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Aula Saude pública 3 -2019 - VA3

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CURSO DE ODONTOLOGIA UNINCOR 
SAÚDE PÚBLICA
PROFESSOR: OADI JOSÉ CURY
SAÚDE PÚBLICA
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um processo
social em construção permanente, sendo
fundamental a contínua discussão sobre seu
modelo de atenção, os paradigmas explicativos
do processo saúde-doença que o embasam e o
papel de diferentes profissionais que nele
atuam.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Almaty é a maior
cidade do Cazaquistão
SAÚDE PÚBLICA
A Declaração de Alma-Ata foi formulada por ocasião
da Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de
Saúde, reunida em Alma-Ata, na República do Cazaquistão
(ex-república socialista soviética), entre 6 e 12 de setembro
de 1978, dirigindo-se a todos os governos, na busca da
promoção de saúde a todos os povos do mundo.
DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA
OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL D SAÚDE
WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION
SAÚDE PÚBLICA
Tem sido considerada como a primeira declaração
internacional que despertou e enfatizou a importância da
atenção primária em saúde, desde então defendida
pela OMS como a chave para uma promoção de saúde de
caráter universal.
Os primeiros itens da declaração reafirmam a
definição de saúde defendida pela OMS, como o
“completo bem-estar físico, mental e social, e não
simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”, e a
defendem como direito fundamental e como a principal
meta social dos governos.
DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA
SAÚDE PÚBLICA
O Fundo das Nações Unidas para a
Infância (em inglês United Nations Children's
Fund - UNICEF) é um órgão das Nações
Unidas que tem como objetivo promover a defesa
dos direitos das crianças, ajudar a dar resposta
às suas necessidades e contribuir para o seu
desenvolvimento.
Organização das Nações Unidas (ONU), ou
simplesmente Nações Unidas, é uma organização
intergovernamental criada para promover a
cooperação internacional.
SAÚDE PÚBLICA
Desde quando surgiu o conceito de Atenção Primária em
Saúde (APS), na Declaração de Alma-Ata, ela tem sofrido
diversas interpretações.
O Ministério da Saúde tem denominado Atenção Primária
como Atenção Básica, definindo-a como uma estratégia de
organização da atenção à saúde voltada para responder de forma
regionalizada, contínua e sistematizada à maior parte das
necessidades de saúde de uma população, integrando ações
preventivas e curativas, bem como a atenção a indivíduos e
comunidades.
Conceito: ATENÇÃO BÁSICA DO SUS
SAÚDE PÚBLICA
• É desenvolvida por meio do exercício de
práticas gerenciais e sanitárias democráticas e
participativas, sob forma de trabalho em equipe,
dirigidas à populações de territórios bem
delimitados, pelas quais assume a
responsabilidade sanitária, considerando a
dinamicidade existente no território em que
vivem essas populações.
ATENÇÃO BÁSICA DO SUS
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
O correto entendimento do conceito da
Atenção Primária ou Atenção Básica pode ser
possível a partir do conhecimento de seus
princípios ordenadores: o primeiro contato, a
longitudinalidade, a integralidade ou
abrangência, e a coordenação. (STARFIELD,
2002).
ATENÇÃO BÁSICA DO SUS
SAÚDE PÚBLICA
• Primeiro Contato: implica a acessibilidade e o
uso de serviços para cada novo problema para os
quais se procura atenção à saúde. É a
acessibilidade considerando a estrutura
disponível, A proximidade dos serviços da
residência dos usuários, preconizada pela
Estratégia Saúde da Família é uma tentativa de
facilitar esse primeiro contato.
ATENÇÃO BÁSICA DO SUS
SAÚDE PÚBLICA
• Longitudinalidade: aporte regular de cuidados
pela equipe de saúde. Consiste, ao longo do
tempo, num ambiente de relação mútua e
humanizada entre a equipe de saúde, indivíduos
e família. Poderia ser traduzida como o vínculo,
a “relação mútua” entre o usuário e o
profissional de saúde, e a continuidade enquanto
oferta regular dos serviços.
