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DEFESA DE AUTO DE INFRAÇÃO Ilustríssimo Senhor julgador do competente órgão do AEM – MS LUCILENE DE ARAUJO SPANHOL, CPF 027.911.979-82, Proprietária do Veículo VOLVO de Placa AEC-9295, Renavam 61405124-0, Autuado pelo Agente Metrológico da AEM-MS O Ilustríssimo senhor Armando Jose Rangel, Matrícula 58820021 através do auto de infração N°2813921 e Processo N° AEM-MS 52636.003195/2017-23 e Termo de Ocorrência N°9015000006282 no dia 01/08/17 às 09:11h, venho respeitosamente perante vossa ilustre senhoria apresentar minha defesa, em que pese a acusação de estar com o Cronotacógrafo com certificado vencido ou não verificado. DOS FATOS As 09:11 horas do dia 01/08/17 fora verificado pelo competente agente administrativo irregularidades quanto a data de vencimento e também, quanto a aferição do cronotacógrafo marca MANNESMANN KIENZLE, modelo EC1318, Série 1070472. Ocorre que na data, ainda não havia sido percebido que já tinha esgotado o prazo para pagamento antes do vencimento quanto à renovação e aferição do equipamento acima citado. Pelo que se pede que sejam apreciadas as consubstanciações normativas que seguem. DO DIREITO Em que pese à data e o local da autuação, ou mais, na própria carta endereçada como autuação, não fora informado o tipo de sanção a ser aplicada, em concordância com o Art. 8° da Lei 9933/99 que diz: “Art. 8o Caberá ao Inmetro ou ao órgão ou entidade que detiver delegação de poder de polícia processar e julgar as infrações e aplicar, isolada ou cumulativamente, as seguintes penalidades: I - advertência; II - multa; III - interdição; IV - apreensão; V - inutilização; VI - suspensão do registro de objeto; e VII - cancelamento do registro de objeto. Parágrafo único: Na aplicação das penalidades e no exercício de todas as suas atribuições, o Inmetro gozará dos privilégios e das vantagens da Fazenda Pública.” Isto posto, não se percebe cumprido o Principio da publicidade dos atos públicos (Art. 5°, XXXIII, XXXIV, LXXII Constituição Federal) o que acaba por contaminar irremediavelmente a autuação supracitada por erro essencial. Motivo pelo qual se suscita que seja excluída a autuação e suas penalidades consideradas inaplicáveis. Ainda, em que pese o antes dito artigo 8°, percebe-se uma ordem (ainda que não seja obrigatória frente à discricionariedade da administração pública) que remete ao tipo de sanção frente à gravidade da infração, sendo então da mais leve a mais grave. Destarte, a não adimplência da obrigação dentro do prazo pertinente se deu por mera ausência de cautela, vez que o vencimento ainda não havia sido percebido, contudo, coloquei-me a disposição para regularizar a situação quanto ao cronotacógrafo vencido e sua verificação o mais rápido possível, e o fiz, conforme documento N° 1 anexado, tendo ficado de acordo com os preceitos legais menos de uma semana após a autuação pelo agente administrativo. Deste modo, pede-se que se a sanção tiver que ser realmente aplicada, que seja então a de advertência (Art. 8°, I da Lei 9.933/99), frisando ainda que não reincide nenhuma outra autuação pelo órgão competente anteriormente. Quanto à ausência de reincidência do autuado, e a possibilidade da discricionariedade da administração pública quanto a fixação de uma possível sanção de multa, entendo que um mero dissabor como o que foi citado acima, se penalizado com multa (o que não espero), que esta seja a mais ínfima possível. DOS PEDIDOS Frente a todo o conteúdo exposto, requer digne-se vossa senhoria: A acolher a presente defesa vez que tempestiva; A excluir a autuação tornando inaplicáveis as sanções, contudo, se diversamente entender, que seja aplicada então a sanção de advertência; Caso entenda ainda de maneira diversa e vier a aplicar a sanção de multa, que seja a mesma fixada no menor valor possível. ________________________________________ Lucilene de Araujo Spanhol CPF: 027.911.979-82 MEDIANEIRA, 04 de Setembro de 2017.
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