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Arqueologia no sul e sudeste do Brasil

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ARQUEOLOGIA NA REGIÃO SUL E SUDESTE DO BRASIL
SÃO PAULO
2017
ARQUEOLOGIA NA REGIÃO SUL E SUDESTE DO BRASIL
Trabalho de América História Antiga, com base nos livros : “ As primeira Civilizações” de Jaime Pinsky , “Pré -Historia do Brasil: Repensando a História” de Pedro Paulo Funari e “O Brasil antes dos brasileiros” de André Prouss.
SÃO PAULO
2017
1.0 PRÉ-HISTORIA 
 ‘’ De um ponto de vista puramente natural, o homem é o mais inadequado dos seres vivos existentes em nosso planeta. Por outro lado, é o mais poderoso de todos os animais’’ ( PINKSY, 2011, p. 10)
	Os estudos da Pré-História se deu a partir do século XIX, pois no Ocidente acreditava que o mundo havia sido criado por Deus e os primeiros habitantes eram Adão e Eva era uma explicação religiosa sobra a criação do mundo e dos seres humanos. Já no inicio do século XIX essa ideia foi contraposta em uma primeira tentativa de interpretação dos períodos mais recuados dos seres humanos.
 “ A partir de 1816, Christian J. Thomsen, o primeiro conservador do Museou Nacional Dinamarques, deu ordem as sempre crescentes coleções de antiguidades. Assim o fez, classificando – as em três idades, da Pedra, do Bronze e do ferro”. ( FUNARI; NOELLI, 2012, p. 15)
	Em que homem primeiramente aprendeu a usar a pedra passando para a utilização do bronze e mais tarde para a utilização do ferro, a partir da teoria do Evolucionismo ouve uma verdadeira revolução sobre o entendimento da origem do homem.
Figura 1 - Artefatos pré-históricos
FONTE : CIENCIAS NATURALES
	Não se sabe ao certo o porquê que os Homo Erectus saiu da África para iniciar sua jornada pelo mundo, pouco se sabe sobre sua migração, o que sabemos é como sua expansão houve um crescimento populacional e um aumento de aréa. Homo Habilis sai da África Centro – Oriental para a Ásia e a Europa. A partir do Homo Sapiens básico há 500 mil anos e do Homo Sapiens Sapiens há 50 mil anos. Outros descenderam dos Homo erecutos como o Homo sapiens neanderthalensis o famoso Homem deNeaderthal. São descentes do Homo que saiu da África centro-oriental. Sabemos que as condições que permitiram sua mobilidade segundo Leackey foram o transporte de alimentos, transporte de água tanto no seu estado natural ou em frutas como a melancia, o fogo principalmente pelos climas frios.
“O que caracteriza o homem é a aprendizagem social. A maneira pela qual a experiência é transmitida chama-se linguagem, processo lenta e paulatina adquirido e que iria permitir o transporte das experiências do grupo “.
Figura 2 - Evolução
FONTE : HOMINIDES
1.1 Os primeiros habitantes do Brasil
“ Em um certo sentido, considerando o que vimos, a pré-história do Brasil seria tudo o que antecede a Independência, em 1822. ”
	As primeiras ocupações dos seres humanos no território brasileiro se deu entre 12 e 5 mil ap, ocupando quase todo o território do Brasil, vivendo de diferentes formas. Através de diversas escavações encontraram esqueletos fletidos, restos de alimentos, cascas de pequi e jatobá, coquinhos de licuri e ossos de animais, utensílios líticos e ósseos. Com as pesquisas arqueológicas definiu que viviam da caça de porco do mato, tatus e roedores, com abundancia de alimentação vegetal , em que desenvolveram carie dentaria mesmo sendo rara em época tão recuada. Nós estudos em ossos humanos, os pesquisadores descobriu que avia falta de alimentos e até mesmo fome no período entre o crescimento corporal de crianças e adolescentes, e a presença de doenças inflamatórias.
