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APOSTILA FISCAL

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Assistente FiscAl
AdministrAção regionAl do senAc no estAdo de são PAulo
Gerência de Desenvolvimento 
Sidney Zaganin Latorre 
Coordenação Técnica
Andrea Cury Borges de Gouvêa Tonanni 
Apoio Técnico
Patrícia Vivaldo dos Santos
© Senac-SP 2006
Elaboração do material didático
Alexandre Tertuliano da Costa
Lenira Castelucci Joaquim
Atualização
Celso Felix de Souza
Claudimir Gonçalves Dias
Paulo Sebastião Calado
Revisão Gramatical
Rosane Friedrick Camara
Edição e Produção
Edições Jogo de Amarelinha
Atualização: Virtual Diagramação
Assistente FiscAl
Julho / 2007
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Senac São Paulo
sUMÁRiO
1. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA / 5
2. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA / 8
3. TRIBUTOS / 10
4. FATO GERADOR / 12
5. BASE DE CÁLCULO / 14
6. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR / 15
7. CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS / 16
8. ANÁLISE E CONFERÊNCIA DE LANÇAMENTOS E DOCUMENTOS 
FISCAIS / 20
9. NOÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA E SUA APLICAÇÃO NOS 
SERVIÇOS DE FRETE / 22
10. REGIME TRIBUTÁRIO FEDERAL PIS E COFINS / 24
11. RETENÇÕES DE CONTRIBUIÇÕES FEDERAIS – 4,65% / 29
12. GUIA DE INFORMAÇÃO DO ISS – DES OU GIS / 33
13. DCTF – DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS 
FEDERAIS / 35
14. DACON – DEMONSTRATIVO DE APURAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES 
SOCIAIS / 42
15. PER/DCOMP – PEDIDO ELETRÔNICO DE RESTITUIÇÃO, 
RESSARCIMENTO E COMPENSAÇÃO / 44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS / 47 
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Para uma convivência em sociedade há a necessidade de normas e regras. Estas, uma vez 
documentadas, escritas e positivas, tornam-se matéria de Direito Objetivo.
Na ramificação da ciência do Direito, dentro do segmento “Público” encontramos o “Di-
reito Tributário” de onde extraímos os aspectos legais das questões relativas aos tributos. 
A Legislação Tributária compreende as leis, os tratados e as con-
venções internacionais, os decretos e as normas complementares 
que versam, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídi-
cas a eles pertinentes. (art. 96 da Lei 5.172/66 de 25/10/1966).
Em contrapartida, devemos atentar para o fato de que o Estado, na qualidade de pessoa 
jurídica de poder público, tem entre um de seus objetivos, o de prestar serviços ao seu 
povo, como os de saúde, educação, moradia etc.
Para tanto, necessita de receitas que possam viabilizar a prestação desses serviços. Uma 
das fontes destas receitas é justamente a arrecadação tributária.
CAPÍTULO 1
LEGisLAçãO 
TRibUTáRiA
Mas, o que aconteceria se o Estado, na qualidade de poder público, 
arrecadasse tributos de forma indiscriminada?
Tente imaginar...
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A lei máxima de um país é a sua Constituição Federal – CF. A nossa possui artigos espe-
cíficos que tratam da criação de leis, incluindo a legislação tributária, que regulamenta a 
arrecadação e a fiscalização de tributos.
Observe a pirâmide... O que ela representa?
CONSTITUIÇÃO FEDERAL ............................................................
EMENDAS À CONSTITUIÇÃO ................................ ...........................
LEI COMPLEMENTAR ............................................... .........................
LEI ORDINÁRIA ......................................................... ......................
LEI DELEGADA ......................................................... ....................
MEDIDAS PROVISÓRIAS........................................... .................
DECRETOS LEGISLATIVOS ...................................... ...............
RESOLUÇÕES ........................................................... .............
Emendas à Constituição: Atos que alteram o texto original da constituição Federal.
Lei Complementar: Complementa a Constituição Federal. É votada pelo Congresso Na-
cional.
Lei Ordinária: Instrumento formal através do qual se exercita a competência tributária. 
Aumenta ou extingue os tributos.
Lei Delegada: Elaborada pelo Presidente da República sobre matérias específicas, objeto 
de delegação do Congresso Nacional.
Medidas Provisórias: A CF/88 as criou em substituição ao Decreto – Lei. Têm força de 
Lei Ordinária. Com validade de 60 dias (podendo ser prorrogada uma única vez por igual 
período) para serem apreciadas pelo Congresso Nacional.
Decretos Legislativos: São atos do Congresso Nacional para disciplinar matéria privativa 
do Congresso Nacional, tais como tratados internacionais.
A mais recente Constituição Federal 
do Brasil foi promulgada em 5/10/1988.
Veja a posição da Constituição Federal
na hierarquia das leis:
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Resoluções: São atos privativos do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do 
Congresso Nacional, que não necessitam de sanção presidencial.
Uma lei é criada, elaborada, votada e sancionada de acordo com procedimento estabeleci-
do. No caso, a legislação tributária considera competências tributárias da União, dos Esta-
dos, dos Municípios e do Distrito Federal, que determinam a carga tributária que compete 
a cada um arrecadar.
Para a aplicação correta da legislação tributária deve-se ainda considerar regras do Sistema 
Tributário Nacional. Para melhor entender, verifique os elementos deste Sistema:
I. Lei
II. Fato Gerador
III. Sujeito Ativo
IV. Sujeito Passivo
V. Objeto
O sujeito ativo no Sistema Tributário Nacional é o próprio Estado, a quem compete legis-
lar, arrecadar e aplicar os recursos oriundos da arrecadação tributária.
 
Podemos concluir, assim, que:
Legislação Tributária é o conjunto de normas,
legalmente estabelecidas pelo poder
competente, atribuindo a criação e a arrecadação
tributária para os fins a que se destina.
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Fig02
As competências tributárias, como vimos, são determinadas na Constituição Federal e con-
sideram quatro entes, determinados pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal. 
Vamos, então, atentar a outros aspectos importantes sobre o tema.
São vários, mas vamos apresentar os que nos interessam no momento:
Competência Tributo
União IPI/PIS/COFINS
Estados ICMS
Municípios ISS
Distrito Federal Competência igual à dos Estados
CAPÍTULO 2
COmPETênCiA 
TRibUTáRiA
Você sabe quais os tributos que competem a cada ente?
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Outro fator importante a ser observado é que, ao se determinar competência, está se 
determinando limites, ou seja, restringe-se até onde se pode tributar.
