Aula 03 Instrumentos EC v06 REDUZ

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POLÍTICA URBANA 
Estatuto da Cidade 
Aula 3 - Os instrumentos do Estatuto 
Políticas Nacionais | ordenamento legal 
 
CONSTITUIÇÃO 
BRASILEIRA 
 
1988 
ESTATUTO DA 
CIDADE 
 
Lei Federal 10.257/2001 
ESTATUTO DA 
METRÓPOLE 
 
Lei Federal 13.089/2015 
Objetivo: 
Diretrizes ao 
uso da 
propriedade 
Objetivo: 
Diretrizes para 
Funções 
Públicas de 
Interesse 
Comum. 
Como: 
Define diretrizes à política 
municipal e à regulação dos 
instrumentos urbanísticos, 
financeiros, ambientais e de 
participação social. 
Como: 
Define normas gerais às 
FPIC, ao PDUI e à 
governança interfederativa, 
assim como a seus 
instrumentos. 
PNMU 
Política Nacional da 
Mobilidade Urbana 
 
Lei Federal 12.587/2012 
ESTATUTO 
DA 
CIDADE 
 
Revisão dos princípios gerais 
 
O propósito do Estatuto 
 
• Sustentabilidade 
• Gestão democrática 
• Função Social 
• Direito de propriedade 
• Participação popular 
• Direito de construir 
 
Principais instrumentos 
ESTATUTO DA CIDADE - propósito 
 
 
 
O Estatuto da Cidade representa o futuro que se 
pretende para as cidades do país. 
É uma Lei que possibilita (mas não garante) a 
transformação do nosso legado urbano. 
ESTATUTO 
 
 
 
Estatuto da Cidade: sua legitimidade social é 
inquestionável, mas ele só se efetivará na medida 
em que as forças sociais que o construíram façam 
valer essa conquista. 
ESTATUTO 
Princípios gerais - Art.2º: 
 
I. “Garantia do direito a cidades 
sustentáveis, entendido como o 
direito à terra urbana, à moradia, ao 
saneamento ambiental, à infra-
estrutura urbana, ao transporte e aos 
serviços públicos, ao trabalho e ao 
lazer, para as presentes e futuras 
gerações.” 
ESTATUTO 
Princípios gerais: 
sustentabilidade 
 
 
• Desenvolvimento sustentável 
 “aquele que atende às necessidades do presente 
sem comprometer a possibilidade de as 
gerações futuras atenderem às suas 
necessidades.” 
 
• 1987 - Relatório Brundtland: 
– ‘Nosso Futuro Comum’ 
 
Gro Harlem 
 Brundtland 
ESTATUTO 
Princípios gerais: 
sustentabilidade 
 
 
• Uso excessivo dos recursos naturais esgotando 
a capacidade de suporte dos ecossistemas. 
• Incompatibilidade entre os níveis de consumo 
atuais e o desenvolvimento sustentável 
 
• 1992 - ECO 92 / Rio de Janeiro > 
– Agenda 21 > Estatuto 
 
Comissão Mundial do Meio Ambiente - ONU 
ESTATUTO 
Princípios gerais - Art.2º 
 
II. “Gestão democrática por meio da 
participação da população e de 
associações representativas dos 
vários segmentos da comunidade na 
formulação, execução e 
acompanhamento de planos, 
programas e projetos de 
desenvolvimento urbano;” 
ESTATUTO 
Princípios gerais: 
gestão democrática 
 
 
 
• Audiências Públicas: debatem a metodologia e 
os temas e afirmam a participação. 
 
• Reuniões Temáticas: grupos menores, de 
interesse delimitado. 
 
