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AULA5_SERVIDORES PÚBLICOS

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Aula 5 – Módulo 3
Servidores Públicos
Acumulação de Cargos e Funções
Art. 37. (...)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários: 
a)	a de dois cargos de professor;
b)	a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
a de dois cargos privativos de médico;
(ANTES DA EC 19/1998)
Art. 37. (...)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:     (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
a de dois cargos de professor;       
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;        
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;      
(APÓS ADVENTO DA EC 19/1998)
CAPÍTULO VII - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 37. (...)
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
ACUMULAÇÃO
É A SITUAÇÃO EM QUE UMA PESSOA OCUPA MAIS DE UM CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO PÚBLICA OU RECEBE PROVENTOS DE INATIVIDADE COM A REMUNERAÇÃO DE SERVIDOR ATIVO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
A EC n. 19/1998, de reforma administrativa do Estado, alterando o art. 37, XVII, da CF, que trata desses outros casos de inviabilidade de acumulação, ampliou as vedações ali contidas, para alcançar também as subsidiárias das referidas entidades, bem como as sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público. 
Em virtude da ampliação das hipóteses de vedação, não mais poderão subsistir eventuais situações de acúmulo anteriormente permitidas, sendo incabível a alegação de direito adquirido por se tratar de situação jurídica com efeitos protraídos no tempo. 
A regra constitucional tem aplicabilidade imediata. 
Conquanto válidos os efeitos anteriores da acumulação, será lícito à Administração ordenar que o servidor faça sua opção por um dos cargos ou empregos, sendo obrigado por conseguinte a afastar-se do outro. 
A vedação se refere à acumulação remunerada. 
Em consequência, se a acumulação só encerra a percepção de vencimentos por uma das fontes, não incide a regra constitucional proibitiva. 
O legislador constituinte, preocupado com a prestação dos serviços públicos à sociedade, tendo em vista às necessidades cada vez mais crescentes quanto à melhor qualificação e comprometimento por parte dos agentes públicos, estabeleceu, no seu art. 37, XVI, como REGRA GERAL, a VEDAÇÃO (proibição) quanto ao acúmulo de cargos públicos.
Segundo o inciso XVII do art. 37 da CF/88, a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
A atividade técnica 
é aquela orientada a produzir a modificação concreta da realidade circundante, por meio da aplicação do conhecimento especializado. 
Assim, as atividades puramente burocráticas não se enquadram na exigência constitucional.
Cargo Cientifico 
seria aquele voltado para a criação, desenvolvimento, pesquisa, do conhecimento científico. 
Para os Cargos, empregos ou funções de natureza técnica ou científica exige-se o desempenho de atividades compatíveis com o necessário conhecimento técnico ou científico adquirido em curso de ensino médio ou nível superior de ensino. 
2. Se as atribuições da autora, no tocante ao exercício do cargo de Agente Administrativo da Previdência Social, consistem em atividades meramente burocráticas, sendo desnecessária formação específica para a sua execução, a situação fática não se enquadra à exceção prevista no dispositivo constitucional. 3. Precedentes. 4. Apelação desprovida.
 Origem: TRF - PRIMEIRA REGIÃO Classe: AC - APELAÇÃO CIVEL – 200538030066887 
Funções técnicas ou científicas 
Advogado, Arquiteto, Auditor, Analista de Sistemas, Assistente Social, Bibliotecário (nível superior), Contador (nível superior), Técnico em Contabilidade (nível médio), Defensor Público, Enfermeiro (nível superior) ou Técnico ou Auxiliar de Enfermagem (nível médio), Economista, Engenheiro, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Fiscal (nível médio ou superior), Programador, Médico, Odontólogo, Psicólogo, Técnico em Radiologia, Técnico em Edificações, etc.
EMENTA: Sociedade controlada pelo Poder Público. Acumulação de cargos públicos: vedação: CF, art. 37, XVII. O art. 37, XVII, da Constituição Federal assimila às sociedades de economia mista - para o efeito da vedação de acumulações - as "controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público", independentemente de terem sido "criadas por lei". 