Por exemplo: é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território 
nacional.
 
Assim, podemos concluir que competência tributária
é o ato constitucional em que se atribuiu a determinados
entes de poder público o poder e o limite de tributar.
Para saber mais sobre Competências Tributárias, 
consulte os artigos 153 a 156 da Constituição Federal.
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Impostos: o fato gerador ocorre independentemente de atividade estatal específica. 
Ex.: ICMS, IPI, ISS e IRPJ.
Taxas: decorre da utilização do poder de polícia ou de serviços públicos. Ex.: asfalto, taxa 
de licença, custas e emolumentos judiciais.
Contribuições: instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorre valo-
rização imobiliária. Ex.: pavimentação e calçamento.
CAPÍTULO 3
TRibUTOs
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Tributo Competência Característica Contribuinte
ISS Municipal Indireto; Cumulativo. Prestador de Serviços.
ICMS Estadual Indireto; Não cumulativo; 
seletivo e real.
Compõem a sua própria 
base de cálculo.
Comerciantes e todo aquele que 
pratica com habitualidade operações 
de circulação de mercadorias e a 
prestação de serviços de transportes 
interestaduais, intermunicipais e de 
comunicação.
IPI Federal Indireto;Não Cumulativo; 
Seletivo e real.
Industriais e Equiparados.
PIS Federal Indireto; possui regimes 
diferentes de apuração.
(Cumulativo, Não 
Cumulativo),
(Monofásico e 
Substituição).
Todas as pessoas jurídicas e as que lhe 
são equiparadas pela legislação.
COFINS Federal Indireto; Possui regimes 
diferentes de apuração 
(Cumulativo, Não 
Cumulativo, Monofásico e 
Substituição).
Todas as pessoas jurídicas e as que lhe 
são equiparadas pela legislação.
IRPJ Federal Direto; possui regimes 
de apuração diferentes, tais 
como Lucro Real (podendo 
ser feita à apuração 
por estimativa) e Lucro 
Presumido.
Todas as pessoas jurídicas e as que lhe 
são equiparadas pela legislação.
CSLL Federal Direto; Possui regimes de 
apuração diferentes, tais 
como Lucro Real (podendo 
ser feita à apuração 
por estimativa) e Lucro 
Presumido.
Todas as pessoas jurídicas e as que lhe 
são equiparadas pela legislação.
Principais tributos que norteiam as atividades das empresas:
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Como já vimos, existe todo um procedimento para que haja a tributação. O Fato Gerador 
é de grande importância na relação tributária.
Fato gerador é o momento em que nasce a obrigação tributária. 
Uma vez criada uma lei tributária, observados todos os ditames para a sua elaboração, é 
preciso que algo ocorra para que a norma que está no abstrato possa se materializar na 
vida fática.
Este momento também não pode ser isolado de legislação e nem sofrer prejuízo de con-
duta. Para tanto, deve ser expresso na própria legislação.
Em outras palavras, o momento em que a tributação vai acontecer deve ser previsto le-
galmente, ou seja, deve existir o momento do fato gerador previsto em lei. Tal momento 
determinará a incidência tributária.
Assim, fato gerador é a ação que, quando praticada, provocará a tributação. Não é uma 
ação qualquer, é aquela prevista na lei do tributo que a mencionar.
Com isto, vale esclarecer que todo tributo terá o seu fato gerador. Ou seja: a ação, quando 
praticada, determinará a incidência tributária.
CAPÍTULO 4
FATO GERADOR
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Temos dois fatos geradores específicos no Código Tributário Nacional – CTN:
• Da obrigação principal: situação definida em lei como necessária e suficiente à 
sua ocorrência (art. 114 do CTN). Ex.: recolhimento de imposto.
• Da obrigação acessória: qualquer situação que, na forma da legislação, impõe 
a prática ou abstenção de ato que não configure obrigação principal (art. 115 
CTN). Ex.: Declaração de Débito e Crédito de Tributos Federais – DCTF, escri-
turação de livros.
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Base de calculo é o valor sobre o qual será aplicada a alíquota do respectivo tributo, aten-
dendo-se as exigências legais.
 
CAPÍTULO 5
bAsE DE CáLCULO
As alíquotas existem para garantir
o princípio de tributar segundo a
capacidade econômica de
cada contribuinte.
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Situações Tributárias
Incidência: Ocorre quando no fato descrito pela lei estão presentes os pressupostos ne-
cessários para gerar o nascimento da obrigação tributária.
Não incidência: São todos os fatos que ocorrem fora do campo da incidência dentro do 
ordenamento jurídico tributário.
Isenção: Dispensa legal de pagamento do tributo por disposição definida em lei.
Suspensão: Deixar de cobrar o tributo por determinado período.
Diferimento: Postergar, adiar o pagamento do tributo; melhor dizendo: é a transferência 
do momento de ocorrência do fato gerador.
Imunidade: Decorre de previsão constitucional (art. 150 CF).
Limitações ao poder de Tributar
Princípios Constitucionais: Fundamentados na Constituição Federal (CF), nos artigos 
150 e 151.
Princípio da Isonomia: Todos possuem tratamento igual perante a Lei (artigo 150 II CF).
Princípio da Legalidade: É proibido exigir ou aumentar tributo sem que a lei estabeleça 
(art. 150 CF).
Princípio da Anterioridade: Não é permitido cobrar tributo no mesmo exercício finan-
ceiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (art. 150 III, b CF).
Princípio da Irretroatividade: É proibido cobrar impostos antes da vigência da lei 
(art. 150 III CF).
Princípio da Imunidade: Trata da impossibilidade de tributar a renda das obrigações da 
dívida pública dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios (art. 151 CF).
CAPÍTULO 6
siTUAçÕEs E 
LimiTAçÕEs AO PODER 
DE TRibUTAR
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Depende do ponto de vista: 
• Se do Estado, diremos que créditos tributários são aqueles em que pesem ao contri-
buinte o dever de recolher. Logo o crédito tributário para o Estado é o Débito ou o 
Saldo Devedor para o contribuinte.
• Se do contribuinte, diremos que créditos tributários são os valores que expressam a 
redução do tributo a pagar.
É possível, que o crédito tributário do contribuinte seja superior ao valor a pagar, gerando 
Saldo Credor ou Tributos a Recuperar.
CAPÍTULO 7
CRéDiTOs TRibUTáRiOs
O que são créditos tributários?
