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As redes sociais como instrumento de vitimização secundária e de violação à dignidade humana

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As redes sociais como instrumento de vitimização secundária e de violação à dignidade humana
Lorena Mikaela Cavalcante Souza[1: Graduada em Direito pela Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina – FACAPE.]
Edimar Edson Mendes Rodrigues[2: Doutor, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professor Auxiliar da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (FACAPE). Orientador.]
RESUMO 
As redes sociais da internet são uma subdivisão das redes sociais materiais, e como não exigem um conhecimento específico, nem ao menos uma habilidade de programação para serem utilizadas, elas rapidamente se popularizam. O presente artigo tem como objetivo investigar como as redes sociais podem tornar-se um instrumento de violação à dignidade humana, e, posteriormente, uma vitimização secundária. Para tanto, delinearam-se os padrões requeridos a uma abordagem qualitativa, o método dedutivo e a pesquisa bibliográfica. Com base nos resultados obtidos, foi possível constatar que as redes sociais se configuram como um ambiente propício a configurações de crimes e de violação aos direitos humanos. Isso ocorre porque quando mal empregadas, elas têm suas ferramentas postas como armas contra a dignidade humana. Dessa forma, qualquer usuário pode ter acesso aos dados, em qualquer lugar e a qualquer tempo, não havendo assim a capacidade de filtro ou controle sobre o conteúdo disposto na rede, o que pode ocasiona uma vitimização secundária. 
PALAVRAS-CHAVE: Redes sociais; Dignidade Humana; Vitimização Secundária.
ABSTRACT
The internet social networks are a subdivision of the materials social networks, and since they do not require specific knowledge, or at least a proframming skill to be used, they quickly become popular. This article aims to investigate how social networks can become an instrument of violation of human dignity, and, later, a secondary victimization. For that, the required standards were delineated to a qualitative approach, the deductive method and the bibliographic research. Based on the results obtained, it was possible to verify that social networks are configured as an environment conducive to configurations of crimes and violations of human rights. This is because when misused, they have their tools set up as weapons against human dignity. This way, any user can have access to data, anywhere and at any time, thus not having the ability to filter or control the content on the network, which can lead to secondary victimization.
KEYWORDS: Social networks; Human dignity; Secondary Victimization.
1 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho busca entender de que forma as redes sociais podem figurar como mecanismos de vitimização secundária e de violação a dignidade humana. Dessa forma, estabelece como objetivos no primeiro momento delimitar a conceituação de rede social, realizar a abordagem da função da dignidade humana para a proteção da pessoa frente ao sofrimento, e, por fim, analisar a vitimização secundária como produto da lesão à dignidade humana das vítimas no âmbito das redes sociais da internet.
A sociedade é constituída por redes sociais, sendo elas, portanto, antecedentes as redes sociais da internet. A rede social não está atrelada diretamente a internet como é natural se pensar, pois existem redes sociais (relação entre atores e conexões) desde os primórdios da sociedade. Wasserman e Faust (1994) definem rede social como um conjunto de dois elementos: atores (pessoas, instituições ou grupos; os nós da rede) e suas conexões (interações ou laços sociais).
Cada comportamento individual, relação interpessoal e/ou grupos vão formando um entrecruzamento de ligações sociais que se torna uma estrutura grande e complexa. De acordo com Tomaél e Marteleto (2006) redes sociais se referem a um conjunto de pessoas interligadas por relacionamentos sociais, motivadas pela amizade e por relações de trabalho ou compartilhamento de informações que por meio dessas ligações, constroem e reconstroem a estrutura social.