ATENÇÃO BÁSICA DO SUS
SAÚDE PÚBLICA
• Abrangência: diz respeito às ações
programadas para aquele serviço e qual a sua
adequação às necessidades da população. Sua
resposta à essas demandas enquanto capacidade
resolutiva. Nesse sentido, deve ficar claro que as
equipes de saúde devem encontrar o equilíbrio
entre a resolutividade clínica individual e as
ações coletivas de caráter preventivo e
promocional.
ATENÇÃO BÁSICA DO SUS
SAÚDE PÚBLICA
• Coordenação: relaciona-se à capacidade do
serviço em garantir a continuidade da atenção, o
seguimento do usuário no sistema ou a garantia
da referência a níveis de atenção quando
necessário SAMPAIO, (2003).
ATENÇÃO BÁSICA DO SUS
SAÚDE PÚBLICA
Dessas características próprias derivam três 
aspectos adicionais: 
- a centralização na família
- a competência cultural 
- a orientação comunitária 
(STARFIELD, 2002).
ATENÇÃO BÁSICA DO SUS
SAÚDE PÚBLICA
A centralização na família remete ao
conhecimento de seus membros e dos problemas
de saúde dessas pessoas, bem como do
reconhecimento da família como espaço singular.
ATENÇÃO BÁSICA DO SUS
SAÚDE PÚBLICA
A competência cultural trata da capacidade de
reconhecer as multiplicidades de características e
necessidades específicas de populações diversas,
que podem estar afastadas dos serviços pelas suas
peculiaridades culturais como diferenças étnicas e
raciais, entre outras.
ATENÇÃO BÁSICA DO SUS
SAÚDE PÚBLICA
A orientação comunitária abrange o entendimento de que
as necessidades se relacionam ao contexto social, e que o
reconhecimento dessas necessidades pressupõe o
conhecimento do contexto físico, econômico e cultural.
A Atenção Básica considera o sujeito em sua
singularidade, na complexidade, na integralidade e na
inserção sócio-cultural e busca a promoção de sua
saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução
de danos ou de sofrimentos que possam comprometer
suas possibilidades de viver de modo saudável.
ATENÇÃO BÁSICA DO SUS
SAÚDE PÚBLICA
FUNDAMENTOS DA ATENÇÃO BÁSICA
I - Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde
de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de
entrada preferencial do sistema de saúde, com território adscrito
de forma a permitir o planejamento e a programação
descentralizada, em consonância com o princípio da eqüidade.
II - Efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber:
integração de ações programáticas e demanda espontânea;
articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de
agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação, trabalho de
forma interdisciplinar e em equipe, e coordenação do cuidado na
rede de serviços.
SAÚDE PÚBLICA
FUNDAMENTOS DA ATENÇÃO BÁSICA
III - Desenvolver relações de vínculo e responsabilização
entre as equipes e a população adscrita garantindo a
continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do
cuidado.
IV - Valorizar os profissionais de saúde por meio do
estímulo e do acompanhamento constante de sua
formação e capacitação.
V - Realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos
resultados alcançados, como parte do processo de
planejamento e programação.
VI - Estimular a participação popular e o controle social.
SAÚDE PÚBLICA
PNAB - Política Nacional de Atenção Básica
No Brasil, a atenção básica (AB) é desenvolvida com alto
grau de descentralização, capilaridade e próxima da vida das
pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usuários, a
principal porta de entrada e o centro de comunicação com
toda a Rede de Atenção à Saúde.
Por isso, é fundamental que ela se oriente pelos princípios da
universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da
continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, daresponsabilização, da humanização, da equidade e da
participação social.
SAÚDE PÚBLICA
PNAB - Política Nacional de Atenção Básica
A atenção básica ou atenção primária em saúde é
conhecida como a "porta de entrada" dos usuários nos
sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial. Seu
objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças,
solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os
mais graves para níveis de atendimento superiores em
complexidade. A atenção básica funciona, portanto,
como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços
nas redes de saúde, dos mais simples aos mais
complexos.
