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Material Complementar 3 – Redação 
Pré-Vestibular 
 
 
O texto argumentativo: como argumentar 
 
Para se entender o que é uma redação dissertativa, devemos 
distinguir os dois tipos de dissertação existentes: a dissertação 
expositiva e a dissertação argumentativa. 
 Dissertação expositiva – como o próprio nome já sugere, 
é um tipo de texto em que se expõem as ideias ou pontos de vista. O 
objetivo é fazer com que o leitor os considere coerentes e não fazê-lo 
concordar com eles. 
 Dissertação argumentativa – esse é o tipo de dissertação 
mais comum e conhecida por todos. Nela o intuito é convencer o 
leitor a concordar com a ideia ou ponto de vista exposto. Isso se faz 
por meio de várias maneiras de argumentação, utilizando-se de dados, 
estatísticas, provas, opiniões relevantes, etc. 
Além do processo de apresentação do tema e suas 
delimitações, no primeiro parágrafo, há algumas maneiras de se organizar 
uma dissertação, que podem ajudar na hora de iniciar o seu texto: 
 
1. Você pode transformar o tema em um questionamento, e ao 
longo do texto tentar responder da melhor maneira possível a 
essa questão. 
Ex: TEMA: O desmatamento na Floresta Amazônica 
Questão abordada por você: A Floresta Amazônica, maior 
floresta tropical do mundo, sofre algum dano com a frequente 
prática do desmatamento em seu território? 
Observações: 
 Mediante um questionamento, encontram-se vários 
argumentos, dos quais dois são escolhidos para 
preencherem a introdução e para o desenvolvimento da 
introdução textual. 
 
2. Outra maneira de desenvolver o seu texto é expondo os contra-
argumentos, ou seja, expondo as antíteses possíveis à sua tese. 
Ex: TEMA: Eutanásia 
Tese/opinião: A eutanásia realmente deve ser proibida, pois 
ninguém pode violar o direito à vida. 
Antítese/contra-argumento: Com a legalização da eutanásia 
um hospital poderia estar se utilizando do espaço que um 
paciente desenganado está ocupando para atender a alguém que 
tem reais chances de sobrevivência. 
Observações: 
 Ao apresentar seu contra-argumento você deve estar 
preparado para convencer o leitor de que ele não tem 
fundamentos, e deve estar munido de informações 
convincentes para que possa fazê-lo. 
 No caso de temas muito polêmicos, o melhor é se isentar 
totalmente de opiniões e fundamentar seus argumentos em 
fatos, estatísticas e opiniões em massa. 
 Essa proposta dá margem à construção de um parágrafo de 
crítica à tese e de outro de defesa a ela. A ordem dos fatos 
no desenvolvimento textual é a seguinte: 2º §: contra-
argumento; 3º §: argumento ou tese; 3º §: conclusão de 
acordo com a tese. Importante lembrar que, na conclusão, 
essa tese deve ser defendida. 
 
3. Outra alternativa seria fazer uma relação entre causa e consequência, 
para que assim se possa ir do início ao fim do problema, olhá-lo 
como um todo e com isso ir construindo uma opinião. 
EX: 
TEMA: A Violência nas escolas públicas 
Causa: O pouco incentivo aos esportes e às artes nas escolas por 
parte do governo. 
Consequência: Os jovens passam muito tempo nas ruas, em 
contato com armas e drogas. 
Observações: 
 A partir da causa e da consequência apresentadas, você 
deverá desenvolver seus argumentos em busca de uma 
solução possível e coerente para o problema. 
 Por meio desse mecanismo também pode feito um 
desenvolvimento de um texto, com dois parágrafos, um para 
as causas e outro para as consequências. 
 
Como argumentar? 
Em diversas situações do dia a dia, usamos a argumentação: 
uma conversa entre amigos ou uma negociação no ambiente de 
trabalho pode ter como objetivo convencer nosso interlocutor de que 
estamos cheios de razão acerca de algum tópico. No texto 
dissertativo, expressamos o que conhecemos sobre determinado tema 
e tentamos convencer o leitor sobre a nossa opinião. “Argumentar é, 
em última análise, convencer ou tentar convencer mediante a 
apresentação de razões, em face da evidência das provas e à luz de 
um raciocínio coerente e consistente” (2007, p. 380). Na 
argumentação, é preciso demonstrar raciocínio consistente e 
evidência por meio de provas. 
Os manuais de redação costumam trazer a seguinte 
orientação: evite generalizações. É inadequado utilizar expressões 
como “Todo mundo sabe que…”. Como isso pode ser comprovado? 
As declarações que exprimem opinião só tem validade quando esta 
puder ser fundamentada por evidência de fatos. 
São cinco os tipos mais comuns de evidência: os fatos, os 
exemplos, as ilustrações, os dados estatísticos e o testemunho. 
Os fatos são o elemento mais importante da argumentação, 
mesmo porque eles podem representar o senso comum dentro do 
texto argumentativo. O candidato pode, por exemplo, dizer que “as 
drogas são um problema de segurança pública” e fundamentar sua 
opinião citando casos em que o uso de entorpecentes provocou algum 
tipo de violência. 
Os exemplos são fatos representativos de determinada 
situação. A estudante Isadora Faber é um exemplo típico – e 
divulgado na mídia – de resistência à precariedade da educação 
brasileira. A menina virou assunto nas redes sociais depois de ter 
publicado uma página para denunciar a má qualidade da escola em 
que estudava. 
A ilustração acontece “quando o exemplo se alonga em 
uma narrativa detalhada e entremeada de descrições” (Othon, 2007, 
p. 381). Ela pode ser hipotética ou real. A primeira é uma invenção 
do redator, que narra aquilo que poderia acontecer; a segunda, 
descreve um fato verdadeiro que sustente determinada declaração. 
Pode ser feita por referência a fatos históricos (alusão histórica), 
obras de ficção de cunho social, cujo enredo pode ser resumido como 
estratégia ilustrativa. 
Os dados estatísticos também são fatos. É preciso, no 
entanto, cautela ao usá-los como suporte à argumentação. Nem 
sempre o candidato tem acesso aos dados totais da pesquisa e sua 
argumentação acaba por parecer falha. 
O testemunho de autoridade pode ser o fato apresentado 
por intermédio de terceiros. Um bom exemplo disso é a citação que 
fizemos acima sobre o professor Othon Moacir Garcia. Esse 
depoimento pode ser feito em discurso direto (com a presença das 
aspas e idêntica à fala do original) ou em discurso indireto (por meio 
da fala do argumentador). 
A comparação é o paralelo que se chocam. É possível 
comparar países, doenças, épocas etc. Desde que sejam elementos 
opostos, há o ensejo para comparação. É recomendado que não haja 
comparações de muitos elementos. 
A citação é a apresentação de filmes, documentários, 
desenhos, livros e até mesmo de frases que defendam a tese é 
considerada, portanto, uma ferramenta argumentativa. A citação pode 
ser indireta (sem menção definida a autoria ou outros elementos 
textuais mais profundos) e direta (com elementos mais profundos). A 
citação direta pode ser feita em discurso direto ou discurso indireto. 
A Intervenção modificadora representa a solução, ao final 
dos desenvolvimentos, o que pode ser uma forma de argumentação. 
 
