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Bertha Lutz corrigido

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Centro Universitário Leonardo Da Vinci - UNIASSELVI
Acadêmicas:
Cleidinara, 
Indianara, 
Jackeline Matias, 
Karine Oliveira, 
Laís
Tutora Vania Cozer
BERTHA MARIA JÚLIA LUTZ
 
Curitibanos, junho de 2019.
RESUMO
Bertha Lutz foi ativista, Bióloga e Política Brasileira. Foi uma figura muito significativa do feminismo e da educação no Brasil no século XX.
Foi uma grande líder feminista, uma das pioneiras da luta pelo voto feminino e pela igualdade de direitos entre homens e mulheres no País, ela se empenhou pela aprovação da legislação que outorgou o direito as mulheres de votar e serem votadas.
Sua história é contada por meio do acervo da federação Brasileira pelo congresso Feminino, Instituição a qual foi uma das fundadoras.
PALAVRA CHAVE: Política, Educação, Direito.
INTRODUÇÃO
	Quando falamos de direitos políticos e igualdade entre homens e mulheres, podemos e devemos citar um grande nome que é Bertha Lutz, Mulher esta que foi grande líder feminista e se empenhou ao Máximo para conseguir dar a mulher o direito do voto. 
Além de Bióloga e pioneira no movimento de igualdade de gênero, Bertha também era escritora. A qual mostraremos mais a fundo neste trabalho.
1. BIOGRAFIA DE BERTHA MARIA JÚLIA LUTZ
Nascida em São Paulo, no dia 2 de agosto de 1894, filha da enfermeira inglesa Amy Fowler e do cientista e pioneiro da medicina tropical Adolfo Lutz, Bertha Maria Júlia Lutz é conhecida como a maior líder na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras. Zoóloga de profissão, Bertha foi educada na Europa, onde entrou em contato com o movimento feminista e a campanha sufragista inglesa.
Empenhou-se na luta pelo povo feminino e criou, em 1919, a liga a emancipação intelectual da mulher, que foi o embrião da federação brasileira pelo progresso feminino. Em 1922, Bertha representou na assembleia geral da liga das mulheres eleitoras, nos Estados Unidos, sendo eleita vice-presidente da sociedade Pan-Americana. 
Candidata, em 1933, a uma vaga na assembleia nacional constituinte de 1934, Bertha não conseguiu se eleger-se, mas obteve a primeira suplência na demanda seguinte e acabou assumindo o mandato de deputada na câmara federal em julho de 1936, devido à morte do titular. Sua atuação parlamentar foi marcada por propostas de mudança na legislação referente ao trabalho da mulher e do menor, visando, além de igualdade salarial, a liderança de três meses para a gestante e a redução da jornada de trabalho de 13 horas diárias. Com o regime do estado novo, implantando em 1937, e o fechamento das casas legislativas. Ocupou grandes cargos importantes, entre os quais a chefia do setor de Botânica do museu nacional, cargo no qual se aposentou em 1964.
Para Bertha Lutz, 
“Uma constituição não deve ser uma camisa de força, nem o espelho de um momento que procura perpetuar a imagem das paixões transitórias e de teorias evanescentes. Deve marcar um passo à frente na marcha redentora da civilização. Deve ser uma moldura ampla que possa enquadrar todas as manifestações da vida política, no domínio pacífico da lei”.
Foi à única mulher a integrar a delegação do Brasil a conferencia de São Francisco, que entre maio e junho de 1945, redigiu e adotou a carta das nações unidas. Buscou promover a igualdade entre homens e mulheres não só nos trabalhos da organização, como também princípio universal. Bertha foi convidada pelo governo brasileiro a integrar a delegação do país no primeiro congresso internacional da mulher, realizado na cidade do México. 
Bertha Maria Júlia Lutz faleceu no Rio de Janeiro em 16 de setembro de 1976, aos 84 anos.
