Procedimento de Soldagem em Tanques

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PROCEDIMENTOS DE TANQUES 
Data: 
30/08/2019 
APLICAÇÃO EM OBRA DE TANQUES 
Revisão: 
00 
Descrição: 
Procedimento de execução de soldagem 
Código: 
TQS-POP-013 
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ÍNDICE DE REVISÕES 
REV DATA DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS 
00 
 
 
30/08/19 
 
 
Emissão original 
 
 
ELABORAÇÃO: ANÁLISE CRÍTICA: APROVAÇÃO: 
 
Rogério Dalla Favera 
Supervisor de Operação 
 
Josef S. Atallah 
Coordenador de Produção 
 
Tiago G. Nascimento 
Gerente de Contrato 
DOCUMENTO PARA USO INTERNO – REPRODUÇÃO / IMPRESSÃO PROIBIDA SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DA CSE 
 EM NECESSIDADE DE CÓPIA SOLICITAR AO SETOR DE DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA – GERENCIA DA QUALIDADE 
 
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1. OBJETIVO 
Este procedimento tem por objetivo, descrever os parâmetros a serem empregados na 
execução de soldagem de chaparia, estruturas metálicas, tubulações e conexões. 
2. NORMAS DE REFERÊNCIA 
N-115 - Fabricação e montagem de tubulações metálicas 
N-133 - Soldagem 
N-270 - Projeto de tanque atmosférico 
N-271 - Montagem de Tanque de Armazenamento 
N-1438 - Terminologia de soldagem 
N-1738 - Descontinuidade em juntas soldadas, fundidos, forjados e laminados 
N-1859 - Consumível de soldagem com propriedade assegurada 
N-2301 - Elaboração da documentação técnica de soldagem 
NR-18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção 
API 650 - Welded Steel Tanks for Oil Storage 
NBR 5425 - Guia para inspeção por amostragem no controle e cerificação de qualidade 
NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos 
NBR 10614 - Eletrodos revestidos de aço carbono para soldagem a arco elétrico – 
Classificação. 
NBR 10615 - Eletrodos revestidos de aço carbono para soldagem a arco elétrico – 
Especificação. 
NBR 10616 - Eletrodos revestidos de aço carbono para soldagem a arco elétrico – 
Método de ensaio. 
NBR 14842 - Critérios para qualificação e certificação de inspetores de soldagem. 
API STD 1104 – Standard for welding pipe lines and related facilities. 
ASME IX - Boiler and pressure vessel code, section IX: Welding and brazing 
qualifications, 
AWS D1.1 - Structural welding code – Steel. 
3. APLICAÇÃO 
Este procedimento é aplicado pela CSE ao contrato de manutenção de tanques. 
 
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4. RESPONSABILIDADES 
4.1 Setor de Produção 
Prover os locais de soldagem com todos os recursos necessários para a realização da 
soldagem. 
Executar os processos de soldagem de acordo com as diretrizes definidas neste 
procedimento e na Especificação de Procedimento de Soldagem (EPS) e/ou na 
Instrução de Execução e Inspeção de Soldagem (IEIS) aplicáveis. 
4.2 Setor de Qualidade 
Os ensaios não destrutivos nas atividades de fabricação e montagem serão executados 
por pessoal e procedimentos certificados conforme “Tabela A” a seguir. 
 
Tabela A 
 
 
 
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5. DESCRIÇÃO 
5.1 Especificação de Procedimentos de Soldagem 
Os procedimentos de soldagem serão qualificados de acordo com as normas abaixo 
citadas: 
a) ASME IX, para equipamentos e tubulação; 
b) API STD 1104, para oleodutos e gasodutos como alternativa; 
c) AWS D11.1, para estruturas e suportes. 
As informações de soldagem serão registradas nos seguintes formulários: 
a) IEIS – Instrução de execução e inspeção de soldagem 
b) RQPS – Registro de qualificação de procedimento de soldagem 
c) EPS – Especificação de procedimento de soldagem. 
5.2 Processos de Soldagem 
Os processos de soldagem que serão utilizados: 
GMAW – Gas metal arc welding (MAG) 
FCAW – Flux-cored arc welding (Arame tubular) 
SMAW – Shielded metal arc welding (Eletrodo revestido) 
GTAW – Gas tungsten arc welding (TIG) 
A tabela a seguir ilustra a correlação de metal base, norma de qualificação, processo de 
soldagem e consumíveis de soldagem a serem utilizados no processo. 
 
