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CONTABILIDADE-FISCAL-E-TRIBUTÁRIA-4 (1)

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1 
 
 
CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA 
1 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução ........................................................................................................... 3 
 
2. Noções e Fundamentos de Contabilidade Tributária ...................................... 4 
2.1 Conceito de Contabilidade ................................................................................. 4 
2.2 Princípios Contábeis .......................................................................................... 7 
2.2.1 Postulados ............................................................................................... 8 
 
3. Tributo e Sistema Tributário Brasileiro ........................................................... 14 
3.1 Conceito Tributo ............................................................................................... 14 
3.2 Modalidades de tributos ................................................................................... 16 
3.2.1 Impostos ................................................................................................ 16 
3.2.2 Taxas ..................................................................................................... 18 
3.2.3 Contribuição de melhoria ....................................................................... 19 
3.2.4 Empréstimo compulsório ....................................................................... 20 
3.2.5 Contribuições sociais ............................................................................. 20 
3.3 Sistema Tributário Nacional ............................................................................. 21 
3.3.1 Legislação Tributária ............................................................................. 22 
 
4. Contabilidade Tributária ................................................................................... 23 
4.1 Funções da Contabilidade Tributária ............................................................... 24 
4.2 Responsabilidades do Contador Tributário ...................................................... 25 
4.3 Planejamento Tributário ................................................................................... 26 
4.4 Documentos Fiscais ......................................................................................... 29 
4.4.1 Documentos fiscais exigidos pela legislação do ICMS e do IPI ................. 29 
4.4.2 Documentos fiscais exigidos pela legislação do ISS ................................. 30 
4.5 Escrituração Fiscal ........................................................................................... 30 
4.5.1 Livros fiscais exigidos pela legislação do ICMS e do IPI ........................... 30 
4.5.2 Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) ....................................... 33 
4.5.3 Principais declarações fiscais .................................................................... 35 
 
Referências Bibliográficas ..................................................................................... 36 
 
3 
 
 
1. Introdução 
 
A partir da década de 1980, uma nova ordem mundial emergiu alterando as 
estruturas dos mercados financeiros e promovendo o aparecimento de grandes 
corporações transnacionais. Com a globalização, vários países desenvolvidos e 
aqueles em desenvolvimento, inclusive o Brasil, bem como suas respectivas culturas, 
foram atingidos, gerando crises financeiras e políticas com a reorganização de seus 
merca- dos internos. 
Nos últimos anos, como efeito dessa nova ordem, mercados extremamente 
competitivos vêm surgindo. A crescente concorrência, combinada com elevadas taxas 
de juros reais, tem obrigado as empresas brasileiras a cortar custos, sobretudo a mão 
de obra, para obter preços menores a seus produtos. Ainda assim, as margens de 
rentabilidade têm sofrido expressivas quedas. É um círculo vicioso, pois a redução da 
renda disponível per capita, como vem acontecendo nos últimos anos, provocou a 
contração persistente e geral dos mercados e a inadimplência dos compradores, 
minando a capacidade de crescimento dos setores mais dinâmicos e organizados da 
economia brasileira. 
Tais fatores representam as várias facetas da extrema hostilidade do 
ambiente de negócios brasileiro, sobretudo para as pequenas e médias empresas. 
Essas são consideradas típicas na economia brasileira, pois representam 99,2% das 
empresas formais instaladas e são responsáveis por mais de 50,0% dos postos de 
trabalho no Brasil, conforme estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística (IBGE). 
Contudo, há outro fator ainda mais pesado que, combinado com os anteriores, 
faz do Brasil um dos países com a maior mortalidade empresarial do planeta: a carga 
tributária. 
Diante do atual cenário de incertezas políticas e econômicas que vivenciamos 
no Brasil, é de grande relevância pensar em como a gestão tributária eficaz pode 
contribuir com as empresas e consequentemente com o próprio desenvolvimento do 
país. Neste contexto, o entendimento sobre legislação e contabilidade tributária é 
imprescindível. 
4 
 
 
2. Noções e Fundamentos de Contabilidade Tributária 
O Estado, por causa de sua constante busca por recursos para financiar seus 
gastos, utiliza-se das informações geradas pela Contabilidade. E em grande parte, 
tais recursos são oriundos das atividades empresariais na forma de tributos. Assim, a 
Contabilidade Tributária tem como uma de suas funções o uso de regras e princiṕios 
próprios para interpretar e aplicar as normas legais provenientes da legislação tribu- 
tária e apurar rigorosamente os proventos que devem ser tributados das empresas. 
2.1 Conceito de Contabilidade 
O conceito de contabilidade tem evoluído, acompanhando as mudanças 
decorrentes do desenvolvimento dos negócios, das empresas e da globalização da 
economia. 
O 1º Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em setembro de 1924, 
aprovou a seguinte definição: “Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as 
funções de orientação, controle e registro relativo aos atos e fatos da administração 
econômica”. 
Ao longo dos anos, a contabilidade apresentou diversos estudiosos no que 
tange ao seu conceito. Com isso, apresentaremos abaixo alguns conceitos. 
 Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio vinculado a determinada 
pessoa, ou ente, sob a ótica de sua composição e de suas variações, 
qualitativas e quantitativas. Portanto, a contabilidade dedica-se à mensuração, 
reconhecimento e evidenciação dos fatos econômicos que afetam o patrimônio 
de certa entidade. 
 A Contabilidade é uma ciência social que desenvolveu processos próprios com 
a finalidade de estudar e controlar os fatos que podem afetar as situações 
patrimoniais,financeiras e econômicas de uma entidade. 
A noção de entidade, campo de aplicação da Contabilidade, é bastante ampla, 
abrangendo as pessoas físicas (ou naturais) e as jurídicas de direito privado 
(Associações, fundações, sociedades simples, sociedades em nome coletivo, 
sociedades em comandita simples, sociedades em comandita por ações, sociedades 
limita- das, sociedades anônimas) ou de direito público (união, estados, municípios, 
5 
 
 
autarquias, fundações públicas, agências executivas e agências reguladoras) que 
detenham um patrimônio. 
Vejamos melhor sobre o conceito de entidade e patrimônio. 
 Entidade é a pessoa, física ou jurídica, detentora de um patrimônio específico. 
Pode ser uma pessoa física, uma empresa, um órgão público, uma fundação, 
uma igreja, uma agremiação esportiva, um partido político, uma associação ou 
organização do terceiro setor. Assim, entidade é toda pessoa, ou corporação, 
à qual se vincula um patrimônio específico e determinado. 
 Patrimônio é o conjunto dos recursos controlados por determinada entidade e 
das respectivas obrigações incorridas por ela para captá-los. 
Denominamos ativo os recursos controlados pela entidade e as obrigações por 
ela contraídas para obter tais recursos chamamos de passivo e de patrimônio 
líquido. Passivos são as obrigações com terceiros e patrimônio líquido as 
obrigações da empresa para com os sócios. 
De modo resumido e prático, podemos entender que a contabilidade é a 
ferramenta que fornece informações estruturalmente lógicas e de grande utilidade 
para que empresários, investidores, bancos, acionistas, fornecedores, clientes e a 
sociedade em geral vejam como anda o desenvolvimento de um determinado negócio. 
Essas informações são essenciais para que possam tomar decisões eficientes. Com 
isso, são criados mecanismos para tomadas de decisões em qualquer área de uma 
entidade, seja na área de vendas, compras, faturamento, expedição, fiscal, financeiro, 
estoque (em processo de elaboração, semiacabado e produto acabado) etc. 
Sem a contabilidade, você não tem condições de manter a continuidade de 
um negócio e nem de saber se a empresa está tendo lucro ou prejuízo. Pode parecer 
que este tema é simples, contudo ele não é. A contabilidade requer uma perícia nos 
lançamentos de todas as documentações de uma entidade, e não basta apenas 
registrar, deve-se saber a essência de determinada conta para que se escriture o 
documento corretamente, e para que as informações geradas pela contabilidade não 
sejam deturpadas. 
 
