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INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS E MEIO AMBIENTE CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA ALANA LORENA ALVES SALES ALTO-FORNO NA PRODUÇÃO DE FERRO GUSA EM SIDERURGIA MARABÁ-PA 2019 ALANA LORENA ALVES SALES ALTO-FORNO NA PRODUÇÃO DE FERRO GUSA EM SIDERURGIA . MARABÁ-PA 2019 Relatório da Palestra Técnica proferida pela Analista de Métodos e Processos do Alto Forno da SINOBRAS Débora Braga Marques, no dia 30/05, apresentada à Faculdade de Engenharia de Minas e Meio Ambiente, FEMMA/IGE, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, como parte da avaliação da Disciplina Introdução à Engenharia Química, ministrada pela Profª Dyenny Ellen Lima Lhamas, do Curso de Engenharia Química. IDENTIFICAÇÃO DA PALESTRA E EMPRESA ENVOLVIDAS NO ENVENTO Título da palestra: Alto-Forno na produção de ferro gusa Local: Auditório de geologia, UNIFESSPA (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) Data: 30/05 Horário de aplicação da palestra: 08:00 às 12:00 Nome da palestrante: Débora Braga Marques Formação Acadêmica: Bacharelado em Engenharia Metalúrgica, Metalurgia e Matérias Cargo: Analista de Métodos e Processos do Alto-Forno da empresa SINOBRAS Cel: (94) 984032773 E-mail: debora.marques@sinobras.com.br Empresa: SINOBRAS ( Siderúrgica Norte Brasil S.A) Endereço: Rodovia PA-150- Distrito Industrial, Marabá – PA. CEP: 68508-970 Atividade: Atua no setor de produção de aço principalmente para construção civil. CNPJ: 07.933.914/0001-54 Tel: + 55 (94) 2101-3600 e-mail : contato@sinobras.com.br Site: www.sinobras.com.br Introdução O minicurso de alto-Forno na Produção de Ferro Gusa na Siderurgia, realizado no auditório de Geologia da UNIFESSPA (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará) no dia 30/05, ministrado durante 4 horas, pela Analista de Métodos e Processo do Alto-Forno da empresa SINOBRAS ( Siderúrgica Norte Brasil S.A.) Débora Braga Marques, com formação acadêmica de Bacharelado em Engenharia Metalúrgica, Metalurgia e Materiais. Demostrou como ocorrem os processos na produção de ferro gusa, desde a aquisição matéria-prima à sua transformação a fim de se obter o produto final ferro-gusa. Esse processo de obtenção do ferro gusa ocorre na SINOBRAS, empresa instalada em Marabá desde 2008. A empresa atua no segmento fortemente comercial atrelado ao meio técnico-científico pois, para que o ferro gusa seja comercializado é necessário que exista na sua produção um cuidado por parte dos responsáveis e um certo investimento na pesquisa e em tecnologia que proporciona novas formas de otimizar a produção e minimizar os gastos. O Alto Forno continua a ser a forma mais usada para a produção de ferro gusa em todo mundo, apesar de existir outros métodos. A busca pela resistência e versatilidade do ferro data quase 5 mil anos . Nos fornos de pedra utilizava-se carvão vegetal como combustível, isso a longo prazo causa um forte impacto ambiental. No inicio do século XVI o coque produzido pelo carvão mineral começou a ser utilizado nesse setor, 30 anos depois o processo se intensificou e hoje temos a maior parte dessa produção nos altos fornos, um equipamento de grande porte que favorece altas temperaturas que reduz e purifica o ferro, a necessidade de se fazer essa transformação se da por conta de que o metal ferro é encontrado na natureza sempre combinado com outros elementos, principalmente com o oxigênio, formando óxidos de ferro ( minério ), no Brasil a forma predominante encontrada é o Fe2O3, a hematita. O alto forno da SINOBRAS tendo o tamnho de 163m3 e a quantidade de matéria prima que se carrega nas correias é em função do balanço de massa (carga metalica/fundentes/redutor), cada um deles tem sua rota definida, e são carregados para o topo do alto forno e atua em conjuntos com outros equipamentos como o pó de balão que serve para filtrar o gás separando de partículas que eles arrasta do alto forno e que são reutilizados para aquecer o ar, regenerar e dar ignição. A operação que ocorre no alto forno se baseia em dois fluxos em contra corrente : de cima para baixo desce o minério de ferro, combustível sólido e fundentes e de baixo para cima movem os gases resultantes das combustão do carbono a partir do combustível carvão mineral com oxigênio do ar que é insuflado através das ventaneiras a altas temperaturas. No fluxo de cima para baixo o mineiro de ferro é derretido, transformando-se