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Em vestibulares privados, admite-se a confecção de um parágrafo 
integralmente interventivo. 
Observações: 
1 – Hierarquia argumentativa: não existe hierarquia entre 
os processos argumentativos, isto é, considera-se que todos tenham o 
mesmo valor. A exceção é FATO, pois esse recurso argumentativo 
fato é considerado o único que possui valor reduzido, uma vez que 
todos os candidatos conseguirão escrevê-lo. 
2 - Quantidade de processos argumentativos por 
parágrafo: cada parágrafo deve apresentar, no mínimo, um processo 
argumentativo e, no máximo, três. A construção de um parágrafo com 
ausência de recursos argumentativosrepresenta um texto baseado no 
“achismo” ou senso comum, ao passo que o registro de um parágrafo 
com mais de três instrumentos argumentativos, torna-o desgastante. 
3 – Repetição de processos argumentativos: embora exista 
aceitação em relação à repetição de processos argumentativos ao 
longo do texto, é indicado que haja variação deles. 
 
Recursos argumentativos 
 
1ª PARTE 
19 Conceitos fundamentais de Sociologia e 
Filosofia para sua redação Enem 
 
A argumentação necessita de teoria e ideias, embasadas na 
realidade. A esse processo denomina-se de argumento de autoridade. 
Entre outros, doutrinas científicas representam valiosos argumentos de 
autoridade. Segue uma lista de algumas doutrinas de grande importância. 
 
1. Direitos humanos 
 Formulada pela primeira vez no contexto das 
guerras religiosas do século XVII, a noção de direitos 
humanos tornou-se um paradigma para a atuação do 
Estado moderna e é, inclusive, critério de correção do Enem. 
Dito de modo simples, acreditar em direitos humanos 
significa acreditar que todo ser humano, simplesmente pelo fato 
de ser uma pessoa, possui certos direitos, certas 
prerrogativas básicas que não lhe podem ser negadas de modo 
nenhum, independentemente de sua cor, raça, cultura, 
posição social, religião, visão de mundo, orientação sexual 
ou qualquer outra condição específica. 
 
2. Direitos civis, políticos e sociais 
 Como se vê, o conceito de direitos humanos é bastante 
amplo e, à primeira vista, vago. Tendo isso em vista, 
tradicionalmente dividem-se os direitos humanos em três 
grandes tipos. Os direitos civis são aqueles que visam preservar 
a integridade do indivíduo diante dos outros, garantindo a sua 
autonomia e imunidade de qualquer coação externa. É o caso dos 
direitos à vida, à propriedade privada e à liberdade de expressão. 
Os direitos políticos são aqueles que visam permitir a 
participação política do indivíduo, seu poder de tomar parte na 
administração pública. É o caso dos direitos ao voto e à ocupação 
de cargos públicos. Por fim, os direitos sociais são aqueles que 
visam garantir a posse, por parte dos indivíduos, de certos bens 
considerados essenciais para sua qualidade de vida. É o caso dos 
direitos à saúde, à educação e ao trabalho. 
 
3. Cidadania 
 Cidadania é um dos conceitos mais fundamentais quanto se 
trata de política. Diferente do simples habitante, que é apenas o 
sujeito é parte da população de um país, o cidadão é aquele que 
é parte de uma comunidade política, ou seja, que possui direitos 
políticos, que tem capacidade de influenciar nos rumos do 
Estado. Nesse sentido, no Brasil atual, uma criança é apenas uma 
habitante, mas não uma cidadã. De fato, ela mora no Brasil, mas 
não tem qualquer possibilidade de influenciar o Estado 
brasileiro, já que nem direito ao voto tem. 
 
4. Democracia 
 Quanto mais uma palavra é usada, mais ela corre o risco de 
ter seu significado esvaziado e acabar não dizendo coisa alguma. 
Foi mais ou menos o que aconteceu com a palavra democracia. 
Do ponto de vista sociológico, no entanto, seu significado é bem 
preciso: democracia é aquele regime político no qual o Estado é 
administrado pelo conjunto de todos os cidadãos, diferente da 
monarquia (na qual a administração cabe a um só) e da 
aristocracia (na qual a administração cabe a uma elite) 
 
5. Democracia direta 
 Para compreender a democracia, é preciso saber que ela 
teve diversos modelos ao longo da história. Hoje, nós vivemos 
uma democracia representativa ou indireta, um modelo no qual 
os cidadãos não determinam diretamente, por si mesmos, os 
rumos do Estado, mas sim através da eleição de representantes, 
como deputados ou senadores. O modelo de democracia onde o 
povo escolhe por si mesmo, sem intermediários, como o Estado 
irá funcionar, é chamado de democracia direta ou participativa. 
Este modelo vigorou na Grécia antiga e muitos o defendem 
na atualidade. 
 
6. Cultura 
 Muitas palavras variam de significado de acordo com o 
contexto em que são usadas. É o caso da palavra “cultura”. Em 
nosso dia-a-dia, usamos esse termo para classificar as diferentes 
atividades humanas em superiores ou inferiores. Assim, dizemos 
que certa pessoa tem muita cultura ou que tal gênero de música 
não é cultura. Em sociologia não é assim. Do ponto de vista 
sociológico, cultura é o conjunto de todos os elementos da vida 
humana que não são naturais. Simples: se não é algo 
espontâneo, natural para o homem (como respirar ou fazer sexo), 
então é cultural. 
 
7. Cultura material e imaterial 
 Dente os elementos que compõem a cultura, é necessários 
distinguir dos tipos: a cultura material e a cultura imaterial. A 
cultura material é composta por aqueles elementos culturais que 
são palpáveis, tais como objetos de decoração, móveis, templos, 
construções, vestes, etc. Por sua vez, a cultura imaterial é 
composta por aqueles elementos culturais não palpáveis, tais 
como a língua, a fé religiosa, a dança folclórica, a música típica, 
etc. 
 
8. Diversidade cultural 
 Se compreendemos o conceito de cultural tal como ele é 
visto pela sociologia, automaticamente percebemos que existem 
inúmeras culturas. De fato, há os mais diferentes modos 
humanos de crer, de dançar, de se divertir, de organizar as 
relações sociais, de prestar culto, de falar, de escrever, etc. O 
fato, porém, é que não há apenas diversas culturas espalhadas 
pelo mundo. Frequentemente há também uma grande variedade 
de culturas habitando conjuntamente o mesmo território. Esta 
coexistência de diferentes modelos culturais em uma mesma área 
é chamada de diversidade cultural. 
 
