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Fichamento Racismo Institucional

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Faculdade Doctum de João Monlevade
CURSO DE DIREITO
FICHAMENTO
Alunos(as): 
Período: 2º B 
Projeto Integrador 
	IDENTIFICAÇÃO DO TEXTO
	KALCKMANN, Suzana; SANTOS, Claudete Gomes; BATISTA, Luís Eduardo; CRUZ, Vanessa Martins. Racismo Institucional: um desafio para a equidade no SUS? Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v16n2/14.pdf>. Acesso em: 21 Ago. 2018
	ARGUMENTO CENTRAL
	O artigo trata sobre o racismo institucional presente na área da saúde, onde os maiores atingidos são os negros e indígenas, que muitas vezes se encontram em situações vulneráveis ou vitimas de preconceito nestas áreas, o que muitas vezes afasta a pessoa da busca por ajuda médica e/ou profissional, em receio desse preconceito. O preconceito, muitas vezes, acontece de uma forma velada e atingem usuários dos sistemas de saúde, e também médicos, enfermeiros e outros profissionais da área, fato que afeta não só a auto-estima, mas também a saúde do individuo. O artigo apresenta relatos e depoimentos de diversas pessoas que já sofreram algum tipo de discriminação/preconceito em diversos setores da área da saúde, como por exemplo, no pré-natal e parto, a anemia falciforme, a relação dos profissionais, entre outros aspectos presentes no texto, devido à cor ou raça.
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	Citação
	Comentários
	146
	O racismo institucional é definido como o “fracasso coletivo de uma organização para prover um serviço apropriado e profissional para as pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem étnica. Ele pode ser visto ou detectado em processos, atitudes e comportamentos que totalizam em discriminação por preconceito involuntário, ignorância, negligência e estereotipação racista, que causa desvantagens a pessoas de minoria étnica”.
	O artigo trata sobre o racismo institucional, que é definido como fracasso, pois as pessoas são discriminadas e vitima de preconceito, muitas vezes de forma até involuntária, em locais onde deveriam sentir-se acolhidas, o que é o caso dos serviços de saúde, onde profissionais e pacientes buscam ser acolhidos e bem recebidos, mas muitas vezes não é o que acontece.
	146
	Os resultados evidenciam que a população negra vem sendo discriminada nas unidades de saúde, como usuários e como profissionais. Verificou-se que os serviços de saúde, por meio de seus profissionais, aumentam a vulnerabilidade desses grupos populacionais, ampliando barreiras ao acesso, diminuindo a possibilidade de diálogo e provocando o afastamento de usuários.
	O artigo aborda que a população negra é vitima de discriminação em várias áreas do serviço público (e, também, privado), inclusive na área da saúde, independente de ser profissional ou paciente, o que aumenta a vulnerabilidade desse grupo e os afasta dos meios básicos de saúde.
	147
	Estudos nacionais e internacionais evidenciam que há desigualdades importantes entre a saúde de brancos e negros, homens e mulheres, explicitando interações sinérgicas entre desigualdades sociais, raciais e de gênero (Williams, 1997; Silvério, 2002, Oliveira, 2002).
	Estudos comprovam a existência de desigualdades na saúde de brancos e negros, evidenciando ainda mais as desigualdades sociais, raciais e de gênero ainda presentes na nossa sociedade.
	147
	A discriminação por cor/raça, na maioria das vezes de forma velada, em virtude de leis que a proíbem, perpetrada por meio de “(...) mecanismos de expressão que não ferem abertamente essas normas” (Pereira e col., 2003, p. 95), determina diferenças importantes no acesso e na assistência nas diferentes esferas da sociedade, como, por exemplo, na menor oportunidade de escolarização, “(...) na polícia e outras forças de autoridade e controle social através de prisões ilegais e detenções arbitrárias (...), na justiça, como reflexo da falta de informação e da relação melhor rendimento econômico/melhor defesa e de penas distintas, (...)” (Lopes, 2005). Estas diferenças no âmbito dos direitos e do espaço público configuram o racismo institucional [...]
	A discriminação racial, geralmente, é velada devido às leis que as proíbem, mas que não a elimina da nossa sociedade, que ainda é marcada por muita discriminação e preconceito, sobretudo em setores públicos, onde configura o racismo institucional.
	147-148
	Na área da saúde, estudos recentes têm evidenciado “que as desigualdades quanto à saúde e [à] assistência sanitária dos grupos étnicos e raciais são óbvias e que, das explicações de tais desigualdades, o racismo é a mais preocupante” (Organización Mundial de la Salud, 2001, p. 7). As pessoas tornam-se impotentes diante de uma situação não explícita de discriminação. A sensação de impotência é igual ou maior do que a vivida diante da agressão física, porque as vítimas não encontram acesso a recursos e a apoios adequados para se protegerem do agravo e de suas conseqüências indesejáveis (Lopes, 2003).
	Estudos comprovam que na área da saúde é notório e preocupante a presença de racismo, onde as pessoas se tornam impotentes diante de determinadas situações implícitas de discriminação, onde as vitimas não encontram acesso a recursos e apoio adequado para sua proteção. 
	148
	A prática do racismo institucional na área da saúde afeta preponderantemente as populações negra e indígena. [...] a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, a qualidade da atenção à saúde, assim como o acesso aos insumos, determinam diferenças importantes nos perfis de adoecimento e morte entre brancos e negros
	A maioria dos casos de racismo institucional afeta os negros e indígenas, que devido a dificuldade de acesso aos serviços de saúde e qualidade de atendimento, muitas vezes se afastam da área da saúde, ficando mais vulnerável ao adoecimento e não tratamento adequado.
	148
	O racismo minimiza as possibilidades de diálogo das pessoas com os serviços, interfere na auto-estima e, conseqüentemente, contribui de forma decisiva na saúde, especialmente mental dos usuários
	O racismo interfere na auto-estima das pessoas e também na saúde, em muitos casos afastando-a da busca por ajuda medica por receio do preconceito e por experiências de preconceito e/ou discriminação já vividos.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	CONCLUSÃO OU APRECIAÇÃO FINAL
	Desde o inicio da colonização que os negros vão sendo excluídos e julgados inferior pela sua cor de pele e raça, o racismo também tem raízes na escravidão, que dominou grande parte da historia brasileira (sendo o ultimo país a abolir a escravidão), e, mesmo após a abolição, o racismo ainda é presente na nossa sociedade, mesmo que de forma velada, disfarçada ou até mesmo involuntária. O racismo institucional é aquele que é presente e/ou praticado nas instituições, como hospitais, postos de saúde, universidades e várias outras áreas, onde causa desvantagens a pessoas de minoria étnica e é marcada por atitudes de preconceito e discriminação involuntária, ignorância, negligência e estereotipação racista. A existência do racismo nos serviços de saúde é mais comum e frequentes do que imaginamos, onde usuários e profissionais negros são discriminados inclusive nas unidades de saúde, fato que aumenta a vulnerabilidade dessa população e provoca afastamento dos usuários.

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