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Assistente FiscAl AdministrAção regionAl do senAc no estAdo de são PAulo Gerência de Desenvolvimento Sidney Zaganin Latorre Coordenação Técnica Andrea Cury Borges de Gouvêa Tonanni Apoio Técnico Patrícia Vivaldo dos Santos © Senac-SP 2006 Elaboração do material didático Alexandre Tertuliano da Costa Lenira Castelucci Joaquim Atualização Celso Felix de Souza Claudimir Gonçalves Dias Paulo Sebastião Calado Revisão Gramatical Rosane Friedrick Camara Edição e Produção Edições Jogo de Amarelinha Atualização: Virtual Diagramação Assistente FiscAl Julho / 2007 � Assistente Fiscal Senac São Paulo sUMÁRiO 1. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA / 5 2. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA / 8 3. TRIBUTOS / 10 4. FATO GERADOR / 12 5. BASE DE CÁLCULO / 14 6. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR / 15 7. CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS / 16 8. ANÁLISE E CONFERÊNCIA DE LANÇAMENTOS E DOCUMENTOS FISCAIS / 20 9. NOÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA E SUA APLICAÇÃO NOS SERVIÇOS DE FRETE / 22 10. REGIME TRIBUTÁRIO FEDERAL PIS E COFINS / 24 11. RETENÇÕES DE CONTRIBUIÇÕES FEDERAIS – 4,65% / 29 12. GUIA DE INFORMAÇÃO DO ISS – DES OU GIS / 33 13. DCTF – DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS FEDERAIS / 35 14. DACON – DEMONSTRATIVO DE APURAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS / 42 15. PER/DCOMP – PEDIDO ELETRÔNICO DE RESTITUIÇÃO, RESSARCIMENTO E COMPENSAÇÃO / 44 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS / 47 � Assistente Fiscal Senac São Paulo Para uma convivência em sociedade há a necessidade de normas e regras. Estas, uma vez documentadas, escritas e positivas, tornam-se matéria de Direito Objetivo. Na ramificação da ciência do Direito, dentro do segmento “Público” encontramos o “Di- reito Tributário” de onde extraímos os aspectos legais das questões relativas aos tributos. A Legislação Tributária compreende as leis, os tratados e as con- venções internacionais, os decretos e as normas complementares que versam, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídi- cas a eles pertinentes. (art. 96 da Lei 5.172/66 de 25/10/1966). Em contrapartida, devemos atentar para o fato de que o Estado, na qualidade de pessoa jurídica de poder público, tem entre um de seus objetivos, o de prestar serviços ao seu povo, como os de saúde, educação, moradia etc. Para tanto, necessita de receitas que possam viabilizar a prestação desses serviços. Uma das fontes destas receitas é justamente a arrecadação tributária. CAPÍTULO 1 LEGisLAçãO TRibUTáRiA Mas, o que aconteceria se o Estado, na qualidade de poder público, arrecadasse tributos de forma indiscriminada? Tente imaginar... � Assistente Fiscal Senac São Paulo A lei máxima de um país é a sua Constituição Federal – CF. A nossa possui artigos espe- cíficos que tratam da criação de leis, incluindo a legislação tributária, que regulamenta a arrecadação e a fiscalização de tributos. Observe a pirâmide... O que ela representa? CONSTITUIÇÃO FEDERAL ............................................................ EMENDAS À CONSTITUIÇÃO ................................ ........................... LEI COMPLEMENTAR ............................................... ......................... LEI ORDINÁRIA ......................................................... ...................... LEI DELEGADA ......................................................... .................... MEDIDAS PROVISÓRIAS........................................... ................. DECRETOS LEGISLATIVOS ...................................... ............... RESOLUÇÕES ........................................................... ............. Emendas à Constituição: Atos que alteram o texto original da constituição Federal. Lei Complementar: Complementa a Constituição Federal. É votada pelo Congresso Na- cional. Lei Ordinária: Instrumento formal através do qual se exercita a competência tributária. Aumenta ou extingue os tributos. Lei Delegada: Elaborada pelo Presidente da República sobre matérias específicas, objeto de delegação do Congresso Nacional. Medidas Provisórias: A CF/88 as criou em substituição ao Decreto – Lei. Têm força de Lei Ordinária. Com validade de 60 dias (podendo ser prorrogada uma única vez por igual período) para serem apreciadas pelo Congresso Nacional. Decretos Legislativos: São atos do Congresso Nacional para disciplinar matéria privativa do Congresso Nacional, tais como tratados internacionais. A mais recente Constituição Federal do Brasil foi promulgada em 5/10/1988. Veja a posição da Constituição Federal na hierarquia das leis: � Assistente Fiscal Senac São Paulo Resoluções: São atos privativos do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Congresso Nacional, que não necessitam de sanção presidencial. Uma lei é criada, elaborada, votada e sancionada de acordo com procedimento estabeleci- do. No caso, a legislação tributária considera competências tributárias da União, dos Esta- dos, dos Municípios e do Distrito Federal, que determinam a carga tributária que compete a cada um arrecadar. Para a aplicação correta da legislação tributária deve-se ainda considerar regras do Sistema Tributário Nacional. Para melhor entender, verifique os elementos deste Sistema: I. Lei II. Fato Gerador III. Sujeito Ativo IV. Sujeito Passivo V. Objeto O sujeito ativo no Sistema Tributário Nacional é o próprio Estado, a quem compete legis- lar, arrecadar e aplicar os recursos oriundos da arrecadação tributária. Podemos concluir, assim, que: Legislação Tributária é o conjunto de normas, legalmente estabelecidas pelo poder competente, atribuindo a criação e a arrecadação tributária para os fins a que se destina. � Assistente Fiscal Senac São Paulo Fig02 As competências tributárias, como vimos, são determinadas na Constituição Federal e con- sideram quatro entes, determinados pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal. Vamos, então, atentar a outros aspectos importantes sobre o tema. São vários, mas vamos apresentar os que nos interessam no momento: Competência Tributo União IPI/PIS/COFINS Estados ICMS Municípios ISS Distrito Federal Competência igual à dos Estados CAPÍTULO 2 COmPETênCiA TRibUTáRiA Você sabe quais os tributos que competem a cada ente? � Assistente Fiscal Senac São Paulo Outro fator importante a ser observado é que, ao se determinar competência, está se determinando limites, ou seja, restringe-se até onde se pode tributar. Por exemplo: é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional. Assim, podemos concluir que competência tributária é o ato constitucional em que se atribuiu a determinados entes de poder público o poder e o limite de tributar. Para saber mais sobre Competências Tributárias, consulte os artigos 153 a 156 da Constituição Federal. 