• Iniciativa popular: projetos de lei. 
ESTATUTO 
Princípios gerais: 
função social da propriedade 
 
Segundo o jurista “o direito de propriedade está 
subordinado ao cumprimento de sua função social”. 
Constituição Federal: 
 Art. 5º: Todos são iguais perante a lei (...) 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
 
Jurista 
Miguel Reale 
ESTATUTO 
Princípios gerais: 
função social da propriedade 
 
Assegurar o atendimento das necessidades dos 
cidadãos quanto à moradia, justiça social, 
qualidade urbana e desenvolvimento das 
atividades econômicas. 
ESTATUTO 
Princípios gerais: 
direito de propriedade 
e de construir 
 
O Estatuto da Cidade torna o direito de construir 
na superfície, acima ou no subsolo do terreno, 
independente do direito de propriedade. 
ESTATUTO 
Princípios gerais: 
direito de propriedade 
e de construir 
 
• Permite a concessão do direito de superfície de 
um determinado terreno. 
• Permite a venda ou a transferência do solo criado 
sob determinadas condições. 
 
ESTATUTO: principais instrumentos 
 Instrumentos de indução do desenvolvimento e da 
transformação urbana: 
 
• Parcelamento, edificação e utilização compulsórios 
• IPTU progressivo 
• desapropriação para fins de reforma urbana 
• consórcio imobiliário 
• operações urbanas consorciadas 
• direito de preempção. 
 PARCELAMENTO ou EDIFICAÇÃO COMPULSÓRIOS 
 
 Obriga proprietários de imóveis urbanos a utilizar 
estes imóveis, de acordo com o disciplinado no 
Plano Diretor e na Lei de Zoneamento: 
 
 - parcelamento de uma área urbana não utilizada 
 - edificação de uma área urbana ainda não 
edificada. 
ESTATUTO: principais instrumentos 
Operação Urbana Água Branca – parcelamento PROPOSTO 
ex: 01 
O.U. Água Branca 
 PARCELAMENTO ou EDIFICAÇÃO COMPULSÓRIOS 
 Notificação do proprietário por oficial de justiça 
do poder público municipal (3X) ou por edital. 
 
Prazos: 1 ano para protocolar projeto após 
notificação. 2 anos para edificar após aprovação. 
 
 
 -transmissão a herdeiros não cessa as 
obrigações e prazos do parcelamento. 
 
ESTATUTO: principais instrumentos 
ex: 02 
Ribeirão Preto: 
 
Área demarcada poderia abrigar 17 mil imóveis 
de 300m² cada, ou seja, aproximadamente 
70 mil pessoas. 
ESTATUTO: 
ESTATUTO: principais instrumentos 
 IPTU PROGRESSIVO 
 
 
 
 A finalidade da utilização do IPTU progressivo 
no tempo é a de impelir o proprietário a cumprir 
com as obrigações de parcelar ou edificar. 
ESTATUTO: 
 IPTU PROGRESSIVO 
 
 Aplicação de majoração compulsória da alíquota 
do IPTU: limite de 15% e 2x anterior 
 
 Prazo da majoração: 5 anos consecutivos 
(mínimo). Após 5 anos pode ser encaminhada a 
desapropriação com pagamento em títulos. 
 
 Vedada a anistia e isenção de cobrança. 
 DESAPROPRIAÇÃO 
 com base no 
 interesse público 
 
 Desapropriação com pagamento em dinheiro 
com base em avaliação para atribuição de valor 
de mercado. 
 Cabe contestação judicial. O momento da 
notificação é o que conta para o cálculo do valor. 
ESTATUTO: 
 USUCAPIÃO ESPECIAL 
 DE IMÓVEL URBANO: 
 
 Possuir área ou edificação urbana de até 250m² por cinco 
anos sem oposição do proprietário. 
 Utilizar para moradia da família. 
 Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
 Título concedido uma única vez a uma pessoa, 
transmissível a herdeiros. 
 
ESTATUTO: 
Área sem infraestrutura 
(*) Direito de propriedade e usucapião estão previstos desde o Código Civil de 1916 
CESSÃO DO DIREITO DE SUPERFÍCIE 
 
 O domínio da superfície de um terreno que pode 
ser cedido a terceiro mediante contrato 
particular. 
 
 Contrato estabelece prazos (ou tempo 
indeterminado) e termos da concessão onerosa 
(ou gratuita). 
 
