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Trabalho Arquitetura e Concepção Estrutural 2019 (1)

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ARQUITETURA E CONCEPÇÃO ESTRUTURAL 
Avaliações do semestre. 
1) TEMA: 
“A aplicação de possibilidades formais dos sistemas estruturais, além do papel 
funcional, no projeto de arquitetura” 
 
2) OBJETIVOS: 
 A compreensão do aproveitamento da estrutura do edifício como elemento da 
composição arquitetônica. 
 A transmissão de sensações de espaço, valores estéticos, etc., com a exploração 
das possibilidades dos materiais e sistemas estruturais de maneira explícita ou não 
(“Ruído”). 
 
3) Composição: Grupos de 2 a 3 alunos. 
 
4) Distribuição das notas: 
 30 pontos Trabalho 01: Fichamento dos textos do item 5: entrega 26/03 em PDF. 
 35 pontos Trabalho 02: Fichamento de projetos consagrados onde foram aplicados 
os conceitos da estrutura na composição do edifício. Mínimo de 3 projetos com 
descrição técnica e fotos: entrega em 21/05 em PDF. 
 35 pontos Trabalho 03: confecção de 01 banner virtual (JPEG) sobre o Tema do 
trabalho do semestre com fotos, desenhos e informações na proporção 1:2 
(base:altura) para explicação em aula junto com a prof. Larissa. Entrega em 11/06 
(data a confirmar). 
 
5) Leituras (fora as citadas em aula): 
“A abordagem estética no projeto de estruturas de edificações: do ensino à 
concepção de sistemas estruturais”. Eduardo Grala da Cunha 
Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.132/3870 
 
“Arquitetura -A interpretação Técnica”. BRUNO ZEVI. Saber ver arquitetura. 
Martins Fontes, São Paulo, 1988. Disponível em: trecho anexo neste arquivo. 
 
“A Estrutura Aparente – Um elemento de composição em arquitetura” 
ANDREW W. CHARLESON. Disponível em: biblioteca PUC. 
 
“Arquiteturas da engenharia ou Engenharias da arquitetura” 
MARCOS LOPES, MARTA BOGÉIA E YOPANAN RABELLO. 
Disponível em: biblioteca PUC. 
 
 “A Perspectiva como Forma Simbólica”. ERWIN PANOFSKY. Disponível em: 
biblioteca PUC. 
 
 
 
6) Videos sobre o “Ruído”: 
Childish Gambino - This Is America (Official Video) 
Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=VYOjWnS4cMY 
“Decifrando This is America”. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gvsQ09wM-bU&t=443s 
 
7) Alguns Projetos de referência: 
 
 MASP – “Falso Pórtico” – Lina Bo Bardi; 
 MuBE – “Pedra no Céu” – Paulo Mendes da Rocha. 
 Casa Modernista da Rua Santa Cruz – “Tijolo revestido por cimento branco” 
Gregori Warchavchik. 
 Casa Milà – “Emprego de dois sistemas estruturais. Até o último andar, pilares 
de pedra, tijolo e ferro, e vigas de ferro, o que lhe permite obter uma planta de 
livre distribuição, pois não há paredes de carga, o que alivia a fachada de funções 
estruturais” – Gaudí. 
 Terminal do Aeroporto de Stuttgart, Alemanha – “Árvores Estruturais”. Von 
Gerkan & Marg. 
 Pavilhão de Portugal, Lisboa. “Marquise em catenária pendurada”. Álvaro Siza. 
 Gare do Oriente, Lisboa. “Galhos de árvores estruturais”. Santiago Calatrava. 
 Crematório de Baumschulenweg, Berlim. “Pilares Floresta”. Axel Schultes 
Architects. 
 Salk Institute. “Pele de concreto”. Louis Kahn. Vide documentário: My Architect: 
A Son’s Journey 
 
Arquitetura – A interpretação técnica. 
 
