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RESCISÃO DO CONTRATO C C IMISSÃO NA POSSE COM PEDIDO DE LIMINAR

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EXMO(A) SR(A) DR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE ________ .
________ , inscrito no CPF ________ , ________ , residente e domiciliado na ________ , nº ________ , na cidade de ________ , ________ , ________ vem à presença de Vossa Excelência, por seu procurador, propor
AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C IMISSÃO NA POSSE COM PEDIDO DE LIMINAR
________ , inscrito no CPF ________ , ________ , residente e domiciliado na ________ , nº ________ , na cidade de ________ , ________ , ________ , pelos fatos e direito que passa a expor.
BREVE RELATO DOS FATOS
O Autor firmou em ________ um contrato de arrendamento com as Rés de ________ nas especificações e prazos dispostos no contrato em anexo.
No entanto, o Autor se encontra com mais de   ________   parcelas em atraso, inviabilizando a continuidade do contrato.
O Autor notificou o Réu reiteradas vezes, sem que, no entanto, qualquer valor fosse pago, conforme notificações em anexo. 
Portanto, tem-se motivos suficientes para pleitear a rescisão do contrato firmado com a Ré, cumulado com multa por descumprimento contratual e danos materiais.
DO INADIMPLEMENTO DO CONTRATO
Conforme citado, o contrato foi claro ao prever as condições de pagamento nos seguintes termos:
No entanto, até o momento, mais de ________ estão em atraso, inviabilizando a continuidade do contrato.
O inadimplemento de uma das partes viabiliza a rescisão contratual, conforme clara redação do Código Civil Brasileiro:
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.
Assim, diante do desinteresse do Autor na continuidade da relação contratual, requer a resolução do contato firmado, conforme posicionamento firmado nos Tribunais:
Ação de Rescisão Contratual – Inadimplência do comprador que justifica a rescisão – Comprador que alegou dificuldade financeira, como óbice à rescisão – Aceitação de nova proposta de parcelamento que não encontra guarida no ordenamento, constituindo mera liberalidade da vendedora – Recurso improvido. (TJSP;  Apelação 1012160-36.2017.8.26.0037; Relator (a): Luiz Antonio Costa; Órgão Julgador: 7ª Câmara de Direito Privado; Foro de Araraquara - 4ª Vara Cível; Data do Julgamento: 10/04/2018; Data de Registro: 10/04/2018)
Dessa forma, estamos diante de um notório inadimplemento contratual, devendo ser reconhecido o direito à rescisão, cumulado com multa contratual e indenização por danos materiais como passa a expor:
DA MULTA POR DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL
Inerente ao descumprimento contratual encontra-se ainda o dever dos Réus em arcar com MULTA CONTRATUAL POR INADIMPLEMENTO, conforme clara previsão contratual: ______
Desta forma, diante da demonstração inequívoca do descumprimento do contrato por parte da Ré, resta evidente o direito da Autora em ter o contrato rescindido com a aplicação de multa contratualmente prevista.
DO DIREITO À IMISSÃO DE POSSE
A posse exercida pelo Réu é precária, o que transforma-a em posse injusta, uma vez que tem plena consciência de que a posse por ele exercida não é devida, caracterizando má fé.
O Autor tem o direito de ser imitido imediatamente na posse de seu imóvel, uma vez que a propriedade está demonstrada e o Réu exerce posse injusta sobre coisa alheia, de acordo com o que prevê o art. 1.245  do Código Civil:
Art. 1.245 – Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis.
A lei assegura ao proprietário o direito de usar, gozar e dispor de seus bens, e de reavê-los do poder de quem injustamente os possua, uma vez que possui como pressupostos: 
1º) A título de domínio sobre a coisa; e 
2º) A comprovação de posse injusta.
Dessa forma, o Autor na condição de proprietário do imóvel ocupado indevidamente pelo Réu, tem o direito da proteção assegurada no artigo 1.228, do Código Civil, in verbis:
Art. 1.228 – O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
Assim, considerando a precariedade da posse exercida pelo Réu, tem-se por manifestamente injusta nos termos do Art. 1.200 do CC, e sendo sabedor, configurada má fé na sua manutenção, nos termos do Art. 1.202 do referido Código, sendo devida a imediata imissão de posse, conforme precedentes sobre o tema:
APELAÇÃO CÍVEL.POSSE. BENS IMÓVEIS. AÇÃO DEIMISSÃO DE POSSE. IMISSÃO DE POSSE. CABIMENTO. A ação demissão de posse é ação de natureza real e petitória em que amparado por justo título de propriedade o autor pretende a imissão na posse do bem adquirido. - Circunstância dos autos em que se impõe manter a sentença recorrida. RECURSO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70074418468, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Moreno Pomar, Julgado em 10/08/2017).