 
6 
 
 
 
 
 
Do ponto de vista dos usuários da Contabilidade, seu objetivo é prestar infor- 
mações úteis e relevantes àqueles com interesse na avaliação da situação patrimonial 
e no desempenho dessas entidades; que podem ser pessoas fiśicas ou jurid́icas, 
internas ou externas em relação a elas. Como exemplo, os sócios, acionistas e 
proprietários de quotas societárias interessados na rentabilidade e segurança de seus 
investimentos; os administradores, diretores e executivos que precisam tomar 
decisões futuras, baseando-se no que aconteceu no passado, como também no que 
está ocorrendo no presente; os bancos e emprestadores de dinheiro, em geral, que 
estão interessados na capacidade da entidade de gerar recursos para eles decidirem 
a respeito da concessão de empréstimos; e, finalmente, o governo, exercendo seu 
poder de soberania, que precisa arrecadar os tributos incidentes sobre as atividades 
empresa- riais para financiar seus gastos. 
Desse modo, visando atender a todos, a Contabilidade deverá estar em 
condições de gerar e fornecer informações claras e simples aos vários grupos de 
pessoas, cujos interesses nem sempre são coincidentes, embora não sejam 
conflitantes. Para isso, além de otimizar seu tempo, deve estar inserida no processo 
decisório da entidade, assumindo as funções de observador, divulgador, interpretador 
e planejador dos fatos que afetaram ou que podem vir a afetar sua situação 
patrimonial, econômica e financeira. 
Apesar do tempo decorrido e das grandes transformações políticas, sociais e 
econômicas verificadas desde então, pode-se dizer, sem medo de errar, que, em sua 
essência, a definição continua válida. 
Várias correntes contábeis sucederam-se ao longo da história (contismo, 
personalismo, controlismo, aziendalismo, patrimonialismo etc.) e centenas de 
definições diferentes foram dadas e, por serem cientificamente corretas, são todas 
válidas. 
SAIBA MAIS 
Leasing financeiro: É um procedimento no qual se compra determinado ativo, porém apenas 
após o pagamento integral é que o bem passa para o nome do comprador (caso seja acertado 
entre as partes). 
7 
 
 
Elencá-las e discuti-las está fora do propósito desta obra, que pretende 
introduzir o leitor nos conceitos, princípios e normas básicas da contabilidade e da 
legislação tributária. 
Para fins didáticos e tomando por base a primeira definição oficial e 
acrescentando alguns elementos, o autor define: 
Contabilidade é a ciência que estuda, registra e controla o patrimônio e as 
mutações que nele operam os atos e fatos administrativos, demonstrando no final de 
cada exercício social o resultado obtido e a situação econômico financeira da 
entidade. 
2.2 Princípios Contábeis 
Em alguns momentos da história da Contabilidade, surgiram dúvidas quanto 
ao melhor critério de registro de determinadas transações. Diante disso, os primeiros 
contadores tiveram de fazer algumas opções, que acabaram sendo adotadas pelos 
demais colegas, ficando como regras, que passaram a ser seguidas e aceitas por 
todos. Essas regras básicas que foram adotadas denominamos Princípios 
Contábeis e hoje formam o arcabouço teórico que sustenta toda a Contabilidade. 
Princípios de Contabilidade significam, então, as regras em que se assenta 
toda a estrutura teórica para a escrituração e análise contábil. O significado da palavra 
“princípio” está relacionado à origem e corresponde a uma base essencial para um 
conhecimento científico. O princípio contábil visa padronizar as bases sobre as quais 
os fatos serão identificados e mensurados. 
Um princípio contábil precisa ter duas características: deve ser útil e 
executável. Quanto à utilidade, deve possuir valor adicionado à informação contábil 
do princípio. A execução está relacionada à ideia inicial de que, se a análise do método 
não puder ser cobrada dos contadores, estará faltando a essência de generalidade, 
fazendo com que o princípio passe a ser impraticável para o ramo ou atividade 
econômica. 
Tendo em vista a complexidade do tema, não é escopo dessa obra o 
aprofundamento no estudo de cada princípio. Faremos uma abordagem sucinta, 
procurando evidenciar de forma prática como os princípios devem ser utilizados pelo 
contador. 
8 
 
 
2.2.1 Postulados 
Postulados significam os elementos vitais, elementos básicos, em que se 
estruturou toda a Contabilidade atual. São as condições sine qua non para o 
desenvolvimento da Contabilidade. 
São dois postulados: 
 Entidade 
Este postulado diz que a Contabilidade de uma entidade (empresa, pessoa, 
entidade filantrópica) não pode ser confundida com a Contabilidade dos membros que 
a possuem. Em outras palavras, a escrituração de uma empresa tem de ser 
completamente dissociada da escrituração de seus proprietários. 
 Continuidade 
Este postulado diz que a empresa deve ser avaliada e, por conseguinte, ser 
escriturada, na suposição de que a entidade nunca será extinta. Os ativos dessa 
empresa serão avaliados partindo desse pressuposto. Deste modo, se uma empresa 
estiver sendo encerrada, se estiver terminando suas atividades empresariais, os 
critérios de avaliação de seus ativos serão diferentes. Este postulado existe para 
possibilitar também a apuração de resultados periódicos. 
2.2.2 Princípios 
A Contabilidade é uma ciência de caráter essencialmente prático. Ao longodos anos, diversos critérios foram desenvolvidos, diversas opções foram efetuadas, 
numa tentativa de normalizar e de se chegar a uma melhor forma de controlar o 
patrimônio de uma entidade. Assim, os princípios são a exteriorização de critérios 
aceitos pela maioria dos contadores. 
 Denominador Comum Monetário 
Este princípio diz que a Contabilidade deve ser feita numa única moeda e que 
todos os itens devem ser avaliados por essa moeda. Assim, uma dívida contraída 
originariamente em dólares será controlada em dólares, mas na escrituração 
comercial será expressa em reais. Se a empresa tem uma obra de arte no seu ativo, 
recebida em doação, por exemplo, para figurar na sua Contabilidade ela deverá 
avaliar essa obra em reais. 
9 
 
 
 Competência de Exercícios 
Este princípio é aplicado na contabilização das receitas e despesas. Ele é, na 
realidade, a expressão conjunta dos dois princípios que normalizam o resultado, que 
são: 
a) Princípio da Realização da Receita; 
b) Princípio do Confronto das Despesas com as Receitas. 
Tendo em vista que a necessidade de sua compreensão é vital para o perfeito 
entendimento das peças contábeis, faremos uma explicação mais detalhada, 
incorporando exemplos de conteúdo prático. 
Podemos dizer que para uma despesa ou receita existem dois momentos em 
que se poderia processar a contabilização dos fatos envolvendo tais elementos 
patrimoniais, a saber: 
I –o momento econômico (de sua ocorrência ou geração); 
II –o momento financeiro (de sua efetivação financeira, através do 
pagamento ou recebimento). 
Exemplificando, vamos imaginar despesa de salário de dezembro/x1, paga em 
janeiro/x2. 
Quando devemos contabilizar a despesa de salário como despesa (como 
redutora do Patrimônio Líquido)? 
 
a) no momento de sua geração, no momento econômico, ou seja, 
no mês de dezembro/x1; 
Ou 
b) no momento de seu pagamento, no momento financeiro, ou seja, 
no mês de janeiro/x2. 
 
Quando da necessidade de opção por um dos dois momentos, os contadores 
decidiram que as despesas (e as receitas) devem ser contabilizadas quando 
ocorrerem, ou seja, no momento econômico de sua geração, e não quando pagas (ou 
recebidas no caso das receitas). Essa decisão tornou-se o Princípio da Competência 
de Exercícios, que diz: 
10 
 
 
“As despesas e receitas devem ser contabilizadas como tais, no momento de 
sua ocorrência, independentemente de seu pagamento ou recebimento.’’ 
Conceito de exercício contábil 
Entendemos na Contabilidade que um Exercício Contábil é o período de um 
ano, em que se faz a apuração do resultado. Não necessariamente o exercício contábil 
de um ano tem de coincidir com o ano civil, mas o exercício contábil tem de ter 12 
meses. O início e o fim do exercício contábil serão determinados pela empresa. 
É importante ressaltar que a legislação comercial e fiscal exige no mínimo um 
Balanço Patrimonial no encerramento de cada exercício contábil, acompanhado da 
Demonstração dos Resultados do último exercício. 
Assim, as despesas e as receitas devem ser contabilizadas no ano em que 
forem geradas, mesmo que pagas ou recebidas em ano ou anos posteriores, ou até 
anteriores, se for o caso. 
Extensão do conceito de exercício – Regime de competência mensal 
Apesar de obrigatoriamente termos de elaborar Demonstrativos Contábeis 
apenas no fim de cada ano (de cada exercício contábil), a necessidade de informação 
contábil para fins de controle patrimonial faz com que as boas empresas elaborem tais 
demonstrações pelo menos a períodos mensais. Assim, faz-se todo o mês a 
Demonstração de Resultados do último mês, e o acumulado até esse mês, e o 
Balanço Patrimonial ao final de cada mês. 
Dessa forma, o conceito de competência de exercício é subdividido em 12 
períodos, e faz-se o uso do conceito de ocorrência aplicando-se para cada mês. É 
claro que, se para uma empresa não há essa necessidade de resultados mensais, e 
ela entende suficientes resultados trimestrais, isso também poderá ser efetuado. Mas 
cremos que hoje o período de apuração mensal é o mínimo ideal a ser observado. 
Tomemos outro exemplo, agora de receita, e de aplicação do conceito de 
competência em nível mensal. 
Temos vendas efetuadas em março/x1 a serem recebidas em junho/x1. A 
receita de vendas deverá ser contabilizada no mês da emissão da nota e respectiva 
11 
 
