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AULA DIA 10 MAIO 16. EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA: ART. 396/404 Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder. ENTENDIMENTO: não é obrigatório a exibição de documentos REQUISITOS OBRIGATÓRIOS: deverá individualizar o documento. INDIVIDUALIZAÇÃO: deverá individualizar ao máximo o documento que deseja. FINALIDADE: justificar o porquê quero o documento, deverá ter nexo, deverá ser essencial ao pedido. POSSE: deverá ter a obrigação de ter a posse do documento solicitado. EXCLUSÃO DA OBRIGATORIEDADE: ART. 404 Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se: I - concernente a negócios da própria vida da família; II - sua apresentação puder violar dever de honra; III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal; IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, devam guardar segredo; V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem a recusa da exibição; VI - houver disposição legal que justifique a recusa da exibição. Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem respeito a apenas uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em cartório, para dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado auto circunstanciado. DIVISIBILIDADE: Se o documento puder ser exibido em parte sem prejudicar o inciso l a lV poderá ser exibido parte. Poderá ser do documento e do pedido, ou parte do documento pode haver divisibilidade. LEGITIMADO: ATIVO: qualquer uma das partes, desde que tenha interesse legítimo. PASSIVO: quem tem a obrigatoriedade de entregar os documentos. Analisar se tem obrigatoriedade, de posse, se tem obrigação. FORMA PROCESSUAL DE REQUERER A EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS: contra a própria parte é dentro dos próprios autos. Se é terceiros é pela forma incidental, incidente processual em apenso. PRAZO: Na inicial, durante o curso do processo, mas em regra é pelo autor na petição inicial. Se trata de documento novo. A parte citada ou intimada para apresentar documento, terá 5 dias para apresentar. Caso vá contestar a exibição de documentos, por qualquer motivo, será de 15 dias para contestar, para apresentar defesa da recusa. TRÊS POSSIBILIDADES DE RESPOSTA: EXIBIÇÃO: 5 dias para exibição. OMISSÃO: Pelo princípio pela busca real dos fatos, poderá determinar a busca e apreensão do documento de forma coercitiva. CONTESTAÇÃO: não é obrigado a exibir, poderá contestar, como por exemplo dizer que desconhece o documento, demonstrando que a parte que pediu é quem possui o documento. TIPO DE DECISÃO: A decisão em regra é MERAMENTE SATISFATIVA, não tem cunho condenatório, dizer se procede ou não o pedido do autor ou do réu. PROVA DOCUMENTAL ENTENDIMENTO: por qualquer documento, papel, vídeos, áudios, pendrive etc. É aquilo que possui conteúdo de fato. Ex: edital, etc MOMENTO DE SUA JUNTADA: na primeira oportunidade, sob pena de preclusão de se juntar o documento nos autos, SALVO DOCUMENTO NOVO, existente pós autos, ou que você desconhecia. DOCUMENTO NOVO: CINEMATOGRÁFICO OU FONOGRÁFICO: de imagem ou de áudio, quando juntado aos autos, para melhor elucidar o fato alegado. Agora é obrigatório a exibição desse documento na audiência de instrução e julgamento. FORÇA PROBANTE: ART. 371 – OBS: OBRIGATORIEDADE: Não existe uma hierarquia, não há um mais valioso do que o outro. Pode-se afirmar que documento juntado aos autos, é do convencimento motivado do juiz, devendo justificar o motivo que o levou. Ex: produção de documentos nos autos. Fulano diz declarar tudo aquilo que ele está fazendo, mas solicita que o advogado produza por não saber. Entretanto, o advogado não poderá para que não fique comprovado a participação do advogado. Por força de lei, nos casos de imóveis acima de 30 salarios mínimos, deverá juntar a escritura publica. Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. DECLARAÇÃO E NÃO DE FATO: só provará o fato, quando presenciado, assistido por autoridade que tenha fé pública. CONSIDERA ORIGINAL. ART. 425: Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais: I - as certidões textuais de qualquer peça dos autos, do protocolo das audiências ou de outro livro a cargo do escrivão ou do chefe de secretaria, se extraídas por ele ou sob sua vigilância e por ele subscritas; II - os traslados e as certidões extraídas por oficial público de instrumentos ou documentos lançados em suas notas; III - as reproduções dos documentos públicos, desde que autenticadas por oficial público ou conferidas em cartório com os respectivos originais; IV - as cópias reprográficas de peças do próprio processo judicial declaradas autênticas pelo advogado, sob sua responsabilidade pessoal, se não lhes for impugnada a autenticidade; V - os extratos digitais de bancos de dados