Sobre a comunicação mediada pelo computador, Recuero (2008, p.22) afirma que “essa comunicação, mais do que permitir aos indivíduos comunicar-se, amplificou a capacidade de conexão, permitindo que redes fossem criadas e expressas nesses espaços: as redes sociais mediadas pelo computador.” As redes existentes no mundo material foram refletidas para o mundo virtual, sendo este uma parte da rede social daquele. Essas redes conectam não apenas computadores, mas pessoas, sendo, portanto, as redes sociais da internet uma ramificação complexa das redes sociais naturais da sociedade, uma vez que essas redes estão modificando os processos sociais e informacionais da nossa sociedade. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948) traz como ideal comum a ser alcançado por todos os povos e nações que através do ensino e da educação cada indivíduo e cada órgão da sociedade se esforce para promover o respeito aos direitos humanos e liberdades individuais. Ao trazer uma abordagem qualitativa, o método dedutivo e a pesquisa bibliográfica, o presente trabalho visa mostrar como as redes sociais podem se tornar um instrumento de vitimização secundária e de violação à dignidade humana. 
Para tanto, foi realizada análise e interpretação de doutrinas, teses, artigos científicos e dissertações a fim de construir conclusões abrangentes e sólidas sobre a temática abordada. A metodologia de pesquisa é qualitativa pela natureza desse trabalho, uma vez que discute e estuda fenômenos que não podem ser revertidos em dados. 
Pois como afirma Minayo (2002, p.21) “a pesquisa se preocupa com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.”
Assim, através da referida metodologia, o presente trabalho busca promover uma reflexão acerca do que são as redes sociais, de como estas podem tornar-se instrumento de violação a dignidade humana através do mau uso de suas ferramentas e como essa violação pode se reverter a ponto de converter-se em vitimização secundária.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Delimitação conceitual de Rede Social
As redes sociais da internet são uma subdivisão das redes sociais materiais que facilitam as conexões entre os atores por meio da comunicação mediada pelo computador, e são consideradas ferramentas que proporcionam a interação e a comunicação dos indivíduos. 
Vários autores discorrem sobre as diferentes concepções de redes sociais, que se complementam entre si. Dessa forma, a definição de rede social será abordada de forma interdisciplinar, uma vez que a temática está mais presente no campo da Comunicação Social do que no próprio Direito. Segundo Ferreira (2011, p.209): 
Apesar dos muitos e grandes avanços feitos nas últimas décadas o estudo das redes está, ainda, na sua infância e não temos, como temos em outros campos, um arcabouço teórico e um programa sistemático para caracterizar as suas estruturas.
Trazendo um sentido etimológico Azevedo (2012, p.8) afirma que “o termo ‘rede’ é derivado do latim (retis), e significa entrelaçamento de fios, cordas, cordéis, arames com aberturas regulares fixadas por malhas, formando uma espécie de tecido”. Esse é o significado elementar da palavra rede, que ao unir-se com o termo “social”, leva à definição de entrelaçamento de relações entre as pessoas numa sociedade, que juntas formam um complexo, ou, rede social. Ferreira (2011, p.211) ratifica que a metáfora de tecido ou rede foi usada nas ciências sociais para associar o comportamento individual à estrutura a qual ele pertence. 
	Silva e Ferreira (2007, p.2) entendem a rede social como um conjunto de pessoas, empresas, ou qualquer outra entidade social criada, conectadas por um conjunto de relações sociais, tais como: amizade, relações de trabalho, entre outras, e não apenas sites e softwares, uma vez que são formadas a partir de um conjunto de pessoas, com algum padrão de contatos ou interações, que estabelecem diversostipos de relações e, por meio delas, circulam diversos fluxos de informação. 
Segundo o pensamento de Lévy (1993) as tecnologias não são adjetivos sociais, mas sim, parte integrante do coletivo social caracterizando os seus processos sócio técnicos. Ou seja, as redes sociais da internet não são as redes sociais e não as substituem, são apenas uma de suas subdivisões que através de suas ferramentas conseguem formar novos meios de se relacionar e de criar novas teias de conexões entre os atores. 
Em posicionamento semelhante entende Ferreira (2011, p.214): 
Esses aplicativos digitais podem ser entendidos como manifestações especiais e particulares de algumas redes sociais ou como ferramentas que permitem a explicitação digital de redes tácitas e o estímulo e desenvolvimento de novas redes com características particulares. Na atualidade, a grande maioria das redes sociais existe independentemente da tecnologia. A tecnologia evidencia e as potencializa, sobretudo nos casos em que o fator espacial impede um contato e uma relação mais próxima. É possível pensar em um futuro não muito distante, em que grande parte das redes de relações e trocas não materiais seja em ambiente virtual, ao mesmo tempo em que, com o atual nível de desenvolvimento sócio técnico, não é concebível um mundo sem trocas materiais no mundo físico.