 
saída da mercadoria, que é no mês de março/x1, mesmo que o recebimento da 
duplicata se concretize alguns meses depois, no caso, em junho/x1. 
A adoção do regime de competência foi imposta pela necessidade de a 
Contabilidade controlar os direitos e obrigações. Assim, os valores a receber no Ativo 
significam vendas de bens ou serviços a prazo. Os valores a pagar no Passivo 
representam as compras de bens ou serviços ou despesas a prazo. 
Regime de competência e controle de contas a receber e a pagar 
Caso a Ciência Contábil tivesse adotado o regime de caixa para contabilização 
das receitas e despesas, não haveria a possibilidade de controle dos créditos e 
obrigações gerados pelos eventos econômicos que têm prazo para realização 
financeira, o que, na prática, impediria a efetiva condição de controle patrimonial dos 
bens, direitos e obrigações. 
 Realização da Receita 
Este princípio diz quando devemos considerar a receita como realizada, ou 
efetuada. Muitos teóricos admitiam que deveríamos considerar a receita de um 
produto no momento em que tivéssemos terminado de produzi-lo. Mas o consenso 
dos contadores não aceita essa teoria. Devemos considerar a receita de venda de um 
produto apenas no momento em que este produto tiver sido entregue ao cliente, já 
com um preço acordado. O momento de realização da receita poderá ser determinado 
verificando-se algumas condições básicas: 
 Avaliação de mercado objetiva para o preço do produto; 
 Realização de todos os esforços de produção; 
 Condições de avaliar as despesas relativas ao produto que está sendo 
vendido. 
Existem algumas variações no conceito tradicional de realização da receita, 
mas que acabam por se incluir na regra geral. É o caso da contabilização de 
resultados de contratos de longo prazo, em que o valor da receita é contabilizado à 
medida que o produto vai sendo fabricado, isto é, conforme o estágio de produção. 
Um exemplo desse tipo de contabilização é a fabricação de navios. O fato de a 
empresa fabricadora ter um contrato formal, iniciando a fabricação somente com a 
12 
 
 
assinatura desse contrato faz com que tenhamos um preço objetivo para essa 
produção. Também os esforços de cada fase de produção estão sendo despendidos 
e nada será perdido, podendo a construção até ser concluída por outro estaleiro. 
Igualmente, o custo de cada fase de produção é conhecido. 
Outro exemplo de variação na contabilização da receita é o caso de pecuária 
de maturação longa, como a criação de bovinos. À medida que vai havendo a engorda 
do rebanho, poderemos contabilizar a receita proporcional. Normalmente, a receita é 
calculada em função dos anos de vida do rebanho. A cada ano que passa vai-se 
lançando a receita incremental do ano que passou, que é engorda do ano, pelo seu 
valor estimado de mercado (valor justo). 
 Confronto das Despesas com as Receitas 
Este princípio diz que as receitas realizadas no período devem ser 
confrontadas, no mesmo período, com as despesas que as geraram. Isto é, para a 
apuração do resultado de um período deverão ser consideradas as receitas 
realizadas, diminuídas das despesas que foram sacrificadas para a sua obtenção. 
 Custo como Base de Valor 
Este princípio diz que as aquisições de ativos deverão ser contabilizadas pelo 
seu valor histórico, pelo seu valor de compra ou aquisição. Este princípio tem uma 
restrição: quando, numa aquisição, o valor de custo for superior ao valor de venda ou 
mercado, então deveremos avaliar este ativo pelo mercado. Assim, na prática, fala-se 
desse princípio como “custoou mercado, o menor’’. 
Exemplo: Mercadorias em Estoque 
Esse conceito é bastante importante para entendermos a conta de 
Mercadorias em Estoque. Entendemos Mercadorias em Estoque os bens que a 
empresa adquire com a finalidade básica de posterior revenda e obtenção de lucro 
com essa revenda. É a transação que dá substância a uma empresa comercial. 
O princípio de Custo como Base de Valor diz que os bens adquiridos devem 
ser registrados pelo preço de compra (preço de aquisição), que significa PREÇO DE 
CUSTO. Assim, quando compramos uma mercadoria por $ 100, para posterior 
13 
 
 
revenda, devemos lançá-la na Contabilidade por esse valor de aquisição, mesmo 
sabendo que se DEVA vendê-la, DEPOIS, por, digamos, aproximadamente $ 250. 
Isso significa que, apesar de se ter uma ideia de que o valor de venda é de $ 
250, enquanto não vendida temos de manter o seu valor na conta Mercadorias a 
PREÇO DE CUSTO. 
Quando ocorrer a venda, e a mercadoria não estiver mais em estoque, a baixa 
da conta Mercadorias em Estoque será também dada pelo preço de custo, lançando 
a contrapartida como Despesa. O valor de venda será lançado numa conta de Receita. 
A diferença entre os valores da Receita de Vendas, menos a Despesa de Custo da 
Mercadoria saída do estoque (Custo da Mercadoria Vendida), significa o Lucro Bruto 
na Venda de Mercadorias. 
Custo de aquisição 
O custo de aquisição, no sentido contábil mais amplo, compreende o custo da 
compra, mais as despesas para disponibilizar o bem ou serviço na empresa, mais os 
impostos não recuperáveis, deduzido dos impostos recuperáveis, se houver. 
 
Exceções ao princípio do Custo como Base de Valor 
Fundamentalmente, as exceções na aplicação do princípio do Custo como 
Base de Valor estão nos procedimentos posteriores de remensuração dos ativos e 
passivos, quando, segundo os pronunciamentos contábeis, aplica-se o valor justo 
para mais, inclusive, em determinados elementos patrimoniais. 
 Essência sobre a Forma 
Este princípio é bastante relacionado com os aspectos legais e fiscais, que 
levam a determinadas interpretações sobre alguns eventos. Para a Contabilidade, 
deve prevalecer a natureza econômica do evento a ser registrado (seu impacto 
patrimonial) e não a forma em que está legalmente apresentado. Um dos exemplos 
mais marcantes é o leasing financeiro, cuja forma é despesa de aluguel, mas na 
essência é uma compra de ativo permanente com financiamento de longo prazo. 
14 
 
 
3. Tributo e Sistema Tributário Brasileiro 
O Sistema Tributário Brasileiro é composto pelos tributos de competência da 
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal e é regido pelo disposto na 
Constituição Federal, na Emenda Constitucional 18/1965, em Leis Complementares, 
em resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em 
leis federais, estaduais ou municipais. 
3.1 Conceito Tributo 
A história dos tributos nas sociedades antigas confunde-se com a história da 
criação do Estado. Apesar de também serem usados para custear a criação de 
instituições como administração pública, força militar e obras públicas, a justificativa 
maior para cobrança de tributos residia na concepção de que o soberano era um ser 
divino, e que, portanto, precisava ser sustentado com grande luxo. Os tributos também 
eram devidos pela extração dos frutos da terra, a qual pertencia ao soberano. 
De acordo com o art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN), Lei 5.172/1966, 
tributo é “toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se 
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. Essa definição incorpora 
uma série de características essenciais dos tributos, são elas: 
 