em um líquido 95% ferro do chamado de ferro gusa juntamente com a escória e em relação ao leito pode conter 3700kg de carga metálica, sendo 25%sinter e 75%minério se utiliza geralmente 1580kg de carvão, com umidade média de 6% e densidade de 275kg/m3. Já o peso de carvão varia em função de densidade e umidade ou seja, ele nao é fixo A transformação química que ocorre é dada por: Fe2O3+3CO -> 2Fe +3CO2, onde o gás carbônico que esta em fluxo contra corrente de baixo para cima se une ao oxigênio retirando sua umidade reduzindo o minério e o transformando em ferro gusa, essas fontes de carbono são permitidas através do coque ou carvão mineral. O ar aquecido pelos regeneradores é injetado através ventaneiras, na parte inferior do alto forno denominada zona de combustão, o ar entra em contato com o carvao ou coque gerando gases a elevadas temperaturas, que entram em contato com a carga metálica que desce, arrasta as partículas finas passando pelos espaço entre os matérias na coluna de carga e reagindo, isso permite que redução do Fe2O3 aconteça, só sendo possível através das granulação do carvão e minério de ferro, se fossem finos ocorreria a compactação do material e o ar encontraria uma barreira, a permeabilidade não seria possível. O material que foi reduzindo e fundido juntamente com a escória são vazados por furos mecânicos na base do Alto forno e a separação do ferro gusa da escória se da por diferença de densidade. Fonte : slide do minicurso de alto forno na produção de ferro gusa Débora Marques. O Alto Forno é monitorado da sala de controle e a preocupação maior é sempre de ter menos gastos de energia e a avalição de alguns processos do que está ocorrendo dentro só é possível de ser realizada a partir de 4 horas, tempo em que o correto todo o processo de redução ao produto final, já que o sistema é fechado. Por isso é extremamente necessário ter conhecimento de todo material que está sendo enfornado, para que não ocorra eventos indesejáveis e gastos de energia desnecessário. A SINOBRAS mantém um compromisso grande com o meio ambiente no controle de CO2 na quantidade liberada permitida que é queimada e no sua reaproveitamento . Já na produção de carvão mineral, localizada no município de São Bento do Tocantins (TO), a partir de plantações de eucalipto que contabilizam 15 fazendas próprias com plantio de eucalipto, em uma área de 25.100 hectares. Esse “Deserto Verde” contribui o desmatamento florestale diminuição da biodiversidade nativa, além de favorecer a desertificação do clima, como as florestas de eucaliptos necessitam de uma grande quantidade de água Foto: www.sinobras.com.br Perguntas realizadas no minicurso : Qual a quantidade de ferro em uma carga na coluna ? Resposta : tendo os dados de quantidade de carga de mineiro e sinter é possível saber pelo percentual do minério Como saber a quantidade de carga que será depositadas nas colunas ? Resposta : O sensor do topo faz deposito quantitativo a partir da densidade. Pesquisa de complementação Caracterização e classificação do resíduo sólido “pó de balão “, gerardo na indústria siderúrgica • http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 40422003000100002 Relatórios anual 2017 • https://www.sinobras.com.br/ Extração de minérios e distribuição • http://www.vale.com/brasil/pt/paginas/default.aspx 3 Conclusões A Palestra teve duração de 4 horas e a ministrante utilizou bem cada minuto, aprofundou bastante o assunto, explicou e exemplificou como um alto forno funciona, auxiliada pelo slide para demonstrar melhor as partes físicas de um alto forno, com fluxogramas e imagens autoexplicativas. Os procedimentos que envolvem preparo do ferro gusa são dinâmicos e complexos, muitas variáveis podem afetar o processo com uma possível perda de energia que poderia ter diz o prevenida isso necessita de pessoas responsáveis e proativas e que tenham total domínio e respeitem a medidas de segurança para que não ocorram acidentes, as atividades são dirigidas da sala de controle o que torna os processos ainda mais seguros com a automatização, toda logística possibilita a produção diaria de ferro gusa de 430-450t/dia. Referências : Sinobras: Sinobras florestal. Disponivel em : < https://www.sinobras.com.br>. Acesso em : 6 de junho de 2019. Vale: mineiro de ferro e pelotas. Disponível em : < http://www.vale.com/brasil/PT/business/mining/iron-ore-pellets/Paginas/default.aspx >. Acesso em 7 de junho de 2019.