 
2. BERTHA LUTZ E A POLÍTICA
Bertha Lutz é conhecida como a maior líder na luta pelos direitos políticos das mulheres Brasileiras. Zoóloga de profissão, Bertha Maria Júlia Lutz é conhecida como a maior líder na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras. Ela se empenhou pela aprovação da legislação que outorgou o direito às mulheres de votar e de serem votadas.
Em 1922, Bertha representou as brasileiras na Assembleia-Geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, sendo eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. Somente dez anos depois do ingresso das brasileiras na Liga das Mulheres Eleitoras, em 1932, por decreto-lei do presidente Getúlio Vargas, foi estabelecido o direito de voto feminino.
Sucessora de Leolinda Daltro, fundadora da primeira escola de enfermeiras do Brasil, Bertha Lutz organizou o primeiro congresso feminista do país e, na Organização Internacional do Trabalho (OIT), discutiu problemas relacionados à proteção do trabalho da mulher. Também fundou a União Universitária Feminina, a Liga Eleitoral Independente, em 1932, e, no ano seguinte, a União Profissional Feminina e a União das Funcionárias Públicas. Bertha admitiu que a federação perdera o impulso inicial após a conquista do voto: 
” Além disso, o número de adeptas não é constante e depende dos problemas levantados no momento. Por exemplo, na campanha pelo voto feminino, o número de feministas era muito grande, mas, depois de o voto ser conseguido, muitas feministas simplesmente desapareceram (MORRE..., 1976, p. 23)”.
Candidata, em 1933, pela Liga Eleitoral Independente, a uma vaga na Assembleia Nacional Constituinte de 1934, pelo Partido Autonomista do Distrito Federal, Bertha não conseguiu eleger-se. Mas obteve a primeira suplência no pleito seguinte e acabou assumindo o mandato de deputada na Câmara Federal em julho de 1936, devido à morte do titular, Cândido Pessoa.
Sua atuação parlamentar foi marcada por proposta de mudança na legislação referente ao trabalho da mulher e do menor, visando, além de igualdade salarial, a licença de três meses para a gestante e a redução da jornada de trabalho, então de 13 horas diárias.
Com o regime do Estado Novo implantado em 1937 e o fechamento das casas legislativas, Bertha permaneceu ocupando importantes cargos públicos, entre os quais a chefia do setor de Botânica do Museu Nacional, cargo no qual se aposentou em 1964. No ano de 1975, Ano Internacional da Mulher, estabelecido pela ONU, Bertha foi convidada pelo governo brasileiro a integrar a delegação do país no primeiro Congresso Internacional da Mulher, realizado na capital do México. Foi seu último ato público em defesa da condição feminina. Bertha Lutz faleceu no Rio de Janeiro em 16 de setembro de 1976, aos 84 anos.
Bertha Lutz escreveu um artigo sobre Museus o qual apresenta o pensamento de Bertha Lutz sobre o papel educativo dos museus, a partir de observações sobre o funcionamento dos setores educativos de cinquenta e oito museus norte-americanos visitados entre abril e maio de 1932. Após retorno de viagem, Bertha produziu um extenso relatório, com o objetivo de transformá-lo numa publicação, intitulada “A função educativa dos museus”. Entretanto, o texto permaneceu inédito até 2008. A obra principia pela influência de um novo conceito de museu que se consolidava nos Estados Unidos desde o início 
do século XX, que preconizava o caráter público e didático da instituição, além de sua projeção social, sintetizado na expressão “the new museum idea”. A análise da publicação descortina o caráter inovador do pensamento de Bertha Lutz, especialmente se levarmos em consideração o pouco desenvolvimento das atividades educativas nos museus brasileiros no período. Também permite ampliar a contribuição da autora para além de seu papel pioneiro na luta pelo voto feminino e na organização dos movimentos feministas no Brasil. Palavras-chaves: Museu Nacional; musicologia; educação em museus; Bertha Lutz.
