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Trabalho Farmácia Hospitalar

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Curso de Graduação em Farmácia
Bruna Soares
Caio Queiroz
Dinah Possidonio 
TRABALHO DE FARMÁCIA HOSPITALAR 
Rio de Janeiro
2019
De acordo com a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e a Portaria n° 4.283, de 30 de dezembro de 2010, do Ministro da Saúde, a Farmácia Hospitalar é uma unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por profissional farmacêutico, compondo a estrutura organizacional do hospital e integrada funcionalmente às demais unidades de assistência ao paciente. Como atribuição essencial, destaca-se, o armazenamento, a distribuição, a dispensação e o controle de todos os medicamentos e produtos de saúde para os pacientes internados e ambulatoriais do hospital, bem como, o fracionamento e preparo de medicamentos.
Dentro de uma Farmácia Hospitalar existem basicamente três sistemas de dispensação aplicados à logística hospitalar (Ministério da Saúde, 1994). 
Coletivo
Individualizado
Dose Unitária
Os sistemas de dispensação consistem no trajeto do medicamento até o paciente e sobre a forma como os mesmos são separados, organizados e dispostos para a administração a estes pacientes (XAVIER, 2004).
Sistema de Dispensação Coletivo 
O sistema de dispensação coletivo é o mais “atrasado” de todos, pois não leva em conta a verdadeira função de uma Farmácia Hospitalar. A Farmácia se torna um mero fornecedor de medicamentos, se tornando unicamente um depósito de medicamentos e de materiais fazendo simplesmente o repasse desses produtos, além de gerar estoques descentralizados. (XAVIER, 2004; Farmácia Hospitalar, 2015). 
O sistema coletivo caracteriza-se, principalmente, pelo fato dos medicamentos serem distribuídos por unidade de internação e/ou serviço, a partir de uma solicitação da enfermagem, implicando a formação de vários estoques nas unidades assistenciais (XAVIER, 2004). 
No sistema de dispensação coletivo, constata-se que a assistência ao paciente fica prejudicada pela não participação do farmacêutico na revisão e na análise da prescrição médica. E pelo fato da enfermagem estar mais envolvida com as questões relacionadas aos medicamentos do que a própria farmácia. Farmácia Hospitalar basicamente repassa os medicamentos em suas embalagens segundo solicitados pela equipe de enfermagem, ou segundo um estoque mínimo e máximo para cada unidade solicitante para um período de 24 horas (XAVIER, 2004; GOMES & REIS, 2003; VASCONCELOS et al, 2012). 
É considerado um dos métodos de dispensação de medicamentos mais obsoleto, embora, ainda seja utilizado por mais de 50% das Farmácias Hospitalares brasileiras. Este sistema denota também falta de planejamento e gerenciamento não apenas por parte da farmácia, mas de todo o hospital (XAVIER, 2004).
Entre as diversas desvantagens do sistema de medicamentos coletivo, por exemplo, é as maiores perdas econômicas decorrentes da falta de controle. A grande quantidade de medicamentos não consumidos, devido ao sistema adotado, gera grandes estoques no setor da enfermaria, podendo possibilitar erros de administração de medicamentos, possíveis extravios, acondicionamentos incorreto, perdas por perecibilidade, proporcionando um custo oneroso para a instituição hospitalar (VASCONCELOS et al, 2012). 
A falta do controle do estoque implica diretamente no processo de rastreabilidade, que consiste na capacidade do hospital em monitorar o recebimento, distribuição, dispensação e administração mantendo-se o controle sobre lote e validade dos medicamentos nesses processos (MALTA, 2011).
Vale ressaltar que os gastos com medicamentos são extremamente altos e também não há a preocupação em se estipular uma padronização mínima de distribuição na instituição hospitalar. Tal sistema faz com que existam medicamentos “espalhados” por quase todos os setores do hospital, criando uma lacuna na segurança, visto que a utilização não autorizada do medicamento é um risco potencial ao desenvolvimento de problema relacionado à utilização inadequada do medicamento (VASCONCELOS et al, 2012; XAVIER, 2004).
Sistema de Dispensação Individualizado
 O sistema de dispensação individualizado caracteriza-se pelo fato do medicamento ser dispensado por paciente, geralmente, para um período de 24 horas. Esse sistema divide-se em indireto e direto (XAVIER, 2004). 
No sistema de dispensação individualizado indireto, a dispensação é baseada na transcrição da prescrição médica. A solicitação à farmácia é feita por paciente e não por unidade assistencial, como no coletivo. 
No sistema de dispensação individualizado direto, a dispensação é baseada na cópia da prescrição médica, eliminando a transcrição. Neste contexto, é possível uma discreta participação do farmacêutico, na terapêutica medicamentosa, sendo já um grande avanço para a realidade brasileira (XAVIER, 2004). 
O sistema de dispensação individualizado já é adotado em hospitais brasileiros, existindo algumas variações, de acordo com as peculiaridades de cada instituição, como: forma da prescrição médica, o modo de preparo e dispensação das doses e fluxo de rotina operacional. O sistema de dispensação individualizado pode ser operacionalizado de várias formas: 
a) os medicamentos são dispensados em um único compartimento, podendo ser um saco plástico identificado com a unidade assistencial, o número do leito, o nome do paciente, contendo todos os medicamentos de forma desordenada , semelhante ao sistema de distribuição coletivo e para um período determinado que, geralmente, pode ser 12 horas, 24 horas ou por turno de trabalho.
 b) os medicamentos são fornecidos em embalagens, dispostos, segundo o horário de administração constante na prescrição médica, individualizados e identificados para cada paciente e para, no máximo, de 24 horas. Sua distribuição pode ser feita em embalagem plástica, com separações obtidas por termossoldada ou em escaninhos adaptáveis a carros de medicamentos, adequados ao sistema de distribuição. 
Para garantir uma boa gestão no âmbito da farmácia hospitalar, sucesso da terapêutica e da profilaxia, se faz necessário à utilização de um sistema adequado de distribuição e dispensação dos medicamentos para assegurar a redução de erros de medicação, racionalização da distribuição a administração de medicamentos, aumento do controle sobre medicamentos e o acesso do farmacêutico às informações sobre o paciente, redução do custo com medicamentos e aumento da segurança para os pacientes. Desta forma, o sistema individualizado minimiza significadamente alguns aspectos com relação à gestão da farmácia, com relação ao sistema coletivo (SOUZA et al, 2009). 
Grandes vantagens são apontadas quando se compara o sistema coletivo ao sistema individualizado, dentre elas pode-se destacar, uma diminuição do estoque nas unidades assistenciais, facilidade para devoluções, redução potencial de erros de medicação, redução de custo com medicamentos, redução de desperdício, controle mais efetivo sobre medicamentos, além de proporcionar maior integração do farmacêutico (Ministério da Saúde, 1994). 
Transição de Sistemas
 
