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1 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO 
 GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 
 
MARCOS ANTÔNIO DE SOUZA JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HOSPITAL VETERINÁRIO PÚBLICO 
Anteprojeto Arquitetônico 
 
 
 
 
 
 
 
 VITÓRIA 
2020 
 
2 
 
 
 
MARCOS ANTÔNIO DE SOUZA JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HOSPITAL VETERINÁRIO PÚBLICO: ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
à banca examinadora do curso de Graduação 
em Arquitetura e Urbanismo do Centro 
Universitário Salesiano. 
 
Orientador: Professor Marcos Spinassé. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITÓRIA 
2020 
3 
 
 
 
 
MARCOS ANTÔNIO DE SOUZA JÚNIOR 
 
 
 
UNIDADE DE SAÚDE ANIMAL: ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UM 
HOSPITAL VETERINÁRIO PÚBLICO 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
à banca examinadora do curso de Graduação 
em Arquitetura e Urbanismo do Centro 
Universitário Salesiano, como requisito para 
obtenção do grau de Arquiteto Urbanista. 
 
 
 
 
Aprovação em _____ de __________________ de __________. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
______________________________________________________ 
Marcos Antônio Spinassé 
Professor Orientador – UNISALES 
 
 
 
______________________________________________________ 
Anna Karine Bellini 
Professor – UNISALES 
 
 
 
__________________________________________________ 
Barbara Terra Queiroz 
Arquiteto e Urbanista convidado 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A grandeza de uma nação e seu progresso moral podem ser 
julgados pela forma como seus animais são tratados. 
 (Mahatma Gandhi) 
 
 
5 
 
 
RESUMO 
O presente estudo final de graduação, traz a proposta arquitetônica de um hospital 
veterinário público para Vitória-ES. A ausência de equipamentos públicos para tal 
funcionailidade, somado a fragilidade dos serviços de medicina veterinária público 
existentes, surge a iniciativa de contribuir, a partir da arquitetura, para o bem-estar 
animal. Nos dias atuais, os animais domésticos vem sendo considerados membros da 
família, portanto tal proposta, além de propor o bem-estar animal, auxilia nos conceitos 
de saúde única, levando em consideração ainda o alto número de animais em situação 
de rua, que configura-se como questão de saúde pública. Desta forma, o objetivo é 
elaborar um anteprojeto de um hospital veterinário para ao atendimento de animais de 
pequeno porte, como, cães, gatos e animais silvestres, respondendo às necessidades 
de uma edificação pública, contribuindo de forma preventiva e corretiva para a saúde, 
atendendo às necessidades, principalmente, dos animais com donos de renda baixa; 
e colaborando com a convivência entre o homem e o animal. 
Palavras-Chave: Hospital veterinário; saúde única; arquitetura hospitalar; edificação 
pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
ABSTRACT 
This Final Graduation study, brings an architectural proposal of a public veterinary 
hospital to the city of Vitória-ES. Given the absence of public facilities with such a 
typology, as well as the fragility of existing popular veterinary medical assistance 
services, interest arises in contributing, from architecture, to animal welfare. 
Nowadays, domestic animals have been considered members of the family, so this 
proposal, in addition to proposing animal welfare, helps in the concepts of unique 
health, taking into account also the problem of the number of homeless animals, is 
configured as a public health issue. Thus, the objective is to elaborate a preliminary 
project of a veterinary hospital for the care of small animals, such as dogs, cats and 
wild animals, responding to the specificities of a public building, contributing in a 
preventive and corrective way to health. In the city, meeting the needs, mainly, of the 
competent animals and with low-income donors; and collaborating with harmonious 
human-animal coexistence. 
Key words: Veterinary hospital; unique health; hospital architecture; public building. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 - Localização do Hospital SOS...................................................................... 29 
Figura 2 - Fachada do Hospital SOS.................................................................. 30 
Figura 3 - Recepção SOS........................................................................................... 33 
Figura 4 - Centro Cirúrgico SOS................................................................................. 33 
Figura 5 - Consultório SOS......................................................................................... 34 
Figura 6 - Consultório SOS..........................................................................................34 
Figura 7 – Baia de internação SOS............................................................................ 35 
Figura 8 - Baia de internação SOS.............................................................................. 36 
Figura 9 – Funcionograma SOS................................................................................. 36 
Figura 10 - Localização da ONG................................................................................. 37 
Figura 11 - Abrigo da ONG..........................................................................................38 
Figura 12 - Fachada do Hospital Memphis................................................................. 39 
Figura 13 - Implantação do Memphis.........................................................................40 
Figura 14 - Planta baixa primeiro pavimento do Memphis.........................................40 
Figura 15 - Planta baixa segundo pavimento do Memphis........................................41 
Figura 16 - Recepção do Memphis........................................................................... 42 
Figura 17 - Localização do lote..................................................................................44 
Figura 18 - Grupo de atividades permitidas por zona................................................45 
Figura 19 - Atividades de cada grupo.........................................................................46 
Figura 20 – Estudo Solar............................................................................................47 
Figura 21 - Funcionograma térreo..............................................................................49 
Figura 22 – Funcionograma segundo pavimento...................................................... 50 
Figura 23 – Novo Funcionograma térreo....................................................................51 
Figura 24 – Novo Funcionograma 2º pavimento........................................................52 
Figura 25 – Índices de contole urbanístico.................................................................53 
Figura 26 – Planta Baixa primeiro pavimento.............................................................54 
Figura 27 - Planta Baixa segundo pavimento.............................................................54 
Figura 28 – Fachada principal....................................................................................55 
Figura 29 – Cortes......................................................................................................55 
Figura 30 – Estudo de massa.....................................................................................56 
Figura 31 – Estudo de massa.....................................................................................57 
Figura 32 - Estudo de massa.....................................................................................57 
Figura 33 - Estudo de massa.....................................................................................57 
Figura 34 - Estudo de massa.....................................................................................58Figura 35 -Tijolo cerâmico..........................................................................................58 
Figura 36 – Piso vinílico.............................................................................................59 
Figura 37 – Piso intertravado......................................................................................59 
Figura 38 – Piso concregrama....................................................................................60 
Figura 39 - Brises horizontais.....................................................................................60 
8 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Tabela 1 - Relação ambientes x usuários x móveis do Hospital SOS..........................29 
Tabela 2 - Dados demográficos Vitória-ES.......................................................... 42 
Tabela 3 - Programa de necessidades x ambientes x usuários.................................. 47 
Quadro 4 – Quadro de áreas.......................................................................................56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES 
 
Seguem abaixo a lista com as principais abreviações citadas neste documento. 
 
AGEVISA – Agência Estadual de Vigilância em Saúde 
 
ANCLIVEPA - Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais de 
São Paulo 
 
ANVISA – Agência Nacional de Saúde APABB – Associação dos protetores dos 
animais de Barra do Bugres 
 
OMS – Organização Mundial de Saúde 
 
CFMV – Conselho Federal de Medicina Veterinária 
 
CNEN – Conselho Nacional de Energia Nuclear 
 
CRMV – Conselho Regional de Medicina Veterinária 
 
RDC – Resolução da Diretoria Colegiada 
 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
 
PDM – Plano Diretor Municipal 
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
 
ONG – Organização Não Governamental 
 
 
 
 
10 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................11 
1.1 OBJETIVOS.........................................................................................................13 
1.1.1OBJETIVOS GERAIS.........................................................................................13 
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO..................................................................................13 
1.1.3 JUSTIFICATIVA................................................................................................13 
 
2 METODOLOGIA DE PESQUISA............................................................................16 
 
3 REFERENCIAL TEÓRICO .....................................................................................17 
3.1 CONCEITO DE HOSPITAL VETERINÁRIO.........................................................17 
3.2 CARACTERIZAÇÃO DE HOSPITAL VETERINÁRIO...........................................17 
3.3 DIFERENCIANDO O PÚBLICO DO PRIVADO.....................................................18 
3.4 PROPOSTAS CONVERGENTES E RELATO DE UM ESPECIALISTA................19 
3.4.1 PROJETO DE LEI, DEPUTADO TONY MEDEIROS, PARA MANAUS.............19 
3.4.2 PROJETO DE LEI, VEREADOR ZANDER FÁBIO, PARA GOIÂNIA..................20 
3.4.3 PROJETO ARQUITETONICO DO HOSPITAL VETERINÁRIO CONSTITUCION 
NA ESPANHA – ARQUITETOS DOBLEESE SPACE & BRANDING.........................20 
3.4.4 RELATO DO ARQUITETO MARCELO GUEDES, ESPECIALISTA EM 
PROJETOS PARA PETS, ESCLARECE AS PRINCIPAIS PARTICULARIDADES QUE 
A ARQUITETURA PARA ANIMAIS DEVE ADOTAR..................................................20 
3.5 LEIS, NORMAS E DIRETRIZES..........................................................................22 
3.5.1 RESOLUÇÃO Nº 1015 DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA 
VETERINÁRIA............................................................................................................22 
3.5.2 RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA (RDC Nº 50) ...............................24 
3.5.3 CONSELHO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR (CNEN)..............................24 
3.5.4 DECRETO Nº 40.400 DE 24 DE OUTUBRO DE 1995 – SÃO PAULO...............25 
3.5.5 AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE (ANVISA)....................................................26 
3.5.6 NORMAS AUXILIARES DA ABNT.....................................................................27 
3.5.7 PLANO DIRETOR MUNICIPAL..........................................................................27 
 
4 METODOLOGIA DE PROJETO.............................................................................26 
 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PESQUISA....................................................28 
5.1 PESQUISAS DIRETAS........................................................................................28 
5.1.1 SOS VETERINÁRIA..........................................................................................29 
5.1.2 ONG PATINHAS CARENTES...........................................................................37 
5.2 PESQUISA INDIRETA.........................................................................................39 
5.2.1 MEMPHIS VETERINARY SPECIALISTS..........................................................39 
5.3 PROPOSTA..........................................................................................................43 
11 
 