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Para que um determinado tributo gere um crédito tributário é necessário que ele seja de 
natureza não cumulativa como é o caso do ICMS, IPI , PIS e da COFINS recolhidos nesta 
modalidade.
Já o ISS por exemplo é um tributo de natureza cumulativa, portanto, não gera créditos 
tributários.
Se o tributo for de natureza cumulativa o contribuinte terá a seu favor um imposto a ser 
restituído ou ressarcido.
Todavia, precisamos verificar se o tributo poderá gerar um crédito.
Vejamos algumas situações de crédito do ICMS:
a) as entradas de mercadorias que gerem posterior saída tributada;
b) lançamento de crédito efetuado mediante a primeira via da nota fiscal;
c) a nota fiscal considerada um documento fiscal idôneo;
d) a nota fiscal deverá ainda ter sido emitida por um contribuinte em situação regular, sob 
o risco de glosa do crédito.
Portanto, não basta o tributo ser compensável, deve-se ainda seguir outras formalidades 
para ter garantido o direito a determinado crédito.
Estando o crédito seguro e documentado, o mesmo poderá ser objeto de compensação, 
de forma a reduzir o valor a pagar, e até mesmo evitar o pagamento do imposto.
Com isso verificamos que o crédito está sempre vinculado a uma operação futura tributa-
da, de outra maneira não poderíamos falar de compensação.
No caso do ICMS existe ainda os “Créditos Acumulados” que poderão, em alguns casos, 
serem menores que o saldo credor.
Será que todos os tributos geram créditos tributários?
Mas e se um contribuinte recolher um imposto maior do que o devido, 
não terá um crédito tributário a seu favor?
Vamos fazer uma breve análise no ICMS?
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O RICMS/SP determina que será considerado crédito acumulado aquele que resultar de:
I. aplicação de alíquotas diversificadas em operações de entrada e de saída de mercado-
ria ou em serviço tomado ou prestado;
II. operação ou prestação efetuada com redução de base de cálculo;
III. operação ou prestação realizada sem o pagamento do imposto, tais como isenção ou 
não incidência com manutenção de crédito, ou, ainda, abrangida pelo regime jurídico 
da substituição tributária com retenção antecipada do imposto ou do diferimento.
Com isto, vemos que as transferências de créditos que têm previsão legal são as de Crédi-
tos Acumulados, previstas no RICMS/SP.
Sabe-se que uma empresa pode ter créditos básicos do ICMS, IPI, PIS e COFINS no caso 
de apuração não cumulativa. Porém...
A resposta deve considerar alguns requisitos:
a) verificar a legislação vigente para aquele tributo específico;
b) observar a finalidade da aquisição, da compra ou da despesa;
c) todo crédito, via de regra,virá por uma entrada (compra, aquisição ou despesa).
Existem regras estabelecidas na legislação, porém devemos observar a situação específica 
para cada empresa para avaliarmos a possibilidade de seus créditos.
Vejamos, por exemplo, no caso de compra de mercadoria para revenda, pois tal aquisição 
gera crédito do ICMS, do PIS e da COFINS.
Contudo, não necessariamente, aquela mercadoria que seria destinada à revenda em uma 
empresa terá o mesmo fim em outra empresa.
Dessa forma, a observação da legislação se fará à luz da atividade da empresa.
Como definir os créditos a que uma empresa terá direito?
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Vejamos a classificação dos materiais do ponto de vista fiscal. Tomemos como exemplo 
uma confecção:
Geram créditos Não geram créditos
Ativo fixo: 
É o maquinário da empresa, utilizado para transfor-
mar e/ou guardar os produtos. 
Ex.: Maquinas de costura.
Matéria-prima:
É o elemento que sofrerá transformação ou agre-
gação para o surgimento de outro bem diferente.
Ex.:Tecido.
Insumo: 
É o material que agrega o produto final, mas que 
não sofre transformação. Ex.: botões.
Embalagem:
É o material que auxilia na apresentação do produ-
to final, isto é, embala o produto acabado.
Ex.: caixas
Material intermediário: 
É o material que não compõem o produto final, 
mas auxilia na transformação da matéria-prima 
em produto acabado. Ex.: agulhas de maquina de 
costura.
Material de uso e consumo: 
É aquele utilizado na empresa, muitas vezes essen-
cial, mas que não faz parte do produto final (acaba-
do). Ex.: material de limpeza. 
Todos os materiais podem ser creditados?
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Deve ser feita sobre os lançamentos fiscais, à luz da legislação tributária, observada a ativi-
dade da empresa.
Os aspectos principais a serem observados são:
• Escrituração de todos os documentos, observando os livros de entradas, saídas, pres-
tação de serviços etc.;
• Escrituração fiscal e encadernação dentro do prazo;
• Escrituração com a exata expressão do documento fiscal;
• Verificação da idoneidade do documento escriturado.
CAPÍTULO 8
AnáLisE E 
COnFERênCiA DE 
LAnçAmEnTOs E 
DOCUmEnTOs FisCAis
Como deve ser feita a conferência de lançamentos e documentos fiscais?
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Também devemos observar se todas as informações dos documentos fiscais:
• estão preenchidas de forma correta;
• expressam a realidade ocorrida;
• são claras e precisas;
• guardam consonância entre as suas próprias informações. Exemplo: na nota fiscal cujo 
remetente esteja em São Paulo e o destinatário na mesma Unidade da Federação, ve-
rificar se o CFOP expressa que é uma saída interna.
Os documentos fiscais devem apresentar conteúdo e forma específicos aos previstos legal-
mente. Uma análise pormenorizada deve ser realizada, além do exemplo citado.
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Via de regra, o ICMS deve ser recolhido pelo próprio contribuinte. Uma das exceções é a 
substituição tributária.
Trata-se do ato em que um contribuinte substitui outro como sujeito passivo no recolhi-
mento do imposto.
As principais características da substituição tributária são:
• Antecipar o valor do imposto;
• Facilitar a fiscalização.
Embora a substituição tributária exista em outros tributos, no caso do ICMS temos opera-
ções e mercadorias sujeitas a este regime, conforme o RICMS. Exemplo: operações com 
sorvete, refrigerante, cerveja e veículos. 
CAPÍTULO 9
nOçÕEs DE 
sUbsTiTUiçãO 
TRibUTáRiA E sUA 
APLiCAçãO nOs 
sERviçOs DE FRETE
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As prestações de serviços de transportes: esse também é um exemplo. Neste caso, o 
RICMS aponta duas situações possíveis:
Requisito determinado Prestador do serviço de 
transporte
Responsável pelo 
Recolhimento do ICMS
1. Início em território paulista. Autônomo ou transportadora 
fora do estado de São Paulo não 
inscrita neste estado.
