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AVANÇOS NO TRATAMENTO DE FRATURA EXPOSTAS

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r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 5;5 0(2):125–130
www.rbo.org .br
Artigo de revisão
Avanc
Pedro N
Camilo P
Departamen
Brasil
informaç
Histórico do a
Recebido em
Aceito em 1
On-line em 1
Palavras-cha
Fraturas exp
Fraturas exp
Ferimentos 
Keywords:
Exposed fra
Exposed fra
Wounds and
� Trabalho
São Paulo, S
∗ Autor par
E-mails: 
http://dx.do
0102-3616/©
¸os no tratamento das fraturas expostas
ogueira Giglio ∗, Alexandre Fogac¸a Cristante, José Ricardo Pécora,
artezani Helito, Ana Lucia Lei Munhoz Lima e Jorge dos Santos Silva
to de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP,
ões sobre o artigo
rtigo:
 11 de abril de 2014
 de maio de 2014
8 de setembro de 2014
ve:
ostas/diagnóstico
ostas/classificac¸ão
e lesões
r e s u m o
O manejo das fraturas expostas é discutido desde a antiguidade e permanece de grande inte-
resse da ortopedia e da traumatologia modernas. São lesões ainda desafiadoras. Infecc¸ão
e não união são complicac¸ões temidas. Aspectos no diagnóstico, classificac¸ão e manejo
inicial são discutidos. São essenciais a administrac¸ão precoce de antibióticos, a limpeza
cirúrgica e o debridamento meticuloso. Devem ser levadas em considerac¸ão as condic¸ões
sistêmicas do paciente politraumatizado e as condic¸ões locais do membro acometido.
A estabilizac¸ão esquelética precoce é necessária. A fixac¸ão definitiva deve ser conside-
rada quando possível e métodos de fixac¸ão provisória devem ser usados quando necessário.
O fechamento precoce deve ser almejado e pode-se fazer uso de retalhos para esse fim.
© 2014 Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Publicado por Elsevier Editora
Ltda. Todos os direitos reservados.
Advances in treating exposed fractures
ctures/diagnosis
ctures/classification
 injuries
a b s t r a c t
The management of exposed fractures has been discussed since ancient times and remains
of great interest to present-day orthopedics and traumatology. These injuries are still a
challenge. Infection and nonunion are feared complications. Aspects of the diagnosis, clas-
sification and initial management are discussed here. Early administration of antibiotics,
surgical cleaning and meticulous debridement are essential. The systemic conditions of
patients with multiple trauma and the local conditions of the limb affected need to be taken
into consideration. Early skeletal stabilization is necessary. Definitive fixation should be con-
sidered when possible and provisional fixation methods should be used when necessary.
Early closure should be the aim, and flaps can be used for this purpose.
© 2014 Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Published by Elsevier Editora
Ltda. All rights reserved.
 desenvolvido no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de
ão Paulo, SP, Brasil.
a correspondência.
pedrongiglio@gmail.com, gigliopedro@gmail.com (P.N. Giglio).
i.org/10.1016/j.rbo.2014.05.011
 2014 Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados.
�
126 r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 5;5 0(2):125–130
Introduc¸ão
Segundo o
«da necessi
tos grosseir
Embora
(1741), apu
encontrado
civilizac¸ões
objetivo ter
trepanac¸õe
vam as doe
É consi
períodos d
mento e o a
Definic¸ão
Fraturas ex
o meio exte
consideras
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Grande 
evidente e
porém, pod
da fratura e
sumir que 
partes mol
Histórico
As primeira
expostas da
curativo oc
do materia
Wangenste
com o proc
lada. No sé
os primeiro
desvitaliza
Médico 
Castiglione
ras expost
preceitos d
mais satis
e ocluíra a
necessidad
fraturados,
provenient
No sécu
Botello e B
dos tecidos
conhecido 
vou també
era de fund
A Segun
o avanc¸o d
período o 
Durante as guerras da Coreia e do Vietnã desenvolveram-
-se métodos de imobilizac¸ão provisória, curativos estéreis,
tico
ão c
sões
gado
époc
e Cir
ndim
), qu
cient
xpos
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nóst
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-se s
icam
men
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tícul
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c¸a d
ósti
xam
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cien
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perat
ara a
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stico
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er ú
ar e 
iogra
ac¸ão
ua c
a en
riza
ome
 plan
 trata
ifica
os si
as.