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Tabela B 
5.3 Preparação dos chanfros 
A preparação dos biséis dos chanfros das juntas a serem soldadas será de acordo com 
a EPS aplicável e contidas nas IEISs correspondentes. A ajustagem das peças deve ser 
por meio de gabaritos, não devendo haver defeitos de metal base nos chanfros. 
As peças a serem soldadas devem estar isentas de óleo, graxa, ferrugem, tinta, fuligem 
e resíduos de líquidos penetrantes, numa faixa de 50mm para cada lado da borda do 
chanfro, lado externo e/ou interno. Para soldagem TIG, a limpeza do chanfro e bordas 
deve ser ao metal brilhante, faixa de 20mm, pelas faces interna e externa. 
As irregularidades e escórias de oxicorte, na face do bisel, devem ser removidas por 
esmerilhamento, não podendo esta remoção ser inferior a 1mm. 
 
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Depois de preparado, os biséis devem ser protegidos com verniz antioxidante, da 
mesma marca comercial contemplada na EPS. 
5.3.1 Tolerâncias Dimensionais 
O ângulo dos biséis e chanfros com suas respectivas tolerâncias devem estar de acordo 
com a EPS e IEIS correspondentes. 
5.4 Verificação das Variáveis de Soldagem 
Os responsáveis pela condução da execução da soldagem devem: 
Verificar antes do início da soldagem o perfeito estado de manutenção dos 
equipamentos para execução da solda, tais como: máquina de solda, isolação adequada 
dos cabos de solda, conexão dos cabos, fixação do cabo terra, condição adequada do 
alicate, estufas portáteis etc. 
Utilizar os parâmetros de soldagem descritos na IEIS. 
Utilizar consumíveis de soldagem que já tenham sido liberados pelo controle de 
qualidade, através de formulários próprios. 
5.5 Condições Gerais 
A soldagem somente poderá ser executada em condições em que não haja a ocorrência 
de chuvas, neblina, ventos fortes e/ou poeiras abrasivas. Deve ser observado se as 
condições de proteção são adequadas, garantindo assim a ausência de gotejamentos e 
entrada de ventos fortes. 
A soldagem não deve ser efetuada, em hipótese alguma, quando a superfície da peça 
estiver úmida e com temperatura inferior a 15ºc, ou em desacordo com a EPS 
específica. Para remoção da umidade, utilizar maçarico tipo chuveiro, aquecendo a 
região a 50ºc ou temperatura superior. 
A manutenção das características de desempenho das máquinas de solda (calibração) 
deverá ser verificada pelo inspetor de solda antes do início da soldagem e deverá ser 
tratada conforme as definições de calibração para as máquinas. 
 
 
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5.6 Pré-Aquecimento 
O pré-aquecimento deve ser utilizado quando requerido na EPS ou procedimento do 
fabricante. 
A área pré-aquecida consistirá a uma faixa maior ou igual a 150mm cada lado da solda, 
sendo realizado com maçarico tipo chuveiro. 
A temperatura de pré-aquecimento deve ser verificada pelo lado oposto da fonte de 
calor, utilizandolápis térmico ou pirômetro de contato. Caso não haja acesso ao lado 
oposto à fonte, deve-se aguardar 01 (hum) minuto para cada polegada de espessura e 
então realizar a leitura pela mesma face da aplicação de calor. Em ambos os casos 
deve-se efetuar a leitura a uma distância d ≥ 75mm da região a ser soldada. 
5.7 Processo de Liberação de Juntas para Soldagem 
Após a pré-montagem e montagem de “Spools”, as peças sofrem o seguinte processo 
de liberação a seguir: 
 
