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ECONOMIA MONETARIA NOTAS DE AULA

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Economia Monetária
 ECONOMIA MONETÁRIA
 
 Prof. Ricardo Eleutério Rocha
Economia Monetária
 “Tudo aquilo que o homem ignora não existe para ele. Por isso o universo de cada um se resume no tamanho do seu saber” 
 A. Einstein
Economia Monetária
UNIDADE I
SISTEMA MONETÁRIO
O que é a Economia Monetária?!
A Economia Monetária é o ramo da Macroeconomia ligado à moeda e o seu papel na economia. Quais as funções da moeda? De que forma se cria moeda? Que desequilíbrios podem decorrer de um volume inadequado de moeda (insuficiência ou excesso de oferta) na economia? 
Questões Macroeconômicas
Problemas macroeconômicos, tais como a inflação e o desemprego, relacionam-se direta ou indiretamente com o lado monetário da economia, ou seja, com o papel exercido pela quantidade de moeda circulando na economia.
A Política Monetária, portanto, destaca-se como um importante instrumento de Política Econômica.
Introdução
Economia Monetária
Introdução
Economia Monetária
MACROECONOMIA E POLÍTICA ECONÔMICA
 O governo exerce suas atividades/funções através de uma série de medidas e instrumentos conhecidos como Políticas.
OBJETIVOS PERMANENTES DA POLÍTICA ECONÔMICA
 Promoção do crescimento econômico (expansão de Y)
 Estabilidade monetária (estabilidade dos preços/controle da inflação)
 Expansão do nível de emprego
 Promover uma melhor distribuição da renda e da riqueza
 Equilibrar o volume financeiro das transações com o exterior
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA
 Política Monetária
 Política Fiscal
 Política Cambial
 Política de Rendas
Economia Monetária
Crescimento Econômico Brasileiro (Série Nova)
 
ANOS PIB ANOS PIB
 
1996 2,2% 2012 1,8% 
1997 3,4% 2013 2,7% 
1998 0,0% 2014 0,1%
1999 0,3% 2015 -3,5%
2000 4,3% 2016 -3,3% 
2001 1,3% 2017 1,1%
2002 3,1% 2018 1,1%
2003 1,2%
2004 5,7%
2005 3,1%
2006 4,0%
2007 6,0%
2008 5,0% 
 -0,2%
 7,6%
 3,9%
FONTE: IBGE 
Economia Monetária
Crescimento Econômico Brasileiro
UM PIB QUE CAI
2014 2015 2016 2017 2018 2019
0,1% -3,5% -3,3% 1,1% 1,1%
Economia Monetária
ATIVIDADE ECONÔMICA - BRASIL
PIB
. 1940 – 1980: 7% a.a.
. 1980: 2,5% a.a.
. 1990: 2,5% a.a.
. 2003 – 2010: 4% a.a.
. 2011 – 2014: 2% a.a.
. 2015: 3,5%
. 2016: 3,3%
. 2017: 1,1%
. 2018: 1,1%
. 2019: (Focus)
. 2020: (Focus)
Economia Monetária
Fontes: Codace/FGV, IBGE e Ipea.
Gráfico 1: Padrão de evolução do PIB brasileiro dessazonalizado em recessões
Blog do IBRE
O quão estimulativa estaria a política monetária brasileira?
03/01/2019
Bráulio Borges
Gilberto Borça Jr.
    
De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), a política monetária doméstica encontra-se, desde o final do 3º trimestre de 2017, em terreno estimulativo. Contudo, a atividade econômica ainda apresentava, em fins de 2018 – isto é, após mais de um ano de impulso monetário –, uma recuperação bastante tímida. Como consequência disso, a ociosidade da economia brasileira – vide a taxa de desemprego e o nível de utilização da capacidade instalada industrial – pouco se alterou nos últimos dois anos, desde que o “fundo do poço” foi atingido (4T/2016).
Levando em consideração o fato de que o pico do último ciclo econômico, medido pelo PIB trimestral dessazonalizado, ocorreu no 1T/2014, nota-se que a atividade econômica brasileira ainda está, 18 trimestres depois, cerca de 5% abaixo desse nível. Transcorrido tal intervalo de tempo a partir do pico dos ciclos, o padrão médio de todas as recessões brasileiras ocorridas desde 1980 sugeriria uma recuperação completa do PIB. Isso vale, inclusive, para as recessões de 1981-83 e 1989-92, que foram tão severas e duradouras quanto a de 2014-16 (Gráfico 1). Em outras palavras, já se passou tempo demais e a economia brasileira ainda não engatou uma “segunda marcha” no ciclo atual.
Economia Monetária
Questões Macroeconômicas
A partir da adoção do Sistema de Metas Inflacionárias, as ações de Economia Monetária passam a ficar mais consistentes e evidentes para a população
Introdução
Economia Monetária
Importância do estudo da Eco. Monetária
Economia Monetária
consumo
investimento
exportações
pib
Importância do estudo da Eco. Monetária
Economia Monetária
Importância do estudo da Eco. Monetária
Economia Monetária
Importância do estudo da Eco. Monetária
Economia Monetária
O que é?
causas?
consequências
medidas de 
combate
Equilíbrio entre fluxos
Economia Monetária
“Depois de dois anos seguidos em queda, o crédito deve voltar a crescer em 2018, de acordo com estimativas do Banco Central (BC). A expectativa é que o crédito ofertado pelos bancos deve apresentar retração de 1% em 2017, e crescimento de 3%, em 2018. 
Em 2017 o crédito caiu 1,4%, ficando em R$ 3,063 trilhões. A recuperação deve ser puxada pelo crédito livre (bancos têm autonomia para aplicar dinheiro captado no mercado) para as famílias. Em 2018, o crédito total para as famílias deve crescer 7%, quanto para as empresas, a expectativa é de retração 2%.
Parte da redução do crédito para as empresas se deve à substituição do financiamento do sistema financeiro pelo mercado de capitais”
Agência Brasil, 2017.
Economia Monetária
Economia Monetária
Economia Monetária
Este foi o 11º corte consecutivo na Selic, que alcançou o menor patamar já registrado desde o início do regime de metas de inflação, em 1999. Também é a menor taxa de juros de toda a série histórica do BC, iniciada em 1986
Os principais bancos do país anunciaram nesta quarta-feira (7) uma nova redução das taxas de juros cobradas no crédito para pessoas físicas e empresas. Os comunicados de Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Santander foram divulgados à imprensa minutos após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de cortar a taxa básica de juros, a Selic, para 6,75% ao ano.
Economia Monetária
Economia Monetária
"Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, o Comitê vê, neste momento, como mais adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária", diz o comunicado. A próxima reunião do Copom será em 21 de março.
Quando reajusta a Selic para cima, o BC pretende conter o excesso de demanda que pressiona os preços. Os juros mais altos encarecem o crédito e freiam o consumo. Mas esse processo precisa ser cauteloso para não prejudicar a economia, por exemplo, desestimulando investimentos e gerando desemprego.
Economia Monetária
Funções Clássicas do Banco Central
Monopólio da Emissão de Moeda
Banco dos Bancos
Banco do Governo
Executor das Políticas Cambial e Monetária
Depositário das Reservas Internacionais
Economia Monetária
Pressões que desequilibram a economia
Déficit Fiscal: Governo gastando mais do que arrecada.
Reajustes salariais acima da produtividade da economia. 
Alterações no nível de produção da economia. 
Facilidades/dificuldades de obtenção de crédito bancário.
Relações com o comércio exterior. 
Economia Monetária
A moeda é o produto de uma relação econômica, social e política.
Nos sistemas econômicos primitivos a troca era realizada diretamente. Nas economias de escambo, portanto, as trocas eram amonetárias, ou seja, sem a utilização da moeda. Trocava-se mercadoria por mercadoria. Para tanto, era necessário que as necessidades entre os permutadores fossem coincidentemente inversas.
 
A especialização, a divisão do trabalho e o desenvolvimentodo comércio tornaram evidentes as limitações do escambo. As dificuldades de troca direta fizeram surgir a troca indireta. Ao instrumento de intermediação das trocas dá-se o nome de moeda. A moeda surge, pois, para facilitar a generalização das trocas.
 
A seguir, em ordem cronológica, identificam-se os principais tipos básicos de moeda.
 
Origens e Tipos de Moeda
Economia Monetária
A seguir, em ordem cronológica, identificam-se os principais tipos básicos de moeda.
Moeda-Mercadoria
 
A moeda mercadoria constitui, historicamente, a primeira forma de moeda. Eram mercadorias de aceitação geral nas comunidades econômicas primitivas. Inicialmente, utilizadas apenas como medida de valor. Posteriormente, como instrumento (meio) geral de troca. São exemplos de moeda-mercadoria: gado, sal, algodão, peixe seco, lã, seda, chá, açúcar etc.
 
 
.
 