5.3.1 CONDICIONANTES..........................................................................................43 
5.3.2 LOCAL...............................................................................................................43 
5.3.3 TERRENO.........................................................................................................44 
5.3.4 QUALIFICAÇÃO DO LOTE PARA IMPLANTAÇÃO DO HOSPITAL..................45 
5.3.5 PESQUISA IN LOCO - LOTE.............................................................................48 
5.3.6 PARTIDO ARQUITETÔNICO............................................................................49 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................53 
6.1 PROPOSTA FINAL..............................................................................................54 
6.1.2 DESENHOS TÉCNICOS...................................................................................55 
6.1.3 ESTUDO DE MASSA.........................................................................................56 
6.1.4 MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS.................................................................58 
6.2 CONCLUSÃO.......................................................................................................61 
 
REFERÊCIAS............................................................................................................62 
 
APENDICE.................................................................................................................66 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
A arquitetura é um campo multidisciplinar, possuindo em sua base matemática, 
ciências, artes, tecnologia, ciências sociais, política, história, filosofia, entre outros. 
Nos últimos anos os animais domésticos vem tendo cada vez mais espaço na família 
brasileira, portanto manter os mesmos saudáveis se torna ético e importante, pois 
interfere diretamente no equilíbrio do meio ambiente, no bem estar e também na saúde 
dos seres humanos. Propostas parecidas vem sendo discutidas em outros estados, 
onde deputados e outros políticos vem inserido cada vez mais em seus objetivos de 
trabalho a inserção da saúde animal no sistema público. Deste modo o profissional 
Arquiteto tendo total autoridade para através de seus serviços, auxiliar a população na 
solução de problemas sociais e políticos, como por exemplo, os relacionados a saúde. 
 A ideia da implantação de um hospital veterinário público surge com objetivo de 
através da Arquitetura resolver ouamenizar os problemas contemporâneos da “saúde 
única”, criando um equilíbrio na saúde dos animais, saúde humana e meio ambiente. 
No primeiro capítulo desta monografia, cita-se os objetivos gerais deste estudo, 
transpondo claramente as pretensões do mesmo e trazendo justificativas plausíveis 
para a importância do tema, no segundo externa-se quais as metodologias de 
pesquisa utilizadas para composição deste estudo, no terceiro apresenta-se diferentes 
abordagens sobre o mesmo tema, incluindo leis, normas e diretrizes, o quarto capítulo 
demonstra quais as metodologias utilizadas para concepção do projeto, no quinto 
apresentam-se os resultados obtidos com as pesquisas e no sexto capítulo é mostrado 
a proposta final para o hospital, bem como, as considerações finais do estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncias_sociais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia
13 
 
1.1 OBJETIVOS 
1.1.1 OBJETIVOS GERAIS 
O presente estudo acadêmico tem como objetivo compreender e expressar de forma 
projetual o funcionamento de edifícios destinados a saúde animal para o atendimento 
público, bem como, entender as necessidades para funcionamento perfeito desses 
espaços e suas particularidades, visando ter conhecimento e capacidade, para propor 
uma arquitetura funcional para tais espaços. 
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 
O objetivo principal deste estudo é, através da compreensão de funcionamento de 
edifícios destinados a saúde animal, elaborar um anteprojeto de um hospital 
veterinário público para atendimento de animais de pequeno porte, como, cães, gatos 
e animais silvestres, respondendo às particularidades de uma edificação de uso 
público. 
Previamente será apresentado um estudo preliminar, onde foram levantadas todas as 
necessidades da tipologia, estudo bioclimático e funcionogramas, que posteriormente 
originaram o anteprojeto. O anteprojeto será composto em, implantação/situação, 
planta baixa do primeiro e segundo pavimento, planta de cobertura, fachada e cortes. 
 
1.1.3 JUSTIFICATIVA 
A associação entre a espécie humana e os animais tem início datado em períodos 
pré-históricos. Porém, o desenvolvimento da medicina veterinária é de certo modo 
recente, motivado principalmente por razões financeiras associadas à obtenção de 
alimentos e ao auxílio no trabalho. (THRUSFIELD, 2004 apud GOMES et al, 2016). 
Após meados da década de 1940, o papel do veterinário passou a se tornar amplo, a 
partir do momento que: 
As necessidades ligadas a sanidade animal e a produção de alimentos, o 
crescimento expressivo das populações de animais de estimação e da forma 
de viver humana, tem conduzido a transformações profundas no papel deste 
profissional dentro do contexto da saúde animal, humana e ambiental em 
especial nas últimas cinco décadas. (PFUETZENREITER E 
ZYLBERSZTAJN, 2004 apud GOMES et al, 2016, p. 73). 
14 
 
 
Nos dias atuais, as discussões e ações relacionadas à saúde no âmbito veterinário 
passaram a se voltar à saúde única e ao bem-estar animal, associando-se inclusive a 
questões éticas, visto que esses animais são encarados “não apenas como potenciais 
zoonóticos, mas sim, como familiares, e com valor intrínseco agregado” (GARCIA, 
2006 apud GARCIA et al, 2008, p. 107). 
Os cuidados com a saúde e bem-estar animal envolvem ações que visam diminuir a 
incidência de doenças e a mortalidade, tanto de animais como guardiões, como de 
animais comunitários, através do oferecimento de serviços públicos de atenção básica 
à saúde, controle reprodutivo, vacinação, atendimento para distúrbios 
comportamentais e o manejo de animais abandonados e rejeitados pela comunidade 
(GARCIA et al, 2008). 
A medida principal para o controle de zoonoses, trata-se do controle populacional dos 
cães e gatos, pois esses podem se tornar fonte de infecções para outros animais e 
para a população humana. Em muitos países, inclusive no Brasil, a eliminação de 
animais de rua tem sido o método adotado, sem apoio de outras atividades de 
impacto. (BASTOS, 2013). 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (1990 apud VIEIRA et al, 2016), as 
atividades de recolhimento e eliminação dos animais de rua não são efetivas para o 
controle da população. Tal controle deve ser realizado em programas e políticas 
públicas nos municípios, atuando nas principais causas do problema do excesso 
populacional: a procriação de cães e gatos e a responsabilidade humana quanto à 
posse (VIEIRA, 2016). 
Deste modo, o controle de reprodução através da esterilização cirúrgica (castração) 
subsidiada pelo poder público mostra-se como uma opção para resolver o problema 
sócio ecológico relacionado às populações de animais (BASTOS, 2013). 
Além disso, os custos de esterilização dos animais são consideravelmente inferiores 
aos custos da eutanásia, sendo possível, com o mesmo recurso, esterilizar um número 
48,5% superior ao número de animais que poderiam passar pela eutanásia 
(CÁCERIS, 2004 apud BASTOS, 2013). 
15 
 
De acordo com dados do IBGE de 2015, o Espírito Santo possuí animais em pelo 
menos 42% dos domicílios, a consulta veterinária no ES tem valores entre R$ 150,00 
a R$ 400,00, segundo o CRMV-ES (Conselho Regional de Medicina Veterinária do 
ES). Ainda segundo o IBGE 60% da população do ES vive com apenas um salário 
mínimo, logo, essas pessoas não possuem condição de pagarem uma consulta 
veterinária. Em outros locais o problema tem se mostrado de maneira parecida com o 
nosso estado e medidas vem sendo tomadas para a solução do mesmo. 
Diante desta situação, fica evidente o papel do controle populacional como um dos 
fatores principais para a saúde animal. Nesse sentido, a criação de um hospital 
veterinário na saúde pública mostra-se importante, como ferramenta de atenção 
básica à saúde, controle reprodutivo e vacinação; e como instrumento de efetivação 
da Medicina Veterinária do Coletivo e da Saúde Única. 
 
2 METODOLOGIA DE PESQUISA 
Neste trabalho de conclusão de curso foram adotadas metodologias que estruturam-
se a partir de dois tipos de atividades: (1) pesquisa e coleta e (2) desenvolvimento 
do projeto. Foram adotadas abordagens teóricas e empíricas que se relacionam com 
a primeira categoria e um processo de projeto que viabiliza a etapa de 
desenvolvimento. O referencial teórico foi elaborado a partir da atividade de 
pesquisa bibliográfica pautada em quatro temas: medicina veterinária; medicina 
veterinária no Espirito Santo; hospital veterinário, edificações de uso público. 
Para obtenção de dados, foram consultados livros, artigos, sites e normas. O 
referencial empírico, pautado também na pesquisa e coleta, utiliza como técnicas a 
construção de estudos de referenciais diretos e indiretos, consultando não só a 
bibliografia, bem como profissionais da área e coletando dados in loco. 
Devido a pandemia houve dificuldade para realização de pesquisas in loco, deste 
modo foram realizadas duas pesquisas diretas e uma indireta, sendo as diretas no 
hospital SOS Veterinária, localizado no bairro Praia da Costa no município de Vila 
Velha; e no Patinhas Carentes, instituição localizada no bairro Barro Vermelho, no 
município de Vitória, que retira animais das ruas, levando-os ao veterinário, abrigando-
os e posteriormente lhes oferecendo em feiras de adoção. A pesquisa indireta foi 
16 
 
realizada na internet, no qual foi analisado o projeto do hospital veterinário Memphis 
Veterinary Specialists, localizado em uma área industrial no subúrbio de Cordova, 
Tennessee, nos Estados Unidos. 
 