	Os ocupantes mais famosos pesquisados desde o século XIX foram os ‘’Homens de Lagoa Santa’’ na região de Minas Gerais seu modo de vida é de 10 e 8 mil ano atrás foi encontrado vestígios de dessa mesma época uma perna de preguiça gigante trabalhada pelo homem e transformada em artefato. Os grupos que habitavam a Região do Sul do Brasil eram predominantes pelos caçadores – coletores, em que o conjunto de artefatos foi denominado de ‘’ Tradição Umbu ‘’dos atuais estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a alimentação dos habitantes dessa região era da caça e da coleta nos grandes descampados sulistas, foram chamados pelos pesquisadores de caçadores do campo, seus sítios são os mais antigos datados de 12 mil ap e teria persistido até mil anos atrás.
	Nessa região existia outra tradição de ‘’ Tradição Humaita’’. Que ocuparam ambientes de floresta entre 9mil ap e artefatos bifaciais onde produziu artefatos bifaciais como flechas, lâminas com dois gumes. A oposição entre campo/flecha e pontas de flecha/instrumentos bifaciais esses dois fatos foi determinante para a classificação de dois conjuntos distintos. Os Humbu e Humaitá teriam dominado a região do sul do Brasil entre 12 e 2 mil ap, e no litoral, dos grupos sambaquieiros ( construtores de sambaquis que são montões de conchas, restos de cozinha e de esqueleto depositado em praias, rios etc.), entre 8 e 2 mil ap. A região Sudeste a cerca de 14.200 foi ocupada pelas mesmas populações em São Paulo e medias 12 mil ap em Minas gerais, na região Centro –Oeste foram de 22 mil ap e o Nordeste foi de 11 e 8 mil ap, além de numerosas entre 14 e 35mil ap. Os sítios mais antigos na Amazônia chegam ter 12mil ap. 
“ Dentro da Tradição Humaitá, a mais original é a Cultura Altoparanaense, encontrada tanto no Brasil quanto na Argentina, ao longo do vale do rio Uruguai e até o planalto catarinense. Os altoparanaenses fabricavam bifaces extremamente robustos: alguns longos, retos e de seção quadrangular quase quadrada; outros curvos e ditos “em bumerangue”, em razão da sua forma. ( PROUSS, 2007, p.33)
	 A teoria de Walter Neves sugeri que houve três etapas de ocupação territorial humana, a primeira etapa teria sido feita pelos povos paleoindios que ocuparam grande parte do Brasil, mas muito pouco se sabe dessa etapa, a segunda foi dos povos mongoloides feitas a partir do do noroeste da America do sul que se espalhou pelo litoral sul-americano , representada pelas populações sambaquieiras depois mais lentamente para o interior, os equipamentos e os líticos e as aldeias possuíam semelhanças com os produzidos pelos paleoindios do que os mongoloides posteriores,. A terceira etapa os mongoloides que originalmente se fixaram na Amazonia criaram e utilizou a agricultura, cerâmica e novos padrões demográficos e culturais de economia e organização social, teve seu inicio entre 10 – 9 mil ap. Os povos da segunda e da terceira etapa possuíam semelhanças físicas, mas sua cultura material era distinta, em razão do crescimento demográfico , das formas de que eram feitas as aldeias e do acréscimo de cerâmica a partir de 7mil ap e dos novos equipamentos líticos, como o ralador, o pilão e o machado polido entre outros. 
	Com a grande expansão geográfica dos povos ceramistas e agricultores, com a expansão foram incrementados alimentos que a agricultura deu essas populações, com novas formas de subsistência desenvolveram maneiras de se organizar socialmente e politicamente com capacidade para conquistar territórios e manter novos territórios.
	
2.0 ARQUEOLOGIA NO SUL
	
Também são considerados sítios arqueológicos os locais onde se encontram vestígios positivos de ocupação humana, os sítios identificados como cemitérios, sepulturas ou locais de pouso prolongado ou de aldeamento, "estações" e "cerâmicos”, as grutas, lapas e abrigos sob rocha, além das inscrições rupestres ou locais com sulcos de polimento, os sambaquis e outros vestígios de atividade humana. (Iphan – Instituto do patrimônio Histórico e Artístico Nacional)
2.1 Santa Catarina
	Até 2014 foram cadastrados pelo Iphan 1.417 sítios arqueológicos em Santa Catarina.