10 Assistente Fiscal Senac São Paulo Impostos: o fato gerador ocorre independentemente de atividade estatal específica. Ex.: ICMS, IPI, ISS e IRPJ. Taxas: decorre da utilização do poder de polícia ou de serviços públicos. Ex.: asfalto, taxa de licença, custas e emolumentos judiciais. Contribuições: instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorre valo- rização imobiliária. Ex.: pavimentação e calçamento. CAPÍTULO 3 TRibUTOs 11 Assistente Fiscal Senac São Paulo Tributo Competência Característica Contribuinte ISS Municipal Indireto; Cumulativo. Prestador de Serviços. ICMS Estadual Indireto; Não cumulativo; seletivo e real. Compõem a sua própria base de cálculo. Comerciantes e todo aquele que pratica com habitualidade operações de circulação de mercadorias e a prestação de serviços de transportes interestaduais, intermunicipais e de comunicação. IPI Federal Indireto;Não Cumulativo; Seletivo e real. Industriais e Equiparados. PIS Federal Indireto; possui regimes diferentes de apuração. (Cumulativo, Não Cumulativo), (Monofásico e Substituição). Todas as pessoas jurídicas e as que lhe são equiparadas pela legislação. COFINS Federal Indireto; Possui regimes diferentes de apuração (Cumulativo, Não Cumulativo, Monofásico e Substituição). Todas as pessoas jurídicas e as que lhe são equiparadas pela legislação. IRPJ Federal Direto; possui regimes de apuração diferentes, tais como Lucro Real (podendo ser feita à apuração por estimativa) e Lucro Presumido. Todas as pessoas jurídicas e as que lhe são equiparadas pela legislação. CSLL Federal Direto; Possui regimes de apuração diferentes, tais como Lucro Real (podendo ser feita à apuração por estimativa) e Lucro Presumido. Todas as pessoas jurídicas e as que lhe são equiparadas pela legislação. Principais tributos que norteiam as atividades das empresas: 12 Assistente Fiscal Senac São Paulo Como já vimos, existe todo um procedimento para que haja a tributação. O Fato Gerador é de grande importância na relação tributária. Fato gerador é o momento em que nasce a obrigação tributária. Uma vez criada uma lei tributária, observados todos os ditames para a sua elaboração, é preciso que algo ocorra para que a norma que está no abstrato possa se materializar na vida fática. Este momento também não pode ser isolado de legislação e nem sofrer prejuízo de con- duta. Para tanto, deve ser expresso na própria legislação. Em outras palavras, o momento em que a tributação vai acontecer deve ser previsto le- galmente, ou seja, deve existir o momento do fato gerador previsto em lei. Tal momento determinará a incidência tributária. Assim, fato gerador é a ação que, quando praticada, provocará a tributação. Não é uma ação qualquer, é aquela prevista na lei do tributo que a mencionar. Com isto, vale esclarecer que todo tributo terá o seu fato gerador. Ou seja: a ação, quando praticada, determinará a incidência tributária. CAPÍTULO 4 FATO GERADOR 13 Assistente Fiscal Senac São Paulo Temos dois fatos geradores específicos no Código Tributário Nacional – CTN: • Da obrigação principal: situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência (art. 114 do CTN). Ex.: recolhimento de imposto. • Da obrigação acessória: qualquer situação que, na forma da legislação, impõe a prática ou abstenção de ato que não configure obrigação principal (art. 115 CTN). Ex.: Declaração de Débito e Crédito de Tributos Federais – DCTF, escri- turação de livros. 1� Assistente Fiscal Senac São Paulo Base de calculo é o valor sobre o qual será aplicada a alíquota do respectivo tributo, aten- dendo-se as exigências legais. CAPÍTULO 5 bAsE DE CáLCULO As alíquotas existem para garantir o princípio de tributar segundo a capacidade econômica de cada contribuinte. 1� Assistente Fiscal Senac São Paulo Situações Tributárias Incidência: Ocorre quando no fato descrito pela lei estão presentes os pressupostos ne- cessários para gerar o nascimento da obrigação tributária. Não incidência: São todos os fatos que ocorrem fora do campo da incidência dentro do ordenamento jurídico tributário. Isenção: Dispensa legal de pagamento do tributo por disposição definida em lei. Suspensão: Deixar de cobrar o tributo por determinado período. Diferimento: Postergar, adiar o pagamento do tributo; melhor dizendo: é a transferência do momento de ocorrência do fato gerador. Imunidade: Decorre de previsão constitucional (art. 150 CF). Limitações ao poder de Tributar Princípios Constitucionais: Fundamentados na Constituição Federal (CF), nos artigos 150 e 151. Princípio da Isonomia: Todos possuem tratamento igual perante a Lei (artigo 150 II CF). Princípio da Legalidade: É proibido exigir ou aumentar tributo sem que a lei estabeleça (art. 150 CF). Princípio da Anterioridade: Não é permitido cobrar tributo no mesmo exercício finan- ceiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (art. 150 III, b CF). Princípio da Irretroatividade: É proibido cobrar impostos antes da vigência da lei (art. 150 III CF). Princípio da Imunidade: Trata da impossibilidade de tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios (art. 151 CF). CAPÍTULO 6 siTUAçÕEs E LimiTAçÕEs AO PODER DE TRibUTAR 1� Assistente Fiscal Senac São Paulo Depende do ponto de vista: • Se do Estado, diremos que créditos tributários são aqueles em que pesem ao contri- buinte o dever de recolher. Logo o crédito tributário para o Estado é o Débito ou o Saldo Devedor para o contribuinte. • Se do contribuinte, diremos que créditos tributários são os valores que expressam a redução do tributo a pagar. É possível, que o crédito tributário do contribuinte seja superior ao valor a pagar, gerando Saldo Credor ou Tributos a Recuperar. CAPÍTULO 7 CRéDiTOs TRibUTáRiOs O que são créditos tributários? 