9. Estratificação social 
 Toda sociedade humana é um organismo complexo. A vida 
social não se trata de uma simples junção de indivíduos mais ou 
menos idênticos, mas sim das mais diferentes pessoas ocupando 
os mais diferentes papéis e posições sociais. Essa hierarquia 
social, essa divisão da sociedade em estratos, em grupos sociais 
com status diferenciado é chamada em sociologia de 
estratificação social. Naturalmente, há diversos modelos de 
estratificação nas mais diferentes sociedades. 
 
10. Minorias 
 A divisão da sociedade em camadas, a estratificação social, 
naturalmente leva a grupos sociais 
historicamente marginalizados, que ocupam uma posição de 
inferioridade social. Esses grupos são chamados em sociologia 
de minorias. Perceba-se, porém, que minorias não é aqui 
um conceito quantitativo. Não se trata de grupos sociais 
com poucas pessoas, mas sim de grupos sociais com 
menor status na sociedade. Nesse sentido, por exemplo, 
as mulheres são consideradas uma minoria na 
sociedade brasileira. Isso não faria sentido em termos 
 
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quantitativos, já que há mais brasileiras do que brasileiros, mas 
faz sentido em virtude da posição de inferioridade que as 
mulheres historicamente assumiram no Brasil. 
 
11. Movimentos sociais 
 Em sociedades democráticas, especialmente naquelas 
marcadas por grande diversidade, é natural a formação de grupos 
sociais organizados que têm em vista pressionar o Estado para a 
realização de certas demandas específicas. Esses grupos são 
chamados de movimentos sociais. Geralmente associados a 
minorias, os movimentos sociais não se confundem com os 
partidos. Estes entram na política oficial, participam de eleições, 
etc. Os movimentos sociais, por sua vez, são tão somente 
grupos de pressão, procurando fazer uma espécie de ponte 
entre as agendas de certas parcelas da sociedade e o 
poder público. São exemplos de movimentos sociais o 
movimento negro, os coletivos feministas, os grupos LGBT,as associações pró-vida, etc. 
 
12. O poder segundo Foucault 
 Coisa importante para se utilizar em redação no Enem é não 
apenas saber conceitos genéricos, tais como democracia, mas 
sim compreender como certos conceitos são utilizados por 
autores específicos. É o caso da noção de poder em Michel 
Foucault. Para Foucault, o poder não é apenas um aspecto da vida 
do homem, mas sim a base inevitável de todas as relações 
humanas. Todas as relações humanas são relações de poder, pois 
todas as relações humanas envolvem elementos de domínio 
e disputa. Por isso, é tolice imaginar que o poder se concentra 
apenas em grandes instituições, como o Estado e a Igreja. Além 
disso, é necessário lembrar que, diante de qualquer exercício de 
poder, forma-se automaticamente um contra-poder, uma 
resistência. 
 
13. O agir comunicativo segundo Habermas 
 Nenhuma afirmação é mais comum do que a definição de 
que o homem é um ser racional. Mas o que significa efetivamente 
isso? Para o filósofo Jürgen Habermas, há duas formas básicas 
de racionalidade. Por um lado, a racionalidade instrumental é 
aquela que consiste em calcular custos e benefícios. É nesse que 
chamamos uma pessoa econômica ou organizada de racional. 
Por outro lado, a racionalidade comunicativa, ou agir 
comunicativo, é aquele que consiste na capacidade de deliberar 
em conjunto com os outros, mediante a troca de argumentos e de 
razões. Segundo Habermas, essa segunda forma de racionalidade 
tem sido excessivamente desvalorizada, quando, na verdade, ela 
é essencial tanto para a vida ética quanto para a sustentação da 
democracia. 
 
14. O estado de natureza para Hobbes 
 Ao observarmos o mundo ao nosso redor, repleto de tanta 
violência, é natural nos perguntarmos: de onde vem tanta 
maldade? Para o filósofo Thomas Hobbes, há violência entre os 
homens, pois o ser humano é naturalmente mau e egoísta. 
Segundo ele, todos nós somos movidos pela busca incessante por 
satisfação. Isso faz com que sempre coloquemos os nosso 
interesses acima dos interesses dos outros. Daí a famosa 
frase hobbesiana: “O homem é o lobo do homem”. De 
acordo com o pensador britânico, o único modo de impedir 
a guerra de todos contra todos, consequência inevitável do estado 
de natureza do homem, é através da instauração do Estado, 
instituição pública encarregada da manutenção da ordem 
mediante o uso da força. 
 
15. A teoria do bom selvagem de Rousseau 
 Indo na direção diametralmente a de Thomas Hobbes, Jean-
Jacques Rousseau elaborou uma perspectiva bastante diferente 
sobre o problema da violência, perspectiva que, tal como a de 
Hobbes, influencia muitos até hoje. Segundo o filósofo 
iluminista, o homem é naturalmente bom, a sociedade é que o 
corrompe. Para ele, se vivêssemos com selvagens, tal como 
éramos em nosso estado de natureza, guiados por nossos 
sentimentos naturais, viveríamos em paz e tranquilidade 
perpétua. Se hoje isso não é mais possível, a culpa não se 
encontra na natureza humana, mas sim na criação da 
propriedade privada, que, instaurando conflitos de interesses 
entre os homens, os corrompeu e dividiu. 
 
16. As virtudes segundo Aristóteles 
 Em nosso dia-a-dia, frequentemente julgamos as pessoas 
por seu comportamento e, quando reconhecemos nelas atitudes 
positivas, as elogiamos. Esses hábitos bons, tais como a 
coragem, a justiça e sinceridade, são chamados de virtudes. Mas 
como podemos identificar uma virtude? O que diferencia um 
hábito bom de um mau? Para o filósofo Aristóteles, a virtude está 
sempre em um ponto de equilíbrio. Ou seja, ela se encontra 
sempre na justa medida entre dois vícios opostos, um por falta e 
outro por excesso. Assim, por exemplo, a virtude da paciência, 
que é a capacidade de suportar situações adversas, está entre 
o vício da ira, que é falta de paciência, e o vício da frouxidão, que 
é excesso de paciência. 
 
