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Maycon Soares Maria Marcelo Arraes Antônio Lins O tomate é considerado a hortaliça mais universal, oferece maiores opções de industrialização tendo, por isso, elevada importância econômica. O tomateiro tem grande adaptabilidade climática, podendo ser cultivado em climas tipo tropical de altitude, subtropical e temperado, o que permite seu cultivo em diversas regiões do mundo. Como alimento, na forma in natura ou processado, agrada ao paladar de povos de todos os continentes. Por isso, o tomate é considerado a hortaliça mais universal dentre todas. É, também, a que oferece maiores opções de industrialização, produzindo diversos tipos de derivados, tendo, por isso, elevada importância econômica. Sua cadeia de produção e processamento tem alta demanda de mão de obra, oferece grande importância social demandam mais trabalhadores são o transplante, a capina e a colheita, realizados manualmente Em virtude de sua importância econômica muitas pesquisas são feitas sobre a cultura do tomate, o que gera um pacote tecnológico que visa melhor produtividade menores custos de produção e maior eficiência do processo de produção Preço médio (R$/Kg) do tomate O tomate, um fruto pertencente à América, cultivado pelos Astecas, Maias e Incas, entre outros povos, e só foi para a Europa após a descoberta do novo mundo, os espanhóis o levaram como uma novidade, porém houve algumas desconfianças iniciais, “pois o tomate poderia ser venenoso”. Com a efetiva colonização do Novo Mundo, os europeus desenvolveram o cultivo do tomate sendo reconhecido como alimento. Por volta do inicio do século XVIII atingiu o sul da Itália, datando o inicio da fabricação da pizza com o molho de tomate. Tomate Híbrido Wanda – tipo cereja Muito produtiva, a cultivar também se destaca pela resistência das folhas, coloração atrativa e sanidade dos pés Tomate Híbrido Tucaneiro – tipo coquetel Alto valor agregado, que pode ser bem explorado na hora da comercialização, especialmente por meio da venda em cachos Tomate Híbrido Imbuia – tipo saladete Alta capacidade produtiva e destaque para o sabor Tomate Híbrido Sicília – tipo uva Frutos de coloração amarelo-ouro e doçura inconfundível Variedade de visual diferenciado Tomate tipo híbrido tipo- Veronica Frutos de formato diferenciado e chamativo, redondo achatados com gomos salientes, de fácil corte e apresentação no mercado in natura Tomate Híbrido Sêneca – tipo pera Destaque para o formato, perfume e sabor, planta vigorosa O tomateiro é uma planta espermatófita O tomate é rico em licopeno e contém vitamina ABC Possui sistema radicular amplo Porte abusivo,rasteira, semiereta ou ereta Caule ereto, 2-4 m de altura Folhas alternadas, compostas, 15-50 m comprimento e 10-30cm largura Fruto baga carnosa, 2-12 lótus Sementes reniformes, pequenas, tricômas, coloração marrom-clara 50-200 sem/fruto Desenvolvimento e Hábitos No inicio do crescimento o porte do caule e ereto, mas à medida que a planta cresce ,o seu peso fara com que tenda para um porte prostrado, tornando necessário proceder à sua tutorarem. O desenvolvimento do caule depende da variedade de tomate, existindo dois tipos fundamentais: DETERMINADOS INDETERMINADOS Germinação Desenvolvimento vegetativo Floração Vigamento Crescimento do fruto Temperatura ótima para germinação situa-se entre 16 e 29 ºC; Temperatura média no período de cultivo deve ser de 21 ºC; Quando submetida a temperaturas inferiores a 12 ºC, a planta de tomateiro tem seu crescimento reduzido; Acima de 35 ºC haverá prejuízo na frutificação; Temperaturas baixas retardam germinação e o desenvolvimento; Tabela 1. Temperaturas para os diferentes estádios de desenvolvimento do