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CURSO DE ODONTOLOGIA UNINCOR SAÚDE PÚBLICA PROFESSOR: OADI JOSÉ CURY SAÚDE PÚBLICA O Sistema Único de Saúde (SUS) é um processo social em construção permanente, sendo fundamental a contínua discussão sobre seu modelo de atenção, os paradigmas explicativos do processo saúde-doença que o embasam e o papel de diferentes profissionais que nele atuam. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Almaty é a maior cidade do Cazaquistão SAÚDE PÚBLICA A Declaração de Alma-Ata foi formulada por ocasião da Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, reunida em Alma-Ata, na República do Cazaquistão (ex-república socialista soviética), entre 6 e 12 de setembro de 1978, dirigindo-se a todos os governos, na busca da promoção de saúde a todos os povos do mundo. DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL D SAÚDE WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION SAÚDE PÚBLICA Tem sido considerada como a primeira declaração internacional que despertou e enfatizou a importância da atenção primária em saúde, desde então defendida pela OMS como a chave para uma promoção de saúde de caráter universal. Os primeiros itens da declaração reafirmam a definição de saúde defendida pela OMS, como o “completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”, e a defendem como direito fundamental e como a principal meta social dos governos. DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA SAÚDE PÚBLICA O Fundo das Nações Unidas para a Infância (em inglês United Nations Children's Fund - UNICEF) é um órgão das Nações Unidas que tem como objetivo promover a defesa dos direitos das crianças, ajudar a dar resposta às suas necessidades e contribuir para o seu desenvolvimento. Organização das Nações Unidas (ONU), ou simplesmente Nações Unidas, é uma organização intergovernamental criada para promover a cooperação internacional. SAÚDE PÚBLICA Desde quando surgiu o conceito de Atenção Primária em Saúde (APS), na Declaração de Alma-Ata, ela tem sofrido diversas interpretações. O Ministério da Saúde tem denominado Atenção Primária como Atenção Básica, definindo-a como uma estratégia de organização da atenção à saúde voltada para responder de forma regionalizada, contínua e sistematizada à maior parte das necessidades de saúde de uma população, integrando ações preventivas e curativas, bem como a atenção a indivíduos e comunidades. Conceito: ATENÇÃO BÁSICA DO SUS SAÚDE PÚBLICA • É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas à populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. ATENÇÃO BÁSICA DO SUS ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA O correto entendimento do conceito da Atenção Primária ou Atenção Básica pode ser possível a partir do conhecimento de seus princípios ordenadores: o primeiro contato, a longitudinalidade, a integralidade ou abrangência, e a coordenação. (STARFIELD, 2002). ATENÇÃO BÁSICA DO SUS SAÚDE PÚBLICA • Primeiro Contato: implica a acessibilidade e o uso de serviços para cada novo problema para os quais se procura atenção à saúde. É a acessibilidade considerando a estrutura disponível, A proximidade dos serviços da residência dos usuários, preconizada pela Estratégia Saúde da Família é uma tentativa de facilitar esse primeiro contato. ATENÇÃO BÁSICA DO SUS SAÚDE PÚBLICA • Longitudinalidade: aporte regular de cuidados pela equipe de saúde. Consiste, ao longo do tempo, num ambiente de relação mútua e humanizada entre a equipe de saúde, indivíduos e família. Poderia ser traduzida como o vínculo, a “relação mútua” entre o usuário e o profissional de saúde, e a continuidade enquanto oferta regular dos serviços. ATENÇÃO BÁSICA DO SUS SAÚDE PÚBLICA • Abrangência: diz respeito às ações programadas para aquele serviço e qual a sua adequação às necessidades da população. Sua resposta à essas demandas enquanto capacidade resolutiva. Nesse sentido, deve ficar claro que as equipes de saúde devem encontrar o equilíbrio entre a resolutividade clínica individual e as ações coletivas de caráter preventivo e promocional. ATENÇÃO BÁSICA DO SUS SAÚDE PÚBLICA • Coordenação: relaciona-se à capacidade do serviço em garantir a continuidade da atenção, o seguimento do usuário no sistema ou a garantia da referência a níveis de atenção quando necessário SAMPAIO, (2003). ATENÇÃO BÁSICA DO SUS SAÚDE PÚBLICA Dessas características próprias derivam três aspectos adicionais: - a centralização na família - a competência cultural - a orientação comunitária (STARFIELD, 2002). ATENÇÃO BÁSICA DO SUS SAÚDE PÚBLICA