17. A justiça segundo Aristóteles 
 Vimos que, para Aristóteles, as virtudes são, de modo geral, 
hábitos bons, atitudes constantes que estão sempre em um ponto 
de equilíbrio entre hábitos maus. Este mesmo princípio vale para 
aquela que é uma das principais virtudes, a justiça. Sendo a 
justiça a virtude que regula nosso relacionamento com os outros, 
consiste ela não em trata a todos igualmente, mas sim em dar a 
cada um o que lhe é devido: aos iguais tratar igualmente, aos 
desiguais tratar desigualmente, na medida de sua 
desigualdade. Assim, sendo um hábito virtuoso, a justiça estaria 
na justa medida entre o vício de praticar injustiça e o vício de 
sofrer injustiça. 
 
18. A alienação para Karl Marx 
 O filósofo Karl Marx é conhecido, sobretudo, como um dos 
maiores críticos do capitalismo. De fato, para o pensamento 
marxista, o sistema capitalista é um sistema de exploração, onde 
alguns poucos proprietários dos meios de produção se beneficiam 
injustamente do suor e do trabalho de uma multidão de proletários. 
A condição na qual os trabalhadores são colocados pela exploração 
que sofrem é chamada por Marx de alienação. Ela consiste no fato 
de que o trabalhador não se identifica mais consigo mesmo, não se 
reconhece mais no fruto de seu trabalho. Em suma, o seu trabalho 
é percebido acima de tudo como um peso, como um estorvo, como 
algo que não tem qualquer significado para além do salário 
recebido no fim do mês. 
 
19. A modernidade líquida em Bauman 
 Segundo o autor Bauman, a modernidade líquida é a própria 
contemporaneidade em que as relações se esvaem e se tornam 
cada vez menos concretas. A sociedade anterior vivia a 
modernidade sólida, ou seja, tinha seus papéis sociais bem 
estabelecidos, as relações de trabalho eram mais claras e as 
noções de consumo e agilidade não obtinham destaque. A 
liquidez dos nossos tempos está basicamente nos 
relacionamentos interpessoais que passaram a ter a mesma lógica 
do consumo, isto é quanto mais e mais rápido for melhor, por 
isso o autor chama esse tipo de associação de conexão, pela 
facilidade de conectar e desconectar. Em suma modernidade 
líquida é a forma de vida de nossa sociedade capitalista que leva 
a volatilidade do consumo à todas as esferas sociais. 
Disponível em: https://descomplica.com.br/blog/noticias-enem-e-vestibular/redacao-
enem-filosofia-sociologia/ Acesso em 19/03/2017 
 
20. A obsolescência programada 
 Trata-se de uma estratégia de empresas que programam o 
tempo de vida útil de seus produtos para que durem menos do que a 
tecnologia permite. Assim, eles se tornam ultrapassados em pouco 
tempo, motivando o consumidor a comprar um novo modelo. Os 
casos mais comuns ocorrem com eletrônicos, eletrodomésticos e 
automóveis. É algo relativamente novo: até a década de 20, as 
empresas desenhavam seus produtos para que durassem o máximo 
possível. A crise econômica de 1929 e a explosão do consumo em 
massa nos anos 50 mudaram a mentalidade e consagraram essa 
 
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tática. Descubra como essa estratégia “secreta” dos fabricantes 
estimula consumo desenfreado. 
 A) Vida breve 
 Atualmente, a principal justificativa das empresas para criar 
novos modelos de um produto é o avanço da tecnologia. Mas há 
quem duvide dessa explicação. O iPad 4 foi lançado apenas sete 
meses após o 3, por exemplo. Será que houve mesmo tantos 
progressos em tão pouco tempo? Uma ONG brasileira ligada aos 
direitos do consumidor chegou a processar a Apple 
 B) Impacto ambiental 
 A troca regular de produtos aumenta a produção de lixo. E 
o lixo eletrônico contém metais pesados que podem contaminar 
o ambiente. Além disso, a obsolescência programada estimula a 
produção, o que gera mais gastos de energia e de matérias-
primas,além da emissão de poluentes. Antes de trocar 
seu celular, pense bem: você realmente precisa de outro, só 
porque é novo? (Um designer holandês planeja lançar um celular 
modular: você só troca as partes que precisam ser atualizadas. 
Confira em phonebloks.com) 
 C) Na pista pra negócio 
 Hoje, há duas versões do fenômeno. Uma delas é a 
obsolescência percebida: o consumidor considera o produto que 
tem em casa “velho” porque novos modelos são lançados a toda 
hora. Você notou que, mesmo no início de 2015, já era possível 
comprar um carro versão 2016? Isso desvaloriza modelos 
anteriores e estimula a troca, mesmo que o veículo de 2015 ainda 
funcione bem 
Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/tecnologia/o-que-e-obsolescencia-
programada/ Acesso em 21/07/2017 
 
2ª PARTE 
Citações filosóficas variadas 
 
O uso de citações literárias ou filosóficas na construção da 
redação, quando incluídas no contexto correto, agregam riqueza ao 
texto. Uma citação bem utilizada informa ao corretor que o candidato tem 
conhecimentos que vão além do que está presente nos textos de apoio, 
além de aprimorar a argumentação com falas de mestres no assunto. 
Porém, é de suma importância que os estudantes usem citações 
filosóficas em sua redação com cuidado. Se usá-la fora de contexto ou 
errar a autoria, será muito prejudicado na sua nota final. 
Abaixo, há alguns exemplos de citações interessantes que 
podem ser usadas em diferentes contextos nas suas redações. 
 