	Logo, pode-se constatar que as redes sociais da internet são uma subdivisão mais complexa das redes sociais, uma vez que com o advento da internet, surgiram novas ferramentas de comunicação que permitiam que novas maneiras de se relacionar e de formar essa rede de conexões entre indivíduos. Sobre essa mudança da rede social para a rede social da internet, Nicolaci-da-Costa (2011, p.560) afirma que:
De modo geral, a mudança foi gerada pelo desenvolvimento de sites e ferramentas que deram novos poderes aos usuários. De modo mais específico, a inovação consistiu principalmente na construção de plataformas ou ambientes nos quais qualquer um pode colocar conteúdo dos mais diversos tipos, compartilhá-los, comentá-los, alterá-los, desenvolvê-los, etc. Os muito apreciados e populares sites que hospedam redes de relacionamento – como o MySpace, Orkut e Facebook – compartilham entre si as mesmas características básicas. Os usuários disponibilizam seus perfis no nível de detalhe que desejam (nomes ou apelidos, idade, data do aniversário, local de moradia, fotos, etc.) e, a partir destes, se relacionam com seus amigos que têm perfis análogos. Visitam esses perfis, enviam recados uns para os outros, mantêm-se informados do que acontece com os membros de sua rede social e podem sempre adicionar novos amigos. Além disso, podem criar comunidades ou participar daquelas já existentes. 
Como essas ferramentas não exigem um conhecimento específico, nem uma habilidade de programação para serem utilizadas, elas rapidamente se popularizaram, assim, segundo Nicolaci-da-Costa (2011, p.560) afirma que os “usuários rapidamente deixaram de ser receptores passivos de conteúdos divulgados [...] e assumiram o papel de produtores e divulgadores daquilo que é de seu próprio interesse nas plataformas que julgam ser as mais adequadas.” 
A pesquisa do IBGE (2017) aponta que “das 116 milhões de pessoas que acessaram a internet no Brasil em 2016, 94,2% enviaram ou receberam mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos, o que inclui redes sociais como Facebook, e Programas de Mensagem como Whatsapp.” [3: Detalhes da pesquisa disponíveis em <http://www.valor.com.br/brasil/5337837/ibge-942-dos-brasileiros-usam-internet-para-trocar-textos-e-imagens>. Acesso em 09 mar. 2018.]
É evidente que o fluxo de informações a ser disponibilizado e compartilhado em rede é imensurável, uma vez que consiste num grande banco de ideias e informações colocados online por milhões de usuários ao redor do mundo. Mídias que podem ser disponibilizadas por qualquer usuário, em qualquer lugar e a qualquer tempo, não havendo assim a capacidade de existir um filtro ou um controle eficaz sobre o conteúdo publicado na rede e permitindo ainda que ocorram fenômenos chamados virais, conforme Nicolaci-da-Costa (2011, p.561) descreve:
Um “viral” é um tipo de divulgação que consiste na circulação simultânea da informação por meio de emails, mensagens instantâneas, blogs, redes sociais, sites de informação, listas de discussão, Twitter e qualquer outro recurso disponível. [...] Como resultado, a informação se espalha rapidamente e, tal qual um vírus, “contamina” o maior número de usuários possível, em uma corrente resultante da atuação colaborativa de inúmeros usuários. 
Pela ausência desse filtro de conteúdo e pela possibilidade da ocorrência dos virais, podem as redes sociais serem veículos de matérias desagradáveis que violam a harmonia social e a esfera de direito, como ocorre quando são propagados vídeos, fotos ou áudios de vítimas de crimes em seu estado degradado de padecente da violência e é esse um dos elementos a ser estudado nesse trabalho. 