Precedente: RMS 24.249, 1ª T., 14.9.2004, Eros Grau, DJ 3.6.2005. (RE 228923 AgR, Relator(a):  Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Primeira Turma, julgado em 25/04/2006, DJ 19-05-2006 PP-00014 EMENT VOL-02233-02 PP-00243 LEXSTF v. 28, n. 330, 2006, p. 211-215)
Art. 37. omissis
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, (...)
TETO CONSTITUCIONAL – ACUMULAÇÃO DE CARGOS – ALCANCE. Nas situações jurídicas em que a Constituição Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto remuneratório é considerado em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório do que recebido.
RE 612975 / MT - MATO GROSSO - RECURSO EXTRAORDINÁRIO - Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO - Julgamento: 27/04/2017 Órgão Julgador: Tribunal Pleno
Readmissão de empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista. Acumulação de proventos e vencimentos. (...) É inconstitucional o § 1º do art. 453 da CLT, com a redação dada pela Lei 9.528/1997, quer porque permite, como regra, a acumulação de proventos e vencimentos – vedada pela jurisprudência do STF –, quer porque se funda na ideia de que a aposentadoria espontânea rompe o vínculo empregatício. 
[ADI 1.770, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 11-10-2006, P, DJ de 1º-12-2006.] = RE 679.645 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 11-2-2014, 2ª T, DJE de 21-2-2014 
 EXCEÇÕES À REGRA DE NÃO ACUMULAR 
CARGOS
FUNDAMENTAÇÃO
Dois Cargos de PROFESSOR.
Art. 37, XVI, “a” da CF/88.
Um cargo de PROFESSOR com outro TÉCNICO ou CIENTÍFICO.
Art. 37, XVI, “b” da CF/88
Dois cargos e empregos PRIVATIVOS de PROFISSIONAIS de SAÚDE, com profissões regulamentadas.
Art. 37, XVI, “c” da CF/88.
Um cargo de JUIZ com outro de MAGISTÉRIO
Art. 95, § único, inc. I da CF/88.
Um cargo de MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO com outro de MAGISTÉRIO
Art. 128, § 5º, inc. II, alínea “d” da CF/88
Membros de Poder, inativos, servidores civis e militares, membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, que, até 16/12/98 tenham ingressado novamente no serviço público por concurso público.
Art. 11 da Emenda Constitucional nº 20/98.
VEREADOR + outro cargo.
Art. 38, III da CF/88.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função,
sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
REMUNERAÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO
Proventos de APOSENTADORIA + REMUNERAÇÃO de servidor ativo, se decorrentes de cargos acumuláveis na forma da CF ou CARGOS ELETIVOS ou EM COMISSÃO.
O § 10º do Art. 37 da CF/88, incluído pela EC nº 20/98.
APOSENTADORIA + APOSENTADORIA se decorrentes de cargos acumuláveis na forma da CF.
Art. 40, § 6º da CF/88 com a redação dada pela EC nº 20/98.
Art. 37. (…)
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. 
Art. 40. (…)
6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. 
O dispositivo impugnado, ao estabelecer indistintamente que os proventos da inatividade não serão considerados para efeito de acumulação de cargos, afronta o art. 37, XVI, da CF, na medida em que amplia o rol das exceções à regra da não cumulatividade de proventos e vencimentos, já expressamente previstas no texto constitucional. Impossiblidade de acumulação de proventos com vencimentos quando envolvidos cargos inacumuláveis na atividade. 
[ADI 1.328, rel. min. Ellen Gracie, j. 12-5-2004, P, DJ de 18-6-2004.] = RE 415.974 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 1º-2-2011, 1ª T, DJE de 23-2-2011
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases.
ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. MÉDICO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS. INCOMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS.
I - A acumulação lícita de cargos exige que se atenda ao requisito da compatibilidade de horários, a teor do art. 119 da Lei 8.112/90.
