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Guia Básico de Responsabilidade
Técnica em Eventos Equestres
Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul
Rua Ramiro Barcelos, 1793/201
Porto Alegre - RS - Cep 90.035-006
Fone: (51) 2104 0566 
E-mail: crmvrs@crmvrs.gov.br
Site: www.crmvrs.gov.br 
facebook.com/crmvrs
twitter.com/crmvrs
instagram.com/crmvrs
Apresentação
A responsabilidade técnica é uma das atividades da Medicina Veterinária que contribui para garantir ao consumidor a qualidade, a inocuidade dos produtos e a excelência nos serviços 
prestados pelos estabelecimentos que exercem atividades ligadas à profissão. O Responsável 
Técnico (RT) é o profissional que responde técnica, ética e legalmente pelos seus atos profissionais e 
pelas atividades peculiares à Medicina Veterinária exercidas pelas empresas nas quais atua. 
Por lei, o CRMV-RS tem como finalidade, além de fiscalizar o exercício profissional, orientar, 
supervisionar e disciplinar as atividades relativas à profissão de médico veterinário. Além disso, um 
dos compromissos do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) 
é estimular a capacitação técnica dos médicos veterinários atuantes no Estado. 
Ciente da importância desta atividade para a sociedade em geral o CRMV-RS elaborou o GUIA 
BÁSICO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA EM EVENTOS EQUESTRES. Esta publicação tem o objetivo 
de apoiar os profissionais Responsáveis Técnicos com informações e legislações pertinentes à área 
de atuação de uma forma clara e objetiva, para que sirva também como fonte de consulta aos 
profissionais. 
Nossa intenção é que este Guia contribua para a excelência na prestação de serviços. O trabalho 
faz parte da política de valorização profissional desenvolvida pelo Conselho e do reconhecimento 
que temos sobre a importância da Responsabilidade Técnica para a profissão. Buscamos, com esta 
publicação e outros serviços, retribuir à classe médico-veterinária e zootécnica tudo aquilo que 
arrecadamos com as contribuições. 
Méd. Vet. Rodrigo Lorenzoni
Presidente do CRMV-RS
Publicação tem o objetivo de apoiar os profissionais 
responsáveis técnicos com informações e legislações
2
Diretoria
Diretoria Executiva do CRMV-RS
Gestão 2014/2017
Presidente: Rodrigo Marques Lorenzoni
Vice-presidente: José Arthur de Abreu Martins
Secretária-geral: Gloria Jancowski Boff
Tesoureiro: André Mello da Costa Ellwanger
 
Conselheiros Efetivos
Ana Flávia Motta Gomes
Angélica Pereira dos Santos Pinho
Carlos Guilherme de Oliveira Petrucci
João Cesar Dias Oliveira
Camila Correa Jacques 
Vera Lúcia Machado da Silva
 
Conselheiros Suplentes
Júlio Otávio Jardim Barcellos
Marcelo Páscoa Pinto
José Luis Maria
Juliana Iracema Milan
Ricardo Reis Bohrer 
Elbio Nallen Jorgens
EXPEDIENTE
Conteúdo Técnico: 
Méd. Vet. Mateus Lange 
(Coord. Téc. de Fiscalização e Orientação Profissional do CRMV-RS) 
Comissão de Assuntos Equestres do CRMV-RS
(Gestões 2011-2014 e 2014-2017):
Méd. Vet. José Arthur de Abreu Martins (Presidente)
Méd. Vet. Alexandre Carvalho Monteverde
Méd. Vet. Antonio Carlos Alves Bohrer
Méd. Vet. Carlos Eduardo Wayne Nogueira
Méd. Vet. Christian Davids Moreira
Méd. Vet. Giovani Diedrich
Méd. Vet. Guilherme Gonçalves Costa
Méd. Vet. Gustavo Nogueira Diehl
Méd. Vet. Henrique dos Reis Noronha
Méd. Vet. Jaime Brum Carlos
Méd. Vet. Maurício Ayres dos Santos
Méd. Vet. Yura Torres Souza 
Edição: Jornalistas Hosana Aprato e Thais D’Avila
Diagramação e Projeto Gráfico: Amanda Porterolla
Fotos: Divulgação
3
4
Índice
Introdução
A importância da equideocultura 
e a participação do médico veterinário________________________________5
Atividades
Tipos de eventos equestres________________________________________8
Responsabilidade Técnica
Jornada de trabalho, distância e capacitação___________________________10
Atribuições do RT
Em eventos equestres____________________________________________13
Em eventos equestres com a presença de bovinos______________________17
Na estrutura física dos eventos___________________________________19
Conclusão
Recomendações finais____________________________________________23
Comissão de Assuntos Equestres: apoio e 
consultoria técnica ao CRMV-RS
Introdução
O Brasil possui o terceiro maior rebanho equino do mundo. 