Esse ato tem causado muitos transtornos as vítimas, principalmente pela rapidez que essa divulgação não autorizada é compartilhada, e isso ocorre devido a tecnologia nos proporcionar ter acesso a qualquer tipo de assunto que no geral são sem restrições ao acesso, sendo assim a internet acabou sendo um grande vilão para as vítimas desse tipo de violência (FRANÇA, 2016, p.7).
É perceptível que as redes sociais da internet acabam sendo ambientes propícios e encorajadores para a lesão aos direitos fundamentais do homem, principalmente a dignidade da pessoa humana, pois a pessoa não é mais tratada como uma pessoa e sim como um objeto, sendo apenas mais uma foto a ser propagada. 
Não se nota, entretanto, que esse simples ato de compartilhar torna quase impossível de mensurar a extensão do dano e do constrangimento gerado, o que faz que seja ainda maior a lesão ao direito mais intrínseco de qualquer pessoa: a dignidade humana. 
2.2 Proteção da Dignidade como prevenção do sofrimento humano
A partir de agora se faz necessária à presença dos institutos jurídicos relacionados para que se alcance a percepção da problemática. De início, é indispensável compreender que há direitos que são inerentes ao ser humano sendo a condição de pessoa o requisito único e exclusivo para a titularidade de direitos. 
A dignidade humana, por exemplo, independe de elementos subjetivos, uma vez que “é um valor intrínseco à condição humana e não um valor extrínseco, a depender da condição social, econômica, religiosa, nacional ou qualquer outro critério.” (PIOVESAN, 2009, p.108). 
Ou seja, a dignidade é, portanto, da titularidade de qualquer pessoa, pois somente o fato de pertencer ao gênero humano já é suficiente para que seja conferido à pessoa o direito ao reconhecimento e preservação da vida digna (ZISMAN, 2005). Assim, não é qualquer julgamento subjetivo ou elemento da personalidade da pessoa capaz de eliminar seu direito a dignidade, uma vez que é ele o direito mais fundamental e basilar da vida humana.
Devido à importância desses institutos, pois, como entende BULOS (2007, p.401), “sem os direitos fundamentais, o homem não vive, não convive, e, em alguns casos, não sobrevive”, há a imprescindibilidade da previsão constitucional deles e uma maior proteção dando a eles um status superior as outras normas, não podendo elas violá-las.
A constitucionalização dos direitos humanos é feita para que nenhuma norma posterior venha a anular ou contradizer um direito que já foi garantido e percebido como fundamental, e para que mesmo com o avanço da sociedade e consequente avanço das normas, não se perca ou se permita violar os direitos que garantem a sobrevivência digna da espécie humana.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos prevê que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo e que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram aconsciência da Humanidade, assim se faz necessária a proteção forte e ativa desses direitos em toda e qualquer sociedade, sendo dever de cada indivíduo o seu resguardo, pois tais direitos são universais, interdependentes e interrelacionados (ONU, 1948).
Aprender com a história que nos mostra que sem garantia desses direitos fundamentais o mundo se autodestrói em guerras, autoritarismos e múltiplos genocídios, é buscar assegurar que não se repita o mesmo erro e se proteja a humanidade de mais barbaridades. 
Assim, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos se almeja unir os povos e nações em busca de que unidos possam lutar e se se esforçar mutuamente a implantar medidas políticas, jurídicas e sociais em seus respectivos países que assegurem os Direitos Fundamentais do homem.
Por conseguinte, a Constituição Federal Brasileira (1988) prevê no seu artigo 1º que a dignidade da pessoa humana é fundamento basilar da República, sendo, portanto, um dos pilares mais importantes e indispensáveis do Direito Brasileiro e configurando como marco da proteção a vida humana.
Normatizar a dignidade humana é dar um passo rumo à sua efetivação, pois de acordo como Mello (2010, p.46) a relação entre a dignidade e os direitos é uma relação de fundamento-consequência, sendo a dignidade o princípio do qual emanam os direitos que terminam por assegurar e efetivar o princípio de proteção à dignidade da pessoa humana. 
Assim, o Brasil marcava sua contribuição histórica aos objetivos da declaração, estabelecendo como fundamento basilar de sua sociedade e de sua política a dignidade humana. Além de conceder à norma o status constitucional, fazendo com que esse direito não possa ser violado por outra norma, nem por uma ação humana, sem ser considerado um grave dano, que necessitaria de imediata inibição e reparação.
