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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO SECRETARIA ADJUNTA DE ENSINO DIRETORIA DE ENSINO MÉDIO E PROFISSIONAL COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ESCOLA ESTADUAL TECNOLÓGICA DO PARÁ PROFº ANÍSIO TEIXEIRA YOLANDA FERREIRA JESSICA BRASIL MOVIMENTO FEMINISTA ARQUIVISTICA BELÉM/PA DEZEMBRO/2018 Introdução A presente atividade tem por objetivo aprimorar conhecimentos alusivos as conquista que o movimento feminista proporcionou a todas as mulheres, e como este é importante para a história. Neste espaço busca repassar as principais ideias do movimento, a fim disponibilizar maiores esclarecimentos, mostrando os benefícios referente a luta por igualdade de gênero. O que é o movimento feminista? O movimento feminista é um movimento social, político e econômico que tem o objetivo de discutir e lutar por direitos das mulheres. O movimento 3feminista luta para que as mulheres deixem de ser vítimas de diversas formas de opressão social para levar a sociedade às estruturas mais justas. Origem Na Revolução Francesa (1789) a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, escrito no ano da Revolução, foi combatida pela “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã”, escrito pela feminista francesa Olympe de Gouges (1748-1793) em 1791. No documento, ela criticava a Declaração da Revolução, pois era somente aplicada aos homens. Além disso, alertava para a autoridade masculina e a importância das mulheres e da igualdade de direitos. Por esse motivo, a revolucionária foi executada em Paris, dia 3 de novembro de 1793. No entanto, sua morte, considerada um marco do feminismo no mundo, fez surgir diversos movimentos feministas posteriores. Entretanto, foi a partir da Revolução Industrial no século XIX, que esse panorama muda de maneira substancial. As mulheres já começam a trabalhar nas fábricas, fazendo parte da força econômica do país. História Na época do Brasil Colônia (1500-1822), pouco foi conquistado. Vivia-se uma cultura enraizada de repressão às minorias, desigualdade e de patriarcado. As mulheres eram propriedades de seus pais, maridos, irmãos ou quaisquer que fossem os chefes da família. Nesse período, a luta das mulheres era focada em algumas carências extremamente significativas à época: direito à vida política, educação, direito ao divórcio e livre acesso ao mercado de trabalho. Durante o Império (1822-1889), passou a ser reconhecido o direito à educação da mulher, área em que seria consagrada Nísia Floresta (Dionísia Gonçalves Pin, 1819-1885), fundadora da primeira escola para meninas no Brasil e grande ativista pela emancipação feminina. Até então não havia uma proibição de fato à interação das mulheres na vida política, visto que não eram nem mesmo reconhecidas como possuidoras de direitos pelos constituintes, fato que levou a várias tentativas de alistamento eleitoral sem sucesso. Algumas mudanças começam a ocorrer no mercado de trabalho durante as greves realizadas em 1907 (greve das costureiras) e 1917, com a influência de imigrantes europeus (italianos e espanhóis), e de inspirações anarco sindicalistas, que buscavam melhores condições de trabalho em fábricas, em sua maioria têxtil, onde predominava a força de trabalho feminina. Entre as exigências das paralisações, estavam a regularização do trabalho feminino, a jornada de oito horas e a abolição de trabalho noturno para mulheres. No mesmo ano, foi aprovada a resolução para salário igualitário pela Conferência do Conselho Feminino da Organização Internacional do Trabalho e a aceitação de mulheres no serviço público. Ainda no início do século XX, são retomadas as discussões acerca da participação de mulheres na política do Brasil. É fundada então, em 1922, a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, onde os principais objetivos eram a batalha pelo voto e livre acesso das mulheres ao campo de trabalho. Em 1928, é autorizado o primeiro voto feminino (Celina Guimarães Viana, Mossoró-RN), mesmo ano em que é eleita a primeira prefeita no país (Alzira Soriano de Souza, em Lajes-RN). Ambos os atos foram anulados, porém abriram um grande precedente para a discussão sobre o direito à cidadania das mulheres. Alguns anos depois, em 24 de Fevereiro de 1932, no governo de Getúlio Vargas, é garantido o sufrágio feminino, sendo inserido no corpo do texto do Código Eleitoral Provisório (Decreto 21076) o direito ao voto e à candidatura das mulheres, conquista que só seria plena na Constituição de 1946. Um ano após o Decreto de 32, é eleita Carlota Pereira de Queiroz, primeira deputada federal brasileira, integrante da assembleia constituinte dos anos seguintes. Durante o período que antecede o Estado Novo, as militantes do feminismo divulgavam suas ideias por meio de reuniões, jornais, explicativos, e da arte de maneira geral. Todas as formas de divulgação da repressão sofrida e os direitos que não eram levados em consideração, eram válidas. Desta forma, muitas vezes aproveitam greves e periódicos sindicalistas e anarquistas para manifestarem sua luta, conquistas e carências. Entre os dois períodos ditatoriais vividos pelo Brasil, o movimento