lassi
 con
 mol
stica
 historiador Castiglione,1 a ortopedia originou-se
dade de socorro imediato, embora com instrumen-
os e empíricos».
 o termo ortopedia só tenha sido criado por Andry
d Maia,2 procedimentos ortopédicos podem ser
s em registros arqueológicos antigos de nossas
 e é provável que muitos deles tivessem, além do
apêutico, uma espécie de cunho mágico, como as
s feitas para a libertac¸ão dos demônios que causa-
nc¸as e os males da época.1
derado consenso entre os historiadores que os
e guerra foram fundamentais para o desenvolvi-
perfeic¸oamento da ortopedia.3
postas são as que apresentam comunicac¸ão com
rno por meio de uma lesão de partes moles.4 São
 emergências ortopédicas5 e têm como objetivo de
ento a consolidac¸ão sem ocorrência de infecc¸ão.
parte das fraturas expostas apresenta exposic¸ão
m sua apresentac¸ão inicial. Em parte dos casos,
e não ser claro se existe contiguidade entre o foco
 o meio externo, de forma que se recomenda pre-
a fratura é exposta sempre que houver lesões de
es adjacentes ao foco de fratura.6
s discussões a respeito do tratamento de fraturas
tam de Hipócrates, que defendia o tratamento com
lusivo após melhoria do edema e debridamento
l purulento advindo das exposic¸ões.7 Galeno, apud
en,8 acreditava que a purulência estaria envolvida
esso de cura e, desse modo, deveria ser estimu-
culo XVI, Brunschwig e Botello, apud Trueta,9 foram
s a observar os benefícios da remoc¸ão dos tecidos
dos.
do Exército francês, Paré (1517-90), apud
,1 rejeitou a prática de tratar feridas e fratu-
as com óleo fervente, de acordo com alguns
eixados por Hipócrates, após observar evoluc¸ão
fatória nos casos em que simplesmente lavara
 ferida. Paré, apud Trueta,9 também observou a
e de ampliac¸ão dos ferimentos nos membros
 de modo a permitir a livre drenagem do material
e deles.
lo XVIII, Desault também preconizava, assim como
runschwig apud Trueta,9 a limpeza e a remoc¸ão
 necróticos dos ferimentos. Tal procedimento ficou
como debridamento. Desault, apud Trueta,9 obser-
m que o intervalo de tempo para o debridamento
amental importância para o prognóstico da lesão.
da Guerra Mundial em muito contribuiu para
o tratamento das fraturas expostas. Data desse
uso de antibióticos de forma abrangente.10
antibió
irrigac¸
das le
empre
Na 
cano d
de ate
Suport
dos pa
turas e
Diagn
O diag
tanto, 
devem
Clin
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podem
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casos 
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articul
para s
energi
putado
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de um
das de
Class
Divers
expost
A c
leva em
partes
prognó
s de amplo espectro, técnicas de debridamento,
om soluc¸ão salina e a abordagem sequencial
 que servem de alicerce para os métodos hoje
s.10
a atual, cabe ressaltar o papel do Colégio Ameri-
urgiões, que estabeleceu os princípios da sequência
ento denominado ATLS (Advanced Trauma Life
e rege o atendimento pré-hospitalar e hospitalar
es politraumatizados, muitas vezes vítimas de fra-
tas.11
ico
ico das fraturas expostas nem sempre é óbvio. Por-
servar-se lesão cutânea em um membro fraturado,
eguir os princípios iniciais de tratamentodela.12
ente, o diagnóstico pode ser feito pela observac¸ão
to fraturado por meio da ferida, mas em casos com
 duvidoso, como em lesões puntiformes ou contu-
as de gordura presentes no sangue que sai da feridaerir o diagnóstico. Radiograficamente, enfisema de
 nas radiografias simples ou imagem sugestiva da
e gás junto ao foco de fratura podem contribuir para
co.13
e físico acurado, incluindo a inspec¸ão e a palpac¸ão
ências ósseas, é fundamental no manejo inicial
tes. Deve-se avaliar a musculatura envolvida, veri-
tem alterac¸ões de pulso e perfusão pela colorac¸ão
ura das extremidades e fazer o exame neuroló-
valiar sensibilidade, motricidade e reflexos. Esses
 ajudar na classificac¸ão das lesões e auxiliar no
 precoce de possíveis complicac¸ões, como a sín-
partimental.14
ão da pressão do compartimento pode ser útil nos
ue há dúvida quanto à ocorrência de síndrome
ental.15 Ultrassonografia com Doppler colorido
til na avaliac¸ão diagnóstica da suspeita de lesão
pode ser complementada pela arteriografia.16
fias de todo o segmento fraturado, incluindo a
 proximal e a distal à fratura, são fundamentais
aracterizac¸ão, bem como para estimar o grau de
volvida no trauma inicial.17,18 Tomografia com-
da pode ser solicitada em casos de fraturas com
timento das superfícies articulares, com o objetivo
ejamento cirúrgico mais adequado,19 após as medi-
mento na urgência.