Os direitos humanos em sua totalidade possuem o que Piovesan (2009, p.108) nomeia de dupla vocação, que consiste na dualidade entre a afirmação da dignidade humana e a prevenção do sofrimento humano. Ou seja, um só instituto pode conter em seu teor uma dupla eficácia, na qual uma vez assegurado e respeitado consegue proteger a pessoa de um sofrimento futuro e garantir a manutenção de sua característica basilar como humano: a dignidade. 
Na mesma linha, Flores (2002, p.15) afirma que os direitos humanos abrem e consolidam espaço de luta pela dignidade humana, invocando uma plataforma emancipatória voltada à proteção à dignidade humana e à prevenção ao sofrimento humano.
Extrai-se do pensamento dos dois autores a indispensável proteção jurídica dos direitos humanos, uma vez que sua eficácia assegura aos indivíduos elementos vitais de sua existência, a dignidade e o não sofrimento.
Definir a dignidade da pessoa humana como princípio basilar da sociedade brasileira, portanto, como fez a Constituição Federal, se traduz em assegurar a proteção jurídica do mínimo existencial aos cidadãos brasileiros e poupar-lhes do sofrimento. Sarlet (2007, p.62) reafirma esse pensamento sobre a dignidade humana, definindo-a como: 
Qualidade intrínseca e distintiva reconhecida em cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável.
É perceptível que há um ponto de interseção entre os pensamentos dos referidos autores e é justamente a defesa da dignidade como prevenção do sofrimento humano. Sem a dignidade o indivíduo perde aquilo que há de mais intrínseco e primordial a sua existência e é pelo sofrimento que há a ameaça de perdê-la. 
Dessa forma, “outorga-los e respeitá-los não é uma atitude de benevolência de quem detém o poder, mas uma exigência básica em toda sociedade que pretenda ser decente” (VALDÉS, 2006, p. 34). Uma vez que a dignidade humana não é um capricho e sim uma necessidade de todo e qualquer indivíduo.
Assim, pode-se constatar que a proteção a dignidade não é uma simples proteção a lei ou a um princípio e sim a proteção a própria pessoa e ao mínimo existencial da espécie humana. Pois, como afirma Miranda (2000), a dignidade humana vai além da unidade entre os direitos e os princípios, uma vez que o que realmente conta é a unidade da pessoa.
Quando se viola as normas e os princípios fundamentais, não se viola apenas a norma e sim a integridade da pessoa, uma vez que tais institutos, como visto, são inerentes a ela e constituem a base da sua existência. É a sua proteção através das normas que poupam a humanidade de retornar a estados bárbaros de horror e destruição.
 Sendo assim, a pessoa e não a norma é o centro de imputação jurídica e por isso, o Direito existe em função dela e para propiciar seu desenvolvimento (SILVA, 1998, p.90). Não se defende a norma sem razão e sim porque a sua eficácia gera a proteção aos bens mais importantes da humanidade. 
Logo, a norma tem um propósito maior e mais sério. Desse modo, observa-se que o constituinte reconheceu a existência do Estado em função da pessoa, e não o contrário, já que o ser humano constitui a finalidade principal, e não meio, da atividade estatal (SARLET, 2007, p.68). O Direito existe para proteger os indivíduos, e ao violar uma norma, viola-se não apenas o Direito, mas a integridade da pessoa.
Conclui-se, portanto, que qualquer lesão indevida que resulte na degradação da pessoa a coisa ou na utilização da pessoa como objeto viola evidentemente a dignidade humana, retirando da pessoa seu valor mais inerente e primordial, a expondo ao sofrimento ao qual devia estar protegida, tornando-a vítima (FALCÃO, 2013, p.234).
Trazendo para o âmbito das redes sociais, o compartilhamento excessivo e não autorizado de fotos de pessoas em situações degradantes, coisificam aqueles indivíduos, ao trata-los como um simples objeto de informação. Se retira da pessoa sua dignidade ao expor sua intimidade e sua própria pessoa em mídias eletrônicas. 