perde muita força. Destacando conquistas como a criação da Fundação das Mulheres do Brasil, aprovação da lei do divórcio, e a criação do Movimento Feminino Pela Anistia no ano de 1975, considerado como o Ano Internacional da Mulher, realizando debates sobre a condição da mulher. Nos anos 80 foi criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, que passaria a Secretaria de Estado dos Direitos da Mulher, e passou a ter status ministerial como Secretaria de Política para as Mulheres. A partir da década de 60, o movimento incorporou questões que necessitam melhoramento até os dias de hoje, entre elas o acesso a métodos contraceptivos, saúde preventiva, igualdade entre homens e mulheres, proteção à mulher contra a violência doméstica, equiparação salarial, apoio em casos de assédio, entre tantos outros temas pertinentes à condição da mulher. Mulheres que se tornaram símbolos no movimento Maria Quitéria de Jesus Nem todo mundo conhece a heroína brasileira que, em 1822, entrou para o exército nacional, o Batalhão dos Voluntários do Príncipe, vestida como homem e era chamada de soldado Medeiros . Muito hábil com armas, disciplinada e audaciosa, ela lutou a Guerra da Independência, combatendo os portugueses resistentes ao movimento disfarçada de homem. Nascida provavelmente em 1792 na Comarca de Nossa Senhora do Rosário, em Feira de Santana (BA), Maria Quitéria foi a primeira mulher a integrar uma unidade militar no País. Marie Curie Cientista polonesa naturalizada na França, ela acumula dois grandes títulos: foi a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel e a primeira pessoa a ganhar dois prêmios Nobel em áreas diferentes (química e física). Mas, antes disso, precisou lutar pelo direito aos estudos. Marie nasceudia 7 de novembro de 1867 e era uma excelente aluna na escola. Porém, foi impedida de seguir para o ensino superior por ser mulher. Então, ela buscou uma instituição de ensino clandestina que aceitava mulheres para se tornar uma das mais importantes cientistas do mundo. Pagu Nascida em 1910, em São João da Boa Vista (SP), Patrícia Rehder Galvão foi escritora, poeta, tradutora, jornalista e musa do movimento modernista. Sua obra tratava da defesa da mulher pobre e criticava o papel conservador feminino na sociedade. Casada com Oswald de Andrade, eles militaram no Partido Comunista. Inclusive, foi a primeira mulher a ser presa por motivos políticos. Poucos anos depois, após participar da Levante Comunista, Pagu foi presa e torturada diversas vezes. Foi um total de 23 vezes. Simone de Beauvoir Dificilmente alguém não ouviu falar da “papisa do feminismo”! Publicado em 1949, “O Segundo Sexo” é citado em qualquer debate sobre gênero. Simplesmente porque o livro criou as bases do feminismo que conhecemos hoje. Simone mapeou as formas de opressão masculina, falou sobre patriarcado e inferiorização da mulher, questionou o casamento e entre outros. Quando a obra foi lançada, chegou a ser chamada como “um atentado ao pudor”. Levou mais de uma década para as mulheres entenderem a importância da publicação, mas foi baseada nela que vieram as reivindicações feministas dos anos 1960. Aliás, se você pode se divorciar hoje, agradeça a Simone. Maria da Pena A Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, como Lei n.º 11.340 visa proteger a mulher da violência doméstica e familiar. A lei ganhou este nome devido à luta da farmacêutica Maria da Penha para ver seu agressor condenado. Em 1983, seu esposo tentou matá-la com um tiro de espingarda. Apesar de ter escapado da morte, ele a deixou paraplégica. Quando, finalmente, voltou à casa, sofreu nova tentativa de assassinato, pois o marido tentou eletrocutá-la. Quando criou coragem para denunciar seu agressor, Maria da Penha se deparou com uma situação que muitas mulheres enfrentavam neste caso: incredulidade por parte da Justiça brasileira. Por sua parte, a defesa do agressor sempre alegava irregularidades no processo e o suspeito aguardava o julgamento em liberdade. Em 1994, Maria da Penha lança o livro “Sobrevivi….posso contar” onde narra as violências sofridas por ela e pelas três filhas. Da mesma forma, resolve acionar o Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM). Estes organismos encaminham seu caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1998. Considerações finais Concluindo afirma-se que este trabalho trouxe um resultado significativo na formação de todos os envolvidos, muito importante visto ter proporcionado conhecimentos significativos referentes a história do movimento feminista, e como tudo que foi conquistado ao decorrer dos acontecimento proporcionou as mulheres uma maior visibilidade em meio ao corpo social, buscando a igualdade de gênero em diversos parametros. Referências bibliográficas www.todapolitica.com/movimento-feminista/ www.politize.com.br/movimento-feminista-historia-no-brasil/ universa.uol.com.br/notícias/redacao/2018/04/24/conheca-15-mulheres-feministas-que-marcaram-a- historia.htm www.todamateria.com.br/lei-maria-da-penha/ brasilescola.uol.com.br/geografia/a-importancia-da-mulher-na-sociedade.htm www.todamateria.com.br/feminismo/
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