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE - NATUREZA PETITÓRIA - DIREITO DE PROPRIEDADE - POSSE INJUSTA - REQUISITOS DEMONSTRADOS - IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO DE USUCAPIÃO - IMISSAO NA POSSE CONCEDIDA - SENTENÇA REFORMADA. - A Ação de Imissão de Posse, a exemplo da Ação Reivindicatória, tem natureza petitória, visto que é proposta pelo proprietário de um bem, que nunca deteve a posse, contra aquele que a exerce de maneira injusta. - O pedido de imissão na posse demanda a comprovação da propriedade, além da posse injusta do atual possuidor, visto que o artigo 1.228 do CC autoriza o proprietário a reaver o bem "do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha". - Comprovada a propriedade do imóvel e a posse ou detenção injusta do atual possuidor, que não obteve êxito na ação de usucapião do imóvel, deve ser reformada a sentença primeva para o fim de que seja julgado procedente o pedido de imissão na posse formulado pelos proprietários. - Sentença reformada. Recurso provido. (TJ-MG - AC: 10043140022831001 MG, Relator: Mariangela Meyer, Data de Julgamento: 22/08/2017, Câmaras Cíveis / 10ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 01/09/2017)
Ou seja, diante da comprovação de justo título de propriedade, e, demonstrada a posse injusta, outro não poderia ser o entendimento se não o necessário provimento da presente ação, concedendo a imediata imissão de posse ao Autor.
DA MEDIDA LIMINAR
Nos termos do Art. 300 do CPC/15, "a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo."
No presente caso tais requisitos são perfeitamente caracterizados, vejamos:
A PROBABILIDADE DO DIREITO resta caracterizada diante da demonstração inequívoca da presença de justo título de propriedade em favor do Autor, além da posse injusta praticada pelo Réu.
Assim, conforme destaca a doutrina, não há razão lógica para aguardar o desfecho do processo, quando diante de direito inequívoco:
"Se o fato constitutivo é incontroverso não há racionalidade em obrigar o autor a esperar o tempo necessário à produção da provas dos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos, uma vez que o autor já se desincumbiu do ônus da prova e a demora inerente à prova dos fatos, cuja prova incumbe ao réu certamente o beneficia." (MARINONI, Luiz Guilherme. Tutela de Urgência e Tutela da Evidência. Editora RT, 2017. p.284)
Já o RISCO DA DEMORA, fica caracterizado pela ________ , ou seja, tal circunstância confere grave risco de perecimento do resultado útil do processo, devendo ser concedida a medida liminar, conforme precedentes sobre o tema:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DEIMISSÃO DE POSSE. TUTELA DE URGÊNCIA. PRESENÇA DOS PRESSUPOSTOS. A concessão de tutela de urgência exige a presença da probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (art. 300 do CPC/2015 ). Aquisição, pelo agravante, de imóvel oriundo de penhora em processo de execução. Discussão acerca da validade do procedimento da CEF e do valor daarrematação não tem o condão de legitimar a ocupação da agravada em detrimento da recorrida, atual adquirente. Presente a probabilidade do direito, bem como o perigo de dano, deve ser reformada a decisão singular, com deferimento da tutela de urgência de imissão de posse. DADO PROVIMENTO AO RECURSO, por decisão monocrática. (Agravo de Instrumento Nº 70075977884, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marlene Marlei de Souza, Julgado em 01/03/2018).
Diante de tais circunstâncias, o deferimento liminar é medida para fins de   ________   que se impõe nos termos do Art. 300 do CPC.
DOS PEDIDOS
Isso posto, requer a Vossa Excelência:
O deferimento do pedido liminar, inaudita altera pars, para fins de determinar a imediata imissão de posse nos termos do Art. 300 do CPC;
A citação do Réu para responder, querendo nos termos do Art. 564 do CPC;
A total procedência da ação para confirmar a medida liminar, se deferida, com a determinação de imissão da posse ao Autor ;
A total procedência da presente demanda com a declaração da resolução do contrato, com a retenção de R$   ________ a título de danos materiais e lucros cessantes, R$   ________ a título de multa contratual,   e, R$   ________ a título de locatícios pelo período de indicar meses em que o Réu esteve na posse do imóvel;
A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a ________ 
A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios nos parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC;
Desde já manifesta seu interesse na audiência conciliatória, nos termos do Art. 319, inc. VII do CPC.
Dá-se à causa o valor de R$ ________ 
Nestes termos, 
requer deferimento.
Rio de janeiro, 13 de setembro de 2019.
D’JENIFFER FRANCISCO DA PENHA
OAB/RJ 204.583

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