Só o Rio Grande do Sul tem um 
plantel estimado em mais de meio 
milhão de animais, segundo o IBGE. 
São milhares de eventos realizados 
– em diversas modalidades - em 
todo o Estado ao longo do ano. A 
forte tradição em torno do animal-
símbolo dos gaúchos faz com que a 
atuação do médico veterinário seja 
fundamental para garantir a saúde 
e o bem-estar dos equinos. 
A importância da equideocultura e a 
participação do médico veterinário
A forte tradição em 
torno do animal-
símbolo dos gaúchos 
faz com que a atuação 
do médico veterinário 
seja fundamental 
A importância da equideocultura e a participação do médico veterinário
5
A importância da equideocultura e a participação do médico veterinário
A Responsabilidade Técnica é uma 
das atividades profissionais que mais 
envolve médicos veterinários no país. É o 
Responsável Técnico (RT) que responde 
ética, técnica e legalmente pelos seus atos 
profissionais e pelas atividades peculiares à 
Medicina Veterinária exercidas nos eventos 
nos quais atua. Atuar dentro das normas 
contribui para a excelência na prestação de 
serviços e para a boa imagem dos médicos 
veterinários perante a sociedade.
O Conselho Regional de Medicina 
Veterinária do Rio Grande do Sul conta com 
a Comissão de Assuntos Equestres que dá 
apoio técnico à diretoria e aos profissionais. 
O grupo tem como foco principal contribuir 
para os debates voltados à garantia de 
sanidade e bem-estar dos equinos, bem 
como nas doenças que os afetam.
Este Guia informa sobre as atribuições do 
médico veterinário, especialmente em torno 
do bem-estar animal que, na prática, deve ser 
uma busca constante na atividade do RT. 
Conforme a Secretaria da Agricultura são realizados, em média, 
2.700 eventos equestres e quase 4 mil eventos em geral, ao 
ano, que contam também com a presença de cavalos. 
EVENTOS EQUESTRES NO RS 
O RS tem 
mais de 
540 mil 
equinos, 
segundo 
o IBGE
6
A importância da equideocultura e a participação do médico veterinário
7
O material foi elaborado por uma 
Comissão especializada e com amplo 
conhecimento em eventos equestres.
Também aborda questões éticas que 
precisam ser relembradas diariamente 
a fim de elevar a Medicina Veterinária 
aos mais altos níveis profissionais tanto 
no aspecto científico, como no aspecto 
do relacionamento entre os colegas. Os 
assuntos foram abordados de maneira 
prática e objetiva restando, ainda, 
muito espaço para discussão.
Guia foi 
elaborado 
pela Comissão 
de Assuntos 
Equestres do 
CRMV-RS
Tipos de eventos equestresAtividades
São considerados eventos equestres as concentrações de 
equinos com diferentes finalidades. 
Atividades sociais, culturais, 
comerciais, desportivas ou políticas 
que reúnam animais de espécies 
equídeas precisam, por lei, ter um 
Responsável Técnico. Ao lado, uma 
breve listagem dos principais eventos 
equestres. Esta lista pode ser acrescida 
de outros eventos, sem prejuízo das 
prerrogativas deste Guia.