 
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Após a pré-montagem dos componentes e montagem dos Spools as juntas devem 
receber a identificação do nº de junta conforme indicado no detalhamento de Spool. 
Quando da liberação do visual de ajuste da junta para a soldagem, o inspetor deve 
identificar ao lado da mesma o laudo e a data da inspeção, com marcador industrial 
conforme a metodologia abaixo. 
VA – Data – Ok 
VA – Data – REP 
5.8 Técnica de Soldagem 
A soldagem deverá ser executada de acordo com a IEIS previamente aprovada, 
elaborada em conformidade com a N-2301 e EPS respectiva. 
O arco elétrico deve ser aberto no chanfro ou chapa apêndice e a soldagem não deve 
ser interrompida antes de completar o segundo passe, exceto onde é prevista a 
inspeção no passe de raiz por LP. 
O aterramento das peças será feito de forma a evitar pontos de centelhamento (mau 
contato) na superfície da peça. 
Os pontos de solda podem ser incorporados à solda final ou removidos, caso sejam 
incorporados, devem ser inspecionados visualmente quanto a correta penetração e 
devem estar isentos de qualquer defeito. No caso de peças transportadas apenas 
ponteadas, este exame deve ser realizado na montagem, imediatamente antes da 
execução da solda. 
As extremidades dos pontos de solda devem ser rebaixadas por esmerilhamento a fim 
de facilitar a fusão e a integração com a solda definitiva. 
Preferencialmente, o ponteamento das soldas deve ser executado direto no bisel da 
peça. Caso não seja possível, é permitido o uso de dispositivos auxiliares tais como 
“cachorros” e “batoques”. 
Para o uso desses dispositivos as seguintes condições deverão ser respeitadas: 
a) O material dos dispositivos deve ser do mesmo P NUMBER do metal de 
base; 
b) O batoque só poderá ser utilizado para a espessura do metal de base ≥ 
12,7mm; 
 
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c) Para tubos, as quantidades de dispositivos auxiliares de montagem ou 
ponteamento direto por junta deve obedecer ao seguinte: 
Tubo com Ø ≤ 4” – 3 dispositivos, dispostos a 120º cada; 
Tubo com Ø ≤ 14” – 4 dispositivos, dispostos a 90º cada; 
Tubo com Ø ≤ 24” – 5 dispositivos, dispostos a 72º cada; 
Tubo com Ø ≥ 24” – 1 dispositivo a cada 300mm ao longo do perímetro do tubo; 
A remoção dos dispositivos auxiliares de montagem (porcas, cachorros, batoques, 
travamentos etc.) deve ser feita por esmerilhamento, removendo todo o ponto de solda e 
evitando que o metal de base seja arrancado. 
Durante a soldagem, qualquer defeito, poros, escória, trincas superficiais etc., quando 
detectados visualmente, devem ser removidos antes do prosseguimento do processo. 
Para os trabalhos de trepanação em dutos ou equipamentos, quando previstos, serão 
elaboradas instruções de trabalho ou procedimentos específicos, em função da 
necessidade de atenção especial para a realização desta atividade. 
5.9 Identificação do Soldador 
Os soldadores devem ser qualificados pelo código “ASME section IX” e/ou “API 1104” 
e/ou “AWS D1.1”. 
Os soldadores devem ser identificados através da carteira de soldador e/ou através de 
etiquete na máscara de solda. 
5.10 Identificação dos Sinetes dos Soldadores na Junta Soldada 
A identificação dos sinetes dos soldadores, após a soldagem das juntas, deverá ser iden
tificada através de marcador industrial. 
5.11 Reparos de Soldagem 
Depois de detectada a descontinuidade através dos ensaios requeridos na IEIS, a 
descontinuidade será marcada pelo inspetor responsável diretamente no local onde será 
executada, com marcador industrial ou material similar que destaque o ponto, devendo 
esta ser reparada de imediato. A abertura para o reparo deve ser executada com o uso 
 