1� Assistente Fiscal Senac São Paulo Para que um determinado tributo gere um crédito tributário é necessário que ele seja de natureza não cumulativa como é o caso do ICMS, IPI , PIS e da COFINS recolhidos nesta modalidade. Já o ISS por exemplo é um tributo de natureza cumulativa, portanto, não gera créditos tributários. Se o tributo for de natureza cumulativa o contribuinte terá a seu favor um imposto a ser restituído ou ressarcido. Todavia, precisamos verificar se o tributo poderá gerar um crédito. Vejamos algumas situações de crédito do ICMS: a) as entradas de mercadorias que gerem posterior saída tributada; b) lançamento de crédito efetuado mediante a primeira via da nota fiscal; c) a nota fiscal considerada um documento fiscal idôneo; d) a nota fiscal deverá ainda ter sido emitida por um contribuinte em situação regular, sob o risco de glosa do crédito. Portanto, não basta o tributo ser compensável, deve-se ainda seguir outras formalidades para ter garantido o direito a determinado crédito. Estando o crédito seguro e documentado, o mesmo poderá ser objeto de compensação, de forma a reduzir o valor a pagar, e até mesmo evitar o pagamento do imposto. Com isso verificamos que o crédito está sempre vinculado a uma operação futura tributa- da, de outra maneira não poderíamos falar de compensação. No caso do ICMS existe ainda os “Créditos Acumulados” que poderão, em alguns casos, serem menores que o saldo credor. Será que todos os tributos geram créditos tributários? Mas e se um contribuinte recolher um imposto maior do que o devido, não terá um crédito tributário a seu favor? Vamos fazer uma breve análise no ICMS? 1� Assistente Fiscal Senac São Paulo O RICMS/SP determina que será considerado crédito acumulado aquele que resultar de: I. aplicação de alíquotas diversificadas em operações de entrada e de saída de mercado- ria ou em serviço tomado ou prestado; II. operação ou prestação efetuada com redução de base de cálculo; III. operação ou prestação realizada sem o pagamento do imposto, tais como isenção ou não incidência com manutenção de crédito, ou, ainda, abrangida pelo regime jurídico da substituição tributária com retenção antecipada do imposto ou do diferimento. Com isto, vemos que as transferências de créditos que têm previsão legal são as de Crédi- tos Acumulados, previstas no RICMS/SP. Sabe-se que uma empresa pode ter créditos básicos do ICMS, IPI, PIS e COFINS no caso de apuração não cumulativa. Porém... A resposta deve considerar alguns requisitos: a) verificar a legislação vigente para aquele tributo específico; b) observar a finalidade da aquisição, da compra ou da despesa; c) todo crédito, via de regra,virá por uma entrada (compra, aquisição ou despesa). Existem regras estabelecidas na legislação, porém devemos observar a situação específica para cada empresa para avaliarmos a possibilidade de seus créditos. Vejamos, por exemplo, no caso de compra de mercadoria para revenda, pois tal aquisição gera crédito do ICMS, do PIS e da COFINS. Contudo, não necessariamente, aquela mercadoria que seria destinada à revenda em uma empresa terá o mesmo fim em outra empresa. Dessa forma, a observação da legislação se fará à luz da atividade da empresa. Como definir os créditos a que uma empresa terá direito? 1� Assistente Fiscal Senac São Paulo Vejamos a classificação dos materiais do ponto de vista fiscal. Tomemos como exemplo uma confecção: Geram créditos Não geram créditos Ativo fixo: É o maquinário da empresa, utilizado para transfor- mar e/ou guardar os produtos. Ex.: Maquinas de costura. Matéria-prima: É o elemento que sofrerá transformação ou agre- gação para o surgimento de outro bem diferente. Ex.:Tecido. Insumo: É o material que agrega o produto final, mas que não sofre transformação. Ex.: botões. Embalagem: É o material que auxilia na apresentação do produ- to final, isto é, embala o produto acabado. Ex.: caixas Material intermediário: É o material que não compõem o produto final, mas auxilia na transformação da matéria-prima em produto acabado. Ex.: agulhas de maquina de costura. Material de uso e consumo: É aquele utilizado na empresa, muitas vezes essen- cial, mas que não faz parte do produto final (acaba- do). Ex.: material de limpeza. Todos os materiais podem ser creditados? 20 Assistente Fiscal Senac São Paulo Deve ser feita sobre os lançamentos fiscais, à luz da legislação tributária, observada a ativi- dade da empresa. Os aspectos principais a serem observados são: • Escrituração de todos os documentos, observando os livros de entradas, saídas, pres- tação de serviços etc.; • Escrituração fiscal e encadernação dentro do prazo; • Escrituração com a exata expressão do documento fiscal; • Verificação da idoneidade do documento escriturado. CAPÍTULO 8 AnáLisE E COnFERênCiA DE LAnçAmEnTOs E DOCUmEnTOs FisCAis Como deve ser feita a conferência de lançamentos e documentos fiscais? 21 Assistente Fiscal Senac São Paulo Também devemos observar se todas as informações dos documentos fiscais: • estão preenchidas de forma correta; • expressam a realidade ocorrida; • são claras e precisas; • guardam consonância entre as suas próprias informações. Exemplo: na nota fiscal cujo remetente esteja em São Paulo e o destinatário na mesma Unidade da Federação, ve- rificar se o CFOP expressa que é uma saída interna. Os documentos fiscais devem apresentar conteúdo e forma específicos aos previstos legal- mente. Uma análise pormenorizada deve ser realizada, além do exemplo citado. 22 Assistente Fiscal Senac São Paulo Via de regra, o ICMS deve ser recolhido pelo próprio contribuinte. Uma das exceções é a substituição tributária. Trata-se do ato em que um contribuinte substitui outro como sujeito passivo no recolhi- mento do imposto. As principais características da substituição tributária são: • Antecipar o valor do imposto; • Facilitar a fiscalização. Embora a substituição tributária exista em outros tributos, no caso do ICMS temos opera- ções e mercadorias sujeitas a este regime, conforme o RICMS. Exemplo: operações com sorvete, refrigerante, cerveja e veículos. CAPÍTULO 9 nOçÕEs DE sUbsTiTUiçãO TRibUTáRiA E sUA APLiCAçãO nOs sERviçOs DE FRETE 23 Assistente Fiscal Senac São Paulo As prestações de serviços de transportes: esse também é um exemplo. Neste caso, o RICMS aponta duas situações possíveis: Requisito determinado Prestador do serviço de transporte Responsável pelo Recolhimento do ICMS 1. Início em território paulista. Autônomo ou transportadora fora do estado de São Paulo não inscrita neste estado. O tomador do serviço desde que contribuinte deste estado. 