E Ainda em 1973 publicou o livro Brazilian Species of Hyla, ela trabalhou toda a vida para redigir este livro, em cartas trocadas com a amiga feminista Carrie Catt, nos anos 1940, ela comenta estar escrevendo um livro sobre os sapos brasileiros. Já na década de 1960, Bertha finaliza o livro com imagens colhidas por seu irmão, Gualther. Em 1973, a editora da Universidade do Texas finalmente publicoua obra.
3. UMA PARCERIA INUSITADA
A parceria entre duas mulheres com o intuito de fundar uma associação feminina em 1920. As mulheres são Bertha Lutz e Maria Lacerda de Moura. A associação é a Liga para Emancipação Intelectual das Mulheres (LEIM), uma das primeiras a lutar pelos direitos femininos no Brasil. feminista brasileiro. 
Muito já se escreveu sobre Bertha Lutz e Maria Lacerda de Moura. Mulheres com propostas e visões de mundo diversas. Uma anarquista e a outra conservadora, ambas com atuação marcante nas décadas de 1920 e 1930.
Contudo, ainda pouco se sabe sobre a aproximação inicial de tais mulheres para fundar uma associação feminina no Brasil, a Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher (LEIM), bem como as nuances de seu afastamento pouco tempo depois.
 Apesar de ambas serem consideradas como fundadoras da Liga, no início de 1920, o contato entre elas foi sendo aos poucos rompidos. Segundo estudos , isso teria ocorrido porque, enquanto Lutz “priorizava os cuidados com a ampliação dos direitos políticos e legais e com a melhoria da situação econômica da mulher dentro da sociedade brasileira” (HAHNER, 2003, p.291), Maria Lacerda de Moura “queria conscientizar as mulheres de sua condição de servidão à família e conduzi-las à participação social” (LEITE, 2005, p.17). Esse desacordo caracterizaria um conflito entre elas, uma vez que Lutz procurava integrar a mulher brasileira na sociedade vigente, solicitando os mesmos direitos que os homens, pelas vias legais, mas sem propor mudanças radicais na forma com que a mulher estava inserida, enquanto Moura procurava, por sua vez, expor a servidão que o sexo feminino estava vivenciando naquele momento e propunha uma revolução nos costumes.
O que aproximou duas mulheres de gerações diferentes e com propostas diversas de emancipação do sexo feminino? Na época em questão, outra mulher tinha seu nome veiculado pela imprensa da capital federal – Leolinda de Figueiredo Daltro, professora que, desde 1910, lutava em prol da emancipação feminina, chegando a fundar, em 1910, uma associação feminina, denominada Partido Republicano Feminino (PRF).6 O grupo formado em torno de Leolinda e do PRF era o mais execrado pela imprensa da época. Boa parte da imprensa carioca não se cansava em fazer chacota em torno do nome de Daltro, quase sempre a denominando como representante do mau feminismo, aquele que não devia ser seguido pelas mulheres brasileiras.
Bertha, em uma das suas primeiras manifestações sobre o tema da participação feminina no mundo público e da necessidade das mulheres se unirem para fazer valer seus direitos, exalta o papel das professoras “às quais a nação confia a educação de seus filhos, [pois essas] mostram que em nosso país também há mulheres de grande valor”
Tudo leva a crer que foi a busca de uma não vinculação com o grupo da professora Daltro, que estava recebendo críticas negativas da imprensa no final da década de 1910, que levou Bertha Lutz a entrar em contato com outra professora, Maria Lacerda de Moura, que vinha tendo o seu nome veiculado na imprensa da capital federal com palavras elogiosas. Bertha escreveu: 
“O Brasil está hesitando entre caminhar para o fascismo ou permanecer uma democracia, e eu receio muito que seja para o fascismo. A Assembleia Constituinte será a principal força nessa decisão e nela haverá apenas uma mulher, que é mais entusiástica com a Revolução de São Paulo do que com outra coisa. São Paulo é favorável à democracia, mas também é muito militante e dispõe de grandes organizações de ex-militares (LUTZ, 1933)”.