 
 
a) Prestação pecuniária compulsória: aquilo que é obrigatoriamente pago, valor 
que é forçosamente pago ao Estado; 
b) Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: o recolhimento aos cofres 
públicos deve ser em moeda corrente. Porém é admissível a permissão legal 
para que o pagamento ocorra em equivalentes de moeda, assim como algum 
indexador; 
c) Que não constitua sanção de ato ilícito: o pagamento do tributo não é 
consequência do descumprimento da lei, tal como ocorre com as multas. 
Assim, as multas e demais penalidades pecuniárias não configuram qualquer 
tipo de tributo; 
Tributo é a principal fonte de recursos dos Estados. A receita tributária é 
considerada receita derivada, porque deriva do poder do Estado de instituí-lo e 
cobrá-lo. 
15 
 
 
d) Instituída em lei: ninguém pagará tributo senão por força de lei, pois não há 
tributo se não houver lei que o estabeleça; 
e) Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: a 
atividade vinculada é oposta à atividade discricionária. Na atividade 
discricionária o agente público pode realizar escolha subjetiva. Por outro lado, 
na atividade vinculada o agente público atua e abstém-se de atuar em 
conformidade com o comando legal. Na atividade administrativa de cobrança 
de tributos o agente público não tem qualquer liberdade, ele deve agir no estrito 
cumprimento da lei. 
Para melhor compreensão, cada um dos seguintes elementos que compõem 
a sua definição deve ser analisado: 
 Tributo é a prestação pecuniária, pois o conceito legal exclui qualquer 
prestação que não seja representada por dinheiro. Não podem ser cobrados 
tributos que consistam em prestação de natureza pessoal, tal como a prestação 
de serviços. Só a lei pode obrigar o contribuinte a pagar tributo em moeda 
corrente do País ou em outra unidade traduzível em moeda, tal como a Unidade 
Fiscal de Referencia (Ufir), por exemplo. 
 O tributo é compulsório, pois a obrigatoriedade faz parte de sua essência. O 
tributo não decorre de negócio jurídico realizado mediante manifestação de 
vontade das partes, e, sim, de uma relação de soberania do Estado que lhe 
permite exigir de todos aqueles que praticaram o fato gerador, 
independentemente da vontade. 
 A criação ou instituição de um tributo depende exclusivamente da lei, não 
sendo admitidas outras maneiras de criá-lo. 
 O Art. 3º do CTN afirma que o tributo não constitui sanção a ato ilícito, significa 
que a hipótese de incidência depende da prática de atos lícitos. Deve-se 
observar quais situações, como a aquisição de disponibilidade econômica ou 
jurídica de rendimentos, são suficientes para o nascimento de obrigações 
tributárias, como o Imposto de Renda, por exemplo, ainda que esses 
rendimentos sejam provenientes de atividades ilícitas como o “jogo do bicho” 
(a hipótese de incidência é a aquisição de disponibilidade financeira e não o 
jogo do bicho). 
16 
 
 
 Finalmente, a cobrança do tributo é uma atividade privada da administração 
pública que não pode ser exercida por nenhuma outra pessoa. Além disso, há 
de ser vinculada, ou seja, a administração pública deverá agir estritamente 
conforme a lei e não segundo seus critérios de conveniência e oportunidade. 
3.2 Modalidades de tributos 
Segundo a Constituição Federal de 1988 (CF/1988), existem cinco 
modalidades de tributos: Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria (artigo 145); 
Empréstimos Compulsórios (artigo 148) e Contribuições Sociais (artigo 149). 
3.2.1 Impostos 
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação indepen- 
dente de qualquer atividade estatal especif́ica, relativa ao contribuinte. (Artigo 16 do 
CTN.) 
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municiṕios podem instituir os im- 
postos cuja competência esteja devidamente prevista na Constituição. 
Sempre que possiv́el, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, 
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os 
direitos individuais e nos termosda lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte. (§ 1º do artigo 145 da CF/1988.) 
Os impostos de competência da União, previstos nos artigos 153 e 154 da 
CF/1988, são os seguintes: 
a) Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros; 
b) Imposto sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou 
nacionalizados; 
c) Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza; 
d) Imposto sobre produtos industrializados; 
e) Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou 
valores mobiliários; 
f) Imposto sobre a propriedade territorial rural; 
g) Imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei complementar; 
h) Impostos diferentes dos mencionados nas letras “a” a “g”, mediante lei 
complementar, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador 
ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição; 
17 
 
 
i) Impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
tributária, na iminência ou no caso de guerra, os quais serão suprimidos, 
gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
É importante destacar que, segundo o artigo 147 da CF/1988, competem à 
União, em território federal, os impostos estaduais e, se o território não for dividido em 
Municípios, cumulativamente, os impostos municipais. É essencial destacar ainda que 
ao Distrito Federal cabem os impostos estaduais e municipais. 
Os impostos de competência dos Estados e do Distrito Federal, previstos no 
artigo 155 da CF/1988, são os seguintes: 
a) Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou 
direitos; 
b) Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 
e 
c) Imposto sobre a propriedade de veículos automotores. 
 
Os impostos de competência dos Municípios, previstos no artigo 156 da 
CF/1988, são os seguintes: 
a) Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana; 
b) Imposto sobre a transmissão “intervimos”, a qualquer título, por ato oneroso, 
de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre 
imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; 
c) Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, 
II, definidos em lei complementar. (CF/1988.) 
 
A CF/1988, em seu artigo 149-A, estabelece também que os Municípios e o 
Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o 
custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III, 
facultando a cobrança da contribuição na fatura de consumo de energia elétrica. 
 
18 
 
 
3.2.2 Taxas 
Segundo o artigo 77 do CTN, as taxas cobradas pela União, pelos Estados, 
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, 
têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva 
ou potencial, de serviço público especifico e divisível, prestado ao contribuinte ou 
colocado à sua disposição. 
O dispositivo legal supramencionado estabelece, ainda, que a taxa não pode 
ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto, nem 
ser calculada em função do capital das empresas. 
Poder de polícia é a atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de 
fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos 
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à 
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou 
coletivos. (Artigo 78 do CTN.) 
Segundo o parágrafo único do artigo supramencionado, considera-se regular 
o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos 
limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade 
que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. 
O CTN estabelece, ainda, em seu artigo 79, que os serviços públicos 
consideram-se: 
I. utilizados pelo contribuinte: 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua 
disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; 
II. específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de 
intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas; 
III. divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada 
um dos seus usuários. 
19 
 
 
Por último, é importante destacar que, segundo o artigo 80 do CTN, para efeito 
de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito das 
atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas que, 
segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do 
Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, competem a 
cada uma dessas pessoas de direito público. 
 
3.2.3 Contribuição de melhoria 
A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito 
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída 
para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, 
tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de 
valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. (Artigo 81 do CTN.) 
Veja o que estabelece o artigo 82 do CTN: 
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes 
requisitos mínimos: 
I. Publicação previa dos seguintes elementos: 
a) memorial descritivo do projeto; 
b) orçamento do custo da obra; 
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; 
d) delimitação da zona beneficiada; 
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a 
zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; 
II. fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos 
interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; 
III. regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da 
impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação 
judicial. 
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será́ determinada pelo rateio da 
parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados 
na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. 
20 
 
 
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser 
notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e 
dos elementos que integram o respectivo cálculo. 
3.2.4 Empréstimo compulsório 
Segundo o artigo 148 da CF/1988, a União, mediante lei complementar, 
poderá́ instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias, 
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência e no caso de 
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. 
Determina, ainda, o dispositivo legal citado, que a aplicação dos recursos 
provenientes de empréstimo compulsório será́ vinculada à despesa que fundamentou 
sua instituição. 
3.2.5 Contribuições sociais 
Conforme o artigo 149 da CF/1988, compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas 
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo 
do previsto no art. 195, § 6º, relativamenteàs contribuições a que alude o dispositivo. 
Contudo, é importante conhecer o disposto no § 1º do mesmo dispositivo legal 
supra e também no artigo 149-A, veja: 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, 
cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime 
previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será́ inferior à da contribuição 
dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n. 41, 19.12.2003.) 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na 
forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado 
o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 39, de 2002.) 
Paragrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o 
caput, na fatura de consumo de energia elétrica. (Incluído pela Emenda Constitucional 
n. 39, de 2002.) 
21 
 
 
O mencionado artigo 195 da CF estabelece que a seguridade social será́ 
financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante 
recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
I. do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou credita- dos, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro. 
II. do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de 
previdência social de que trata o art. 201. 
III. sobre a receita de concursos de prognósticos. 
IV. do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
 
3.3 Sistema Tributário Nacional 
 
O Sistema Tributário Brasileiro é composto pelos tributos de competência da 
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal e é regido pelo disposto na 
Constituição Federal, na Emenda Constitucional 18/1965, em Leis Complementares, 
em resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em 
leis federais, estaduais ou municipais. 
A Constituição Federal de 1988 é o pilar e a essência do Sistema Tributário 
Nacional, ela fornece as diretrizes para que os governantes se embasem no momento 
da cobrança e fiscalização dos tributos. 
Em seus artigos 145 a 162, a Constituição Federal de 1988, apresenta: 
 Os princípios constitucionais tributários. 
 As competências e as limitações do poder ao tributar dos governantes. 
 A forma de repartição das receitas tributárias entre a União, os Estados e os 
Municípios. 
22 
 
 
A Lei no 5.172/1966 – atual Código Tributário Nacional (CTN) – é a lei 
brasileira que norteia a aplicabilidade dos tributos, competências, prescrições, limites 
de cobrança de tributos, atuação dos agentes fazendários, direitos e deveres dos 
contribuintes. 
O CTN surgiu a partir de um fenômeno chamado “teoria ou princípio da 
recepção” (art. 34 § 5o dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias). O CTN 
foi constituído em 25 de outubro de 1966, como lei ordinária, porém, como você pode 
notar é mais antigo do que a nossa CF (1988), e foi absorvido pela teoria da recepção. 
Como você pode observar, o CTN, antes da entrada de nossa Carta Magna, 
era considerado “lei ordinária”, porém, atualmente, cumpre a função de lei 
complementar, exigida pela nossa Constituição Federal (atual). O CTN trata de 
matéria de prescrição, hipótese de incidência, alíquota, base de cálculo, conflitos de 
competências e limitações ao poder de tributar. Então, em razão do princípio da 
recepção e pelo CTN tratar de matérias que a CF observou que só seriam tratadas 
por Lei Complementar, no momento em que o CTN foi absorvido, foi também 
caracterizado como lei complementar e, assim, é considerado nos dias atuais. 
 