Tipos de eventos equestres
8
Eventos que 
reúnem 
equinos 
devem ter 
médico 
veterinário 
Responsável 
Técnico
FOTO: JEFFERSON BERNARDES
Corrida e suas variações;
Enduro equestre;
Rodeio, em todas as suas 
variações;
Hipismo, Concurso Completo 
de Equitação e todas as suas 
variações;
Adestramento;
Concurso Freio de Ouro, 
com todas as provas que o 
compõem;
Paleteada e suas variações;
Rédeas e suas variações;
Cow Horse e suas variações;
Cavalgadas,Passeios e 
Assemelhados;
Desfiles Cívicos e Culturais, 
ou com outras motivações;
Exposições e Apresentações 
Diversas;
Provas de Raças, de Associações 
ou de Criatórios, em todas as 
suas variações.
Tipos de eventos equestres
9
CLASSIFICAÇÃO DOS EVENTOS
O RT deve 
cumprir 
carga horária 
estabelecida 
em Resolução
Legislação estabelece distância
máxima para a atuação do RT
Responsabilidade Técnica
Jornada de trabalho, 
distância e capacitação
Existem determinações legais referentes à jornada de trabalho 
do Responsável Técnico. Elas estão 
embasadas nas Resoluções CRMV-RS 
n° 02/2005 e n° 13/2010, e garantem 
melhor desempenho da função perante a 
empresa e o consumidor.
O profissional não deve ultrapassar 
56 horas semanais de trabalho. Assim, o 
número de empresas que o profissional 
poderá assumir como Responsável 
Técnico (RT) dependerá da quantidade 
de horas que consta no contrato de 
10
Jornada de trabalho, distância e capacitação
cada uma, bem como do tempo gasto para 
deslocamento entre uma empresa e outra.
A determinação da jornada de trabalho 
deve ser estabelecida entre o profissional 
e a empresa que o contratar. O período 
deverá atender as necessidades técnicas das 
atividades a serem desenvolvidas, sendo 
que a mesma nunca poderá ser inferior a 06 
(seis) horas semanais. 
 A área de atuação do Responsável 
Técnico (RT) deve ser, preferencialmente, 
no município onde reside ou, no máximo, 
num raio de até 120 quilômetros deste. 
O CRMV-RS pode, a seu juízo, conceder 
a Anotação de Responsabilidade Técnica 
(ART) em situações excepcionais, desde que 
plenamente justificada.
A determinação 
da jornada deve 
ser estabelecida 
entre profissional 
e empresa 
11
Jornada de trabalho, distância e capacitação
 A Responsabilidade Técnica deve ser 
assumida na área de pleno conhecimento 
e formação especifica. A melhoria da 
capacitação técnica para o exercício da 
RT deve ser uma preocupação constante 
do profissional. Os Seminários de 
Responsabilidade Técnica promovidos pelo 
CRMV-RS são o passo inicial para o efetivo 
desempenho da função.
A Responsabilidade Técnica deve ser assumida na 
área de pleno conhecimento e formação especifica
12
13
Atribuições do RT
Em eventos equestres
Atribuições do RT
O RT avalia as condições 
de saúde dos animais 
Atividades do Responsável 
Técnico em eventos equestres:
 
avaliar as condições de saúde 
do animal, garantindo somente 
a participação de exemplares 
saudáveis no evento;
impedir a participação de 
animais que apresentarem perda 
das condições de trabalho ou de 
competição; 
garantir o isolamento e a 
remoção imediata de animais com 
enfermidades que possam ser 
transmitidas a outros animais e às 
pessoas;
no caso de ocorrência de 
enfermidades ou outros problemas 
sanitários, o Responsável Técnico 
deve comunicar imediatamente as 
autoridades sanitárias e garantir 
as medidas profiláticas requeridas 
(desinfecção, vacinação, etc.);
agir em observância rigorosa 
à conduta ética e, quando 
necessário, dar conhecimento das 
14
irregularidades constatadas aos 
representantes dos órgãos oficiais 
de fiscalização sanitária;
impedir a participação de animais 
muito jovens ou idosos;
orientar sobre estrutura física 
e instalações necessárias para 
manutenção e acomodação dos 
animais no evento, garantido-lhes 
conforto;
orientar sobre a necessidade de 
