Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CONTEÚDO DISCIPLINA CUSTOS E PREÇOS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – 4º SEMESTRE: FONTES PRINCIPAIS: Formação de Preços de Venda de Antônio Salvador Morante e Fauzi Timaco Jorge. Editora Atlas, 2009 e Contabilidade de Custos de Eliseu Martins. Editora Atlas, 2018. Conteúdo adaptado pelo professor JEM. Julho 2019. PROIBIDA A REPRODUÇÃO _____________________________________________________________________________ Página 1 de 14 4.1 TERMINOLOGIA E CONCEITOS (Eliseu Martins) 4.1.1 - Definição de conceitos de: Gasto: compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Desembolso: pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do momento do gasto. Investimento: gasto ativado em função de sua via útil ou de benefícios atribuíveis a futuro (s) período (s). Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens e serviços (gastos) que são “estocados” nos Ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são especificamente chamados de investimentos. Custo: gasto relativo abem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens ou serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Despesa: Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que têm essa característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. Perda: bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. Não se confunde com a despesa (muito menos com o custo), exatamente por sua característica de anormalidade e involuntariedade; não é um sacrifício feito com intenção de obtenção de receita. Princípios Contábeis Geralmente Aceitos: conjunto de normas contábeis vigentes e as políticas e práticas de contabilidade reconhecidas. 4.1.2 – Classificação de Custos: diretos e indiretos, fixos e variáveis, Custo de Produção, Custo dos Produtos Vendidos. Custos Diretos (em relação aos produtos): podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando haver uma medida de consumo (quilogramas de materiais consumidos, embalagens utilizadas, horas de mão de obra utilizadas e até quantidade de força consumida. Custos Indiretos (em relação aos produtos): não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como aluguel, a supervisão, as chefias etc). Custos Fixos: são custos incorridos que independem do volume da produção (aluguel do imóvel.) Custos Variáveis: o valor total do custo varia de acordo com o volume de produção. Custo de Produção: é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica. Custo dos Produtos Vendidos: é a soma dos custos incorridos na produção de bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. CONTEÚDO DISCIPLINA CUSTOS E PREÇOS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – 4º SEMESTRE: FONTES PRINCIPAIS: Formação de Preços de Venda de Antônio Salvador Morante e Fauzi Timaco Jorge. Editora Atlas, 2009 e Contabilidade de Custos de Eliseu Martins. Editora Atlas, 2018. Conteúdo adaptado pelo professor JEM. Julho 2019. PROIBIDA A REPRODUÇÃO _____________________________________________________________________________ Página 2 de 14 4.1.3 – Elementos formadores do custo: matéria-prima, mão de obra, gastos gerais de fabricação, depreciação e outros. Exemplos de Custos de Produção do Período que precisam ser alocados aos diferentes produtos de uma empresa: Matéria-prima $ 2.500.000 Embalagens $ 600.000 Material de Consumo $ 100.000 Mão de obra $ 1.000.000 Salários de supervisão $ 400.000 Depreciação de máquinas $ 300.000 Energia elétrica $ 500.000 Aluguel do prédio $ 200.000 TOTAL $ 5.600.000 Discutir e classificá-los como Custos Diretos e Indiretos. Exercício de Esquema Básico da Contabilidade de Custos (planilha 2) 4.2 TIPOS DE CUSTEIO (apropriação de custos) (Eliseu Martins) 4.2.1 - Custeio por Absorção (CPC 16): consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos. Apesar de não ser totalmente lógico quando realiza rateios arbitrários e de muitas vezes falhar como instrumento gerencial, é obrigatório para fins de avaliação de estoques (para apuração do resultado e para o próprio balanço). 