Agora, você vai conhecer os aspectos principais e norteadores do Sistema 
Tributário Brasileiro, que o caracterizam como o mais seguro e confuso sistema de 
cobrança de tributos do mundo. 
3.3.1 Legislação Tributária 
Em matéria de legislação tributária, você deve se orientar pelo artigo 96 da 
Lei no 5.172/1966, transcrito a seguir: 
 
Princípio da recepção: são todas as normas jurídicas que tinham suas vigências 
anteriores a um ordenamento constitucional e entram em conflito com ele. Nesses 
casos, deverá estar em consonância com o ordenamento constitucional vigente e 
ser absorvidas pelo sistema jurídico, permanecendo em vigor. 
Art. 96 
A expressão ‘legislação tributária’ compreende as leis, os tratados e as 
convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que 
versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles 
pertinentes. 
23 
 
 
Em matéria de legislação tributária, você deve estar atento às hierarquias das 
leis ou atos normativos, sob pena de uma interferir na outra, gerando 
inconstitucionalidade. A seguir, algumas definições importantes e que você precisa 
conhecer sobre o assunto. 
 Constituição Federal: é a diretriz de todas as leis, norteia os parâmetros de 
tributação e fornece embasamento as demais normas. 
 Lei Complementar: é a lei que estabelece matéria de hipótese de incidência, 
fato gerador, base de cálculo, alíquota e demais aspectos formais, 
estabelecendo obrigações acessórias e principais. 
 Lei Ordinária: é a complementação das normas constitucionais que não foram 
tratadas por lei complementar, decretos, lei, resoluções e outros atos 
normativos. Geralmente, trata da instituição de tributos ou de tributos 
municipais já criados pela Constituição Federal. Com ela, cada ente federativo 
municipal tem sua prerrogativa para criar tributos. 
 Decretos-lei: regulamentam a criação de tributos federais e estaduais, já 
instituídos pela CF, e tem a função de regulamentação de outros atos 
normativos já expedidos. 
 Portarias, Resoluções e Instruções Normativas: são atos normativos que 
servem para resolver questões que por leis e decretos não podem ser 
resolvidas, como prazos para pagamentos de tributos, prazos para entregas de 
obrigações acessórias, layout de arquivos para entrega das obrigações 
acessórias, por exemplo, DCTF, GIA, SPED CONTABIL e outros. 
 
4. Contabilidade Tributária 
A Contabilidade Tributária é um ramo da Contabilidade que trata especifica- 
mente do estudo, do gerenciamento e da contabilização de tributos. 
Toda entidade é obrigada a recolher aos cofres públicos tributos gerados em 
decorrência da gestão normal do patrimônio. Os tributos poderão ser devidos aos 
governos federal, estadual ou municipal, conforme a natureza da operação que dá́ 
origem ao respectivo tributo. 
24 
 
 
Os tributos mais importantes são aqueles incidentes sobre o faturamento, o 
Lucro Líquido e a folha de pagamento. Contudo, há uma infinidade de tributos que as 
entidades recolhem aos cofres públicos, sejam da modalidade impostos, taxas, 
contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios ou contribuições sociais, cujas 
obrigações surgem em consequência da ocorrência dos respectivos fatos geradores. 
Os fatos geradores de tributos estão por toda parte: na compra, produção e 
venda de bens; na contratação e prestação de serviços; no pagamento de salários; 
nas importações e nas exportações; nos resultados derivados de transações 
financeiras (empréstimos, financiamentos, investimentos em cadernetas de 
poupança, ações e em outros títulos e valores mobiliários); no transporte de cargas 
ou de passageiros (pedágios, taxas de embarque em aeroportos, portos etc.). 
4.1 Funções da Contabilidade Tributária 
As principais funções da Contabilidade Tributária são: 
 Proceder ou orientar a emissão de documentos fiscais relativosà 
circulação de mercadorias ou a prestação de serviços, de acordo com o 
estabelecido pelas legislações municipal, estadual e federal. 
 Proceder ou orientar o cálculo dos tributos incidentes nas operações de 
vendas de mercadorias ou de produtos e de prestação de serviços, 
aplicando as alíquotas adequadas a cada operação conforme a 
legislação específica. 
 Promover a escrituração dos livros fiscais de acordo com as 
determinações legais. 
 Promover a apuração do Lucro Real, a partir do Lucro Líquido do 
Exercício, mediante a escrituração dos ajustes necessários no Livro 
Eletrônico de Escrituração e Apuração do Imposto sobre a Renda e da 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido da Pessoa Jurídica Tributada 
pelo Lucro Real (e-Lalur), visando à apuração e contabilização do 
Imposto de Renda sobre o Lucro Líquido. 
 Promover ajustes no Lucro Líquido do Exercício para apuração da base 
de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro bem como da sua 
contabilização. 
 Promover ou orientar os cálculos e contabilização das contribuições 
sociais incidentes sobre os salários pagos aos empregados. 
25 
 
 
Normalmente, as folhas de pagamentos de salários são elaboradas pelo 
departamento pessoal da empresa. Contudo, as orientações para o 
cálculo da contribuição previdenciária, do Fundo de Garantia do Tempo 
de Serviço (FGTS), férias, 13º salário etc., são atribuições da 
Contabilidade Tributária. 
 Promover ou orientar o correto preenchimento das guias para 
recolhimento de tributos das três esferas de governo: municipal, estadual 
e federal. 
 Promover treinamento e orientação fiscal para os departamentos da 
empresa que tenham por incumbência desenvolver tarefas relacionadas 
a tributos. 
 Promover e orientar a elaboração do planejamento tributário. 
 
4.2 Responsabilidades do Contador Tributário 
O contador tributário é responsável pelo gerenciamento dos tributos que 
incidem nas atividades desenvolvidas pela empresa. 
Esse gerenciamento exige do contador o conhecimento das legislações 
pertinentes a cada tributo a que a empresa esteja sujeita, visando à elaboração de um 
planejamento tributário adequado que possibilite à empresa, como vimos, não só́ o 
cumprimento das obrigações principais e acessórias, como também a redução da 
carga tributária. 
O cumprimento das obrigações acessórias envolve principalmente a emissão 
da documentação fiscal, a escrituração fiscal e contábil enquanto as obrigações 
principais correspondem, preferencialmente, ao recolhi- mento dos tributos. 
Portanto, o cumprimento adequado das obrigações principais e acessórias 
evita o aumento da carga tributária com o pagamento de multas, juros e outros 
acréscimos enquanto que um adequado planejamento tributário pode reduzir a carga 
tributá- ria especialmente pela prática da elisão fiscal que, conforme vimos, 
corresponde ao aproveitamento dos benefícios concedidos pelo governo. 
Enfim, para desempenhar adequadamente as tarefas que lhe são confiadas, é 
necessário que o contador tributário seja um profundo conhecedor da legislação 
tributária e não meça esforços para manter-se constantemente atualizado em relação 
às alterações que, frequentemente, ocorrem por meio de Leis Complementares, Leis 
26 
 
 
Ordinárias, Decretos-lei, Decretos, e tantos outros atos do Poder Executivo que 
provocam modificações no cumprimento de obrigações junto ao Fisco Municipal, 
Estadual ou Federal. 
4.3 Planejamento Tributário 
Planejamento é o processo que objetiva perceber a realidade posta, 
estabelecer a meta a ser alcançada e avaliar os diferentes cursos de ações que podem 
ser adotados para atingir a meta estabelecida, bem como suas respectivas 
dificuldades, riscos e consequências. Assim, o planejamento sempre antecede a ação, 
e a sua implementação, invariavelmente, objetiva a determinado fim. É a partir dessa 
definição de planejamento que, aqui, conceituamos a expressão planejamento 
tributário. 
 