Origens e Tipos de Moeda
Economia Monetária
A seguir, em ordem cronológica, identificam-se os principais tipos básicos de moeda.
Moeda-Metálica
 
Com o desenvolvimento econômico, surge a necessidade de utilização de instrumentos mais eficazes. A moeda-mercadoria apresentava uma série de dificuldades, tais como: indivisibilidade, problemas de conservação e dificuldade de transporte.
 
Os metais, inicialmente bronze e cobre, e, posteriormente, os preciosos, ouro e prata, passaram a substituir as mercadorias na intermediação das trocas, surgindo, assim, a moeda metálica.
 
Origens e Tipos de Moeda
Economia Monetária
A seguir, em ordem cronológica, identificam-se os principais tipos básicos de moeda.
Moeda-Metálica
Principais vantagens da moeda metálica, ouro e prata, especialmente, em relação à moeda-mercadoria:
 
- facilidade de transporte e entesouramento;
- concentração de grande valor em pequeno volume;
- durabilidade;
- inalterabilidade;
- manejabilidade fácil;
- divisibilidade;
- fácil reconhecimento e aceitação.
 
Origens e Tipos de Moeda
Economia Monetária
A seguir, em ordem cronológica, identificam-se os principais tipos básicos de moeda.
Moeda-Papel
 
Com o desenvolvimento dos mercados, o manejo e o transporte da moeda-metálica começaram a apresentar uma série de riscos e dificuldades. Era conveniente, portanto, substituir a moeda-metálica por títulos representativos dessa moeda-metálica.
 
Assim, passou-se a confiar aos ourives (banqueiros primitivos) a guarda da moeda-metálica (ouro e prata). Em troca, os ourives emitiam certificados representativos da moeda metálica. Esses certificados, cujo valor é totalmente assegurado por metal (lastro), portanto, integralmente conversível em ouro, passa a ser trocado por bens (instrumento de troca), revelando aceitação geral, desempenhando assim, a função de moeda.
 
Origens e Tipos de Moeda
Economia Monetária
A seguir, em ordem cronológica, identificam-se os principais tipos básicos de moeda.
Papel-Moeda ou Moeda-Fiduciária
 
Desde cedo, os banqueiros primitivos perceberam que partes consideráveis dos depósitos em ouro eram inativas, ou seja, que grande parte da moeda metálica depositada não era exigida pelos possuidores dos certificados.
 
Assim, os banqueiros passaram a emitir títulos em valor superior ao das moedas metálicas recebidas em depósito. A este instrumento de troca que é fracionariamente (parcialmente) lastreado em ouro dá-se o nome de papel-moeda.
 
 
Origens e Tipos de Moeda
Economia Monetária
A seguir, em ordem cronológica, identificam-se os principais tipos básicos de moeda.
Papel-Moeda ou Moeda-Fiduciária
 
Com o desenvolvimento da economia monetária, as notas emitidas pelos bancos comerciais tornaram-se pouco comuns, cabendo aos bancos centrais o monopólio da emissão de papel-moeda. Como ao longo do tempo a relação com o ouro desapareceu, o que garante a moeda atualmente é a lei. No Brasil, por exemplo, por força da lei, a moeda de curso legal e forçado, com poder liberatório, é o Real.
 
Origens e Tipos de Moeda
Economia Monetária
A seguir, em ordem cronológica, identificam-se os principais tipos básicos de moeda.
Moeda Escritural ou Bancária
 
A moeda escritural ou bancária é representada pelos depósitos do público nos bancos comerciais. Esses depósitos são movimentados pelos seus titulares através de cheques.
 
Os bancos comerciais podem criar moeda, no caso moeda escritural ou bancária, na medida em que somente uma fração do total dos depósitos é utilizada pelo público depositante, possibilitando aos bancos realizar operações de empréstimo, os quais, por sua vez, geram novos depósitos bancários. É deste mecanismo que deriva o efeito multiplicador da moeda escritural.
 
Origens e Tipos de Moeda
Economia Monetária
A seguir, em ordem cronológica, identificam-se os principais tipos básicos de moeda.
Quase-Moeda
 
A moeda é a liquidez por excelência. As modernas economias desenvolveram um conjunto de ativos financeiros com elevado grau de liquidez, que podem ser rapidamente transformados em moeda. Portanto, denomina-se quase-moeda os ativos financeiros não-monetários, cujos graus de liquidez se aproximam da moeda. Destacam-se: os depósitos de poupança, os certificados de depósito bancário (CDB), os títulos da dívida pública (LTN, LFT, NTN) etc.
 
Origens e Tipos de Moeda
Economia Monetária
 Conceito e origem da moeda
Economia Monetária
 Novas “moedas”
Economia Monetária
 Novas “moedas”
Funções da Moeda
 
Dentre as principais funções desempenhadas pela moeda destacam-se:
Medida de Valor: todas as mercadorias podem expressar seu valor em unidades monetárias, ou, o que é a mesma coisa, a moeda serve para medir o valor das mercadorias;
Reserva de Valor: o indivíduo não precisa gastá-la imediatamente. Pode guardá-la para uso posterior. Para desempenhar plenamente essa função a moeda deve ter um valor estável;
Meio de Troca: a moeda serve para comprar e vender mercadorias;
 Moeda
Economia Monetária
Funções da Moeda
 
Dentre as principais funções desempenhadas pela moeda destacam-se:
Meio legal de Pagamento: através de lei, o Estado garante e obriga sua aceitação como meio de pagamento.
Meio de Crédito: a moeda pode ser entregue por empréstimo a quem tenha qualquer tipo de necessidade.
Moeda
Economia Monetária
Banco Central
 
O Banco Central deve atuar como guardião da moeda nacional. As funções de um Banco Central típico são: 
Banco Emissor: 
Emissão do meio circulante
Saneamento do meio circulante
Banco dos Bancos:
Depósitos compulsórios
Redescontos de liquidez
Gestão do Sistema Financeiro Nacional: 
Normas/autorizações/fiscalização/Intervenção
 
Moeda
Economia Monetária
Banco Central
 
Execução da Política Monetária:
Controle dos meios de pagamento, isto é, da liquidez do mercado
Programação monetária/Instrumentos de política monetária
Execução da Política Cambial:
Regime cambial
Banqueiro do Governo:
Gestor e fiel depositário das reservas internacionais do país
Representante do Sistema Financeiro Nacional junto às instituições
financeiras internacionais
 