3 REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1 CONCEITO DE HOSPITAL VETERINÁRIO 
Do grego nosocômio, hospital é um substantivo masculino que significa um 
estabelecimento onde doentes são admitidos paratratamento por um grupo de 
médicos em diversas especialidades. Já a palavra veterinária, tem origem do latim 
veterinária, um substantivo feminino, que possui o significado de ter conhecimento das 
doenças dos animais, é uma medicina que se aplica a esses animais. (DICIONÁRIO 
MICHAELIS, 2009) 
3.2 CARACTERIZAÇÃO DE HOSPITAL VETERINÁRIO 
Para compreensão do tema, faz-se necessário entender as definições de hospital 
veterinário, clínica veterinária e consultório veterinário. Segundo a Resolução nº 
1015/2012, do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), define-se: 
Art. 2º Hospitais Veterinários são estabelecimentos capazes de assegurar 
assistência médico-veterinária curativa e preventiva aos animais, com 
atendimento ao público em período integral (24 horas), com a presença 
permanente e sob a responsabilidade técnica de médico veterinário. 
(...) 
Art. 4º Clínicas Veterinárias são estabelecimentos destinados ao atendimento 
de animais para consultas e tratamentos clínico-cirúrgicos, podendo ou não 
ter cirurgia e internações, sob a responsabilidade técnica e presença de 
médico veterinário. 
(...) 
Art. 6º Consultórios Veterinários são estabelecimentos de propriedade de 
Médico Veterinário destinados ao ato básico de consulta clínica, curativos, 
aplicação de medicamentos e vacinações de animais, sendo vedada a 
realização de procedimentos anestésicos e/ou cirúrgicos e a internação. 
(CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA, Resolução 1015, 
2015) 
 
17 
 
O hospital veterinário diferencia-se pelo fato, além de oferecer atendimento integral e 
serviços de maior complexidade. Vale alertar que, o consultório veterinário se 
configura como um setor do hospital, apesar de também ser encontrado como um 
estabelecimento. 
3.3 DIFERENCIANDO O PÚBLICO DO PRIVADO 
Também é muito importante compreender quais as diferenças entre serviços de saúde 
públicos e privados, a Dra. Luiza Sterman, Médica Sanitarista, coordenadora do 
Núcleo de investigação em Serviços de Saúde do Instituto de Saúde da Secretaria da 
Saúde de São Paulo, define as diferenças da seguinte forma: 
“A primeira diferença que, para nós, é fundamental para a análise dessa 
situação é o próprio conceito de Saúde. Enquanto, no Sistema Público, a 
saúde está relacionada a condições de vida e é resultante das diferentes 
políticas, sejam elas econômicas sejam sociais, no Privado, a saúde é 
definida a partir da doença exclusivamente e a doença é entendida como uma 
mercadoria. Quanto às características do sistema, o Público se organiza a 
partir de princípios - universalidade, integralidade e equidade - e o Privado, 
ao contrário, seleciona e segmenta a clientela. Enquanto o Público é integral, 
o Privado é parcial, porque também seleciona o tipo de oferta ou de 
atendimento dado a essa clientela. O sistema Público tem como princípio, a 
equidade, isto é, trata de forma diferente os "diferentes", para atingir a 
universalidade e a integralidade, enquanto que, no sistema Privado, os 
direitos dependem do poder aquisitivo. 
Quanto aos princípios organizativos e operativos do sistema, tanto no 
Sistema Público quanto no Privado há descentralização, regionalização, 
hierarquização e mesmo participação, embora fundamentados em bases 
teórico-conceituais diferentes que não cabe agora aprofundar.” (STERMAN, 
2018). 
Apesar das diferenças mencionadas pela Dra, vale ressaltar que as diferenças 
arquitetônicas entre edifícios públicos e privados, basicamente estão ligadas à 
questões estéticas, que variam devido a diferença dos materiais utilizados, visando 
menor custo. 
Desta maneira, a análise de edifícios particulares de mesma tipologia, são válidas 
para aplicação na concepção de um projeto público, visto que o programa de 
necessidades se assemelham, bem como todas as atividades e usuários do edifício. 
 
 
 
18 
 
3.4 PROPOSTAS CONVERGENTES E RELATO DE UM ESPECIALISTA. 
Para perfeita compreensão e interação ao tema, foram pesquisadas, propostas 
parecidas com o objetivo deste trabalho, além da opinião de um especialista, sobre o 
tema. 
3.4.1 PROJETO DE LEI, DEPUTADO TONY MEDEIROS, PARA MANAUS. 
 No estado de Manaus diante dos problemas relacionados a saúde que animais de rua 
podem causar, especialistas discutiram junto ao Deputado Estadual Tony Medeiros a 
criação de um hospital veterinário público. 
O presidente o conselho de medicina veterinária do Amazonas, Paulo Carneiro, define 
o problema da seguinte forma: 
 
‘’Os animais domésticos que não podem ser tratados por famílias de baixa 
renda acabam abandonados, é preciso uma divulgação sobre a castração de 
animais de pequeno porte na via pública e mais conscientização sobre os 
cuidados de tutelar um animal e proteger uma vida’’ (CARNEIRO, 2006). 
 
Ele argumenta ainda que: 
“É claro, devemos pensar primeiro nos hospitais e unidades de saúde, mas 
não se pode mais desvincular a saúde do homem da saúde do animal’’ 
(CARNEIRO, 2006). 
 
3.4.2 PROJETO DE LEI, VEREADOR ZANDER FÁBIO, PARA GOIÂNIA. 
Em Goiânia também visando sanar problemas de saúde pública que os animais podem 
causar, o Plenário da Câmara Municipal aprovou, um projeto de Lei, de autoria do 
vereador Zander Fábio (Patriota), que instituiu uma Unidade Ambiental de Saúde e 
Bem Estar Animal em Goiânia. O hospital público veterinário deve atender animais 
domésticos, nativos ou exóticos de todos os tamanhos, que estiverem abandonados 
ou que pertençam a tutores sem condições financeiras para pagar tratamentos ou 
ações preventivas, além de animais que forem encaminhados por órgãos públicos, 
ONGs ou protetores. 
19 
 
3.4.3 PROJETO ARQUITETONICO DO HOSPITAL VETERINÁRIO CONSTITUCION 
NA ESPANHA – ARQUITETOS DOBLEESE SPACE & BRANDING 
Na Espanha os arquitetos do grupo Dobleese Space & Branding criaram o projeto do 
hospital veterinário Constitucion, e definiram a realização do projeto da seguinte 
forma: 
[...]Queríamos criar referências para os animais domésticos no projeto. 
Depois de tantos anos desenhando situações humanas, nos pareceu muito 
interessante a ideia de projetar pensando no bem estar de nossos mascotes 
(DOBLEESE SPACE & BRANDING,2016). 
 
3.4.4 RELATO DO ARQUITETO MARCELO GUEDES, ESPECIALISTA EM 
PROJETOS PARA PETS, ESCLARECE AS PRINCIPAIS PARTICULARIDADES QUE 
A ARQUITETURA PARA ANIMAIS DEVE ADOTAR. 
Além de referenciais que esclareçam a importância da criação de um hospital 
veterinário público, para concepção do projeto, se faz necessário utilizar referenciais 
que sirvam como embasamento para que as particularidades da tipologia sejam 
atendidas e que classificam os principais pontos que um projeto de obra pública deve 
conter. O arquiteto Marcelo Guedes, relata a arquitetura para animais da seguinte 
forma: 
“Se o arquiteto e/ou designer de interiores é responsável em planejar e 
organizar os espaços para todos viverem, nada mais justo do que dar 
especial atenção aos nossos animais que devem viver em lugares arejados 
e aconchegantes.  
Nosso principal objetivo é cuidar do conforto, planejar os espaços ideais, 
definir tipo de mobiliário, plantas adequadas, tipos de acabamentos, espaços 
para descanso, entre outros detalhes importantes. 
Nos acabamentos devemos avaliar a resistência dos materiais utilizados 
assim como a impermeabilidade, pensar na segurança como telas de 
proteção em alguns ambientes como janelas, varandas ou sacadas e 
proporcionar que os animais possam viver confortavelmente nos seus 
espaços. Esses espaços devem estar integrados e ter harmonia com o projeto 
de arquitetura. 
Certos tipos de mobiliário podem servir de descanso e evite trocar os espaços 
de lugar, pois, os animais preferem se acostumar nesses lugares e criam uma 
certa afinidade com o tempo. Para o piso sempre oriento pensar na 
praticidade dos pisos laváveis para evitar arranhões ou a acidez do xixi, pois, 
mesmo os mais treinados algumas vezes podem demonstrar um deslize e 
isso compromete a limpeza. Pisos decerâmica ou porcelanatos são mais 
indicados que pisos de madeira, portanto, entre os modelos existentes o 
mercado oferece os tipos lisos, amadeirados ou aqueles que imitam concreto. 
https://www.archdaily.com.br/br/office/dobleese-space-branding?ad_name=project-specs&ad_medium=single
https://www.archdaily.com.br/br/office/dobleese-space-branding?ad_name=project-specs&ad_medium=single
20 
 