A centralização na família remete ao conhecimento de seus membros e dos problemas de saúde dessas pessoas, bem como do reconhecimento da família como espaço singular. ATENÇÃO BÁSICA DO SUS SAÚDE PÚBLICA A competência cultural trata da capacidade de reconhecer as multiplicidades de características e necessidades específicas de populações diversas, que podem estar afastadas dos serviços pelas suas peculiaridades culturais como diferenças étnicas e raciais, entre outras. ATENÇÃO BÁSICA DO SUS SAÚDE PÚBLICA A orientação comunitária abrange o entendimento de que as necessidades se relacionam ao contexto social, e que o reconhecimento dessas necessidades pressupõe o conhecimento do contexto físico, econômico e cultural. A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na integralidade e na inserção sócio-cultural e busca a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável. ATENÇÃO BÁSICA DO SUS SAÚDE PÚBLICA FUNDAMENTOS DA ATENÇÃO BÁSICA I - Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada preferencial do sistema de saúde, com território adscrito de forma a permitir o planejamento e a programação descentralizada, em consonância com o princípio da eqüidade. II - Efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação, trabalho de forma interdisciplinar e em equipe, e coordenação do cuidado na rede de serviços. SAÚDE PÚBLICA FUNDAMENTOS DA ATENÇÃO BÁSICA III - Desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado. IV - Valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e do acompanhamento constante de sua formação e capacitação. V - Realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados alcançados, como parte do processo de planejamento e programação. VI - Estimular a participação popular e o controle social. SAÚDE PÚBLICA PNAB - Política Nacional de Atenção Básica No Brasil, a atenção básica (AB) é desenvolvida com alto grau de descentralização, capilaridade e próxima da vida das pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e o centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. Por isso, é fundamental que ela se oriente pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, daresponsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. SAÚDE PÚBLICA PNAB - Política Nacional de Atenção Básica A atenção básica ou atenção primária em saúde é conhecida como a "porta de entrada" dos usuários nos sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial. Seu objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis de atendimento superiores em complexidade. A atenção básica funciona, portanto, como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais complexos. SAÚDE PÚBLICA PNAB - Política Nacional de Atenção Básica As Unidades Básicas de Saúdes instaladas perto de onde as pessoas moram, trabalham, estudam e vivem desempenham um papel central na garantia à população de acesso a uma atenção à saúde de qualidade. Dotar estas unidades da infraestrutura necessária a este atendimento é um desafio que o Brasil único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes com um sistema de saúde público, universal, integral e gratuito está enfrentando com os investimentos do Ministério da Saúde. Essa missão faz parte da estratégia Saúde Mais Perto de Você, que enfrenta os entraves à expansão e ao desenvolvimento da atenção básica no País. SAÚDE PÚBLICA PNAB - Política Nacional de Atenção Básica O Caderno de Atenção Primária “Procedimentos” aborda alguns procedimentos clínicos e cirúrgicos que podem ser realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), de forma eletiva ou durante o atendimento à demanda espontânea, além de elencar, de forma objetiva, equipamentos, materiais, medicamentos e insumos que devem estar presentes em todas as UBS, com o intuito de conferir as melhores condições para a realização de procedimentos em questão. SAÚDE PÚBLICA PNAB - Política Nacional de Atenção Básica O Caderno de Atenção Primária “Procedimentos” Alguns procedimentos clínicos e cirúrgicos, tais como retirada de nevos, corpos estranhos, cistos e lipomas, e o tratamento de feridas, pela menor complexidade de técnica, materiais, insumos e medicamentos, também podem e devem ser realizados pelas equipes que trabalham nas UBS, a fim de evitar estrangulamento dos serviços dos outros níveis de atenção e, com isso, contribuir para o aumento da resolutividade da Atenção Primária à Saúde (APS). ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA SAÚDE PÚBLICA • A Saúde da Família é a estratégia prioritária para reorganização da atenção básica no Brasil, importante tanto na mudança do processo de trabalho quanto na precisão do diagnóstico situacional, alcançada por meio da adscrição de clientela e aproximação da realidade sócio- cultural da população e da postura pró-ativa desenvolvida pela equipe. ATENÇÃO BÁSICA X SAÚDE DA FAMÍLIA SAÚDE PÚBLICA • A ESF vem demonstrando potência para reorganizar a prática na ABS. Constitui-se em inovação tecnológica na gestão e na organização do trabalho, e reúne diretrizes de vanguarda (MATTOS ET AL., 2014). • É operacionalizada pela implantação de equipes multiprofissionais em Unidades Básicas de Saúde (UBS), responsáveis pelo acompanhamento de número definido de famílias em área geográfica delimitada. ATENÇÃO BÁSICA X SAÚDE DA FAMÍLIA SAÚDE PÚBLICA A Estratégia Saúde da Família visa à reorganização da Atenção Básica no país, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. Além dos princípios gerais da Atenção Básica, a Estratégia Saúde da Família deve: I - Ter caráter substitutivo em relação à rede de Atenção Básica tradicional nos territórios em que as Equipes Saúde da Família atuam. II - Atuar no território, realizando cadastramento domiciliar, diagnóstico situacional, ações dirigidas aos problemas de saúde de maneira pactuada com a comunidade onde atua, buscando o cuidado dos indivíduos e das famílias ao longo do tempo, mantendo sempre postura pró-ativa frente ao processo de saúde-doença . SAÚDE PÚBLICA A Estratégia Saúde da Família visa à reorganização da Atenção Básica no país, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. Além dos princípios gerais da Atenção Básica, a Estratégia Saúde da Família deve: III - Desenvolver atividades de acordo com o planejamento e a programação realizados com base no diagnóstico situacional e tendo como foco a família e a comunidade. IV - Buscar a integração com instituições e organizações sociais, em especial em sua área de abrangência, para o desenvolvimento de parcerias. V - Ser um espaço de construção de cidadania. REVISÃO: AULA DE Atenção básica • Conferência de alma-ata – atenção primária e conceito de saúde – OMS - UNICEF • Níveis de prevenção ≠ Níveis de atenção à Saúde • Níveis atenção à Saúde: complexidade – 10, 20 e 30 / locais • Atenção Básica do SUS – Princípios ordenadores: Primeiro contato, longitudinalidade , abrangência e coordenação • Aspectos adicionais: Centralização na família, competência cultural e orientação comunitária • Política Nacional de Atenção Básica • Caderno de atenção primária • Atenção Básica do SUS x Saúde da Família CURSO DE ODONTOLOGIA UNINCOR SAÚDE PÚBLICA PROFESSOR: OADI JOSÉ CURY ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA HISTÓRICO Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988, os modelos assistenciais de abrangência municipal passaram a ter uma expressiva importância, com o início da implantação da municipalização das ações de saúde. A Saúde Bucal Coletiva, enquanto paradigma da programação da Odontologia no Contexto do SUS traz como princípios a universalidade da atenção. ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA HISTÓRICO A Saúde Bucal Coletiva, no contexto do SUS traz então os princípios a universalidade da atenção, eqüidade, territorialização, integralidade e controle social. Essas diretrizes foram as que puseram em cheque os modelos vigentes e imputaram um desafio muito grande aos municípios que se propuseram a reorganizar os seus modelos assistenciais . ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA • Durante muitos anos, no Brasil, a inserção da saúde bucal e das práticas odontológicas no SUS deu-se de forma paralela e afastada do processo de organização dos demais serviços de saúde. • Atualmente, essa tendência vem sendo revertida, observando-se o esforço para promover uma maior integração da saúde bucal nos serviços de saúde em geral. POLÍTICAS DE SAÚDE BUCAL - ATUAL ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA POLÍTICAS DE SAÚDE BUCAL Visando ampliar a inserção da saúde bucal no SUS, foi lançada, em 2004, a Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) – “Brasil Sorridente”, cujos pressupostos são: • qualificar a Atenção Primária em Saúde • assegurar a integralidade das ações • atuar com base na vigilância em saúde • planejar as ações de acordo com a epidemiologia e as informações do território • financiar e definir agenda de pesquisa para que se trabalhe com base em evidências científicas ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA POLÍTICAS DE SAÚDE BUCAL Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) – “Brasil Sorridente