Moeda
Economia Monetária
Economia Monetária
Economia Monetária
Economia Monetária
Até chegar ao conceito de moeda manual, o Bacen adota algumas classificações: 
Papel-Moeda Emitido (PME)
Total de moeda legal existente, que é autorizada pelo BACEN ou governo. A partir de 1998, a autorização para emissão de moeda deve ser dada pelo Congresso Nacional, com base na Programação Monetária, que estabelece a necessidade de emissão. 
Papel-Moeda em Circulação (PMC)
Trata-se do PME menos o percentual existente no caixa do BACEN, já que nem todo PME é automaticamente injetado na economia. 
Papel-Moeda em Poder do Público (PMP)
É o PMC menos o caixa dos bancos comerciais. São recursos que podem ser representados por moeda metálica ou papel-moeda.
Outros Conceitos Monetários
Economia Monetária
O conceito de meios de pagamentosconsiste na totalidade de moeda possuída pelo setor não-bancário que pode ser utilizado a qualquer momento, ou seja, possui liquidez imediata. 
Representado pelos seguintes elementos:
MP: PMPP + DV (Depósitos à vista) ou MP: Moeda manual + moeda escritural
Os Meios de Pagamentos
Economia Monetária
Quando a quantidade de moeda em poder do público (PMP) + depósitos à vista é alterada, há uma criação ou destruição de moeda (ou meios de pagamentos). 
Vejamos alguns exemplos: 
Os empréstimos dos bancos comerciais ao setor privado são exemplos de criação de moeda. Isso porque coloca-se a disposição do público privado uma certa quantidade moeda que eles não possuíam antes, para que possam utilizá-la para os diversos destinos, tais como investimentos e consumo de bens e serviços. 
Já o pagamento de um empréstimo bancário significa uma destruição de moeda, uma vez que ela sai das mãos do público privado e retorna ao banco. 
Criação e Destruição dos MP’s
Economia Monetária
Um banco compra dólares de um exportador. Criação ou Destruição? 
Pagamento de empréstimo contraído no sistema bancário. Criação ou Destruição? 
Depósito de dinheiro a prazo (CDB). Criação ou Destruição? 
Resgate de aplicações em depósito a prazo. Criação ou Destruição? 
 Criação e Destruição dos MP’s
Economia Monetária
Com o desenvolvimento do sistema financeiro, tornou-se necessário a ampliação dos conceitos de meios de pagamentos, devido a existência de ativos considerados “quase-moeda”, ou seja, que não possuem liquidez imediata (poupança, títulos públicos, renda fixa, etc), tal qual a moeda manual e moeda escritural. 
Agregados Monetários
Economia Monetária
Até 2001, os meios de pagamentos ampliados eram classificados de acordo com a liquidez, da seguinte maneira: 
M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista 
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados (recursos provenientes do bloqueio das poupanças em 91) + quotas de fundos de renda fixa de curto prazo + títulos públicos de alta liquidez 
M3 = M2 + depósitos de poupança 
M4 = M3 + títulos emitidos por instituições financeiras (letras hipotecárias, letras de câmbio, etc.)
Os Meios de Pagamentos
Economia Monetária
Após 2001, o BACEN introduziu um novo ordenamento, trocando o grau de liquidez e passando a definir os MP’s ampliados pelos sistemas emissores:
Consolidado monetário: Banco Central, bancos comerciais e caixas econômicas. 
Consolidado bancário: consolidado monetário, outras instituições depositárias* e fundos de renda fixa.
*bancos múltiplos, bancos comerciais, caixas econômicas, bancos
de investimento, bancos de desenvolvimento, agências de fomento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo, companhias hipotecárias.
Bacen, online.
Economia Monetária
Após 2001, o BACEN introduziu um novo ordenamento, trocando o grau de liquidez e passando a definir os MP’s ampliados pelos sistemas emissores:
Meios de Pagamento Restritos: M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista
O sistema emissor de M1 é o chamado consolidado monetário, constituído pelos criadores de moeda, isto é, o banco central, que cria moeda manual, e pelas instituições financeiras (bancos comerciais) criadoras de moeda escritural.
Os Meios de Pagamentos
Economia Monetária
Meios de Pagamento Ampliados:
M2 = M1 + depósitos de poupança + títulos* emitidos por instituições depositárias
*incluem os Depósitos a prazo, Letras de Câmbio, Letras Imobiliárias e Letras Hipotecárias. 
O sistema emissor de M2 é o consolidado bancário, com exceção dos fundos de renda fixa, composto pelo banco central e instituições depositárias, que são: bancos comerciais, caixas econômicas, bancos de desenvolvimento, sociedades de crédito, etc. 
Os Meios de Pagamentos
Economia Monetária
Meios de Pagamento Ampliados:
M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic
O sistema emissor de M3 é o consolidado bancário incluindo os fundos de renda fixa e as carteiras de títulos registrados na Selic.
Os Meios de Pagamentos
Economia Monetária
Meios de Pagamento Ampliados:
M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez
O sistema emissor de M4 é constituído pelo consolidado bancário e pelos tesouros nacional, estaduais e municipais.
Os Meios de Pagamentos
Economia Monetária
Nova metodologia de apuração dos agregados monetários no Brasil, divulgados a partir de agosto de 2018. A metodologia anterior foi estabelecida em 2001.
Nos últimos anos, com a evolução dos instrumentos de captação e das instituições emissoras de meios de pagamentos, tornou-se necessária a atualização de conceitos, fontes de dados, forma de apuração e divulgação das estatísticas monetárias. Adicionalmente, em 2016 foi publicada a nova edição do Monetary and Financial Statistics Manual and Compilation Guide (MFSM 2016), elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) com a participação dos países membros, inclusive o Brasil. O MFSM 2016 estabelece o padrão internacional para a apuração dos agregados monetários.
Os Meios de Pagamentos
Economia Monetária
Os agregados monetários permanecem indicadores relevantes para acompanhar os efeitos da política econômica, o grau de preferência do público pela liquidez e a oferta de crédito pelo sistema financeiro, inclusive em regime de metas para a inflação.
A aplicação do MFSM 2016 à realidade institucional da economia brasileira resulta na divisão dos agentes econômicos em:
a) Emissores de moeda:
– autoridade monetária (Banco Central);
– sociedades de depósitos (monetárias e não monetárias);
– Governo Federal.
b) Detentores de moeda:
– outras sociedades financeiras;
– governos estaduais e municipais;
– empresas não financeiras; e
– famílias e instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias.
Os Meios de Pagamentos
Economia Monetária
Os agregados monetários permanecem indicadores relevantes para acompanhar os efeitos da política econômica, o grau de preferência do público pela liquidez e a oferta de crédito pelo sistema financeiro, inclusive em regime de metas para a inflação.
A aplicação do MFSM 2016 à realidade institucional da economia brasileira resulta na divisão dos agentes econômicos em:
c) Setores neutros:
– não residentes.
Os Meios de Pagamentos
Economia Monetária
No Brasil, compõem o sistema emissor as seguintes entidades:
a) No agregado M1:
– Banco Central;
– bancos comerciais;
– bancos múltiplos;
– Caixa Econômica Federal; e
– cooperativas de crédito.
b) No agregado M2, além daquelas incluídas no M1:
– bancos de investimento;
– bancos de desenvolvimento;
– sociedades de crédito, financiamento e investimento;
– companhias hipotecárias;
– sociedades de crédito imobiliário; e
– associações de poupança e empréstimos.
Os Meios de Pagamentos
Economia Monetária
No Brasil, compõem o sistema emissor as seguintes entidades:
c) No agregado M3, além daquelas incluídas no M1 e M2:
– fundos de investimento com características de fundos do mercado monetário, que buscam taxas de retorno próximas àquelas negociadas nas operações de mercado aberto, cujas cotas podem ser resgatadas no curto prazo.
d) No agregado M4, além das entidades depositárias do M3:
– Governo Federal, como emissor de títulos públicos de elevada liquidez.
Os Meios de Pagamentos
Economia Monetária
O MFSM 2016 define como principais instrumentos financeiros considerados como meios de pagamento:
a) moeda em poder do público;
b) depósitos transferíveis (tais como os depósitos à vista);
c) outros depósitos (depósitos a prazo, de poupança);
d) títulos emitidos pelas sociedades de depósitos (exceto ações);
e) cotas de fundos do mercado monetário; e
f) títulos públicos de alta liquidez (se o Governo Federal fizer parte do sistema emissor).
Os Meios de Pagamentos
Economia MonetáriaResumo da Nova Metodologia
M1 = papel-moeda em poder do público + depósitos à vista, incluindo Cooperativas de Crédito
M2 = M1 + depósitos de poupança + títulos privados emitidos pelas instituições financeiras
depositárias, incluindo cooperativas
M3 = M2 + cotas de fundos de investimento depositários + operações compromissadas com
títulos públicos e privados
M4 = M3 + títulos públicos emitidos pelo Governo Federal, adquiridos em operações definitivas
O
Os Meios de Pagamentos
Economia Monetária
Como a inflação impacta nos meios de pagamentos?
Em época de inflação elevada, quando as pessoas aplicam em ativos financeiros para proteger seu dinheiro da perda do poder de compra, haverá redução de moeda manual e de depósitos à vista, de modo que M1 diminuirá em relação à M4. Quando há uma redução de M1 em favor dos demais agregados, dizemos que houve uma redução na monetização. Portanto, quanto menor o grau de monetização, menor a relação M1/M4. 
E em períodos de estabilidade?
No período que sucedeu a implantação do Plano Real, devido a maior estabilidade econômica, observou-se um aumento na monetização. Isso se deu porque as pessoas não se sentiam mais ameaçadas pela inflação e, por isso, detinham moeda na forma manual.
Os Meios de Pagamentos
Economia Monetária
Trata-se de estimativas das faixas de variação dos principais agregados monetários (por exemplo, a quantidade de papel-moeda em poder do público e o valor total dos depósitos à vista), metas indicativas de evolução trimestral e descrição das perspectivas da economia nacional. Essa estimativa deve ser aprovada no Congresso Nacional. 
Objetivos básicos da Programação Monetária:
Possibilita visualizar a quantidade de crédito adequada às metas desejadas pela política governamental;
Possibilita ao Bacen ter condições de identificar desvios em relação às metas estabelecidas;
Explicita o volume de recursos a serem captados, definidas as metas.
Programação Monetária no Brasil
Economia Monetária
A base monetária é o total de moeda criada pelo BACEN possuídos pelo público não bancário e bancos comerciais. 
Base Monetária: PME + Reservas Bancárias.
A base monetária constitui-se do passivo do BACEN
Base Monetária
De que forma o Bacen influencia nos meios de pagamentos? Essa influência se dá por meio do controle da base monetária. 
OOperações com o
Economia Monetária
Operações com o Setor Externo
Operações com o Tesouro Nacional
Operações com Títulos públicos Federais
Redesconto
Expansão da Base Monetária
OOperações com o
Economia Monetária
A partir de 1994, com a estabilização promovida pelo Plano Real, o Bacen procurando controlar melhor a quantidade de dinheiro no mercado, ampliou o conceito de Base Monetária. Sendo definida da seguinte forma: 
Base Monetária Ampliada: Base Monetária + Depósito Compulsório em espécie + Títulos públicos federais.
Base Monetária
Economia Monetária
Haverá aumento da oferta de moeda (meios de pagamentos) sempre que as operações ativas das autoridades monetárias aumentarem, ou diminuírem os recursos não-monetários recebidos por ela, que significam um aumento na Base Monetária.
No caso dos bancos comerciais, haverá maior disponibilidade para empréstimos sempre que diminuírem os encaixes dos bancos comerciais. 
Exemplos de operações que provocam expansão dos meios de pagamentos:
Aumento de empréstimos ao governo ou setor privado
Expansão das operações de redescontos
Compra de títulos da dívida pública em poder do público
Aumento das reservas cambiais 
Oferta de Moeda
Economia Monetária
Como sabemos, os bancos comerciais podem criar meios de pagamentos, ou seja, elevar a quantidade de moeda em poder do público privado não-bancário. Isso é possível porque os agentes econômicos não resgatam seus depósitos à vista ao mesmo tempo!
Para chegarmos à fórmula do multiplicador, precisamos relembrar alguns conceitos:
Meios de Pagamentos: PMPP + Depósitos à vista
Base Monetária: PMPP + r*