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de lixadeira. A abertura do reparo deve ter uma secção adicional de 25mm para cada 
lado da descontinuidade identificado pelo inspetor. 
Eliminar a descontinuidade por completo antes de realizar a soldagem do local do 
reparo. 
Após verificado que a região indicada encontra-se isenta de descontinuidade, efetuar a 
soldagem e posteriormente os ensaios requeridos de acordo com a IEIS. 
Pode-se executar no máximo 2 (dois) reparos na mesma região de junta soldada, 
quando houver requisitos de tenacidade. 
5.12 Consumíveis 
Para tratamento e preservação de consumíveis de soldagem, consultar o procedimento 
específico. 
Todos os consumíveis de soldagem devem ser transportados e mantidos em estufas 
portáteis, mantendo-os em temperatura entre 80 e 150ºC. 
5.13 Qualificação de Soldadores 
Para a execução de soldagem, apenas soldadores qualificados poderão realizar a 
atividade, conforme Normas e procedimentos de qualificação de soldadores. 
6. CONTROLES OPERACIONAIS PARA MEIO AMBIENTE, SAÚDE E 
SEGURANÇA 
6.1 Meio Ambiente 
Os resíduos provenientes da atividade de solda como pontas de eletrodos devem ser 
coletados e tratados como sucata ferrosa. 
Não devem ser depositados no solo ou como lixo comum. 
Os demais resíduos provenientes da atividade de solda serão coletados conforme 
padrões de coleta seletiva e de acordo com a gestão de resíduos. 
6.2 Segurança e Saúde Ocupacional 
O SMS deverá atuar em práticas seguras através de ações que garantam: 
 
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Treinamentos 
Treinamentos em SMS que promovam a conscientização dos empregados sobre as 
medidas de prevenção que deverão ser utilizadas em suas atividades específicas, em 
conformidade com a Lei 6.514 (22/12/77) – NRs 12, 18 e 23, através de: 
 Treinamento admissional 
 Treinamento específicos periódicos 
Identificação dos Riscos 
Quando identificados os potenciais riscos, o SMS, junto com a liderança e equipe, 
deverão avaliar as condições para controle, mitigação e/ou eliminação dos riscos. 
Segurança 
a) Participar efetivamente na elaboração da Análise Preliminar de Risco (AR ou 
APR); 
b) Existência de histórico de ocorrências; 
c) O que é crítico e pode afetar as atividades; 
d) Qualificação de mão de obra; 
e) Existência de outras atividades que poderão estar ocorrendo na mesma área 
de trabalho; 
f) Condições de trabalho atendem aos requisitos de SMS; 
g) Condições técnicas dos equipamentos; 
h) Isolamento e sinalização da área; 
i) Condições atmosféricas; 
j) Utilização de EPC; 
k) Dispositivos de segurança dos equipamentos; 
l) Definição correta do uso de EPIs; 
m) Identificação funcional correspondente à qualificação. 
Avaliação dos Riscos 
Na avaliação dos riscos o SMS deverá fazer as seguintes considerações: 
 
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12/12n) Presença de atmosfera inflamável; 
o) Possíveis necessidades de alterações das atividades; 
p) Condições do ambiente de trabalho que atende aos requisitos estabelecido 
nas Análises de Riscos (AR), Permissão para Trabalho (PT) e Normas 
específicas. 
q) Necessidade de exames clínicos específicos. 
Controle dos Riscos 
O SMS deverá promover o seguinte para controle de riscos: 
a) Auditorias de Campo; 
b) Inspeções de Campo; 
c) Controles estatísticos dos dados referentes a Segurança; 
d) Registro e investigação dos acidentes e ocorrências anormais; 
e) Divulgação de acidentes, incidentes e ocorrências anormais para as equipes; 
f) Atuação nos indicadores proativos e reativos de SMS; 
g) Exames médicos necessários às atividades desenvolvidas. 
7. REGISTROS 
Instrução de execução e inspeção de soldagem (IEIS) 
Etiqueta de máscara de soldador 
Registro de qualificação do procedimento de soldagem (RQPS) 
Especificação de procedimentos de soldagem.