4.2.2 - Custeio Direto ou Variável: somente são apropriados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o Resultado; para os estoques só vão, como consequência, custos variáveis. Do ponto de vista decisorial, o Custeio Variável tem condições de propiciar muito mais rapidamente informações vitais à empresa, por abandonar os custos fixos e seus rateios, porém os Princípios Contábeis hoje aceitos não admitem o uso no DRE e Balanços avaliados à base do Custeio Variável, por isso, esse critério de avaliar estoque e resultado não é reconhecido pelos Contadores, pelos Auditores Independentes e tampouco pelo Fisco. Porém poderá ser utilizado pela empresa para fins gerenciais. Nas Demonstrações à base do Custeio Variável obtém-se um lucro que acompanha sempre a direção das Vendas, o que não ocorre com o Custeio por Absorção. 4.2.3 – Custeio por Atividades ou ABC – Activity-based Costing: é um método de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. Além de diminuir o grau de arbitrariedade na alocação de custos, o ABC é também um instrumento de gestão de custos. Outro fenômeno importante a exigir melhor alocação dos custos indiretos é a grande diversidade de produtos e modelos fabricados na mesma planta que vem ocorrendo nos últimos tempos, principalmente em alguns setores industriais. O que era tolerado no passado pode provocar hoje enormes distorções. Estas dependerão dos dois fatores citados: proporção de custos indiretos no total e diversificação das linhas de produto. CONTEÚDO DISCIPLINA CUSTOS E PREÇOS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – 4º SEMESTRE: FONTES PRINCIPAIS: Formação de Preços de Venda de Antônio Salvador Morante e Fauzi Timaco Jorge. Editora Atlas, 2009 e Contabilidade de Custos de Eliseu Martins. Editora Atlas, 2018. Conteúdo adaptado pelo professor JEM. Julho 2019. PROIBIDA A REPRODUÇÃO _____________________________________________________________________________ Página 3 de 14 Atividade: composta por um conjunto de tarefas e estas em operações, é uma ação que utiliza recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros para se produzirem bens e serviços. Função: é um conjunto de atividades homogêneas desempenhadas com a finalidade de atingir um fim específico. Ex.: Departamento Financeiro, Departamento de Produção. Primeiro passo: identificar as atividades relevantes dentro de cada departamento, atribuir o respectivo custo e identificar e selecionar os direcionadores. Exemplos: Departamento Atividades Compras => comprar materiais, desenvolver fornecedores Almoxarifado => receber materiais, movimentar materiais Adm. Produção => Programar produção, controlar produção Corte e costura => Cortar, costurar Acabamento =>Acabar, despachar produtos. Segundo passo: Atribuição de Custos às atividades, por intermédio dos direcionadores de Custo de Recursos. Ordem de Prioridade: 1. Alocação direta às atividades 2. Rastreamento (relação de causa e efeito) 3. Rateio O ideal é reorganizar a Contabilidade de Custos orientando os custos para as atividades. O ABC trabalha com o conceito de Centro de Atividades. Direcionador de Custos: De Recursos é o fator que determina o nível de custo de uma atividade, e como as atividades exigem recursos para serem realizadas, deduz-se que o direcionador é a verdadeira causa da variação dos seus custos. De Atividades deve ser o fator que determina ou influencia a maneira como os produtos “consomem” (utilizam) as atividades. Assim, o direcionador de custos de atividades será a base utilizada para atribuir os custos das atividades aos produtos. Exemplo de direcionadores de Custos de Recursos: CUSTO INDIRETO DEPARTAMENTO ATIVIDADE DIRECIONADOR DE RECURSOS Aluguel Compras Comprar área utilizada Desenvolver área utilizada Almoxarifado Receber Materiais área utilizada Movimentar área utilizada Adm. Produção Programar área utilizada Controlar área utilizada Corte e Costura Cortar área utilizada Costurar área utilizada Acabamento Acabar área utilizada Despachar produtos área utilizada Obs.: Outros Custos Indiretos poderão ter direcionadores de recursos diferentes (horas máquina, registro de tempo, requisições de material, análise do imobilizado, etc) Terceiro Passo: Atribuição dos Custos da Atividade aos Produtos, por intermédio de direcionadores de custos de atividades. CONTEÚDO DISCIPLINA CUSTOS E PREÇOS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – 4º SEMESTRE: FONTES PRINCIPAIS: Formação de Preços de Venda de Antônio Salvador Morante e Fauzi Timaco Jorge. Editora Atlas, 2009 e Contabilidade de Custos de Eliseu Martins. Editora Atlas, 2018. Conteúdo