Se não puder substituir o piso evite deixar esse espaço para uso do seu 
bichinho, só uma dica.   
Nas paredes indico as tintas acrílicas laváveis que facilitam a limpeza e 
de preferência use cores escuras pois disfarça os danos. Se tiver papel de 
parede nos ambientes fique atento às bordas, e prefira tipos de vinil que 
podem ser limpos com um pano úmido.  
Quanto aos móveis, sugiro sempre peças fechadas que evitem que os 
bichinhos fiquem escondidos ou procure treinar os animais. Fique atento em 
móveis abertos, pois, aquele cantinho pode ser bem convidativo aos seu 
animal, por isso, não facilite e aumente o grau de dificuldade com peças altas, 
principalmente aos gatos que adoram escalar e se esconder.  
Em poltronas ou cadeiras prefira peças com fibras sintéticas às naturais de 
linho ou algodão e sempre impermeabilize peças com tecido a fim de proteger 
seus moveis e tenha preferência nas tramas fechadas para evitar danificar. 
Quanto às cortinas, prefira persianas em rolo e fuja das cortinas de tecido, 
esse é o preço de se ter um gato por exemplo. 
E, finalmente, tome muito cuidado com certos tipos de plantas em casa, se 
tiver seu bichinho saiba escolher corretamente qual planta utilizar e não ter 
imprevistos como intoxicação. 
E já que estamos falando da área interna de nossa casa, os lugares dos 
bichinhos devem ser acomodados em cantos bem confortáveis, sempre 
limpos e arejados. Nossos animais de estimação são integrantes da família e 
por isso devem ser tratados com maior carinho.  
Lembre se que o animal precisa se sentir integrante da casa. Em 
apartamentos evite deixar seu animal isolado em áreas fechadas, e acima de 
tudo procure fazer exercícios frequentemente, valorize o cuidado nos pet 
shops e sempre o trate com muito amor, afinal quem não gosta de carinho e 
atenção né?” (GUEDES,2020) 
 
3.5 LEIS, NORMAS E DIRETRIZES 
Para concepção do projeto, foram analisadas algumas leis, normas e diretrizes tanto 
da cidade de Vitória, quanto da área da saúde e do Conselho Federal de Medicina 
Veterinária. As mesmas, serão citadas e descritas a seguir. 
3.5.1 RESOLUÇÃO Nº 1015 DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA 
VETERINÁRIA 
Esta resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária, datada em 09 de 
dezembro de 2012 tem como função principal, conceituar e estabelecer as condições 
para funcionamento de estabelecimentos médicos veterinários, além de suas devidas 
providências e materiais necessários. 
21 
 
No artigo 5º, o conselho determina funcionamento de hospitais veterinários da 
seguinte forma: 
Art. 5o São condições para funcionamento de hospitais veterinários: 
I - setor de atendimento: 
a) sala de recepção; 
b) consultório; 
c) geladeira, com termômetro de máxima e mínima para manutenção 
exclusiva de vacinas, antígenos e outros produtos biológicos; e 
d) sala de arquivo médico, que pode ser substituída por sistemas de 
informática; 
II – para o caso de o estabelecimento optar pelo atendimento cirúrgico, setor 
cirúrgico: 
a) sala para preparo e recuperação de pacientes, contendo: 
 
1. sistemas de aquecimento (colchões térmicos e/ou aquecedores); 
2. sistemas de provisão de oxigênio e ventilação mecânica; 
3. armário de fácil acesso com chave para guarda de medicamentos 
controlados e armário para descartáveis necessários a seu funcionamento; e 
4. no caso dos medicamentos sujeitos a controle, será obrigatória a sua 
escrituração em livros apropriados, de guarda do médico veterinário 
responsável técnico, devidamente registrados nos órgãos competentes. 
b) sala de antissepsia e paramentação com pia e dispositivo dispensador de 
detergente sem acionamento manual; 
c) sala de lavagem e esterilização de materiais, contendo equipamentos para 
lavagem, secagem e esterilização de materiais. 
d) a sala de lavagem e esterilização de materiais pode ser suprimida quando 
o estabelecimento utilizar a terceirização destes serviços, comprovada pela 
apresentação de contrato/convênio com a empresa executora; 
e) sala cirúrgica: 
1. mesa cirúrgica impermeável e de fácil higienização; 
2. equipamentos para anestesia inalatória, com ventiladores mecânicos; 
3. equipamentos para monitorização anestésica com no mínimo temperatura 
corporal, oximetria, pressão arterial não-invasiva e eletrocardiograma; 
4. sistema de iluminação emergencial própria; 
5. foco cirúrgico; 
6. instrumental para cirurgia em qualidade e quantidade adequadas à rotina; 
7. aspirador cirúrgico; 
8. mesa auxiliar; 
9. paredes impermeabilizadas de fácil higienização, observada a legislação 
sanitária pertinente; 
10. sistema de provisão de oxigênio; 
11. equipamento básico para intubação endotraqueal, compreendendo no 
mínimo tubos traqueais e laringoscópio; 
12. sistema de aquecimento (colchão térmico); 
 
22 
 
III - para o caso de o estabelecimento optar pela internação, setor de 
internação, devendo dispor de: 
a) mesa e pia de higienização; 
b) baias, boxes ou outras acomodações individuais e de isolamento 
compatíveis com os animais a elas destinadas, de fácil higienização, 
obedecidas as normas sanitárias municipais e/ou estaduais; 
c) local de isolamento para doenças infectocontagiosas, no caso de 
internação; 
d) armário para guarda de medicamentos e descartáveis necessários a seu 
funcionamento; 
e) no caso dos medicamentos sujeitos a controle, será obrigatória a sua 
escrituração em livros apropriados, de guarda do médico veterinário 
responsável técnico, devidamente registrados nos órgãos competentes. 
IV - setor de sustentação: 
a) lavanderia; 
b) depósito/almoxarifado; 
c) instalações para descanso, preparo de alimentos e alimentação do médico 
veterinário e funcionários, quando houver funcionamento 24 horas; 
d) sanitários/vestiários compatíveis com o número de funcionários; 
e) setor de estocagem de medicamentos e fármacos; 
f) unidade de conservação de animais mortos e restos de tecidos; 
Parágrafo único. A clínica deverá manter contrato/convênio com empresa devidamente credenciada 
para recolhimento de cadáveres e resíduos hospitalares. (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA 
VETERINÁRIA,2012). 
 
 
3.5.2 RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA (RDC Nº 50) 
Esta resolução é um regulamento técnico elaborado pela Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA) fevereiro de 2002, no qual cita sobre planejamentos, 
programação, elaboração e avaliação de projetos de estabelecimentos relacionados 
à saúde, onde podem ser utilizadas também para estabelecimentos veterinários. 
Todos os estabelecimentos de saúde, devem estar de acordo com esta resolução, 
estando ligados as normas federais, estaduais e municipais, visando o projeto atender 
todos os aspectos, leis, normas e legislações relacionadas ao proposto tema. 
Para elaboração de projetos físicos e sua organização, esta resolução nos traz 
inúmeros aspectos sobre o tema, descrevendo todos os ambientes que devem existir 
em um projeto da área de saúde. Esta RDC considera que a localização da edificação 
no terreno deve seguir as exigências do código de obras local, porém, determina como 
regra básica, que nenhuma janela de ambientes de uso prolongado poderá possuir 
23 
 
afastamento menor que três metros em relação à qualquer edificação e nos demais 
ambientes os afastamentos não devem ser menores que 1,5 m exceto de banheiros, 
vestiários e depósitos de materiais de limpeza. (RESOLUÇÃO DE DIRETORIA 
COLEGIADA, nº 50,2002). 
 
3.5.3 CONSELHO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR (CNEN) 
Este, traz as determinações para a realização de práticas nucleares, onde qualquer 
ação que envolva fontesassociadas a práticas nucleares só pode ser executada com 
o controle regulatório do conselho. O conselho só autoriza a realização da prática 
nuclear, se está de alguma forma beneficiar a sociedade. O ambiente a ser realizado 
a atividade nuclear deve ser bem sinalizado com informações e instruções apropriadas 
e os funcionários responsáveis pelo raio-x devem utilizar um avental de chumbo 
durante o uso do equipamento no exame do animal. (CONSELHO NACIONAL DE 
ENERGIA NUCLEAR, 2010). 
 
3.5.4 DECRETO Nº 40.400 DE 24 DE OUTUBRO DE 1995 – SÃO PAULO 
Este traz orientações para pré-dimensionamento e materiais a serem utilizados em 
alguns setores do hospital veterinário. Funciona como um complemento à resolução 
nº 1015 do Conselho Federal de Medicina Veterinária, seguindo as mesmas condições 
de funcionamento de hospitais veterinários, da resolução. 
De acordo com o Capítulo II, artigo 6°, a respeito de dependências, instalações, 
recintos e partes dos estabelecimentos veterinários: 
‘’ I - sala de recepção e espera: destina-se à permanência dos animais que 
aguardam atendimento; deve ter acesso diretamente do exterior; sua área 
mínima deve ser 10,00m2 sendo a menor dimensão no plano horizontal não 
inferior a 2,50m; o piso dever ser liso, impermeável e resistente a pisoteio e 
desinfetantes; as paredes devem ser impermeabilizadas até altura de 2,00m; 
II - sala de consultas: destina-se ao exame clínico dos animais; deve ter 
acesso direto da sala de espera; sua área mínima deve ser 6,00m2, sendo a 
menor dimensão no plano horizontal não inferior a 2,00m; o piso deve ser liso, 
impermeável e resistente a pisoteio e desinfetantes; as paredes devem ser 
impermeabilizadas at a altura de 2,00m; 
III - sala de curativos: destina-se à prática de curativos, aplicações e outro 
procedimentos ambulatoriais; obedece às especificações para a sala de 
consultas; 
IV - sala de cirurgia: destina-se à prática de cirurgias em animais; a sua área 
deve ser compatível com o tamanho da espécie a que se destina, nunca 
inferior a 10,00m2, sendo a menor dimensão no plano horizontal nunca 
inferior a 2,00m; o piso deve ser liso, impermeável e resistente a pisoteio e 
24 
 