Tanto a aproximação quanto o afastamento de Lutz e de Moura foram importantes para a organização do movimento feminista liderado por Bertha. A aproximação entre elas – no final de 1920 – parece ter sido a responsável por grande parte das diretrizes que Bertha iria tomar à frente da Liga, e seu afastamento – a partir do final de 1921 – também expôs os limites a que Bertha não estava disposta a cruzar pela causa feminista. Um desses limites foi definido pela posição radical de oposição à Igreja Católica demonstrada por Maria Lacerda de Moura, uma vez que Bertha, mais do que confrontação, buscava a conciliação para atingir os seus objetivos.
4. SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
Bertha Lutz foi uma das principais líderes na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras. Ela empenhou-se pela aprovação da legislação que outorgou o direito das mulheres de votar e serem votadas.
No ano de 1919 criou a Liga para Emancipação intelectual da Mulher.
Pioneira do feminismo no brasil. Sua vida toda foi dedica a libertação da mulher e a consolidação das instituições democráticas brasileiras. Ela personificou tudo que para nós, representava a imagem de uma mulher atuante politicamente, na qual nunca se recusou a enfrentar algum desafio imposto pela sociedade que tinha muito preconceito pela figura feminina. 
Ela era uma cientista muito reconhecida e teve um papel importante em termos de luta pelos direitos femininos em especial pelo direito de voto. Porém não estava preocupada apenas com o direito das fotos e sim em questão de trabalho, diretos civis e educação. Foi uma mulher polivalente e muito firme, que lutava por seus direitos.
Na luta pelos direitos femininos, Bertha Lutz percebe a importância da estratégia da educação que privilegie a instrução de ambos os sexos, que é um direito igual para todos, no qual é o caminho para a evolução dos indivíduos em progresso as nações brasileiras.
Bertha participou da Associação Brasileira de Educação, na qual tem um projeto para a escola pública e gratuita. Ou seja, um projeto no qual defende a educação como um direito cívico e social, principalmente para as mulheres. Um dos lemas de seu movimento foi; Educação Secundária para todos e trazer para área da educação grupos de mulheres que até então estavam segregadas, um exemplo seria as mulheres de culturas e comunidades indígenas, que possuem um trabalho interessante em meio a sua cultura. Na qual Bertha queria mostrar que estas mulheres também necessitavam e deveriam ter participação na educação, ou seja, teriam que ter acesso como todas as outras comunidades.
Ela tinha uma advertência para os educadores- Faça da Educação um Prazer. Dizia que a escola não era um lugar para fosse depositado conhecimento na cabeça dos educandos. E sim que a escola deveria proporcionar um momento prazeroso em meio aos conhecimentos que deveriam ser transmitidos e deve-se saber aproveitar a curiosidade das crianças. Bertha falava que a escola é espaço de organização de pensamentos e assim fazer com que as pessoas pudessem pensar e olhar para além das escolas.
Foi uma grande mulher, seu comportamento era incomum e único que deixava de lado o tradicionalismo que as mulheres se encontravam.
Ela foi a primeira mulher em passar em um concurso público, disputando a vaga apenas com homens e ficou em segundo lugar. 
No ano de 1922 consegue que as meninas frequentassem o colégio Pedro º, na qual proibia a frequência de mulheres. Ainda neste ano foi eleita a vice-presidente da Sociedade Pan-americana de Mulheres, durante a realização da conferencia interamericana de mulheres no E.U.A. No seu retorno ao Brasil funda a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. Em seu estatuto a entidade se propõe de promover a educação e os direitos políticos das mulheres. 
Bertha Lutz participa da Fundação da Associação Brasileira de Educação em 1924, ao lado de grandes educadores como Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo e Lourenço Filho.