SAÚDE PÚBLICA
PNAB - Política Nacional de Atenção Básica
As Unidades Básicas de Saúdes instaladas perto de onde as
pessoas moram, trabalham, estudam e vivem desempenham um
papel central na garantia à população de acesso a uma atenção à
saúde de qualidade. Dotar estas unidades da infraestrutura
necessária a este atendimento é um desafio que o Brasil único
país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes com um
sistema de saúde público, universal, integral e gratuito está
enfrentando com os investimentos do Ministério da Saúde. Essa
missão faz parte da estratégia Saúde Mais Perto de Você, que
enfrenta os entraves à expansão e ao desenvolvimento da
atenção básica no País.
SAÚDE PÚBLICA
PNAB - Política Nacional de Atenção Básica
O Caderno de Atenção Primária “Procedimentos”
aborda alguns procedimentos clínicos e cirúrgicos que
podem ser realizados nas Unidades Básicas de Saúde
(UBS), de forma eletiva ou durante o atendimento à
demanda espontânea, além de elencar, de forma
objetiva, equipamentos, materiais, medicamentos e
insumos que devem estar presentes em todas as UBS,
com o intuito de conferir as melhores condições para a
realização de procedimentos em questão.
SAÚDE PÚBLICA
PNAB - Política Nacional de Atenção Básica
O Caderno de Atenção Primária “Procedimentos”
Alguns procedimentos clínicos e cirúrgicos, tais como
retirada de nevos, corpos estranhos, cistos e lipomas, e o
tratamento de feridas, pela menor complexidade de técnica,
materiais, insumos e medicamentos, também podem e
devem ser realizados pelas equipes que trabalham nas UBS,
a fim de evitar estrangulamento dos serviços dos outros
níveis de atenção e, com isso, contribuir para o aumento da
resolutividade da Atenção Primária à Saúde (APS).
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
SAÚDE PÚBLICA
• A Saúde da Família é a estratégia prioritária
para reorganização da atenção básica no Brasil,
importante tanto na mudança do processo de
trabalho quanto na precisão do diagnóstico
situacional, alcançada por meio da adscrição de
clientela e aproximação da realidade sócio-
cultural da população e da postura pró-ativa
desenvolvida pela equipe.
ATENÇÃO BÁSICA X SAÚDE DA FAMÍLIA
SAÚDE PÚBLICA
• A ESF vem demonstrando potência para
reorganizar a prática na ABS. Constitui-se em
inovação tecnológica na gestão e na organização
do trabalho, e reúne diretrizes de vanguarda
(MATTOS ET AL., 2014).
• É operacionalizada pela implantação de
equipes multiprofissionais em Unidades Básicas
de Saúde (UBS), responsáveis pelo
acompanhamento de número definido de
famílias em área geográfica delimitada.
ATENÇÃO BÁSICA X SAÚDE DA FAMÍLIA
SAÚDE PÚBLICA
A Estratégia Saúde da Família visa à reorganização da
Atenção Básica no país, de acordo com os preceitos do
Sistema Único de Saúde. Além dos princípios gerais da
Atenção Básica, a Estratégia Saúde da Família deve:
I - Ter caráter substitutivo em relação à rede de Atenção Básica
tradicional nos territórios em que as Equipes Saúde da Família
atuam.
II - Atuar no território, realizando cadastramento domiciliar,
diagnóstico situacional, ações dirigidas aos problemas de saúde de
maneira pactuada com a comunidade onde atua, buscando o
cuidado dos indivíduos e das famílias ao longo do tempo, mantendo
sempre postura pró-ativa frente ao processo de saúde-doença .
SAÚDE PÚBLICA
A Estratégia Saúde da Família visa à reorganização da
Atenção Básica no país, de acordo com os preceitos do
Sistema Único de Saúde. Além dos princípios gerais da
Atenção Básica, a Estratégia Saúde da Família deve:
III - Desenvolver atividades de acordo com o planejamento e
a programação realizados com base no diagnóstico
situacional e tendo como foco a família e a comunidade.