desinfetantes; suas paredes devem ser impermeabilizadas até a altura de 
2,00m; o forro dever ser de material que permita constante assepsia; não 
deve haver cantos retos nos limites parede-piso e parede-parede; as janelas 
devem ser providas de telas que impeçam a passagem de insetos; seu 
acesso deve ser através de antecâmara; 
V - antecâmara: compartimento de passagem; sua área mínima deve ser 
4,00m2, sendo a menor dimensão no plano horizontal nunca inferior a 2,00m; 
o piso deve ser liso e impermeável; as paredes devem ser impermeabilizadas 
até a altura de 2,00m; conterá pia para lavagem e desinfecção das mãos e 
braços dos cirurgiões; poderá conter armários; 
VI - sala de esterilização: destina-se à esterilização dos materiais utilizados 
nas cirurgias, nos ambulatórios e nos laboratórios; seu piso deve ser liso e 
impermeável, resistente a desinfetantes; as paredes devem ser 
impermeabilizadas até o teto; sua área mínima de 6,00m2 sendo menor 
dimensão no plano horizontal nunca inferior a 2,00m; deve ser provida de 
equipamento para esterilização seca e úmida; 
VII - sala de coleta: destina-se à coleta de material para análise laboratorial 
médico veterinário; sua área mínima deve ser 4,00m2, sendo a menor 
dimensão no plano horizontal nunca inferior a 2,00m; o piso e as paredes 
devem ser impermeabilizados; 
VIII - sala para abrigo de animais: destina-se ao alojamento de animais 
internados; nela se localizam as instalações e compartimentos de internação; 
seu acesso deve ser afastado das dependências destinadas a cirurgia e 
laboratórios; o piso deve ser liso e impermeabilizado, 
resistente ao pisoteio e desinfetantes; as paredes devem ser 
impermeabilizadas até a altura de 2,00m; deve ser provida de instalações 
necessárias ao conforto e segurança dos animais e propiciar ao pessoal que 
nela trabalha condições adequadas de higiene e segurança ao desempenho; 
suas dimensões devem ser compatíveis com o tamanho das espécies a que 
se destina; deve ser provida de dispositivos que evitem a propagação de 
ruídos incômodos e exalação de odores; deve ser provida de água corrente 
suficiente para a higienização ambiental; o escoamento das águas servidas 
deve ser ligado à rede de esgoto, ou, na inexistência desta, ser ligado à fossa 
séptica com poço absorvente; as portas e as janelas devem ser providas de 
tela para evitar a entrada de insetos; 
IX - sala de radiografias: deve ter dimensão compatível com o tamanho da 
espécie a que se destina; suas especificações de proteção ambiental e 
individual devem obedecer à legislação vigente para radiações; 
XIII - canil: o compartimento destinado ao abrigo de cães; deve ser individual, 
construído em alvenaria, com área compatível com o tamanho dos animais 
que abriga e nunca inferior a 1,00m2; as paredes devem ser lisas, 
impermeabilizadas de altura nunca inferior a 1,5m; o escoamento das águas 
servidas não poderá comunicar-se diretamente com outro canil; em 
estabelecimentos destinados ao tratamento de saúde pode ser adotado o 
canil de metal inoxidável ou com pintura antiferruginosa, com piso removível; 
em estabelecimentos destinados ao adestramento e/ou pensão pode ser 
adotado o canil tipo solário, com área mínima de 2,00m2, sendo o solário 
totalmente cercado por tela de arame resistente, inclusive por cima; 
XIV - gaiola: a instalação destinada ao abrigo de aves, gatos e outros animais 
de pequeno porte; deve ser construída em metal inoxidável ou com pintura 
antiferruginosa; não pode ser superposta a outra gaiola nem o escoamento 
das águas servidas pode comunicar-se diretamente com outra gaiola.’’ (SÃO 
PAULO, decreto nº 40.400, 1995). 
 
 
25 
 
 
3.5.5 AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE (ANVISA) 
A ANVISA é o órgão que regulamenta as condições de saúde pública, em todo país, 
a mesma é capaz de ditar regras e normas para a saúde. Segundo o Departamento 
de Fisiologia e Farmacologia da UFF, a ANVISA foi criada no governo Fernando 
Henrique Cardoso pela lei no 9.782, de 26 de Janeiro de 1999. Tendo como missão 
proteger e promover a saúde da população garantindo a segurança sanitária de 
produtos e serviços e participando da construção de seu acesso. Em relação à área 
de saúde e sanitária, temos as seguintes leis: 
“Lei 6.360, de 23 de setembro de 1976 – Dispõe sobre a vigilância sanitária a que 
estão sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, 
cosméticos e saneantes e outros produtos, e dá outras providências.” (BRASIL,1976) 
“Lei no 6437, de 20 de agosto de 1977 – Configura infrações à legislação sanitária 
federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências.” (BRASIL,1977) 
 
“Decreto no 79.094, de 05 de janeiro de 1977 – Regulamenta a Lei no 6.360/76 que 
submete a sistema de vigilância sanitária os medicamentos, as drogas, os insumos 
farmacêutico e correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros.” 
(BRASIL, 1977) 
 
“Lei no 9.782, de 26 de janeiro de 1999 – Define o Sistema Nacional de Vigilância 
Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá outras providências.” 
(BRASIL, 1999) 
 
3.5.6 NORMAS AUXILIARES DA ABNT 
Para realização de um projeto arquitetônico adequá-lo as normas da ABNT são de 
extrema importância e o projetista deve atentar-se as seguintes normas. 
NBR 6492 – Representação de projeto de arquitetura; 
NBR 5261 – Símbolos gráficos de eletricidade; 
NBR 7191 – Execução de desenhos para obras de concreto simples ou armado; 
26 
 
NBR 14611 – Desenho Técnico – Representação simplificada em estruturas 
metálicas; 
NBR 9077 – Proteção contra incêndios. 
NBR 13532 – Elaboração de projetos de edificações – arquitetura; 
NBR 9050 – Acessibilidade; 
NBR 7808 – Símbolos gráficos para projetos de estruturas; 
 
3.5.7 PLANO DIRETORMUNICIPAL 
O município de Vitória/ES teve aprovado no ano de 2001 e revisado no ano de 2018, 
o seu plano diretor municipal, instrumento básico de política urbana e expansão 
urbana, ele orienta a ocupação do solo urbano, levando em consideração interesses 
coletivos, como a preservação da natureza e da história da cidade, e outros interesses 
particulares, como a opinião dos moradores do município. O mesmo foi consultado 
para que o projeto atendesse ao predisposto e desta forma, seja considerado um 
projeto legal e executável. 
 
4 METODOLOGIA DE PROJETO. 
Para desenvolvimento do anteprojeto, foi utilizado o método de projeto de Laert Neves 
(1989), Neves (1989) adota o partido como ideia preliminar do edifício projetado, 
enfatizando o modo de como pensar o projeto, separando-o em três etapas: coleta e 
análise das informações básicas; procedimentos para adoção do partido; e o projeto 
arquitetônico. Em seu livro Neves aborda apenas as duas primeiras etapas. Na 
primeira, são coletados os dados necessários para adoção do partido. 
Na segunda etapa, para adoção do partido, busca-se passar para o papel as ideias 
preliminares de projeto. Finalizando a adoção do partido, o ajuste tridimensional 
sincroniza as ideias realizadas nos planos horizontal e vertical, podendo produzir 
novas ideias e/ou induzir modificações nas decisões já adotadas. Essa etapa finaliza 
o processo conceptivo, precedendo a etapa de projeto, na qual se desenvolve a ideia 
expressa no partido a partir do desenvolvimento do projeto. 
 
 
27 
 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PESQUISA 
Neste capítulo são apresentados os resultados dos estudos de referência realizados, 
a partir da análise de edificações com uso semelhante ao proposto, a fim de observar 
aspectos formais e funcionais que auxiliem na elaboração do anteprojeto. 
5.1 PESQUISAS DIRETAS 
Através das pesquisas diretas buscou-se obter, com a visita in loco, informações 
relacionadas ao edifício e seu entorno, além de aspectos funcionais e construtivos. 
A avaliação levou em consideração os aspectos de localização, relações com a 
vizinhança, aspecto formal e principais fluxos. Já a avaliação dos espaços, visou 
observar, em cada espaço visitado, aspectos como quantidade de usuários, atividades 
realizadas, relações com demais ambientes, mobiliários, equipamentos, materiais, 
acabamentos, temperatura e iluminação. As informações relevantes obtidas nas 
visitas estão descritas abaixo. 
 
5.1.1 SOS VETERINÁRIA 
O hospital SOS veterinária situado na Avenida Hugo Musso, no bairro Praia Da Costa, 
Vila Velha-ES (FIGURA1), tem como proprietários um casal de médicos veterinário. 
Figura 1 – Localização do Hospital SOS 
 
 Fonte: Google Earth, Adaptado pelo autor 2020. 
 
28 
 
Possuí em seu entorno vários edifícios de uso misto, onde o pavimento térreo é 
composto por lojas comerciais e os demais possuem uso residencial. A escolha deste 
estabelecimento, se deu pelo fato do mesmo ser considerado um dos melhores 
hospitais veterinários do estado e por oferecer estrutura atualizada, apesar de não ser 
um hospital tão amplo, no ponto de vista arquitetônico (FIGURA2). 
 
Figura 2 – Fachada do Hospital SOS 
 
 Fonte: Google, 2020. 
 