Total de reservas bancárias (encaixes técnicos, compulsórias, voluntárias)
Multiplicador Monetário: 
m: M/B.
Onde:
M: Meios de pagamentos
B: Base monetária
Modelo de Expansão Monetária (Multiplicador Monetário)
Economia Monetária
O multiplicador depende de algumas questões, que podem ser comportamentais e gerenciais. 
Comportamentais: Dependerá da quantidade de depósitos à vista que as pessoas farão.
Gerenciais: Diz respeito à decisão de bancos comerciais e central, no que diz respeito aos encaixes técnicos e compulsórios, respectivamente. 
Modelo de Expansão Monetária (Multiplicador Monetário)
Economia Monetária
Simplificado 
M: PMPP + DV
Logo:
c = PMPP
 M
c: proporção do total de ativos em papel-moeda.
d = DV
 M
d = proporção do total de ativos mantidos em moeda escritural (depósitos à vista). Então;
M = PMPP + DV, dividindo por M temos: 1 = c + d
M M M
Para a base Monetária fazemos:
B: PMPP + r
B: c + R*dM
R = Percentual de depósitos à vista mantidos como reserva bancária.
Modelo de Expansão Monetária ( Multiplicador Monetário)
Economia Monetária
Substituindo, temos:
m = M
 B
m = c + d . Onde: c = 1 – d
 c + Rd
Modelo de Expansão Monetária (Multiplicador Monetário)
Economia Monetária
Suponha que em uma economia, o público mantenha 20% dos MP’s em PMPP e os bancos comerciais mantenham 40% dos depósitos à vista em sob a forma de reservas bancárias. Qual será a expansão monetária? 
Exemplo:
M = 1,92
O que significa dizer que a cada 1 unidade monetária a mais na base monetária, o resultado será uma expansão monetária de 1,92
Economia Monetária
Caso os bancos comerciais diminuam suas reservas para 30%, qual será a expansão monetária? 
Exemplo:
Economia Monetária
Janeiro 2019
C= PMPP / M1 = 0,54
D= DV / M1 = 0,46
R1= CX / DV = 0,22
R2=RB / DV = 0,44
K=1 / C+D (R1+R2) = M1/B = 1,33
Dados do BCB
Economia Monetária
Exemplo:
1/ Onde :
C – Preferência do público por papel-moeda.
PMPP – Papel-moeda em poder do público.
M1 – Meios de pagamento.
D – Preferência do público por depósitos à vista.
DV – Depósitos à vista.
R1 – Taxa de encaixe em moeda corrente.
CX – Encaixe de moeda corrente.
R2 – Taxa de reservas bancárias.
RB – Reservas bancárias.
K – Multiplicador monetário.
B – Base monetária.
Economia Monetária
Quais as funções da moeda?
Quais são as funções do Banco Central?
Qual a diferença entre moeda e quase-moeda?
Cite 3 exemplos de criação e destruição de moeda.
Em que consiste a programação monetária do Banco Central?
Analise as principais causas de expansão ou contração monetária na Base Monetária.
Mostre como autoridade monetária e bancos comerciais podem criar meios de pagamentos?
Como a autoridade monetária pode controlar os meios de pagamentos provocando modificações no multiplicador monetário?
Exercícios:
Economia Monetária
8. Umas das causas da expansão da Base Monetária é o crescimento das reservas internacionais. Caso seja desejo do Banco Central controlar a expansão monetária, como ele poderia agir para compensar essa entrada de recursos? 
9. Como o Bacen pode induzir o público a mudar seu comportamento para alterar o multiplicador dos meios de pagamentos?
Exercícios:
Economia Monetária
Glossário 
Base monetária: passivo monetário do Banco Central, também conhecido como emissão primária de moeda. Inclui o total de cédulas e moedas em circulação e os recursos da conta “Reservas Bancárias”. Essa variável reflete o resultado líquido de todas as operações ativas e passivas do Banco Central. 
Base monetária ampliada: conceito amplo de base monetária, introduzido no Plano Real com o pressuposto de que agregados mais amplos são mais bem correlacionados com os preços na economia brasileira, visto que captam de forma precisa a substitutibilidade entre a moeda, em seu conceito mais restrito, e os demais ativos financeiros.Inclui, além da base restrita, os principais passivos do Banco Central e do Tesouro Nacional (depósitos compulsórios e títulos federais). 
Meios de pagamento: conceito restrito de moeda (M1). Representa o volume de recursos prontamente disponíveis para o pagamento de bens e serviços. Inclui o papel-moeda em poder do público, isto é, as cédulas e moedas metálicas detidas pelos indivíduos e empresas não financeiras e, ainda, os seus depósitos à vista efetivamente movimentáveis por cheques. 
Meios de pagamento ampliados: inclui moeda legal e quase-moeda, correspondendo aos instrumentos de elevada liquidez, em sentido amplo. O M2 corresponde ao M1 mais as emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por instituições depositárias – as que realizam multiplicação de crédito. O M3 é composto pelo M2 e as captações internas por intermédio dos fundos de renda fixa e das carteiras de títulos públicos federais registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). O M4 agrega o M3 e a carteira livre de títulos públicos do setor não financeiro. 
Economia Monetária
 Crédito cresceu 5,5% em 2018 após dois anos de contração
Após dois anos de contração (-3,5% em 2016 e -0,5% em 2017), o mercado de crédito voltou a crescer em 2018. De acordo com a edição de dezembro das Estatísticas Monetárias e de Crédito, o saldo de crédito total aumentou 5,5% no ano, alcançando R$3,3 trilhões em dezembro. 54,1% do total – R$1,8 trilhão – foram destinados para operações de crédito livre, aquelas livremente destinadas pelas instituições financeiras, com taxas de juros pactuadas entre elas e os tomadores de crédito.
Destaque para o crédito às famílias, com expansão de 8,6%, passando a ocorrer também crescimento no segmento de empresas, 1,9%. A relação crédito/PIB atingiu 47,4% no final do ano.
Considerando o crédito pelo controle de capital das instituições financeiras, essa recuperação vem sendo conduzida pelas instituições privadas, variação de 12,4% no ano. O segmento público registrou redução de 0,5% no saldo em 2018. 
Economia Monetária
 Crédito cresceu 5,5% em 2018 após dois anos de contração
O Indicador de Custo de Crédito (ICC), média do custo de toda a carteira do sistema financeiro, encerrou o ano em 20,5% a.a. (-0,4 p.p. mês e -0,8 p.p. no ano), menor valor desde maio de 2015.
No crédito livre não rotativo, o ICC acumulou redução anual de 2,1 p.p., para 28,7%. O spread geral do ICC atingiu 13,6 p.p. (-0,4 p.p., no mês e ano).
Economia Monetária
 Evolução do crédito no Brasil
Ano Crédito/PIB
2002 22,0%
2003 24,0%
2004 24,5%
2005 28,1%
2007 33,4%
2008 40,8%
2009 45,0%
2010 45,7 % 
2012 49,1 %
2013 56,0%
2014 58,9% 
2016 49,6%
2018 47,4%
FONTES: Ministério da Fazenda – Relatório Economia Brasileira em Perspectiva/Bacen/Folha de S. P./ BCB 
Economia Monetária
Economia Monetária
Economia Monetária
 Agregados Monetários:
A base monetária alcançou R$302 bilhões em dezembro, crescimento de 8,2% no mês, acumulando aumento de 1,8% no ano. O papel moeda emitido variou 10,9% no mês e 5,8% no ano, enquanto as reservas bancárias declinaram 8,2% e 20,1%, respectivamente, nos mesmos períodos. 
Dentre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da base monetária, destacaram-se, no mês, os impactos expansionistas das operações com títulos públicos federais (R$36,5 bilhões, compras líquidas de 66,1 bilhões no mercado secundário e colocações líquidas de R$29,6 bilhões no mercado primário) e das operações do Tesouro Nacional (R$20,5 bilhões). Em sentido inverso, as vendas líquidas de divisas no mercado interbancário a termo implicaram em contração de R$30,5 bilhões. No ano, destacaram-se os impactos expansionistas dos resgates de títulos públicos federais, dos ajustes com derivativos cambiais e das liberações de depósitos compulsórios, contrabalançadas principalmente pela retração monetária nas operações do Tesouro Nacional, que refletiram a melhoria na arrecadação de tributos.   
Economia Monetária
 Agregados Monetários:
Os meios de pagamento restritos (M1) totalizaram R$407,3 bilhões em dezembro (+8,8% no mês, +6,1% no ano), após aumentos mensais de 9,5% no saldo do papel moeda em poder do público e de 8% em depósitos à vista.
O M2 situou-se em R$2,8 trilhões (+2,3% no mês), acompanhando o aumento do M1. O saldo dos depósitos de poupança avançou 2,2% no período, para R$801 bilhões, enquanto o estoque dos títulos privados, 0,9%, somando R$1,6 trilhão. No mês, ocorreram captações líquidas de R$14,6 bilhões na poupança e de R$26,1 bilhões em depósitos a prazo.
O M3 expandiu-se 1,5% no mês, alcançando R$6,2 trilhões, acompanhando elevação de 1,0% nas quotas de fundos.
O M4 registrou crescimentos de 1,2% no mês e de 7,9% no ano, situando-se em R$6,7 trilhões.
Economia Monetária
UNIDADE II 
POLÍTICA MONETÁRIA
Manter a inflação sob controle, ao redor da meta, é objetivo fundamental do Banco Central (BC). A me​ta para a inflação​ é estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN.
A estabilidade dos preços preserva o v​alor do dinheiro, mantendo o poder de compra da moeda​. ​Para alcançar esse objetivo, o BC utiliza a política monetária, política que se refere às ações do BC que visam afetar o custo do dinheiro (taxas de juros) e a quantidade de dinheiro (condições de liquidez) na economia. No caso do BC, o principal instrumento de política monetária é a taxa Selic, decidida pelo Copom​.
A taxa Selic afeta outras taxas de juros na economia e opera por vários canais que acabam por influenciar o comportamento da inflação. 
Política Monetária e Instrumentos de Controle de Moeda
Economia Monetária
Manter a taxa de inflação baixa, estável e previsível é a melhor contribuição que a política monetária do BC pode fazer para o crescimento econômico sustentável e a melhora nas condições de vida da população. 
O crescimento de uma economia depende de uma série de fatores sobre os quais os bancos centrais não têm controle, como aumento da produtividade. Entretanto, inflação alta, instável ou imprevisível prejudica o crescimento econômico.
Política Monetária e Instrumentos de Controle de Moeda
Economia Monetária
Com preços estáveis, todos podem se planejar melhor. Empresas têm melhores condições para realizar investimentos e as famílias para avaliar quanto vão gastar ao longo do mês. Nesse contexto, há condições mais propícias para que a economia cresça, favorecendo a criação de empregos e o aumento do bem-estar na sociedade.
Cabe ressaltar que a inflação alta prejudica principalmente as famílias de baixa renda, uma vez que estas têm mais dificuldade de se proteger contra a perda do valor real da moeda.
Política Monetária e Instrumentos de Controle de Moeda
Economia Monetária
A política monetária procura promover a estabilidade interna da economia, regulando a taxa de juros e influenciando na oferta de moeda. 
Na economia, quando se fala de estabilidade interna, faz-se relação principalmente ao controle do processo inflacionário e ao estímulo do crescimento econômico. 
Política Monetária e Instrumentos de Controle de Moeda
Economia Monetária
Consideradas políticas de estabilidade econômica, políticas fiscal e monetária possuem velocidades de ação distintas. Sendo a Política Monetária mais rápida para entrar em ação. 
Política Monetária e Instrumentos de Controle de Moeda
Economia Monetária
POLÍTICA MONETÁRIA
Realiza o controle da oferta de moeda (quantidade de dinheiro), das taxas de juros e do crédito, em geral, que garantem a liquidez ideal para a economia.
O executor dessa política é o Banco Central.
Política Monetária e Instrumentos de Controle de Moeda
Economia Monetária
Política MonetáriaA política monetária, quer seja restritiva, quer seja expansionista, através das alterações provocadas na taxa de juros produz efeitos sobre:
 O nível de preços (a inflação);
 O nível de produção e emprego;
 O fluxo de capitais estrangeiros (o balanço de pagamentos).
Política Monetária e Instrumentos de Controle de Moeda
Economia Monetária
Política Monetária Expansionista – Provoca aumento na quantidade de moeda da economia, concorrendo, portanto, para baixar a taxa de juros. A expansão monetária, se por um lado, estimula a expansão da produção e do emprego, por outro, provoca inflação, além de inibir o influxo de capitais externos na economia nacional.
Política Monetária Contracionista – Provoca redução na quantidade de moeda da economia, o que concorre para elevar a taxa de juros. Assim, a contração monetária inibe a inflação e estimula o ingresso de capitais externos, por um lado, mas por outro, impede a expansão da produção e do emprego.
Política Monetária e Instrumentos de Controle de Moeda
Economia Monetária
Política Monetária
 