IV - Buscar a integração com instituições e organizações
sociais, em especial em sua área de abrangência, para o
desenvolvimento de parcerias.
V - Ser um espaço de construção de cidadania.
REVISÃO: AULA DE Atenção básica 
• Conferência de alma-ata – atenção primária e conceito de 
saúde – OMS - UNICEF
• Níveis de prevenção ≠ Níveis de atenção à Saúde 
• Níveis atenção à Saúde: complexidade – 10, 20 e 30 / locais
• Atenção Básica do SUS – Princípios ordenadores: Primeiro 
contato, longitudinalidade , abrangência e coordenação
• Aspectos adicionais: Centralização na família, 
competência cultural e orientação comunitária
• Política Nacional de Atenção Básica
• Caderno de atenção primária
• Atenção Básica do SUS x Saúde da Família
CURSO DE ODONTOLOGIA UNINCOR 
SAÚDE PÚBLICA
PROFESSOR: OADI JOSÉ CURY
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
HISTÓRICO
Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988, os
modelos assistenciais de abrangência municipal passaram a ter uma
expressiva importância, com o início da implantação da
municipalização das ações de saúde. A Saúde Bucal Coletiva,
enquanto paradigma da programação da Odontologia no Contexto do
SUS traz como princípios a universalidade da atenção.
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
HISTÓRICO
A Saúde Bucal Coletiva, no contexto do SUS traz então os princípios a
universalidade da atenção, eqüidade, territorialização, integralidade e
controle social. Essas diretrizes foram as que puseram em cheque os
modelos vigentes e imputaram um desafio muito grande aos
municípios que se propuseram a reorganizar os seus modelos
assistenciais .
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
• Durante muitos anos, no Brasil, a inserção da
saúde bucal e das práticas odontológicas no
SUS deu-se de forma paralela e afastada do
processo de organização dos demais serviços
de saúde.
• Atualmente, essa tendência vem sendo
revertida, observando-se o esforço para
promover uma maior integração da saúde bucal
nos serviços de saúde em geral.
POLÍTICAS DE SAÚDE BUCAL - ATUAL
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
POLÍTICAS DE SAÚDE BUCAL
Visando ampliar a inserção da saúde bucal no SUS, foi 
lançada, em 2004, a Política Nacional de Saúde Bucal 
(PNSB) – “Brasil Sorridente”, cujos pressupostos são: 
• qualificar a Atenção Primária em Saúde
• assegurar a integralidade das ações
• atuar com base na vigilância em saúde
• planejar as ações de acordo com a epidemiologia e as 
informações do território
• financiar e definir agenda de pesquisa para que se 
trabalhe com base em evidências científicas 
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
POLÍTICAS DE SAÚDE BUCAL
Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) – “Brasil Sorridente 
Sua principal meta é a reorganização da prática
e a qualificação das ações e serviços oferecidos,
reunindo ações em saúde bucal voltadas para os
cidadãos de todas as idades, com ampliação do
acesso ao tratamento odontológico gratuito aos
brasileiros, por meio do Sistema Único de
Saúde (SUS).
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
POLÍTICAS DE SAÚDE BUCAL
Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) – “Brasil Sorridente 
As principais linhas de ação do Brasil Sorridente são a
reorganização da atenção básica em saúde bucal
(principalmente com a implantação das equipesde
Saúde Bucal ESB na Estratégia Saúde da Família), a
ampliação e qualificação da atenção especializada
(especialmente com a implantação de Centros de
Especialidades Odontológicas - CEO e Laboratórios
Regionais de Próteses Dentárias - LRPD) e a
viabilização da adição de flúor nas estações de
tratamento de águas de abastecimento público.