c¸ão
stemas foram propostos para classificar as fraturas
ficac¸ão de Gustilo, mais usada até os dias de hoje,
siderac¸ão a energia do trauma, o grau de lesão de
es e o grau de contaminac¸ão, que têm implicac¸ão
 e definem o tratamento20,21(tabela 1).
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Tabela 1 – Classificac¸ão de Gustilo para fraturas expostas
I – Baixa energia, exposic¸ão menor do que 1 cm, baixo grau
de contaminac¸ão e cominuic¸ão.
II– Exposic¸ão entre 1 cm e 10 cm, contaminac¸ão, lesão
de partes moles e cominuic¸ão moderadas.
III– Exposic¸ão maior do que 10 cm, alto grau de lesão de partes
moles e contaminac¸ão.
IIIA – Permite cobertura primária
IIIB – Cobertura primária não é possível
IIIC – Lesão arterial que necessita de reparo
Tabela 2 – Classificac¸ão AO para lesão de partes moles
em fraturas expostas
Lesão de pele
IO 1 – Lesão de pele puntiforme de dentro para fora
IO 2 – Lesão de pele com bordas contusas de fora para dentro
menor do que 5 cm
IO 3 –Lesão de pele maior do que 5 cm e bordas desvitalizadas
IO 4 – Les
de pelo o
Lesão muscu
MT 1 – Se
MT 2 – Le
umcomp
MT 3 – Le
MT 4 – D
extensa
MT 5 – Sí
do esmag
Lesão neuro
NV 1 –Se
NV 2 – Le
NV 3 – Le
NV 4 – Le
NV 5 – Le
amputac¸
O grupo
(AO)22 tamb
as fraturas 
e Ouster23 (
mesmo na 
Tabela 3 –
moles ass
Fr. 1 – Pele 
ou nenhu
de traum
Fr. 2 – Lace
contamin
por traum
Fr. 3 – Lesõ
à lesão v
aisquem
comparti
de fogo d
Fr. 4 – Amp
anatômic
com isqu
Tabela 4 – Sequência de atendimento inicial
ao politraumatizado segundo o ATLS
A – Manter pérvias as vias aéreas e proteger a coluna cervical.
B – Manter ventilac¸ão adequada.
C – Garantir circulac¸ão e perfusão.
D – Avaliac¸ão de lesões neurológicas.
E – Exposic¸ão ampla, avaliac¸ão de outras lesões e protec¸ão
da hipotermia.
Tabela 5 – Fases do atendimento sequencial
ao politraumatizado
1a fase – Ressuscitac¸ão (primeiras horas).
2a fase – Estabilizac¸ão (uma a 48 horas). Controle de danos
para evitar hipotensão, acidose e coagulopatia.
3a fase – Regenerac¸ão (após segundo dia).
4a fase – Reconstruc¸ão e reabilitac¸ão (semanas).
c¸os 
men
 esta
do p
 ser 
-se fa
e ser
ão de espessura total com contusão grave, perda
u desenluvamento extenso.
lar
m lesão muscular
são muscular circunscrita, apenas
artimento
são muscular considerável, dois compartimentos
efeito muscular, lacerac¸ão tendínea, contusão
Avan
O trata
e deve
matiza
devem
e deve
Dev
ndrome compartimental, síndrome
amento, zona de lesão ampla
vascular
m lesão neurovascular
são neurológica isolada
são vascular localizada
são vascular segmentar extensa
são neurovascular combinada, incluindo
ão subtotal ou total.
 Arbeitsgemeinschaft für Osteosynthesefragen
ém desenvolveu uma classificac¸ão (tabela 2) para
expostas e enfatizou, assim como na de Tscherne
tabela 3), a importância das lesões de partes moles
ausência de soluc¸ão de contiguidade com o meio.