O tomador do serviço desde que 
contribuinte deste estado.
2. O tomador para ser substituto 
deve ser o remetente ou o desti-
natário da mercadoria.
Transportadora estabelecida em 
território paulista (exceto ME e 
EPP).
Tomador do serviço estabelecido 
neste estado e contribuinte.
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Nas decisões tributárias da empresa os tributos federais são de grande peso, exigindo que 
se tenha uma perfeita análise de suas implicações.
Os regimes tributários federais integram as apurações de tributos diretos e indiretos.
Especificamente vamos relatar os casos de PIS e COFINS com relação a apuração do IRPJ 
(Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
Uma providência que deve ser tomada na hora de optar por uma das formas de recolhi-
mento do IR é verificar o nível de lucratividade em relação à receita bruta. Essa conta pode 
ser o primeiro passo para se decidir entre o lucro presumido e o real.
Regime do Lucro Real
A empresa paga o Imposto de Renda sobre o lucro apurado nos seus balanços. Dentro do 
lucro real, as opções são: lucro real trimestral ou lucro real anual. No lucro real trimestral, 
a empresa faz o balanço de três em três meses. No lucro real anual, o balanço contábil 
considerado é o ano-calendário de 1º de janeiro a 31 de dezembro.
Regime do Lucro Presumido
É muito utilizado por ser considerado mais simples e também exigir menos documentação. 
Recebe o nome de “presumido” exatamente porque nesse regime o Imposto de Renda não 
é calculado sobre o lucro efetivo. Tanto o IR como a CSLL são calculados sobre uma base 
presumida de lucro. O cálculo é feito em períodos trimestrais, que se encerram em 31 de 
março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro. 
CAPÍTULO 10
REGimE TRibUTáRiO 
FEDERAL Pis E COFins
Que opções existem para recolhimento do IRPJ e da CSLL?
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A regra geral determina que a base de cálculo para o IR seja de 8% da receita bruta. A 
esse valor são feitas adições e exclusões, conforme previsão legal. O resultado é o lucro 
presumido, sobre o qual será aplicado o IR. O imposto tem 15% de alíquota básica e 10% 
de alíquota adicional. Somente sobre o valor acima de R$ 60 mil, no trimestre, é pago o 
adicional de IR de 10%. Observe que no Lucro Presumido o cálculo do IR tem sua base 
alterada conforme a atividade.
Entre as situações vetadas, destacam-se:
• Tiveram receita bruta superior a R$ 24 milhões no ano-calendário anterior;
• Tiveram atividades de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de de-
senvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investi-
mento, entre outras do setor financeiro;
• Autorizadas pela legislação tributária que queiram aproveitar benefícios fiscais re-
lativos à isenção ou redução do IR;
• Tenham lucros, rendimentos ou ganhos de capital do exterior;
• Tenham reduzido ou suspendido o pagamento do imposto durante o ano-calendá-
rio, inclusive efetuado pagamentos por estimativa;
• Explorem atividade de prestação de serviço cumulativa e contínua de serviços de 
assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, administração de contas a 
pagar e a receber, entre outras. 
A questão é simples: no presumido, indústria e comércio pagam, regra geral, IR de 25% 
sobre 8% da receita bruta. Isso, considerando a alíquota básica mais a adicional. Ou seja, 
presume-se que o lucro da empresa tenha sido de 8% da receita. Um percentual consi-
derado atualmente pelo mercado como uma relação lucro/receita invejável. Portanto, se 
a empresa for muito lucrativa, com ganhos efetivos acima de 8% da receita, há uma boa 
possibilidade de que o lucro presumido seja a melhor escolha.
Nem toda empresa
pode optar pelo
Lucro Presumido.2�
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Se os lucros forem menores que 8% da receita, o lucro real deverá ser estudado com 
cuidado. É bom lembrar que, ao fazer o cálculo, a empresa deve levar em consideração a 
cobrança da CSLL. No presumido, ela é calculada em 9% sobre os 12% da receita bruta.
Regime do Lucro Arbitrado
Ocorre quando a fiscalização da Receita Federal identificar na empresa, irregularidades em 
relação à opção, recolhimento e procedimentos contábeis/fiscais.
Por exemplo, quando:
• a empresa obrigada ao lucro real não estiver em dia ou em ordem com a escrituração;
• a documentação contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem insuficiente para 
verificar o lucro da empresa; 
• a opção for indevida pelo lucro presumido. 
PIS e COFINS
O PIS e a COFINS são tributos de competência federal, conforme artigo 149 e 
195 da Constituição Federal.
Vejamos, então, o significado das siglas que denominam as contribuições que são 
objeto de nosso estudo:
• PIS - Programa de Integração Social;
• PASEP - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público;
• COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.
A contribuição para o PIS foi instituida pela Lei Complementar nº 7, de 07 
de setembro de 1970. Já a contribuição para o PASEP foi instituída pela Lei 
Complementar nº 8 de 03 de dezembro de 1970.
A unificação “PIS/PASEP” se deu pela Lei Complementar nº 26, de 11 de 
setembro de 1975, e a partir de então são tratados como uma única contribuição.
Após a Constituição Federal de 1988, tais contribuições, uma vez mantidas, 
passaram a financiar o seguro-desemprego, programas de desenvolvimento 
econômico (através do BNDES) e o benefício de abono anual para empregados 
de baixa renda.
Já a COFINS foi instituída pela Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 
1991.
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Vale frisar que, historicamente, essas contribuições passaram por diversas 
modificações legislativas, o que tem sido motivo de um considerado número de 
lides em discussões judiciárias.
Existem PIS e COFINS nas modalidades cumulativa e não cumulativa, que se 
destinam à contribuintes específicos. Outros são aqueles que se obrigam a 
substituição tributária e ainda outros a tributação monofásica.
• PIS e COFINS substituição tributária;
• PIS e COFINS monofásico;
• PIS e COFINS cumulativo;
• PIS e COFINS não cumulativo.