	A principal fonte de estudos arqueológica em Santa Catarina são os sambaquis que podem ser encontrados em diversas partes do litoral do estado, sendo estes os maiores sítios arqueológicos de sambaquisdo mundo.
Os sambaquis são montes compostos de moluscos (de origem marinha, terrestre ou de água salobra), esqueletos de seres pré-históricos, ossos humanos, conchas e utensílios feitos de pedra ou ossos. É resultado de ações humanas, ou seja, são montes artificiais, com dimensões e formas variadas. (PACIEVITCH, Thais – Infoescola).
	Abaixo segue histograma de distribuição de frequências de idades por sambaqui. Idades referem-se a datações cal 14C (conchas, carvão e ossos humanos). Segundo o estudo Interações entre evolução sedimentar e ocupação humano pré-histórica na costa centro-Sul de Santa Cartarina, Brasil apud (Stuiver e Reimer, 1993) segundo protocolo SHCal04 (McCormac et al., 2004) (todas as amostras) e Marine04 (Hughen et al., 2004) (apenas conchas).
Figura 3 -Interações entre evolução sedimentar e ocupação humano pré-histórica na costa centro-Sul de Santa Cartarina, Brasil
FONTE: GIANINI
Figura 4 - Mapa com algumas localizações dos sambaquis de Santa Catarina
FONTE: PRIMEIROS HABITANTES DE SANTA CATARINA
	Outro ponto arqueológico de grade importância no Estado é a Ilha do Campeche, tombada pelo Iphan desde 1998, esta região possui uma das mais importantes inscrições rupestres do país, segundo o órgão.
Entre os tesouros deixados pelos povos antigos há inscrições e registros que formam a maior concentração desse tipo em um único sítio arqueológico, de todo o litoral brasileiro. Há desenhos que lembram flechas e máscaras, símbolos geométricos, um monolito com nove metros de altura e um ponto magnético sinalizado com inscrição rupestre onde as bússolas têm comportamento alterado. O local possui ruínas de armação de 
baleia, datadas de 1772. (IPHAN)
2.1.1 Sítios arqueológicos em Santa Catarina
	O Estado de Santa Catarina possui um grande sítio arqueológico de gravuras rupestres, sendo Caxambu do Sul e a Caverna do Alemão em Porto União dois destes sítios registrados, além dos pontos evidenciados abaixo com as imagens locais.
Em sua maioria as gravuras são localizadas em ilhas, sendo estes os únicos sítios de representação rupestres localizados até o momento na costa brasileira (COMERLATO, Fabiana, pág. 01 e 02 – 2005).
	As gravuras rupestres foram descobertas no século XIX, porém, seus estudos só tiveram inicio no século XX com o Pe. João Alfredo Rohr. Em seus estudos o Pe. Rohr afirma haver repetição nas temáticas das gravuras o que o fez afirmar que todas estas imagens foram produzidas por um mesmo grupo cultural (COMERLATO, Fabiana, pág. 02 – 2005).
	Entre Porto Belo e Garopaba, é possível dizer que há um território rupestre e que as figuras ali encontradas representavam um código visual de um determinado grupo o que também pode indicar que para este grupo territorial aquele era também o seu território.
Já as representações dos planaltos, podem ser localizadas tanto em grutas como ao ar livre, a procedência destas pinturas é apontada por Walter Piazza (1966, 1967, 1969) como pertencentes aos ceramistas do grupo linguístico Gê e dos ceramistas ou caçadores-coletores (COMERLATO, Fabiana, pág. 08 – 2005).