 Classificac¸ão de Tcherne para lesões de partes
ociadas a fraturas expostas
lacerada por osso de dentro para fora, mínima
ma contusão de pele, fraturas simples resultantes
a indireto.
rac¸ão cutânea ou contusão circunferencial,
ac¸ão moderada, inclui todas as expostas
a direto.
es extensas de partes moles, geralmente associadas
ascular ou neurológica. Inclui fraturas relacionadas
ia, cominuic¸ão óssea grave, síndrome
mental, lesões no meio rural e ferimentos por arma
e alta velocidade.
utac¸ões parciais ou totais (separac¸ão de estruturas
as importantes, especialmente vasos,
emia total).
tenha lesão
uma delas 
que 16 no I
No paci
tante respo
ado em qua
O tratam
socorro. Ap
e tão logo
-se procede
em prontu
de exposic¸
ferida não 
risco de in
a depende
contamina
Tão logo
xia antibió
uma cefalo
Tabela 6 –
em ferim
Histórico d
Menos de 3
Última dos
Última dos
Última dos
a Feriment
por arma
corpo est
pontiagu
no tratamento das fraturas expostas
to da fratura exposta é uma emergência ortopédica
r incluído no atendimento sequencial do politrau-
reconizado no ATLS.24 Inicialmente os esforc¸os
dirigidos para garantir a sobrevivência do paciente
zer o chamado ABCDE do trauma25 (tabela 4).
 considerado politraumatizado todo indivíduo que
 em mais de um sistema orgânico, com pelo menos
ameac¸adora da vida ou com pontuac¸ão maior do
SS (Injury Severity Score).26,27
ente politraumatizado, por causa de uma impor-
sta imunológica, o tratamento deve ser sequenci-
tro partes25 (tabela 5).
ento de fraturas expostas se inicia no pronto
ós a chegada do paciente à sala de emergência,
 termine a fase de estabilizac¸ão clínica, deve-
r ao exame ortopédico, documentar os achados
ário, se possível com fotos, e proteger a área
ão com curativo estéril. Múltiplas reavaliac¸ões da
são recomendadas e estão relacionadas a maior
fecc¸ão.28 Deve ser feita a profilaxia antitetânica,
r do status vacinal do paciente e do grau de
c¸ão da ferida29 (tabela 6).
 se consiga acesso venoso deve-se iniciar profila-
tica.30 Nas fraturas tipo I de Gustilo prescreve-se
sporina de primeira gerac¸ão e nas fraturas tipo II
 Recomendac¸ão de profilaxia contra o tétano
entos de alto riscoa
e imunizac¸ão Vacina Imunoglobulina
antitetânica
 doses ou ignorado Sim Sim
e há menos de 5 anos Não Não
e entre 5 e 10 anos Sim Não
e há mais de 10 anos Sim Não
os de alto risco incluem fraturas expostas, ferimentos
 de fogo ou arma branca, ferimentos com retenc¸ão de
ranho, ferimentos puntiformes ocasionados por objetos
dos.
128 r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 5;5 0(2):125–130
ou III, gentamicina e clindamicina por um período inicial de
14 dias. Es
evoluc¸ão cl
damento in
entre os m
dor de uma
Após a e
o centro ci
mente cobr
de todo o m
necessário 
profundos.
ples, norm
pode ser a
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preservado
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Após a 
dos, proce
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cirúrgica e
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fim.