1. “Toda hora é hora de fazer o que é certo.” - Martin Luther King 
2. “O ser humano é aquilo que a educação faz dele.” - Immanuel Kant 
3. “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os 
homens.” - Pitágoras 
4. "A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo 
o lugar." - Martin Luther King 
5. "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos 
bons." - Martin Luther King 
6. "Todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer" - 
Aristóteles 
7. "Os fins justificam os meios" - Maquiavel | "O mundo se tornou 
mais parecido com aquele de Maquiavel" - Bertrand Russell 
8. "O homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado" - 
Jean-Jacques Rousseau 
9. "A vontade geral deve emanar de todos para ser aplicada a 
todos" - Jean-Jacques Rousseau. 
10. "Deixe a mulher compartilhar dos direitos e ela emulará as 
virtudes do homem" - Mary Wollstonecraft 
11. "Todo homem toma os limites de seu próprio campo de visão 
como os limites do mundo" - Arthur Schopenhauer 
12. "Sobre seu próprio corpo e mente, o indivíduo é soberano" - John 
Stuart Mill 
13. "A história de todas as sociedades até hoje existentes é a história 
da luta de classes" - Karl Marx 
14. "Deve o cidadão, por um momento sequer, renunciar à sua 
consciência em favor do legislador?" - Henry David Thoreau 
15. "O homem é uma corda estendida entre o animal e o super-
homem: uma corda sobre um abismo" - Friedrich Nietzsch 
16. "Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão 
condenados a repeti-lo" - George Santayana 
17. "A história não nos pertence: nós pertencemos a ela" - Hans-
Georg Gadamer 
18. "Quanto aos homens, não é o que eles são que me interessa, mas 
o que eles podem se tornar" - Jean-Paul Sartre 
19. "O sentido fundamental da liberdade é liberdade dos grilhões" - 
Isaiah Berlin 
20. "O que faríamos sem uma cultura?" - Mary Midgley 
21. "A arte é uma forma de vida" - Richard Wollheim 
22. "Os Estados não são agentes morais; as pessoas são" - Noam 
Chomsky 
23. "A sociedade é dependente da crítica às suas próprias tradições" - 
Jürgen Habermas 
24. "Que tipo de mundo podemos preparar para os nossos 
bisnetos?" - Richard Rorty 
25. "Se podemos contar uns com os outros, não precisamos depender 
de mais nada" - Richard Rorty 
26. "Sem um fim social o saber será a maior das futilidades." - 
Gilberto Freyre 
27. "A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces." - 
Aristóteles 
28. "É no problema da educação que assenta o grande segredo do 
aperfeiçoamento da humanidade." - Immanuel Kant 
29. "A boa educação é moeda de ouro. Em toda a parte tem valor." - 
Padre Antônio Vieira 
30. "Toda a educação, no momento, não parece motivo de alegria, mas 
de tristeza. Depois, no entanto, produz naqueles que assim foram 
exercitados um fruto de paz e de justiça." - Bíblia (Hebreus 12:11) 
31. "A vida deve ser uma constante educação." - Gustave Flaubert 
32. "O resultado mais sublime da educação é a tolerância." - Helen Keller 
33. "Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." - 
Cora Coralina 
34. "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para 
mudar o mundo." - Nelson Mandela 
35. "Devemos promover a coragem onde há medo, promover o 
acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há 
desespero." - Nelson Mandela 
36. "A maior necessidade de um Estado é a de governantes 
corajosos." - Johann Goethe 
37. "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela 
tampouco a sociedade muda." - Paulo Freire 
38. "Ninguém liberta ninguém. As pessoas se libertam em 
comunhão." - Paulo Freire 
39. "Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes." - 
Paulo Freire 
40. "Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém." - Paulo Freire 
Disponível em: http://www.acrobatadasletras.com.br/2016/07/40-citacoes-filoso ficas-
para-usar-em-sua-redacao.html Acesso em 19/03/2017 
 
3ª PARTE 
15 alusões literárias para usar em sua redação 
 
A prova de redação, principalmente no Enem, é 
extremamente interdisciplinar. Espera-se que o candidato não só 
domine a língua portuguesa e as técnicas de construção de um texto, 
como também transpareça o conhecimento do tema proposto e suas 
consequências no mundo atual. 
Ao mencionar um livro ou fazer uma comparação entre o 
tema proposto e um fato histórico do passado, o candidato deixa claro 
aos corretores que seus conhecimentos vão além do que está presente 
nos textos de apoio, o que certamente agrega mais profundidade e 
complexidade no desenvolvimento da redação. Eis algumas 
alusões literárias de grande importância. 
 
1. Harry Potter, de J.K. Rowling 
 Resumo: A vida do menino Harry Potter não tem um pingo 
de magia. Ele vive com os tios e o primo, que não gostam nem 
um pouco dele. O quarto de Harry é, na verdade, um armário sob 
a escada, e ele nunca comemorou um aniversário sequer em onze 
anos. Até que, um dia, Harry recebe uma carta misteriosa, 
entregue por uma coruja: um convite para estudar num lugar 
incrível chamado Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts. Lá ele 
 
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vai encontrar não só amigos, esportes praticados em vassouras 
voadoras e magia para todo lado, como também seu destino: ser 
um aprendiz de feiticeiro até o dia em que terá que enfrentar a 
pior força do mal, o bruxo que assassinou seus pais. Mas, para 
isso, Harry precisará passar por uma série de desafios e enfrentar 
inúmeros perigos. 
 Contexto em que pode ser usado: Aceitação do diferente. 
Eu mesma já citei Hermione Granger em uma redação como 
exemplo de uma pessoa que, apesar de todas as suas qualidades, 
sofre com o preconceito por causa de suas origens (nos livros, a 
personagem é nascida trouxa, fato interpretado como "ruim" por 
alguns bruxos de sangue puro). A perseguição aos nascidos 
trouxas pode ser usada como gancho para tratar da aceitação do 
diferente e combate ao preconceito. 
 
2. 1984, de George Orwell 
 Resumo: Winston, herói de '1984', último romance de 
George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de 
uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo 
é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém 
escapa à vigilância do Grande Irmão,a mais famosa 
personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, 
além de vazio de sentido histórico. De fato, a ideologia do 
Partido dominante em Oceania não visa nada de coisa alguma 
para ninguém, no presente ou no futuro. O’Brien, hierarca do 
Partido, é quem explica a Winston que 'só nos interessa o poder 
em si. Nem riqueza, nem luxo, nem vida longa, nem felicidade - 
só o poder pelo poder, poder puro.' 
 Contexto em que pode ser usado: O livro conta a história de 
um mundo dominado por ditadores. Você pode usá-lo em 
qualquer tema que envolva os direitos à liberdade de expressão 
e privacidade e no combate à censura. 
 
3. Laranja Mecânica, de Anthony Burgess 
 Resumo: Narrada pelo protagonista, o adolescente Alex, 
esta brilhante e perturbadora história cria uma sociedade futurista 
em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma 
reposta igualmente agressiva de um governo totalitário. A 
estranha linguagem utilizada por Alex - soberbamente 
engendrada pelo autor - empresta uma dimensão quase lírica ao 
texto. Ao lado de '1984', de George Orwell, e 'Admirável Mundo 
Novo', de Aldous Huxley, 'Laranja Mecânica' é um dos ícones 
literários da alienação pós-industrial que caracterizou o século 
XX. Adaptado com maestria para o cinema em 1972 por Stanley 
Kubrick, é uma obra marcante: depois da sua leitura, você jamais 
será o mesmo. 
 Contexto em que pode ser usado: Pode ser usado em 
diferentes contextos. Apesar do ar futurístico empregado na obra, 
a violência exacerbada presente no livro pode ser comparada 
diretamente à violência urbana que vemos diariamente nos 
jornais dos dias de hoje (infelizmente, sem muitas diferenças). 
Você também pode usar em temas que envolvam controle 
mental e supressão de direitos básicos, como a liberdade de 
expressão. 
 