2. O tomador para ser substituto deve ser o remetente ou o desti- natário da mercadoria. Transportadora estabelecida em território paulista (exceto ME e EPP). Tomador do serviço estabelecido neste estado e contribuinte. 2� Assistente Fiscal Senac São Paulo Nas decisões tributárias da empresa os tributos federais são de grande peso, exigindo que se tenha uma perfeita análise de suas implicações. Os regimes tributários federais integram as apurações de tributos diretos e indiretos. Especificamente vamos relatar os casos de PIS e COFINS com relação a apuração do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Uma providência que deve ser tomada na hora de optar por uma das formas de recolhi- mento do IR é verificar o nível de lucratividade em relação à receita bruta. Essa conta pode ser o primeiro passo para se decidir entre o lucro presumido e o real. Regime do Lucro Real A empresa paga o Imposto de Renda sobre o lucro apurado nos seus balanços. Dentro do lucro real, as opções são: lucro real trimestral ou lucro real anual. No lucro real trimestral, a empresa faz o balanço de três em três meses. No lucro real anual, o balanço contábil considerado é o ano-calendário de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Regime do Lucro Presumido É muito utilizado por ser considerado mais simples e também exigir menos documentação. Recebe o nome de “presumido” exatamente porque nesse regime o Imposto de Renda não é calculado sobre o lucro efetivo. Tanto o IR como a CSLL são calculados sobre uma base presumida de lucro. O cálculo é feito em períodos trimestrais, que se encerram em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro. CAPÍTULO 10 REGimE TRibUTáRiO FEDERAL Pis E COFins Que opções existem para recolhimento do IRPJ e da CSLL? 2� Assistente Fiscal Senac São Paulo A regra geral determina que a base de cálculo para o IR seja de 8% da receita bruta. A esse valor são feitas adições e exclusões, conforme previsão legal. O resultado é o lucro presumido, sobre o qual será aplicado o IR. O imposto tem 15% de alíquota básica e 10% de alíquota adicional. Somente sobre o valor acima de R$ 60 mil, no trimestre, é pago o adicional de IR de 10%. Observe que no Lucro Presumido o cálculo do IR tem sua base alterada conforme a atividade. Entre as situações vetadas, destacam-se: • Tiveram receita bruta superior a R$ 24 milhões no ano-calendário anterior; • Tiveram atividades de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de de- senvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investi- mento, entre outras do setor financeiro; • Autorizadas pela legislação tributária que queiram aproveitar benefícios fiscais re- lativos à isenção ou redução do IR; • Tenham lucros, rendimentos ou ganhos de capital do exterior; • Tenham reduzido ou suspendido o pagamento do imposto durante o ano-calendá- rio, inclusive efetuado pagamentos por estimativa; • Explorem atividade de prestação de serviço cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, administração de contas a pagar e a receber, entre outras. A questão é simples: no presumido, indústria e comércio pagam, regra geral, IR de 25% sobre 8% da receita bruta. Isso, considerando a alíquota básica mais a adicional. Ou seja, presume-se que o lucro da empresa tenha sido de 8% da receita. Um percentual consi- derado atualmente pelo mercado como uma relação lucro/receita invejável. Portanto, se a empresa for muito lucrativa, com ganhos efetivos acima de 8% da receita, há uma boa possibilidade de que o lucro presumido seja a melhor escolha. Nem toda empresa pode optar pelo Lucro Presumido.2� Assistente Fiscal Senac São Paulo Se os lucros forem menores que 8% da receita, o lucro real deverá ser estudado com cuidado. É bom lembrar que, ao fazer o cálculo, a empresa deve levar em consideração a cobrança da CSLL. No presumido, ela é calculada em 9% sobre os 12% da receita bruta. Regime do Lucro Arbitrado Ocorre quando a fiscalização da Receita Federal identificar na empresa, irregularidades em relação à opção, recolhimento e procedimentos contábeis/fiscais. Por exemplo, quando: • a empresa obrigada ao lucro real não estiver em dia ou em ordem com a escrituração; • a documentação contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem insuficiente para verificar o lucro da empresa; • a opção for indevida pelo lucro presumido. PIS e COFINS O PIS e a COFINS são tributos de competência federal, conforme artigo 149 e 195 da Constituição Federal. Vejamos, então, o significado das siglas que denominam as contribuições que são objeto de nosso estudo: • PIS - Programa de Integração Social; • PASEP - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público; • COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. A contribuição para o PIS foi instituida pela Lei Complementar nº 7, de 07 de setembro de 1970. Já a contribuição para o PASEP foi instituída pela Lei Complementar nº 8 de 03 de dezembro de 1970. A unificação “PIS/PASEP” se deu pela Lei Complementar nº 26, de 11 de setembro de 1975, e a partir de então são tratados como uma única contribuição. Após a Constituição Federal de 1988, tais contribuições, uma vez mantidas, passaram a financiar o seguro-desemprego, programas de desenvolvimento econômico (através do BNDES) e o benefício de abono anual para empregados de baixa renda. Já a COFINS foi instituída pela Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991. 