adaptado pelo professor JEM. Julho 2019. PROIBIDA A REPRODUÇÃO _____________________________________________________________________________ Página 4 de 14 Para isso, se faz necessário o levantamento da qualidade e quantidade de ocorrência dos direcionadores de custos de atividades por período e por produto. Exemplos de direcionadores de Custos de Atividades: DEPARTAMENTOS ATIVIDADES DIRECIONADORES DE ATIVIDADES Compras Comprar materiais número de pedidos Desenvolver fornecedores número de fornecedores Almoxarifado Receber materiais número de recebimentos Movimentar materiais número de requisições Adm. Da Produção Programar a produção número de produtos Controlar a produção número de lotes Corte e Costura Cortar tempo de corte Costurar tempo de costura Acabamento Acabar tempo de acabamento Despachar produtos tempo de despacho QUADRO COMPARATIVO DAS METODOLOGIAS DE CUSTEIO E SEUS DIFERENTES RESULTADOS (EXCEL) 4.2.4 – Custo-padrão (corrente): diz respeito ao valor que a empresa fixa como meta para o próximo período para um determinado produto, levando em conta as deficiências existentes. É um valor difícil de ser alcançado, mas não impossível. A grande finalidade do custo padrão é o planejamento e controle de custos, pois obriga a levantamentos que irão, em confronto posterior com a realidade, apontar ineficiências e defeitos na linha de produção. Não é outro método de custeio, mas sim uma técnica auxiliar. Só se torna eficaz na medida em que exista um Custo Real para a comparação. Para a fixação final do Custo-padrão de cada bem produzido depende de um trabalho conjunto entre a Engenharia de Produção e a Contabilidade de Custos. 4.3 CUSTOS E PREÇOS 4.3.1 PREMISSAS DA ANÁLISE E MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS: Tomada de decisão com base na margem de contribuição para a maximização do lucro. Custos são como unhas: é preciso cortá-las de forma sistemática e periódica. Os custos fora de controlem, crescendo em demasia, acabam por inibir totalmente a geração de caixa do negócio, ou seja, a sua capacidade de formação de riqueza, sem o que não há empreendimento que se sustente. Objetivo básico de uma empresa: a maximização dos resultados. É preciso obter a maior receita possível, com custos mínimos de produção. Conceito de Margem de Contribuição é a diferença entre a Receita e a soma de Custos e Despesas Variáveis, levando em conta que a Receita tem que ser líquida de impostos; é o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e custos e despesas variáveis que de fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro. A alocação de Custos Fixos aos produtos é uma prática contábil que pode, para efeito de decisão, ser perniciosa. A CONTEÚDO DISCIPLINA CUSTOS E PREÇOS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – 4º SEMESTRE: FONTES PRINCIPAIS: Formação de Preços de Venda de Antônio Salvador Morante e Fauzi Timaco Jorge. Editora Atlas, 2009 e Contabilidade de Custos de Eliseu Martins. Editora Atlas, 2018. Conteúdo adaptado pelo professor JEM. Julho 2019. PROIBIDA A REPRODUÇÃO _____________________________________________________________________________ Página 5 de 14 Margem de Contribuição tem a faculdade de tornar bem mais facilmente visível a potencialidade de cada produto. 4.3.2 Ponto de Equilíbrio ou Ponto de Ruptura (break-even point): operacional (contábil), econômico e financeiro. O Ponto de Equilíbrio nasce da conjugação dos Custos e Despesas Totais com as Receitas Totais. Ele será obtido quando a soma das Margens de Contribuição Unitárias totalizarem o montante suficiente para cobrir todos os Custos e despesas Fixos; esse é o ponto em que contabilmente não haveria nem lucro nem prejuízo, também chamado PEC – Ponto de Equilíbrio Contábil/Operacional. O PEF - Ponto de Equilíbrio Financeiro é obtido excluindo-se do montante das Despesas Fixas as despesas que não geram saídas de caixa, como a depreciação e a amortização. Por outro lado, é importante que seja calculado o PEF amplo, que leve em consideração as amortizações mensais de empréstimos da empresa caso existam. Já o PEE – Ponto de Equilíbrio Econômico inclui nas Despesas Fixas Totais o custo de oportunidade do Capital Próprio Empregado. 