Vamos observar o quadro a seguir:
Regime Tributário Apuração dos tributos
Lucro Real • IRPJ apurado sob o efetivo resultado, quando este for lucro
• CSLL idem ao IRPJ
• PIS apurado na forma não cumulativa, com créditos fiscais e alíquota 
de 1,65%
• COFINS apurado na forma não cumulativa, com créditos fiscais e 
alíquota de 7,6%
Lucro Presumido • IRPJ apurado sob uma estimativa do resultado
• CSLL, idem ao IRPJ
• PIS apurado na forma cumulativa, sem créditos fiscais e alíquota de 
0,65%
• COFINS apurado na forma cumulativa, sem créditos fiscais e alíquota 
de 3%
Simples Federal • Todos os tributos apurados de uma única vez através de um único 
percentual, conforme legislação especifica
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• As Receitas de Variações Cambiais são tributáveis ao PIS, COFINS, IRPJ e CSLL!
• A tributação em regra é pela REALIZAÇÃO!
• É opção do contribuinte tributar pela PROVISÃO!
• A opção da tributação deverá ser aplicada em todo o ano-calendário e para o PIS, 
COFINS, IRPJ e CSLL!
 
É importante estarmos atentos à legislação tributária
federal, para não incorrer em aplicações que se
contradizem, bem como atendermos às obrigações
acessórias e seus respectivos prazos.
ATENÇÃO
2�
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A Secretaria da Receita Federal (SRF), determinou, através de Instrução Normativa, que a 
partir do mês de fevereiro de 2004, os pagamentos que fossem efetuados pelos serviços 
contratados, dentro da lista específica, estariam sujeitos à retenção de 4,65%, sendo, 1% 
de CSLL, 3% de COFINS e 0,65% de PIS.
 
• Estão sujeitos à retenção os serviços de limpeza, conservação, manutenção, segu-
rança, vigilância, transporte de valores e locação de mão-de-obra, assessoria cre-
ditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas 
a pagar e a receber.
Os serviços profissionais a seguir relacionados, também estão sujeitos à retenção dos 
4,65% previstos no Regulamento do Imposto de Renda (RIR):
1. administração de bens ou negócios em geral (exceto consórcios ou fundos mútuos 
para aquisição de bens)
2. advocacia
3. análise clínica laboratorial
4. análises técnicas
5. arquitetura
6. assessoria e consultoria técnica (exceto serviço de assistência técnica prestado a 
terceiros e concernente a ramo de indústria ou comércio explorado pelo prestador 
do serviço)
7. assistência social
8. auditoria
CAPÍTULO 11
RETEnçÕEs DE 
COnTRibUiçÕEs 
FEDERAis – 4,65%
ATENÇÃO
30
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9. avaliação e perícia
10. biologia e biomedicina
11. cálculo em geral
12. consultoria
13. contabilidade
14. desenho técnico
15. economia
16. elaboração de projetos
17. engenharia (exceto construção de estradas, pontes, prédios e obras assemelhadas)
18. ensino e treinamento
19. estatística
20. fisioterapia
21. fonoaudiologia
22. geologia
23. leilão
24. medicina (exceto a prestada por ambulatório, banco de sangue, casa de saúde, casa de 
recuperação ou repouso sob orientação médica, hospital e pronto-socorro)
25. nutricionismo e dietética
26. odontologia
27. organização de feiras de amostras, congressos seminários, simpósios e congêneres
28. pesquisa em geral
29. planejamento
30. programação
31. prótese
32. psicologia e psicanálise
33. química
34. radiologia e radioterapia
35. relações públicas
36. serviço de despachante
37. terapêutica ocupacional
38. tradução ou interpretação comercial
39. urbanismo
40. veterinária
31
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A contabilização dessas retenções deverá ocorrer separadamente à parcela de cada tributo 
a que se refere (1% CSLL, 3% COFINS e 0,65% PIS), para que seja compensado com os 
respectivos tributos apurados pela empresa que sofreu a retenção.
A retenção ou a compensação não depende do regime tributário das empresas envolvidas 
(prestador e prestadora). O fato gerador é o pagamento pelos serviços profissionais des-
critos na Instrução Normativa da SRF .
Cabe salientar que a prestação de serviço por uma pessoa física não está sujeita a essa 
retenção.
O período de apuração dessas retenções é mensal e os valores de serviços prestados 
por Pessoa Jurídica até R$ 5.000,00 (cinco mil reais) não sofrem retenção; no entanto, 
deve-se observar que durante o mês a soma de serviços pagos a um mesmo prestador 
ultrapassar esse limite, deve-se aplicar a retenção e descontar no valor final a ser pago.
Exemplos de valores pagos ao mesmo prestador de serviço:
1. Não há retenção:
Período Valor do Serviço Retenções Valor líquido a pagar
1ª. quinzena R$ 3.000,00 0 R$ 3.000,00
2ª. quinzena R$ 1.500,00 0 R$ 1.500,00
Total do mês R$ 4.500,00 Não haverá retenção R$ 4.500,00
2. Com retenção:
Período Valor do Serviço Retenções Valor líquido a pagar
1ª. quinzena R$ 3.000,00 0 R$ 3.000,00
2ª. quinzena R$ 4.000,00 Com retenção, sendo a base de 
calculo, igual ao valor acumulado 
no mês (R$ 7.000,00).
Valor da retenção R$ 325,50
R$ 3.674,50
Total do mês R$ 7.000,00 R$ 325,50 R$ 6.674,50
As retenções dos tributos federais de 4,65% devem ser recolhidas até o dia 20 do mês 
subseqüente ao período de apuração.
32
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Nos casos de retenções sobre o valor total dos 4,65%, deve constar no DARF o código de 
receita 5952.Caso uma empresa seja beneficiária de isenção ou de alíquota zero, a retenção deverá ser 
efetuada para os demais tributos. Por exemplo: se uma empresa é isenta da COFINS, ela 
sofrerá a retenção do PIS e da CSLL, totalizando 1,65%.
Nesse caso, deverão ser recolhidas separadamente as retenções, utilizando os seguintes 
códigos:
5987 – CSLL
5960 – COFINS
5979 – PIS/Pasep
As pessoas jurídicas que efetuarem essas retenções devem fornecer, até o dia 28 de feve-
reiro do ano subseqüente, um “informe de retenções” semelhante ao informe de rendi-
mento que hoje já existe em relação ao IRRF para as empresas em que se aplicaram tais 
retenções.
Também, na mesma data, as retentoras deverão informar na DIRF (Declaração de Imposto 
de Renda Retido na Fonte) os valores retidos, discriminando mensalmente o somatório dos 
valores pagos e o total retido, por contribuinte e por código de recolhimento.
Haverá retenções das contribuições em valores inferiores a R$ 10,00, porem não poderão 
ser recolhidas em DARF; nesse caso, estas retenções devem ser acumuladas até atingirem 
este limite. 