Ter o seu corpo e a sua imagem expostos, veiculando a todos, na vastidão do ambiente das redes sociais, a situação degradante e violenta em que se encontrava torna o indivíduo algo menos humano, uma vez que se viola ali a sua dignidade.
Usurpar do indivíduo um direito que lhe é inerente e indispensável a sua sobrevivência para compartilhar fotos e vídeos a fim de veicular uma informação nas redes sociais atesta a falta de cuidado e de solidariedade para com as vítimas, o que viola a dignidade humana, além de causar um sofrimento adicional àquela pessoa.
2.3 Vitimização secundária como produto da lesão à dignidade humana das vítimas no âmbito das redes sociais da internet
	Há na doutrina uma variedade de definições em relação à vítima, mas Bittencourt (1978, p.79), que se dedicou aos primeiros estudos de vitimologia no Brasil, classifica a vítima em cinco sentidos: 1) originário que interpreta a vítima como pessoa ou animal sacrificado a uma divindade; 2) geral que a interpreta como a pessoa que sofre resultados infelizes dos próprios atos; 3) jurídico-geral que entende a vítima como aquela que sofre diretamente a ofensa ou ameaça ao bem jurídico tutelado; 4) jurídico penal-restritivo que a interpreta como indivíduo que sofre diretamente as consequências da violação da norma penal; 5) jurídico-penal amplo que julga como vítima o indivíduo e a comunidade que sofrem diretamente as consequências dos crimes. 
Para efeitos desse estudo, a abordagem se delimitará às três últimas classificações referentes ao viés jurídico de vítima, uma vez que vítima aqui se entende como o sujeito que sofre de alguma maneira as consequências de uma infração penal cometida por um agente ativo. 
Assim, a Criminologia ao se dedicar ao estudo da vítima (vitimologia), que dá mais atenção à suas particularidades e aos direitos fundamentais, consegue distinguir tipos de vitimização, ou seja, estágios de sujeição de uma pessoa ao estado de vítima.A vitimização primária é aquela correspondente aos danos à vítima decorrentes do crime, se trata da primeira imposição ao estado de vítima por consequência da ação do agente ativo contra o agente passivo. Se traduz na ocorrência de algum mal ou lesão de direito à pessoa, tornando-a vítima.
Mas existe ainda um outro tipo de vitimização que decorre dessa primeira, a vitimização secundária, que como aponta Penteado Filho (2012, p.125), é o sofrimento adicional causado à vítima decorrente do comportamento das pessoas em relação ao tratamento para com ela, assim seja na colheita de provas ou na sua exposição, as vítimas são submetidas a um segundo estado de sofrimento, suportando pela segunda vez a vitimização.
Sobre a gravidade desses estados de vitimização da pessoa, Garcia-Pablos (1992, p. 84-85) afirma que:
O dano que se experimenta a vítima não se esgota, desde logo, na lesão ou no perigo de lesão do bem jurídico e, eventualmente, em outros efeitos colaterais e secundários que possam acompanhar ou suceder a lesão. A vivência criminal se atualiza, revive e perpetua. A sociedade mesma ‘estigmatiza’ a vítima. Não a comtempla com solidariedade e justiça, tratando de neutralizar o mal sofrido, senão com mera compaixão e, às vezes, com desconfiança e receio. A vitimização produz isolamento social e essa vitimização ‘secundária’ é mais preocupante que a ‘primária’.
Percebe-se então que a submissão da pessoa a vitimização primária e secundária prologam o sofrimento da vítima e impedem o restabelecimento da sua dignidade. A pessoa ao se tornar vítima não tem seu sofrimento esgotado após a ação do infrator, pois tanto os órgãos públicos quanto a própria sociedade prologam os efeitos do crime e a mácula do sofrimento pelo tratamento que destinam a vítima.