públicos e privados, desde que atestado pelo seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na origem; VI - as reproduções digitalizadas de qualquer documento público ou particular, quando juntadas aos autos pelos órgãos da justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Público e seus auxiliares, pela Defensoria Pública e seus auxiliares, pelas procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por advogados, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração. DOCUMENTO EXTRANGEIRO: nenhum documento pode ser juntado aos autos em língua estrangeira, deverá estar no vernáculo brasileiro. Poderá juntar, entretanto deverá estar traduzido. Poderá também pelo tradutor judicial DOCUMENTO AUTENTICO. ART. 411: é responsabilidade objetiva do advogado, quando juntado aos autos os documentos declarando verdadeiro. DOCUMENTO ELETRONICO: poderá solicitar os documentos originais caso duvide da autencidade. Art. 411. Considera-se autêntico o documento quando: I - o tabelião reconhecer a firma do signatário; II - a autoria estiver identificada por qualquer outro meio legal de certificação, inclusive eletrônico, nos termos da lei; III - não houver impugnação da parte contra quem foi produzido o documento. DECLARAÇÃO JUDICIAL DE FALSIDADE: (Obs: lembrar o professor, Efeito coisa julgada material e formal) MATÉRIA DE DEFESA: INCIDENTAL PROVA TESTEMUNHAL. ART. 442/463 ENTENDIMENTO: é uma prova oral. Testemunha. CARACTERÍSTICAS: PESSOA FÍSICA: não é pessoa jurídica. IMPARCIALIDADE: contra a testemunha, é narrado a dizer somente a verdade, sob pena de falso testemunho. Só é imparcial quando o juiz informa de dizer a verdade. TERCEIRO PROCESSUAL: a testemunha deverá sempre ser um terceiro, nem próximo a parte, como por exemplo, auxiliar da justiça que colaborou dentro do processo, ele não poderá ser testemunha. CAPACIDADE: a testemunha deverá ter capacidade civil, emancipado ou maior de 18 anos com plenas faculdades mentais. OBJETO – OBS: JUÍZO VALORATIVO: o objeto do depoimento em audiência é de FATOS, sendo de fatos pretéritos. O depoimento da testemunha não poderá demonstrar juízo de valores, não poderá falar nada fora dos autos. INDIVIDUALIDADE: a testemunha deverá ser ouvida de forma individual, ouvindo uma após a outra, uma não poderá ouvir o testemunho da outra que virá depois. ESPÉCIE: PRESENCIAL: é aquela que presencia os fatos, testemunha ocular. REFERENCIAL: é aquela que ouvir dizer, eu sei o que me contaram. REFERIDA: é aquela que é citada por uma testemunha na audiência. NÃO ERA TESTEMUNHA por ter sido citada. INSTRUMENTÁRIA: citada em documentos, como a que estava no boletim de ocorrência. Quando se coloca duas testemunhas em um contrato, é para dar efeito executivo. ADMISSIBILIDADE: REGRA GERAL: em regra, todo fato pode ser provado por meio de testemunha,mas existem exceções> SALVO: ART. 443, I, II Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos: I - já provados por documento ou confissão da parte; II - que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados. SALVO: ART. 444/446 Art. 444. Nos casos em que a lei exigir prova escrita da obrigação, é admissível a prova testemunhal quando houver começo de prova por escrito, emanado da parte contra a qual se pretende produzir a prova. Poderá ser um complemento. Art. 445. Também se admite a prova testemunhal quando o credor não pode ou não podia, moral ou materialmente, obter a prova escrita da obrigação, em casos como o de parentesco, de depósito necessário ou de hospedagem em hotel ou em razão das práticas comerciais do local onde contraída a obrigação. Ex: empréstimo de dinheiro para cônjuge; Art. 446. É lícito à parte provar com testemunhas: I - nos contratos simulados, a divergência entre a vontade real e a vontade declarada; II - nos contratos em geral, os vícios de consentimento. RESTRIÇÃO: “ INCAPACIDADE; IMPEDIMENTO; SUSPEIÇÃO ART. 447 OBS: TESTEMUNHA INFORMANTE Art. 447. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas. § 1o São incapazes: I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental; II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções; III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos; IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam. § 2o São impedidos: I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito; II - o que é parte na causa; III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes. § 3o São suspeitos: I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo; II - o que tiver interesse no litígio. § 4o Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores, impedidas ou suspeitas. § 5o Os depoimentos referidos no § 4o serão prestados independentemente de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer.
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