4.3.3 Ponto de Equilíbrio em quantidade e valor Os diversos Pontos de Equilíbrio apresentados geram duas informações, dependendo do cálculo utilizado. Num deles obteremos o valor da Receita Mínima para gerar o equilíbrio, no outro a teremos a quantidade mínima de produtos a serem comercializados para gerar o equilíbrio. Exemplos e exercícios de cálculo dos diversos Pontos de Equilíbrio. 4.4 FORMAÇÃO DE PREÇOS DE VENDA COM BASE NO CUSTO DO PRODUTO 4.4.1 O Mark-up – a precificação, ou formação de preços de venda, pode ser realizada com base nos custos do produto a ser comercializado. Por exemplo, ao multiplicar por 2 o custo do produto adquirido, o comerciante aplica um mark-up 2, ou seja, um “fator sobre o custo direto” igual a 2, daí resultando o preço de venda de um produto. Se o preço de venda inclui todos os tributos, estamos nos referindo a um “mark-up bruto”. Para o preço de venda líquido, isto é, já com os impostos deduzidos, utiliza-se a denominação “mark-up líquido”. CONTEÚDO DISCIPLINA CUSTOS E PREÇOS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – 4º SEMESTRE: FONTES PRINCIPAIS: Formação de Preços de Venda de Antônio Salvador Morante e Fauzi Timaco Jorge. Editora Atlas, 2009 e Contabilidade de Custos de Eliseu Martins. Editora Atlas, 2018. Conteúdo adaptado pelo professor JEM. Julho 2019. PROIBIDA A REPRODUÇÃO _____________________________________________________________________________ Página 6 de 14 Montar um DRE básicode empresas. Diferença entre produto e mercadoria. Diferentes tributações no Brasil e sua influência na apuração da Receita Líquida. Lucro Real. Lucro Presumido. Lucro Arbitrado e Simples Nacional. Tributos Indiretos e Diretos. 4.4.2 Margem de lucro ou lucratividade desejada. Quando nos referimos à Margem de Lucro ou Lucratividade, estamos falando de um índice, uma porcentagem obtida pela relação entre Lucro/Receita do DRE de um determinado período. Para chegarmos a uma Lucratividade desejada deveremos, no planejamento de resultados, considerar o volume de vendas que pretenderemos alcançar, seus custos, sua tributação, suas despesas fixas e variáveis, o custo do capital de terceiros (caso haja) e, também, a remuneração esperada pelo acionista em função do volume de recursos investido, o chamado custo de oportunidade. Isso poderá ser calculado utilizando-se a Análise Custo x Volume x Lucro, definindo diversos cenários. De fato, uma empresa só estará criando valor no que exceder seu lucro após o pagamento da remuneração do custo de capital próprio e de terceiros. 4.5 PREÇOS E COMPOSTO DE MARKETING 4.5.1 O Composto de Marketing – Os esforços de comercialização de um produto passam necessariamente pela análise das condições operacionais que envolvam quatro aspectos principais, os “4 Ps” do composto de marketing: Produto, praça, preço e promoção. Produto: envolve o pleno conhecimento de todas as suas características. Uma linha de produtos deve ser analisada sob o ponto de vista de sua extensão (complementaridade) e profundidade (diversos tipos de uma mesma família). Quanto à precificação é importante considerar o ciclo de vida de um produto: introdução, crescimento, turbulência competitiva, consolidação e declínio. Cada uma dessas fases impõe uma política de preços diferente. Um ciclo “normal” de um produto, em termos de política de preços, na introdução no mercado teríamos um sacrifício da lucratividade em prol da participação de mercado; no crescimento uma possível melhora na lucratividade, que se deteriora na turbulência competitiva. Vencida a competição entraremos na fase de consolidação ou maturidade até chegarmos a fase de declínio, com os ativos produtivos já depreciados, praticando uma redução de preços. Como explicar o ciclo de vida de um smartphone atualmente? Praça: diz respeito a aspectos relacionados à localização das unidades comerciais, canais de distribuição e logística para se alcançar os potenciais compradores. Preço: objeto básico de nossos estudos. Todos os aspectos direta e indiretamente relacionados com o real custo de aquisição do produto para o consumidor devem ser alvo de análise particular nesse aspecto. Uma política de preços que atenda a distribuidores atacadistas, revendedores, representantes comerciais e consumido final pode se transformar em uma vantagem competitiva da empresa. Condições de pagamento e descontos promocionais são também importantes. Promoção: ligado às estratégias de comunicação com o mercado e ações promocionais