 O Banco Central exerce o controle da oferta de moeda, basicamente, por meio dos seguintes instrumentos:
depósitos compulsórios;
II. redesconto ou empréstimo de liquidez;
III. mercado aberto (open market);
IV. controle e contingenciamento do crédito.
Política Monetária e Instrumentos de Controle de Moeda
Economia Monetária
Política Monetária
 Contração Monetária:
 
 Aumento do percentual de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista e a prazo.
 Aumento do custo das operações de socorro de liquidez.
 O Governo vende títulos públicos.
Expansão Monetária:
 Redução do percentual de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista e a prazo.
 Redução do custo das operações de socorro de liquidez.
 O Governo compra títulos públicos.
Política Monetária e Instrumentos de Controle de Moeda
Economia Monetária
Com o advento da crise financeira de 2008, países como os EUA adotaram políticas monetárias flexíveis para estimular a economia. 
Política Monetária Recente nos Países Desenvolvidos
Economia Monetária
Tal movimento teve bastante repercussão no mundo, principalmente em economias emergentes, como a brasileira. Tendo entre outras questões, gerado a chamada Guerra Cambial, devido ao processo de desvalorização da moeda americana.
No entanto, após retomar a geração de empregos os EUA deram início ao processo de aumento de juros, o que por sua vez causa um efeito contrário ao que aconteceu no período de “Guerra Cambial”. 
Economia Monetária
Política Monetária Recente nos Países Desenvolvidos
Economia Monetária
Política Monetária Recente nos Países Desenvolvidos
O presidente do Federal Reserve (BC dos EUA), Jerome Powell, prometendo "encontrar o equilíbrio" entre o risco de uma economia superaquecida e a necessidade de manter o crescimento, disse aos membros do Congresso norte-americano que o Fed manterá aumentos graduais na taxas de juros, apesar do estímulo adicional com o corte de impostos e gastos governamentais.
G1,2018.
Impactada pela crise financeira de 2008, a Zona do Euro mergulhou em uma importante crise, países como Grécia, Espanha, Portugal, Itália e França, mergulharam-se em dívidas. Tal situação, levou o Banco Central Europeu a injetar recursos em diversas instituições financeiras da zona.
Após a melhora econômica da região, o Banco Central Europeu vem praticando uma política monetária extremamente expansionista, chegando a praticar taxa de juros negativa.
Economia Monetária
Política Monetária Recente nos Países Desenvolvidos
Desde 1995, a deflação se tornou uma realidade em terras japonesas. É para isso que a autoridade monetária japonesa decidiu impor uma taxa de juros de -0,1%. O que vai acontecer é que os bancos comerciais que deixam seus recursos depositados no BC japonês passarão a ser cobrados em 0,1% sobre o dinheiro que exceder as reservas legais e os recolhimentos compulsórios. 
Estadão
Economia Monetária
Política Monetária Recente nos Países Desenvolvidos
Até 1964 não existia no país controle rigoroso do lado monetário da economia. O Banco do Brasil até então era considerado a autoridade monetária do país, concedendo redesconto aos bancos e regulando o compulsório.
No entanto, não havia por parte da instituição nenhum controle da base monetária, uma vez que isso ficava a cargo do governo federal.
A política cambial, por exemplo, ficava sob responsabilidade do Ministério da Fazenda. 
Política Monetária no Brasil
Economia Monetária
Somente com a criação do Banco Central, em 1964, o controle monetário passa a ser realizado de maneira mais coordenado. Para ajustar o controle dos meios de pagamentos, o Banco Central adotava o Orçamento Anual, por meio do qual a autoridade monetária estabelecia metas de expansão e contração monetária. 
Em 1986, o Banco Central admitia a endogeneidade da moeda, uma vez que não conseguia cumprir metas quantitativas de oferta de moeda, o Banco Central criou o seu principal instrumento de controle de política monetária, a SELIC. 
Política Monetária no Brasil
Economia Monetária
A taxa SELIC é uma taxa de financiamento no mercado interbancário, que envolvem operações de um dia, o chamado overnight. Como garantia de pagamento da dívida a outro banco, são apresentados títulos públicos federais.
Títulos esses negociados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia. A taxa SELIC (meta) é decidida a cada 45 dias pelo COPOM. 	
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 Metas para a inflação
Inflação baixa, estável e previsível traz vários benefícios para a sociedade. A economia pode crescer mais, pois a incerteza na economia é menor, as pessoas podem planejar melhor seu futuro e as famílias não têm sua renda real corroída. Para alcançar esse objetivo, o Brasil adota o regime de metas para a inflação, que está em vigor desde 1999.
Esse regime tem sido exitoso no Brasil e no amplo conjunto de países que o adotam. Por esse sistema, os bancos centrais atuam para que a inflação efetiva esteja em linha com uma meta pré-estabelecida. Nesse sistema, a meta para a inflação é anunciada publicamente e funciona como uma âncora para as expectativas dos agentes sobre a inflação futura, permitindo que desvios da inflação em relação à meta sejam corrigidos ao longo do tempo. 
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Metas para a inflação
No Brasil, a meta para a inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e cabe ao Banco Central (BC) adotar as medidas necessárias para alcançá-la. O índice de preços utilizado é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A meta se refere à inflação acumulada no ano. Por exemplo, a meta para 2020 é de uma inflação de 4,00%.
No desenho atual do sistema, o CMN define em junho a meta para a inflação de três anos-calendário à frente. Por exemplo, em junho de 2018, o CMN definiu a meta para 2021 (3,75%). Esse horizonte mais longo reduz incertezas e melhora a capacidade de planejamento das famílias, empresas e governo.
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Metas para a inflação
Política Monetária no Brasil
Economia Monetária
 
