Buscar

Bioenergética e vias metabólicas

Prévia do material em texto

BIOENERGÉTICA: BASES FISIOLÓGICAS DA ATIVIDADE MUSCULAR
A contração muscular irá ocorrer na menor unidade funcional do músculo, chamada de sarcômero. Essa unidade é formada por filamentos de actina (fibras finas) e miosina (filamento grosso). Esse sarcômero recebe o estimulo para a contração através da junção neuromuscular (placas motoras) que recebem a sinapse e fazem a função e comunicação entre o nervo e o músculo.
- É a extração de energia para a formação de ATP através de alimentos. – Carboidratos e proteínas (4 kcal) e gorduras (9 kcal)
OBS: As fibras não encurtam, elas deslizam o que encurta é a distancia.
ATIVAÇÃO NEUROMUSCULAR 
O potencial de ação é deflagrado na zona de disparo (no nervo).
Uma vez deflagrado ocorre à abertura dos canais de cálcio (na membrana pré-sináptica) ocorrendo o influxo do mesmo.
As vesículas de ACh passam por exocitose, ou seja, elas se aderem a membrana e liberam ACh na fenda sináptica.
A Ach se liga ao seu receptor de ACh na membrana pós-sináptica (do músculo)
 A abertura da Ach desencadeia a abertura de canais de sódio e potássio, ocorrendo o influxo de Na+ e efluxo de K+ 
Despolarização da membrana e deflagração de potencial de ação no músculo
 A acetilcolinesterase degrada a Ach que está na fenda sináptica formando colina e acetato cessando o potencial. A colina irá entrar novamente no nervo através de uma proteína trocadora (que leva colina e sódio) para sintetizar mais Ach.
DESPOLARIZAÇÃO DA FIBRA MUSCULAR
Com a despolarização e liberação do potencial de ação no músculo o retículo sarcoplasmático irá liberar cálcio dentro da fibra muscular para que ocorra a contração.
 A actina tem uma estrutura parecida com tripla hélice que apresentam dois filamentos de actina. Entremeada a esses se encontram duas proteínas chamadas tropomiosina e troponina, sendo essas responsáveis por manter fechado o sítio ativo de ligação. 
O cálcio liberado na fibra muscular irá se ligar na troponina C deslocando o complexo troponina/tropomiosina deixando o sítio ativo de ligação livre. Uma vez que o sítio está livre a cabeça da miosina ira se ligar ao mesmo. Essa ligação gasta transforma ATP em ADP+ fosfato + energia, essa energia gerada será usada para o deslizamento da actina sobre a miosina promovendo a contração muscular.
- A tropomiosina que se encontra sobre o sitio ativo de ligação tem a função de impedir a contração quando estamos em repouso. A troponina fica ligada a tropomiosina e tem como função locomover a mesma para deixar o sítio de ligação livre.
- A troponina é dividida em três subunidades, a sub C se liga ao cálcio, a sub T faz a ligação entre a troponina e a tropomiosina e a sub I é inibitória
METABOLISMO AERÓBICO, METABOLISMO ANAERÓBICO E LÁCTEO
-O ATP é sustentado através das vias metabólicas anaeróbicas (cretina fosfato e glicolítica anaeróbia) que não dependem de CO2 e uma aeróbica (oxidativa mitocondrial) que depende de CO2.
Sistema ATP-creatina fosfato: É uma via usada em exercícios de curta duração e alta intensidade (De 1 A 8/15 seg) a creatina- fosfato transfere um fosfato para o ADP. CF + ADP ATP + C
Sistema glicolítico anaeróbio: É a via ativada em exercícios de curta duração e alta intensidade (15/30 a 2 min). Ela utiliza carboidratos (glicose e glicogênio) como fonte para produção de ATP. Essa via gera 2 ATP’s e duas moléculas de piruvato. Na ausência de oxigênio o piruvato vira lactado (forma ionizada do ácido lácteo). Com o acumulo de ácido o Ph fica muito baixo e a presença de H+ aumenta tornando mais propensa a fadiga muscular.
Sistema oxidativa mitocondrial: Via utilizada em exercícios de longa duração e baixa ou média intensidade. É o mais eficiente por fazer a quebra de gordura. A via gera ao total 38 ATP’s sendo usado também o piruvato para essa produção.
Na presença de oxigênio o piruvato entra no ciclo de Crebs.

Continue navegando

Outros materiais