Treinamento da equipe da farmácia, para execução do novo sistema implementado.
Mudanças na organização de estoque, para favorecer dispensações mais frequentes.
Retirada de estoques de medicamentos das enfermarias.
Mudança na logística de transporte de medicamentos, já que os medicamentos serão dispensados por paciente, logo necessitando de entregas mais frequentes.
Referências 
XAVIER, Camila de Melo Silva Xavier. FARMÁCIA HOSPITALAR E A DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO. Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC, [S. l.], p. 1-18, 30 nov. 2004. Disponível em: http://www.cpgls.pucgoias.edu.br/7mostra/Artigos. Acesso em: 22 ago. 2019.
SISTEMAS de Dispensação de Medicamentos. [S. l.: s. n.], 9 mar. 2015. Disponível em: http://www.farmaciahospitalar.com/?p=774. Acesso em: 22 ago. 2019.
VASCONCELOS, Alessa Caroline Pedroza et al. Sistema de Distribuição Coletiva de medicamentos: Uma análise decaso sob a ótica da eficiência. Revista Brasileira de Farmácia, [S. l.], p. 499-503, 17 set. 2012. Disponível em: www.rbfarma.org.br. Acesso em: 22 ago. 2019.
RASTREABILIDADE de medicamentos na farmácia hospitalar. São Paulo: Pharmacia Brasileira, 2011.
Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar. Guia Básico para Farmácia Hospitalar. Brasília, 1994. 174 p. 
SOUZA, Pedro et al. Sistema de distribuição individualizado: A Importância da Identificação dos Pontos Críticos nos Processos de Dispensarão e Devolução de Materiais e Medicamentos. Sistema de distribuição de medicamento, [S. l.], ano 2009, v. 21, n. 6/6, 2009.

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