tomateiro. Estádio de desenvolvimento Temperatura (º C) Mínima Ótima Máxima Germinação 11 16 a 29 34 Crescimento vegetativo 18 21 a 24 32 Pegamento de frutos (noite) 10 14 a 17 20 Pegamento de frutos (dia) 18 19 a 24 30 Desenvolvimento da cor vermelha 10 20 a 24 30 Desenvolvimento da cor amarela 10 21 a 32 40 Fonte: GEISENBERG & STEWART (1986) Análise de solo e laudo de recomendação; Aração e gradagem (15-20cm); Fazer leras com covas de 20 x 20 cm Adicionar 1kg de esterco e adubação de NPK de acordo com o laudo por cova. PREFERENCIAL: Areno Argiloso Profundo Bem Drenado Bom Teor de Ca, Mg e Mo; Ph Entre 5,5 e 6,5 As propriedades químicas, físicas e biológicas dos solos devem ser consideradas antes da decisão de se efetuar os plantios, devendo-se evitar áreas que tenham possibilidade de encharca mento, com topografia muito irregular e que apresentem manchas ou bancos de areia, cascalho ou pedras coletar amostras de solo para a análise química. Dessa forma, o produtor descobre se será necessária a aplicação do calcário (calagem), que deve ser feita dois meses antes do plantio, preferencialmente, em períodos com chuvas. A calagem é uma etapa do preparo do solo para o cultivo agrícola em que materiais de caráter básico são adicionados ao solo para neutralizar a sua acidez. Os principais sais adicionados ao solo na calagem são o calcário e a cal virgem. Aplicação A aplicação do calcário deve ser uniforme em toda a extensão do terreno, de modo que haja grande contato entre as partículas do solo. Deve ser incorporado o mais profundo possível e anteceder o plantio, pelo menos, dois meses. Se o solo for originalmente muito ácido, deve- se monitorar a acidez das soqueiras por meio de análise do solo e, se possível, aplicar calcário antes dos tratos . A calagem benefícios, como: aumentar a disponibilidade de fósforo, alumínio através da formação de hidróxidos, que não são absorvidos; aumentar a mineralização da matéria orgânica com consequente maior disponibilidade de nutrientes e favorecer a fixação biológica de nitrogênio. Nas propriedades físicas do solo, a calagem aumenta a agregação, pois o cálcio é um cátion floculante e, com isso, diminui a compactação. Adubação orgânica A adubação orgânica é recomendada para citros e deve ser implementada, utilizando fonte e doses de orgânicos que não poluam o ambiente. Adubação verde Os adubos verdes podem ser utilizados em pré e pós-plantio dos citros, dando preferência ao sistema de plantio direto, ficando o material cortado sobre a superfície do solo. A adubação orgânica é recomendada nas dosagens de 2 a 10 t/ha (dependendo da pureza) de esterco de galinha, aplicado no sulco de plantio, ou de 6 a 20 t/ha de esterco de gado, aplicado a lanço ou no sulco. Esta prática é pouco utilizada, uma vez que os plantios de tomate para industrialização são feitos em grandes áreas. A adubação verde também é uma prática recomendável, especialmente em locais de solos intensamente cultivados, depauperados ou de baixa fertilidade natural. A prática melhora as condições físicas do solo e reduz a população de nematóides. PLANTIO - O tomate pode ser plantado o ano todo, desde que em regiões onde o clima é ameno. Temperaturas muito baixas, como geadas, ou calor em excesso, prejudicam o desenvolvimento e a produção do tomateiro O tomateiro se dá bem em locais com condições climáticas variadas Mas a cultura prefere ambientes com temperatura noturna entre 15 e 19 graus e diurna de 19 a 24 GRAUS. 