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DE FAMÍLIA
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
Como credenciar uma equipe de Saúde Bucal (eSB):
O gestor municipal interessado em implantar a ESB deverá apresentar
proposta ao Conselho Municipal de Saúde e, se aprovada, à Comissão
Intergestores Bipartite (CIB) do respectivo Estado, indicando se o
pleito é para ESBSF-M1 ou ESBSF-M2. Caberá às CIBs encaminhar
solicitação ao Ministério da Saúde para apreciação e publicação em
portaria específica.
A proposta deverá contemplar minimamente os seguintes elementos:
a) Área geográfica a ser coberta com estimativa da população
residente;
b) Descrição da estrutura mínima com que contarão as unidades de
saúde onde atuarão as eSB;
c) Definição das ações mínimas a serem desenvolvidas pelas ESB;
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
Como credenciar uma equipe de Saúde Bucal (eSB):
A proposta deverá contemplar minimamente os seguintes
elementos:
d) Proposta de fluxo dos usuários para garantia de
referência aos serviços odontológicos de maior
complexidade;
e) Definição do processo de avaliação do trabalho das
equipes e da forma de acompanhamento do Pacto de
Indicadores da Atenção Básica e utilização dos sistemas
nacionais de informação;
f) Descrição da forma de recrutamento, seleção e
contratação dos profissionais da eSB.
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
Como credenciar uma equipe de Saúde Bucal (eSB):
Requisitos mínimos:
• O município deverá possuir equipe de Saúde da Família 
implantada, bem como materiais e equipamentos 
adequados ao elenco de ações programadas, de forma a 
garantir a resolutividade da Atenção Primária à Saúde.
• Todos os profissionais da equipe multiprofissional deverão 
realizar jornada de trabalho de 40 horas semanais, 
obrigatoriamente, conforme a Política Nacional de 
Atenção Básica (PNAB).
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
Como credenciar uma equipe de Saúde Bucal (eSB):
Incentivos financeiros:
Investimento nas unidades básicas e realização curso introdutório:
• R$ 7.000,00 (parcela única) por equipe para implantação.
Recursos mensais de custeio:
• R$ 2.230,00 para as ESBSF-M1.
• R$ 2.980,00 para as ESBSF-M2.
Além dos recursos descritos, o Ministério da Saúde disponibiliza
um equipamento odontológico completo para cada equipe de
Saúde Bucal, Modalidade I, e dois equipamentos odontológicos
completos para cada equipe de Saúde Bucal, Modalidade II, de
acordo com a Portaria nº 2.372/GM, de 7 de outubro de 2009
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
CENTRO DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS - CEOs
Os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) são
estabelecimentos de saúde bucal inscritos no Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), classificados
como clínica especializada/ambulatório de especialidade que
oferece serviços de odontologia gratuitos à população e realiza,
no mínimo, as seguintes atividades:
I - Diagnóstico bucal, com ênfase no diagnóstico e detecção do
câncer bucal;
II - Periodontia especializada;
III - Cirurgia oral menor dos tecidos moles e duros;
IV - Endodontia; e
V - Atendimento a pacientes com necessidades especiais.
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
COMO IMPLANTAR OS CEOs
O gestor municipal/estadual interessado em implantar um
CEO deverá apresentar sua proposta ao Conselho
Municipal/Estadual de Saúde e, se aprovada, encaminhar à
Comissão Intergestores Bipartite (CIB) do respectivo
Estado, indicando se o pleito é para CEO Tipo 1 (com três
cadeiras), CEO Tipo 2 (com quatro a seis cadeiras) ou CEO
Tipo 3 (com sete ou mais cadeiras). Caberá às CIBs solicitar o
credenciamento dos CEOs ao Ministério da Saúde para
apreciação e formalização em portaria específica.