 Entre todas as interpretações positivistas, prevalece, em alto grau, a técnica. Não há dúvida de que 
a história da construção é parte tão importante da história de um monumento que, sem ela, uma crítica 
parece incompleta ou abstrata; mas tanto se abusou da interpretação técnica que valerá a pena falar 
resumidamente a respeito. 
 Antes de mais nada, parece absurda a tese segundo a qual as formas arquitetônicas seriam 
determinadas pela técnica construtiva. Com freqüência, assistimos até na história o processo inverso: as 
formas repetem uma técnica já superada nos fatos. Por exemplo, as formas egípcias continuam a modelar-
se segundo a aparência dos ramos primitivos, quando há séculos o material adotado é a pedra; as ordens 
gregas obtêm seus perfis dos elementos de madeira do templo arcaico e os traduzem e, mármore; as paredes 
em bossagem da alta Renascença são trabalhadas de modo completamente independente dos reais silhares 
de pedra; o século XIX coloca falsos silhares sobre o reboque e adoça as paredes com mármores e madeiras 
pintadas; mesmo as atuais construções de concreto, em vez de explorar as imensas possibilidades de 
resistência contínua de um material que pode ser modelado antigeometricamente, como na Torre de 
Einstein, de Mendelsohn, limitam-no em colunas e em traves, repetindo formas próprias da construção 
metálica. 
 “A beleza da máquina” e as tendências tecnocráticas acompanharam todos os movimentos de 
vanguarda do primeiro quarto do nosso século. Mas os funcionalistas que se extasiavam diante de um 
automóvel e exaltavam sua racionalidade nunca perguntaram a si próprios por que motivo o motor era 
colocado na frente, a despeito de todos os problemas de transmissão às rodas posteriores, e não suspeitaram 
que muito provavelmente isso deriva do hábito de ver a força motriz dos cavalos à frente do condutor. 
 O mais incrível é, o fato de encontrar arqueólogos que dedicam toda a sua vida às características 
construtivas dos monumentos, que depreciam todas as contribuições críticas e se exaltam com a descoberta 
de um mínimo detalhe técnico, e que ao mesmo tempo são reacionários com relação à arquitetura moderna. 
Mas se a interpretação técnica considera a arquitetura um instrumento apto a elevar o horizonte construtivo 
da vida humana, como é possível comparar o equilíbrio estático de pedra da antiga arquitetura com esta 
magnífica máquina da casa moderna que possui luz e aquecimento, elevadores, serviços higiênicos, 
lavanderias automáticas, instalações contra incêndios, incineradores, tubos pneumáticos, telefones e rádio? 
Se tudo se baseasse na técnica, teriam razão os teóricos do funcionalismo maquinista que se entusiasmam 
diante da energia e do dinamismo da arquitetura moderna. 
 Os manuais de composição arquitetônica, que perceberam tais dificuldades, estabeleceram uma 
distinção entre construção real e construção aparente, entre engenharia prática e engenharia estética. 
Pregaram que não basta um edifício apresentar uma efetiva solidez estrutural: ele deve demonstrar também 
uma solidez aparente. E o que é essa solidez aparente? Um revestimento de pedra grosseira, muitas vezes 
com dois centímetros de espessura, que dê a impressão de a casa ser construída de pedra? Deixar “cheios” 
ou reforçar com silhares os ângulos de um edifício, quando hoje podem ficar completamente livres? A 
“solidez aparente” não é lei a priori: é simplesmente a antiga solidez, isto é, o hábito às relações de peso 
tradicionais. Tem por isso razão os modernistas que julgam que a uma nova técnica deve seguir-se uma 
nova sensibilidade estrutural. 
 O Pallazo Chiericati de Vicenza está suspenso sobre colunas, tal como a Villa de Le Corbusier em 
Poissy. Se as primeiras colunas “parecem” mais sólidas do que as segundas, se as colunas duplas aos lados 
do “cheio” confortariam Schopenhauer muito mais do que os pilotis, isso não depende das regras absolutas 
de gravitação fisiológica, mas de uma inveterada aquiescência para com os equilíbrios estáticos do passado. 
 
 
ninha
Realce
ninha
Realce
ninha
Realce
ninha
Realce
ninha
Realce
ninha
Realce
ninha
Realce
ninha
Realce
 
E o que dizer de FALLINGWATER? Consta-se que quando chegou o momento de retirar a última trave da 
armação sobre a qual havia sido lançado o grande terraço que pairava no vácuo, os operários se recusaram 
a executar o trabalho, os chefes dos sindicatos dos empregados da construção, chamados ao local, 
comunicaram cortesmente a Wright que não estavam dispostos a pagar seguro às famílias dos dois homens 
que ficariam sepultados sob as ruínas daquela “loucura” arquitetônica. Quando Wright, furioso agarrou a 
picareta e começou sozinho a retirar atrave, alguns operários fizeram o sinal da cruz. Como vemos, no 
entanto, o terraço ainda está intacto passados vários decênios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Concluindo a interpretação funcionalista, em seu duplo significado utilitário e tecnicista, é fruto de 
uma inibição mental que, nascida de polêmica contra “a arte pela arte”, insígnia da não arte tradicionalista, 
na apologia do mundo industrial moderno e dos fins imanentes e sociais da arquitetura, não fez mais do que 
escolher o outro termo desse binômio –arte e técnica – em que se quis desintegrar, desde os mais antigos 
tratadistas, a produção arquitetônica. 
 
 
ZEVI, BRUNO. Saber ver arquitetura. Martins Fontes, São Paulo, 1988. 
ninha
Realce

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