mesmo faça o seu esquema de conceitos-chave ou 
até mesmo o seu mapa mental. Esse exercício é uma forma de você construir o seu conhecimen-
to, ressignificando as informações a partir de suas próprias percepções. 
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos Conceitos-chave é representar, 
© Anatomia Humana Geral18
de maneira gráfica, as relações entre os conceitospor meio de palavras-chave, partindo dos 
mais complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você na ordenação e na se-
quenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino. 
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-se que, por meio da organiza-
ção das ideias e dos princípios em esquemas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu 
conhecimento de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pedagógicos significativos no 
seu processo de ensino e aprendizagem. 
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem escolar (tais como planejamentos 
de currículo, sistemas e pesquisas em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, 
ainda, na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que estabelece que a apren-
dizagem ocorre pela assimilação de novos conceitos e de proposições na estrutura cognitiva 
do aluno. Assim, novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem pontos de 
ancoragem. 
Tem-se de destacar que "aprendizagem" não significa, apenas, realizar acréscimos na es-
trutura cognitiva do aluno; é preciso, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se con-
figure como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante considerar as entradas de 
conhecimento e organizar bem os materiais de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os 
novos conceitos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez que, ao fixar es-
ses conceitos nas suas já existentes estruturas cognitivas, outros serão também relembrados. 
 Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você o principal agente da cons-
trução do próprio conhecimento, por meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações 
internas e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tornar significativa a sua 
aprendizagem, transformando o seu conhecimento sistematizado em conteúdo curricular, ou 
seja, estabelecendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com o que já fazia 
parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do site disponível em: <http://penta2.ufrgs.
br/edutools/mapasconceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 2010). 
19
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo

















ANATOMIA 
HUMANA Aparelho 
Locomotor 
Posição de descrição 
anatômica 
Planos e eixos 
Sistema 
digestório 
Constituição e organização 
macroscópica do corpo humano 
Aparelho 
Cardiovascular 
Sistema 
Muscular 
Sistema 
esquelético: 
ossos 
Neuroanatomia 
Coração, artérias, 
veias e sangue 
Sistema nervoso 
central 
Proteção, 
Sustentação, 
conformação, 
armazenamento 
de íons, 
hematopoiese 
Cérebro, cerebelo, tronco 
encefálico e medula 
espinhal 
Através 
Estuda 
Sistema 
articular: 
articulações 
Funções 
Conectar os ossos, 
permitindo ou não 
a mobilidade 
Sistema 
circultório 
Sistema 
respiratório 
Fibrosa, 
cartilaginosa e 
sinovial 
Funções 
Tipos 
Nariz, cavidade 
nasal, faringe, 
laringe, traquéia, 
brônquios, 
bronquíolos, 
alvéolos e 
pulmões 
Composição Composição 
Músculo estriado 
esquelético: ventre, 
tendões ou aponeuroses 
– origem e inserção 
Estruturas Composição 
Boca, cavidade bucal, 
faringe, esôfago, 
estômago, intestino 
delgado, intestino grosso, 
ânus, fígado e pâncreas 
Sistema nervoso 
periférico 
Sistema nervoso 
autônomo 
Sistema nervoso 
simpático e 
parassimpático 
Divisões 
Nervos espinhais e cranianos 
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave do Caderno de Referência de Conteúdo Anatomia Humana Geral. 
Como você pode observar, esse Esquema dá a você, como dissemos anteriormente, uma 
visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo. Ao segui-lo, você poderá transitar en-
tre um e outro conceito e descobrir o caminho para construir o seu processo de ensino-aprendi-
zagem. Por exemplo, o conceito de Anatomia Humana implica conhecer a composição estrutural 
do corpo humano, por meio do estudo dos órgãos componentes dos diversos sistemas orgâni-
cos e como esses sistemas se correlacionam para manter a homeostase, fator importante para a 
nossa sobrevivência. Esse domínio conceitual o ajudará a compreender as interações dinâmicas 
© Anatomia Humana Geral20
entre os vários órgãos e sistemas para o funcionamento do organismo humano, que será com-
pletado com o estudo de Fisiologia Humana Geral e Aplicada. 
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de aprendizagem que vem se 
somar àqueles disponíveis no ambiente virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem 
como àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realizadas presencialmente no 
polo. Lembre-se de que você, aluno EaD, deve valer-se da sua autonomia na construção de seu 
próprio conhecimento. 
