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O que é pesquisa?
Vamos relembrar o que é a pesquisa?
(...) o ato de pesquisar traz em si a necessidade do diálogo com a realidade a qual se pretende investigar e com o diferente, um diálogo dotado de crítica, canalizador de momentos criativos.
 A tentativa de conhecer qualquer fenômeno constituinte dessa realidade busca uma aproximação, visto sua complexidade e dinamicidade dialética (Piana, 2009, p. 15).
Devemos ter em mente que o ato de pesquisar nunca será capaz de nos oferecer todas as respostas possíveis a uma determinada questão. Contudo, sem a pesquisa, torna-se impossível qualquer aproximação com a realidade.
Não devemos esquecer que a realidade deve ser interpretada a partir de um embasamento teórico, sem, todavia, a pretensão de desvendar integralmente o real.
Para isso, deve-se trilhar um caminho metodológico com instrumentos cientificamente apropriados.
A pesquisa no Serviço Social
Ao pensarmos o Serviço Social como profissão, não podemos jamais desconsiderar uma de suas principais características, que é a dimensão técnico-operativa da profissão.
Contudo, a compreensão dessa característica não deve nos fazer perder de vista o espaço de importância que ocupa a pesquisa na constituição da profissão e na formação profissional.
Essa importância está descrita em um dos princípios da Lei de Diretrizes Curriculares da ABEPSS da seguinte forma:
“Estabelecimento das dimensões investigativas e interventivas como princípios formativos e condição central da formação profissional, e da relação teoria e realidade” (ABEPSS, 1996, p. 6).
Ou seja, já em sua formação, o assistente social deve estar atento à importância da investigação como forma de compreender as novas requisições postas pelas mudanças no modo de produção capitalista que influenciarão no seu exercício profissional.
A centralidade da pesquisa na formação aparece ainda impressa em outro momento das Diretrizes Curriculares:
“Investigação sobre a formação histórica e os processos sociais contemporâneos que conformam a sociedade brasileira, no sentido de apreender as particularidades da constituição e desenvolvimento do capitalismo e do Serviço Social no país” (ABEPSS, 1996, p. 7).
Nessa perspectiva, o TCC é mais do que uma exigência curricular para a obtenção do diploma.
Ele deve ser o trabalho no qual o aluno sistematiza o conhecimento resultante de um processo investigativo, originário de uma indagação teórica, preferencialmente gerada na prática do estágio no decorrer do curso (ABEPSS, 1996).
A importância de realizar o trabalho a partir da prática de estágio se justifica basicamente por dois motivos:
1: A vivência em campo de estágio possibilita ao futuro profissional um contato direto com a dinâmica da vida social na qual deve estar calcada sua formação;
2: O desenvolvimento do estágio supervisionado possibilitou estabelecer certa intimidade com o referencial teórico que mais diretamente se relaciona com aquele espaço sócio-ocupacional.
Questionamento
É possível fazer meu TCC sobre um tema diferente do meu campo de estágio?
Sim. Neste caso, não há perdas para você. Ao contrário: pode ser um momento ainda mais enriquecedor da formação profissional. Contudo, deve-se ter em mente que isso demandará maior esforço teórico e metodológico.
Dica importante: um erro muito comum aos futuros assistentes sociais é confundir projetos de pesquisa com projetos de intervenção.
Basicamente, o projeto de pesquisa deve ter uma pergunta ou questão a ser investigada. Já o projeto de intervenção objetiva uma mudança que deverá ocorrer a partir de uma série de ações a serem implantadas.
Vamos relembrar, a seguir, alguns pontos importantes sobre a pesquisa.
Pesquisa bibliográfica e telematizada
A pesquisa bibliográfica é uma parte de suma importância do TCC. É ela que vai fornecer a base teórica por meio da qual seu objeto pode ser compreendido e suas perguntas respondidas.