disponibilizar aos animais acesso 
ininterrupto à água e, nos locais de 
descanso, à alimentação;
orientar para que as instalações 
proporcionem aos animais acesso à 
sombra e a locais de descanso;
orientar quanto às adequadas 
práticas de manejo, evitando 
estresse desnecessário e lesões nos 
animais;
colocar-se à disposição das 
pessoas envolvidas no evento, 
prestando-lhes esclarecimentos e 
serviços profissionais relativos ao 
seu trabalho como Responsável 
Técnico;
participar da elaboração do 
manual de procedimentos do 
evento, de forma que sejam 
atendidas as normas de saúde e 
bem-estar dos animais;
orientar sobre o transporte 
adequado dos animais, visando a 
minimizar as condições que afetam 
Atribuições do RT
Atribuições do RT
O RT deve estar presente durante todo o 
evento, principalmente durante a chegada e 
saída dos animais, bem como durante as provas 
15
a saúde dos mesmos, bem como 
eventuais maus-tratos; 
acatar e cumprir as exigências 
oficiais sobre os aspectos sanitários 
vigentes, sujeitando-se às exigências 
legais e administrativas pertinentes;
orientar a entidade promotora 
do evento a respeito da legislação 
referente à atividade;
estar presente durante todo o 
evento, principalmente durante a 
chegada e a saída dos animais, bem 
como durante as provas;
manter registro de todas as 
orientações repassadas e de 
eventuais ocorrências durante o 
evento;
orientar e capacitar a equipe 
de trabalhadores do evento, 
ministrando-lhes ensinamentos 
necessários à sua segurança e 
ao bom desempenho de suas 
funções, especialmente acerca 
das atividades de manejo, práticas 
higiênico-sanitárias, manipulação 
de produtos, técnicas de contenção 
de animais no sentido de coibir 
maus-tratos;
orientar sobre os aspectos 
relacionados à biossegurança;
orientar quanto à necessidade 
de higiene das instalações e 
adjacências;
adotar medidas preventivas e 
mitigadoras aos possíveis impactos 
ao meio ambiente;
notificar as autoridades dos 
órgãos ambientais as ocorrências de 
impactos ao meio ambiente;
Atribuições do RT
orientar sobre o destino adequado 
dos vasilhames de medicamentos, 
embalagens e, se for o caso, de animais 
mortos;
coibir movimentação desnecessária 
dos animais, reduzindo o estresse dos 
mesmos;
orientar sobre a permanência de 
animais no mesmo recinto de forma a 
favorecer a manutenção das relações 
de hierarquia entre os mesmos e, 
dessa maneira, evitar brigas entre os 
animais; 
evitar o excesso de lotação de 
animais nos recintos.
16
O RT deve 
orientar sobre 
o destino 
correto dos 
medicamentos e 
embalagens
Em eventos equestres 
com a presença de bovinos
Atribuições do RT
Em eventos equestres com a presença de bovinos, o RT também 
tem atribuições. São elas:
coibir qualquer conduta agressiva 
com os animais seja por parte dos 
trabalhadores, organizadores ou 
participantes do evento;
garantir a tranquilidade durante o 
trabalho, evitando gritos e procedimentos 
que causem lesões nos animais; 
coibir a movimentação desnecessária 
dos animais, para reduzir o estresse dos 
mesmos;
É atribuição 
do RT proibir 
conduta 
agressiva 
com os 
animais 
17
O RT também é responsável pelos 
bovinos envolvidos no evento
Atribuições do RT
não permitir a mistura de lotes, favorecendo 
a manutenção da hierarquia entre os mesmos, 
e assim evitando atitudes agressivas entre os 
animais, e também possibilitando a exclusão 
de animais agressivos que coloque em risco a 
integridade física e psíquica do lote;
evitar a de lotação de animais em mangueiras, 
peras e seringas;
impedir que os animais permaneçam 
confinados em mangueiras por tempo 
prolongado, ocasionando maus-tratos;
exigir instalações em condições de manejo, 
que gerem segurança aos animais e aos 
trabalhadores;
primar pelo bem-estar dos animais envolvidos.