2� Assistente Fiscal Senac São Paulo Vale frisar que, historicamente, essas contribuições passaram por diversas modificações legislativas, o que tem sido motivo de um considerado número de lides em discussões judiciárias. Existem PIS e COFINS nas modalidades cumulativa e não cumulativa, que se destinam à contribuintes específicos. Outros são aqueles que se obrigam a substituição tributária e ainda outros a tributação monofásica. • PIS e COFINS substituição tributária; • PIS e COFINS monofásico; • PIS e COFINS cumulativo; • PIS e COFINS não cumulativo. Vamos observar o quadro a seguir: Regime Tributário Apuração dos tributos Lucro Real • IRPJ apurado sob o efetivo resultado, quando este for lucro • CSLL idem ao IRPJ • PIS apurado na forma não cumulativa, com créditos fiscais e alíquota de 1,65% • COFINS apurado na forma não cumulativa, com créditos fiscais e alíquota de 7,6% Lucro Presumido • IRPJ apurado sob uma estimativa do resultado • CSLL, idem ao IRPJ • PIS apurado na forma cumulativa, sem créditos fiscais e alíquota de 0,65% • COFINS apurado na forma cumulativa, sem créditos fiscais e alíquota de 3% Simples Federal • Todos os tributos apurados de uma única vez através de um único percentual, conforme legislação especifica 2� Assistente Fiscal Senac São Paulo • As Receitas de Variações Cambiais são tributáveis ao PIS, COFINS, IRPJ e CSLL! • A tributação em regra é pela REALIZAÇÃO! • É opção do contribuinte tributar pela PROVISÃO! • A opção da tributação deverá ser aplicada em todo o ano-calendário e para o PIS, COFINS, IRPJ e CSLL! É importante estarmos atentos à legislação tributária federal, para não incorrer em aplicações que se contradizem, bem como atendermos às obrigações acessórias e seus respectivos prazos. ATENÇÃO 2� Assistente Fiscal Senac São Paulo A Secretaria da Receita Federal (SRF), determinou, através de Instrução Normativa, que a partir do mês de fevereiro de 2004, os pagamentos que fossem efetuados pelos serviços contratados, dentro da lista específica, estariam sujeitos à retenção de 4,65%, sendo, 1% de CSLL, 3% de COFINS e 0,65% de PIS. • Estão sujeitos à retenção os serviços de limpeza, conservação, manutenção, segu- rança, vigilância, transporte de valores e locação de mão-de-obra, assessoria cre- ditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber. Os serviços profissionais a seguir relacionados, também estão sujeitos à retenção dos 4,65% previstos no Regulamento do Imposto de Renda (RIR): 1. administração de bens ou negócios em geral (exceto consórcios ou fundos mútuos para aquisição de bens) 2. advocacia 3. análise clínica laboratorial 4. análises técnicas 5. arquitetura 6. assessoria e consultoria técnica (exceto serviço de assistência técnica prestado a terceiros e concernente a ramo de indústria ou comércio explorado pelo prestador do serviço) 7. assistência social 8. auditoria CAPÍTULO 11 RETEnçÕEs DE COnTRibUiçÕEs FEDERAis – 4,65% ATENÇÃO 30 Assistente Fiscal Senac São Paulo 9. avaliação e perícia 10. biologia e biomedicina 11. cálculo em geral 12. consultoria 13. contabilidade 14. desenho técnico 15. economia 16. elaboração de projetos 17. engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas) 18. ensino e treinamento 19. estatística 20. fisioterapia 21. fonoaudiologia 22. geologia 23. leilão 24. medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde, casa de recuperação ou repouso sob orientação médica, hospital e pronto-socorro) 25. nutricionismo e dietética 26. odontologia 27. organização de feiras de amostras, congressos seminários, simpósios e congêneres 28. pesquisa em geral 29. planejamento 30. programação 31. prótese 32. psicologia e psicanálise 33. química 34. radiologia e radioterapia 35. relações públicas 36. serviço de despachante 37. terapêutica ocupacional 38. tradução ou interpretação comercial 39. urbanismo 40. veterinária 31 Assistente Fiscal Senac São Paulo A contabilização dessas retenções deverá ocorrer separadamente à parcela de cada tributo a que se refere (1% CSLL, 3% COFINS e 0,65% PIS), para que seja compensado com os respectivos tributos apurados pela empresa que sofreu a retenção. A retenção ou a compensação não depende do regime tributário das empresas envolvidas (prestador e prestadora). O fato gerador é o pagamento pelos serviços profissionais des- critos na Instrução Normativa da SRF . Cabe salientar que a prestação de serviço por uma pessoa física não está sujeita a essa retenção. O período de apuração dessas retenções é mensal e os valores de serviços prestados por Pessoa Jurídica até R$ 5.000,00 (cinco mil reais) não sofrem retenção; no entanto, deve-se observar que durante o mês a soma de serviços pagos a um mesmo prestador ultrapassar esse limite, deve-se aplicar a retenção e descontar no valor final a ser pago. Exemplos de valores pagos ao mesmo prestador de serviço: 1. Não há retenção: Período Valor do Serviço Retenções Valor líquido a pagar 1ª. quinzena R$ 3.000,00 0 R$ 3.000,00 2ª. quinzena R$ 1.500,00 0 R$ 1.500,00 Total do mês R$ 4.500,00 Não haverá retenção R$ 4.500,00 2. Com retenção: Período Valor do Serviço Retenções Valor líquido a pagar 1ª. quinzena R$ 3.000,00 0 R$ 3.000,00 2ª. quinzena R$ 4.000,00 Com retenção, sendo a base de calculo, igual ao valor acumulado no mês (R$ 7.000,00). Valor da retenção R$ 325,50 R$ 3.674,50 Total do mês R$ 7.000,00 R$ 325,50 R$ 6.674,50 As retenções dos tributos federais de 4,65% devem ser recolhidas até o dia 20 do mês subseqüente ao período de apuração. 32 Assistente Fiscal Senac São Paulo Nos casos de retenções sobre o valor total dos 4,65%, deve constar no DARF o código de receita 5952.Caso uma empresa seja beneficiária de isenção ou de alíquota zero, a retenção deverá ser efetuada para os demais tributos. Por exemplo: se uma empresa é isenta da COFINS, ela sofrerá a retenção do PIS e da CSLL, totalizando 1,65%. Nesse caso, deverão ser recolhidas separadamente as retenções, utilizando os seguintes códigos: 5987 – CSLL 5960 – COFINS 5979 – PIS/Pasep As pessoas jurídicas que efetuarem essas retenções devem fornecer, até o dia 28 de feve- reiro do ano subseqüente, um “informe de retenções” semelhante ao informe de rendi- mento que hoje já existe em relação ao IRRF para as empresas em que se aplicaram tais retenções. Também, na mesma data, as retentoras deverão informar na DIRF (Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte) os valores retidos, discriminando mensalmente o somatório dos valores pagos e o total retido, por contribuinte e por código de recolhimento. Haverá retenções das contribuições em valores inferiores a R$ 10,00, porem não poderão ser recolhidas em DARF; nesse caso, estas retenções devem ser acumuladas até atingirem este limite. O ideal é que a prestadora destaque, na nota fiscal ou recibo, os valores discriminados por contribuição das retenções, porem, não obrigatoriamente precisam estar destacadas. O fato das retenções estarem ou não destacadas na nota fiscal, não desobriga o recolhi- mento, pois a obrigatoriedade de fazer a retenção é sempre do contratante (tomador do serviço). ATENÇÃO NO RECOLHIMENTO DAS RETENÇÕES! 