4. Homem Invisível, de Ralph Ellison 
 Resumo: Um clássico da literatura norte-americana. O 
homem invisível é a história de um jovem negro que sai do sul 
racista dos Estados Unidos e vai para o Harlem, em Nova York, 
nos primeiros anos do século XX. Com o passar do tempo, entre 
experiências frequentemente contraditórias, o protagonista 
conhece um mundo muito diferente daquele que idealizara. 
Invisível para brancos racistas, e também para negros radicais, 
ele deseja apenas ser como é, e não um “homem invisível”, onde 
todos veem o que o rodeia e não a ele próprio. 
 Contexto em que pode ser usado: Qualquer tema que 
envolva racismo e diferentes formas de preconceito. 
 
5. Lolita, de Vladimir Nabokov 
 Resumo: Lolita é uma das obras mais polêmicas da 
literatura contemporânea universal. Muito arrojado para a moral 
vigente na época, o romance de Vladimir Nabokov (1899-1977) 
foi inicialmente recusado por várias editoras. Ao ser finalmente 
lançado, em 1955, por uma editora parisiense, gerou opiniões 
antagônicas: houve quem definisse o livro como um dos 
melhores do ano; houve quem o considerasse pornografia pura. 
Nos Estados Unidos, onde só viria a ser publicado em 1958, 
rapidamente conquistou o topo das listas de mais vendidos. 
 O protagonista é o obsessivo Humbert, professor de meia-
idade. Da cadeia, à espera de um julgamento por homicídio, ele 
narra, num misto de confissão e memória, a irreprimível e 
desastrosa atração por Lolita, filha de 12 anos de sua senhoria. 
 Contexto em que pode ser usado: Qualquer tema que 
envolva pedofilia e aliciamento de menores de idade. 
 
6. A Cor Púrpura, de Alice Walker 
 Resumo: Neste livro conhecemos a história de uma garota 
chamada Celie, de 14 anos, que é abusada sexualmente pelo 
próprio pai e tem dois filhos com ele. 
 'Querido Deus': assim começa a maior parte das cartas 
escritas por Celie. Negra, semianalfabeta, vivendo no Sul dos 
Estados Unidos, subjugada a um homem que ela pensa ser seu 
pai, forçada a viver longe dos dois filhos e com um marido a 
quem não ama, Celie vive entre cuidar da família e planejar uma 
vida diferente da sua para a irmã, Nettie. As duas irmãs 
passariam trinta anos sem notícias uma da outra, Celie confiando 
seus pensamentos a Deus, seu único correspondente. Até que sua 
amizade com Shug Avery, cantora de sucesso e amante de seu 
marido, lhe dá outra perspectiva da vida. Em oposição à solidão, 
pobreza, brutalidade e violência, Celie descobre novas maneiras 
de sentir: beleza, conforto, desejo, saudade, esperança, amor e 
consciência de si. 
 Ganhador do Prêmio Pulitzer de 1983. 
 Contexto em que pode ser usado: Qualquer tema que 
envolva racismo e machismo. 
 
7. Extraordinário, de R. J. Palacio 
 Resumo: August Pullman, o Auggie, nasceu com uma 
síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que 
lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso, ele 
nunca havia frequentado uma escola de verdade... até agora. Todo 
mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se 
tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um 
colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil 
pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência 
incomum, ele é um menino igual a todos os outros. 
 Contexto em que pode ser usado: Temas que envolvam o 
combate ao preconceito e aceitação do diferente. 
 
8. Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie 
 Resumo: Lagos, anos 1990. Enquanto Ifemelu e Obinze 
vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos 
sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas às 
universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a 
jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo 
tempo que se destaca no meio acadêmico, ela depara pela 
primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de 
imigrante, mulher e negra. 
 Contexto em que pode ser usado: Em temas que envolvam 
imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero. 
 
9. Eu sou Malala, de Malala Yousafzai 
 Resumo: Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, 
uma menina levantou a voz. Malala Yousafzai recusou-se a 
permanecer em silêncio e lutou pelo seu direito à educação. Mas 
em 9 de outubro de 2012, uma terça-feira, ela quase pagou o 
preço com a vida. 
 Malala foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa 
dentro do ônibus no qual voltava da escola. Poucos acreditaram 
que ela sobreviveria. 
 Mas a recuperação milagrosa de Malala a levou em uma 
viagem extraordinária de um vale remoto no norte do Paquistão para 
as salas das Nações Unidas em Nova York. Aos dezesseis anos, ela 
se tornou um símbolo global de protesto pacífico e a candidata mais 
jovem da história a receber o Prêmio Nobel da Paz. 
 
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 Eu sou Malala é a história de uma família exilada pelo 
terrorismo global, da luta pelo direito à educação feminina e dos 
obstáculos à valorização da mulher em uma sociedade que 
valoriza filhos homens. 
 O livro acompanha a infância da garota no Paquistão, os 
primeiros anos de vida escolar, as asperezas da vida numa região 
marcada pela desigualdade social, as belezas do deserto e as 
trevas da vida sob o Talibã. 
 Contexto em que pode ser usado: Temas que envolvem a luta 
pelo direito à educação e o combate à desigualdade de gênero. 
 
10. A Peste, de Albert Camus 
 Resumo: Romance que destaca a mudança na vida da 
cidade de Oran depois que ela é atingida por uma terrível peste, 
transmitida por ratos, que dizima sua população. Narrado do 
ponto de vista de um médico envolvido nos esforços para conter 
a doença, o texto de Albert Camus ressalta a solidariedade, a 
solidão, a morte e outros temas que auxiliam na compreensão dos 
dilemas do homem moderno. 
 Contextoem que pode ser usado: Embora seja claramente uma 
metáfora da Segunda Guerra Mundial, se interpretado no sentido 
literal você poderá citar este livro em temas que envolvam saúde 
pública, a importância do saneamento básico nos meios urbanos 
e o acesso da população à informação como medidas profiláticas 
essenciais na prevenção e combate às epidemias. 
 
11. Jogos Vorazes, de Suzanne Collins 
 Resumo: a trilogia Jogos Vorazes se passa em um futuro 
pós-guerras e destruição, em um local antes conhecido como 
América do Norte e agora chamado de Panem. O novo país é 
dividido em treze Distritos, que são controlados pela Capital, 
totalmente autoritária. Tudo que é produzido nos Distritos 
abastece obrigatoriamente a Capital, sendo terminantemente 
proibido que os Distritos consumam o que produzem. Um dia, o 
Distrito 13 se rebela, mas acaba sendo destruído. Para punir os 
demais Distritos e evitar novas rebeliões, a Capital cria os Jogos 
Vorazes, um reality show anual em que cada região do país deve 
ceder, por meio do sorteio chamado Colheita, um menino e uma 
menina entre 12 e 18 anos para entrar numa arena para lutar. 
Apenas um sobrevive. 
 Contexto em que pode ser usado: Em temas que envolvam 
opressão de grupos minoritários, fome, pobreza e também 
sobre os efeitos da guerra entre os homens. 
 
12. Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus 
 Resumo: O diário da catadora de papel Carolina Maria de 
Jesus deu origem à este livro, que relata o cotidiano triste e cruel 
da vida na favela. A linguagem simples, mas contundente, 
comove o leitor pelo realismo e pelo olhar sensível na hora de 
contar o que viu, viveu e sentiu nos anos em que morou na 
comunidade do Canindé, em São Paulo, com três filhos. 
 Contexto em que pode ser usado: Temas que envolvam a 
pobreza, a fome, a desigualdade social e o racismo. 
 
13. Vidas Secas, de Graciliano Ramos 
 Resumo: Vidas Secas, romance publicado em 1938, conta 
a história do vaqueiro Fabiano que, juntamente com sua mulher, 
Sinha Vitória, seus dois filhos e, é claro, a cadela Baleia, 
enfrentam uma vida miserável em meio à seca nordestina, sendo 
obrigados a se deslocar de tempos em tempos como retirantes 
para áreas menos castigadas e com maiores possibilidades de 
sobrevivência. 
 Contexto em que pode ser usado: Qualquer tema que 
envolva a desigualdade social, a fome e a pobreza, e a 
importância do acesso aos direitos básicos. 
 
14. A Morte de Ivan Ilitch, de Liev Tolstói 
 Resumo: Esta obra mostra a história de um burocrata 
medíocre, Ivan Ilitch, um juiz respeitado que depois de conseguir 
uma oferta para ser juiz em uma outra cidade, compra um 
apartamento lá, para ele, sua mulher, sua filha e seu filho 
morarem. Ao ir para o apartamento, antes de todos, para decorá-
lo, ele cai e se machuca na região do rim, dando início à uma 
doença, que por fim o levará à morte. 
 Contexto em que pode ser usado: Apesar de toda a 
subjetividade do livro, a forma como todos os "amigos" do 
protagonista Ivan Ilitch, e até mesmo sua esposa, trataram sua 
morte (preocupando-se mais com suas posses e o cargo de 
trabalho que deixaria vago quando morresse) pode ser usada 
como gancho para uma crítica ao individualismo e falta de 
senso de coletividade. 
 
15. Fahrenheit 451, de Ray Bradbury 
 Resumo: Escrito após o término da Segunda Guerra 
Mundial, em 1953, 'Fahrenheit 451', de Ray Bradubury é um 
texto que condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas 
principalmente o cenário dos anos 1950, revelando sua 
apreensão numa sociedade opressiva e comandada pelo 
autoritarismo do mundo pós-guerra. O livro se propõe a 
descrever um governo totalitário, num futuro incerto, mas 
próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo 
que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. 
Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos 
por aparelhos de TVs instalados em suas casas ou em praças ao 
ar livre. A leitura deixou de ser meio para aquisição de 
conhecimento crítico e tornou-se tão instrumental quanto a vida 
dos cidadãos, suficiente apenas para que saibam ler manuais e 
operar aparelhos. 
 Contexto em que pode ser usado: Temas que envolvam a 
opressão, a censura e o cerceamento da liberdade de 
expressão. Também pode ser usado como gancho para tratar 
sobre a importância da leitura e do acesso à cultura e 
educação. 
Disponível em: http://www.acrobatadasletras.com.br/2017/01/15-alusoes-literarias-
para-usar-em-sua-redacao.html Acesso em 19/03/2017 
 
4ª PARTE 
Grandes filósofos da sociedade e seu 
pensamento em forma de citações 
 
 ALBERT EINSTEIN: foi um físico e teórico alemão. Entre 
seus principais trabalhos desenvolveu a teoria da relatividade geral, ao 
lado da mecânica quântica um dos dois pilares da física moderna. 
1. O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles 
que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e 
deixam o mal acontecer. 
2. Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, 
no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta. 
3. Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um 
preconceito. 
4. O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por 
aquelas que permitem a maldade. 
5. No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade. 
6. A educação é o que sobra depois que gente se esquece do que 
aprendeu na escola. 
 
 ARISTÓTELES: foi um filósofo grego, aluno de Platão e 
professor de Alexandre, o Grande. 
1. O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete. 
2. A dúvida é o princípio da sabedoria. 
3. Ter muitos amigos é não ter nenhum. 
4. A cultura é o melhor conforto para a velhice. 
5. A felicidade não se encontra nos bens exteriores. 
6. O homem prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa tudo 
quanto diz. 
7. O egoísmo não é amor por nós próprios, mas uma desvairada 
paixão por nós próprios. 
 
 PLATÃO: foi um filósofo e matemático do período 
clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e 
fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação 
superior do mundo ocidental. Juntamente com seu mentor, Sócrates, 
e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces da 
filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental. 
1. Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo. 
 
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2. Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado. 
3. Deve-se temer a velhice, porque ela nunca vem só. Bengalas são 
provas de idade e não de prudência. 
4. Devemos aprender durante toda a vida, sem imaginar que a 
sabedoria vem com a velhice. 
5. Só pelo amor o homem se realiza plenamente. 
6. Não devemos de forma alguma preocupar-nos com o que diz a 
maioria, mas apenas com a opinião dos que têm conhecimento 
do justo e do injusto, e com a própria verdade. 
 
 SÓCRATES: foi um filósofo ateniense do período clássico 
da Grécia Antiga. Creditado como um dos fundadores da filosofia 
ocidental, é até hoje uma figura enigmática, conhecida principalmente 
através dos relatos em obras de escritores que viveram mais tarde, 
especialmente dois de seus alunos, Platão e Xenofont. 
1. Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância. 
2. O ideal no casamento é que a mulher seja cega e o homem surdo. 
3. O amigo deve ser como o dinheiro, cujo valor já conhecemos 
antes de termos necessidade dele. 
4. Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância. 
5. Três coisas devem ser feitas por um juiz: ouvir atentamente, 
considerar sobriamente e decidir imparcialmente. 
 
 IMMANUELKANT: foi um filósofo prussiano. 
Amplamente considerado como o principal filósofo da era moderna. 
1. A sabedoria das mulheres não é raciocinar, é sentir. 
2. A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se 
aquece sem perder bastante do primeiro sabor. 
3. Podemos julgar o coração de um homem pela forma como ele 
trata os animais. 
4. O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. 
5. É no problema da educação que assenta o grande segredo do 
aperfeiçoamento da humanidade. 
6. Age sempre de tal modo que o teu comportamento possa vir a ser 
princípio de uma lei universal. 
 