Figura 5 -Ilha do Campeche: sítio arqueológico e paisagístico
Fonte: COMERTALO, Fabiana
Figura 6 - Ilha do Campeche: sítio arqueológico e paisagístico
Fonte: COMERTALO, Fabiana
Figura 7 -Praia do Santinho – Florianópolis
Fonte: COMERTALO, Fabiana
Figura 8 - Praia do Santinho – Florianópolis
Fonte: COMERTALO, Fabiana
Figura 9 - Representações rupestres do Planalto, Sítio do Morro do Avenca I
Fonte: COMERTALO, Fabiana
Figura 10 - Morro do Avenca I
Fonte: COMERTALO, Fabiana
2.2 Paraná
	O Paraná possui 1.304 sítios arqueológicos, hoje, registrados no Iphan (Iphan). Os primeiros povos a habitar o Paraná foram os Paleoíndios e chegaram a região há mais de doze mil anos. Estes povos migraram de regiões como a Andina e a Amazônica. 
	Há também vestígios dos povos Umbu e Humaitá, nômades que normalmente habitavam uma região por pouco tempo, mas que deixavam registros de seus mitos e histórias em gravuras, pinturas e esculturas feitas nas rochas. Estes povos faziam suas gravuras geralmente nas cores vermelha, marrom ou preta, onde representavam figuras de animais ou figuras geométricas (Parellada, Claudia Inês – Museu Paranaense). 
	No Paraná a maior parte da arte rupestre está localizada em cavernas e abrigos areníticos.
	Os povos Umbu e Humaitá eram caçadores e utilizavam armadilhas, arpões e flechas com ponta de osso, madeira e pedra, como a da figura mais abaixo. Em Ouro Verde, foram localizados vestígios de com Umbus datados em mais de nove mil anos (Parellada, Claudia Inês – Museu Paranaense). 
	Já os primeiros povos ceramistas, chegaram ao Paraná há aproximadamente quatro mil anos e eram compostos por povos ancestrais de indígenas que também se miscigenaram com os caçadores-coletores da região.
Dois mil anos depois foi a vez dos TupiGuarani chegarem a região, sendo estes povos indígenas habitantes até hoje do Brasil, além de países vizinhos, este povos tinhas característica a agricultura e a produção de cerâmica.
Os Tupiguarani costumavam sepultar os mortos acondicionados em grandes vasilhames cerâmicos, no interior das habitações, que em seguida eram queimadas e reconstruídas. O recipiente usado para enterrar geralmente pertencia ao morto, e tinha como funções básicas anteriores armazenar grãos, fermentar bebidas e preparar alimentos”. (Parellada, Claudia Inês – Museu Paranaense).
	Os principais itens encontrados dos TupiGuarani nos sítios arqueológicos paranaenses foram lâminas de machados polidas ou lascadas, adornos labiais, raspadores, talhadores, polidores em canaleta e adornos polidos perfurados. (Parellada, Claudia Inês – Museu Paranaense).
	No Estado também foram localizados achados arqueológicos do período em Brasil e Portugal fizeram o tratado de Tordesilhas, 1494, e o Paraná ficou localizado em território Espanhol. Deste período é possível ver objetos como: cerâmica, rodas de moinho e artefatos em ferro.
2.2.1 Imagens de achados arqueológicos no Paraná
Figura 11 - Ponta de flecha, utilizada para caça
 
FONTE: MUSEU PARANAENSE
Figura 12 - sepultamento fletido, com 3,20m de profundidade. Localizado na base do sambaqui Poruquara, no litoral do paraná.
FONTE: MUSEU PARANAENSE
Figura 13 - Pintura rupestre localizada em uma caverna
 
FONTE: MUSEU PARANAENSE
Figura 14 - Vasilhame cerâmico Guarani
FONTE: MUSEU PARANAENSE
Figura 15 - Objetos arqueológicos do período do Tratado de Tordesilhas – 1494
 
 
FONTE: MUSEU PARANAENSE
2.3 Rio Grande do Sul
	O Estado do Rio Grande do Sul é o que possui o maior numero de sítios arqueológico registrados no Iphan, totalizando 3.263. Entre as diversas escavações realizadas foram localizados mais de 40 mil fragmentos arqueológicos do período das Missões Jesuíticas. Entre estes achados existem vestígios de aproveitamento hídrico no período colonial (Iphan).
2.3.1 Sítios arqueológicos no Rio Grande do Sul 
Território das Missões Jesuíticas dos Guaranis
	O território das Missões Jesuíticas abrange 26 municípios Rio Grande do Sul e está localizado no noroeste do Estado.