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões autoavaliativas sobre os con-
teúdos ali tratados, as quais podem ser de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dis-
sertativas. 
 Responder, discutir e comentar essas questões, bem como relacioná-las com a prática 
profissional pode ser uma forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a reso-
lução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará se preparando para a avaliação 
final. Além disso, essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhecimentos e adquirir 
uma formação sólida para a sua prática profissional. 
As questões de múltipla escolha são as que têm como resposta apenas uma alternativa correta. Por 
sua vez, entendem-se por questões abertas objetivas as que se referem aos conteúdos matemáticos 
ou àqueles que exigem uma resposta determinada, inalterada. Já as questões abertas dissertativas 
obtêm por resposta uma interpretação pessoal sobre o tema tratado; por isso, normalmente, não há 
nada relacionado a elas no item Gabarito. Você pode comentar suas respostas com o seu tutor ou com 
seus colegas de turma.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus estudos, mas não se prenda só 
a ela. Consulte, também, as bibliografias complementares.
Figuras (ilustrações, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte integrante dos conteúdos, ou seja, 
elas não são meramente ilustrativas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no 
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os conteúdos deste Caderno de Refe-
rência de Conteúdo, pois relacionar aquilo que está no campo visual com o conceitual faz parte 
de uma boa formação intelectual. 
Dicas (motivacionais)
Este estudo convida você a olhar, de forma mais apurada, a Educação como processo de 
emancipação do ser humano. É importante que você se atente às explicações teóricas, práticas e 
científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem como partilhe suas descobertas 
com seus colegas, pois, ao compartilhar com outras pessoas aquilo que você observa, permite-
-se descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e a notar o que não havia sido 
percebido antes. Observar é, portanto, uma capacidade que nos impele à maturidade. 
21
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Você, como aluno do Curso de Graduação na modalidade EaD, necessita de uma formação 
conceitual sólida e consistente. Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor 
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugerimos, pois, que organize bem o 
seu tempo e realize as atividades nas datas estipuladas. 
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em seu caderno ou no Bloco de 
Anotações, pois, no futuro, elas poderão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de 
produçõescientíficas.
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie seus horizontes teóricos. Co-
teje-os com o material didático, discuta a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às 
videoaulas. 
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões autoavaliativas, que são im-
portantes para a sua análise sobre os conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram 
significativos para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, pois esses pro-
cedimentos serão importantes para o seu amadurecimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na modalidade a distância é partici-
par, ou seja, interagir, procurando sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a este Caderno de Referência de 
Conteúdo, entre em contato com seu tutor. Ele estará pronto para ajudar você. 
 Claretiano - REDE DE EDUCAÇÃO
1
EA
D
Introdução ao Estudo da 
Anatomia Humana
1. OBJETIVOS
• Conhecer a breve história da Anatomia.
• Definir Anatomia.
• Identificar os principais conceitos anatômicos para a compreensão do seu estudo.
• Compreender os planos e eixos utilizados no estudo anatômico.
2. CONTEÚDOS
• Breve histórico sobre o estudo em Anatomia.
• Conceituação de Anatomia e nomenclatura anatômica.
• Posição de descrição anatômica.
• Constituição e divisão do corpo humano.
• Planos de delimitação, planos de secção e eixos de movimentos do corpo humano.
• Sistemas orgânicos.
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que você leia as orientações a se-
guir:
1) Tenha sempre à mão o significado dos conceitos explicitados no Glossário e suas liga-
ções pelo Esquema de Conceitos-chave para o estudo de todas as unidades deste CRC. 
Isso poderá facilitar sua aprendizagem e seu desempenho.
© Anatomia Humana Geral24
2) Nesta primeira unidade, iniciaremos o estudo de Anatomia Humana Geral com um 
breve relato histórico sobre a evolução em seus estudos durante os séculos, assim 
como sua importância para as ciências médicas. Estudaremos, também, os principais 
termos de posição e secção do corpo humano, que são fundamentais para unificação 
da linguagem que será utilizada em toda o Caderno de Referência de Conteúdo, facili-
tando, assim, o seu estudo.
3) É muito importante que você compreenda a posição de descrição anatômica e todos 
os termos utilizados para estudo do corpo humano.
4) No decorrer de nosso estudo, conheceremos um pouco da história da anatomia. Se 
quiser saber mais sobre essa história, acesse o site disponível em: <http://www.aula-
deanatomia.com>. Acesso em: 27 out. 2010.