33 Assistente Fiscal Senac São Paulo Até pouco tempo atrás, muitos municípios não dispunham de controles informatizados a respeito das apurações efetuadas pelos seus contribuintes, razão pela qual instituíram uma declaração, com o objetivo inclusive de, no futuro, informatizarem os livros fiscais num regime “on line”. Em alguns municípios, como São Paulo, por exemplo, esta declaração se chama Declara- ção Eletrônica de Serviço (DES) mas em outros municípios ela terá nomes diferentes, como GIS (Guia de Informação de Serviços, preenchida manualmente ou à máquina), entre outros; porém, terão sempre o mesmo objetivo. Contudo, este quadro está mudando, sendo exigida a apresentação de informações não apenas dos serviços prestados, mas também dos serviços contratados. Vejamos quais as principais solicitações efetuadas na GIS: • Informações Gerais • Qualificação • Identificação • Códigos • Nome ou Razão Social • Nome fantasia • Endereço • Telefone • Fax • E-mail CAPÍTULO 12 GUiA DE inFORmAçãO DO iss – DEs OU Gis 3� Assistente Fiscal Senac São Paulo • Dados Fiscais • Incidência • Regime • Notas Fiscais Emitidas • Regimes Especiais • Isenção • Dedução • Bilhetes de Diversão Pública • Documentos relativos a Serviços Tomados • Resumo • DAMR – Documento de Arrecadação do município local • Opções da Barra de Menu • Arquivo • Declaração – Própria declaração preenchida • Exportação de dados (facultado aos softwares internos da empresa – há ver- sões em que este item não é possível) • Importação de dados (facultado aos softwares internos da empresa – há ver- sões em que este item não é possível) • Relatórios 3� Assistente Fiscal Senac São Paulo A DCTF deve ser apresentada por contribuinte pessoa jurídica (PJ) ou a ela equiparada, na forma da legislação pertinente, para prestar informações relativas aos valores devidos dos seguintes tributos e contribuições federais (débitos), e os respectivos valores utilizados para sua quitação (créditos): I - Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ); II - Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF); III - Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); IV - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF); V - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); VI - Contribuição para o Programa de Integração Social e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep); VII - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); VIII - Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Crédi- tos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF); IX - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustível) in- cidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool etílico combustível; X - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Remessa) destina- da a financiar o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação. CAPÍTULO 13 DCTF – DECLARAçãO DE DébiTOs E CRéDiTOs TRibUTáRiOs FEDERAis 3� Assistente Fiscal Senac São Paulo • Os débitos do IPI e da Cide-Combustível deverão ser informados, por estabeleci- mento, na DCTF apresentada pela matriz. • Na DCTF, não devem ser informados os valores de impostos e contribuições exi- gidos em lançamento de ofício. Assistência Técnica aos Declarantes Nas unidades da SRF há o Plantão Fiscal que presta, aos declarantes, pessoalmente, assis- tência técnica sob a forma de esclarecimentos e orientações. • A DCTF apresentada com periodicidade diversa da 1ª declaração entregue relativa ao mesmo ano-calendário não produzirá efeitos legais. • Os fundos de investimento imobiliário que aplicarem recursos em empreendimento imobiliário que tenha como incorporador, construtor ou sócio, cotista que possua, isoladamente ou em conjunto com pessoa a ele ligada, mais de vinte e cinco por cento das quotas do Fundo (Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, art. 2º), por estarem sujeitos à tributação aplicável às demais pessoas jurídicas, devem apresentar DCTF com o número de inscrição no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas (CNPJ) próprio, vedada sua inclusão na declaração da administradora (AD SRF nº 002, de 07 de janeiro de 2000). • As pessoas jurídicas não enquadradas na obrigatoriedade poderão optar pela en- trega mensal. A opção será exercida mediante entrega da DCTF relativa ao mês de janeiro, sendo definitiva e irretratável por todo o ano-calendário. ATENÇÃO ATENÇÃO 3� Assistente Fiscal Senac São Paulo Não devem apresentar a DCTF Não se caracterizam como pessoa jurídica e, portanto, não apresentam a DCTF, ainda que se encontrem inscritas no CNPJ, ou que tenham seus atos constitutivos registrados em Cartório ou Juntas Comerciais: a) o consórcio constituído na forma dos arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; b) a pessoa física que, individualmente, preste serviço profissional, mesmo quando pos- sua estabelecimento em que desenvolva suas atividades e empregue auxiliares; c) a pessoa física que explore, individualmente, contratos de empreitada unicamente de mão-de-obra, sem o concurso de profissionais qualificados ou especializados; d) a pessoa física que, individualmente, seja receptora de apostas da Loteria Esportiva e da Loteria de Números (Loto, Sena, Megasena etc.), credenciada pela Caixa Econômica Federal, ainda que, para atender exigência do órgão credenciado, esteja registrada como pessoa jurídica, desde que não explore, no mesmo local, atividade comercial; e) o condomínio edifício; f) os fundos em condomínio e clubes de investimento, exceto o fundo de investi- mento imobiliário de que trata o art. 2º da Lei nº. 9.779, de 1999; g) a sociedade em conta de participação (SCP). Quem está dispensado de apresentar a DCTF I. As microempresas e empresas de pequeno porte enquadradas no regime do Siste- ma Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples), relativamente aos trimestres abrangidos por esse sistema. 