Na pesquisa foram levantados os ambientes do hospital, bem como os móveis 
existentes no mesmo e seus respectivos usuários. Para que as informações ficassem 
organizadas, foi elaborado o quadro abaixo: 
 
Quadro 1 – Relação ambientes x usuários x móveis do Hospital SOS. 
AMBIENTE MÓVEIS USUÁRIOS 
Recepção. 
1 unidades. 
Balcão de atendimento; 
cadeiras de espera, 
espaço para água/café. 
Prever armários para 
arquivo junto à 
recepção. 
Tutores, Funcionários, 
Prestadores de serviços 
e animais. 
29 
 
Consultórios. 
3 unidades 
Mesa de trabalho e 
atendimento, mesa de 
procedimentos, 
armários e lavatório, 
Geladeira. 
Tutores, Funcionários e 
animais. 
Internação 
1 unidades 
Cabines com 
capacidade para 15 
animais. Deve ter uma 
pia e área para banho 
dos animais. 
Animais e Funcionários. 
Centro Cirúrgico 
1 unidades. 
Mesa de cirurgia, mesa 
de monitoramento, 
carrinhos de apoio, luz 
cirúrgica, armários e 
negatoscópio. 
Animais e funcionários. 
Banheiros 
1 unidades 
Cabines para sanitário e 
banho, pia e armários. 
Funcionários. 
Banheiros 
1 unidades 
Sanitário e lavatório, 
com barras e demais 
adequações à NBR 
9050. 
Clientes e Prestadores 
de Serviços. 
Vestiário 
1 unidades 
Cabine para troca e 
guarda volumes. 
Funcionários. 
Banheiro. 
1 unidades 
Sanitário e lavatório, 
com barras e demais 
adequações à NBR 
9050. 
Clientes e Prestadores 
de Serviços. 
Dormitório Descanso para três 
funcionários, com três 
Funcionários. 
30 
 
1 unidade. camas de solteiro e 
armários. 
Refeitório. 
1 unidade. 
Mesa para refeições, 
Geladeira e micro-
ondas. 
Funcionários e 
Prestadores de 
Serviços. 
Almoxarifado. 
1 unidade. 
Estantes para guarda de 
produtos, geladeira para 
medicamentos 
termolábeis. 
Funcionários. 
Lavanderia. 
1 unidade. 
Armário para guardar 
produtos. 
Funcionários. 
Sala de esterilização. 
1 unidade 
Bancadas com pia e 
armários. Necessita de 
espaço para autoclave. 
Funcionários. 
Estacionamento. 
1 unidade 
5 vagas. 
 Tutores, Funcionários, 
Prestadores de serviços 
e animais. 
Necrotério. 
1 unidade. 
 
Bancadas com pia, 
refrigerador, e armário. 
Funcionários. 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
 
O hospital conta com recepção moderna com dimensões apropriadas para o seu 
funcionamento (FIGURA 3). 
 
31 
 
Figura 3 – Recepção SOS. 
 
 Fonte: Arquivo próprio, 2020. 
 
O centro cirúrgico não é muito amplo, porém segundo os funcionários, o mesmo 
possui dimensões suficientes para que as cirurgias sejam executadas 
tranquilamente(FIGURA4). 
 
Figura 4 – Centro Cirúrgico SOS. 
 
 Fonte: Arquivo próprio, 2020. 
 
O consultório se assemelha muito com o de humanos, tendo como maior diferença a 
maca onde deita-se o paciente, por motivos óbvios as mesas existentes nos 
32 
 
consultórios do hospital são pequenas e chumbadas na parede, ocupando menos 
espaço e facilitando os atendimentos (FIGURAS 5 E 6). 
 
Figura 5 – Consultório SOS. 
 
 Fonte: Arquivo próprio, 2020. 
 
 
Figura 6 – Consultório SOS. 
 
 Fonte: Arquivo próprio, 2020. 
 
A internação do hospital possui capacidade para quinze pacientes, os mesmos ficam 
presos a baias com dimensões variadas, portas de vidro com furos que facilitam que 
animal esteja visível a todo instante (FIGURAS 7 E 8). 
33 
 
 
Figura 7 – Baia de internação SOS. 
 
 Fonte: Arquivo próprio, 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Figura 8 – Baia de internação SOS. 
 
 Fonte: Arquivo próprio, 2020. 
 
Para perfeita compreensão de fluxos e interações entre os ambientes, foi elaborado 
o funcionograma a seguir: 
Figura 9 – Funcionograma SOS. 
 
Fonte: Arquivo próprio, 2020 
35 
 
5.1.2 ONG PATINHAS CARENTES 
Visando entender os hábitos dos animais e o funcionamento de canil e gatil, foi 
realizada uma pesquisa in loco na ONG Patinhas Carentes. A ONG localizada na rua 
Juiz Alexandre Martins de Castro Filho, no bairro Santa Luíza, Vitória-ES (FIGURA10), 
foi formada no ano de 2008, quando universitárias começaram a se engajar na causa 
animal. 
Figura 10 – Localização da ONG. 
 
 Fonte: Google Earth, Adaptado pelo autor 2020. 
 
O projeto teve início com ajuda e intermédio a outros grupos de proteção animal e 
surgindo a necessidade de atender aos animais que se encontravam em situação de 
risco nas ruas, fez-se necessário a criação da sede para abrigar esses animais. 
Atualmente o Patinhas Carentes abriga 50 cães e 75 gatos. A ONG, ao retirar os 
animais dasruas, arca com todas as despesas hospitalares desses animais, pois os 
mesmos na maioria das vezes precisam de cuidados médicos para posteriormente 
serem abrigados. Com a inexistência de um hospital veterinário público o trabalho da 
ONG fica muito dificultado. Segundo a veterinária e idealizadora da ONG, cujo a 
mesma não quis ter o nome mencionado, cada animal gera em média um gasto de 
500,00R$ (quinhentos reais) com procedimentos médicos, esses valores são pagos 
através de doações, porém nem sempre as doações conseguem suprir os gastos, 
tendo então que sair do bolso dos idealizadores. 
Conforme já mencionado o abrigo possui capacidade para 50 cães e 75 gatos que 
ficam abrigados em baias (FIGURA11) 
36 
 
Figura 11 – Abrigo da ONG. 
 
 Fonte: Arquivo próprio, 2020. 
 
As baias da ONG possuem 1,2 metros de largura, 2 metros de comprimento e 1,8 
metros de altura. Essa será a dimensão de baia utilizada no canil do hospital. 
 
5.2 PESQUISA INDIRETA 
5.2.1 MEMPHIS VETERINARY SPECIALISTS 
Localizado em uma área industrial no subúrbio de Cordova, Tennessee, nos Estados 
Unidos, o Memphis Veterinary Specialists (FIGURA12) foi concluído em 2011, com 
projeto elaborado pelo escritório americano Archimania. Anteriormente, o hospital 
funcionava em um shopping center, no entanto passou a precisar de um edifício 
independente para ampliar suas atividades, contando agora com 17.022,62 m² de 
área. 
 
37 
 
Figura 12 – Fachada do Hospital Memphis
 
 Fonte: Archidayli, 2020. 
 
Este hospital não oferece serviços veterinários gerais, ofertando apenas atendimentos 
especializados nas áreas de odontologia, dermatologia, oncologia e oftalmologia. 
O cliente, buscava um espaço eficiente de trabalho, além de orçamento baixo, 
forneceu plantas e desenhos, elaborados pelo cirurgião chefe, que foram utilizados 
como critério de avaliação dos desenhos preliminares do arquiteto. A edificação está 
situada em um terreno de formato irregular (FIGURA13), no qual sua porção noroeste 
é fronteiriça com um riacho, cuja margem é marcada por uma linha de massa arbórea. 
A partir da conciliação entre as restrições do terreno e o programa de necessidades, 
surgiu a forma do edifício, marcada por suas linhas retas, e a planta em formato 
triangular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
Figura 13 - Implantação do Memphis 
 
 Fonte: Archidayli, 2020. 
 
À vista disso, foi dada atenção à maneira na qual os ambientes internos possibilitem 
a visibilidade do riacho, e a como um espaço poderia ser criado entre a edificação e a 
linha de árvores. Ambientes de uso cirúrgico, de procedimentos especiais e suporte 
foram locados na parte central do edifício, enquanto espaços como áreas de apoio ao 
diagnóstico e emergência circundam o corpo central (FIGURAS14 E 15). 
 
Figura 14 - Planta baixa primeiro pavimento do Memphis 
 
 Fonte: Archidayli, 2020. 
 
 
39 
 
 
 
Figura 15 - Planta baixa segundo pavimento do Memphis 
 
 
 Fonte: Archidayli, 2020. 
 
A entrada, marcada por um balanço de forma triangular (FIGURA11), foi orientada 
para o norte, em direção à rua no qual se encontra o acesso principal e buscando 
obter um melhor aproveitamento da iluminação zenital. A preocupação com a 
utilização da luz natural evidencia-se a partir do uso de janelas altas, dispostas de 
maneira que formam volumes adicionados ao topo do edifício, orientadas também ao 
norte. 
O pavimento inferior do edifício forma uma base de concreto, com panos de vidro 
utilizados na parte que marca a entrada principal. Já no pavimento superior, utilizou-
se aço corten corrugado, com “costuras” verticais, para acentuar o volume da 
platibanda e do pavimento. Os equipamentos e os volumes criados para 
aproveitamento da iluminação natural, localizados na cobertura do edifício, também 
foram revestidos pelos painéis de aço, criando um aspecto monolítico na parte 
superior (FIGURA 16). 
 
 
 
 
40 
 
 
 
Figura 16 - Recepção do Memphis 
 
 Fonte: Archidayli, 2020. 
 
As pesquisas realizadas trouxeram compreensão do funcionamento de edifícios 
destinados a saúde animal. Através da crítica feita sobre os objetos de pesquisa 
tornou-se possível criar o programa de necessidades para a proposta do hospital 
veterinário público de Vitória. De maneira geral, todos os ambientes pesquisados 
atendem de maneira eficiente as necessidades, porém alguns pontos negativos foram 
identificados, como, espaços pequenos para algumas atividades, problemas 
relacionados ao fluxo interno de pessoas, dentre outros. A percepção destes 
problemas foi muito útil para que a proposta seja realizada, já prevendo não 
apresentar os mesmos pontos negativos. 
 