II - As sanções do art. 12, da Lei 8.429/92 não são necessariamente cumulativas, cabendo ao magistrado a sua dosimetria.
III - Não é devida a devolução dos valores percebidos a título de salários quando verificado que o trabalho foi efetivamente prestado, ainda que as nomeações tenham sido irregulares, visto que seria o mesmo que admitir enriquecimento sem causa da União.
IV - Apelação provida em parte. Sentença reformada.
(AC 2003.41.00.005421-8/RO, Rel. Desembargador Federal Cândido Ribeiro, Terceira Turma,DJ p.30 de 21/09/2007)
Sistema Constitucional de Remuneração
SALÁRIO
Originado pelo artigo 457 da Consolidação das Leis do Trabalho-CLT, versa em conjugado de quantias pagas ao empregado, pelo seu empregador, com atributo de contraprestação ou retribuição em implicação da existência de um contrato de trabalho consolidado entre ambos.
VENCIMENTO
Art. 40 (Lei 8.112/90) 
Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
REMUNERAÇÃO 
Art. 41 (Lei 8.112/90) Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
É o somatório das várias parcelas pecuniárias a que faz jus, em decorrência de sua situação funcional. 
 
Enquanto o vencimento é o valor-base fixado em lei, a remuneração engloba vencimento + vantagens pecuniárias permanentes. 
O vencimento pode ser inferior a um salário-mínimo desde que a remuneração atinja o piso de um salário mínimo. 
Então, o valor-base fixado em lei pode ser inferior, desde que exista lá um abono com caráter permanente. 
Súmula Vinculante 15
“O cálculo de gratificações e outras vantagens não incide sobre o abono utilizado para se atingir o salário mínimo do servidor público”.
SUBSIDIO
Art. 39, § 4º (CR/88):
§ 4º – O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no Art. 37, X e XI.
SUBSIDIO
Além dessas carreiras do § 4º do art. 39, também as carreiras do art. 144, § 9º, da Constituição, recebem por subsídio:
§ 9º A  remuneração dos servidores  policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do Art. 39.
SUBSIDIO NA CONSTITUIÇÃO
a) O art. 128, § 5º, inciso I, alínea "c", da Constituição Federal, foi alterado, e, agora, os membros do Ministério Público também passarão a receber subsídios. 
b) Por força da nova redação do art. 135 da CF, os integrantes da Advocacia-Geral da União, os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, assim como os Defensores Públicos serão, agora, igualmente remunerados mediante subsídio. 
SUBSIDIO NA CONSTITUIÇÃO
c) Serão ainda remunerados mediante subsídio os membros dos Tribunais de Contas, por força da remissão feita no art. 73, § 3º, da Constituição Federal e do disposto no art. 75 do mesmo diploma. 
d) Assim ocorrerá igualmente com os policiais federais, com os policiais rodoviários federais, com os policiais ferroviários federais, com os policiais civis dos Estados e com os policiais militares e bombeiros militares, em razão da inserção do § 9º no art. 144 da Constituição. 
Subsídio 
É uma parcela única. 
Recebe por subsídio quem recebe uma parcela só, sem nenhum tipo de gratificação ou vantagem pecuniária. 
Salvo as indenizações porque indenização tem caráter de ressarcimento e não de integrar a remuneração.
Servidor Público Efetivo poderá receber subsídio?
Art. 39. omissis
§8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
INDENIZAÇÕES 
Ajuda de custo, Diárias, Indenização de Transporte, Auxílio Moradia.
Indenizações visam ressarcir um gasto do servidor. 
INDENIZAÇÕES 
Não incorporam o vencimento ou o provento dos servidores. 
Então, o servidor que recebe por subsídio pode ser indenizado.
Características 
das indenizações:
 
a) São eventuais (não são necessárias, ou inerentes, ao exercício do cargo público, mas decorrentes de fatos ou acontecimentos especiais previstas na normas);
Características 
das indenizações:
 
b) São isoladas, não se incorporando ou integrando aos vencimentos, subsídios ou proventos para qualquer fim;
Características 
das indenizações:
 
c) São compensatórios, pois estão sempre relacionadas a acontecimentos, atividades ou despesas extraordinárias feitas pelo servidor ou agente pelo exercício da função
Características 
das indenizações:
 
d) São referenciadas a fatos, e não à pessoa do servidor. 