voltadas para a penetração e consolidação do produto, campanhas de venda, treinamento da equipe de vendas, material de ponto de venda e outras modalidades de divulgação. CONTEÚDO DISCIPLINA CUSTOS E PREÇOS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – 4º SEMESTRE: FONTES PRINCIPAIS: Formação de Preços de Venda de Antônio Salvador Morante e Fauzi Timaco Jorge. Editora Atlas, 2009 e Contabilidade de Custos de Eliseu Martins. Editora Atlas, 2018. Conteúdo adaptado pelo professor JEM. Julho 2019. PROIBIDA A REPRODUÇÃO _____________________________________________________________________________ Página 7 de 14 4.5.2 A mensuração e análise do resultado: Um eficaz sistema de informações gerenciais considera, dentre outros instrumentos, demonstrativos de resultado operacional elaborados por centro de custos ou centros de resultado e até por produtos e linha de produto, quando possíveis. 4.5.2.1 A Análise Vertical e Análise Horizontal: A análise vertical mede a participação de cada rubrica na receita bruta da empresa e a análise horizontal compara as mesmas rubricas em diferentes momentos ou período de tempo, permitem deduzir a dinâmica do objeto em análise, oferecendo alternativas para a tomada de decisão com vistas ao equacionamento e solução de problemas afetos à lucratividade do objeto e da rentabilidade todo o negócio. Exemplos e exercícios. 4.5.2.2 O Retorno sobre o Patrimônio Líquido: Esta mensuração considera a relação Lucro Líquido/Patrimônio Líquido. Costuma-se utilizar o PL médio do período analisado para indicar, com maior precisão, a rentabilidade da empresa, o aumento ou a diminuição da riqueza da empresa. Diferença entre lucratividade e rentabilidade. 4.5.3 A influência da precificação no RsPL: depende de outra variável importante: o nível e evolução dos custos e despesas. Influência positiva sobre o PL: preços constantes ou maiores com menores custos e despesas. Preços maiores com custos e despesas constantes. Influência negativa sobre o PL: Preços constantes ou menores com custos e despesas maiores. Preços menores com custos e despesas constantes. 4.5.4 Caso Prático: Precificação e RsPL no lançamento de um produto de uma Metalúrgica: será aplicado em aula. 4.6 PREÇOS E CONCORRÊNCIA 4.6.1 O macroambiente e o ambiente setorial: configuram esse ambiente, além da própria empresa, quatro outros grupos de agentes interessados em suas operações, os stakeholders. São eles: fornecedores, clientes, concorrentes, outros como os agentes de governo e ONGs. O macroambiente é composto por forças que atuam sobre as organizações em geral: forças econômicas, forças político-legais, forças tecnológicas e forças sociais. 4.6.2 A estrutura de mercado como determinante da capacidade de competição de uma empresa: O ambiente setorial de atuação da empresa configura determinada estrutura de mercado. Essa estrutura de mercado compreende basicamente a forma como se dá a interação entre compradores e vendedores cum particular setor. CONTEÚDO DISCIPLINA CUSTOS E PREÇOS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – 4º SEMESTRE: FONTES PRINCIPAIS: Formação de Preços de Venda de Antônio Salvador Morante e Fauzi Timaco Jorge. Editora Atlas, 2009 e Contabilidade de Custos de Eliseu Martins. Editora Atlas, 2018. Conteúdo adaptado pelo professor JEM. Julho 2019. PROIBIDA A REPRODUÇÃO _____________________________________________________________________________ Página 8 de 14 Cada um desses agentes vendedores considera os seus concorrentes de uma maneira peculiar na sua formação de preços de venda. Evidentemente, no caso de um monopolista, sua maior preocupação consiste em oferecer a quantidade de produto que maximiza seu lucro e, por outro lado, em preço tal que impossibilite a entrada de novos competidores. Se o seu preço for muito elevado, isso certamente irá atrair outros potenciais ofertantes, significando um fator a mais a ser considerado na competitividade entre as empresas, ao lado de outros, como é o caso do acesso a fontes de matéria-prima, componentes, mão de obra especializada, estrutura organizacional, vocação da empresa etc. 4.6.3 Preços, quantidade ofertada e quantidade demandada: Demanda – definição: Quantidade de um bem ou de um serviço que o mercado ou um conjunto de consumidores quer comprar, por oposição à oferta. = PROCURA "demanda", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/demanda [consultado em 26-07-2019]. Conceito de demanda: a preços menores corresponde uma quantidade demandada maior. Oferta – definição: Quantidade de um bem ou de um serviço à disposição do mercado ou um conjunto de consumidorese a determinado preço, por oposição à procura. "oferta", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/oferta [consultado em 26-07-2019]. A rivalidade no mercado de atuação da empresa se situa, em particular, nos mercados de oligopólio e, sobretudo, naqueles onde o mecanismo da demanda e da oferta mais se fazem sentir, como num mercado de suposta concorrência perfeita. Por esse mecanismo, em situação CONTEÚDO DISCIPLINA CUSTOS E PREÇOS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – 4º SEMESTRE: FONTES PRINCIPAIS: Formação de Preços de Venda de Antônio Salvador Morante e Fauzi Timaco Jorge. Editora Atlas, 2009 e Contabilidade de Custos de Eliseu Martins. Editora Atlas, 2018. Conteúdo adaptado pelo professor JEM. Julho 2019. PROIBIDA A REPRODUÇÃO _____________________________________________________________________________ Página 9 de 14 de plena competitividade, quando há substitutos próximos de vários ofertantes, existirá um preço de equilíbrio que igualará os interesses de ofertantes e demandantes do produto. 4.6.4 A elasticidade e sua importância na formação de preços de venda 4.6.4.1 A elasticidade-preço da demanda: nem todos os produtos reagem de uma mesma maneira às flutuações no seu preço. Variações porcentuais de preço podem provocar variações porcentuais da quantidade demandada, porém, em magnitude diferente, ou seja, uma variação porcentual de 20% no preço, por exemplo, pode ocorrer uma variação porcentual da quantidade demandada maior, igual ou menor do que 20%. Com isso, os formadores de preço precisam ficar atentos a esses apelos de variações porcentuais no preço que provocam variações porcentuais de quantidade demandada, para cima ou para baixo, ao formularem sua política de preços. A demanda elástica em relação a preço ocorre quando a cada redução de preço corresponderá uma elevação da quantidade mais que proporcional ao desconto concedido ou, em outras palavras, a variação porcentual da quantidade demandada é maior do que a variação porcentual do preço. A demanda inelástica em relação a preço ocorre quando uma redução de preço não provoque aumento da quantidade demandada ou, em outras palavras, a variação porcentual da quantidade demandada é menor do que a variação porcentual do preço. Podemos considerar que são produtos essenciais, como o caso de combustíveis e o tradicional produto sal... 4.6.4.2 A elasticidade-preço cruzada da demanda: existem alguns produtos que tem a sua quantidade demandada dependente das variações porcentuais de preço de outro bem relacionado, essa correlação poderá indicar um bem substituto ou um bem complementar. O primeiro caso, o bem substituto, se refere a bens que não apresentam grandes diferenças entre si, sendo fácil a substituição pelo outro. Ex.: Coca x Pepsi, abacaxi x mamão, gasolina x etanol, carne de boi x carne de frango... CONTEÚDO DISCIPLINA CUSTOS E PREÇOS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – 4º SEMESTRE: FONTES PRINCIPAIS: Formação de Preços de Venda de Antônio Salvador Morante e Fauzi Timaco Jorge. Editora Atlas, 2009 e Contabilidade de Custos de Eliseu Martins. Editora Atlas, 2018. Conteúdo adaptado pelo professor JEM. Julho 2019. PROIBIDA A REPRODUÇÃO _____________________________________________________________________________ Página 10 de 14 A demanda de um produto é função não só do preço desse produto, mas, também, do preço de bens substitutos, bens complementares, gosto, cor, tamanho, renda do consumidor, etc. No segundo caso, o bem complementar se refere a produtos que a sua demanda depende de outro produto. Ex.: café com leite, café com açúcar. Um aumento no preço do café pode influenciar negativamente a quantidade demandada de café e, por extensão, a demanda do leite e do açúcar pode se retrair. 4.6.4.3 A elasticidade-renda da demanda: em um país continental, como é o caso do Brasil, medidas governamentais de redistribuição de renda, além de eliminar bolsões de pobreza, os transformam em bolsões de crescimento econômico. Essas ações do governo podem provocar efeitos positivos sobre a demanda de produtos e serviços em geral. Sob certas condições, variações porcentuais na renda do consumidor podem provocar variações porcentuais nas quantidades demandadas de uma gama de produtos. 