3� AssistenteFiscal Senac São Paulo • As pessoas jurídicas excluídas do Simples ficarão obrigadas à apresentação da DCTF, a partir, inclusive, do semestre que compreender o mês em que a exclusão surtir seus efeitos, mas não deverão incluir na declaração os valores apurados no regime do Simples. II. As pessoas jurídicas imunes e isentas, cujo valor mensal de impostos e contribuições a declarar na DCTF seja inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). • Quando o limite mensal é ultrapassado, o contribuinte fica obrigado à apresenta- ção da DCTF a partir do mês ou semestre do evento, inclusive, permanecendo essa obrigatoriedade até a declaração correspondente ao último semestre do respectivo ano-calendário. • Quando a imunidade ou isenção tiver sido suspensa ou revogada, o contribuinte fica obrigado à apresentação da DCTF, segundo as mesmas regras previstas para as pessoas jurídicas em geral, a partir do semestre do evento, inclusive. III. As pessoas jurídicas que se mantiveram inativas desde o início do ano-calendário a que se referirem as DCTF, relativamente às declarações correspondentes aos trimestres em que se mantiverem inativas. ATENÇÃO OBSERVE 3� Assistente Fiscal Senac São Paulo • A partir do mês em que a pessoa jurídica efetuar alguma atividade operacional, não-operacional, financeira ou patrimonial, fica obrigada à apresentação da DCTF do semestre, permanecendo essa obrigatoriedade até a declara- ção correspondente ao último semestre do respectivo ano-calendário. • A pessoa jurídica que passar à condição de inativa no curso do ano-calendário somente estará dispensada da apresentação da DCTF a partir da de- claração correspondente ao 1º semestre do ano-calendário subseqüente. IV. Os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas. V. Os fundos de condomínio e os clubes de investimento que não se enquadrem no dis- posto no artigo 2º da Lei nº. 9.779/1999. Forma de Apresentação e Assinatura Digital A DCTF deve ser elaborada mediante a utilização de programas geradores de declara- ção, que estarão disponíveis no endereço eletrônico da Secretaria da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br). O programa gerador da DCTF contém todas as instruções para a sua operacionalização e o seu preenchimento. Para entregar a DCTF pela Internet, a pessoa jurídica deve utilizar o programa Receitanet, versão atualizada do período, disponível no endereço eletrônico da Receita Federal (www. receita.fazenda.gov.br). • Para transmissão da DCTF, inclusive nos casos de extinção, incorporação, fusão, cisão parcial ou cisão total, é obrigatória a assinatura digital da declaração mediante utilização de certificado digital válido. • Excepcionalmente, para transmissão da DCTF semestral, é opcional a utilização de certificado digital. ATENÇÃO ATENÇÃO �0 Assistente Fiscal Senac São Paulo Prazo de Entrega Para as empresas sujeitas à apresentação mensal, a DCTF deverá ser transmitida pela in- ternet até o 5º dia útil do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores dos impostos e das contribuições declaradas. Em se tratando de contribuintes sujeitos à apresentação da declaração semestral, a en- trega será feita até: a) o 5º dia útil do mês de outubro de cada ano-calendário, no caso de DCTF relativa ao 1º semestre; b) o 5º dia útil do mês de abril de cada ano-calendário, no caso de DCTF relativa ao 2º semestre do ano-calendário anterior. • A DCTF referente ao período, em que ocorrer o início de atividades da pessoa jurídica deve conter os dados referentes aos tributos e contribuições, cujos fatos geradores ocorreram no período compreendido entre a data deste evento e o término do mês ou semestre. Simples – Empresas enquadradas no sistema A pessoa jurídica que passar a se enquadrar no regime do Simples a partir de 1º de janeiro do ano-calendário deve apresentar a DCTF referente ao 2º semestre do ano-calendário anterior. Atraso na entrega A não entrega ou a entrega fora do prazo estabelecido sujeita o contribuinte às penalidades cabiveis. Declaração Retificadora A DCTF pode ser retificada mediante apresentação de DCTF Retificadora, que deve ser elaborada com observância das normas estabelecidas para a DCTF original (reti- ficada), devendo dela constar não somente as retificações, mas todas as informações que a compõem. ATENÇÃO �1 Assistente Fiscal Senac São Paulo • A DCTF retificadora deve ser transmitida pela Internet, por meio do programa Receitanet, disponível no endereço (www.receita.fazenda.gov.br). • Não será aceita a retificação que tenha por objeto alterar os débitos relativos a tri- butos e contribuições: a) cujos saldos a pagar já tenham sido enviados à Procuradoria da Fazenda Na- cional para inscrição como Dívida Ativa da União, nos casos em que o pleito importe alteração desse saldo; b) em relação ao sujeito passivo que tenha sido intimado do início de procedi- mento fiscal. ATENÇÃO �2 Assistente Fiscal Senac São Paulo Conceito O Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon) visa permitir que os con- tribuintes gerem os demonstrativos trimestrais de PIS/Pasep e Cofins não-cumulativos, para transmissão à SRF, cumprindo sua obrigação acessória de prestar esclarecimento so- bre a apuração dos créditos para essas contribuições. Estão dispensadas da apresentação do Dacon: a) as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Sistema Integra- do de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples), relativamente aos períodos abrangidos por esse sistema; b) as pessoas jurídicas imunes e isentas do imposto de renda, cujo valor mensal das contribuições a serem informadas no Dacon seja inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais); c) as pessoas jurídicas que se mantiveram inativas desde o início do ano-calendário a que se refira os Dacon, relativamente aos demonstrativos correspondentes aos períodos em que se encontravam nesta condição; d) os órgãos públicos, as autarquias e as fundações públicas; e) os consórcios constituídos na forma dos artigos 278 e 279 da Lei nº 6.404/76; CAPÍTULO 14 DACOn – DEmOnsTRATivO DE APURAçãO DE COnTRibUiçÕEs sOCiAis �3 Assistente Fiscal Senac São Paulo f) os fundos em condomínio e os clubes de investimento que não se enquadrem no disposto no artigo 2º da Lei nº 9.779/99; e g) os condomínios edilícios. O Dacon deve ser entregue de forma centralizada, pela matriz. Local e prazo de entrega O Dacon deverá ser apresentado: 1. pelas pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, nos regimes cumulativo e não-cumulativo, inclusive aquelas que apuram a Contribuição para o