Sítio histórico de São Miguel Arcanjo
	Tombado em 1.938, possui as ruínas da Igreja de São Miguel Arcanjo também conhecida como Ruinas de São Miguel das Missões, localizado no município de São Miguel das Missões. Esta construção faz partes dos povos catequizados jesuítico-guaranis, ou Sete povos das missões, que representavam a redução do Estado Jesuítico do Paraguai. 	As instalações desta pequena cidade datam de 1687, tendo origem a partir de 1632 devido um aldeamento organizado pelos padres jesuítas para os catequizados (Iphan).
Sítio Histórico São Lourenço Mártir 
	Nesta missão jesuítica fundada em 1690 pelo padre Bernardo de La Veja, haviam mais de doismil indígenas catequizados, desenvolveram-se na agricultura, criação de gado, cavalos, ovelhas e no cultivo da erva mate. Chegando em 1731 a uma população superior aos 6.400 habitantes. Atualmente neste sítio é possível visitar remanescentes da escola, igreja e adega (Iphan).
Sítio Histórico São João Batista 
	Sítio formado pelos remanescentes da Redução Jesuítica de São João Batista, fundando em 1.697. Estes povos possuíam maior habilidade artística e além, disso foi neste sítio que a primeira fundição de ferro do território brasileiro foi montada. Neste sítio é possível visitar os restos do cemitério, da igreja, do colégio, além de estruturas como olarias, barragens e a estrada (Iphan).
Sítio Histórico São Nicolau
	Este sítio faz parte da mais antiga das reduções, fundado em 1626, antecede a fase dos povos que compunham os Sete povos das Missões. Composta por índios guaranis tinham os melhores escultores, além de alcançarem o desenvolvimento religioso, na musica, canto, dança teatro, desenhos, pintura e esculturas (Iphan).
Figura 16 - A Igreja de São Miguel construída em 1735, em estilo barroco
FONTE: IPHAN
Figura 17 - Estruturada em pedra arenito, era pintada de branco
FONTE: IPHAN
Figura 18 - São Lourenço Mártir
FONTE: WIKIPEDIA
Figura 19 - São Lourenço Mártir
FONTE: WIKIPEDIA
Figura 20 - São João Batista
FONTE: PORTAL DAS MISSÕES
Figura 21 - São João Batista
FONTE: PORTAL DAS MISSÕES
 
Figura 22 - Sítio Histórico São Nicolau
 
FONTE: PREFEITURA DE SÃO NICOLAU
Figura 23 - Sítio Histórico São Nicolau
FONTE: PREFEITURA DE SÃO NICOLAU
3.0 PRÉ-HISTÓRIA NO SUDESTE
	A arqueologia brasileira se iniciou na região Sudeste, em Minas gerais, no século XIX pelo então naturalista dinamarquês Peter Lund. Os primeiro sítios arqueológicos se encontram em Lagoa Santa e Matozinhos. 
	Os Sambaquis, que são estruturas formadas de por conchas são um tipo de sítio arqueológico pré-histórico que se estende ao longo da costa sudeste brasileira, Neles foram encontrados ossadas, pedaços de cerâmicas, colares, e ferramentas usadas pelos “primeiros habitantes” dessa região. 
Os sítios mais antigos que conhecemos são construções edificadas com valvas de moluscos, chamadas sambaquis; aparecem entre 7.000 e 5.000 anos atrás, pelo menos, e permanecem até 2.000 anos AP. Seus autores eram caçadores e pescadores que também coletavam mariscos. Instalavam-se geralmente em baías como as de Guanabara, Iguape, Paranaguá, Joinville, Laguna, no limite entre vários ambientes complementares (mar aberto,enseadas profundas, mangue) que forneciam, cada um, alimentos específicos e recursos em água, madeiras e rochas diferentes 
	E por ser uma região com cidades grandes e populosas, alguns sítios arqueológicos acabam sendo encontrados em meio a obras e demolições de casas e prédios. 