4.6.5 As cinco forças competitivas básicas: Porter evidenciou em sua obra Vantagem competitiva (1986), as cinco forças competitivas que determinam a rentabilidade de determinada indústria, influenciando os preços, os custos e o investimentos necessário das empresas que atuam no setor. • Primeira Força: Grau de rivalidade entre as empresas existentes, concorrentes • Segunda Força: Ameaça de novos entrantes • Terceira Força: Poder de negociação dos fornecedores • Quarta Força: Poder de negociação dos compradores • Quinta Força: Ameaça de produtos substitutos. 4.6.6 Cinco condições para uma adequada precificação: isso dependerá fundamentalmente da observação de certas condições, como as abaixo citadas: • Implementação de um sistema de informações gerenciais que possa diagnosticar com rapidez as eventuais alterações nos custos fixos e custos variáveis, com adequada mensuração dessas alterações em cada produto ou linha de produto; CONTEÚDO DISCIPLINA CUSTOS E PREÇOS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – 4º SEMESTRE: FONTES PRINCIPAIS: Formação de Preços de Venda de Antônio Salvador Morante e Fauzi Timaco Jorge. Editora Atlas, 2009 e Contabilidade de Custos de Eliseu Martins. Editora Atlas, 2018. Conteúdo adaptado pelo professor JEM. Julho 2019. PROIBIDA A REPRODUÇÃO _____________________________________________________________________________ Página 11 de 14 • Um adequado sistema de informações mercadológicas para municiar a organização com dados do mercado que constituirão a base para as decisões de fixação de preços; • Um registro sistemático das mudanças de comportamento, tanto da concorrência como dos clientes, principalmente no caso de modificações sucessivas de preços; • Centralização das decisões relacionadas à estratégia de preços, sem delegá-las às filiais; • Limitar as decisões de modificações nos preços como uma resposta, prevista e planejada, às condições do mercado e ao comportamento dos concorrentes. Nagle e Holden (2003) destacam que “o apreçamento (pricing) é um jogo, como definido pela teoria dos jogos, porque o sucesso depende não apenas das decisões de apreçamento da própria empresa, mas também de como os clientes e concorrentes respondem a elas”. Destacam também a importante diferenciação entre um jogo de soma positiva (cria benefícios) e um jogo de soma negativa (impõe custos). 4.6.7 Uma breve explicação da Teoria dos Jogos: quando duas ou mais pessoas têm interesses conflitantes e quando esse conflito se manifesta por decisões racionais ou emocionais em que uma parte considera como a outra parte poderá reagir a uma ação sua, estabelece-se o que convencionou chamar de um jogo. Os diversos aspectos que configuram as estratégias envolvidas entre duas ou mais partes foram estudados e sistematizados na chamada “Teoria dos Jogos”. Tem sido utilizada como instrumento de análise de situações em que agentes envolvidos interagem em busca de interesses conflitantes. A ação de um irá depender da ação do outro, configurando um processo interativo de decisão, eivado de lances estratégicos. Ao definir suas escolhas (ou estratégias), um dos “jogadores” precisa identificar o que o outro “jogador” está pensando sobre as possibilidades de uso de uma dessas escolhas e o que ele fará em consequência dessa opção de ação e assim por diante. A teoria teve início nos anos 1920 com um trabalho de John Von Neumann, numlivro em parceria com Oskar Morgenstern sobre a teoria dos jogos e o comportamento econômico. Posteriormente, John Nash se ocupou de um caso mais genérico e realista de uma mistura de interesses comuns e rivalidade, com qualquer número de participantes ou “jogadores” e juntamente com Reinhard Selten e John Harsanyi, receberam o prêmio Nobel de Ciências Econômicas em 1994, que estudaram estruturas mais complexas na Teoria dos Jogos. Esta teoria é amplamente utilizada em situações de guerra, barganha, mediação, toda espécie de conflito humano e precificação de produtos em mercados competitivos, concentrador ou não. Um dos exemplos mais populares da aplicação da Teoria dos Jogos é o do “dilema dos prisioneiros”, elaborado por Albert W. Tucker, em 1950: Dois