Em 1928 ingressa na faculdade de Direito de Rio de Janeiro e depois de cinco anos publica o estudo “A Nacionalidade da Mulher Casada”; na qual queria entender a situação da mulher para ter argumentação na parte jurídica na luta pelos direitos, pois o direito civil não permitia que a mulher casada tivesse independência, ou seja, teria que ser sempre dependente de seu esposo.
Ela conseguiu convencer muitos políticos a aceitarem a igualdade de homens e mulheres. Realizou em 1932 uma viagem aos E.U.A. para realização de cursos sobremuseus de educativos, visitou muitos e estudou em diversos. 
A função educativa dos museus.
Em 1935 Bertha Lutz concorre a deputada federal, e foi eleita para suplência, mas assume o cargo no ano seguinte. como parlamentar ela cria a Comissão do Estatuto da Mulher para promover a regulamentação dos direitos femininos. Porém como advento do estado novo a partir do golpe que foi liderado por Getúlio Vargas 1937, o congresso é fechado e os novos direitos não são regulamentados. 
Ela estava preocupada com o bem-estar de todos os trabalhadores tanto homens e mulheres, apesar de ela ser feminista. No ano 1937, ela então se dedica a chefia no setor de botânica no museu nacional.
Em 1975, decretado dia Internacional da Mulher, pela organização das nações unidas, Bertha Lutz se despede da vida pública, participando da Conferencia Mundial do México. 
Muitos direitos conquistados pelas mulheres nos últimos 30 anos resultaram das batalhas travadas por Bertha Lutz. Muitas homenagens são prestadas a ela, em especial o diploma mulher cidadã Bertha Lutz pelo senado federal para destacar brasileiras com a atuação em defesa nos direitos femininos. 
Foi por meio dela, que até hoje buscamos que as mulheres atuem cada vez mais na sociedade e percebemos que toda sua trajetória valeu a pena, pois grande parte dos educadores é do sexo feminino.
E assim criamos a nossa identidade, enfatizando a grande importância da educação da vida de todas as mulheres.
5. TRAGETÓRIA ACADÊMICA.
Bertha fez o ensino superior na Europa, formando-se em ciências naturais pela universidade de Paris, em 1918, especializou em anfíbios anuros. Durante sua permanência na universidade teve contato com o movimento feminista inglês.
Voltou para o Brasil após sua graduação, em 1918, começou a trabalhar como tradutora no setor de zoologia do instituto Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro, onde seu pai trabalhava. 
No dia 3 de setembro do ano seguinte, foi aprovada em um concurso e nomeada secretária do museu nacional, tornou-se a segunda mulher brasileira a fazer parte do serviço público do país, mais tarde foi chefe do departamento de Botânica do museu, posição que ocupou até aposentar-se em 1964.
Formou-se em direito, em 1933, pela faculdade do Rio de Janeiro, tentou se formar professora da instituição com a tese ‟A Nacionalidade da Mulher Casada perante o Direito Internacional Privada em que abordava a perda da nacionalidade feminina quando a mulher se casava com um estrangeiro.
Bertha também foi membra do conselho de fiscalização das expedições artísticas e científicas do Brasil (1939-1951) e do conselho florestal federal (1956). Em agosto de 1965, recebeu o título de professora emérita da UFRJ.
6. FEMINISMO E DIPLOMACIA.
 “Uma constituição não deve ser uma camisa de força, nem o espelho de um momento que procura perpetuar a imagem das paixões transitórias e de teorias evanescentes. Deve marcar um passo à frente na marcha redentora da civilização. Deve ser uma moldura ampla que possa enquadrar todas as manifestações da vida política, no domínio pacífico da lei”.
Em 1919, Bertha fundou no Rio de Janeiro a liga para a emancipação intelectual da mulher, formada por um grupo de mulheres de classe média a alta escolaridade.