A fixac¸ã
urgência s
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Nos cas
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fixac¸ão qu
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resposta in
sequentes à
para curativ
tura cutâne
Uma considerac¸ão importante no emprego dos fixado-
ternos reside na sua conversão para um método de
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senq
idac¸
nco 
48 e
rave
tes 
s so
, o c
se tempo pode ser prolongado, a depender da
ínica do paciente.29 A coleta de culturas no debri-
icial tem sido questionada pela baixa correlac¸ão
icrorganismos nela isolados e o real agente causa-
 eventual infecc¸ão.31
stabilizac¸ão clínica inicial, o paciente é levado para
rúrgico para o tratamento local da fratura. Inicial-
e-se a ferida e procede-se à assepsia e antissepsia
embro. Após isso, o ferimento é descoberto e se
ampliado, para melhor visualizac¸ão dos tecidos
 Procede-se à irrigac¸ão com soro fisiológico sim-
almente com volume ao redor de 10 litros, que
umentado conforme a necessidade, até que não
 observados debris e sujidades. Esse processo visa
 o número absoluto de bactérias contaminantes e
ujidades não passíveis de retirada manual.32 Após
, fazem-se a troca da paramentac¸ão cirúrgica e
epsia. Procede-se então ao debridamento de teci-
lizados. Os músculos são avaliados quanto à cor,
ia, contratilidade e capacidade de sangramento.33
ue não apresentam esses critérios têm possibi-
entada de estar inviáveis. Tendões devem ser
s sempre que possível, exceto nos casos em que
tal de sua func¸ão ou contaminac¸ão grosseira.34,35
s fraturas, por causa do seu alto grau de
c¸ão inicial, exigem novo debridamento em até
o primeiro procedimento de limpeza cirúrgica, o
econd-look da lesão.36
limpeza cirúrgica e o debridamento dos teci-
de-se à estabilizac¸ão da fratura. O restauro do
to e do alinhamento do membro, bem como a
ão da superfície articular envolvida e a protec¸ão
 moles,é objetivo dessa etapa.37Deve-se permitir,
erentes métodos de fixac¸ão, fácil acesso à ferida
 mobilizac¸ão precoce. A imobilizac¸ão com gesso
sta a esses objetivos, sobretudo por dificultar o
rida, e, desse modo, não deve ser usada para esse
o definitiva imediata da fratura pode ser feita na
e houver condic¸ões locais e sistêmicas, ou seja,
 lesão de partes moles ou contaminac¸ão excessiva
 de instabilidade clínica,12 abordagem conhecida
 total care. Classicamente, a fixac¸ão interna imedi-
¸ão somente se feita nas primeiras seis horas de
orém, revisões mais recentes da literatura mos-
 debridamento seguido de fixac¸ão definitiva na
de ser feito após esse período sem haver aumento
ia de infecc¸ão.39
os em que a fixac¸ão definitiva não é possível,
xterna tem se demonstrado como o método de
e melhor se adapta à estabilizac¸ão das fraturas
m ossos longos, incluído no contexto do cha-
ge control. É uma forma rápida e pouco invasiva
ionar estabilidade e restauro do alinhamento e
ento do membro, contribui para a diminuic¸ão de
flamatória relacionada ao trauma, evita danos sub-
s partes moles e permite fácil acesso à ferida, tanto
os quanto para procedimentos cirúrgicos de cober-
a ulteriores.4,12,40
res ex
fixac¸ão
tem m
entre s
sua co
infecc¸ã
zado f
extern
A co
expost
ou reta
em fer
não ha
anaeró
feita e
intenc¸
res res
Fec
pode s
retalho
rúrgico
expost
de boa
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As 
à pres
hoje n
nortea
mente
à vida
múltip
memb
seria in
mia qu
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do tipo
na ten
necess
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Scorin
de lesã
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pontos
de 100
Expec
O trata
as exp
las me
consol
de ba
ósseos
os ent
pacien
func¸õe
mente
erna (placa ou haste intramedular). A literatura
ado a existência de uma janela de oportunidade
 14 dias após a instalac¸ão da fixac¸ão externa para
são.37 Após esse período, aumenta-se o risco de
m a osteossíntese interna, de modo que é preconi-
a descontaminac¸ão do trajeto dos pinos de fixac¸ão
la troca deles, antes da fixac¸ão interna definitiva.