ESTATUTO 
Estande de vendas 
 DIREITO DE PREEMPÇÃO 
 
 Instrumento que confere ao poder público o 
direito de preferência para adquirir, mediante 
compra, um imóvel que esteja sendo vendido 
pelo proprietário a terceiros. 
 
 - preferência exercida em razão das diretrizes da 
política urbana. 
ESTATUTO: principais instrumentos 
 DIREITO DE PREEMPÇÃO 
 
 Vigência de cinco anos, prorrogáveis por mais 1. 
 
 Utilizado para fins de HIS, reserva fundiária, 
ordenamentos da expansão urbana, sistema 
viário, implantação de equipamento público, 
entre outras. 
 exemplo: 
ESTATUTO: 
 CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO 
 
 Instrumento de cooperação 
 entre o poderpúblico e a iniciativa privada para 
fins de urbanização, regulamentado através do 
Plano Diretor, em áreas carentes de 
infraestrutura e serviços urbanos. 
 
 O poder público realiza as obras em troca de 
uma parte dos lotes urbanizados. 
ESTATUTO: principais instrumentos 
 OUTORGA ONEROSA 
 DO DIREITO DE CONSTRUIR 
 
 Trata-se da criação de um coeficiente básico de 
aproveitamento, e acima deste, o proprietário 
para construir, terá que dar uma contrapartida 
para o Poder Público, justificando-se pelo 
adensamento a ser provocado. 
ESTATUTO: principais instrumentos 
 OUTORGA ONEROSA 
 
 
 - Cabe ao Plano Diretor e ao zoneamento atribuir 
coeficientes: mínimo, básico e máximo, fixar as áreas em 
que o direito de construir acima do coeficiente básico pode 
ser exercido. 
 
 - Recursos recebidos devem ser utilizados para regul. 
fundiária, obras de infraestrutura, em áreas de interesse 
ambiental, entre outras. 
ESTATUTO: 
ESTATUTO: 
OUTORGA ONEROSA 
 
Segundo o jurista: “Instrumento voltado à correção 
de distorções que o crescimento urbano 
desordenado acarreta, à promoção do pleno 
desenvolvimento das funções da cidade e a dar 
concreção ao princípio da função social da 
propriedade.” 
(RE 387047) 
Jurista 
Eros Grau 
 OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS (OUC) 
 
 Conjunto de intervenções e medidas 
coordenadas pelo Poder Público municipal, com 
a participação dos proprietários, moradores, 
usuários permanentes e investidores privados, 
com o objetivo de alcançar em uma área 
transformações urbanísticas estruturais, 
melhorias sociais e a valorização ambiental. 
ESTATUTO: principais instrumentos 
Operações urbanas em São Paulo 
 OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS 
 
 Nas operações urbanas consorciadas poderão ser 
previstas, entre outras medidas: 
 
I - a modificação de índices urbanísticos e características de 
parcelamento, uso e ocupação do solo e normas edilícias, 
considerado o impacto ambiental. 
II - a regularização de construções, reformas ou ampliações 
executadas em desacordo com a legislação vigente. 
 
ESTATUTO: 
 OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS 
 
 Nas operações urbanas consorciadas poderão 
ser previstas, entre outras medidas: 
 
III - a formulação de projeto urbanístico: elaboração de 
propostas de intervenção, incluindo as obras 
necessárias em infraestrutura urbana (viário, 
drenagem, etc.). Aqui são estabelecidos os 
investimentos necessários ao projeto. 
ESTATUTO: 
 OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA 
 ÁGUA ESPRAIADA (setor Chucri Zaidan) 
 
 OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 
 
 
Operação Urbana Água Espraiada – Jardim Edith (concluído) 
 Implantação da via parque 
Implantação de obras da Cia. do Metrô 
- monotrilho Linha 17 - Ouro 
- Linha 5 - Lilás 
ESTATUTO – considerações finais 
• O Estatuto da Cidade propõe instrumentos no 
sentido de democratizar e promover justiça 
social e eficiência econômica para a 
administração das cidades. 
 
• Cabe a todos contribuir e aos profissionais fazer 
cumprir, fiscalizar e dar efetividade à lei.