PIS/Pasep com base na folha de salários, deverão apresentar o Dacon Mensal, de forma centralizada pelo estabelecimento matriz, caso esta seja a periodicidade de entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), até o quinto dia útil do segundo mês subseqüente ao mês de referência; 2. pelas demais pessoas jurídicas: a) até o quinto dia útil do mês de outubro de cada ano-calendário, no caso de Dacon relativo ao primeiro semestreç e b) até o quinto dia útil do mês de abril de cada ano-calendário, no caso de Dacon rela- tivo ao segundo semestre do ano-calendário anterior. Obs. 1: Excepcionalmente, em relação ao ano-calendário de 2006, a obrigatoriedade de entrega do Dacon, nos prazos estabelecidos nos itens 1 e 2 deste artigo, vigorará a partir do período em que os respectivos programas geradores forem disponibilizados. Obs. 2: No caso de extinção, incorporação, fusão, cisão parcial ou cisão total, o Dacon de- verá ser apresentado pela pessoa jurídica extinta,incorporada, incorporadora, fusionada ou cindida o último dia útil do mês subseqüente ao do evento, observada a excepcionali- dade do § 1º deste artigo. Obs. 3: A obrigatoriedade de entrega do Dacon, na forma “b”, não se aplica à incorpora- dora nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento. Para entregar o Dacon pela internet, a pessoa jurídica deve utilizar o programa Receitanet, disponível no endereço www.receita.fazenda.gov.br. �� Assistente Fiscal Senac São Paulo O sujeito passivo que apurar crédito relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, e que desejar utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos aos tributos e contribuições admi- nistrados pela Secretaria da Receita Federal ou ser restituído ou ressarcido desses valores deverá encaminhar à Secretaria da Receita Federal, respectivamente, Declaração de Com- pensação, Pedido Eletrônico de Restituição ou Pedido Eletrônico de Ressarcimento gerado a partir do Programa PER/DCOMP, de acordo com a própria Instrução Normativa da SRF, nas seguintes hipóteses: Poderão ser objeto de pedido de restituição os créditos decorrentes de qualquer tributo ou contribuição, seja qual for a modalidade de seu pagamento, nos seguintes casos: • Cobrança ou pagamento espontâneo, indevido ou a maior que o devido; • Erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer do- cumento relativo ao pagamento; • Reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. As restituições em espécie, de quantias pagas ou recolhidas indevidamente ou em valor maior que o devido, a título de tributo ou contribuição administrado pela SRF, nas hi- póteses relacionadas acima, serão efetuadas a pedido do contribuinte, apresentado no formulário “Pedido de Restituição”, à unidade da Secretaria da Receita Federal de seu domicílio fiscal, acompanhado dos comprovantes do pagamento ou recolhimento e de demonstrativo dos cálculos. CAPÍTULO 15 PER/DCOmP – PEDiDO ELETRÔniCO DE REsTiTUiçãO, REssARCimEnTO E COmPEnsAçãO Pedidos de restituição �� Assistente Fiscal Senac São Paulo Poderão ser objeto de ressarcimento, sob a forma de compensação com débitos do IPI, da mesma pessoa jurídica, relativos às operações no mercado interno, os créditos decor- rentes de estímulos fiscais na área do IPI, inclusive os relativos a matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem adquiridos para emprego na industrialização de produtos imunes, isentos e tributados à alíquota zero, para os quais tenham sido assegura- das a manutenção e a utilização. O ressarcimento será efetuado, inicialmente, mediante compensação com débitos do IPI relativos a operações internas. Na hipótese de total impossibilidade de compensação, o ressarcimento será efetuado em espécie, a pedido da pessoa jurídica, apresentada no for- mulário “Pedido de Ressarcimento”. Os créditos mencionados nos itens anteriores, inclusive quando decorrentes de sentença judicial transitada em julgado, serão utilizados para compensação com débitos a requeri- mento do interessado, formalizado através do “Pedido de Compensação”. A compensação poderá ser efetuada inclusive com débitos vincendos, desde que não exis- tam débitos vencidos, ainda que objeto de parcelamento de obrigação do contribuinte. Os créditos decorrentes de pagamento indevido, ou a maior que o devido, de tributos e contribuições da mesma espécie e destinação constitucional, inclusive quando resultantes de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória, poderão ser uti- lizados, mediante compensação, para pagamento de débitos da própria pessoa jurídica, correspondente a períodos subseqüentes, desde que não apurados em procedimento de ofício, independente de requerimento. A parcela do crédito a ser restituído ou ressarcido a um contribuinte que exceder o total de seus débitos, inclusive os que houverem sido parcelados, poderá ser utilizada para a compensação com débitos de outro contribuinte, inclusive se parcelado. Pedidos de ressarcimento Pedidos de compensação entre tributos e contribuições de diferentes espécies Pedidos de compensação entre tributos ou contribuições de mesma espécie Pedidos de compensação de crédito de um contribuinte com débito de outro �� Assistente Fiscal Senac São Paulo A compensação será efetuada a requerimento dos contribuintes titulares do crédito e do débito, formalizado por meio do formulário “Pedido de Compensação de Crédito com Débito de Terceiros”. No caso dos contribuintes estarem em diferentes jurisdições da De- legacia da Receita Federal, os formulários deverão ser preenchidos em duas vias, devendo cada contribuinte protocolar uma via na Delegacia da Receita Federal de sua jurisdição. A via entregue na jurisdição do contribuinte titular do débito terá caráter exclusivo de co- municado, ficando a Delegacia da Receita Federal da jurisdição do contribuinte titular do crédito, a competência para analisar o pleito. �� Assistente Fiscal Senac São Paulo ReFeRênciAs bibliOgRÁFicAs BRASIL. Constituição Federal – Editora Revista dos Tribunais. 6ª ed., 2004. Código Tributário Nacional – Editora Revista dos Tribunais. 6ª. ed., 2004. Regulamento do ICMS do Estado de São Paulo – www.fazenda.sp.gov.br. Regulamento do IPI – www.receita.gov.br. Regulamento do Imposto de Renda – www.receita.fazenda.gov.br.
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