O ideal é que a prestadora destaque, na nota fiscal ou recibo, os valores discriminados por 
contribuição das retenções, porem, não obrigatoriamente precisam estar destacadas.
O fato das retenções estarem ou não destacadas na nota fiscal, não desobriga o recolhi-
mento, pois a obrigatoriedade de fazer a retenção é sempre do contratante (tomador 
do serviço).
ATENÇÃO NO
RECOLHIMENTO DAS
RETENÇÕES!
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Até pouco tempo atrás, muitos municípios não dispunham de controles informatizados a 
respeito das apurações efetuadas pelos seus contribuintes, razão pela qual instituíram 
uma declaração, com o objetivo inclusive de, no futuro, informatizarem os livros fiscais 
num regime “on line”.
Em alguns municípios, como São Paulo, por exemplo, esta declaração se chama Declara-
ção Eletrônica de Serviço (DES) mas em outros municípios ela terá nomes diferentes, 
como GIS (Guia de Informação de Serviços, preenchida manualmente ou à máquina), 
entre outros; porém, terão sempre o mesmo objetivo.
Contudo, este quadro está mudando, sendo exigida a apresentação de informações não 
apenas dos serviços prestados, mas também dos serviços contratados.
Vejamos quais as principais solicitações efetuadas na GIS:
•	 Informações Gerais
•	 Qualificação
•	 Identificação
•	 Códigos
•	 Nome ou Razão Social
•	 Nome fantasia
•	 Endereço
•	 Telefone
•	 Fax
•	 E-mail
CAPÍTULO 12
GUiA DE inFORmAçãO 
DO iss – DEs OU Gis
3�
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•	 Dados Fiscais
•	 Incidência
•	 Regime
•	 Notas Fiscais Emitidas
•	 Regimes Especiais
•	 Isenção
•	 Dedução
•	 Bilhetes de Diversão Pública
•	 Documentos relativos a Serviços Tomados
•	 Resumo
•	 DAMR – Documento de Arrecadação do município local
•	 Opções da Barra de Menu
•	 Arquivo
•	 Declaração – Própria declaração preenchida
•	 Exportação de dados (facultado aos softwares internos da empresa – há ver-
sões em que este item não é possível)
•	 Importação de dados (facultado aos softwares internos da empresa – há ver-
sões em que este item não é possível)
•	 Relatórios
3�
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A DCTF deve ser apresentada por contribuinte pessoa jurídica (PJ) ou a ela equiparada, 
na forma da legislação pertinente, para prestar informações relativas aos valores devidos 
dos seguintes tributos e contribuições federais (débitos), e os respectivos valores utilizados 
para sua quitação (créditos):
I - Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ);
II - Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF);
III - Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
IV - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou 
Valores Mobiliários (IOF);
V - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
VI - Contribuição para o Programa de Integração Social e para o Programa de Formação do 
Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep);
VII - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
VIII - Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Crédi-
tos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF);
IX - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustível) in-
cidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás 
natural e seus derivados e álcool etílico combustível; 
X - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Remessa) destina-
da a financiar o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o 
Apoio à Inovação.
CAPÍTULO 13
DCTF – DECLARAçãO 
DE DébiTOs E CRéDiTOs 
TRibUTáRiOs FEDERAis
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• Os débitos do IPI e da Cide-Combustível deverão ser informados, por estabeleci-
mento, na DCTF apresentada pela matriz.
• Na DCTF, não devem ser informados os valores de impostos e contribuições exi-
gidos em lançamento de ofício.
Assistência Técnica aos Declarantes
Nas unidades da SRF há o Plantão Fiscal que presta, aos declarantes, pessoalmente, assis-
tência técnica sob a forma de esclarecimentos e orientações. 
 
• A DCTF apresentada com periodicidade diversa da 1ª declaração entregue relativa 
ao mesmo ano-calendário não produzirá efeitos legais.
• Os fundos de investimento imobiliário que aplicarem recursos em empreendimento 
imobiliário que tenha como incorporador, construtor ou sócio, cotista que possua, 
isoladamente ou em conjunto com pessoa a ele ligada, mais de vinte e cinco 
por cento das quotas do Fundo (Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, art. 2º), 
por estarem sujeitos à tributação aplicável às demais pessoas jurídicas, devem 
apresentar DCTF com o número de inscrição no Cadastro Nacional das Pessoas 
Jurídicas (CNPJ) próprio, vedada sua inclusão na declaração da administradora 
(AD SRF nº 002, de 07 de janeiro de 2000).
• As pessoas jurídicas não enquadradas na obrigatoriedade poderão optar pela en-
trega mensal. A opção será exercida mediante entrega da DCTF relativa ao mês 
de janeiro, sendo definitiva e irretratável por todo o ano-calendário.
ATENÇÃO
ATENÇÃO
3�
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Não devem apresentar a DCTF
Não se caracterizam como pessoa jurídica e, portanto, não apresentam a DCTF, ainda 
que se encontrem inscritas no CNPJ, ou que tenham seus atos constitutivos registrados em 
Cartório ou Juntas Comerciais:
a) o consórcio constituído na forma dos arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 15 de 
dezembro de 1976;
b) a pessoa física que, individualmente, preste serviço profissional, mesmo quando pos-
sua estabelecimento em que desenvolva suas atividades e empregue auxiliares;
c) a pessoa física que explore, individualmente, contratos de empreitada unicamente 
de mão-de-obra, sem o concurso de profissionais qualificados ou especializados;
d) a pessoa física que, individualmente, seja receptora de apostas da Loteria Esportiva 
e da Loteria de Números (Loto, Sena, Megasena etc.), credenciada pela Caixa 
Econômica Federal, ainda que, para atender exigência do órgão credenciado, 
esteja registrada como pessoa jurídica, desde que não explore, no mesmo local, 
atividade comercial; 
e) o condomínio edifício;
f) os fundos em condomínio e clubes de investimento, exceto o fundo de investi-
mento imobiliário de que trata o art. 2º da Lei nº. 9.779, de 1999; 
g) a sociedade em conta de participação (SCP).
Quem está dispensado de apresentar a DCTF
I. As microempresas e empresas de pequeno porte enquadradas no regime do Siste-
ma Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas 
e Empresas de Pequeno Porte (Simples), relativamente aos trimestres abrangidos 
por esse sistema.
 
3�
AssistenteFiscal
Senac São Paulo
• As pessoas jurídicas excluídas do Simples ficarão obrigadas à apresentação da 
DCTF, a partir, inclusive, do semestre que compreender o mês em que a exclusão 
surtir seus efeitos, mas não deverão incluir na declaração os valores apurados no 
regime do Simples.