Art. 37. 
X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação da EC 19/1998)
Art. 39. omissis
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 
“A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção
coletiva.” 
(Súmula 679)
CAPÍTULO II
 DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; 
Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 39. omissis
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
TETO REMUNERATÓRIO
Art. 37.
XI – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, (...)
Art. 37.
XI – (...) não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando‑se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, (...)
Art. 37.
XI – (...), o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; 
(Redação da EC 41/2003) 
Art. 37.
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
Art. 37.
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
a) a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
b) a remuneração e o subsídio dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
c) a remuneração e o subsídio, os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
Segundo José dos Santos carvalho Filho: A Constituição, passou a admitir tetos remuneratórios "geral" e "específicos", estes dependendo da respectiva entidade federativa. 
Assim, estabeleceu, como teto geral para todos os poderes da União, Estados, Distrito Federal e municípios, o subsídio mensal, em espécie, dos ministros do Supremo Tribunal Federal. 
No que concerne aos tetos específicos (subtetos), foi fixado para os municípios o subsídio do prefeito e, para Estados e Distrito Federal, foram previstos três subtetos: 
1º) no Executivo, o subsídio mensal do governador; 
2º) no Legislativo, o subsídio dos deputados estaduais e distritais; 
3º) no Judiciário, o subsídio dos desembargadores do Tribunal de Justiça, aplicável esse limite aos membros do Ministério Público, aos procuradores e aos defensores públicos.
EMENTA: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. TETO DE RETRIBUIÇÃO. EMENDA CONSTITUCIONAL 41/03. EFICÁCIA IMEDIATA DOS LIMITES MÁXIMOS NELA FIXADOS. EXCESSOS. PERCEPÇÃO NÃO RESPALDADA PELA GARANTIA DA IRREDUTIBILIDADE. 1. O teto de retribuição estabelecido pela Emenda Constitucional 41/03 possui eficácia imediata, submetendo às referências de valor máximo nele discriminadas todas as verbas de natureza remuneratória percebidas pelos servidores públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, ainda que adquiridas de acordo com regime legal anterior. 
2. A observância da norma de teto de retribuição representa verdadeira condição de legitimidade para o pagamento das remunerações no serviço público. Os valores que ultrapassam os limites pré-estabelecidos para cada nível federativo na Constituição Federal constituem excesso cujo pagamento não pode ser reclamado com amparo na garantia da irredutibilidade de vencimentos. 
3. A incidência da garantia constitucional da irredutibilidade exige a presença cumulativa de pelo menos dois requisitos: (a) que o padrão remuneratório nominal tenha sido obtido conforme o direito, e não de maneira ilícita, ainda que por equívoco da Administração Pública; e (b) que o padrão remuneratório nominal esteja compreendido dentro do limite máximo pré-definido pela Constituição Federal. O pagamento de remunerações superiores aos tetos de retribuição de cada um dos níveis federativos traduz exemplo de violação qualificada do texto constitucional. 4. Recurso extraordinário provido
(STF - 02/10/2014 PLENÁRIO - RECURSO EXTRAORDINÁRIO 609.381 GOIÁS – RELATOR :MIN. TEORI ZAVASCKI) 
"A questão do subteto no âmbito do Poder Executivo dos Estados-Membros e dos Municípios — hipótese em que se revela constitucionalmente possível a fixação desse limite em valor inferior ao previsto no art. 37, XI, da Constituição — ressalva quanto às hipóteses em que a própria Constituição estipula tetos específicos (CF, art. 27, § 2º, e art. 93, V)." 