5) Se você tiver dúvidas depois de ler este material, poderá recorrer às bibliografias su-
geridas e tirar suas dúvidas com seu tutor. A compreensão desses termos é imprescin-
dível para o estudo da Anatomia.
6) Leia os conteúdos com atenção, grifando os termos mais importantes e anotando suas 
dúvidas, para que você não siga para a próxima unidade com incertezas. Procure so-
lucionar suas dúvidas por meio de nosso sistema de interatividades (Lista e Fórum) ou 
fale diretamente com o seu tutor.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Prezado aluno, iniciaremos nosso estudo de Anatomia Humana Geral fazendo a conceitu-
ação e uma breve apresentação de alguns aspectos históricos interessantes sobre o estudo do 
corpo humano, bem como de seus principais pesquisadores, os quais foram fundamentais para 
o desenvolvimento dessa ciência. Em seguida, faremos uma explicação rápida sobre os níveis 
organizacionais desde a Biologia Celular até a constituição dos diversos sistemas que compõem 
o organismo humano.
Esperamos que, ao final desta unidade, você seja capaz de reconhecer, compreender e 
analisar os principais conceitos utilizados em Anatomia Humana, bem como perceba a impor-
tância dessa ciência para a compreensão do funcionamento do organismo.
Que este estudo seja estimulante! Bom trabalho!
5. CONSIDERAÇÕES INICIAIS E BREVE HISTÓRICO SOBRE ANATOMIA HUMANA
Antes de iniciar o nosso estudo sobre a Anatomia Humana, vamos, juntos, ler a Oração do 
Cadáver:
 
Oração do Cadáver ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi
Sobre o cadáver desconhecido,
Lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas,
Cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela que em seu seio o agasalhou.
Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens.
Por certo amou e foi amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e
Sentiu saudades dos outros que partiram.
Agora jaz na fria lousa, sem que por ele se tivesse derramado uma lágrima sequer,
Sem que tivesse uma só prece.
Seu nome, só Deus sabe.
Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir à humanidade.
A humanidade que por ele passou indiferente (ROKITANSKY, 1876,)
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
25
Claretiano - Centro Universitário
© Introdução ao Estudo da Anatomia Humana
 Depois de você ter estudado Biologia Humana, deu para perceber que o corpo humano 
é constituído basicamente por células, que se organizam com outras células de mesma função 
para formarem os tecidos corporais (epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso). Esses tecidos, 
por sua vez, reúnem-se para formarem os órgãos, que se organizam com outros órgãos de mes-
ma origem e com funções integradas, formando os diversos sistemas que compõem o corpo 
humano.
Podemos enumerar esses sistemas em:
1) Sistema esquelético: formado pelos ossos, que constituem o esqueleto humano.
2) Sistema articular: formado pelas conexões entre os ossos, que permitem, ou não, os 
movimentos.
3) Sistema muscular: composto pelos músculos responsáveis pelos movimentos corpo-
rais.
4) Sistema circulatório e linfático: formado pelo coração e vasos (artérias e veias) con-
dutores do sangue.
5) Sistema respiratório: formado pelos pulmões e vias respiratórias, responsáveis pelas 
trocas gasosas (oxigênio e gás carbônico) entre o organismo e o meio ambiente.
6) Sistema digestório: formado por um conjunto de órgãos que se inicia na boca e termi-
na no ânus e por glândulas anexas (fígado, pâncreas, e glândulas salivares), responsá-
veis pela condução, digestão e absorção dos nutrientes necessários ao metabolismo 
celular.
7) Sistema nervoso: sistema complexo e altamente sofisticado, constituído pelo cérebro, 
cerebelo, tronco encefálico, medula espinhal e nervos, capazes de captar, conduzir, 
interpretar os estímulos do meio ambiente e do próprio organismo e de produzir uma 
resposta. 
8) Sistema genital: constituído por um conjunto de órgãos distintos entre os sexos femi-
nino e masculino, porém com a mesma função: a de reprodução.
Alguns desses sistemas, com funções, localização ou desenvolvimento semelhantes, po-
dem se reunir para constituir um aparelho. Assim, temos: o aparelho locomotor (constituído 
pelos sistemas esquelético, articular e muscular), o aparelho cardiorrespiratório (constituído 
pelos sistemas respiratório e circulatório) e o aparelho urogenital feminino e masculino (cons-
tituído pelo sistema urinário e pelos genitais feminino e masculino). Observe todos esses níveis 
de organização na Figura 1.
© Anatomia Humana Geral26
Figura 1 Níveis de organização do corpo humano, desde os átomos até a formação dos sistemas. 