Política Monetária no Brasil
Metas para a inflação
Economia Monetária
 
Metas para a inflação
> O sistema prevê ainda um intervalo de tolerância, também definido pelo CMN. Nos últimos anos, o CMN tem definido um intervalo de 1,5 ponto percentual (p.p.) para cima e para baixo. Por exemplo, no caso de 2020, a meta é de 4,00% e o intervalo é de 2,50% a 5,50%.
> Se a inflação ao final do ano se situar fora do intervalo de tolerância, o presidente do BC tem de divulgar publicamente as razões do descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro da Fazenda, presidente do CMN, contendo descrição detalhada das causasdo descumprimento, as providências para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos e o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito.
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Metas para a inflação
Em termos gerais, o regime de metas para a inflação envolve os seguintes elementos: 
• Conhecimento público e prévio da meta para a inflação;
• Autonomia do banco central na adoção das medidas necessárias para o cumprimento da meta;
• Comunicação transparente e regular sobre os objetivos e justificativas das decisões da política monetária; e
• Mecanismos de incentivo e responsabilização/prestação de contas para que a autoridade monetária cumpra a meta.
	
Política Monetária no Brasil
Economia Monetária
	
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 Mecanismos de transmissão da política monetária
Os mecanismos de transmissão da política monetária são os canais por meio dos quais mudanças na taxa Selic, que é o principal instrumento de política monetária à disposição do Banco Central (BC), afetam o comportamento de outras variáveis econômicas, principalmente preços e produto. 
A política monetária afeta os preços da economia por meio: (i) da decisão entre consumo e investimento das famílias e empresas; (ii) da taxa de câmbio; (iii) do preço dos ativos; (iv) do crédito; e (v) das expectativas.  
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 Mecanismos de transmissão da política monetária
 
O canal de transmissão das taxas de juros para as decisões de consumo e investimento é o canal mais conhecido da política monetária.
Quando a taxa Selic sobe, as taxas de juros reais também tendem a subir. A elevação da taxa real de juros, por sua vez, pode levar à diminuição de investimentos pelas empresas e à diminuição de consumo por parte das famílias – o que, por sua vez, tende a reduzir a demanda por bens e serviços da economia, contribuindo para a redução da inflação.
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 Mecanismos de transmissão da política monetária
Outro canal importante de transmissão da política monetária é o da taxa de câmbio, principalmente em economias abertas. Quando a taxa de juros sobe, a moeda doméstica tende a se valorizar (o dólar fica mais barato frente ao Real), diminuindo o nível de preços dos bens comercializáveis internacionalmente quando expressos em moeda nacional.
A taxa de câmbio afeta a inflação por dois mecanismos. O primeiro é a diminuição dos preços de bens de consumo importados e de insumos utilizados na produção de bens. O outro efeito ocorre por meio da demanda agregada. O dólar mais barato desincentiva as exportações e estimula as importações. Com isso, a demanda por bens domésticos cai, reduzindo a pressão sobre o nível de preços.
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 Mecanismos de transmissão da política monetária
A política monetária atua também por meio de variações na riqueza dos agentes econômicos em virtude de alterações da taxa de juros. Por exemplo, um aumento nas taxas de juros, ao desestimular a atividade econômica e o lucro das empresas, tende a diminuir o preço das ações. Essa redução do valor da riqueza financeira das famílias e empresas pode desestimular o consumo e os planos de investimento. 
O quarto canal de transmissão da política monetária é o canal do crédito. Ao aumentar a taxa de juros, o banco central estimula que as taxas cobradas por empréstimos bancários também subam, diminuindo o volume de empréstimos a pessoas e empresas, desestimulando o consumo e o investimento.
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 Mecanismos de transmissão da política monetária
Por fim, outro canal importante é o das expectativas. Ao alterar a taxa de juros, a ação do banco central pode mudar as expectativas quanto à evolução da economia.
Por exemplo, ao elevar a Selic para conter pressões inflacionárias, o banco central sinaliza um nível de atividade mais contido não apenas no presente, mas também para o futuro. Com isso, famílias e empresas passam a acreditar que a inflação, no futuro, estará mais baixa.
Como resultado, os preços definidos hoje já tendem a aumentar menos pois os agentes sabem que as condições econômicas futuras não mais darão suporte a aumentos maiores de preços. 
	
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 Mecanismos de transmissão da política monetária
Assim, choques de custos na economia tendem a se propagar de forma mais limitada na economia, reduzindo seus efeitos inflacionários. Essa propagação é chamada, na literatura econômica, de efeitos secundários ou de segunda ordem.
É fundamental um elevado nível de credibilidade do banco central para que esse canal opere de forma adequada. No caso de baixa credibilidade, ocorre o oposto: choques tendem a se amplificar, gerando uma inflação maior.
	
Política Monetária no Brasil
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Taxa Selic
A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. 
A taxa Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. O BC opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom). 
Origem do nome "Selic“ - O nome da taxa Selic vem da sigla do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Tal sistema é uma infraestrutura do mercado financeiro administrada pelo BC. Nele são transacionados títulos públicos federais. A taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados nesse sistema corresponde à taxa Selic.​
Sistema de Metas
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Sistema de Metas
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Comitê de Política Monetária (Copom)
O Comitê de Política de Política Monetária (Copom) é o órgão do Banco Central, formado pelo seu Presidente e diretores, que define, a cada 45 dias, a taxa básica de juros da economia – a Selic.  As reuniões normalmente ocorrem em dois dias seguidos e o calendário de reuniões de um determinado ano é divulgado até o mês de junho do ano anterior.
A reunião do Copom segue um processo que procura embasar da melhor forma possível a sua decisão. Os membros do Copom assistem a apresentações técnicas do corpo funcional do BC, que tratam da evolução e perspectivas das economias brasileira e mundial, das condições de liquidez e do comportamento dos mercados. Assim, o Comitê utiliza um amplo conjunto de informações para embasar sua decisão. 
Sistema de Metas
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Comitê de Política Monetária (Copom)
Depois, a reunião é reservada para a discussão da decisão entre os membros. A decisão é tomada com base na avaliação do cenário macroeconômico e os principais riscos a ele associados. Todos os membros do Copom presentes na reunião votam e seus votos são divulgados. As decisões do Copom são tomadas visando com que a inflação medida pelo IPCA situe-se em linha com a meta definida pelo CMN.
A decisão do Copom é divulgada no mesmo dia da decisão por meio de Comunicado na internet. As Atas das reuniões do Copom são publicadas no prazo de até seis dias úteis após a data da realização das reuniões. Normalmente, as reuniões do Copom ocorrem em terças e quartas-feiras e a ata é divulgada na terça-feira da semana seguinte, às 8:00.
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Comitê de Política Monetária (Copom)
Uma vez definida a taxa Selic, o Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto– comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.
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Comitê de Política Monetária (Copom)
A taxa de juros Selic é a referência para os demais juros da economia. Trata-se da taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).  
Para que a política monetária atinja seus objetivos de maneira eficiente, o Banco Central precisa se comunicar de forma clara e transparente. Além do comunicado e da ata da reunião, o Banco Central publica, a cada trimestre, o Relatório de Inflação, que analisa a evolução recente e as perspectivas da economia, com ênfase nas perspectivas para a inflação.
Sistema de Metas
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Comitê de Política Monetária (Copom)
Calendário 2019
​O Relatório de Inflação é divulgado às quintas-feiras após as atas do Copom.
Datas de 2019:
28 de março;
27 de junho;
26 de setembro;
19 de dezembro.
Sistema de Metas
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Comitê de Política Monetária (Copom)
 Datas das Reuniões do Copom 2019:
            . 5 e 6 de fevereiro
            . 19 e 20 de março
            . 7 e 8 de maio
            . 18 e 19 de junho
            . 30 e 31 de julho
            . 17 e 18 de setembro
            . 29 e 30 de outubro
            . 10 e 11 de dezembro
 