Figura 24 - Sambaqui explorado no Rio de Janeiro
FONTE : MUSEU DE ARQUEOLOGIA SAMBAQUI DA TARIOBA
3.1 Arqueologia no Rio de Janeiro 
Por ser um estado com uma região litorâneas extensa, o Rio de Janeiro é uma região propicia para a arqueologia, já que diversos povos viveram ali, porém pela expansão da cidade muitos sítios arqueológicos foram destruídos com a urbanização.Contando com 645 sítios arqueológicos cadastrados no Iphan, o que mais se destaca é o sambaqui de Camboinhas em que foram encontrados vestígios com mais de 7 mil anos. 
Figura 25 - Vestígios do sambaqui de Camboinhas
FONTE: MUSEUS DO RIO 
Com as obras, novos sítios arqueológicos, como o sambaqui que foi encontrado nas obras de expansão do aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro. Datado de 4 mil anos .
Embora existam desde o Rio Grande do Sul até a Bahia, é no Estado de Santa Catarina que os sambaquis são mais numerosos. Ali, alguns alcançam até 35 metros de altura, o que demonstra que deviam ocorrer condições extremamente favoráveis ao modo de vida dos seus construtores. Embora sua cultura material de uso cotidiano seja bastante simples, no litoral meridional esses grupos produziram objetos cerimoniais em pedra e osso muito elaborados, com refinamento estético e sofisticação artística, os chamados zoólitos. ( IPHAN)
Figura 26 - Sambaqui encontrado no Aeroporto do Galeão
Fonte : DHANI ACCIOLY BORGES
Figura 27- Artefatos encontrados em obras do metrô no Rio de Janeiro
Fonte : GERJ
	No Rio de Janeiro também se localiza o Museu Nacional, que é considerado o maior museu de história natural, com um acervo com mais de 4 milhões de peças. Em destaque para o material encontrado em sambaquis de todo o Brasil. Indo desde zoólitos até a um cesto raro e bem preservado. 
Figura 28 - Zoólito de passáro
FONTE : MUSEU NACIONAL
Figura 29 - Cesto encontrado em sambaqui
FONTE : MUSEU NACIONAL
3.2 Arqueologia em Minas Gerais
A arqueologia brasileira iniciou-se no território de Minas Gerais, ainda no século XIX, com o naturalista dinamarquês Peter Lund. Ele descobriu os primeiros sítios arqueológicos na região de Lagoa Santa e Matozinhos e é considerado o “Pai da Arqueologia” no Brasil. ( IPHAN)
	
	Contando com 2500 sítios arqueológicos cadastrados no IPHAN, Minas Gerais se destaca por ser o berço da arqueologia no Brasil, começando com Peter Lund e seus achados em Lagoa Santa e Matozinhos. 
	Foi em Lagoa Santa, no sitio arqueológico de Lapa Vermelha que foi encontrado o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo da América do Sul. 
	Lapa Vermelha é um sítio arqueológico localizado em um penhasco de calcário, com quatro grutas. 
Figura 30 - Parede de calcário Lapa Vermelha
Fonte : IPHAN
Figura 31 - Esqueleto Humano - Lapa Vermelha
FONTE : REVISTA PESQUISA FAPESP
Figura 32 - Arte Rupestre em Lagoa Santa
FONTE: REVISTA PESQUISA FAPESP
3.3 Arqueologia No Espírito Santo
	Existe no Espirito Santo 347 sítios arqueológicos cadastrados. Segundo o IPHAN a grande maioria está no litoral ao norte do Estado nos municípios de Linhares, São Mateus e Conceição da Barra.
Figura 33 - Sítios arqueológicos no Espírito Santo
FONTE : IPHAN
As primeiras pesquisas arqueológicas no Espírito Santo remontam ao início da década de 1940, quando os geógrafos Alberto Ribeiro Lamego e o Othon Henry Leonardos identificaram sítios monumentais de populações sambaquieiras, às margens do rio Itabapoana. ( IPHAN)
3.4 Arqueologia em São Paulo 
	São Paulo possui 1.198 sítios arqueológicos cadastrados pelo Iphan. Localizados principalmente no litoral e no interior. No litoral há presença de sambaquis. 