100 a120 cm entre fileiras 40 a 70cm dentro das fileiras; Cultivares Santa Cruz, pode utilizar duas mudas no copinho; Culturas rasteiras pode utilizar fileiras duplas sobre um canteiro de 130 x 50 x 30 cm Deixando também duas plantas por cova IRRIGAÇÃO - Mantenha o terreno sempre úmido. Irrigue as plantas a cada dois ou três dias. Boa incidência de sol também é recomendado, pois evita o desenvolvimento de plantas finas e quebradiças. PROPAGAÇÃO - Inicie o plantio do tomateiro pelo sistema de mudas produzidas em bandejas de isopor. Mantenha as bandejas em ambiente protegido, para impedir ataque de pragas e insetos TRANSPLANTE - As plantas são transplantadas para o local definitivo assim que as mudas atingirem de quatro a cinco folhas, ou de 7 a 10 centímetros de altura. Sem apertar muito as hastes, amarre varas de bambu ou madeira de dois metros de altura em cada planta. COLHEITA - Com muitos ramos e caule flexível, o tomateiro tem sua colheita depois de 90 a 100 dias do início do transplante. Como o tomate continua amadurecendo fora do pé, pode ser colhido ainda não maduros. Desbrota: esta prática consiste na eliminação dos brotos quando estes estão com 2 a 5 cm laterais que surgem nas axilas de cada folha, realizando a quebra dos mesmos. O objetivo é reduzir o número de ramos na planta Poda ou capação: Eliminação dos brotos não produtivo (ladrões) Esta operação deve ser feita quando os brotos ainda jovem; Os cortes não poderão deixar feridas: Doenças. Cobertura do solo: É realizada com o objetivo de proteger o solo e o tomateiro de plantas invasoras e agentes causadores de doenças, como doenças fúngicas, tanto por materiais inertes ou restos de culturas anteriores Tutoramento: a prática de tutoramento do tomateiro para consumo in natura é fundamental para assegurar maior qualidade do fruto 1. Tipo cerca cruzada: é um sistema relativamente simples, tradicional, que consiste na colocação de estacas de bambu com 1,80 a 2,20m de comprimento, apoiadas em uma madeira inclinada sobre um fio de arame bem esticado Capinas: Manter o cuidado para não ferir as raízes; Pulverização com herbicidas: Utilizado em culturas rasteiras; Já existe herbicidas para o uso em tomaticultura Monda dos frutos Eliminação de alguns frutos ainda jovens; Vantagens Manter o equilíbrio da quantidade de frutos Melhorar o calibre Traça-do-tomateiro. Mosca branca. Ácaros. Larva minadora. Tripes. Pulgões. Lagarta-rosca, Broca grande, Broca pequena, Lagarta- militar. Burrinho. Traça do tomateiro (Tuta absoluta) Ovos são colocados nas folhas, hastes, flores e frutos. São elípticos, de cor branca, e se tornam amarelados ou marrons Pulgão – Dactynotus sonchi raramente causam problemas à tomaticultura, em virtude do elevado número de pulverizações feitas para o controle da traça- do-tomateiro e da mosca-branca. Contudo, essas espécies – transmissoras das viroses mosaico 'Y’, topo-amarelo e amarelo baixeiro Mosca branca – Bemisia tabaci Ao sugar a seiva das plantas, com a introdução do estilete no tecido vegetal, os insetos (adultos e ninfas) provocam alterações no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta Tripes – Thrips sp. e Frankliniella sp. causam maiores danos quando grandes populações migram de outras hospedeiras e infestam lavouras de tomateiro com até 45 dias pós-plantio. Sua maior importância deve-se à transmissão da virose vira-cabeça do tomateiro Referencias http://www.abcsem.com.br/noticias/1926/tomate- industrial-o-brasil-esta-entre-os-dez-maiores- produtores-da-hortalica-no-mundo (ABC) http://www.ceasa.gov.br/dados/publicacao/Boletim (CEASA) https://canaldohorticultor.com.br/14-tomates-para-o- sucesso-de-sua-producao/ https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesH TML/Tomate/TomateIndustrial_2ed/clima.htm (embrapa) https://www.google.com/search? google imagens http://www.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1510079- 4529,00.htm
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