(ADIN 2.075-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 27/06/03)
Teto constitucional deve ser aplicado sobre valor bruto da remuneração de servidor
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o teto constitucional do funcionalismo público deve ser aplicado sobre o valor bruto da remuneração, sem os descontos do Imposto de Renda (IR) e contribuição previdenciária. A decisão foi tomada na sessão desta quarta-feira (15) no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 675978, com repercussão geral reconhecida, no qual um agente fiscal de rendas de São Paulo alegava que a remuneração a ser levada em conta para o cálculo do teto é a remuneração líquida – já descontados os tributos –, e não a bruta. O recurso foi desprovido pelo Plenário por unanimidade.
RE 675978 – Rel. Min. Carmen Lúcia – abril/2015
TETO CONSTITUCIONAL – ACUMULAÇÃO DE CARGOS – ALCANCE. Nas situações jurídicas em que a Constituição Federal autoriza a acumulação de cargos, o teto remuneratório é considerado em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório do que recebido.
(RE 612975 / MT - MATO GROSSO - RECURSO EXTRAORDINÁRIO - Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO - Julgamento: 27/04/2017 - Órgão Julgador: Tribunal Pleno)
Empregados Públicos (de empresas públicas ou sociedades de economia mista) estão submetidos ao teto remuneratório constitucional?
Art. 37 CR/88. (...)
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se
às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
A empresa pública ou sociedade de economia mista que se encaixa nos moldes do § 9º supracitado é enquadrada como “empresa estatal dependente”, nomenclatura utilizada pela Lei de Responsabilidade Fiscal (art. 2º, III, da Lei Complementar nº 101/2000) que traz a seguinte definição:
Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária
As empresas públicas e sociedades de economia mista não se submetem ao limite remuneratório constitucional de pagamento dos seus empregados, salvo se elas forem consideras empresa estatal dependente.
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, o § 9º do art. 37 "permite o pagamento de salários muito superiores aos padrões de mercado em entidades administrativas, nas quais, como é sabido, impera frequentemente o mais deslavado nepotismo”. (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27. ed., São Paulo: Atlas, 2014, p. 764.)
“Teto salarial. Empregado de sociedade de economia mista. Submissão aos limites estabelecidos pelo art. 37, XI, da CR. Precedentes do Plenário. Os empregados das sociedades de economia mista estão submetidos ao teto salarial determinado pelo art. 37, XI, da Constituição, ainda antes da entrada em vigor da EC 19/1998.” 
(AI 581.311‑AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 14-10-2008, Segunda Turma, DJE de 21-11-2008.) 
Isonomia Remuneratória
Art. 37 (...)
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; 
“Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia.” 
(Súmula 339)
(Súmula Vinculante 37)
Caráter geral do reajuste e inaplicabilidade da Súmula Vinculante 37
"(...) esta Corte tem afastado a aplicação do disposto na Súmula 339/STF (atual Súmula Vinculante 37) nos casos de paridade de vencimentos fundada no art. 40, § 4º (§ 8º na redação dada a partir da EC 20/98 e cujo conteúdo equivale ao art. 7º da EC 41/03), da Constituição, por desnecessidade de edição de lei para se estender a inativo benefício ou vantagem que fora outorgado a servidor em atividade." 
(ARE 854075 AgR, Relator Ministro Teori Zavascki, Segunda Turma, julgamento em 3.3.2015, DJe de 16.3.2015)
Proibição de aumento com fundamento no princípio da isonomia concedido pelo Poder Judiciário 
Não pode o Poder Judiciário compelir o Legislativo a criar lei sobre equiparação de remuneração de servidor público, conduta constitucionalmente vedada. Tampouco cabe ao Judiciário a função de legislar, criando cargos ou equiparando remuneração de servidores públicos, para tanto se articulando com o princípio da isonomia. Tal foi o que se deu na espécie, como anotado pela Agravante." 
(ARE 742574 ED, Relatora Ministra Cármem Lúcia, Segunda Turma, julgamento em 3.3.2015, DJe de 16.3.2015)
Vinculação ou equiparação de vencimentos
Art. 37
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
“É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária.” 
(Súmula 681.)