Planejamento tributário consiste no conjunto de ações que, dentro dos 
estritos limites da lei, busca estruturar as operações do contribuinte de tal maneira que 
os custos com tributos sejam o mínimo exigido pelo sistema tributário nacional, 
evitando-se o recolhimento de tributos em montante superior àquele legalmente 
devido. A título ilustrativo, podem-se mencionar as seguintes ações como exemplo de 
ações alinhadas com um adequado planejamento tributário: 
 
a) quando possível, dentro do binômio custo versus benefícios, 
evitar ou postergar ações/transações que impliquem na ocorrência do fato 
gerador do tributo; 
b) privilegiar transações beneficiadas por redução de base de 
cálculo; 
c) privilegiar transações tributáveis com a menor alíquota aplicável; 
d) optar por formas de tributação que impliquem em menor custo 
com apuração de tributos e apresentação de obrigações acessórias. A título de 
exemplo, pode-se mencionar a opção pelo Simples Nacional, desde que sob o 
estrito cumprimento da lei. 
 
Planejamento tributário é a ação de projetar as atividades do sujeito passivo para 
que o ônus tributário seja licitamente minimizado. 
27 
 
 
O legítimo planejamento tributário auxilia o contribuinte a reconhecer a 
dimensão social da arrecadação tributária, auxilia a engenharia de produtos e 
serviços, contribui na orientação de tarefas operacionais de diversos setores da 
empresa, tais como suprimentos, comercial e financeiro. 
 
 O que é planejamento tributário 
 
Conforme Oliveira, Chieregato, Perez Junior e Gomes (2014), planejamento 
tributário é o estudo prévio dos efeitos jurídicos, fiscais e econômicos de determinada 
decisão gerencial, de forma a identificar qual a opção legal menos onerosa para 
realizar determinada operação. Esse também é o entendimento externado por Fabretti 
(2015), para quem planejamento tributário é o “estudo feito preventivamente, ou seja, 
antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e 
econômicos e as alternativas legais menos onerosas”. 
Tanto Fabretti (2015) quanto Oliveira et al. (2014) concordam que não se deve 
confundir planejamento tributário com sonegação fiscal, que é crime previsto na Lei 
8.137/1990. Enquanto planejamento tributário é o estudo das opções lícitas de que 
resulte o menor ônus tributário, a sonegação é o uso de simulações, alterações de 
registros e documentos, enfim, de qualquer ação ou omissão dolosa que ilicitamente 
objetive impedir ou retardar, completa ou parcialmente, que a autoridade fiscal tome 
conhecimento da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal. O 
planejamento tributário é sempre anterior à realização do fato administrativo, pois, do 
contrário, não seria planejamento. 
 
 O que não é planejamento tributário 
 
Entre diversas situações que não configuram planejamento tributário, 
mencionamos, a título de exemplo: 
a) o planejamento de operações e configurações exclusivamente para os 
propósitos de postergar ou reduzir o pagamento de tributos; 
b) a alteração de livros, registros ou documentos com o objetivo de reduzir a 
base de cálculo do tributo; 
28 
 
 
c) a alteração de livros, registros ou documentos com o objetivo de mascarar as 
características da operação para enquadrá-la como outra, sujeita a menor 
alíquota; e 
d) dissimulações e alterações de registros e documentos, bem como quaisquer 
outras ações ou omissão destinadas a, ilicitamente, impedir ou retardar, 
completa ou parcialmente, que a autoridade fiscal tome conhecimento da 
ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal. 
 
 Conceitos de simulação e dissimulação 
 
Segundo Torres (2007), simulação é o fingimento de algo que não 
aconteceu, ou que só aconteceu em parte. O autor apresenta, como exemplo, uma 
transação de compra e venda, sem, porém, haver entrega de dinheiro (não houve 
venda). 
Por seu turno, dissimulação é a ocultação de algo que ocorreu. Nessesentido, Monteiro e Pinto (2016) lembram que não se deve confundir simulação com 
dissimulação, pois a simulação acena com o que não existe e a dissimulação oculta 
o que existe. 
O art. 167 do Código Civil – Lei 10.406/2002 – assim determina: 
 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se 
dissimulou, se válido for na substância e na forma. 
§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: 
I – aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às 
quais realmente se conferem, ou transmitem; 
II – contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; 
III – os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. 
§ 2º Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes 
do negócio jurídico simulado. 
 
 O combate à elisão fiscal 
 
A Lei Complementar 104/2001 acrescentou o seguinte parágrafo único ao 
art. 116 do Código Tributário Nacional – Lei 5.172/1966: 
 
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou 
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do 
fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da 
obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em 
lei ordinária. 
 
29 
 
 
O parágrafo único do art. 116 do CTN estabelece a possibilidade de se 
desconsiderar negócios jurídicos feitos para dissimular fatos geradores de imposto. 
É importante destacar que esse dispositivo ainda carece de ser regulamentado por 
lei ordinária para que possa ser aplicado. 
Apesar de esse dispositivo ter se tornado conhecido como uma norma 
antielisão, sob a abordagem adotada por Torres (2007) ele é melhor descrito como 
uma norma de combate à elisão ilícita. Seu texto autoriza desconsiderar atos ou 
negócios jurídicos destinados à dissimulação, à ocultação da ocorrência da 
obrigação tributária. Entretanto, este texto não proíbe o legítimo planejamento 
tributário, que precede à ação econômica e ao fato jurídico e obedece ao estrito 
cumprimento da lei. 
 
4.4 Documentos Fiscais 
4.4.1 Documentos fiscais exigidos pela legislação do ICMS e do IPI 
A pessoa jurídica contribuinte do IPI e/ou do ICMS deve emitir, conforme as 
operações ou prestações que realizar, os documentos fiscais da Tabela 1. 
Tabela 1 - Documentos fiscais emitidos por contribuintes do ICMS e do IPI 
Documento Modelo Quem deve emitir 
Nota Fiscal 1 ou 1-
A 
Contribuintes do ICMS e do IPI 
Nota Fiscal de Venda a 
Consumidor 
2 Contribuintes do ICMS e do IPI 
Cupom Fiscal1 – Contribuintes do ICMS e do IPI 
Nota Fiscal de Produtor 4 Estabelecimento rural de produtor 
Nota Fiscal/Conta de 
Energia Elétrica 
6 Contribuinte que promover a saída de energia elétrica 
Nota Fiscal de Serviço de 
Transporte 
7 Agência de viagem ou por transportador de passageiros, de bens 
ou mercadorias, de valores ou ferroviário de cargas 
Conhecimento de 
Transporte Rodoviário de 
Cargas 
8 Transportador que executar serviço de transporte rodoviário 
interestadual ou intermunicipal de carga 
Conhecimento de 
Transporte Aquaviário de 
Cargas 
9 Transportador que executar serviço de transporte aquaviário 
interestadual ou intermunicipal de carga 
Conhecimento Aéreo 10 Transportador que executar serviço de transporte aeroviário 
interestadual ou intermunicipal de carga 
Conhecimento de 
Transporte Ferroviário de 
Cargas 
11 Transportador que executar serviço de transporte ferroviário 
interestadual ou intermunicipal de carga 
Bilhete de Passagem 
Rodoviário 
13 Transportador que executar serviço de transporte rodoviário 
interestadual ou intermunicipal de passageiros 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788597018493/epub/OEBPS/Text/chapter03.html#tab3-1
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788597018493/epub/OEBPS/Text/chapter03.html#fn1
30 
 
 
Bilhete de Passagem 
Aquaviário 
14 Transportador que executar serviço de transporte aquaviário 
interestadual ou intermunicipal de passageiros 
Bilhete de Passagem e 
Nota de Bagagem 
15 Transportador que executar serviço de transporte aeroviário 
interestadual ou intermunicipal de passageiros 
Bilhete de Passagem 
Ferroviário 
16 Transportador que executar serviço de transporte ferroviário 
interestadual ou intermunicipal de passageiros 
Despacho de Transporte 17 Transportadora que contratar transportador autônomo para 
concluir a execução de serviço de transporte de carga em meio de 
transporte diverso do original, cujo preço tiver sido cobrado até o 
destino da carga 
Resumo de Movimento 
Diário 
18 Contribuinte que prestar serviço de transporte de passageiros, 
possuidor de inscrição única abrangendo mais de um 
estabelecimento, 
Ordem de Coleta de Carga 20 Transportador que coletar carga desde o endereço do remetente 
até o seu endereço. 
Nota Fiscal de Serviço de 
Comunicação 
21 Estabelecimento que prestar serviço de comunicação 
Nota Fiscal de Serviço de 
Telecomunicações 
22 Estabelecimento que prestar serviço de telecomunicação 
Manifesto de Carga 25 Transportador que realize transporte de carga fracionada 
 
4.4.2 Documentos fiscais exigidos pela legislação do ISS 
O ISS é um tributo municipal e, portanto, os documentos fiscais a serem emitidos 
pelos contribuintes desse imposto são disciplinados pela legislação de cada 
município. É comum que essa legislação exija que seus contribuintes emitam Nota 
Fiscal de Serviços (NFS). Inclusive, muitos municípios já adotaram a Nota Fiscal de 
Serviços Eletrônica (NFS-e). 
 