suspeitos foram presos pela polícia. A polícia tinha provas suficientes para formalizar o processo e, colocando-os em celas separadas, fez a seguinte proposta para cada um deles: se um testemunhasse incriminando o outro e o outro permanecesse em silêncio, o traidor seria libertado e o incriminado receberia uma pena de dez anos. Se os dois ficassem em silêncio, ambos os prisioneiros seriam sentenciados a seis meses de prisão. Se cada um deles incriminasse o outro, cada um receberia uma sentença de cinco anos de prisão. Cada um dos prisioneiros poderia incriminar o outro ou permanecer em silêncio. Ser-lhes-ia assegurado que nenhum deles saberia da traição antes do final da investigação. Como os prisioneiros deveriam agir?” DISCUTIR EM CLASSE E MONTAR QUADRO DE POSSIBILIDADES (matriz payoff) 4.6.8 Uma reação pensada a respeito da competição de preço: que tal agir de maneira racional quando um concorrente entra em nosso campo de ação, oferecendo produtos a preços menores ou com alguma condição especial de pagamento? Nos inspirando em Nagle e Holden CONTEÚDO DISCIPLINA CUSTOS E PREÇOS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – 4º SEMESTRE: FONTES PRINCIPAIS: Formação de Preços de Venda de Antônio Salvador Morante e Fauzi Timaco Jorge. Editora Atlas, 2009 e Contabilidade de Custos de Eliseu Martins. Editora Atlas, 2018. Conteúdo adaptado pelo professor JEM. Julho 2019. PROIBIDA A REPRODUÇÃO _____________________________________________________________________________ Página 12 de 14 (2003) no livro Estratégia e Táticas de Preço. Eles nos oferecem algumas questões para a nossa reflexão e guia de nossas atitudes na competição de preço ou entrada de novo produto, sintetizadas na figura abaixo. Os referidos autores aconselham: “a estratégia de apreçamento competitivo envolve mais do que apenas decidir entre reagir ou não com preço. Ela também envolve decidir como adaptar a estratégia competitiva de sua empresa à nova situação”. Para situar a decisão a ser tomada eles construíram a matriz de opções que podemos ver na sequência. Eles concluem dizendo: “a chave para sobreviver a um jogo de apreçamento de soma negativa é evitar o confronto, a menos que você possa estruturá-lo de maneira que o ganho e os prováveis benefícios da vitória superem os prováveis custos. Não inicie descontos de preço, a menos que o ganho de curto prazo valha a pena depois de considerar as reações de longo prazo dos concorrentes. Não reaja a descontos de preço de um concorrente, exceto com táticas de preço ou não de preço que custem menos que a acomodação do comportamento do concorrente custaria. Se os gerentes em geral seguissem essas duas regras simples, bem menos seriam devastados por competição de preço destrutiva”. CONTEÚDO DISCIPLINA CUSTOS E PREÇOS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – 4º SEMESTRE: FONTES PRINCIPAIS: Formação de Preços de Venda de Antônio Salvador Morante e Fauzi Timaco Jorge. Editora Atlas, 2009 e Contabilidade de Custos de Eliseu Martins. Editora Atlas, 2018. Conteúdo adaptado pelo professor JEM. Julho 2019. PROIBIDA A REPRODUÇÃO _____________________________________________________________________________ Página 13 de 14 O concorrente estrategicamente é... ...mais fraco ...neutro ou mais forte A r ea çã o d e p re ço é .. . .. . c u st o sa d em ai s IGNORE ACOMODE ... ju st if ic ad a p el o c u st o ATAQUE DEFENDA Adaptado de Nagle e Holden (20013) 4.7 PREÇOS E CLIENTES 4.7.1 O conceito de valor econômico 4.7.2 O que é que influencia a percepção de valor 4.7.2.1 O efeito preço de referência 4..7.2.2 O efeito comparação difícil 4.7.2.3 O efeito custo de mudança 4.7.2.4 O efeito preço-qualidade 4.7.2.5 O efeito gasto 4.7.2.6 O efeito benefício final 4.7.2.7 O efeito custo compartilhado 4.7.2.8 O efeito justiça 4.7.2.9 O efeito moldura 4.7.3 Segmentação de clientes pela percepção de valor CONTEÚDO DISCIPLINA CUSTOS E PREÇOS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS – 4º SEMESTRE: FONTES PRINCIPAIS: Formação de Preços de Venda de Antônio Salvador Morante e Fauzi Timaco Jorge. Editora Atlas, 2009 e Contabilidade de Custos de Eliseu Martins. Editora Atlas, 2018. Conteúdo adaptado pelo professor JEM. Julho 2019. PROIBIDA A REPRODUÇÃO _____________________________________________________________________________ Página 14 de 14
Compartilhar