II. As pessoas jurídicas imunes e isentas, cujo valor mensal de impostos e contribuições a 
declarar na DCTF seja inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).
 
• Quando o limite mensal é ultrapassado, o contribuinte fica obrigado à apresenta-
ção da DCTF a partir do mês ou semestre do evento, inclusive, permanecendo 
essa obrigatoriedade até a declaração correspondente ao último semestre do 
respectivo ano-calendário.
• Quando a imunidade ou isenção tiver sido suspensa ou revogada, o contribuinte 
fica obrigado à apresentação da DCTF, segundo as mesmas regras previstas para 
as pessoas jurídicas em geral, a partir do semestre do evento, inclusive.
III. As pessoas jurídicas que se mantiveram inativas desde o início do ano-calendário a que 
se referirem as DCTF, relativamente às declarações correspondentes aos trimestres 
em que se mantiverem inativas.
ATENÇÃO
OBSERVE
3�
Assistente Fiscal
Senac São Paulo
 
• A partir do mês em que a pessoa jurídica efetuar alguma atividade operacional, 
não-operacional, financeira ou patrimonial, fica obrigada à apresentação da 
DCTF do semestre, permanecendo essa obrigatoriedade até a declara-
ção correspondente ao último semestre do respectivo ano-calendário.
• A pessoa jurídica que passar à condição de inativa no curso do ano-calendário 
somente estará dispensada da apresentação da DCTF a partir da de-
claração correspondente ao 1º semestre do ano-calendário subseqüente.
IV. Os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas.
V. Os fundos de condomínio e os clubes de investimento que não se enquadrem no dis-
posto no artigo 2º da Lei nº. 9.779/1999.
Forma de Apresentação e Assinatura Digital
A DCTF deve ser elaborada mediante a utilização de programas geradores de declara-
ção, que estarão disponíveis no endereço eletrônico da Secretaria da Receita Federal 
(www.receita.fazenda.gov.br).
O programa gerador da DCTF contém todas as instruções para a sua operacionalização e 
o seu preenchimento.
Para entregar a DCTF pela Internet, a pessoa jurídica deve utilizar o programa Receitanet, 
versão atualizada do período, disponível no endereço eletrônico da Receita Federal (www.
receita.fazenda.gov.br).
• Para transmissão da DCTF, inclusive nos casos de extinção, incorporação, fusão, 
cisão parcial ou cisão total, é obrigatória a assinatura digital da declaração mediante 
utilização de certificado digital válido.
• Excepcionalmente, para transmissão da DCTF semestral, é opcional a utilização de 
certificado digital.
ATENÇÃO
ATENÇÃO
�0
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Prazo de Entrega
Para as empresas sujeitas à apresentação mensal, a DCTF deverá ser transmitida pela in-
ternet até o 5º dia útil do mês subseqüente ao mês de ocorrência dos fatos geradores dos 
impostos e das contribuições declaradas. 
Em se tratando de contribuintes sujeitos à apresentação da declaração semestral, a en-
trega será feita até:
a) o 5º dia útil do mês de outubro de cada ano-calendário, no caso de DCTF relativa 
ao 1º semestre;
b) o 5º dia útil do mês de abril de cada ano-calendário, no caso de DCTF relativa ao 
2º semestre do ano-calendário anterior.
• A DCTF referente ao período, em que ocorrer o início de atividades da pessoa 
jurídica deve conter os dados referentes aos tributos e contribuições, cujos fatos 
geradores ocorreram no período compreendido entre a data deste evento e o 
término do mês ou semestre.
Simples – Empresas enquadradas no sistema
A pessoa jurídica que passar a se enquadrar no regime do Simples a partir de 1º de janeiro 
do ano-calendário deve apresentar a DCTF referente ao 2º semestre do ano-calendário 
anterior.
Atraso na entrega
A não entrega ou a entrega fora do prazo estabelecido sujeita o contribuinte às penalidades 
cabiveis.
Declaração Retificadora
A DCTF pode ser retificada mediante apresentação de DCTF Retificadora, que deve 
ser elaborada com observância das normas estabelecidas para a DCTF original (reti-
ficada), devendo dela constar não somente as retificações, mas todas as informações 
que a compõem.
ATENÇÃO
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• A DCTF retificadora deve ser transmitida pela Internet, por meio do programa 
Receitanet, disponível no endereço (www.receita.fazenda.gov.br).
• Não será aceita a retificação que tenha por objeto alterar os débitos relativos a tri-
butos e contribuições:
a) cujos saldos a pagar já tenham sido enviados à Procuradoria da Fazenda Na-
cional para inscrição como Dívida Ativa da União, nos casos em que o pleito 
importe alteração desse saldo;
b) em relação ao sujeito passivo que tenha sido intimado do início de procedi-
mento fiscal.
ATENÇÃO
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Conceito
O Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon) visa permitir que os con-
tribuintes gerem os demonstrativos trimestrais de PIS/Pasep e Cofins não-cumulativos, 
para transmissão à SRF, cumprindo sua obrigação acessória de prestar esclarecimento so-
bre a apuração dos créditos para essas contribuições.
Estão dispensadas da apresentação do Dacon:
a) as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Sistema Integra-
do de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas 
de Pequeno Porte (Simples), relativamente aos períodos abrangidos por esse 
sistema;
b) as pessoas jurídicas imunes e isentas do imposto de renda, cujo valor mensal das 
contribuições a serem informadas no Dacon seja inferior a R$ 10.000,00 (dez mil 
reais);
c) as pessoas jurídicas que se mantiveram inativas desde o início do ano-calendário 
a que se refira os Dacon, relativamente aos demonstrativos correspondentes 
aos períodos em que se encontravam nesta condição;
d) os órgãos públicos, as autarquias e as fundações públicas;
e) os consórcios constituídos na forma dos artigos 278 e 279 da Lei nº 6.404/76;
CAPÍTULO 14
DACOn – 
DEmOnsTRATivO 
DE APURAçãO DE 
COnTRibUiçÕEs 
sOCiAis
�3
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f) os fundos em condomínio e os clubes de investimento que não se enquadrem no 
disposto no artigo 2º da Lei nº 9.779/99; e
g) os condomínios edilícios.
O Dacon deve ser entregue de forma centralizada, pela matriz. 