O médico 
veterinário, na 
função de RT, 
deve preservar 
o bem-estar 
dos bovinos 
envolvidos 
nos eventos 
equestres 
18
Atribuições do RT
Sempre que possível, é importante que um médico veterinário faça parte do 
planejamento das novas construções ou 
reformas dos locais de eventos, a fim de 
otimizar os espaços físicos, primando pelo 
conforto e segurança dos animais participantesPara cada evento, o Responsável Técnico 
deverá inspecionar e realizar uma verificação 
minuciosa do local, para determinar se o 
mesmo tem condições de receber o evento 
proposto. 
A atuação do RT deve primar pelo 
conforto e segurança dos animais
O RT deve 
fazer 
vistoria 
minuciosa 
no local do 
evento
Na estrutura física dos eventos
19
caso haja alguma irregularidade no local que 
possa ser corrigida a tempo da realização do 
evento, o RT deverá comunicar por escrito o 
promotor do evento, afim de que tais reformas 
sejam realizadas; 
no caso da não realização das reformas ou 
consertos determinados pelo Responsável 
Técnico até a véspera do evento, o mesmo 
deverá notificar as autoridades competentes, 
inclusive ao CRMV-RS; 
o RT deve garantir que o evento tenha uma 
estrutura coberta que sirva como ambulatório/
enfermaria e também como ferraria; 
este local deve estar devidamente 
identificado, de forma a facilitar sua visualização 
pelos participantes e em local de fácil acesso, 
caso seja necessário algum atendimento de 
Atribuições do RT
Local do 
evento 
deve prever 
espaço para 
ambulatório e 
enfermagem
20
Atribuições do RT
urgência/emergência ou remoção de algum animal; 
o evento deve conter espaço determinado ao banho dos 
equídeos participantes, com segurança e higiene para tal 
finalidade e com água limpa em quantidade suficiente a todos 
os equídeos participantes; 
é recomendado o uso de piso de concreto ou pedra que 
impeça o deslize e favoreça o escoamento da água, que deve 
ter destino adequado, evitando a formação de lodos ou 
lamaçais em torno dos lavatórios; 
em caso de clima quente ou de alta incidência solar, 
o ambiente deve estar preparado para fornecer sombra 
adequada para todos os animais participantes do evento, 
pelo menos nas horas mais críticas do dia (entre 11h e 15h) 
ou a critério do Responsável Técnico; 
mesmo havendo sombra, o Responsável Técnico poderá 
paralisar o evento temporariamente, caso julgue necessário; 
em casos de temperaturas extremamente altas, o uso de 
banhos por aspersão de água também podem ser utilizados 
Lavatórios devem ter piso de concreto 
ou pedra para impedir acidentes 
21
Atribuições do RT
22
como forma de melhorar o conforto 
térmico do animal;
todas as cercas do local do evento 
(tanto em pistas de provas, como nos 
locais de descanso ou de circulação dos 
animais) devem fornecer segurança aos 
mesmos, impedindo fugas, lesões ou 
outros acidentes que coloquem em risco 
a integridade física dos animais e pessoas 
participantes; 
essas regras também são válidas para 
cocheiras, estábulos, galpões e piquetes;
os piquetes, ou campos destinados 
ao pernoite dos bovinos utilizados nos 
eventos equestres, devem fornecer além 
da segurança e do espaço físico necessário 
ao conforto animal, água e forragem à 
vontade e com livre acesso a todos os 
animais do lote;
esses locais também devem oferecer 
abrigos naturais ou artificiais contra 
intempéries, como chuva, vento, frio ou 
calor excessivos. 
Bovinos 
também 
devem 
ter água e 
forragem 
à vontade 
durante o 
pernoite
23
Recomendações finais
Além das exigências impostas por lei e normativas, os médicos veterinários 
Responsáveis Técnicos precisam ficar atentos a 
outros detalhes. São, por exemplo, exigências 
sanitárias para transporte de animais, já que o 
RT deve primar pelo bem-estar dos mesmos no 
momento do desembarque no evento.
Recomendações finais
Cada exigência deve ser 
atentamente observada
Confira na próxima página.
Outra recomendação é conhecer a exigência e o preenchimento 
de documentos, como a resenha para solicitação de exames. No caso 
do exame laboratorial para mormo, o CRMV-RS publicou Nota Técnica 
orientando para o correto preenchimento.