Nesse sentido as autoridades internacionais na Declaração dos Princípios Fundamentais de Justiça Relativos às Vítimas da Criminalidade e de Abuso de Poder as Nações Unidas (ONU, 1985, p.3) definem como vítimas:
as pessoas que, individual ou coletivamente, tenham sofrido um prejuízo, nomeadamente um atentado à sua integridade física ou mental, um sofrimento de ordem moral, uma perda material, ou um grave atentado aos seus direitos fundamentais, como consequência de atos ou de omissões violadores das leis penais em vigor num Estado membro, incluindo as que proíbem o abuso de poder.
O documento traz ainda a necessidade da reparação rápida e eficaz do estado de vitimização da pessoa em busca de devolver sua dignidade. As vítimas devem ser tratadas com compaixão e respeito pela sua dignidade, dessa forma têm direito ao acesso às instâncias judiciárias e a uma rápida reparação do prejuízo por si sofrido.
Direito esse que é lesado com a configuração da vitimização secundária, pois em vez de haver a reparação da lesão e o reestabelecimento da dignidade, a pessoa é exposta e tratada sem o devido cuidado pelo tratamento social que a coloca pela segunda vez no papel de vítima.
Há, além disso, a lesão à dupla vocação dos direitos fundamentais, uma vez que não se protege a dignidade humana e nem imuniza a pessoa já sofrida de mais sofrimento. Roque (2014, p.808-810) define ainda a vitimização secundária como a falta de cuidado com a vítima fazendo-a reviver repetidamente a violência sofrida gerando a revitimização. Ao passo que ele traz a vitimização secundária no âmbito do atendimento policial e da colheita de provas, trazendo para o âmbito social faz-se aqui uma relação da exposição da vítima nas redes sociais com reexposição à memória do sofrimento da violência infligida configurando também a vitimização secundária. 
Ao priorizar a divulgação da informação do crime em vez do cuidado e prevenção do sofrimento da pessoa que está em situação degradante naquelas fotos compartilhadas, perde-se a compreensão da vítima como sujeito de direitos e se atém a busca pela verdade e pelo conhecimento dos fatos e das circunstâncias.
Dessa forma, e por esse tipo de tratamento não solidário, desumanizam a vítima ao desprezar seu sofrimento e seu direito de lidar físico e psicologicamente com o acontecido, fazendo-a rememorar e reviver continuadamente sua aflição e padecimento e assim, violando sua dignidade como pessoa humana novamente.
 É evidente o sofrimento de uma pessoa ao ser vítima de um crime, mas apesar das suas lesões físicas, morais, psicológicas, emocionais e patrimoniais muitas vítimas permanecem no anonimato sem denunciar ao que foi coagida, por medo de um novo sofrimento seja por parte dos órgãos de proteção ou seja pela própria sociedade, uma vez que ambos ainda se encontram despreparados para lidar com as fragilidades de uma vítima.
Ao definir a vitimização secundária como o conjunto de circunstâncias e eventos que, ocorrendo após o crime (vitimização primária), prolongam ou agravam as consequências suportadas pela vítima, Andreucci (2016, p.1) amplia a ocorrência da vitimização para além do âmbito da justiça e faz refletir sua ocorrência na sociedade em geral.
Caso haja na própria sociedade circunstâncias em que as vítimas sejam submetidas ao sofrimento adicional, como é o caso da exposição de fotos, vídeos e áudios do acontecimento criminoso, também resta ali configurada a vitimização secundária.
 Pois é essa também uma forma de prolongar ou agravar as consequências do crime dada a exposição em larga escala do sofrimento da vítima causada pela vastidão e rapidez de compartilhamento de uma mídia dessa espécie nas redes sociais da internet.
Com esse compartilhamento desenfreado viola-se o direito a imagem que está diretamente ligado a dignidade humana, e na situação da vítima essa violação agrava ainda mais seu sofrimento, causando a vitimização secundária. Nesse sentido reafirma Rodrigues (2008, p. 311):
O direito à imagem diz respeito à prerrogativa que a própria pessoa possui sobre a projeção de sua personalidade, física ou moral, perante a sociedade. Sua vinculação à dignidade da pessoa humana é evidente, diante de sua importância na formação da personalidade dos sujeitos. A escolha deste tema justifica-se pela grande polêmica que a expansão dos meios de comunicação visual trouxe consigo na contemporaneidade, facilmente perceptível em sua utilização pelos meios de comunicação – seja por veículos impressos, pela mídia televisiva ou por meio de endereços eletrônicos disponíveis na internet. A imagem é absorvida e transmitida com extrema rapidez e facilidade, constituindo-se em bem jurídico facilmente violável – podendo, portanto, gerar amplas e graves repercussões na sociedade.