Então, baseados em tudo o que falamos até agora, como podemos definir Anatomia?
“Anatomia” é originária da palavra grega ”anatome”, que significa “cortar em partes” 
(“ana” = “partes” ou “através de”, e “tome” = “corte”), o mesmo que “dissecar”, em português. 
Por definição, a Anatomia é a ciência que estuda macroscopicamente a constituição e a organi-
zação dos seres vivos. Dessa maneira, podemos relatar várias formas de estudos em Anatomia, 
taiscomo Anatomia Humana, Anatomia Vegetal e Anatomia Comparada, a qual faz uma com-
paração estrutural entre os diferentes animais e os vegetais para estabelecer relações e explicar 
vários aspectos da evolução. 
Quando estudamos Anatomia, devemos ter em mente os aspectos micro e macroscópicos 
da constituição corporal, isto é, a citologia e a histologia, porque todas essas ciências, embora 
se constituam em especializações, são inter-relacionadas e imprescindíveis para a sobrevivência 
do organismo humano.
Afinal de contas, quando será que surgiu a Anatomia?
Bem, essa não é uma pergunta muito fácil de responder, tendo em vista que a Anatomia é 
considerada a mais antiga da medicina, datando de 500 anos a.C., praticada por Alcméon, que 
realizava dissecações em animais. Cabe lembrar que a importância da Anatomia para a medicina 
é tão grande que alguns anatomistas, na era antes de Cristo, eram considerados médicos por 
seus conhecimentos aprofundados do corpo humano.
Os maiores anatomistas da história foram os egípcios, que sempre demonstraram verda-
deiro fascínio pelo corpo humano um exemplo disso são as técnicas de mumificação dos cadá-
veres. Alguns cientistas afirmam, porém, que, na verdade, o interesse pelo estudo do corpo hu-
mano vem desde a pré-história, porque foram encontrados diversos desenhos em cavernas que 
poderiam representar corpos animais e humanos. Há, ainda, os nomes de Aristóteles, Herófilos, 
Erasístrato e Hipócrates, entre outros, como exemplos de gregos que estudavam Anatomia.
27
Claretiano - Centro Universitário
© Introdução ao Estudo da Anatomia Humana
No início, o estudo anatômico era feito às escondidas por razões religiosas, pois, naquela 
época, o corpo humano era considerado intocável. Assim, 
Gáleno, no século 2º d.C., dissecava animais (como porcos 
e macacos) e fazia alusões ao corpo humano. É claro que 
muitos erros foram cometidos, porém suas descobertas fo-
ram importantes para o avanço da Anatomia. Já no século 
16, mais precisamente em 1539, Andrés Vesálio (1514-
1564), um médico e anatomista belga, fez inúmeras disse-
cações em corpos humanos e reproduziu-as perfeitamente 
em sua obra De humani Corporis fabrica, publicada quatro 
anos depois, em 1543, o que lhe proporcionou o título de 
pai da Anatomia moderna (Figura 2).
Não podemos deixar de falar dos artistas Leonardo 
da Vinci (1425-1519) e Michelangelo di Ludovico Buonar-
roti (1475-1564), que retratavam belissimamente o corpo 
humano do ponto de vista anatômico. 
Leonardo da Vinci dissecou vários cadáveres e fez milhares de ilustrações precisas, das quais 
cerca de 750 ainda são preservadas, representando ossos, músculos, vasos e nervos (Figura 3). Suas 
ilustrações são muito mais detalhadas do que as de Andrés Vesálio, embora este fosse médico e as 
descrevesse com mais cuidado. 
Figura 3 Gravura de Leonardo da Vinci e algumas de suas ilustrações sobre o estudo anatômico do ombro e do esqueleto humano.
Michelangelo também praticava a dissecação e a expunha em suas obras de arte. Uma 
de suas obras mais conhecidas, a Criação de Adão, na Capela Sistina (Itália), é considerada por 
alguns autores como uma lição de anatomia, uma vez que a obra representa Deus dando a cons-
ciência ao ser humano, representada pelo cérebro. Faça você uma análise da Figura 4 e observe 
a forma do encéfalo representado por Deus e seus anjos. Além disso, Michelangelo construiu 
belas esculturas, que também representam detalhadamente o corpo humano. 
Figura 2 Gravura de Andrés Vesálio (1514-1564).
© Anatomia Humana Geral28
Figura 4 Gravura de Michelangelo e sua obra "A Criação de Adão" da Capela Sistina.