4.5 Escrituração Fiscal 
Escrituração de livros fiscais consiste em uma das obrigações tributárias 
acessórias e se consubstancia no registro, em livros exigidos pelo ente tributante, 
das transações realizadas pela empresa. 
 
4.5.1 Livros fiscais exigidos pela legislação do ICMS e do IPI 
Os seguintes livros são exigidos pela legislação do ICMS e do IPI. 
O Livro Registro de Entrada destina-se ao registro das aquisições de 
mercadorias, insumos e bens do ativo imobilizado, que foram recebidos pela 
empresa. Nele também deve ser registrado o recebimento de itens em devoluções 
31 
 
 
de vendas da empresa. Deve ser escriturado diariamente e totalizado ao final de 
cada mês. 
No Livro Registro de Entradas são escriturados: o montante de créditos de ICMS 
e de IPI que a empresa tem perante o fisco, como decorrência da compra de 
mercadorias, produtos e insumos; a devolução de suas vendas; e outros créditos 
permitidos pela lei tributária. 
Existem dois modelos para o Livro Registro de Entradas: Modelo 1 e Modelo 1-
A. O Modelo 1 é utilizado por contribuinte sujeito, simultaneamente, à legislação do 
IPI e à do ICMS. Já o Modelo 1-A é utilizado por contribuinte sujeito apenas à 
legislação do ICMS. A Escrituração Fiscal Digital (EFD – ICMS) substitui a 
escrituração do Livro Registro de Entradas. A esse respeito, ver o Convênio ICMS 
143/2006. 
O Livro Registro de Saídas de Mercadorias serve para registrar todas as 
saídas de produtos, mercadorias e bens do ativo imobilizado que foram vendidos 
pela empresa. Nele também devem ser registradas as saídas em devoluções de itens 
recebidos pela empresa. Deve ser escriturado diariamente e totalizado ao final de 
cada mês. 
Existem dois modelos para o Livro Registro de Saídas: Modelo 2 e Modelo 2-A. 
O Modelo 2 é utilizado por contribuinte sujeito, simultaneamente, à legislação do IPI 
e à do ICMS. Já o Modelo 2-A é utilizado por contribuinte sujeito apenas à legislação 
do ICMS. A Escrituração Fiscal Digital (EFD – ICMS) substitui a escrituração do Livro 
Registro de Saídas. A esse respeito, ver o Convênio ICMS 143/2006. 
O Registro de Controle da Produção e do Estoque, Modelo 3, é utilizado por 
estabelecimento industrial ou a ele equiparado pela legislação federal, e por 
atacadista, podendo, a critério do fisco, ser exigido de estabelecimento de 
contribuinte de outro setor, com as adaptações necessárias. O seu objetivo é o 
controlequantitativo da produção e do estoque de mercadorias. 
Nele são escriturados os documentos fiscais e os documentos de uso interno do 
estabelecimento, correspondentes às entradas e saídas, à produção e às 
quantidades referentes aos estoques de mercadorias. 
Caso o contribuinte mantenha mais de um estabelecimento, por exemplo: filiais, 
sucursais, agências ou equivalente, deverá manter, em cada estabelecimento, a 
escrituração de livros Registro de Controle da Produção e do Estoque distintos, 
sendo vedada a sua centralização. 
32 
 
 
Os registros devem ser feitos operação a operação, devendo ser utilizada uma 
folha para cada espécie, marca, tipo e modelo de mercadoria. A critério do fisco, o 
livro poderá ser substituído por fichas. A escrituração do livro ou das fichas não 
poderá atrasar por mais de 15 (quinze) dias. A Escrituração Fiscal Digital (EFD – 
ICMS) substitui a escrituração do Livro Registro de Entradas. A esse respeito, ver o 
Convênio ICMS 143/2006. 
O Livro Registro do Selo Especial de Controle, Modelo 4, destina-se à 
escrituração dos dados relativos ao recebimento e à utilização do selo especial de 
controle previsto pela legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). 
O Livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais, Modelo 5, é utilizado 
por estabelecimento que confeccionar impressos de documentos fiscais para terceiro 
ou para uso próprio. Portanto, esse livro destina-se à escrituração da confecção de 
impressos dos documentos fiscais enumerados na Tabela 1. 
Os registros serão feitos operação a operação, em ordem cronológica das saídas 
dos impressos fiscais confeccionados, ou de sua elaboração no caso de serem 
utilizados pelo próprio estabelecimento. 
O Livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de 
Ocorrências, Modelo 6, destina-se à escrituração da entrada de impressos de 
documentos fiscais enumerados na Tabela 1, confeccionados por estabelecimentos 
gráficos ou pelo próprio contribuinte usuário, bem como à lavratura de termos de 
ocorrências pelo fisco. 
Os registros serão feitos operação a operação, em ordem cronológica de aquisição 
ou confecção própria, devendo ser utilizada uma folha para cada espécie, série e 
subsérie do impresso de documento fiscal. 
No Livro Registro de Inventário, Modelo 7, devem ser arrolados, pelos seus 
valores e com especificações que permitam sua perfeita identificação, as mercadorias, 
as matérias-primas, os produtos intermediários, os materiais de embalagem, os 
produtos manufaturados e os produtos em fabricação, existentes no estabelecimento 
na época do balanço. Inexistindo estoque, esse fato deve ser mencionado na primeira 
linha, após o preenchimento do cabeçalho da página. 
A escrituração deverá ser efetivada dentro de 60 (sessenta) dias, contados da data 
do balanço. Se a empresa não mantiver escrita contábil, o inventário deve ser 
levantado em cada estabelecimento no último dia do ano civil. 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788597018493/epub/OEBPS/Text/chapter03.html#tab3-1
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788597018493/epub/OEBPS/Text/chapter03.html#tab3-1
33 
 
 
O Livro Registro de Apuração do IPI, Modelo 8, destina-se à escrituração dos 
totais dos valores fiscais das operações de entrada e saída, registradas nos livros 
Registro de Entradas e Registro de Saídas. Portanto, nesse livro são registrados os 
débitos e os créditos do imposto, apurando-se o saldo a ser recolhido ou acumulado 
para o período seguinte, além dos demais valores contábeis e fiscais. 
No Livro Registro de Apuração do ICMS, mensalmente, é realizado o confronto 
do montante de ICMS que a empresa tem a seu favor, apurado no Livro Registro de 
Entradas de Mercadorias, com o montante de ICMS que a empresa tem a seu 
desfavor, apurados no Livro Registro de Saída de Mercadorias. Dessa forma, a 
empresa apura, mensalmente, o montante a recolher aos cofres públicos ou o 
montante de créditos que acumulou contra o fisco. Nesse livro também são 
registrados os dados relativos às guias de informação e às guias de recolhimento do 
imposto. 
O Livro Registro do Selo Especial de Controle é utilizado nas hipóteses 
previstas na legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados (art. 73 do 
Convênio SINIEF s/n, de 15 de dezembro de 1970). 
 