É um testemunho da presença de grupos de recoletores e pescadores no atual município de Cananéia, no Estado de São Paulo. Apresenta-se como pequena elevação arredondada e constituída, exclusivamente, por carapaças de moluscos. Em Tupi-Guarani, tambó significa (monte) e qui (conchas). O sambaqui está situado a cerca de um quilômetro da barra do rio, que se estende pela região da Serra do Itapitangui, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) Cananéia - Iguape, no litoral paulista. ( IPHAN)
	No sul de São Paulo, os sítios arqueológicos se assemelham muito aos do Paraná. Em suma maioria localizados em cavernas, grutas e cânions.
Figura 34 – Abrigo em Itapeva 
FONTE : PREFEITURA DE ITAPEVA
Figura 35 - Arte Rupestre em São Manuel
FONTE : USP
4.0 BIBLIOGRAFIA COMENTADA 
4.1 Pré-História do Brasil 
Funari, Pedro Paulo; Noelli, Francisco Silva. Pré-História do Brasil. 4ed. São Paulo : Contexto, 2012 
	Pré-História do Brasil é um livro da coleção Repensando a História. Focado na história das populações que habitavam o Brasil na pré-história. No livro, Funari e Noelli, abordam todo o processo de ocupação do território Brasileiro, tal como a origem desses povos, as regiões ocupadas, o período de ocupação, sua cultura (tipos de habitação,alimentação, arte) e seus vestígios. Além de dar um panorama do homem na história mundial, Funari e Noelli também focam na arqueologia, citando alguns sítios arqueológicos como o de Lagoa Santa e os Sambaquis da região costeira do Brasil e as descobertas feitas nesses lugares, como o crânio de Luzia, encontrado em uma gruta na região de Lagoa Santa. 
 Como seriam os primeiros habitantes do Brasil, qual a História mais antiga da nossa terra? Para conhecer os primeiros habitantes do continente americano, pode-se pesquisar restos esqueletais humanos ou materiais que se consideram associado à presença humana.” ( Funari; Noelli, 2012, p.33) 
4.2 O Brasil antes dos Brasileiros 
PROUS, André. O Brasil antes dos brasileiros. A pré-história do nosso país. 2. ed. Jorge Zahar Editor: Rio de Janeiro, 2004.
	O Brasil antes dos Brasileiros é um livro escrito por André Prous, arqueólogo francês que reside no Brasil desde os anos 70, e foi um dos arqueólogos que encontrou o crânio de Luzia no sítio arqueológico de Lagoa Santa. Como o livro diz logo na introdução, ele fala essencial sobre arqueologia, só que ele divide o Brasil em regiões e os tipos de vestígios encontrados nelas. Logo no primeiro capítulo ele dá um panorama na história de ocupação do território, e durante todo o livro ele dá as características físicas e culturais do povo que viveu ali, essas informações foram obtidas através da arqueologia. 
É claro que não devemos imaginar que essas diferenças pontuais refletem obrigatoriamente “etnias”. É possível fabricar os mesmos instrumentos e falar línguas diferentes ou ter conceitos religiosos opostos. Do mesmo modo, pode-se falar a mesma língua e diferençar-se no modo de sepultar os mortos. Mas somente podemos tratar as diferenças e semelhanças a partir dos vestígios disponíveis. Estes evidenciam uma razoável diferenciação dos grupos – quer tenham evoluído separadamente, desenvolvendo aptidões e gostos diferentes, quer mantivessem contatos, mas afirmassem sua especificidade em relação aos “outros” por meio de idiossincrasias – algumas delas arqueologicamente visíveis. ( Prouss, 2007, p.21)
4.3 As primeiras Civilizações
PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações, 25. ed. – São Paulo : Contexto, 2011
	No livro As primeiras Civilizações, Jaime Pinksy foca nas relações sociais dos primeiros povos que habitaram o nosso planeta. Ele define o que é História Natural e o que é História Social, e as diferencia. Na parte que diz respeito a pré história, pois nesse livro ele se expande indo até os povos da nascente fértil. Ele estatele as relações sociais e de poder e cita as grandes revoluções que permitiram ao homem passar de um ser nômade para um ser urbano. 