Sistema de Metas
Economia Monetária
O que é o ranking Top 5 da Pesquisa Focus
Para incentivar o aprimoramento da capacidade preditiva dos participantes da pesquisa e reconhecer seu esforço analítico, o BC elabora o ranking Top 5, sistema de classificação das instituições baseado no índice de acerto de suas projeções de curto, médio e longo prazo.
As medianas das variáveis projetadas pelas cinco instituições que mais acertam (as Top 5) são divulgadas no Focus - Relatório de Mercado
As projeções são feitas por instituições que atuam no mercado financeiro, como bancos, gestoras de recursos e consultorias além de, em alguns casos, empresas do setor real que possuem equipes especializadas que projetam as principais variáveis macroeconômicas.
Sistema de Metas
Economia Monetária
O que é o ranking Top 5 da Pesquisa Focus
Mensalmente, são divulgados rankings Top 5 de curto e médio prazos. No ranking de curto prazo, avalia-se a precisão das projeções com defasagem de cerca de um mês em relação à publicação do indicador analisado nos últimos 6 meses. Já o ranking de médio prazo considera a precisão média das projeções de três períodos consecutivos de 4 meses em relação aos resultados efetivos de três meses – o mês de referência e os dois meses que o antecedem. 
O ranking anual de longo prazo é divulgado em janeiro de cada ano e considera a precisão das projeções informadas em cada um dos 12 meses do ano para o indicador anual publicado no ano subsequente.
Sistema de Metas
Economia Monetária
Histórico das metas para a inflação
​> O regime de metas para a inflação tem sido bem sucedido no Brasil. O sistema tem possibilitado que a inflação fique sob controle, em níveis relativamente baixos. Desde a adoção do regime em 1999, a inflação tem se situado dentro do intervalo de tolerância na maioria dos anos-calendário.
> Mesmo quando diante de choques significativos que colocaram a inflação temporariamente fora do intervalo de tolerância, a inflação retornou à trajetória das metas. Fundamental para isso tem sido a ancoragem das expectativas de inflação, isto é, as pessoas utilizam a meta da inflação como referência da inflação prospectiva. Isso dá maior previsibilidade para a economia e melhora o planejamento das famílias, empresas e governo.
Sistema de Metas
Economia Monetária
Histórico das metas para a inflação
O sistema também trouxe altos níveis de transparência e responsabilização. Por exemplo, o comunicado e a ata das reuniões do Copom e o Relatório de Inflação trazem a visão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a economia e as razões das decisões tomadas.
A inflação ficou fora do intervalo de tolerância em cinco anos: 2001, 2002, 2003, 2015 e 2017. Como manda o sistema, o presidente do Banco Central escreveu carta aberta ao presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN), contendo descrição detalhada das causas do descumprimento da meta, as providências para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos e o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito.
Sistema de Metas
Economia Monetária
O SISTEMA DE METAS DE INFLAÇÃO NO BRASIL
1999 2000 2001 2002 2003
IPCA META IPCA META IPCA META IPCA META IPCA META 
8,94 8,00 5,97 6,00 7,67 4,00 12,53 3,50 9,30 4,00
 8,50*
(CUMPRIU) (CUMPRIU) (NÃO CUMPRIU) (NÃO CUMPRIU) (NÃO CUMPRIU)‏
2004 2005 2006 2007 2008 2009 
IPCA META IPCA META IPCA META IPCA META IPCA META IPCA META
7,60 5,50 5,70 4,50 3,14 4,50 4,46 4,50 5,9 4,50 4,31 4,50
 5,10*
(CUMPRIU) (CUMPRIU) (CUMPRIU) (CUMPRIU) (CUMPRIU) (CUMPRIU)
2010 2011 2012 2013 2014 2015
IPCA META IPCA META IPCA META IPCA META IPCA META IPCA META
 5,91 4,50 6,50 4,50 5,84 4,50 5,91 4,50 6,41 4,50 10,67 4,50
(CUMPRIU) (CUMPRIU) (CUMPRIU) (CUMPRIU) (CUMPRIU) (NÃO CUMPRIU)
* Meta ajustada pelo BC.
1999-2002 (margem de 2%). 2003-2005 (margem de 2,5%). 2006-2016 (margem de 2%).
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 O SISTEMA DE METAS DE INFLAÇÃO NO BRASIL
 2016 2017 2018 2019 2020 2021 
 IPCA META IPCA META IPCA META IPCA META IPCA META IPCA META
 6,29 4,5 2,95 4,5 3,75 4,5 4,25 4,0 3,75
 
 (CUMPRIU) (NÃO CUMPRIU) (CUMPRIU) 
 2017-2021 (margem de 1,5%)
Economia Monetária
 CONJUNTURA ECONÔMICA
 Pesquisa FOCUS – 22/02/2019
 2019 2020
. IPCA (%) 3,87 3,85 4,00 4,00
. PIB (%) 2,48 2,48 2,58 2,65
. TX CÂMBIO (R$/US$) 3,70 3,70 3,75 3,75
. SELIC META (% a.a.) 6,50 6,50 8,00 8,00
. PREÇOS ADM. (%) 4,89 4,90 4,30 4,35
. BTC (US$ Bi) -26,16 -26,32 -36,35 -36,00
. B. COM. (US$) Bi) 50,50 51,00 48,00 46,00
. INV.DIR. PAÍS (US$ Bi) 79,50 80,00 82,52 83,76
. DIV. LIQ. SET. PÚBL. (% PIB) 56,00 56,15 58,30 58,35 
. RES. PRIMÁRIO (% PIB) -1,40 -1,35 -0,66 -0,70
. RES. NOMINAL (% PIB) -6,45 -6,30 -5,98 -5,95
Economia Monetária
Com o fim da cotação fixa do câmbio, a partir de 1999 o governo brasileiro utiliza um sistema para assegurar a estabilidade e o poder de compra da moeda nacional no Brasil, trata-se do sistema de metas para a inflação. 
Dentro de uma avaliação que leva em conta a conjuntura econômica do momento, o governo estipula um nível de inflação que ele considera aceitável. Dessa forma, constitui-se um intervalo aceito para a oscilação da inflação. 
Sistema de Metas
Economia Monetária
Uma crítica comum ao sistema de metas é a possibilidade de ausência de combate às causas reais da inflação, que pode não ser gerada pelo aumento da demanda na economia. 
Sistema de Metas
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Com os efeitos da crise de 2008, a Política Monetária brasileira foi ajustada para favorecer o avanço da demanda interna.
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Política Monetária recente no Brasil
Com o aquecimento da economia e a consequente pressão inflacionária, a política monetária passa a ser restritiva. 
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Política Monetária recente no Brasil
Com a recente redução da inflação, muito em parte devido a crise econômica sofrida no país, o Banco Central vem promovendo um afrouxamento da política monetária. Porém, já estabelece prazo de validade para as reduções na SELIC. 
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Política Monetária recente no Brasil
Destaques da Ata da 220ª Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil 5 e 6 de fevereiro de 2019
Atualização da conjuntura econômica e do cenário básico do Copom:
1. Indicadores recentes da atividade econômica continuam evidenciando recuperação gradual da economia brasileira.
2. A economia segue operando com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego.
3. O cenário externo permanece desafiador, mas com alguma redução e alteração do perfil de riscos. Por um lado, diminuíram os riscos de curto prazo associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas. Por outro lado, aumentaram os riscos associados a uma desaceleração da economia global, em função de diversas incertezas, como as disputas comerciais e o Brexit. 
 
 
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Sistema de Metas
Destaques da Ata da 220ª Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil 5 e 6 de fevereiro de 2019
Atualização da conjuntura econômica e do cenário básico do Copom:
4. As expectativas de inflação para 2019, 2020 e 2021 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 3,9%, 4,0% e 3,75%, respectivamente. 
5. No cenário com trajetórias para a taxa de juros e de câmbio extraídas da pesquisa Focus, as projeções do Copom situam-se em torno de 3,9% para 2019 e 3,8% para 2020. Esse cenário supõe, entre outras hipóteses, trajetória de taxa Selic que encerra 2019 em 6,50% a.a. e se eleva a 8,00% a.a. em 2020. Também supõe trajetória de taxa de câmbio que termina 2019 em R$3,70/US$ e 2020 em R$3,75/US$. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de 5,1% para 2019 e 4,7% para 2020. 
 