Ela tem como base livros, periódicos científicos e internet. Poderá contemplar também consultas à internet, que denominamos pesquisa telematizada.
Todavia, pesquisas restritas à internet não poderão respaldar os seus estudos científicos.
Assim, é obrigatório que o pesquisador possa se apoiar em livros e materiais científicos relacionados ao tema.
Realização da pesquisa
Para a realização de uma boa pesquisa bibliográfica, é importante que o autor atente para a dimensão política dessa etapa. Diferentes vertentes teóricas fornecerão diferentes respostas aos seus questionamentos.
Use as ferramentas da web para fazer sua pesquisa, porém evite ferramentas de busca genéricas. Atente sempre para a fonte do artigo ou texto que está lendo.
É importante que bibliografia seja compatível com o posicionamento do autor, para evitar divergências e ecletismos.
Antes de iniciar uma pesquisa bibliográfica, é preciso ter muito claro o seu objetivo.
Atualmente, contamos com amplos recursos para a realização de tais pesquisas, mas isso não pode fazer com que a pesquisa perca seus critérios de cientificidade.
Artigos universitários ou vinculados a instituições de ensino são sempre mais confiáveis que blogs ou páginas de relacionamento.
Para fazer uma boa pesquisa, comece criando listas de palavras-chave, uma para cada contexto: assunto, autores, veículos, nomes de técnicas, algoritmos e ferramentas etc.
Deve-se ter uma lista de palavras-chave. Uma pesquisa por abrangência é feita procurando por todas elas de uma vez, ou seja, executam-se diversas buscas, procurando por artigos que tenham essas palavras.
A pesquisa documental
Assemelha-se à pesquisa bibliográfica, todavia as fontes que a constituem são documentos, e não apenas livros publicados e artigos científicos divulgados, como é o caso da pesquisa bibliográfica.
O trabalho de campo
A pesquisa de campo deve ser o elemento de integração dos dados obtidos pela pesquisa bibliográfica, documental.
A pesquisa de campo é o tipo de pesquisa que pretende buscar a informação diretamente com a população pesquisada. Ela exige do pesquisador um encontro mais direto.
Nesse caso, o pesquisador precisa ir ao espaço onde o fenômeno ocorre ou ocorreu, e reunir um conjunto de informações a serem documentadas [...] (Gonçalves, 2001, p. 67).
Ela permite uma aproximação com a realidade e possibilita maior interação com os atores. A riqueza dessa etapa depende, diretamente, da qualidade da pesquisa bibliográfica e das análises feitas anteriormente.
A entrevista e a observação participante são ferramentas fundamentais do trabalho de campo.
A pesquisa qualitativa
A abordagem qualitativa parte do fundamento de que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e o objeto, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito.
O conhecimento não se reduz a um rol de dados isolados, conectados por uma teoria explicativa; o sujeito-observador é parte integrante do processo de conhecimento e interpreta os fenômenos, atribuindo-lhes um significado.
“O objeto não é um dado inerte e neutro; está possuído de significados e relações que sujeitos concretos criam em suas ações” (Chizzotti, 1995, p. 79).
Na pesquisa qualitativa, a interação entre o pesquisador e os sujeitos é fundamental.
A pesquisa quantitativa
A pesquisa quantitativa considera tudo o que pode ser “contabilizado” e se baseia em números e dados para compreender uma dada realidade.
Não deve haver uma hierarquização entre a pesquisa quantitativa e a qualitativa.
Uma não é mais importante ou precisa que a outra. 
Ao contrário: a complementaridade entre elas confere maior concretude ao trabalho do pesquisador.
Transmitindo uma mensagem
Antes da elaboração de um trabalho, é preciso desenvolver uma ideia clara do problema a ser resolvido, da dúvida a ser superada. O trabalho tem, portanto, o objetivo de transmitir uma mensagem, comunicar um resultado significativo de pesquisa e/ou de uma reflexão.
