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Estampos de Dobra Prof. MSc. Alexandre Ferreira Contato: alexandre.ferreira@sociesc.org.br Prof. MSc. Alexandre Ferreira 2Projeto de Moldes e Matrizes • No dobramento, a chapa sofre uma deformação por flexão em prensas que fornecem a energia e os movimentos necessários para realizar a operação. • A forma é conferida mediante o emprego de punção e matriz específicas até atingir a forma desejada. 15 Operações de dobra • Para comprimentos de dobra considerados pequenos, utilizam-se estampos que possuem a forma a ser dobrada. • Para fabricação de perfis dobrados ou alguns tipos de peças com comprimentos de dobras considerados grandes, utilizam-se prensas dobradeiras/viradeiras com matrizes e machos (punções). • O dobramento pode ser obtido em uma ou mais operações, com uma ou mais peças por vez, de forma progressiva ou em operações individuais. Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 3 15 Tipos de estampos Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 4 Operação de Dobra em Prensa Viradeira 15 Tipos de estampos de dobra Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 5 15 Operações de dobra Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 6 Exemplos: Prensa hidráulica https://www.youtube.com/watch?v=dqlUyFdLQtU Prensa viradeira com alimentador automático https://www.youtube.com/watch?v=Vx3bcuWet98 Dobradeira Hidráulica – Produto pequeno https://www.youtube.com/watch?v=aF-k5BuEkkw 15 Operações de dobra • Na operação de dobramento devem-se levar em conta cinco fatores importantes: • A capacidade elástica do material • Retorno Elástico • O raio interno mínimo da peça a ser dobrada • O comprimento desenvolvido da peça • As forças que atuam na operação de dobramento. Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 7 15 Variáveis das operações de dobra 15.1 CAPACIDADE DE ELASTICIDADE DO MATERIAL Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 8 Quando um metal é dobrado, a sua superfície externa fica tracionada e a interna comprimida. • Produto: • Uma parte das tensões atuantes na seção dobrada estará abaixo do limite de escoamento (Le). • E a outra parte supera a este limite, conferindo à peça uma deformação plástica permanente. • Como resultado, o corpo dobrado apresenta um pequeno “retorno elástico” ou efeito mola (spring back) que deve ser compensado durante a operação de dobramento. Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 9 15.2 Retorno elástico • Na construção das ferramentas, poderá ser levado em conta este fenômeno, desenvolvendo ângulos de dobra mais fechados do que os da peça, de maneira que, depois do retorno elástico os ângulos ficarão os desejados. • Não existe cálculo para determinar a diminuição dos raios e dos ângulos; é feito por tentativa, por meio de provas e experiências. Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 10 15.2 RETORNO ELÁSTICO DO MATERIAL (spring back) • Apenas para orientação, podemos considerar que, para compensar o efeito do retorno elástico e se obter o produto com curvatura r e a dobra seja feita com ângulo α é necessário que o punção apresente um raio r’ e a dobra seja feita com ângulo ἀ’: Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 11 15.2 RETORNO ELÁSTICO DO MATERIAL O retorno elástico depende do material “r/e” (raio / espessura). É maior nos materiais mais duros. O valor do fator “K” é obtido na tabela 1: Fator de K Tabela 1: Tabela fator de K Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 12 Análise comparativa do fator de K Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 13 Exemplo 01) • Calcule o raio do Punção e o ângulo de Dobra para a peça da figura abaixo: Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 14 Peça dobrada Pelo diagrama da Figura anterior temos: 15.3 RAIO INTERNO MÍNIMO • Quanto menor o raio de dobramento, maiores são as tensões desenvolvidas na região tracionada. • Um excessivo tracionamento provocado por um pequeno raio de dobramento pode vir a romper as fibras externas da chapa dobrada. • Define-se o raio interno mínimo de dobra, como o menor valor admissível para o raio para se evitar grande variação na espessura da chapa na região dobrada. • Este valor é função do alongamento que o material sofre ao ser tracionado e da espessura da chapa que está sendo dobrada. Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 15 15.3 Raio de Dobra Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 16 Na falta de valores específicos (DIN 9635), podemos usar os seguintes valores: 15.4 CÁLCULO DO COMPRIMENTO DESENVOLVIDO • Comprimento desenvolvido da peça. • A variação da espessura da chapa na região da dobra impede que o comprimento desenvolvido seja simplesmente a soma dos comprimentos retos e curvos da peça. • Deve-se levar em conta esta variação de espessura da região dobrada, para obter o exato comprimento da chapa que vai dar origem à peça. Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 17 15.4 CÁLCULO DO COMPRIMENTO DESENVOLVIDO • Para calcular o comprimento desenvolvido da chapa devemos separar as partes retas das partes com dobra. Para o cálculo das dobras aplica-se a seguinte fórmula: Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 18 Peça dobrada Exemplo 02) • Calcular o desenvolvimento da peça da figura abaixo Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 19 Exercício 02) Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 20 18,5 5 38 16,5 10 Exercício 02) Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 21 R10 Exercício 02) Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 22 FORÇA DE DOBRAMENTO Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 23 15.5 CÁLCULO DA FORÇA DE DOBRAMENTO • As principais forças que atuam na operação de dobramento são: • Força de dobramento (Fd) • Força de prensa-chapa (Fpc) • Força lateral (Flat) Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 24 15.5 CALCULO DA FORÇA DE DOBRA Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 25 Dobra em “L” FORÇA DE DOBRAMENTO • O punção ao descer exerce a força de dobramento (Fd) sobre a parte em balanço da chapa, que começa a se deformar. • Parte desta força é transferida à parede lateral da matriz à medida que a chapa se deforma. • A força lateral é máxima quando a chapa atingir uma posição de 45º com a horizontal. Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 26 Forças de Dobra Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 27 Forças de Dobra • A força de dobra varia de acordo com o tipo de dobra. Na prática temos três tipos: • Dobra em “V” • Dobra em “U” • Dobra em “L” Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 28 Dobra em V • Na dobra em “V” a peça a ser dobrada se considera como uma viga com dois apoios carregada no centro. Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 29 Dobra em V • Segundo a Schuler e a Cincinati Td = 2Tr , isto é, a Tensão de dobra é o dobro da Tensão de ruptura à tração, porém para dobras com l/e ≤ 10 a Tensão de Dobra é dada por: Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 30 Exemplo 03) – Dobra em V • Calcular a Força para dobrar uma peça com os seguintes dados: • b = 1.000 mm / e = 3 mm / l = 50 mm / Tr = 40 kg/mm2 • Como l/e = 50/3 = 16,6 > 10 • Td = 2Tr = 80 kg/mm2 Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 31 Dobra em L • Nadobra em “L” a peça a ser dobrada se considera como uma viga engastada em balanço. Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 32 Exemplo 04) – Dobra em L • Calcular a Força para dobrar uma cantoneira de aço com os seguintes dados: • Tr = 40 kg/mm2 / b = 1.000 mm / e = 3 mm • Td = 2Tr Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 33 Dobra em U Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 34 A Dobra em “U” se comporta da mesma maneira que a dobra em “L”. Desta forma o cálculo da Força de dobra deve ser multiplicado por dois: Exemplo 05) – Dobra em U • Calcule a força necessária para dobrar em “U”, 1m de chapa de aço com Tr = 40 kg/mm² e espessura e= 3mm, em ferramenta com extrator de mola. • Tr = 40 kg/mm2 / b = 1.000 mm / e = 3 mm • Td = 2Tr Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 35 𝐹𝑑 = 2 ( 1 6 𝑥 2𝑥40 𝑥 3 𝑥 1000) = 80000Kg Cuidados Importantes durante a dobra Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 36 A força de dobra calculada acima não leva em consideração as forças dos Sujeitadores e Prensa Chapas, bem como, a planificação da face do fundo da dobra. A força dos Sujeitadores e Prensa Chapas é definido em torno de 20 a 25% da força de dobra. Para planificação do fundo da dobra a força pode chegar ao dobro da força de dobra. Devido a forma construtiva das Prensas Excêntricas deve-se tomar um cuidado especial na utilização de ferramentas de dobra “U” e “V” devido a possibilidade de “travamento” da máquina. Tipos de ferramentas Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 37 Ferramenta Simples Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 38 As ferramentas de corte simples podem ser alimentadas com peças individuais, com tira ou bobina. Neste caso é necessário prover um sistema de avanço da tira. Exemplo de Ferramenta de Corte Simples Produto Ferramenta Simples Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 39 As ferramentas de corte simples podem ser alimentadas com peças individuais, com tira ou bobina. Neste caso é necessário prover um sistema de avanço da tira. Exemplo de Ferramenta Simples (Furos e Corte de Separação) Produto Ferramenta Simples Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 40 As ferramentas de Dobra simples recebem o blank já recortado oriundo de processos anteriores de corte em Guilhotina, Ferramenta de Recorte ou corte a Laser. Exemplo de Ferramenta de Dobra simples Produto Ferramenta Simples Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 41 As ferramentas de Dobra simples recebem o blank já recortado oriundo de processos anteriores de corte em Guilhotina, Ferramenta de Recorte ou corte a Laser. Exemplo de Ferramenta de Repuxo simples Produto FERRAMENTAS MODULARES Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 42 As ferramentas modulares como o próprio nome já define são fabricadas em módulos individuais dispostos em uma mesma base, obtendo-se desta forma o produto completo. A transferência do produto de um estágio para outro normalmente é feito de forma manual ou através de acionamento mecânico ou pneumático. FERRAMENTAS MODULARES Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 43 Exemplo de Ferramenta de Dobra Modular (2 estágios) Blank recortado Dobra 1º. Estágio Dobra Final FERRAMENTAS PROGRESSIVAS Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 44 Exemplo de Corte Progressivo FERRAMENTAS PROGRESSIVAS Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 45 Exemplo de Ferramenta Progressiva – 9 Estágios FERRAMENTAS PROGRESSIVAS Prof. MSc. Alexandre Ferreira Projeto de Moldes e Matrizes 46 Exemplo de Ferramenta Progressiva – 14 Estágios
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