 ÉMILE DURKHEIM: foi um sociólogo, psicólogo social 
e filósofo francês. Formalmente, criou a disciplina acadêmica da 
sociologia e, com Karl Marx e Max Weber, é comumente citado como 
o principal arquiteto da ciência social moderna e pai da sociologia. 
1. Nosso egoísmo é, em grande parte, produto da sociedade. 
2. O indivíduo se mata para parar de sofrer. 
3. A religião não é somente um sistema de ideias, ela é antes de 
tudo um sistema de forças. 
 
 MAX WEBER: foi um intelectual, jurista e economista 
alemão considerado um dos fundadores da Sociologia. 
1. A palavra política significa elevação para a participação no poder 
ou para a influência na sua repartição, seja entre os Estados, seja 
no interior de um Estado ou entre os grupos humanos que nele 
existem. 
2. Somente quem tem a vocação da política terá certeza de não 
desmoronar quando o mundo, do seu ponto de vista, for 
demasiado estúpido ou demasiado mesquinho para o que ele 
deseja oferecer. Somente quem, frente a todas as dificuldades, 
pode dizer "Apesar de tudo!" tem a vocação para a política. 
3. A idade não é decisiva; o que é decisivo é a inflexibilidade em 
ver as realidades da vida, e a capacidade de enfrentar essas 
realidades e corresponder a elas interiormente. 
 
 KARL MARX: foi um filósofo, sociólogo, jornalista e 
revolucionário socialista. 
1. Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas 
maneiras; o que importa é modificá-lo. 
2. A religião é o ópio do povo. 
3. As revoluções são a locomotiva da história. 
4. As ideias dominantes numa época nunca passaram das ideias da 
classe dominante. 
5. O trabalhador só se sente à vontade no seu tempo de folga, 
porque o seu trabalho não é voluntário, é imposto, é trabalho 
forçado. 
6. O capitalismo gera o seu próprio coveiro. 
 
 SARTRE: foi um filósofo, escritor e crítico francês, 
conhecido como representante do existencialismo. Acreditava que os 
intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um 
artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida 
e a sua obra. 
1. Detesto as vítimas quando elas respeitam os seus carrascos. 
2. A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é 
sempre uma derrota. 
3. A violência faz-se passar sempre por uma contra-violência, quer 
dizer, por uma resposta à violência alheia. 
4. O inferno são os outros. 
 
 SANTO AGOSTINHO: foi um dos mais importantes 
teólogos e filósofos dos primeiros anos do cristianismo cujas obras 
foram muito influentes no desenvolvimento do cristianismo e 
filosofia ocidental. 
1. Não basta fazer coisas boas - é preciso fazê-las bem. 
2. Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me 
elogiam, porque me corrompem. 
3. O mundo é um livro, e quem fica sentado em casa lê somente 
uma página. 
4. O dom da fala foi concedido aos homens não para que eles 
enganassem uns aos outros, mas sim para que expressassem seus 
pensamentos uns aos outros. 
 
 NICOLAU MAQUIAVEL: foi um historiador, poeta, 
diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como 
fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de 
ter escrito sobre o Estado e o governo como realmente são e não como 
deveriam ser. Os recentes estudos do autor e da sua obra admitem que 
seu pensamento foi mal interpretado historicamente. 
1. Eu creio que um dos princípios essenciais da sabedoria é o de se 
abster das ameaças verbais ou insultos. 
2. Quando um homem é bom amigo, também tem amigos bons. 
3. O primeiro método para estimar a inteligência de um governante 
é olhar para os homens que tem à sua volta. 
4. Os homens esquecem mais rapidamente a morte do pai do que a 
perda do património. 
5. Mas a ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma 
vontade presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode 
resultar dela. 
6. Os fins justificam os meios. 
 
 ROUSSEAU: foi um importante filósofo, teórico político, 
escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos 
principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo. 
1. Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e aqueles que 
sabem muito falam pouco. 
2. É sobretudo na solidão que se sente a vantagem de viver com 
alguém que saiba pensar. 
3. A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o 
e torna-o miserável. 
4. Os homens dizem que a vida é curta, e eu vejo que eles se 
esforçam para a tornar assim. 
5. Quanto mais do mundo vi, menos pude moldar-me à sua 
maneira. 
6. Quem quer agradar a todos não agrada a ninguém. 
7. Prefiro ser um homem de paradoxos que um homem de 
preconceitos. 
 
 THOMAS HOBBES: foi um matemático, teórico político 
e filósofo inglês, autor de Leviatã (1651) e Do cidadão (1651). 
1. Aqueles que concordam com uma opinião chamam-lhe opinião; 
mas os que discordam chamam-lhe heresia. 
2. O homem é lobo do homem, em guerra de todos contra todos. 
3. Qualquer governo é melhor do que a ausência de governo. O 
despotismo, por pior que seja, é preferível ao mal maior da 
Anarquia, da violência civil generalizada, e do memo 
permanente da morte violenta. 
4. Conhecimento é poder. 
 
 VOLTAIRE: foi um escritor, ensaísta, deísta e filósofo 
iluminista francês. 
 
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1. Uma discussão prolongada significa que ambas as partes estão 
erradas. 
2. Todas as grandezas do mundo não valem um bom amigo. 
3. Todo o homem é culpado do bem que não fez. 
4. É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que 
condenar um inocente. 
5. Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, 
mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las. 
6. Não prestamos para nada se só formos bons para nós próprios. 
 
 MONTESQUIEU: foi um político, filósofo e escritor 
francês. Ficou famoso pela sua teoria da separação dos poderes, 
atualmente consagrada em muitas das modernas constituições 
internacionais. 
1. Liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem. 
2. A injustiça que se faz a um, é uma ameaça que se faz a todos. 
3. A amizade é um contrato segundo o qual nos comprometemos a 
prestar pequenos favores a alguém a fim de ele nos prestar 
grandes. 
4. Até a virtude precisa de limites. 
5. As viagens dão uma grande abertura à mente: saímos do círculo 
de preconceitos do próprio país e não nos sentimos dispostos a 
assumir aqueles dos estrangeiros. 
6. A ignorância é a mãe das tradições. 
 
 ROSA LUXEMBURGO: foi uma filósofa e economista 
marxista, polaco-alemã. Tornou-se mundialmente conhecida pela 
militância revolucionária ligada à Social-Democracia da Polônia 
(SDKP), ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao 
Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD). 
Participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD, que 
viria a se tornar mais tarde o Partido Comunista da Alemanha (KPD). 
1. Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem. 
2. Há todo um velho mundo ainda por destruir e todo um novo 
mundo a construir. 
3. A massa não é apenas objeto da açãorevolucionária; é sobretudo 
sujeito. 
4. A liberdade apenas para os partidários do governo, apenas para 
os membros do partido, por muitos que sejam, não é liberdade. 
A liberdade é sempre a liberdade para o que pensa diferente.

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