4.5.2 Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) 
O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) foi instituído pelo Decreto 6.022, 
de 22 de janeiro de 2007, e tem como principais objetivos: 
a) promover a integração dos fiscos, por intermédio de padronização e 
compartilhamento de informações contábeis e fiscais, quando legalmente 
admitido; 
b) racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com 
o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de 
diferentes órgãos fiscalizadores; e 
c) tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do 
controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a fiscalização 
mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica. 
O SPED nasceu juntamente com o projeto de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e 
engloba, entre outras obrigações acessórias: 
I. Conhecimento de Transporte eletrônico (CT-e): versão eletrônica do 
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, Modelo 8; do 
34 
 
 
Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, Modelo 9; do 
Conhecimento Aéreo, Modelo 10; do Conhecimento de Transporte Ferroviário 
de Cargas, Modelo 11; da Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviário de 
Cargas, Modelo 27; da Nota Fiscal de Serviço de Transporte, Modelo 7, quando 
utilizada em transporte de cargas. Também serve como documento fiscal 
eletrônico de transporte dutoviário e nos transportes Multimodais; 
II. Escrituração Contábil Digital (ECD): versão digital do Livro Diário e seus 
auxiliares; do Livro Razão e seus auxiliares; e do Livro Balancetes Diários, 
Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles 
transcritos; 
III. Escrituração Contábil Fiscal (ECF): substituiu a Declaração do Imposto de 
Renda da Pessoa Jurídica (DIPJ); 
IV. Escrituração Fiscal Digital (EFD) ICMS IPI: se constitui de um conjunto de 
escriturações de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos 
Fiscos das unidades federadas e da RFB, bem como de registros de apuração 
de impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte; 
V. EFD-Contribuições: declaração utilizada pelas pessoas jurídicas de direito 
privado na escrituração da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS; 
VI. Escrituração Fiscal Digital das Retenções e Informações da Contribuição 
Previdenciária Substituída (EFD-Reinf): engloba todas as retenções do 
contribuinte sem relação com o trabalho o assalariado, bem como as 
informações sobre a receita bruta para a apuração das contribuições 
previdenciárias substituídas. A EFD-Reinf substituirá as informações contidas 
em outras obrigações acessórias, tais como o módulo da EFD-Contribuições 
que apura a Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB); 
VII. e-Financeira: obrigação acessória em que as instituições financeiras 
apresentam ao fisco saldos de contas-correntes, movimentações de resgate e 
rendimentos de poupanças, bem como outras informações financeiras 
previstas na IN RFB 1.571, de 2 de julho de 2015; 
VIII. e-Social: é o instrumento de unificação da prestação das informações 
referentes à escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas 
e tem por finalidade padronizar sua transmissão, validação, armazenamento e 
distribuição, constituindo um ambiente nacional, conforme o Decreto 
8.373/2014. 
35 
 
 
4.5.3 Principais declarações fiscais 
A complexa legislação tributária brasileira exige uma gama de declarações, 
entre as quais podem ser mencionadas: 
 DCTF: a Declaração de Débitos e CréditosTributários Federais deve ser 
apresentada à Receita Federal Brasileira (RFB), e tem como objetivo 
informar os tributos e contribuições que são apurados pela empresa por 
meio de programas geradores específicos, fornecidos pela RFB. A DCTF 
deve ser entregue até o 15º (décimo quinto) dia útil do 2º (segundo) mês 
subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores; 
 DIPJ: a Declaração de Rendimentos da Pessoa Jurídica era de 
apresentação obrigatória, anualmente, e registrava os rendimentos e o 
resultado das operações da PJ, referentes ao período de 1º de janeiro a 31 
de dezembro do ano anterior ao da declaração. A partir do ano-calendário 
de 2014, a DIPJ foi substituída pela ECF; 
 ECF: a Escrituração Contábil Fiscal substituiu a DPJ e deve ser entregue 
até 30 de setembro do ano seguinte ao do período da escrituração no 
ambiente do SPED; 
 EFD – Contribuições: é uma declaração, em arquivo digital, no âmbito 
SPED, utilizada para a escrituração do PIS/PASEP e da COFINS, bem 
como da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB); 
 PER/Dcomp: o Programa Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou 
Restituição e Declaração de Compensação é utilizado para o requerimento 
de restituição e/ou compensação de quantias recolhidas a título de tributo 
ou contribuição administrados pela RFB; 
 e-LALUR: instituído pela Instrução Normativa RFB 989/2009, atualmente 
disciplinado dentro das normas da ECF, o Livro Eletrônico de Escrituração 
e Apuração do Imposto sobre a Renda e da Contribuição Social sobre o 
Lucro Líquido da Pessoa Jurídica Tributada pelo Lucro Real substituiu o 
LALUR físico. 
 
36 
 
 
Referências Bibliográficas 
ANDRADE FILHO, Edmar Oliveira. Imposto de renda das empresas. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2016. 
 
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. 6. ed. 12. tiragem. São Paulo: Malheiros, 2014. 
 
BECKER, Alfredo Augusto. Teoria geral do direito tributário. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1972. 
 
BRASIL. Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991. Institui contribuição para o 
financiamento da Seguridade Social, eleva a alíquota da contribuição social sobre o lucro das 
instituições financeiras e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 
Brasília, DF, 31 de dezembro de 1991, p. 31057. 
______. Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995. Altera a legislação do imposto de renda das pessoas 
jurídicas, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido, e dá outras providências. Diário Oficial 
da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 27 de dezembro de 1995, p. 22301. 
______. Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. Dispõe sobre a legislação tributária federal, as 
contribuições para a seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras 
providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 30 de dezembro de 1996, 
p. 28805. 
______. Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997. Altera a legislação tributária federal e dá outras 
providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 11 de dezembro de 1997, 
seção 1, p. 29432. 
______. Lei nº 9.715, de 25 de novembro de 1998. Dispõe sobre as contribuições para os programas 
de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/PASEP, e dá outras 
providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 26 de novembro de 1998, 
seção 1, p. 2. 
______. Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998. Altera a legislação tributária federal. Diário Oficial 
da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 28 de novembro de 1998, seção 1, p. 2. 
______. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da República 
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 11 de janeiro de 2002, p. 1. 
______. Instrução Normativa SRF nº 247, de 21 de novembro de 2002. Dispõe sobre a contribuição 
para o PIS/PASEP e a COFINS devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado em geral. Diário 
Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 26 de novembro de 2002, p. 47. 
______. Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002. Dispõe sobre a não cumulatividade do 
PIS/PASEP. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 31 de dezembro de 2002, 
edição extra, p. 2. 
______. Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 
Brasília, DF, 30 de dezembro de 2003, edição extra-A, p. 2. 
______. Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010. Regulamenta a cobrança, fiscalização, arrecadação 
e administração do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI. Diário Oficial da República Federativa 
do Brasil, Brasília, DF, 16 de junho de 2010, retificado em 26 de junho de 2010. 
37 
 
 
______. Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 10, de 30 de setembro de 2014. Dispõe sobre o alcance 
do conceito de “obras de construção civil” para efeito de aplicação do regime de apuração cumulativa 
da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, nos termos do inciso XX do art. 10 e do inciso V do art. 
15 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 
Brasília, DF, 1º de outubro de 2014, seção 1, p. 29. 
______. Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 
DF, 14 de maio de 2014, seção 1, p. 1. 
______. Instrução Normativa RFB nº 1.585, de 31 de agosto de 2015. Dispõe sobre o imposto sobre a 
renda incidente sobre os rendimentos e ganhos líquidos auferidos nos mercados financeiro e de 
capitais. Diário Oficial da República Federal do Brasil, DF, 02 de setembro de 2015, seção 1, p. 37. 
______. Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 6 de maio de 2016. Dispõe sobre o cadastro nacional 
da pessoa jurídica (CNPJ). Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 9 de maio de 
2016, seção 1, p. 39. 
______. Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 4, de 30 de setembro de 2016. Dispõe sobre o regime 
de apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins aplicável às receitas decorrentes da venda 
de produtos submetidos à incidência concentrada ou monofásica. Diário Oficial da República Federativa 
do Brasil, Brasília, DF, 9 de junho de 2016, seção 1, p. 29. 
______. Instrução Normativa RFB nº 1.700, de 14 de março de 2017. Dispõe sobre a determinação e 
o pagamento do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido das pessoas 
jurídicas e disciplina o tratamento tributário da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no que se 
refere às alterações introduzidas pela Lei nº 12.973, de 13 de maio de. Diário Oficial da República 
Federativa do Brasil, DF, 16 de março de 2017, seção 1, p. 23. 
 
CARRAZZA, Roque Antônio. Curso de direito constitucional tributário. 19. ed. rev. e ampl. São Paulo: 
Malheiros, 2003. 
 
CREPALDI, Sílvio Aparecido; CREPALDI, Guilherme Simões. Contabilidade fiscal tributária: teoria e 
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CRUZ, Wellington do Carmo. Perícia contábil e lides fiscais municipais: com ênfase no ISS e nos 
Conselhos de Contribuintes. 2. ed. rev. e atual. Curitiba: Juruá, 2016. 
 
FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade tributária. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 
 
FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 22. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 
 
GOMES, Marliete Bezerra. Manual de contabilidade tributária: textos e testes com respostas. 13. ed. 
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38 
 
 
MARTINS, Ives Gandra da Silva. Elisão e evasão fiscal. Conferencista inaugural José Carlos Moreira 
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OLIVEIRA, Luís Martins de; CHIEREGATO, Renato; PEREZ JUNIOR, José Hernandez. Manual de 
contabilidade

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