Sua principal meta é a reorganização da prática e a qualificação das ações e serviços oferecidos, reunindo ações em saúde bucal voltadas para os cidadãos de todas as idades, com ampliação do acesso ao tratamento odontológico gratuito aos brasileiros, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA POLÍTICAS DE SAÚDE BUCAL Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB) – “Brasil Sorridente As principais linhas de ação do Brasil Sorridente são a reorganização da atenção básica em saúde bucal (principalmente com a implantação das equipesde Saúde Bucal ESB na Estratégia Saúde da Família), a ampliação e qualificação da atenção especializada (especialmente com a implantação de Centros de Especialidades Odontológicas - CEO e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias - LRPD) e a viabilização da adição de flúor nas estações de tratamento de águas de abastecimento público. ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DE FAMÍLIA ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA Como credenciar uma equipe de Saúde Bucal (eSB): O gestor municipal interessado em implantar a ESB deverá apresentar proposta ao Conselho Municipal de Saúde e, se aprovada, à Comissão Intergestores Bipartite (CIB) do respectivo Estado, indicando se o pleito é para ESBSF-M1 ou ESBSF-M2. Caberá às CIBs encaminhar solicitação ao Ministério da Saúde para apreciação e publicação em portaria específica. A proposta deverá contemplar minimamente os seguintes elementos: a) Área geográfica a ser coberta com estimativa da população residente; b) Descrição da estrutura mínima com que contarão as unidades de saúde onde atuarão as eSB; c) Definição das ações mínimas a serem desenvolvidas pelas ESB; ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA Como credenciar uma equipe de Saúde Bucal (eSB): A proposta deverá contemplar minimamente os seguintes elementos: d) Proposta de fluxo dos usuários para garantia de referência aos serviços odontológicos de maior complexidade; e) Definição do processo de avaliação do trabalho das equipes e da forma de acompanhamento do Pacto de Indicadores da Atenção Básica e utilização dos sistemas nacionais de informação; f) Descrição da forma de recrutamento, seleção e contratação dos profissionais da eSB. ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA Como credenciar uma equipe de Saúde Bucal (eSB): Requisitos mínimos: • O município deverá possuir equipe de Saúde da Família implantada, bem como materiais e equipamentos adequados ao elenco de ações programadas, de forma a garantir a resolutividade da Atenção Primária à Saúde. • Todos os profissionais da equipe multiprofissional deverão realizar jornada de trabalho de 40 horas semanais, obrigatoriamente, conforme a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA Como credenciar uma equipe de Saúde Bucal (eSB): Incentivos financeiros: Investimento nas unidades básicas e realização curso introdutório: • R$ 7.000,00 (parcela única) por equipe para implantação. Recursos mensais de custeio: • R$ 2.230,00 para as ESBSF-M1. • R$ 2.980,00 para as ESBSF-M2. Além dos recursos descritos, o Ministério da Saúde disponibiliza um equipamento odontológico completo para cada equipe de Saúde Bucal, Modalidade I, e dois equipamentos odontológicos completos para cada equipe de Saúde Bucal, Modalidade II, de acordo com a Portaria nº 2.372/GM, de 7 de outubro de 2009 ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA CENTRO DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS - CEOs Os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) são estabelecimentos de saúde bucal inscritos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), classificados como clínica especializada/ambulatório de especialidade que oferece serviços de odontologia gratuitos à população e realiza, no mínimo, as seguintes atividades: I - Diagnóstico bucal, com ênfase no diagnóstico e detecção do câncer bucal; II - Periodontia especializada; III - Cirurgia oral menor dos tecidos moles e duros; IV - Endodontia; e V - Atendimento a pacientes com necessidades especiais. ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA COMO IMPLANTAR OS CEOs O gestor municipal/estadual interessado em implantar um CEO deverá apresentar sua proposta ao Conselho Municipal/Estadual de Saúde e, se aprovada, encaminhar à Comissão Intergestores Bipartite (CIB) do respectivo Estado, indicando se o pleito é para CEO Tipo 1 (com três cadeiras), CEO Tipo 2 (com quatro a seis cadeiras) ou CEO Tipo 3 (com sete ou mais cadeiras). Caberá às CIBs solicitar o credenciamento dos CEOs ao Ministério da Saúde para apreciação e formalização em portaria específica. ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA A proposta deverá contemplar minimamente os seguintes elementos: a) Ofício do gestor solicitando o adiantamento do incentivo financeiro de implantação, discriminando: o nome e o endereço da unidade de saúde; b) Cópia da Resolução da CIB aprovando a implantação do CEO; c) Cópia do projeto de implantação do CEO aprovado pela CIB, do qual constem as seguintes informações: características populacionais do município, características da atenção básica, modalidade de gestão, inserção no Plano Diretor de Regionalização com as características físicas do estabelecimento de saúde incluindo equipamentos, recursos humanos, especialidades ofertadas, população beneficiada e área de abrangência (indicando para qual município, região ou microrregião é referência, mencionando, inclusive, a população coberta); d) Termo de Compromisso do gestor responsável assegurando o início do funcionamento do CEO em até, no máximo, 3 (três) meses após o recebimento do incentivo, sob pena de devolução ao Fundo Nacional de Saúde dos recursos repassados. ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA Incentivos financeiros: Construção, ampliação, reforma, aquisição de instrumental e equipamentos odontológicos: • R$ 60.000,00 (parcela única) por CEO Tipo I para implantação. • R$ 75.000,00 (parcela única) por CEO Tipo II para implantação. • R$ 120.000,00 (parcela única) por CEO Tipo III para implantação. Recursos mensais de custeio: • R$ 8.250,00 por mês para CEO Tipo I. • R$ 11.000,00 por mês para CEO Tipo II. • R$ 19.250,00 por mês para CEO Tipo III. ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA Adesão do CEO à Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência: Criada por meio da Portaria GM/MS nº 793, de 24/4/2012, a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD), no âmbito da saúde bucal, se propõe a garantir o atendimento odontológico qualificado a todos os portadores de deficiência. Todo atendimento a esse público deve ser iniciado na atenção básica, que referenciará para o nível secundário (CEO) ou terciário (atendimento hospitalar) apenas os casos que apresentarem necessidades especiais para o atendimento. SAÚDE PÚBLICA PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA CIRURGIÃO-DENTISTA De acordo com a Portaria nº 648/GM, de 28 de março de 2006, as competências específicas dos trabalhadores de saúde bucal (cirurgiões-dentistas, técnicos em higiene dental e auxiliares de consultório dentário) que atuam na atenção básica por meio da Estratégia Saúde da Família são: SAÚDE PÚBLICA • Para atuar na ESF o CD precisa desenvolver competências para além do seu ‘núcleo do saber’, saindo do isolamento da prática restrita ao consultório e ao equipamento odontológico, assumindo um novo papel na equipe e nas ações de promoção à saúde. • E isto se constitui em um desafio, na medida em que se faz necessário integrar a prática dos profissionais diante de um cenário marcado pela especialidade ou subespecialidade. SAÚDE DA FAMÍLIA x CIRURGIÃO-DENTISTA SAÚDE PÚBLICA PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA CIRURGIÃO-DENTISTA Competências do Cirurgião-Dentista: I - Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o planejamento e a programação em saúde bucal. II - Realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais. SAÚDE PÚBLICA PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA CIRURGIÃO-DENTISTA Competências do Cirurgião-Dentista: III - Realizar a atenção integral em saúde bucal (proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) individuale coletiva, a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo com planejamento local, com resolubilidade. IV - Encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de assistência, mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento do usuário e o segmento do tratamento. SAÚDE PÚBLICA PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA CIRURGIÃO-DENTISTA Competências do Cirurgião-Dentista: V - Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais. VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar. SAÚDE PÚBLICA PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA CIRURGIÃO-DENTISTA Competências do Cirurgião-Dentista: VII - Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do THD, ACD e ESF. VIII - Realizar supervisão técnica do THD e ACD. IX - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.
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