“Reajuste automático de vencimentos vinculado à arrecadação do ICMS e a índice de correção monetária. Inconstitucionalidade. LC 101/1993 do Estado de Santa Catarina. Reajuste automático de vencimentos dos servidores do Estado -membro, vinculado ao incremento da arrecadação do ICMS e a índice de correção monetária. Ofensa ao disposto nos arts. 37, XIII; 96, II, b; e 167, IV, da CB. Recurso extraordinário conhecido e provido para cassar a segurança, declarando- se, incidentalmente, a inconstitucionalidade da LC 101/1993 do Estado de Santa Catarina.” 
(RE 218.874, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 7-11-2007, Plenário, DJ de 1º-2-2008.) 
“Conforme reiterada jurisprudência desta Corte, mostra-se inconstitucional a equiparação de vencimentos entre servidores estaduais e federais, por ofensa aos arts. 25 e 37, XIII, da CF.” 
(ADI 196, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 15-8-2002, Plenário, DJ de 20-9-2002.) 
É inconstitucional a vinculação de vencimentos de cargos efetivos ao salário mínimo vigente
(RE 210.682, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 28-8-1998)
Acréscimos pecuniários
Art. 37
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
As vantagens pecuniárias devem ser acrescidas tomando como base o vencimento do cargo. 
Não podem os acréscimos pecuniários ser computados nem acumulados para efeito da percepção de outros acréscimos. 
Essa foi (e ainda é em alguns casos) uma prática constante empregada na Administração, denominada de efeito cascata, e que gera evidentes distorções no sistema remuneratório.
“(...) o adicional disciplinado no referido decreto-lei não tem natureza de aumento de vencimento. Interpretando o DL 2.019/1983, em deliberação administrativa ocorrida em 4-4-1983, o Plenário desta Corte afastou, expressamente, a possibilidade da ocorrência do denominado ‘repicão’ (incidência de adicional sobre adicional anterior da mesma natureza), ao determinar que ‘(...) o cálculo da gratificação adicional será efetuado sobre o vencimento e a representação percebidos, não incidindo sobre o valor dos adicionais decorrentes de quinquênios anteriores’”.
 
(AO 150, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 23-10-2008, Plenário, DJE de 27-2-2009.) 
Irredutibilidade de vencimentos
Art. 37
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
“Administrativo. Transposição do regime celetista para o estatutário. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico. Possibilidade de diminuição ou supressão de vantagens sem redução do valor da remuneração.” 
(RE 599.618‑ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 1º-2-2011, Primeira Turma, DJE de 14-3-2011.) Vide: RE 212.131, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 3-8-1999, Primeira Turma, DJ de 29-10-1999. 
 “Direito adquirido. Gratificação extraordinária. Incorporação. Servidora estatutária. Cessada a atividade que deu origem à gratificação extraordinária, cessa igualmente a gratificação, não havendo falar em direito adquirido, tampouco em princípio da irredutibilidade dos vencimentos.” 
(RE 338.436, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 2-9-2008, Primeira Turma, DJE de 21-11-2008.)
 “Devido processo legal. Proventos. Diminuição. Direito de defesa. A alteração de proventos de servidor público somente pode ocorrer oportunizando- se o direito de defesa, ou seja, instaurando- se processo administrativo.” 
(AI 541.949‑AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 13-4-2011, Primeira Turma, DJE de 18-5-2011.) Vide: RE 501.869‑AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 23-9-2008, Segunda Turma, DJE de 31-10-2008. 
Este material expositivo foi elaborado com base em compilação de diversas fontes de pesquisa: doutrina, jurisprudência, legislação, artigos da internet, mídia em geral (vídeos, jornais, revistas etc). 
Assim, por meio de tais fontes, houve a formatação das informações,
inclusive com inserções pessoais neste material, para possibilitar a sistematização otimizada do conhecimento e estudo pelos alunos. 
Não há pretensão do desenvolvimento de trabalho autoral, sendo que todas as fontes bibliográficas estão devidamente fichadas para consulta de qualquer interessado.

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