ura cutânea é outro tópico controverso nas fraturas
xiste como opc¸ão o fechamento primário imediato,
o por 48 a 72 horas. A primeira opc¸ão pode ser feita
tos pequenos e pouco contaminados, desde que
nsão em suas bordas, risco de contaminac¸ão por
 e que a administrac¸ão de antibióticos tenha sido
é 12 horas da fratura.41 O fechamento por segunda
ouco feito, recentemente tem apresentado melho-
os, grac¸as ao advento dos curativos a vácuo.42
ento com o uso de enxertos ou retalhos também
ado. O desenvolvimento de técnicas de rotac¸ão de
cais e a difusão das técnicas de retalho microci-
eram grande impacto no prognóstico das fraturas
ma vez que permitiram cobertura cutânea estável e
lidade e diminuíram, assim, os índices de infecc¸ão
ram as taxas de consolidac¸ão das fraturas.43
ras expostas também suscitam discussões quanto
¸ão ou não de membros gravemente lesados. Até
á uma determinac¸ão universalmente aceita para
decisões sobre amputar ou não um membro grave-
do.44 É necessário para essa decisão avaliar o risco
aciente e o grau de func¸ão projetada no fim dos
rocedimentos necessários para o salvamento do
ange et al.45propuseram em 1985 que a amputac¸ão
da no caso de lesões por esmagamento com isque-
s superior a seis horas, lesão vascular irreparável,
 completa de membros inferiores e lesão irrepará-
o ciático ou nervo tibial em pacientes com fraturas
 de Gustilo. A partir de então, houve um esforc¸o
a de criac¸ão de escores que pudessem prever a
e de amputac¸ão do membro. Um dos escores mais
 e usados é o Mess (Mangled Extremity Severity
tem)46,47 (tabela 7). Essa escala leva em conta o grau
sea e de partes moles, o tempo de isquemia, a idade
 e se há ou não instabilidade clínica. Sete ou mais
sa escala têm uma previsibilidade de amputac¸ão
vas
to das fraturas expostas continua avanc¸ando. Entre
tivas estão o desenvolvimento do uso de célu-
uimais que aumentem as taxas de sucesso de
ão, a difusão do uso de enxertos provenientes
de tecidos, o desenvolvimento de substitutos
 de fatores de crescimento49,50 que diminuam
s e o tempo necessário para o tratamento de
com fraturas expostas que os restitua a suas
ciais e laborativas em um menor tempo. Paralela-
ontínuo aprimoramento das próteses pode servir
r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 5;5 0(2):125–130 129
Tabela 7 – Escore de gravidade de mutilac¸ão
de extrem
Lesão muscu
Baixa en
Média en
Alta ener
Altíssima
Isquemia de
Pulso red
Ausência
Membro 
Choque
Pressão a
Hipotens
Hipotens
Idade
< 30 anos
Entre 30 
> 50 anos
de alento a
resultaram
novamente
Consider
Conforme e
no tratame
são:
1 A sistem
com a cr
fase pré-
paciente
zados ao
2 Aparelha
de atend
3 Conscien
cial do p
uma urg
4 Desenvo
5 Técnicas
externa p
condic¸õe
rado per
6 Desenvo
de retalh
cos capa
cobertur
exposta.
7 Avanc¸o n
desenvol
ram mel
Ainda a
possibilida
não consol
energia com
moles.
Conflitos de interesse
ores 
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tors. 
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plic
en CH
idade
loesquelética
ergia 1
ergia 2
gia 3
 energia 4
 membro
uzido ou ausente, perfusão normal 1
 de pulso, perfusão reduzida 2
frio, paralisado, insensível 3
rterial sistólica sempre > 90 mmHg 0
ão transitória 1
ão persistente 2
 0
e 50 anos 1
 2
os pacientes que sofreram traumas severos que
 em amputac¸ão e torná-los funcionais e produtivos
.51
ac¸ões finais
xposto acima, muitos avanc¸os foram alcanc¸ados
nto das fraturas expostas. Os principais progressos
atizac¸ão do atendimento ao politraumatizado,
iac¸ão de protocolos bem definidos de conduta da
hospitalar até a fase hospitalar. Isso permitiu aos
s chegarem mais rapidamente e mais bem estabili-
s centros de referência de atendimento ao trauma.
mento e difusão de centros hospitalares capazes
er a esses pacientes.
tizac¸ão dos médicos responsáveis pelo manejo ini-
olitraumatizadode que as fraturas expostassão
ência médica.
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lvimento de antibióticos.
 de fixac¸ão de fraturas, com o uso de fixac¸ão
ara controle de danos e fixac¸ão definitiva quando
s sistêmicas do paciente e local do membro fratu-
mitam.
lvimento de técnicas cirúrgicas para a confecc¸ão
os locais e microcirúrgicos e capacitac¸ão de médi-
zes de fazer esses procedimentos, o que garante
a cutânea estável para o paciente com fratura
as técnicas de curativo, com especial atenc¸ão ao
vimento dos curativos a vácuo, os quais permiti-
hor controle local das feridas.
ssim, essas lesões continuam desafiadoras, com
de de complicac¸ões temidas, como a infecc¸ão e a
idac¸ão, e a dificuldade inerente a lesões de alta
 comprometimento importante ósseo e de partes
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