Essa diferença não é apenas quantitativa, mas também qualitativa, já que estabelece uma distinção, um momento de ruptura entre a História Natural e a Social, entre a história construída pela natureza e aquela em que os seres humanos, além de pacientes, são também agentes. Sim, pois enquanto o ser humano era apenas um dos integrantes do “reino animal”, sua trajetória no planeta poderia ser contada pela História Natural, com destaque pouco maior ou menor do que a dos outros animais da Terra. ( PINSKY, 2011, p. 9)
5.0 PROPOSTA DE APRESENTAÇÃO
	A apresentação terá como apoio uma apresentação de slides. Aonde serão apresentados os livros usados para a produção desse trabalho, fazendo uma breve contextualização do tema. Assim usando recursos visuais, como imagens, mapas e gráficos, iremos apresentar os tipos de arqueologia pré-colonial que existem nessas regiões. Com isso poderemos apresentar as principais descobertas arqueológicas feitas nos estados dessas regiões. 
6.0 BIBLIOGRAFIA
CORMELATO, Fabiana. AS REPRESENTAÇÕES RUPESTRES DO ESTADO DE SANTA CATARINA, BRASIL. 2005. 15 p. Tese (Pós doutorado)- Escola de Belas Artes da UFBA , Santa Catarina, 2005. Disponível em: <http://www.revistaohun.ufba.br/pdf/Fabiana_Comerlato.pdf>. Acesso em: 14 out. 2017.
DARUI , Jonathan . Primeiros Habitantes de Santa Catarina. Disponível em: <https://primeiroshabitantesdesc.blogspot.com.br/>. Acesso em: 14 out. 2017.
DOMINGUES, Joelza. Sítios Arqueológicos no Brasil. Disponível em: <http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/s%C3%ADtios-arqueologicos-no-brasil>. Acesso em: 14 out. 2017.
Funari, Pedro Paulo; Noelli, Francisco Silva. Pré-História do Brasil. 4ed. São Paulo : Contexto, 2012
GIANINI, P. ET AL 20 10 Interações entre evolução sedimentar e ocupação humana pré-histórica na costa centro-sul de Santa Catarina, Brasil. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Cienc. Hum., Belém, v. 5, n. 1
GUIMARÃES, Maria . Os povos de Lagoa Santa. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2016/09/22/os-povos-de-lagoa-santa/>. Acesso em: 15 out. 2017.
INSTITUTO do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Disponível em: <http://www.iphan.gov.br/>. Acesso em: 14 out. 2017.
MUSEUS do Rio. Disponível em: <http://www.museusdorio.com.br/joomla/index.php>. Acesso em: 15 out. 2017
MUSEU Nacional. Disponível em: <http://www.museunacional.ufrj.br/>. Acesso em: 15 out. 2017.
MUSEU Paranaense. Disponível em: <http://www.museuparanaense.pr.gov.br>. Acesso em: 14 out. 2017.
PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações, 25. ed. – São Paulo : Contexto, 2011
PORTAL DAS MISSÕES. São João Batista Sítio Arqueológico - 6ª Redução Jesuítas. Disponível em: <http://portaldasmissoes.com.br/site/view/id/77/ruinas-sao-joao-batista-sitio-arqueologico---6%C2%AA-r.html>. Acesso em: 14 out. 2017
PREFEITURA de Itapeva. Disponível em: <http://www.itapeva.sp.gov.br/>. Acesso em: 14 out. 2017.
PREFEITURA municipal de São Nicolau: SÍTIO ARQUEOLÓGICO DA REDUÇÃO DE SÃO NICOLAU. Disponível em: <http://www.saonicolau.rs.gov.br/site/conteudos/1024-sitio-arqueologico-da-reducao-de-sao-nicolau>. Acesso em: 14 out. 2017.
PROUS, André. O Brasil antes dos brasileiros. A pré-história do nosso país. 2. ed. Jorge Zahar Editor: Rio de Janeiro, 2004
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