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
A proposta deverá contemplar minimamente os seguintes elementos:
a) Ofício do gestor solicitando o adiantamento do incentivo financeiro de
implantação, discriminando: o nome e o endereço da unidade de saúde;
b) Cópia da Resolução da CIB aprovando a implantação do CEO;
c) Cópia do projeto de implantação do CEO aprovado pela CIB, do qual
constem as seguintes informações: características populacionais do
município, características da atenção básica, modalidade de gestão, inserção
no Plano Diretor de Regionalização com as características físicas do
estabelecimento de saúde incluindo equipamentos, recursos humanos,
especialidades ofertadas, população beneficiada e área de abrangência
(indicando para qual município, região ou microrregião é referência,
mencionando, inclusive, a população coberta);
d) Termo de Compromisso do gestor responsável assegurando o início do
funcionamento do CEO em até, no máximo, 3 (três) meses após o
recebimento do incentivo, sob pena de devolução ao Fundo Nacional de
Saúde dos recursos repassados.
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
Incentivos financeiros:
Construção, ampliação, reforma, aquisição de instrumental e equipamentos
odontológicos:
• R$ 60.000,00 (parcela única) por CEO Tipo I para implantação.
• R$ 75.000,00 (parcela única) por CEO Tipo II para implantação.
• R$ 120.000,00 (parcela única) por CEO Tipo III para implantação.
Recursos mensais de custeio:
• R$ 8.250,00 por mês para CEO Tipo I.
• R$ 11.000,00 por mês para CEO Tipo II.
• R$ 19.250,00 por mês para CEO Tipo III.
ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA
Adesão do CEO à Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência:
Criada por meio da Portaria GM/MS nº 793, de 24/4/2012, a
Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD), no
âmbito da saúde bucal, se propõe a garantir o atendimento
odontológico qualificado a todos os portadores de deficiência.
Todo atendimento a esse público deve ser iniciado na atenção
básica, que referenciará para o nível secundário (CEO) ou
terciário (atendimento hospitalar) apenas os casos que
apresentarem necessidades especiais para o atendimento.
SAÚDE PÚBLICA
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
CIRURGIÃO-DENTISTA
De acordo com a Portaria nº 648/GM, de 28 de março de
2006, as competências específicas dos trabalhadores de
saúde bucal (cirurgiões-dentistas, técnicos em higiene
dental e auxiliares de consultório dentário) que atuam
na atenção básica por meio da Estratégia Saúde da
Família são:
SAÚDE PÚBLICA
• Para atuar na ESF o CD precisa desenvolver
competências para além do seu ‘núcleo do
saber’, saindo do isolamento da prática restrita
ao consultório e ao equipamento odontológico,
assumindo um novo papel na equipe e nas ações
de promoção à saúde.
• E isto se constitui em um desafio, na medida em
que se faz necessário integrar a prática dos
profissionais diante de um cenário marcado pela
especialidade ou subespecialidade.
SAÚDE DA FAMÍLIA x CIRURGIÃO-DENTISTA
SAÚDE PÚBLICA
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
CIRURGIÃO-DENTISTA
Competências do Cirurgião-Dentista:
I - Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil 
epidemiológico para o planejamento e a programação em 
saúde bucal.
II - Realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica 
em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências e 
pequenas cirurgias ambulatoriais.
SAÚDE PÚBLICA
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
CIRURGIÃO-DENTISTA
Competências do Cirurgião-Dentista:
III - Realizar a atenção integral em saúde bucal (proteção
da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento,
reabilitação e manutenção da saúde) individuale coletiva,
a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de
acordo com planejamento local, com resolubilidade.
IV - Encaminhar e orientar usuários, quando necessário,
a outros níveis de assistência, mantendo sua
responsabilização pelo acompanhamento do usuário e o
segmento do tratamento.
SAÚDE PÚBLICA
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
CIRURGIÃO-DENTISTA
Competências do Cirurgião-Dentista:
V - Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à
promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais.
VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades
referentes à saúde bucal com os demais membros da
Equipe Saúde da Família, buscando aproximar e integrar
ações de saúde de forma multidisciplinar.
SAÚDE PÚBLICA
PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
CIRURGIÃO-DENTISTA
Competências do Cirurgião-Dentista:
VII - Contribuir e participar das atividades de
Educação Permanente do THD, ACD e ESF.
VIII - Realizar supervisão técnica do THD e ACD.
IX - Participar do gerenciamento dos insumos
necessários para o adequado funcionamento da USF.

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