5.3 PROPOSTA 
5.3.1 CONDICIONANTES 
Abaixo serão descrevidos as condicionantes para criação da proposta, como, local 
escolhido, terreno e sua qualificação perante o PDM. Tabelas e imagens foram 
inseridas visando organizar as informações. 
 
41 
 
 
5.3.2 LOCAL 
O local escolhido para implantação do hospital é a Avenida Vitória, uma das mais 
importantes da cidade, tem comércio intenso, liga a cidade aos dois extremos e tem 
ótima localização geográfica. 
Quadro 2 – Dados demográficos Vitória-ES. 
Denominação dos habitantes Capixaba 
População 327.801 habitantes (IBGE/2010) 
 
Área 93,38 km² 
Limites Cariacica, Vila Velha e Serra. 
Altitude 3 metros 
Ponto mais elevado Parque da Fonte Grande 304m 
Latitude (S) 20°19’15’’ 
Longitude (WGr) 40°20’10’’ 
Clima Tropical Úmido 
Região Sudeste do país 
Fuso Horário UTC 3 
Principais atividades econômicas O setor de serviços é a principal 
atividade econômica da cidade. Vitória, 
capital capixaba, abriga os portos de 
Tubarão e Vitória, sendo esse último um 
dos mais movimentados do Brasil. 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
 
 
 
https://www.google.com/search?sxsrf=ALeKk00ixdibLv9mkb4TnA0rsj_vnBadcQ:1604426856872&q=vit%C3%B3ria+%C3%A1rea&stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LUz9U3MKpMKTDWkspOttLPyU9OLMnMz4MzrBKLUhMXsfKVZZYc3lyUmahweCFQAAAVI6tNOgAAAA&sa=X&ved=2ahUKEwjSofzm--bsAhU0GbkGHZxNDNIQ6BMoADAEegQIBhAC
42 
 
5.3.3 TERRENO 
O Terreno proposto para o projeto (FIGURA17), localiza-se no bairro De Lourdes, 
numa quadra envolta por três vias: Rua Professor Arnol Cabral, Rua Gilberto Paixão 
e a Avenida Vitória, uma área de 1876,99m² e plano conforme estudo da área e 
configura-se basicamente em formato trapezoidal. Ao seu entorno há residências, 
comércios, Oficinas mecânicas, e tem testada para a Avenida Vitória. 
 
Figura 17 – Localização do lote. 
 
 Fonte: Google Earth, Adaptado pelo autor 2020. 
 
 
A princípio não foi fácil encontrar um terreno que se encaixasse na proposta e devido 
à dificuldade de encontrar um terreno no centro, a escolha deste se deu porque o 
mesmo localiza-se próximo à pontos de referência na cidade, como a faculdade 
Faesa, o Instituto Federal do ES, além do fato principal que é ter testada para a 
principal avenida da cidade. Por ser um local com três vias existentes, tem-se 
facilidade para acessar ao terreno, este fator possibilita uma divisão de fluxos entre 
pessoas e serviços. 
 
5.3.4 QUALIFICAÇÃO DO LOTE PARA IMPLANTAÇÃO DO HOSPITAL 
Seguem abaixo, as informações retiradas no PDM, que qualificam o lote escolhido 
para implantação do hospital. 
43 
 
Conforme consulta prévia ao mapa de zoneamento do município constatou-se que o 
terreno situa-se na ZAR1(Zona artérial1). 
O PDM indica quais os usos e atividades permitidos ou não permitidos por zona e 
conforme a tabela abaixo, as atividades do classificadas em G1, G2 e G3 são 
permitidas no lote escolhido (FIGURA 18) 
 
 
Figura 18 – Grupo de atividades permitidas por zona. 
 
 
 Fonte: Plano Diretor Municipalde Vitória-ES, Adaptado pelo autor 2020. 
Nesta outra tabela, temos relacionadas as atividades permitidas em cada grupo, o que 
caracteriza o lote escolhido como apropriado para implantação de edifício para 
atividades veterinária (FIGURA19). 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
Figura 19 – Atividades de cada grupo 
 
 
 Fonte: Plano Diretor Municipal de Vitória-ES, Adaptado pelo autor 2020. 
 
5.3.5 PESQUISA IN LOCO - LOTE 
Para entender melhor o funcionamento e possibilidades do terreno, foi realizada uma 
pesquisa in loco, onde foi observado, que o lote conta com serviços de infraestrutura, 
como iluminação e energia, água e esgoto, além de pavimentação asfáltica. Seu 
entorno há residências, comércios, oficinas mecânicas, além de ficar próximo à locais 
45 
 
de referência da cidade, já citados. As construções ao redor são de no máximo dois 
pavimentos. 
Um estudo solar foi realizado(FIGURA20) e neste foi constatado que os ventos 
predominantes estão à nordeste, sendo os lados norte e noroeste, os de maiores 
incidência solar. 
Figura 20 - Estudo Solar 
 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
5.3.6 PARTIDO ARQUITETÔNICO 
Segundo NEVES,2012, o partido Arquitetônico, é compreendido como a ideia 
preliminar do projeto. Ele cita que o partido pode ser concebido a partir de duas etapas. 
Uma, do conjunto de informações indispensáveis pelo projetista para idealizar o 
partido, e, a outra, dos procedimentos necessários à adoção. 
Para a idealização do partido arquitetônico foram utilizadas as definições de Neves, 
onde, primeiro foram obtidas todas as informações necessárias, e posteriormente 
adotados procedimentos para melhor concepção do partido. 
Através do levantamento feito nas pesquisas, obteve-se o programa de 
necessidades/arquitetônico do hospital veterinário SOS e através de uma entrevista 
com os proprietários, tornou-se possível compreender quais espaços poderiam ser 
incluídos para melhorar o funcionamento do hospital. Além desta entrevista, sendo o 
profissional arquiteto mais qualificado para relacionar os espaços, com os usuários e 
suas necessidades que um veterinário, evidenciou-se através de um olhar mais 
técnico pontos que deveriam ser melhorados, incluídos ou retirados para que a 
46 
 
proposta possa suprir todas as necessidades que um hospital veterinário público 
possuí. 
Diante do citado, foi criado o programa de necessidades abaixo, no qual relaciona 
todos os ambientes necessários para o perfeito funcionamento do hospital, com suas 
respectivas funções e usuários. 
 
Quadro 3 – Programa de necessidades x ambientes x usuários. 
NECESSIDADE AMBIENTE USUÁRIOS 
Espera, cadastros, 
agendamentos e 
informações. 
Recepção. 
2 unidades. 
Tutores, Funcionários, 
Prestadores de serviços 
e animais. 
Atendimento e triagem 
dos pacientes. 
Consultórios. 
6 unidades 
Tutores, Funcionários e 
animais. 
Cuidados intensivos 
visando a recuperação 
dos pacientes. 
Internação 
2 unidades 
Animais e Funcionários. 
Espaço para realização 
de cirurgias de 
pequenas e grandes 
complexidades. 
Centro Cirúrgico 
3 unidades. 
Animais e funcionários. 
Cuidados intensivos 
para recuperação de 
doenças 
infectocontagiosas. 
Internação. 
1 unidades. 
Animais e funcionários. 
Necessidades 
fisiológicas 
Banheiros 
4 unidades 
Funcionários. 
Necessidades 
fisiológicas 
Banheiros Clientes e Prestadores 
de Serviços. 
47 
 
2 unidades 
Espaço para troca de 
roupa. 
Vestiário 
2 unidades 
Funcionários. 
Necessidades 
fisiológicas -PCD 
Banheiro. 
2 unidades 
Clientes e Prestadores 
de Serviços. 
Repouso e dormida Dormitório 
1 unidade. 
Funcionários. 
Alimentação dos 
funcionários. 
Refeitório. 
1 unidade. 
Funcionários e 
Prestadores de 
Serviços. 
Guarda de materiais 
médicos hospitalares e 
medicamentos, bem 
como demais utensílios. 
Almoxarifado. 
1 unidade. 
Funcionários. 
Área para reuniões e 
palestras. 
Auditório. 
1 unidade. 
Funcionários, tutores e 
outros da área. 
Lavagem de roupas. Lavanderia. 
1 unidade. 
Funcionários. 
Limpeza de Utensílios e 
Equipamentos. 
Sala de esterilização. 
1 unidade 
Funcionários. 
Atendimento de 
emergência 
Sala 
1 unidade 
Funcionários e animais. 
48 
 
Guarda de veículos. Estacionamento. 
1 unidade 
10 vagas. 
Tutores, Funcionários, 
Prestadores de serviços 
e animais. 
Guarda de animais em 
óbito. 
Necrotério. 
1 unidade. 
 
Funcionários. 
Planejamento de 
funcionamento e 
recursos humanos. 
Administrativo. 
1 sala. 
Funcionários. 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
Após entender e relacionar os ambientes, suas funções e seus usuários, deu-se início 
ao processo de organização desses espaços. Segundo NEVES,2012, existem 
relações de maior ou menor grau de intimidade entres os ambientes do programa, 
deste modo, se faz necessário compreender as relações, pois elas condicionam as 
disposições espaciais no terreno e no edifício, facilitando deste modo a produção do 
projeto. 
Para organizar os espaços de acordo com suas relações, conforme Neves sugere, 
foram criados os funcionogramas setoriais abaixo (FIGURA 21 E 22). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
Figura 21 – Funcionograma térreo 
 
 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
Figura 22 – Funcionograma segundo pavimento 
 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
 
No funcionograma acima, procurou-se fazer com que cada ambiente ficasse próximo 
ao seu devido setor, para não haver uma distância muito grande dos mesmos, para 
isso foi utilizado de corredores. Cada espaço ficou próximo ao setor, minimizando 
contatos e risco de infecções. 
Ainda segundo NEVES,2012, a análise do funcionograma, oferece ao projetista a 
oportunidade de entender as relações e enxergar melhores alternativas para o projeto. 
O funcionograma acima, não foi diferente e possibilitou através de sua crítica 
melhorias para concepção do funcionograma abaixo. 
 