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Sistema de Metas
Destaques da Ata da 220ª Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil 5 e 6 de fevereiro de 2019
Atualização da conjuntura econômica e do cenário básico do Copom:
6. No cenário com taxa Selic constante em 6,50% a.a. e taxa de câmbio constante a R$3,70/US$2, as projeções para a inflação do Copom situam-se em torno de 3,9% para 2019 e 4,0% para 2020. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de 5,1% para 2019 e 4,5% para 2020.
B) Riscos em torno do cenário básico para a inflação: 
1. O cenário básico do Copom para a inflação envolve fatores de risco em ambas as direções, mas com maior peso nos dois últimos riscos listados abaixo, portanto, com assimetria.
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Destaques da Ata da 220ª Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil 5 e 6 de fevereiro de 2019
B) Riscos em torno do cenário básico para a inflação: 
2. Por um lado, (i) o nível de ociosidade elevado pode produzir trajetória prospectiva abaixo do esperado.
3. Por outro lado, (ii) uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. Esse risco se intensifica no caso de (iii) deterioração do cenário externo para economias emergentes. 
4. O Copom avalia que, desde sua reunião anterior, especialmente quanto ao cenário externo, houve arrefecimento dos riscos inflacionários. 
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Destaques da Ata da 220ª Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil 5 e 6 de fevereiro de 2019
C) Discussão sobre a condução da política monetária:
Os membros do Comitê avaliaram a evolução da atividade econômica à luz dos indicadores e demais informações disponíveis. Em particular, debateram evidências de algum arrefecimento da atividade no quarto trimestre de 2018, quando comparado ao terceiro trimestre. Considerando os choques que incidiram ao longo de 2018, concluíram que a evolução da atividade econômica tem sido consistente com o cenário básico do Copom, de recuperação gradual da economia brasileira.
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Destaques da Ata da 220ª Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil 5 e 6 de fevereiro de 2019
C) Discussão sobre a condução da política monetária:
2. Os membros do Copom ressaltaram que uma aceleração de ritmo de retomada da economia dependerá da diminuição das incertezas em relação à aprovação e à implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia brasileira. Além disso, destacaram também a importância de outras iniciativas que visam aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios. Esses esforços são fundamentais para a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira.
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Destaques da Ata da 220ª Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil 5 e 6 de fevereiro de 2019
C) Discussão sobre a condução da política monetária:
3. No que tange à conjuntura internacional, os membros do Copom ponderaram que o cenário se mantém desafiador, mas com alguma redução e alteração do perfil de riscos. Discutiram a contraposição entre diferentes cenários para a evolução da economia americana. O primeiro cenário possível, que parece ter afetado a curva de juros e o mercado acionário americano nos últimos meses de 2018, envolve risco de desaceleração econômica relevante. O segundo cenário pressupõe continuidade do vigor exibido pela economia americana. Esses dois cenários têm implicações opostas para o rumo da política monetária do Fed. Os membros do Copom concluíram que, ao menos até a definição de qual dos cenários é o mais provável, os riscos associados à normalização da política monetária nos EUA se reduziram. 
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Destaques da Ata da 220ª Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil 5 e 6 de fevereiro de 2019
C) Discussão sobre a condução da política monetária:
3. Adicionalmente, reconheceram que, diante do arrefecimento da atividade em algumas economias relevantes,os riscos associados a uma desaceleração da economia global se intensificaram. O Comitê apontou ainda que incertezas, como por exemplo aquelas associadas à continuidade da expansão do comércio internacional e ao Brexit, podem contribuir para um menor crescimento global. Nesse contexto, voltaram a destacar a capacidade que a economia brasileira apresenta de absorver revés no cenário internacional, devido à situação robusta de seu balanço de pagamentos e ao ambiente com expectativas de inflação ancoradas e perspectiva de recuperação econômica. 
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Destaques da Ata da 220ª Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil 5 e 6 de fevereiro de 2019
C) Discussão sobre a condução da política monetária:
4. Os membros do Comitê avaliaram que, desde sua reunião anterior, especialmente quanto ao cenário externo, houve arrefecimento dos riscos inflacionários. Entretanto, o Comitê ressaltou que os riscos altistas para a inflação permanecem relevantes e seguem com maior peso em seu balanço de riscos. Dessa forma, os membros do Copom concluíram que persiste, apesar de menos intensa, a assimetria no balanço de riscos para a inflação.
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Destaques da Ata da 220ª Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil 5 e 6 de fevereiro de 2019
C) Discussão sobre a condução da política monetária:
5. Os membros do Copom avaliaram que a conjuntura econômica com expectativas de inflação ancoradas, medidas de inflação subjacente em níveis apropriados ou confortáveis, projeções que indicam inflação em direção às metas para 2019 e 2020 e elevado grau de ociosidade na economia prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural. Embora estimativas dessa taxa envolvam elevado grau de incerteza, os membros do Comitê manifestaram entendimento de que as atuais taxas de juros reais ex-ante têm efeito estimulativo sobre a economia.
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Destaques da Ata da 220ª Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil 5 e 6 de fevereiro de 2019
C) Discussão sobre a condução da política monetária:
6. Os membros do Copom debateram também as condicionalidades que prescreveriam política monetária estimulativa. Todos concordaram que o grau de estímulo adequado depende das condições da conjuntura, em particular, das expectativas de inflação, da capacidade ociosa na economia, do balanço de riscos e das projeções de inflação. Em especial, a provisão de estímulo monetário requer ambiente com expectativas de inflação ancoradas. 
7. O Copom reitera sua visão de que a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a queda da sua taxa de juros estrutural, cujas estimativas serão continuamente reavaliadas pelo Comitê.
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Destaques da Ata da 220ª Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil 5 e 6 de fevereiro de 2019
C) Discussão sobre a condução da política monetária:
8. Na sequência, os membros do Copom avaliaram a decisão de política monetária adequada, tendo em vista a evolução do cenário básico e do balanço de riscos desde sua reunião em dezembro (219ª reunião). Todos concluíram pela manutenção da taxa Selic em 6,50% a.a. 
9. Os membros do Comitê reafirmaram sua preferência por explicitar condicionalidades sobre a evolução da política monetária, o que melhor transmite a racionalidade econômica que guia suas decisões. Isso contribui para aumentar a transparência e melhorar a comunicação do Copom. Nesse contexto, voltaram a ressaltar que os próximos passos na condução da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação. 
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Destaques da Ata da 220ª Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil 5 e 6 de fevereiro de 2019
C) Discussão sobre a condução da política monetária:
10. Todos os membros do Comitê voltaram a enfatizar que a aprovação e implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia brasileira são fundamentais para a sustentabilidade do ambiente com inflação baixa e estável, para o funcionamento pleno da política monetária e para a redução da taxa de juros estrutural da economia, com amplos benefícios para a sociedade. O Comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes.
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Sistema de Metas
Destaques da Ata da 220ª Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil 5 e 6 de fevereiro de 2019
D) Decisão de política monetária:
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela manutenção da taxa básica de juros em 6,50% a.a. O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e balanço de riscos para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2019 e, com peso menor e gradualmente crescente, de 2020. 
 Na avaliação do Copom, a evolução do cenário básico e do balanço de riscos prescreve manutenção da taxa Selic no nível vigente. O Copom ressalta que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.
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Sistema de Metas
Política Monetária
 
 A política monetária pode ser definida como o controle da oferta de moeda (quantidade de dinheiro), das taxas de juros e do crédito, em geral, que garantem a liquidez ideal para a economia.
 A política monetária, restritiva ou expansionista, através das alterações provocadas na taxa de juros produz efeitos sobre:
I. o nível de preços (a inflação);
II. o nível de produção e emprego da economia;
III. o fluxo de capitais estrangeiros (o balanço de pagamentos).
 
 
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Instrumentos de Política Monetária
Política Monetária
 
 O Banco Central exerce o controle da oferta de moeda, basicamente, por meio dos seguintes instrumentos:
depósitos compulsórios;
II. redesconto ou empréstimo de liquidez;
III. mercado aberto (open market);
IV. controle e contingenciamento do crédito.
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Instrumentos de Política Monetária
Política Monetária
 Contração Monetária:
 
Aumento do percentual de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista e a prazo.
Aumento do custo das operações de socorro de liquidez.
O Governo vende títulos públicos.
Expansão Monetária:
Redução do percentual de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista e a prazo.
Redução do custo das operações de socorro de liquidez.
O Governo compra títulos públicos.
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Instrumentos de Política Monetária
Os instrumentos clássicos de política monetária são: Recolhimento compulsório, redesconto e mercado aberto.
Recolhimento Compulsório: Esse instrumento consiste em recolher (depositar) no Banco Central uma parcela do dinheiro depositado nos bancos comerciais, assim o Banco Central controla o nível de reservas dos bancos comerciais. Tal instrumento interfere diretamente no multiplicador monetário. 
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Instrumentos de Política Monetária
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Instrumentos de Política Monetária
Atualmente, os percentuais de recolhimento de acordo com os principais tipos de depósito ou aplicação são os seguintes: 
depósitos à vista – 40% 
depósitos a prazo – 34% 
depósitos de poupança – 30%. 
Para cumprimento da exigibilidade de depósitos à vista, são considerados o saldo diário mantido na conta Reservas Bancárias e

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