Conclusão
Recomendações finais
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NOTA TÉCNICA N° 07/2015
Assunto: Identificação de equinos para requisição 
de exame diagnóstico de mormo
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul, que 
além de fiscalizar o exercício profissional, tem na sua missão orientar e 
capacitar médicos veterinários, publica nota técnica com esclarecimentos 
aos profissionais sobre condutas na colheita de amostras para o exame 
laboratorial de diagnóstico de mormo. A necessidade de informações mais 
claras sobre o tema foi apontada por diversos profissionais que atuam no 
atendimento de equinos no estado.
A presente nota técnica tem como objetivo tornar clara aos médicos 
veterinários a correta forma de realizar o preenchimento da resenha para 
o encaminhamento de exames de laboratório para diagnóstico de mormo 
em equinos. Tal instrumento é de fundamental importância para garantir a 
correta identificação dos animais e contribui para o rápido encaminhamento 
de soluções para os casos positivos.
As informações desta nota técnica foram embasadas nas Instruções 
Normativas n° 24/2004 e n° 45/2004 do Ministério da Agricultura Pecuária 
e Abastecimento.
1. Objetivo da Resenha e papel do médico veterinário
A resenha é documento manuscrito preenchido por médico 
veterinário e serve para identificação do animal para trânsito e requisição 
de exame diagnóstico para Anemia Infecciosa Equina e Mormo. 
O médico veterinário é o profissional habilitado e autorizado para o 
preenchimento do documento e a colheita de material para exame, bem 
como pela emissão da requisição.
Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul
Recomendações finais
25
2. Identificação do animal
Na resenha devem ser preenchidas - por extenso e graficamente - todas 
as marcas do animal, de forma completa e acurada. A responsabilidade legal 
pela veracidade e fidedignidade das informações prestadas na requisição e 
resenha é do médico veterinário requisitante.
Das características do animal, o médico veterinário precisa observar desde 
as marcas naturais, como manchas, pelagem e sinais, até as artificiais, como 
cicatrizes e marcas de registro. A designação da pelagem do animal deve ser 
preenchida de acordo com os termos utilizados nas respectivas raças.
 
A elaboração da resenha (imagem do animal) deve ser realizada a caneta, 
mostrando o contorno e preenchendo de toda a área da mancha ou marca. 
As marcas assinaladas no desenho devem ser descritas também por extenso, 
informando a localização, dimensão e tipo de sinal no corpo do animal.
3. Aspectos importantes
Como trata-se de documento manuscrito é fundamental que todos os 
dados de identificação sejam preenchidos de forma legível, entre eles o 
nome do laboratório, proprietário, médico veterinário e, especialmente, o 
endereço da propriedade com a maior precisão possível.
 
4. As instruções normativas do Ministério da Agricultura IN 24/2004 e IN 
45/2004 estão disponíveis em www.crmvrs.gov.br. 
Mateus da Costa Lange
Médico Veterinário
CRMV-RS 9061
Porto Alegre, 20 de outubro de 2015.
Rua Ramiro Barcelos, 1793/201 - Bom Fim - CEP: 90.035-006 - Porto Alegre/RS
Fone: (51) 2104 0566 - Fax (51) 2104 0573 - crmvrs@crmvrs.gov.br - www.crmvrs.gov.br
Recomendações finais
26
Recomendações finais
27
Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul
NOTA TÉCNICA Nº 09/2016
ASSUNTO: Serviços de hospedagem de equinos
Entidades hípicas que se dedicam à hospedagem e ao treinamento de 
equinos, bem como haras e jóqueis-clubes devem possuir registro no 
Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS).
Também é requisito contar com assistência de médico veterinário 
Responsável Técnico. A responsabilidade técnica nesses estabelecimentos 
visa, além do cumprimento da legislação, à manutenção da saúde e do bem-
estar dos animais.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul 
vem recebendo diversosquestionamentos a respeito da regularidade 
de estabelecimentos que hospedam equinos. Especialmente no período 
do verão e com o aumento de casos de mormo no RS, há, por parte de 
proprietários de cavalos, uma maior preocupação com as condições de 
funcionamento desses locais.