 
 
 
51 
 
Figura 23 – Novo Funcionograma térreo 
 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
Alguns ambientes foram reorganizados de modo a propor um melhor funcionamento 
do hospital. 
Através do último funcionograma produzido deu-se início à criação do projeto, porém 
para que o projeto fosse concebido dentro das normas estabelecidas no PDM, ainda, 
se fez necessário consulta à tabela abaixo, a mesma evidencia os índices de controles 
urbanísticos a serem respeitados por cada zona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
Figura 24 – Novo Funcionograma 2º pavimento 
 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
 
Figura 25 – Índices de contole urbanístico 
 
 
Fonte: Plano Diretor Municipal de Vitória-ES, Adaptado pelo autor 2020. 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
6.1 PROPOSTA FINAL 
As análises realizadas nos capítulos anteriores, foram bases idealizadoras para a 
proposta final, através das informações obtidas, tornou-se possível a criação do 
anteprojeto, conforme os desenhos técnicos abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
6.1.2 DESENHOS TÉCNICOS 
 
Figura 26 – Planta baixa primeiro pavimento 
 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
 
Figura 27 – Planta baixa segundo pavimento 
 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
55 
 
 
 
Figura 28 – Fachada principal da edificação 
 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
Figura 29 – Cortes da edificação 
 
 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
 
 
 
 
56 
 
 
O ponto chave deste projeto é o fato do mesmo ser dividido em duas partes, possuindo 
uma recepção para gatos e uma para cachorro,tendo apenas um corredor interligando 
esses dois lados. Os ambientes foram dispostos de modo que as áreas mais 
frequentadas ficassem no primeiro pavimento, tendo no segundo, em sua maioria, 
ambientes particulares, que possuem como usuários basicamente os funcionários do 
hospital. Tal organização, oferece maior segurança e compreensão espacial do 
edifício, facilitando ao usuário compreender o funcionamento. 
O pavimento térreo contará com estacionamento, quartos, que abrigará moradores de 
rua, durante o período de internação de seus animais, canil com vaga para cachorros, 
gatil com vaga para gatos, recepções distintas para cães e gatos, almoxarifado com 
sala separada para medicamentos de uso controlado, consultórios, centros cirúrgicos, 
necrotério, sala de raio-X, sala de esterilização e banheiros. O acesso ao segundo 
pavimento, se dar por duas escadas localizadas ao centro da edificação, além de dois 
elevadores também centralizados. O segundo pavimento, abriga consultórios, sala de 
reuniões, setor administrativo, refeitório, vestiários masculino e feminino, além de 
dormitórios para repouso dos funcionários. 
Quadro 4 – Quadro de áreas 
ÁREA DO TERRENO 1876,99m² 
TÉRREO 526,30m² 
2º PAVIMENTO 365,45m² 
3º PAVIMENTO 89,01m² 
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO 0,5 
TAXA DE OCUPAÇÃO 28% 
TAXA DE PERMEABILIDADE 10% 
ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA 980,76M² 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
 
 
57 
 
 
6.1.3 ESTUDO DE MASSA 
Para perfeita compreensão, e maior qualificação da proposta foi elaborado o estudo 
de massa abaixo. 
Figura 30 – Estudo de massa 
 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
Figura 31 – Estudo de massa 
 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
 
 
Figura 32 – Estudo de massa 
 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
Figura 33 – Estudo de massa 
 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
 
 
Figura 34 – Estudo de massa 
 
 Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
6.1.4 MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS 
A tipologia proposta possui particularidades determinantes, que devem ser 
consideradas para criação de uma proposta que atenda, fatores técnicos, estéticos e 
financeiros. Deste modo, seguem abaixo os materiais principais a serem utilizados na 
proposta. Optou-se por materiais, que tenham custos baixos, porém que pudessem 
oferecer funcionalidade e estética a proposta. 
Para vedação foi escolhido o uso de tijolos cerâmico, as famosas lajotas (FIGURA 35) 
 
Figura 35 - Tijolo cerâmico 
 
 Fonte: Google Imagens, 2020. 
60 
 
 
Para o piso interno, optou-se por colocar revestimento vinílico (FIGURA 36), pelo fato 
do mesmo ser um material adequado à estabelecimentos de saúde, por sua fácil 
limpeza, além de garantir acabamento de qualidade. 
 
Figura 36 – Piso vinílico 
 
 Fonte: Google Imagens, 2020. 
 
Para as áreas externa, optou-se pelo piso intertravado (FIGURA37) nos acessos, pois 
o mesmo facilita o escoamento de água e tem custos relativamente menor. 
Figura 37 – Piso intertravado 
 
 Fonte: Google Imagens, 2020. 
 
61 
 
Será utilizado o piso concregrama (FIGURA38), pois este possui ótima estética e 
possibilita absorção da água da chuva, ampliando a área permeável da construção. 
 
Figura 38 – Piso concregrama 
 
 Fonte: Google Imagens, 2020. 
 
Nas janelas é fator importante a utilização de fechamento, para evitar possíveis fugas 
de animais, grades foram descartadas, pois as mesmas não oferecem ganho estético 
ao edifício. Deste modo, optou-se por brises horizontais (FIGURA38), pois os mesmos 
oferecem ganho estético e funcionam perfeitamente como bloqueio para eventuais 
fugas de animais. 
Figura 39 – Brises horizontais 
 
 Fonte: Google Imagens, 2020. 
 
62 
 
 
6.2 CONCLUSÃO 
Com a finalização do projeto do Hospital Veterinário Público, evidencia-se que os 
objetivos propostos desde as etapas de planejamento foram atendidos de forma 
parcial, os estudos realizados indicaram que para criação de uma proposta perfeita se 
faz necessário compreender outros aspectos, como por exemplo, a iluminação, que 
possui suma importância nos procedimentos médicos e que poderia ser solucionada 
através de projeto luminotécnico, além disso, até mesmo os pontos que foram 
abordados poderiam ser compreendidos de forma ainda mais resultante com mais 
visitas in loco. Esses fatores tornariam o projeto ainda mais rico, porém o curto tempo 
para um estudo aprofundado, somado a pandemia de Covid-19 dificultaram na 
realização de alguns objetivos. Mesmo com alguns pontos que poderiam ser 
considerados, particularmente, vejo que o anteprojeto apresentado atende às 
necessidades de uma construção pública e tem capacidade para suprir as demandas 
dos animais comunitários da cidade de maneira funcional e ética. A metodologia 
aplicada teve papel importantíssimo para elaboração do projeto, na medida em que a 
mesma estabeleceu todos os passos para o desenvolvimento do produto final, bem 
como permitiu um processo de projeto mais consciente, sem seguir etapas 
necessariamente lineares. A partir dos informações obtidas nas etapa de análise, 
principalmente nos estudos das referências projetuais, foi possível entender a 
organização funcional dos equipamentos de saúde voltados aos animais. 
Por fim, todos os procedimentos adotados para concepção do anteprojeto, 
contribuíram para meu desenvolvimento enquanto futuro arquiteto, ampliando minha 
visão para questões éticas, sociais, ambientais e zoonoses. 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
 
REFERENCIAS 
ABNT. NBR-9050. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos 
urbanos. 2015. 
 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Referência técnica para o 
funcionamento dos serviços veterinários. Brasília, 2010. 
 
BASTOS, Ana Liz Ferreira. Estudo da dinâmica populacional e das estratégias de 
manejo da população canina no município de Itabirito, MG, Brasil de 2007 a 2011. 
Tese (doutorado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Veterinária, 
2013, 143 p. 
BRASIL. Casa civil. LEI Nº 6.360, DE 23 DE SETEMBRO DE 1976. 
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA. Resolução nº 1015, de 09 de 
novembro de 2012. 
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA. Resolução nº 670, de 10 de 
agosto de 2000 
COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Laudo ergonômico 2013 – Centro 
de Controle de Zoonoses (CCZ). Elaborado por Ana Maria Lobo Noronha. São 
Paulo: COVISA, 2013. 
DOBLEESE SPACE & BRANDING (2016). Hospital Veterinário Constitución. Hospital 
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Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/867854/hospital-veterinario-constitucion-
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Acesso em: 15 abr. 2020 
 
FASTFORMAT (2007). Escrevendo seu TCC. Metodologia Cientifica. 
Disponível em: https://blog.fastformat.co/monografia-ou-tcc-o-que-fazer-e-o-que-nao-
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GARCIA, R.C. M.; MALDONADO, N. A. C.; LOMBARDI, A. Controle populacional 
de cães e gatos – Aspectos éticos. Revista Ciência Veterinária Tropical, v.11, 
Supl.1, p.106-111, 2008. 
GÓES, Ronald de. Manual prático de arquitetura hospitalar. 1. ed. São Paulo: 
Edgard Blücher, 2004.193 p. 
GÓES, Ronald de. Manual prático de arquitetura para clínicas e laboratórios. 2.ed. 
rev. ampl. Rio de Janeiro: Edgar Blücher, 2010. 265 p. 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.360-1976?OpenDocument
https://www.archdaily.com.br/br/867854/hospital-veterinario-constitucion-dobleese-space-and-branding?ad_source=search&ad_medium=search_result_projects
https://www.archdaily.com.br/br/867854/hospital-veterinario-constitucion-dobleese-space-and-branding?ad_source=search&ad_medium=search_result_projects