Seu projeto de pesquisa deve ter permitido responder às seguintes perguntas:
O que pesquisar?
Definiçãodo problema, hipóteses, base teórica e conceitual.
Para que pesquisar?
Propósitos de estudo, seus objetivos.
Por que pesquisar?
Justificativa da escolha do problema.
Como pesquisar?
Metodologia.
Por quanto tempo pesquisar?
Cronograma de execução.
Com que recursos?
Orçamento (não necessário para fins de TCC, mas é importante que você saiba para projetos futuros).
A partir de quais fontes?
Referências.
Problemas sociais x problemas científicos
Um erro comum aos pesquisadores é não conseguir expor as informações de maneira clara. Por vezes, o assunto ao qual você se refere lhe parece tão fácil que você acredita não ser necessário expor algumas informações.
Contudo, esquecemos que o seu leitor não domina esse tema (que, afinal, é seu), então ele depende da sua exposição para compreendê-lo.
Dada a dimensão interventiva do Serviço Social, é muito comum que alguns estudantes e mesmo profissionais confundam problemas sociais com problemas científicos.
Aí, mais uma vez, cabe nosso alerta e algumas dicas da professora Suely Ferreira Deslandes para tentarmos equacionar essa questão, como veremos a seguir.
Transformando problemas sociais em científicos
Existem problemas na sociedade (ou melhor, manifestações da questão social) que são dignos de revolta e alvo de nossas inquietações. Entretanto, a monografia não é a ferramenta para solucioná-los.
Por isso, você deve estar atento para transformar essas inquietações – se assim o desejar – em problemas científicos. Estes sim podem ser solucionados, ou ao menos investigados, e ter algumas respostas alcançadas no seu TCC.
Para tal, Deslandes sugere os seguintes passos:
A: Romper com ideias e concepções circulantes sobre a questão
Não importa se elas têm cunho moral, religioso ou se partem de uma experiência pessoal. O pesquisador deve deter-se às questões a serem investigadas.
Não estamos sugerindo neutralidade, pois isso não seria possível, mas sim a busca por respostas científicas, baseadas na análise de dados, e não no senso comum.
B: Desconstruir ideias pré-concebidas
As suas percepções sobre o assunto devem ser deixadas de lado, a fim priorizar as respostas obtidas em sua investigação. Essa postura, além de tornar sua pesquisa mais rica, será muito útil durante o seu exercício profissional.
C: Evitar explicações simplistas
Perguntar-se quando ou em que contexto aquela situação surge ou se torna um problema é um ótimo caminho pra isso.
Refletindo...
Para Minayo (2007), a pesquisa tem um ciclo, um movimento em espiral que começa com uma pergunta e termina com uma resposta.
Segundo a autora:
“O ciclo da pesquisa não se fecha, pois toda pesquisa produz conhecimento e gera indagações novas. Mas a ideia do ciclo se solidifica não em etapas estanques, mas em planos que se complementam” (Minayo, 2007, p. 27).
Assim, construiremos nosso TCC e, ao final dele, teremos encontrado respostas que, mais que responder às nossas perguntas, nos ajude a compreender melhor a realidade social.
Atividade
Ter seu objeto de pesquisa definido a partir de uma pergunta pode facilitar o desenvolvimento de seu trabalho. Se você ainda não fez isso, vamos tentar com este exercício.
Definição do problema na forma de pergunta:
O problema precisa apresentar algumas características, as quais devem ser identificadas durante seu processo de elaboração.
Uma maneira prática de identificar essas características está na formulação do problema na forma de pergunta. Por exemplo:
• O que acontece quando...?
• Qual a causa de...?
• Como se deveria proceder para...?
• Quais são as formas de...?
• Os métodos...?
• Os sistemas...?
• Os passos...?
• As estratégias...?
• Qual o perfil...?
• Que característica...?
• O que significa...?
• Que relação pode ser encontrada...?
• Que demanda...?
• Que importância tem...?

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