O CRMV-RS fiscaliza e toma as devidas providências em todas as 
denúncias recebidas. Requisitos importantes devem ser atendidos pelos 
estabelecimentos que oferecem o serviço de hospedagem e treinamento de 
equinos, especialmente:
- Instalações: devem possuir condições adequadas de higiene e 
Eventos equestres que requerem a permanência dos animais estão 
sujeitos às normas de hotelaria, como visto na Nota Técnica sobre 
hospedagem para equinos:
Recomendações finais
28
Rua Ramiro Barcelos, 1793/201 - Bom Fim - CEP: 90.035-006 - Porto Alegre/RS
Fone: (51) 2104 0566 - Fax (51) 2104 0573 - crmvrs@crmvrs.gov.br - www.crmvrs.gov.br
proporcionar conforto aos animais. O ambiente deve ser livre de poluição, 
seguro (minimizando riscos de acidentes) e protegido de intempéries ou 
situações que causem estresse aos animais. Além disso, devem proporcionar 
fácil acesso à água e aos alimentos.
- Manejo: deverão ser atendidas as particularidades de cada animal 
(rotina de exercício, alimentação, separação por sexo e idade).
- Controle sanitário: imunização, separação de animais doentes e/ou 
com sintomas de doenças infectocontagiosas, notificação às autoridades 
sanitárias.
- Registros e documentação: licenciamento e registro nos órgãos 
competentes, fichas de identificação, prontuários, controle de pragas e 
vetores.
- Registro no CRMV-RS e anotação de responsabilidade técnica.
Também é atribuição do proprietário verificar as condições dos 
estabelecimentos antes de deixar os animais sob o cuidado de terceiros. 
As denúncias de estabelecimentos irregulares podem ser encaminhas ao 
CRMV-RS através do email: crmvrs@crmvrs.gov.br.
Mateus da Costa Lange
Médico Veterinário
CRMV-RS 9061
Porto Alegre, 19 de janeiro de 2016.
29
Recomendações finais
Esperamos que este Guia tenha contribuído para esclarecer 
sobre as atribuições dos Responsáveis 
Técnicos e que, desta forma, o trabalho 
seja executado com a excelência 
que a sociedade espera da Medicina 
Veterinária.
Na próxima página, listamos alguns 
links úteis para a obtenção de mais 
informações e também dos formulários 
necessários para a atuação como RT.
Os 
formulários 
para a 
atuação do 
RT estão 
disponíveis 
no site do 
CRMV-RS
www.crmvrs.gov.brwww.crmvrs.gov.br
Recomendações finais
30
Formulário de ART – documento obrigatório utilizado para formalização da 
Responsabilidade Técnica do profissional na empresa. Deve ser encaminhado 
ao CRMV-RS em quatro vias para homologação. Emissão mediante sobre 
pagamento de taxa, conforme previsto em resolução federal.
http://www.crmvrs.gov.br/modeloart.pdf
Termo de Constatação e Recomendação – utilizado para salvaguardar a 
atuação do RT do local. Deve ser encaminhado obrigatoriamente à empresa 
e, em caso de não cumprimento, a informação deve ser enviada ao CRMV-
RS.
http://www.crmvrs.gov.br/termo_de_constatacao_e_recomendacao.pdf
Laudo informativo – documento sigiloso encaminhado ao CRMV-RS 
pelo RT nas situações em que sua atuação seja obstruída ou impedida e/ou 
quando houver impedimento da ação de fiscalização oficial.
http://www.crmvrs.gov.br/laudo_informativo.pdf
Orientações sobre uso e prescrição de medicamentos controlados (IN 
25) – resumo elaborado em parceria com o Ministério da Agricultura, com 
instruções e formulários necessários para a prescrição e comercialização de 
produtos veterinários de uso controlado.
http://www.crmvrs.gov.br/controlados/orientacoes.htm
Atenção! Para abrir os arquivos dos formulários
em PDF, é preciso que o programa Adobe
Reader esteja instalado no seu computador
Anotações
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Anotações
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Guia Básico de Responsabilidade
Técnica em Eventos Equestres
Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul
Rua Ramiro Barcelos, 1793/201
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