Local e prazo de entrega
O Dacon deverá ser apresentado:
1. pelas pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do 
Imposto de Renda, nos regimes cumulativo e não-cumulativo, inclusive aquelas que apuram 
a Contribuição para o PIS/Pasep com base na folha de salários, deverão apresentar o Dacon 
Mensal, de forma centralizada pelo estabelecimento matriz, caso esta seja a periodicidade de 
entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), até o quinto dia 
útil do segundo mês subseqüente ao mês de referência;
2. pelas demais pessoas jurídicas:
a) até o quinto dia útil do mês de outubro de cada ano-calendário, no caso de Dacon 
relativo ao primeiro semestreç e
b) até o quinto dia útil do mês de abril de cada ano-calendário, no caso de Dacon rela-
tivo ao segundo semestre do ano-calendário anterior.
Obs. 1: Excepcionalmente, em relação ao ano-calendário de 2006, a obrigatoriedade de 
entrega do Dacon, nos prazos estabelecidos nos itens 1 e 2 deste artigo, vigorará a partir 
do período em que os respectivos programas geradores forem disponibilizados.
Obs. 2: No caso de extinção, incorporação, fusão, cisão parcial ou cisão total, o Dacon de-
verá ser apresentado pela pessoa jurídica extinta,incorporada, incorporadora, fusionada 
ou cindida o último dia útil do mês subseqüente ao do evento, observada a excepcionali-
dade do § 1º deste artigo.
Obs. 3: A obrigatoriedade de entrega do Dacon, na forma “b”, não se aplica à incorpora-
dora nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o 
mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento.
Para entregar o Dacon pela internet, a pessoa jurídica deve utilizar o programa Receitanet, 
disponível no endereço www.receita.fazenda.gov.br.
��
Assistente Fiscal
Senac São Paulo
O sujeito passivo que apurar crédito relativo a tributo ou contribuição administrado pela 
Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, e que desejar 
utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos aos tributos e contribuições admi-
nistrados pela Secretaria da Receita Federal ou ser restituído ou ressarcido desses valores 
deverá encaminhar à Secretaria da Receita Federal, respectivamente, Declaração de Com-
pensação, Pedido Eletrônico de Restituição ou Pedido Eletrônico de Ressarcimento gerado 
a partir do Programa PER/DCOMP, de acordo com a própria Instrução Normativa da SRF, 
nas seguintes hipóteses:
Poderão ser objeto de pedido de restituição os créditos decorrentes de qualquer tributo 
ou contribuição, seja qual for a modalidade de seu pagamento, nos seguintes casos:
• Cobrança ou pagamento espontâneo, indevido ou a maior que o devido;
• Erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no 
cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer do-
cumento relativo ao pagamento;
• Reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.
As restituições em espécie, de quantias pagas ou recolhidas indevidamente ou em valor 
maior que o devido, a título de tributo ou contribuição administrado pela SRF, nas hi-
póteses relacionadas acima, serão efetuadas a pedido do contribuinte, apresentado no 
formulário “Pedido de Restituição”, à unidade da Secretaria da Receita Federal de seu 
domicílio fiscal, acompanhado dos comprovantes do pagamento ou recolhimento e de 
demonstrativo dos cálculos.
CAPÍTULO 15
PER/DCOmP – PEDiDO 
ELETRÔniCO DE 
REsTiTUiçãO, 
REssARCimEnTO E 
COmPEnsAçãO
Pedidos de restituição
��
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Poderão ser objeto de ressarcimento, sob a forma de compensação com débitos do IPI, 
da mesma pessoa jurídica, relativos às operações no mercado interno, os créditos decor-
rentes de estímulos fiscais na área do IPI, inclusive os relativos a matérias-primas, produtos 
intermediários e materiais de embalagem adquiridos para emprego na industrialização de 
produtos imunes, isentos e tributados à alíquota zero, para os quais tenham sido assegura-
das a manutenção e a utilização. 
O ressarcimento será efetuado, inicialmente, mediante compensação com débitos do IPI 
relativos a operações internas. Na hipótese de total impossibilidade de compensação, o 
ressarcimento será efetuado em espécie, a pedido da pessoa jurídica, apresentada no for-
mulário “Pedido de Ressarcimento”.
Os créditos mencionados nos itens anteriores, inclusive quando decorrentes de sentença 
judicial transitada em julgado, serão utilizados para compensação com débitos a requeri-
mento do interessado, formalizado através do “Pedido de Compensação”. 
A compensação poderá ser efetuada inclusive com débitos vincendos, desde que não exis-
tam débitos vencidos, ainda que objeto de parcelamento de obrigação do contribuinte.
Os créditos decorrentes de pagamento indevido, ou a maior que o devido, de tributos e 
contribuições da mesma espécie e destinação constitucional, inclusive quando resultantes 
de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória, poderão ser uti-
lizados, mediante compensação, para pagamento de débitos da própria pessoa jurídica, 
correspondente a períodos subseqüentes, desde que não apurados em procedimento de 
ofício, independente de requerimento.
A parcela do crédito a ser restituído ou ressarcido a um contribuinte que exceder o total 
de seus débitos, inclusive os que houverem sido parcelados, poderá ser utilizada para a 
compensação com débitos de outro contribuinte, inclusive se parcelado.
Pedidos de ressarcimento
Pedidos de compensação entre tributos e contribuições de diferentes espécies
Pedidos de compensação entre tributos ou contribuições de mesma espécie
Pedidos de compensação de crédito de um contribuinte com débito de outro
��
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A compensação será efetuada a requerimento dos contribuintes titulares do crédito e do 
débito, formalizado por meio do formulário “Pedido de Compensação de Crédito com 
Débito de Terceiros”. No caso dos contribuintes estarem em diferentes jurisdições da De-
legacia da Receita Federal, os formulários deverão ser preenchidos em duas vias, devendo 
cada contribuinte protocolar uma via na Delegacia da Receita Federal de sua jurisdição. A 
via entregue na jurisdição do contribuinte titular do débito terá caráter exclusivo de co-
municado, ficando a Delegacia da Receita Federal da jurisdição do contribuinte titular do 
crédito, a competência para analisar o pleito.
��
Assistente Fiscal
Senac São Paulo
ReFeRênciAs bibliOgRÁFicAs
BRASIL. Constituição Federal – Editora Revista dos Tribunais. 6ª ed., 2004.
Código Tributário Nacional – Editora Revista dos Tribunais. 6ª. ed., 2004.
Regulamento do ICMS do Estado de São Paulo – www.fazenda.sp.gov.br.
Regulamento do IPI – www.receita.gov.br.
Regulamento do Imposto de Renda – www.receita.fazenda.gov.br.

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