Os relatos dispostos aqui são apenas uma pequena parcela de toda a discussão a respeito 
da história da Anatomia. Por isso, caso você se interesse pelo assunto, sugerimos que acesse os 
sites indicados no tópico E-referências. 
Com base nesses dados, muitas outras descobertas foram feitas, as quais, com certeza, 
são importantes para toda a área da saúde, sobretudo para a medicina. Hoje em dia, por exem-
plo, já é possível estudar anatomia em pessoas vivas, utilizando-se técnicas de imagens como 
radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética etc.
Terminologias anatômicas
Depois dessa breve viagem que fizemos pela história da Anatomia, podemos observar que 
o corpo humano começou a ser estudado não só por necessidade, mas pelo simples fascínio que 
despertava nos homens. Até hoje, esse assunto é de interesse de muitas pessoas e, consequen-
temente, é difundido pelo mundo todo, sendo o seu estudo imprescindível para a área da saúde. 
Com toda essa repercussão e graças aos importantes trabalhos anatômicos, as mesmas 
estruturas corporais recebiam diferentes denominações, dependendo do centro de estudo (Ale-
manha, Itália, Franca e Inglaterra). Com o objetivo de evitar esse e outros problemas, muitas 
tentativas foram feitas para padronizar e criar, assim, uma nomenclatura anatômica internacio-
nal que poderia ser traduzida para cada país. A primeira tentativa ocorreu em 1895, na Basileia, 
e foi denominada Basle Nomina Anatomica (B.N.A.). No entanto, muitas atualizações foram 
feitas nas décadas seguintes e, em 1955, no Congresso de Anatomia em Paris, uma nova Nomi-
na Anatomica foi aprovada oficialmente e chamada de Paris Nomina Anatomica (P.N.A.). Essas 
atualizações foram feitas de cinco em cinco anos até o ano de 1980, quando foi criado o Fede-
rative Commitee on Anatomical Teminology (FCAT), no qual ficou decidido que a nomenclatura 
anatômica poderia ser criticada e modificada desde que corretamente justificada e aprovada 
em Congressos Internacionais de Anatomia, realizados a cada cinco anos.
A última versão da nomenclatura anatômica, que foi feita em 1999, em Roma (Itália), sen-
do traduzida para o português pela Sociedade Brasileira de Anatomia e publicada em São Paulo 
no ano de 2000, é utilizada até o presente momento. 
Mas você deve estar se perguntando: o que é nomenclatura anatômica?
29
Claretiano - Centro Universitário
© Introdução ao Estudo da Anatomia Humana
A nomenclatura ou terminologia anatômica é o nome dado ao conjunto de termos em-
pregados para descrever o organismo em partes, ou seja, para descrever a anatomia. Antes 
de ela ser criada, muitos anatomistas davam seus nomes às estruturas observadas por eles, o 
que é conhecido por epônimos. Alguns epônimos, porém, foram descartados, para que fossem 
utilizados termos que pudessem dar alguma informação sobre a estrutura descrita, como, por 
exemplo, a forma (músculo deltoide), a ação (músculo levantador da escápula), a localização 
(artéria braquial), o trajeto (artéria circunflexa anterior do úmero), os ossos ou acidentes ósseos 
que unem (ligamento glenouneral, ligamento coracoacromial, ligamentos tibiofibulares). Eles 
podem, também, utilizar mais de um critério. Entretanto, alguns termos não muito lógicos fo-
ram preservados devido à sua ampla utilização, tal como o “fígado” (DANGELO; FATTINI, 2007). 
Para facilitar a descrição de alguns termos anatômicos, são utilizadas algumas abreviaturas, tais 
como:
1) A. = artéria; Aa.= artérias.
2) V. = veia; Vv.= veias.
3) M. = músculo; Mm. = músculos.
4) Lig. = ligamento; Ligg. = ligamentos.
5) N. = nervo; Nn. = nervos.
Desde a nossa iniciação às ciências, aprendemos que o corpo humano é dividido em ca-
beça, tronco e membros, sendo que a cabeça é unida ao tronco pelo pescoço. Os membros são 
divididos em superiores (popularmente chamados de braços) e inferiores (popularmente cha-
mados de pernas). A cabeça é a parte mais superior do corpo humano e é onde está localizado 
o encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico). Além disso, na cabeça, estão as orelhas, os 
olhos, o nariz e a boca. Abaixo dela, há o pescoço, por onde passam os tubos relacionados ao 
sistema respiratório e digestório e que, também, é o local onde

Outros materiais