O nível de repetição que um viral como esse pode causar chega a tornar impossível que a vítima retome seu cotidiano sem ter que reviver incansavelmente aquele sofrimento, pois ao entrar em qualquer rede vê seu padecimento ali estampado, além de as mídias terem chegado ao conhecimento de boa parte da sociedade que lhe rodeia.
Dessa forma se tira da vítima seu direito de retorno a vida tranquila, de superar o trauma e retomar sua dignidade, por terem as redes sociais sido transformadas em um instrumento de lesão a dignidade humana e consequente vitimização secundária. 
3 CONCLUSÃO 
	As redes sociais como teias de relações humanas se distinguem das redes sociais da internet por aquela não se restringir a essa. Apesar das redes sociais da internet serem os meios mais habitais de contato humano atualmente, elas surgem em uma rede social pré-existente que remonta a base da própria sociedade. Assim, uma não se desata da outra, uma vez que se complementam e os comportamentos nas redes sociais materiais refletem no comportamento nas redes sociais da internet, sejam eles bons ou ruins.
	Dessa maneira, por concluir as redes sociais da internet como sendo também um ambiente social de relações humanas, ficam elas sendo um ambiente propício a configuração de crimes e de violações a direitos, ainda mais quando se tem nelas uma série de ferramentas como a vastidão de mídias, a possibilidade de anonimato e a ausência de filtros eficazes de conteúdo.
	Percebe-se uma violaçãobastante comum no âmbito das redes sociais que se trata da exposição de mídias que apresentam as vítimas em situações degradantes de violência. À medida que ocorre essa exposição se configura a violação a dignidade humana.
	Falar em dignidade humana tornou-se um clichê como se a defesa dos direitos humanos fosse uma paixão pelas normas constitucionais, mas a defesa dos direitos humanos é nada mais do que a proteção pela sobrevivência da espécie humana, uma vez que a dignidade e a prevenção contra o sofrimento consistem no seu mínimo existencial.
	Proteger a dignidade humana é proteger a pessoa do sofrimento, poupar-lhe da vitimização. Por esse motivo quando há a exposição da vitimização primária através das mídias eletrônicas, a dignidade humana é violada, uma vez que a vítima é submetida a sofrimento adicional em vez de ser poupada deste e consequentemente é configurada a vitimização secundária.
	Percebe-se então, a relação de consequência e coexistência entre as variáveis (rede social, dignidade humana e vitimização secundária) que criam o fenômeno estudado nesse trabalho: as redes sociais como instrumento de vitimização secundária e violação da dignidade humana.
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise de como as redes sociais podem se tornar instrumentos de violação a dignidade humana e geradores de vitimização secundária. Além disso, também permitiu uma pesquisa bibliográfica para obter as delimitações conceituais necessárias para a compreensão dos objetos do texto: rede social, dignidade humana e vitimização secundária.
O presente trabalho possui ainda importância acadêmica sobre esse tema de interesse mundial, uma vez que permite construir, refletir, desenvolver e aperfeiçoar a compreensão sobre essa nova forma de violação ao direito fundamental e basilar de toda pessoa que é a dignidade humana. Concluindo que as redes sociais da internet, através do comportamento humano, se tornaram um meio propício e facilitador à violação da dignidade humana vitimizando os indivíduos de forma primária e até secundária.
Enfim, extrai-se do estudo a compreensão de que as redes sociais quando mal utilizadas têm suas ferramentas postas como armas contra a dignidade humana ao expor sem medida o sofrimento das vítimas de crimes através do compartilhamento de áudios, fotos e vídeos, impedindo a vítima de superar seu tormento e lhe causando um sofrimento adicional que se nomeia de vitimização secundária.
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