Em 1922, organizou o congresso feminista do Brasil e representou as mulheres brasileiras na assembleia geral da liga das mulheres eleitoras, realizada nos 
Estados Unidos, onde foi eleita vice-presidente da sociedade Pan-Americana das mulheres. Após retornar ao Brasil, ajudou a fundar Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, da qual foi presidente até 1942 e cuja principal bandeira era a coletiva de mulheres no país até a década de 1970, e de onde deveriam diversas outras associações. 
Em 1929, Bertha e outras integrantes da FBPF criaram a União Universitária Feminina, que em 1961 passou a se chamar Associação Brasileira de Mulheres Universitárias. Um dos objetivos primordiais da organização era incentivar a estudo superior e a população feminina. Em 1937, a União foi convidada formalmente a participar da criação da União Nacional dos Estudantes.
O movimento sufragista brasileiro teve uma grande vitória em 24 de fevereiro de 1932, data em que o presidente Getúlio Varga por meio do decreto nº 21.076, que instalou o novo código eleitoral e garantiu o direito de voto feminino no país. Em 1933, a bióloga fundou a união profissional e a união das funcionárias públicas. No mesmo ano, representou o Brasil na VII conferência Pan-Americana, em montevidéu (Uruguai) também foi representante brasileira na conferência internacional do trabalho de 1944, realizada nos EUA. 
Durante o evento, Bertha se empenhou, junto a outras delegações da América do Sul, para assegurar que a carta fosse revista periodicamente. Entretanto, seu grande mérito foi a luta para incluir menções sobre igualdade de gênero no texto do documento. Embora quatro mulheres tenham assinado a carta, apenas Bertha e a delegada da república dominicana, Minerva Bernadinho, defenderam os direitos femininos. Devido a atuação na conferência de São Francisco, Bertha foi convidada pelo Itamaraty a integrar a delegação brasileira a conferência do ano internacional da mulher, organizada pala ONU e realizada no México entre junho e julho de 1975.
7. ATUAÇÃO PARLAMENTAR
A carreira política de Bertha Lutz começou em 1934, quando se candidatou a câmara dos deputados do RJ pela legenda do partido autonomista do distrito federal, representada a liga eleitoral independente criada por ela em 1932 e ligada a federação brasileira pelo progresso feminino. Obteve a primeira suplência e tomou posse em 28 de junho de 1936, após a morte do deputado titular Cândido Pessoa. 
As principais bandeiras de lutas durante seu período como parlamentar foram mudanças na legislação trabalhista, em especial relacionadas aos direitos femininos, como equiparação de salário e direitos a licença-maternidade, e a luta contra o trabalho infantil. Também foi ativa na defesa do conhecimento científico da formação científica, do combate a doenças, da proteção à natureza e conservação da fauna e da flora.
 Bertha Lutz complementa, em uma de suas citações mais bonitas:
“’L’union fait la force’, diz a divisa belga; poderia também dizer: traz paz e torna possível a civilização. Enquanto as nações estiverem divididas, haverá guerra, quando se unirem, virá o reino da paz. Enquanto a mulher estiver só, será sempre o ser frágil que flutua à mercê das circunstâncias. quando se unirem, elas tornar-se-ão uma grande força. Por isso, devem ser fundadas associações de classe”. (Rio Jornal, março de 1919)
Antes da posse de Bertha na câmara, ela participou da comissão preparatória do anteprojeto do novo texto constitucional, que aconteceu em Petrópolis em 1932. Elaborou sugestões para constituição (promulgada em 1934), nas quais foram discutidas em reuniões da FBPF e estão reunidos no documento 13 princípios básicos de direito constitucional. 
As propostas defendiam os direitos políticos e jurídicos das mulheres dando ênfase as questões relativas ao trabalho, a educação, a maternidade e a infância. Foram levadas à assembleia constituinte por Carlota Pereira de Queiroz, única mulher a participar deste processo legislativo, e muitas delas incorporadas. Lutou pela criação de um ministério nacional da mulher, foi presidente da comissão de estatuto da mulher e apresentou o projeto do departamento de maternidade, infância, trabalho feminino e lar. Este foi aprovado, mas não saiu do papel devido ao fechamento do congresso em 1937.
8. CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO.
Suas contribuições para a área da biologia e de seu empenho para impulsionar as ideias feministas no Brasil, a presença de Bertha foi marcante no campo da educação. 
Em 1920 foi nomeada inspetora do ensino secundário pelo barão de Ramiz Galvão e enviada para o ginásio masculino de Lorena. Dois anos depois, como delegada do externato do colégio Pedro II, uma das instituições de ensino mais tradicionais no país desde o império até os dias atuais.
Como apoio do ministério da agricultura, Bertha realizou um estudo sobre a difusão de conhecimento doméstica e agrícola junto à população rural. Para ela este era um passo essencial para ajudar na organização das cooperativas industriais regionais femininas. Viajou para os Estados Unidos (1923) e para a Bélgicas (1929) com o intuito de analisar as experiências destes países com a educação doméstica agrícola, e inclusive recebeu um prêmio do governo de belga, em 1923, pela relevância de seus estudos.
Assim que retornou de viagem de observação nos EUA, Bertha entrou ao ministro da agricultura um relatório sobre sua experiência e as propostas de estruturação organizacional do ensino agrônomo que elaborara a partir dela. As medidas dividiam-se em dois eixos: criação de escolas superiores de economia doméstica e de um serviço de extensão dos conhecimentos de economia doméstica rural entre a população feminina do campo.
Em 1924, a pesquisadora ajudou na formação da Associação Brasileira de Educação, cuja ata de criação contou com a assinatura de sete homens e três mulheres.
9. .CONCLUSÃO
Bertha Lutz foi uma grande influência para nós mulheres, graças a sua luta e dedicação conseguiu que o mundo feminino fosse olhado de outra maneira. Que nos mulheres não somo o sexo frágil como sempre foi declarado. Lutou para que sua trajetória marcasse a vida de todos. Mostrando que sim podemos ter nosso lugar na sociedade sem depender de um marido.
Dedicou grande parte da sua vida em estudos e uma grande luta de direito de voto das mulheres.
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Bertha Lutz foi uma grande guerreira em busca dos direitos das mulheres. Desejava que o sexo feminino fosse visto pela sociedade com um olhar de força e garra. Que apesar de sermos frágeis podemos atuar neste nosso mundo como grandes atores para uma sociedade igualitária sem discriminação e com os mesmos direitos que os homens. Desde os primórdios, a mulher teve seu papel fundamental para a evolução mundial, embora por um longo período se manteve limitada aos cuidados de sua família e os trabalhos domésticos.
Assim nem sempre nascer mulher era considerado algo positivo, pois através dos séculos a figura feminina deveria estar ligada à submissão ao homem, e, pelo simples motivo de parecer mais frágil fisicamente, jamais poderia estar no topo da família. E po meio de inúmeras pesquisas percebe-se o quanto Bertha foi fundamental para independência das mulheres. Seu objetivo era que todas tivessem o seu espaço na sociedade e seus direitos. E assim ela é muitas outras conseguiram fazer com que nos mulheres sejamos tratadas com direitos e deveres iguais a de todo mundo.
 REFERÊNCIAS 
Site senado de notícias
tese de mônica karawejczyk. https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/bertha-lutz
https://www.sohistoria.com.br/biografias/berta/
http://www.arquivonacional.gov.br/br/difusao/arquivo-na-historia/908-mulheres-na-historia-bertha-lutz.html
https://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/bertha-lutz-uma-historia-de-luta-conquistas-de-direitos-da-mulher-no-brasil-20102421#ixzz5pMJsBNal 
stest 
https://cientistasfeministas.wordpress.com/2015/08/28/vida-e-feminismo-de-bertha-lutz/
http://psd.org.br/mulher/wp-content/uploads/2018/05/bertha_lutz_marques.pdf

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